Asplan Notícias - Ed86

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Informativo da Associação de Plantadores de Cana da PB Ano XIII - nº 86 - Março/Abril - 2018

Projeto

Revitalização da cultura da cana no NE Asplan, José Inácio de Morais, lembra que a redução da produção canavieira do Nordeste, que caiu de 60 milhões de toneladas para 40 milhões nos últimos anos, não impacta somente na cadeia produtiva, mas na economia e desenvolvimento da região e que o Renovar é uma saída viável para reverter essa situação. “Esse projeto busca a recupeO Renovar objetiva revitalizar a cultura caavieira no Nordeste ração de 300 mil hectares de cana, oportunizará a criação de 60 mil empregos Voltar ao patamar de produção de 60 milhões de ton. de cana/safra e por ano, ao longo de três anos, em toda recuperar 60 mil postos de trabalho, ao área da zona canavieira do Nordeste, com longo de três anos, beneficiando vários um investimento de R$ 90 milhões/ano estados do Nordeste, direta e indireta- para todos os estados, montante que é mente, cerca de 6 milhões de habitantes. bas-tante viável de ser custeado a partir de Essas questões estão contempladas no uma parceria público/privada”, destaca projeto Renovar que foi elaborado pelo José Inácio. O consultor e autor da proposta, consultor da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida),Gregório Gregório Maranhão lembra que a criação de 60 mil postos de trabalho por ano, Maranhão. O presidente da Unida e da significa muito para o Nordeste.

Debate na ALEPE

José Inácio na Tribuna da Assembleia de Pernambuco

Uma Audiência Pública debateu no dia 09 de abril, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o Projeto Renovar. O presidente da Asplan, José Inácio de Morais, foi um dos oradores da audiência. Em sua fala, José Inácio enalteceu as vantagens e baixo custo do projeto Renovar, criticou a proposta de plantio de cana na região amazônica, falou da falta que faz para os produtores o pagamento da subvenção, da importância de manter a taxação sobre o álcool importado dos EUA e da necessidade de se instituir políticas públicas que estimulem a indústria sucroalcooleira nacional. Programa é apresentado ao senador Cássio “Ao invés de se discutir um projeto sem nexo como esse do plantio na O senador Cássio Amazônia, devemos buscar alternativas de Cunha Lima conheceu o projeto utilizar um parque já instalado nas regiões renovar no dia 23 de abril, produtoras que, atualmente, está sub durante uma reunião com o utilizado ou mesmo parado, em função do presidente da Asplan, José fechamento de dezenas de indústrias e Inácio e o idealizador do estimular a produção de cana em regiões Renovar, Gregório Maranhão. onde tradicionalmente a cultura sempre se O encontro aconteceu no desenvolveu e onde ela exerce importante escritório do senador paraibapapel socioeconômico”, disse José Inácio. no, em João Pessoa. Na O consultor Gregório Maranhão, ocasião, José Inácio, fez um lembra que o projeto ao mesmo tempo em breve panorama da atual que propõe revitalizar a cultura canavieira situação da produção canavieinordestina também contempla duas grandes e importantes questões da atualidade que ra no Nordeste e reiterou a importância da recuperação do José Inácio e Gregório Maranhão apresentaram o Renovar ao ssenador dizem respeito ao combate ao desemprego e melhoria dos indicadores de segurança setor. O senador paraibano pública. “Temos milhões de desempregados elogiou a iniciativa e disse que o projeto terá seu total apoio. “Podem contar comigo no Senado, pois defenderei esse projeto inclusive e principalmente porque tenho e com a implantação do Renovar, serão convicção que o setor canavieiro é um importante sustentáculo econômico da região e criados 60 mil postos de trabalho por ano, ao longo de três anos", destaca ele. que sua revitalização trará impactos muito positivos ao Nordeste”, destacou Cássio Cunha Lima.


