Asplan Notícias - Ed66

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Informativo da Associação de Plantadores de Cana da PB

Ano X - nº 66 - Novembro/Dezembro - 2014

TRABALHO PERSEVERANÇA ESPERANÇA

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Que venha 2015... Estamos esperançosos que o ano que se inicia traga boas e gratas surpresas para o setor. A posse de Kátia Abreu, no Ministério da Agricultura, e de Rômulo Montenegro, na SEDAP, nos abrem horizontes promissores. Portanto, entramos 2015 cheios de esperança de que dias melhores virão!


2 Editorial

2015 pode ser melhor

Ávidos por mais avanços e melhorias no setor, esse ano de 2014 foi particularmente interessante para a classe canavieira paraibana. Isso porque quem conhece ou frequenta a Asplan sabe que um de seus fortes é justamente a realização de palestras técnicas que só agregaram conhecimento à produção, fortalecendo o produtor com o domínio da informação. Assim, computamos uma média de 10 exposições por ano, quase uma a cada mês. Ainda nos recuperando da última grande seca, ainda tivemos de empreender uma luta árduas para conseguir que a subvenção econômica se tornasse lei. Em junho, a presidenta Dilma sancionou a lei federal 12.999, que concede uma nova subvenção econômica aos produtores de cana-deaçúcar do Nordeste e do Rio de Janeiro, que tiveram perdas em sua produção em função da seca. A lei foi publicada no Diário Oficial da União no dia 20 de junho e o benefício é no valor de R$ 12,00 por tonelada de cana, até o limite de 10 mil toneladas por produtor. O pagamento ainda não foi realizado, mas esperamos que em breve ele aconteça, assim que a fonte de recursos seja finalmente definida. Outra preocupação do setor é que há três safras que o preço da cana gira em torno de R$ 60,00, enquanto que os custos de produção ficam em torno de R$ 80,00. Isso gera indignação, inclusive, pelo fechamento de quase 60 indústrias sem que o governo tenha uma atenção especial para o problema. Mas é bom que se diga que mesmo aguardando a liberação dos recursos e sem perspectiva para adequação do preço da cana aos custos de produção, cremos que apesar das dificuldades ainda tivemos alguns motivos para comemorar, sabendo, é claro, que o importante mesmo é sempre aprendermos com os momentos de grandes dificuldades e nos fortalecermos com as oscilações da vida. Um momento importante para o setor paraibano, por exemplo, foi a nossa reeleição para o triênio 2014/2017. Digo isso não por mim, mas porque, mais uma vez, nesta eleição, prevaleceu a união, que é o mais importante para a Asplan. Assim todos saem fortalecidos e certos de que estamos fazendo um trabalho bem feito, inclusive com ótimo relacionamento que mantemos em Brasília e com outras entidades representativas do segmento canavieiro. Hoje, vejo o setor mais forte, porque somos unidos. Então, que venha 2015, porque tenho certeza que vamos driblar todos os obstáculos e seguir em frente. Um ótimo 2015 para todos nós! Murilo Paraíso Presidente da Asplan

Audiência

Audiência discute crise no setor

Murilo Paraíso, presidente da Asplan, participou da audiência

O setor canavieiro nordestino esteve representado em uma audiência pública da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, realizada no final de 2014. O tema foi “A crise do setor canavieiro brasileiro”, requisitada pelo deputado Paulo Feijó, presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. Na oportunidade, o presidente da Unida, Alexandre Lima, lembrou que um dos itens constantes na carta dos governadores eleitos do Nordeste, que foi encaminhada à presidente Dilma, trata justamente da crise do setor na região. Na ocasião, ele destacou a necessidade da liberação dos recursos da subvenção econômica do setor. Feijó promoveu a audiência porque avaliou que a cana-de-açúcar não possui amparo das políticas pública, diferente do que ocorre para outros produtos comerciais como soja, arroz, café, laranja, uva e etc. Durante a audiência, o parlamentar defendeu a revisão da política da formação de preços para a cana, o açúcar e para o etanol, uma vez que tais valores sofrem impactos diretos devido ao atrelamento ao preço da gasolina. “O setor opera até o momento ao sabor das adversidades climáticas e sazonalidade de preço, resultando na insegurança para os investimentos dos pequenos e médios produtores”, disse ele.