2 Feplana

Editorial

Direitos iguais Em recente edição da revista Veja, nas páginas amarelas da publicação, o presidente do Conselho da Toyota, Jennifer Ann Thomas, reitera que a sociedade precisa incentivar a adoção de um veículo que respeite o meio ambiente e destaca que, no Brasil, o etanol já é uma alternativa bastante popular e viável. Mas, na contramão das teorias que levam em consideração as mudanças climáticas e o aquecimento global, além da preservação de uma melhor qualidade de vida nas grandes cidades, alguns inconsequentes defendem a criação de um carro híbrido, que use energia alternativa ou renovável, mas, em associação a um combustível fóssil. Ai eu afirmo. Defender o incentivo de fabricação de um veículo híbrido, que use ao mesmo tempo álcool ou gasolina, energia elétrica ou gasolina, no meu entender e de todas as pessoas que têm bom senso e um mínimo de consciência ecológica, é o mesmo que lavar as mãos com graxa. Isto porque, se a intenção com o carro híbrido é contribuir com a redução dos níveis de poluente no ar, dar a possibilidade de usar a gasolina ou qualquer outro combustível fóssil, é um tiro no pé. O carro do futuro terá que ser sustentável. Terá que usar apenas e somente só combustíveis renováveis, limpos e, de preferência, de fontes não esgotáveis, como é o caso do álcool. E neste aspecto, o Brasil leva vantagem, pois detém a tecnologia da fabricação do produto, tem um enorme parque industrial disponível e já instalado e diga-se de passagem mal utilizado em seu potencial, grandes faixas de cultivo da cana-de-açúcar, principal matéria prima para fabricação do etanol, só faltava uma política pública de incentivo, o que achamos que se resolverá com o Renovabio. Portanto, volto a reiterar, que o Brasil precisa não apenas estimular a indústria nacional a fabricar veículos que estejam em sintonia com essa realidade e necessidade de respeitar o meio ambiente, mas, sobretudo valorizar seu enorme potencial e vantagem em relação ao outras nações no que tange a produção de um combustível limpo, renovável e não esgotável. É preciso ter consciência de que o futuro não terá mais espaço para combustíveis fósseis e que estes serão gradualmente substituídos por fontes renováveis, que podem ser a energia elétrica, o hidrogênio, o próprio etanol, o biodiesel, etc, e a indústria automobilística precisa acompanhar essa evolução.

José Inácio de Morais Presidente

Unida e Asplan prestigiam entrega do Mérito Canavieiro 2018

Frenando Bezerra, José Inácio, Fernando Bezerra Filho e Alexandre Lima

A União Nordestina dos Plantadores de Cana (Unida) e a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) marcaram presença, no dia 20 de março, através do presidente destas duas entidades, José Inácio de Morais, na solenidade de entrega da honraria 'Mérito Canavieiro 2018'. Ocorrida em Brasília, o evento foi uma iniciativa da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana) e homenageou o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho, pela Paulo Leal, o ministro Fernando Bezerra e José Inácio criação do Programa Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), e o presidente da Datagro, Plínio Nastari, por sua contribuição técnica na formulação do Programa. O evento reuniu ainda representantes de entidades agroindustriais ligadas ao setor sucroenergético de várias regiões do país, a exemplo de Elizabeth Farina e Eduardo Leão, da União da Indústria da Cana (Unica), e Renato Cunha, vice-presidente do Fórum Nacional Sucroenergético – órgão que reúne todas usinas brasileiras, além de entidades regionais e estaduais dos canavieiros como a Organização dos Plantadores de Cana do Centro-Sul (Orplana) e a Unida. “É importante reconhecer publicamente, através desta homenagem, o empenho e o trabalho do ministro Fernando Bezerra Filho que deu uma contribuição muito importante não apenas para o setor sucroenergético nacional, com a criação do Renovabio, mas, sobretudo ao país que passou a ter uma política de Estado que reconhece o papel estratégico de todos os tipos de biocombustíveis na matriz energética brasileira, inclusive com a preocupação de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa”, destacou José Inácio.


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Especial

Plantio de cana-de-açúcar na Amazônia é um contrassenso total Nos últimos dez anos, mais de 80 indústrias sucroalcooleiras fecharam as portas e outras tantas estão em processo de recuperação judicial ou enfrentando um crescente endividamento, deixando milhares de desempregados e um parque industrial promissor quase obsoleto, especialmente no Sudeste, Centro-Oeste e no Nordeste. Até quem não é da área já ouviu falar ou sentiu os impactos da crise que afeta o setor sucroenergético brasileiro. E em meio a esse panorama adverso, agravado pelo posicionamento do Governo Federal, especialmente, durante os 13 anos de governo do PT, com políticas equivocadas adotadas para os combustíveis no país, como o subsídio de preços e a eliminação da CIDE sobre o combustível fóssil, em detrimento dos biocombustíveis, agravaram a situação. E para piorar ainda mais, na contra mão do bom senso, eis que surge o PLS 626/2011, do Senador Flexa Ribeiro, que propõe expandir o cultivo de cana-de- açúcar para a Amazônia. Para o presidente da União Nordestina dos Plantadores de Cana (Unida) e da Asplan, José Inácio de Morais, esse PL que autoriza o plantio em áreas ‘degradas’ da Amazônia Legal e que está prestes a ser votado no Senado, é uma aberração. “Ai, surge uma pergunta que não quer calar: por que plantar cana em uma região que não tem tradição para tal cultivo, que não dispõe de parque industrial instalado para tal, que necessitará de investimentos vultosos para operacionalizar o processo industrial e, pior ainda, que vai alterar, negativamente, o Zoneamento Agroecológico, que determina as áreas onde a cana-de- açúcar pode ser cultivada, provocando, assim, uma forte pressão por desmatamento no bioma amazônico?”, questiona José Inácio. Embora o autor da proposta, contra argumente, afirmando que o PL não prevê desmatamento, mas, plantio em áreas antropizadas, ou seja, já alteradas pelo homem, o dirigente canavieiro, reitera que essa proposta é completamente desproposi-

tada. “Ai eu reitero a pergunta que não quer calar: por que desconsiderar e abandonar a própria sorte um enorme parque industrial já instalado, em áreas tradicionalmente canavieiras? A quem interessa isso? Com certeza não ao Brasil!”, destaca José Inácio. Ele lembra que somente no Nordeste, a produção canavieira caiu de 60 milhões de toneladas para 40 milhões nos últimos dez anos. Alagoas, que ainda lidera o ranking de safra dos estados da região, caiu de 26 milhões de toneladas para 13 milhõesPernambuco, que já chegou a produzir 25 milhões de toneladas/safra, atualmente, registra cerca de 11/12 milhões de toneladas. A Paraíba, que ocupa a terceira posiçãoem produção na região, foi o único estado que não registrou decréscimo na produção, e deve fechar a safra 2017/2018 com um volume em torno de 6 milhões de toneladas, praticamente o mesmo dos últimos anos. Para José Inácio, ao invés de debater PLs que fogem do bom senso, o país deve voltar-se para projetos que revitalizem a cultura canavieira e promovam a recuperação da indústria nacional, tais como, o projeto Renovar que propõe a recuperação de 60 mil postos de trabalho, beneficiando nove estados do Nordeste, 200 municípios na zona da mata litorânea nordestina, além de áreas da região metropolitana destes estados e zona de transição do Agreste, beneficiando, direta e indiretamente, cerca de 6 milhões de habitantes. É bom lembrar que para cada usina fechada, segundo dados do setor, estima-se que, pelo menos, 500 famílias sejam atingidas diretamente. José Inácio reitera que essa relação pode ser ainda maior, se considerada a cadeia como um todo. Para ele, muito mais importante e relevante, além de necessário para o Brasil, é definir e debater ações e políticas que apoiem a recuperação deste parque industrial já instalado no Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, que estimulem a ampliação da produtividade, que favoreçam a retomada dos postos de

trabalho perdidos nestas regiões. “Propor o plantio de cana-deaçúcar na Amazônia é, no mínimo, desconhecer a realidade do setor, isso sem levar em consideração que essa absurda proposta ainda pode manchar a reputação do Brasil no mercado internacional e colocar em risco os mercados já conquistados e o valor dos produtos brasileiros, pois esse PL ainda representa um impacto negativo na projeção da imagem de sustentabilidade do agronegócio brasileiro, já que há diversas regiões do país muito mais propícias a essecultivo que o bioma amazônico”, finaliza José Inácio.