Segundo Alexandre Lima, o Nordeste precisa de ações estruturantes do governo federal na Zona da Mata nordestina, prejudicada sempre com as recorrentes estiagens na Região. Um de suas propostas apresentadas foi a construção de pequenas barragens para concentrar e qualificar o múltiplo uso da água, inclusive voltada para a agricultura. Além disso, ele também pediu permissão para ler, na íntegra, o item 13 da carta dos governadores eleitos do Nordeste, na qual elenca as prioridades da região. No artigo, os governadores do NE pleiteiam “políticas a serem implementadas junto ao setor sucroenergético no programa REINTEGRA; desoneração do custo previdenciário da folha de salários; restabelecimento da CIDE sobre os combustíveis fósseis; assegurar condições de competitividade para a energia da biomassa da cana nos leilões de aquisição; e o cumprimento das leis 12.999/2014 e 13.000/2014”. “A crise esteve no debate dos governadores eleitos no NE e agora também esteve na Câmara. Portanto, está mais que evidente a nossa situação tanto para o executivo quanto para o legislativo. Está na hora de agir e o primeiro passo deve ser a liberação dos recursos da subvenção”, disse o presidente da Asplan, Murilo Paraíso, presente a audiência.

Expediente ASPLAN | Rua Rodrigues de Aquino, 267 Centro João Pessoa/PB - CEP 58013-030 Fone: (83) 3241.6424 E-mail: asplan@asplanpb.com.br Presidente: Murilo Paraiso Vice-presidente: Pedro Jorge Guerra Tesoureiro: Oscar Gouvêa Coordenação editorial: Murílo Paraíso e Kiony Vieira

Tiragem: 2000 exemplares - Distribuição Gratuita Impressão: Gráfica JB Jornalista Responsável: Eliane Sobral DRT-PE 1993 Textos: Eliane Sobral e Juliana Lichacovski Produção: NEWS Comunicação Fones:(83) 3221-8829/3221-8830 e-mail: esnews@terra.com.br news@newscomunicacao.com.br Fotos: Washington Luiz/Arquivo Asplan e News


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Pesquisa

IBGE destaca a cana-de-açúcar como produto agrícola que mais movimentou recursos na Paraíba O Brasil bateu recorde em produção de cana-de-açúcar em 2013, chegando a produzir 768.090.444 toneladas do produto, segundo Pesquisa da Produção Agrícola Municipal (PAM) 2013, divulgada no dia 16 de dezembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na Paraíba, a safra de cana em 2013 alcançou 6.094.359 toneladas, um aumento de 3,9% se comparada à produção de 2012 que foi de 5.865.365 toneladas. Também por esse motivo, a cana-de-açúcar foi o produto que mais movimentou a economia agrícola no estado. O produto teve um custo A cultura canavieira é a que mais gera emprego e recursos para o Estado de produção (investimento) de R$ 386 milhões e ficou à frente do abacaxi, que teve toneladas), Sapé (855 mil toneladas), Rio um custo de R$ 325, 6 milhões, e da Tinto (600 mil toneladas) e Mamanguápe banana, com um custo de R$ 112,9 milhões. (495 mil toneladas). Segundo levantamento da ComEmbora tenha se destacado frente a Na conjuntura nacional, a área panhia Nacional de Abastecimento – outros produtos como o abacaxi e a banana destinada ao cultivo da cana em 2013 foi Conab de outubro de 2014, a produção e continue a ser a cultura mais forte na de 10.195.166 hectares e o rendimento nacional de cana-de-açúcar em 2014 foi Paraíba, os dados mostram que os médio do produto foi de 75.339 kg/ha. O menor 5,9% em relação a 2013 (quando o produtores de cana investiram menos em crescimento da produção em relação a setor bateu o recorde com uma produção 2013. De acordo com o estudo, o valor da 2012 foi de 6,5%. O Estado que mais de 768.090.444 toneladas) alcançando produção de cana-de-açúcar na Paraíba em produziu cana foi São Paulo, com 695,9 milhões de toneladas. 2013 foi de R$ 386 milhões, ou seja, 5% a 434.079.735 toneladas de cana. A A área destinada à colheita no menos que em 2012, quando o setor investiu participação do estado na produção ano apresenta um acréscimo de 0,9%. O R$ 407 milhões na produção. nacional é de 56%. No Nordeste o rendimento médio passou de 75.166 Por outro lado, o rendimento médio destaque vai para Alagoas, que produziu kg/ha, obtidos em 2013, para 70.157 da cana no ano de 2013 foi de 49.927 kg 28.170.950 toneladas de cana, em uma kg/ha em 2014, o que representa uma por hectare, pouco mais que em 2012 área colhida de 443.033 hectares e um queda de 6,7%. quando o rendimento médio ficou em rendimento médio de 63.3 kg/ha. De acordo com o presidente da 46.556 kg/ha. Além disso, a área destina à Asplan, os dados do IBGE ilustram o que o colheita do produto foi de 122.070 hectares. setor já vem mostrando a muito tempo. “A Em 2012 essa área era de 125.985 hectares, cana-de-açúcar é a cultura mais imsegundo o estudo do IBGE. portante do Estado, é a que mais emprega Ainda de acordo com o IBGE, o no campo e gera recursos, por isso mesmo município paraibano que mais produziu precisa ter um olhar diferenciado das cana em 2013 foi Santa Rita, com 930 mil instâncias públicas pelo papel social e toneladas do produto. No município, o econômico que representa”, afirma o valor da produção foi de R$ 58,5 milhões. presidente da Asplan, Murilo Paraíso. A lista segue com Pedras de Fogo (900 mil

Em 2014

FERTILIZANTES DO NORDESTE LTDA RUA DR. ASCÂNIO PEIXOTO, 100 BAIRRO DO RECIFE RECIFE/PE CEP: 50.030-290 PABX: (81) 2101-7777 FAX: (81) 2101-7766 e-mail: fertine@fertipar.com.br


4 Confraternização

Asplan celebra mais um ano de atividades

Festa reuniu a diretoria, funcionários e seus familiares

Mais um ano de atividades, avanços, superação e conquistas. Essa foi a tônica da confraternização natalina da Asplan, que reuniu funcionários, produtores associados, funcionários e familiares, além de convidados na noite do 19 de dezembro, na sede da entidade, em João Pessoa. O presidente da Asplan, Murilo Paraíso, abriu oficialmente o evento desejando a todos um Feliz Natal e um ano novo com muitas alegrias. “Não vamos falar de crise, o momento é de falar de coisas boas, de perspectivas, de esperança de dias melhores, da união de nossa classe que se supera a cada ano”, destacou Murilo, agradecendo a presença de todos em nome da Diretoria e desejando que 2015 venha com boas novas para o setor. Em seguida, o diretor tesoureiro da Asplan, Oscar Gouvêa, também destacou os avanços conquistados pelo setor ao longo do ano e leu mensagens de agradecimento aos funcionários da entidade, aos diretores e aos associados. “Agradecemos aos nossos funcionários, que são dignos da mais profunda admiração pela forma incansável, com a qual se dedicam no seu trabalho, fazendo dessa Casa uma verdadeira família”, destacava o texto. Os demais textos destacaram a abnegação da diretoria e a confiança dos associados.

O vice-presidente da Asplan, Raimundo Nonato Siqueira, falou em seguida fazendo uma breve retrospectiva da crise do setor e lembrando o verdadeiro sentido da comemoração do Natal. “O equívoco do governo federal, que não olha o nosso setor como prioridade, gerou uma crise no setor

Murilo Paraíso, presidente da Asplan

produtivo que fica ainda mais grave quando nos deparamos com a crise no mundo de um modo geral, mas, o momento é de se confraternizar, de lembrar que estamos comemorando o nascimento do menino Jesus, o dom da vida e do amor”, disse Nonato, agradecendo a presença do deputado estadual, Gervásio Maia. As funcionárias Kiony Vieira e Vilma Machado leram uma mensagem de Natal reforçando as palavras de Nonato e na sequência foi passado o vídeo “Carta de Deus”, em dois telões estrategicamente colocados, reforçando

a importância de valorizarmos a presença de Deus em todos os momentos de nossa existência. O advogado Ricardo Afonso fez uma homenagem ao produtor Antônio Uchôa, enaltecendo a importância dele como profundo conhecedor das questões canavieiras. Após uma oração de agradecimento a Deus pelo ano que se encerra, e depois de todos os funcionários posarem para fotos juntos cantando a música “Tá escrito”, do grupo Revelação, aconteceu o concorrido sorteio de brindes doados por instituições e empresas parceiras. Entre os brindes sorteados, destacavam-se duas TV’s de LED de 32 polegadas LG e duas Smart TV`s de 40” da Sansung, seis gravuras do artista Regis Cavalcanti, além de cestas natalinas. Após o sorteio, todos se divertiram ao som de Jebson e Banda e de um DJ e degustaram as delícias do buffet Sonho Doce. A comemoração começou por volta das 20h e só terminou nas primeiras horas do sábado (20). “Correu tudo como planejamos e mais uma vez fechamos o ano com alegria, união e alto astral”, destacou a gerente administrativa, Kiony Vieira, que junto com os funcionários Washington e Vilma organizaram toda a programação festiva. Ao lado, vários flagrantes da confraternização da associação.