Plantio de cana na Amazônia é criticado em vários setores


4 Usinas paraibanas são parceiros estratégicos e essenciais na Atualmente, a Paraíba tem apenas 8,5% de remanescentes de Mata Atlântica índice bem menor que a média nacional, que fica em torno de 12,4%, de acordo com o último levantamento de 2015 do INPE e da SOS Mata Atlântica. E essa reserva está muito concentrada, tanto em termos de área, quanto de conexão entre elas, entre quatro usinas sucroalcooleiras, a Japungu, Miriri, Monte Alegre e São João. Juntas, essas unidades industriais detêm uma área de, aproximadamente, nove mil hectares de mata que, segundo o pesquisador e biólogo da UFPB, Pedro Cordeiro Estrela, é a 'arca de Noé' da Mata Atlântica paraibana. De acordo com o pesquisador que foi um dos palestrantes e organizadores do seminário “Diálogos de Sustentabilidade no Setor Sucroalcooleiro: Fauna e Floresta”, que aconteceu, nos dias 19 e 20 e abril, na sede da Asplan, em João Pessoa, as usinas são parceiros estratégicos e essenciais para manutenção de toda a diversidade da Mata Atlântica paraibana. “As indústrias paraibanas contribuem de uma forma imensa para a preservação. Só a Japungu, que é o exemplo mais emblemático de todos, tem duas reservas privadas de proteção da natureza as RPPN's, a do Engenho Gargaú e Pacatuba, que totalizam cerca de 1.200 hectares. Essas duas reservas geraram quase tanta informação quanto a Reserva Biológica Guaribas, que pertence ao Governo Federal”, destaca Pedro Estrela. Ele lembra que a reserva Guaribas, que fica em Mamanguape, foi criada para preservar o macaco Guariba –de-mãos-vermelhas, que é um animal que existe também na Amazônia. “Esse animal desapareceu da reserva Guaribas e foi achado na RPPN Pacatuba, que é da Japungu, alguns desses animais foram realocados de uma reserva privada, pertencente à usina, para serem reintroduzidas em uma reserva federal. Essa foi uma contribuição imensa, pois esses

animais estão ameaçados de extinção. As usinas daqui preservam e geram informação científica por essa preservação, pois temos uma centena de trabalhos acadêmicos, entre trabalhos de conclusão de curso, projetos de iniciação científica, de mestrados e doutorados e disciplinas de campo desenvolvidos nestas áreas, desde 1984”, atesta o pesquisador. Ainda segundo Estrela, a área que compreende cerca de nove mil hectares e que pertence as usinas Miriri, Japungu, São João e Monte Alegre, que fica à esquerda da BR 101, indo para Mamanguape, é um conjunto de matas importantíssimo. “Se tirarmos esses fragmentos, é o mesmo que dissolver toda a Mata Atlântica paraibana. Então uma das coisas que estamos a sugerindo é que essa área fosse convertida em reservas”, destaca ele. “Essa é uma sondagem que foi feita e debatida entre os representantes da Academia e os gestores ambientais das usinas. É uma indicação, mas a gente não sabe se vai avançar porque existem uma série de procedimentos legais a serem adotados, porém seria uma das maiores reservas privadas de toda a Mata Atlântica”, destaca o pesquisador, reiterando o potencial que isso daria em termos de mudança de perspectiva socioambiental, de consciência e resultados concretos de formação de centenas de pesquisadores que estudam essas matas na Paraíba. “Esses remanescentes florestais, fornecem serviços ecossistêmicos importantes de regulação de clima, regulação hídrica, mas também serviços de biodiversidade, tais como, controle de pragas e polinização”, lembra ele. Para o diretor do Sindalcool, Edmundo Barbosa, que foi quem fez a abertura do evento com uma palestra sobre o Renovabio, o seminário atingiu seus objetivos. “A proposta era debater e formular uma agenda de interesses