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5 fotos


6 Peça

Teatro apresentou cotidiano do cortador de cana Autoridades ligadas ao setor canavieiro, Juízes da Justiça do Trabalho e produtores de cana-de-açúcar, participaram, na manhã do dia 27 de novembro, no auditório da Asplan, de um evento que mostrou a realidade do relacionamento entre unidade industrial e cortadores de cana na Paraíba. Na ocasião, o público assistiu a um espetáculo teatral já bastante conhecido dos trabalhadores canavieiros e de suas famílias, chamado “Orgulho de ser Cortador”, capitaneado pelo dirigente da Japungu, Dante Hugo Guimarães. O evento foi promovido pelo Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool e do Açúcar da Paraíba – Sindalcool com apoio da Asplan. Na oportunidade, o público assistiu à apresentação da Companhia Paraíba de Dramas e Comédias. Os atores mostraram a realidade dos cortadores de cana na usina Japungu de forma bem humorada. Na história, dois irmãos,

A peça foi encenada no auditório da Asplan

Francisco e Pedrinho, serviram para demostrar como que a política de relacionamento das usinas com seus empregados mudou muito nos últimos

Murilo elogiou a iniciativa

anos. A narrativa apresentou Francisco como esforçado e trabalhador. Já Pedrinho, consumido pelo álcool e pela falta de incentivo, nunca tinha conseguido passar muito tempo em um emprego até que foi admitido na usina. Com a política de tratamento e o programa de melhoria do salário que envolve metas para incrementar remuneração, o cortador se tornou um trabalhador comprometido e esforçado, conseguindo vencer o vício do álcool e se tornar um exemplo para sua família. O dirigente da Japungu, Dante Hugo, falou sobre a iniciativa. “Acredito que só a educação modifica o homem. Assim, todos os anos promovemos esse teatro durante a integração de nossos cortadores de cana, início da safra. Eles vêm acompanhados de suas famílias e assistem à apresentação de um tema. O resultado tem sido positivo, tanto que nossa frequência é de 96%. Isso é muito bom. Além disso, também quase não temos reclamações trabalhistas”, afirmou Dante. A peça é encenada desde 2003.

Campo Preço da Cana-de-Açúcar Valor Líquido*

Valor Bruto

R$

Meses

R$/Kg ATR

Preço Cana

R$/Kg ATR

Preço Cana

Alc. Anidro

Açúcar**

Novembro

R$ 0,5183

R$ 61,6810

R$ 0,5064

R$ 60,2623

R$ 1,47022

R$ 51,92

Dezembro

R$ 0,52

R$ 61,8833

R$ 0,5080

R$ 60,4600

R$ 1,51388

R$ 50,82

Fonte: DETEC Asplan * A diferença entre valores brutos e líquidos são fruto do desconto do INSS, no valor de 2,3% ** Preços brutos (Descontar 9,25% de PIS/COFINS e 7% de ICMS


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7 DETEC

Comemoração dos 30 anos do DETEC da Asplan Uma tarde de homenagens e muita informação. Assim foi o evento de comemoração dos 30 anos do Departamento Técnico (Detec) da Asplan realizado no dia 18 de novembro, no auditório da entidade. Fundado em novembro de 1984, o Detec nasceu com a finalidade de apoiar e prestar assistência técnica aos produtores de cana-de-açúcar da Paraíba. O evento foi prestigiado por plantadores de cana, autoridades ligadas ao setor sucroenergético, pesquisadores e industriais do açúcar. O público assistiu às palestras técnicas, bem como também acompanhou a apresentação do Manual Técnico - Técnicas agrícolas sustentáveis para o cultivo de cana-de-açúcar, lançado pela Asplan.

resultados são indescritíveis. “Ninguém sabe a riqueza que o Detec gerou para o produtor de cana ao longo desses anos. O auxílio do departamento é extremamente importante para o desenvolvimento da atividade. Foi, portanto, uma grande iniciativa a criação desse departamento há 30 anos”, comentou o dirigente. Já um dos homenageados, Bennon Barreto, frisou a forma silenciosa com que a Asplan e o Detec trabalham.