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5 Evento

preservação da área remanescente de Mata Atlântica

Participantes do evento realizado na Asplan

convergentes dentro do quadro do Renovabio e conseguimos isso. O nosso diálogo estreitou os laços entre o setor produtivo e a academia que é quem detém a maior parte das informações sobre a biodiversidade que ocorre dentro dos fragmentos florestais da Mata Atlântica, que pertencem em grande parte as usinas e aos produtores de cana paraibanos”, afirma Edmundo. O presidente da Asplan, José Inácio de Morais, também avalia que o Seminário foi um diálogo importante entre o setor sucroalcooleiro, compreendido pelas indústrias e produtores, e os setores ambientais que englobam o terceiro setor e a academia. “Precisamos unir forças e conhecimentos para não apenas debatermos, mas encaminharmos propostas dentro do quadro da nova política para biocombustíveis, que é a Renovabio e debatemos aqui assuntos que são importantes para essa agenda”, destacou o dirigente da Asplan. Neste aspecto, ele lembrou que absurdos como o que propõe a fabricação de um carro híbrido, que use energia e ao mesmo tempo gasolina, não podem ser aceitos. “É um contra senso propor a operação de um carro que use um combustível fóssil, altamente poluente, como a gasolina, junto com o uso da energia”, criticou José Inácio. O representante da Embrapa Meio Ambiente, Marcelo Morandi, outro palestrante do evento, lembrou que tanto as empresas, quanto os produtores devem se certificar ambientalmente para acessar ao mercado de Carbono que foi criado pelo Renovabio. “É preciso estar em sintonia com as diretrizes do Programa, que vai calcular a eficiência energética em termos de emissão de Carbono de cada produtor”, disse ele, reiterando a necessidade dos produtores estarem em dia com a legislação, certificados ambientalmente e com o Cadastro Ambiental Rural concluído. A representante da UFPE, Jakelyne Sousa, apresentou um estudo recente, que atesta que a produtividade da cana é maior perto dos fragmentos florestais do que distantes deles. “A presença dessa Mata Atlântica é um fator de produtividade mais alta da cana-de-açúcar. Um dos fatores que atesta isso é a precipitação que é acarretada próxima das matas, a chamada Brisa de Mata, que ocorre quando o ar passa em cima da mata se carrega de umidade e

O evento também teve Mesa Redonda

quando ele chega na área da cana, que é mais seca, essa precipitação condensada cai. Esse é um dos efeitos. Há outros que ainda não foram testados cientificamente”, disse ela. Jakelyne lembrou ainda que existe uma lacuna de quantificação dos serviços ambientais prestados pelas matas na produtividade da cana. “A gente não sabe quantificar o quanto essas matas geram, por exemplo, de recursos hídricos, a gente só observa que tem uma maior produtividade, que os recursos hídricos dependem da mata, mas não tem experimentos que comprovem isso. É empírico, a gente observa mas não sabe o mecanismo, pois os ecossistemas são complicados e dependem de muitas interações entre plantas, animais, atmosfera e solo, então não há uma agenda de pesquisa para valorizar esses serviços e permitir que haja um entendimento, uma sinergia entre o ambiente e a produção”, destacou ela. A representante da SOS Mata Atlântica, Erika Guimarães, ressaltou que existem, há mais de 30 anos, pesquisas nestes ecossistemas, nestes fragmentos de Mata Atlântica que pertencem as usinas, mas inexiste uma síntese de todas essas informações. “Nestas três décadas, pesquisadores estudam fauna, flora dentro destes fragmentos, mas ainda não existe um estudo mais organizado sobre tudo isso”, disse Erika. O Seminário contou ainda com a apresentação de projetos agroecológicos das usinas Miriri, Japungu e Monte Alegre, que incluem desde a preservação e conservação das reservas de Mata Atlântica até a adoção de práticas cotidianas nas unidades que aliam harmonicamente o compromisso ambiental à atividade produtiva e industrial das unidades.