Encerradas as homenagens, o engenheiro agrônomo e coordenador técnico do Detec, Vamberto de Freitas, falou sobre as conquistas do Departamento e fez alguns agradecimentos. “Ao longo desse tempo uma das ações mais relevantes do Detec foi a implantação do O evento começou com Sistema de Pagamento de uma homenagem a três Cana-de-açúcar pelo teor de estudiosos da área de cana-desacarose. Para enfrentar esse açúcar com a entrega de uma desafio, o Detec teve que se placa de agradecimento ao estruturar e estabelecer pesquisador Hermes Ferreira parcerias com órgãos ligados Barbosa, do Ministério da ao setor, como o Agricultura, Pecuária e AbastePLANALSUCAR, Universicimento (MAPA/ SFA – PB); o dades, Governo do Estado, pesquisador Dr. Francisco de Ministério da Agricultura, denAssis Dutra Melo, da Universitre outros”, disse o engenheiro, dade Federal Rural de PernamManual técnico produzido lembrando que com essa mupela equipe do DETEC dança no pagamento da cana, buco (UFRPE); e o consultor técnico, Bennon José Barros o departamento teve que Barreto, que possui larga experiência em esclarecer e adequar os produtores ao novo cana-de-açúcar, tendo participado, inclusive, sistema, para que a produção deles obtido início da fundação de várias usinas vesse melhores resultados. paraibanas. As placas foram entregues pelo Palestras Diretor Adjunto da Asplan, José Inácio de Morais; pelo Diretor Tesoureiro, Oscar de A primeira foi a do Engenheiro Gouvêa; e pelo presidente da Asplan, Murilo Químico da UFRPE, Francisco de Assis Dutra Paraíso, respectivamente. Melo, que falou sobre o Relatório Técnico Ao entregar a placa a Francisco Dutra, o Diretor Tesoureiro da Asplan, Oscar de Gouvêa falou da alegria em homenagear as pessoas que contribuem com o trabalho da entidade e frisou que os

Safra 2013/2014. O professor Edmilson Jacinto Marques, também da UFRPE, falou em seguida. No final da tarde, o público assistiu à apresentação do professor Dr. Emídio Cantidio Almeida de Oliveira –

Palestra de Emídio Cantidio, da UFRPE

Murilo entregou placa de agradecimento a Bennon Barreto

FOTO DA EQUIPE DO DETEC Equipe do DETEC da Asplan

UFRPE, sobre “Avaliação da Fertilidade do Solo: Uso de Corretivos e Adubação da Cana-de-açúcar”. Por fim, o Dr. Djalma Euzébio Simões Neto – EECAC/UFRPE, discorreu sobre o Manual Técnico - Técnicas Agrícolas Sustentáveis para o Cultivo de Cana-de-Açúcar, lançado pela Asplan. Na ocasião, Murilo destacou a felicidade de lançar duas publicações em um único ano.


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Natal

Decoração de Natal da Asplan chama atenção Na época de Natal, alguns pontos da cidade ganharam iluminação especial. Foi o caso do prédio da Asplan, localizado no Centro da capital paraibana. O espaço abriga a sede da Asplan, vários escritórios, conta ainda com um belo jardim e outros detalhes que foram extremamente valorizados com a decoração de Natal. Todos os anos, o prédio, chama atenção de quem passa pelo centro da cidade, porque encanta pela beleza da iluminação. Esse ano todo o prédio recebeu uma decoração em cascata luminosa que

O jardim também recebeu iluminação especial

parte desde a sua cobertura até o térreo. Segundo a gerente administrativa da Asplan, Kiony Vieira, responsável pelo projeto junto a outros dois funcionários (José Altemar e José Carlos), a decoração levou 230 unidades de enfeites e 25 mil lâmpadas. No jardim, a opção foi decorar dois belíssimos pinheiros com estrelas luminosas, transformando-os em árvores de Natal. Na cana-de-açúcar localizada no jardim de entrada, a equipe também transformou a planta em uma árvore de Natal de seis metros, com piscas de led branco e, no topo, uma estrela luminosa na cor verde. Na área do jardim próximo ao auditório, foram iluminadas as palmeiras e, no local do nome ASPLAN, foi colocado um contorno na cor verde para dar maior destaque. Na área interna do térreo, Kiony explica que foram utilizados festões, laços, piscas e bolas em todas as luminárias do

Decoração natalina destacou o prédio da Asplan

teto e uma árvore de natal foi colocada no hall de entrada do condomínio. Já na parte interna do condomínio, a área foi decorada com arranjos natalinos nas mesas de canto do hall de entrada dos andares. Toda a decoração teve a colaboração dos funcionários José Altemar, José Carlos, João Batista, José Luiz e Nícolas Alexandre. O projeto foi desenvolvido e produzido pelos funcionários do condomínio da Asplan.

Artigo

Correção de solos e sua importância para as soqueiras * Embora a cana-de-açúcar seja um cultura tolerante a acidez, estando sua faixa ideal de pH entre 5,5 e 6,5, deve-se dar a devida atenção à correção do pH do solo. Os efeitos básicos da calagem em solos ácidos são: correção da acidez do solo; fornecimento de Ca e Mg; diminuição das concentrações tóxicas de Al e Mn; aumento na disponibilidade de P e Mo; melhoria nas propriedades físicas e biológicas do solo; melhores condições de decomposição da matéria orgânica, liberando N, P, S e B e melhor aproveitamento dos adubos. Temos que levar em conta que a calagem é uma prática bastante econômica, com boa relação custo/benefício, e que, no caso da cana, a oportunidade prioritária de seu uso da calagem ocorre apenas a cada 5 ou 6 anos, um vez que só se renova o canavial após esse período. Contudo mas o produtor canavieiro deve estar atento, pois a medida que o tempo vai passando, devido as adubações químicas e principalmente as características naturais dos nossos solos, os mesmos tendem a ficarem ácidos novamente, comprometendo assim a longevidade e a produtividade do canavial. Estudos foram feitos no passado e mostram que existe uma correlação entre o pH do solo e absorção de nutrientes, concluindo que se o produtor distribuir o

adubo de socaria com o solo ácido, a resposta dessa adubação pela planta estará comprometida e o produtor acaba aproveitando mal este precioso insumo e com isso jogando dinheiro fora. Quando o solo apresenta alto teor de alumínio em profundidade e/ou baixo teor de cálcio, indica-se o uso de gesso. Professor Gilson Moura Filho da Universidade Federal de Alagoas, pesquisando sobre o uso de calcário e gesso em socaria, na fazenda Barra de Pindoba no município de Penedo-AL, obteve ganho de 4 toneladas por hectare quando aplicou 2,75 toneladas de calcário por hectare e obteve 13 toneladas de ganho por hectare quando usou gesso. Portanto é essencial que os produtores façam costumeiramente as analises de solo, para assim poderem monitorar, sobretudo o pH dos seus solos e com isso, caso necessite, fazer calagem ou gessagem também em socaria, a lanço e em área total, logo após o corte das canas, conseguindo assim manter a produtividade ao longo dos anos de cultivo, não será assim um esforço tão grande por parte do produtor, levando em conta que 1 tonelada de calcário re-presenta cerca de 2 toneladas de cana e esse custo é diluído por anos consecutivos. Existem vários métodos para a recomendação de calagem. O instituto

agronômico de Campinas (IAC) recomenda que se eleve a saturação por bases a 60%, desde que não ultrapasse a dose de 5 t ha-1(RAIJ et al., 1985). A Universidade Federal Rural de Pernam-buco recomenda calagem, com base na seguinte fórmula: N.C.= f x [ 2 – (Ca+Mg)], considerar f= 1,5, 2 e 2,5 para solos com teores de argila <15, 15 a 35 e >35%. Mas o produtor paraibano não precisa se preocupar com todos esses cálculos, devem procurar o Departamento Técnico-DETEC e obter os devidos esclarecimentos sobre coleta de solo, e encaminhar ao DETEC a amostra identificada e receber o resultado e suas recomendações, aplicando o recomendado, caso haja necessidade. O DETEC chama atenção para que o resultado da análise de solo seja respeitado, pois a calagem em excesso pode ser tão prejudicial quanto a acidez, e de difícil correção, além de indisponibilizar nutrientes também essenciais para o desenvolvimento da cana-de-açúcar, sendo assim uma aplicação de calcário em socaria que poderia ajudar o produtor a obter mais lucro, poderá trazer prejuízo, caso não seja observada a recomendação técnica. * Luís Augusto de Lima Santos Engº Agrônomo/ASPLAN-PB


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