6 CAR

Asplan monta plantão Até o dia 30 de maio, um plantão especial disponibilizado pela Asplan vai orientar os produtores canavieiros nos procedimentos de adesão ao Cadastro Ambiental Rural (CAR). O plantão funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h, no prédio sede da entidade, em João Pessoa. O agrônomo, Alfredo Nogueira, estará à disposição dos associados até o final do mês de maio para tirar dúvidas e fazer os encaminhamentos necessários para que o produtor de cana paraibano se adeque à legislação e esteja com seu CAR em dia até o prazo final que é 31 de maio. O plantão está sob a coordenação do Departamento Técnico da Asplan (DETEC). O diretor do DETEC,

Neto Siqueira destaca que essa é mais uma prestação de serviço ao associado. “Como identificamos que ainda há muitos produtores associados que não concluíram o cadastro e como sabemos que esse prazo não será mais prorrogado, resolvemos disponibilizar mais esse serviço, de forma gratuita para nossos associados, para que eles não percam o prazo e possam concluir o Cadastro com um aporte técnico”, afirma Neto Siqueira, lembrando que o produtor precisa trazer o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR) e a área georeferenciada da propriedade para ser atendido. Quem não se inscrever no CAR poderá ser impedido, por exemplo, de tomar crédito rural em agências

O agrônomo, Alfredo Nogueira, é quem faz o atendimento aos associados

bancárias, conforme a Lei, além de to de cana-de-açúcar às indústrias e pagar multa e sofrer outras sanções. ainda para quem quiser participar do Neto Siqueira lembra que o CAR programa Renovar. também será exigido para fornecimen-

Alerta para prazo final Prorrogado mais de uma vez, o prazo final para os proprietários rurais concluírem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) termina no dia 31 de Maio. E desta vez, não haverá nova prorrogação para realizar a adesão ao banco de dados. O CAR é importante para tornar mais eficiente as políticas públicas para um dos setores produtivos mais importantes para a economia brasileira, que é a agropecuária. Com ele, será possível ter informações importantes para melhorar as ações governamentais para esse público. A adesão ao CAR é uma das obrigatoriedades previstas no Código Florestal, vigente no País desde 2013. Quem não se inscrever

poderá ser impedido, por exemplo, de tomar crédito rural em agências bancárias, conforme a Lei, além de pagar multa e sofrer outras sanções. A inscrição no CAR é realizada por meio de sistema eletrônico e deverá ser feita junto ao órgão estadual competente, na Unidade da Federação (UF) em que se localiza o imóvel rural. Estados e Distrito Federal disponibilizam, na internet, endereço eletrônico para interface de programa junto ao SICAR, destinado à inscrição, à consulta e ao acompanhamento da situação da regularização ambiental dos imóveis rurais. Esses endereços podem ser acessados no link http://car.gov.br/#/baixar, bastando selecionar a UF em que se localiza o imóvel rural e seguir as instruções disponíveis.

Agrishow

Agromape recepciona associados da Asplan A FMC representada pela diretoria de Marketing, gerência comercial e RTV em conjunto com a diretoria da AGROMAPE, recepcionou os fornecedores de cana-de-açúcar da Paraíba, na última edição da Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). Na ocasião foi realizado apresentações voltadas ao manejo de plantas daninhas na cultura da cana-de-açúcar.

Os produtores durante o treinamento teórico

O grupo que participou das atividades

Durante a atividade foi mostrado o manejo de plantas daninhas


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Evento

Palestra e visita a campo Durante a semana da Agrishow, de 30 de abril a 04 de maio de 2018, a Secretaria do Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (SEDAP) na pessoa do Dr. Rômulo Montenegro, a diretoria da Asplan, representada por Fernando Rabelo e Pedro Neto, além do consultor financeiro, Cristiano, fornecedores de cana da PB, FMC e AGROMAPE, estiveram na fazenda do exministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, onde foram recepcionados pelo seu filho, o Engenheiro Agrônomo, Paulo Rodrigues, que ministrou uma palestra sobre planejamento e gestão agrícola. Em seguida, foi realizado visita a campo, acompanhando colheita mecanizada da cana-deaçúcar e visita ao canavial, e encerrando com almoço servido na sede da fazenda Santa Izabel, sob a recepção do Sr. Roberto Rodrigues.

A visita foi na fazenda do ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues

Sede da propriedade

Os produtores que visitaram a fazenda

Saúde Brinquedo terapêutico ajuda crianças a aderirem a tratamento em hospital da Unimed João Pessoa

www.unimedjp.com.br Rua Marechal Deodoro, 420 - Torre - João Pessoa - PB - CEP: 58040-910 - Fone: (083) 2106-0216 Fonte: Departamento de Comunicação e Marketing

Deixar as crianças mais à vontade, tranquilas, confiantes e enxergando o ambiente hospitalar como um local que vai “curar o seu dodói”. Para isso, o Hospital Alberto Urquiza Wanderley, unidade da rede própria da Unimed João Pessoa, na Paraíba, implantou o Brinquedo Terapêutico. O projeto é uma técnica que utiliza brinquedos, historinhas e até os próprios insumos do tratamento para dar mais confiança aos pequenos pacientes e seus acompanhantes. A finalidade é que a criança aceite e contribua com a recuperação da saúde. As brincadeiras permitem ao profissional a compreensão dos sentimentos da criança, fortalecendo o vínculo da equipe com toda a família. Durante o processo, as crianças recebem informações, de forma lúdica, sobre o processo pelo qual passarão. Crianças em pré-operatório, as que irão fazer exames de

imagem como tomografia e ressonância, pacientes oncológicos ou que apresentem maior dificuldade em aceitar o treinamento são os principais públicos do projeto.

Cuidado especial O atendimento é individualizado. A equipe percebe o que cada criança precisa para aplicar as técnicas. Dependendo do caso, é contada uma história, para esclarecer o que é uma cirurgia, por exemplo. Em outros, são usados brinquedos adequados para o procedimento e faixa etária. Batas coloridas, adereços, fantoches e jogos são utilizados pelos profissionais. E o interessante é que todos da equipe multiprofissional participam: enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais e farmacêuticos. Há ainda uma atividade semanal na Brinquedoteca, que segue um cronograma anual. Isso porque foi percebida a necessidade de todos os profissionais multidisciplinares terem este momento com as crianças.


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Safra

Paraíba mantém produção de cana-de-açúcar A produção de cana-de-açúcar na Paraíba vem mantendo a média e apresentando indicadores positivos nas últimas três safras, diferente dos demais estados produtores da região que tiveram decréscimo de produção neste mesmo período. A atual safra 2017/2018, que começou em julho de 2017 e foi encerrada agora em abril, contabilizou um resultado final de 5.764,26 milhões de toneladas de cana processada. Esses dados são referentes ao somatório de cana de fornecedores ligados a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) ao volume dos acionistas de indústrias sucroalcooleiras locais. Na safra passada (2016/2017) a produção paraibana ficou em 5.053.312 toneladas de cana, enquanto a de 2015/2016 fechou em 5.737.280 toneladas. Das 5.764,26 milhões de toneladas de cana processada na atual safra, nas indústrias da Paraíba, os fornecedores ligados a Asplan responderam pelo volume de 3.416.271,70 toneladas, sendo o restante da produção correspondente a cana própria de usinas. Das oito unidades industriais, apenas a São João não moeu cana de fornecedores paraibanos nesta safra, as demais Agroval, Japungu, Miriri, Monte Alegre,

Giasa, Tabu e D’Pádua, mesclaram o processamento de cana própria com matéria-prima dos fornecedores ligados a Asplan. Outras duas unidades fora da Paraíba também absorveram a produção local que foram a Olho D’água, em Camutanga (PE) e Baia Formosa, em Baia Formosa (RN). “A Paraíba conseguiu manter a média de produção nas últimas safras porque tanto os fornecedores, quanto os industriais investiram em sistemas de irrigação e por isso os efeitos da seca prolongada não foram tão devastadores como em outras regiões produtoras do Nordeste, a exemplo de Pernambuco e Alagoas”, argumenta o presidente da Asplan, José Inácio de Morais. Ainda segundo o dirigente canavieiro, outro fator que pode ter contribuído para o registro positivo de safra na Paraíba é que alguns fornecedores de Pernambuco direcionaram parte de sua produção para a Giasa e outros produtores do Rio Grande do Norte também moeram cana na Pemel. José Inácio lembra que a destinação de cana produzida na Paraíba para usinas de PE e RN não foram contabilizadas como safra na Paraíba, o que evidencia que a produção no estado foi ligeiramente maior que 5,7 milhões de toneladas

A safra deste ano manteve a produção, mas com baixa remuneração

Para efeito de classificação do produtor canavieiro, classifica-se como micro produtor quem produz até 1000 toneladas/safra. Os pequenos produzem entre 1000 e 5 mil toneladas. Os médios se classificam entre quem produz de 5 a 10 mil toneladas, enquanto que é considerado grande produtor quem fornece acima de 10 mil toneladas. Na Paraíba, quase 80% dos fornecedores de cana associados da Asplan são considerados micro produtores. Os grandes representam apenas cerca de 3% do universo de fornecedores ligados à Associação.

Trabalho

Ministro do Trabalho visita a Asplan Expediente

ASPLAN | Rua Rodrigues de Aquino, 267 - Centro João Pessoa/PB - CEP 58013-030 Fone: (83) 3241.6424 E-mail: asplan@asplanpb.com.br

O ministro do Trabalho, Helton Yomura, visitou a Asplan e se encontrou com diretores da entidade

O ministro do Trabalho, Helton Yomura, que anunciou investimentos de R$ 20 milhões para a Paraíba, esteve na sede da Asplan, no dia 20 de abril, para falar sobre a aplicabilidade da Nova Lei de Migração, em um evento do Ministério do Trabalho que foi realizado no auditório da entidade. Na ocasião, o ministro foi recepcionado pela diretoria da Asplan e recebeu informações dos produtores sobre a importância da cultura canavieira na geração de empego e renda. O presidente da Asplan, José Inácio de Morais, fez um breve relato sobre a importância da cultura canavieira, situando-

a como a maior e mais promissora da região e a que mais emprega no campo (são cerca de 40 mil empregos diretos em épocas de safra). O ministro ressaltou a importância do setor, especialmente, em relação as oportunidades de trabalho, falou da expectativa em relação ao Renovabio e disse que estava feliz em vir à Paraíba trazer boas novas. “Vim aqui anunciar a liberação de recursos para o Estado, na ordem de R$ 20 milhões, que serão destinados à qualificação profissional, através dos programas Qualifica Brasil, Economia Solidária e Pronatec Trabalhador”, disse Yomura.

Preço da Cana-de-Açúcar Valor Líquido*

Valor Bruto

R$

Meses

R$/Kg ATR

Preço Cana

R$/Kg ATR

Preço Cana

Alc. Anidro

Açúcar**

Março

R$ 0,694

R$ 82,5904

R$ 0,6836

R$ 81,3515

R$ 2,08240

R$ 61,99

Abril

R$ 0,6796

R$ 80,8767

R$ 0,6694

R$ 79,6635

R$ 2,08240

R$ 61,51

Fonte: DETEC Asplan | * A diferença entre valores brutos e líquidos são fruto do desconto do INSS, no valor de 1,5% |** Preços brutos (Descontar 9,25% de PIS/COFINS e 7% de ICMS

José Inácio de Morais Andrade - Presidente Fernando Eduardo Rabelo D. Filho - 1º Vice Presidente Rômulo Araújo Montenegro - 2º Vice-Presidente Raimundo Nonato Siqueira - Diretor Secretário Frederico Bezerra Madruga - 1º.Vice-Diretor Secretário Pedro Jorge Coutinho Guerra - 2º.Vice-Diretor Secretário Murilo Correia Paraíso - Diretor Administrativo Financeiro Oscar Gouveia Cunha Barreto Neto - 1º.Vice-Diretor Administrativo Financeiro Carlos Augusto Heim Macedo - 2º.Vice-Diretor Administrativo Financeiro Francisco Siqueira de Lima Neto - Diretor Técnico Pedro Tavares Campos Neto - Vice-Diretor Técnico Coordenação Editorial: José Inácio de Morais, Oscar Gouveia, Neto Siqueira e Kiony Vieira

Tiragem: 2000 exemplares - Distribuição Gratuita Impressão: Gráfica JB Jornalista Responsável: Eliane Sobral DRT-PE 1993 Produção: NEWS Comunicação Fones:(83) 3221-8829/3221-8830 e-mail: esnews@terra.com.br news@newscomunicacao.com.br Fotos: Washington Luiz, News Comunicação e Walmar Pessoa


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