Informativo da Associação de Plantadores de Cana da PB
Projeto
Ano XIII - nº 88 - Julho/Agosto - 2018
Autor do Renovabio participa de Abertura da safra 2018/2019 na PB O deputado federal, Evandro Gussi, autor do projeto que criou o Renovabio, foi uma grata surpresa para os produtores canavieiros que participaram, no dia 16 de agosto, em João Pessoa, de um evento que marcou a abertura da safra 2018/2019 na Paraíba. Inteligente, bem informado, simpático, profundo conhecedor do setor e da necessidade de regulação, o parlamentar fez a abertura do evento promovido pelo Sindicato da Industria de Fabricação do Álcool (Sindalcool), com apoio da Asplan. Dizem que eu sou o pai da 'criança', mas, na verdade, esse projeto que tive a honra de assinar foi elaborado por várias pessoas, com contribuições importantes de entidades e técnicos”, disse ele. O parlamentar lembrou que o Renovabio vai ajudar a organizar o setor de biocombustíveis no Brasil. “Vamos passar dos atuais 26 bilhões de litros de etanol para 47 bilhões e é preciso que haja algo que direcione as ações do setor e ainda estimule quem está inserido nesta cadeia produtiva”, destacou Gussi. Ainda segundo o parlamentar, o produtor brasileiro, ao contrário do que se prega fora do setor, é um agente ambientalista por natureza. “Por muitos anos se acusou o produtor de desmatar as matas, mas, 66,8% do território brasileiro está do mesmo jeito que quando o Brasil foi descoberto, ou seja, está preservado. O Brasil, apesar de ser um grande produtor, é o país que menos usa a área para agricultura com um percentual de apenas 7,6% de seu território, enquanto que na Europa isso chega a 80%, na Noruega a 60%”, destacou Gussi, lembrando que o plantio de cana-de-açúcar deve ser associado a energia limpa e a sustentabilidade, pois é a partir da planta que se produz um combustível limpo, renovável e bem menos poluente. O presidente da Asplan, José Inácio de Morais, deu as boas-vindas aos participantes do evento, lembrou do atual momento vivido pelo país e, especialmente, pelo setor sucroener-gético, e destacou a importância de se eleger políticos comprometidos com as questões de cidadania e, sobretudo, que tenham um olhar voltado para o setor. O deputado federal parai-bano, Efraim Filho, que fez parte do painel de abertura do evento junto com o presidente da Feplana, Alexandre Lima e o diretor do Sindalcool, Gilvan Celso.
“Nos últimos dez anos, não tem crescido a produção de ATR no Brasil, que passou um período sem regulação e isso atrapalhou a produção de cana-de-açúcar e etanol, mas, esse cenário tende a mudar para melhor. O Brasil tem um grande ativo que é a flexibilidade do setor que hora produz álcool, hora açúcar, dependendo do que esteja mais favorável. Com o Renovabio e programa terá impacto em vários setores, além de criar um ambiente mais favorável a investimentos”, disse Guilherme Nastari, da Datagro, que integrou o painel 'Desafios dos produtores de Etanol e a descarbonização com o Renovabio', com Antô-nio de Pádua, da ÚNICA e Gilvan Celso, da Miriri. Outro tema abordado foi 'Cenários de oferta de Etanol e demanda do ciclo Otto 2018/2030', Marcelo Carvalho, da ANP, e por Rachel Henriques, da EPE. De acordo com Raquel, embora o etanol seja um produto ecologicamente muito superior à gasolina, o preço ainda é um fator preponderante na escolha do consumidor. Marcelo Carvalho, da ANP, abordou a questão da Renovacalc, versão da calculadora que vai computar os créditos de carbono das indústrias e anunciou que em junho de 2019 a resolução que regulamenta essa questão será apresentada. O presidente da Abiogas, Alessandro Von Arco Gardemann abordou o 'Potencial do Biogás com o Renovabio' e destacou a imensa potencialidade do país nessa questão do Biogás, especialmente, no Nordeste onde só existem duas, das 125 unidades geradoras de biogás. Segundo ele, há no país 381 indústrias sucroenergéticas produzindo etanol, das quais 67 estão no Nordeste, e apenas 125 de Biogás. A programação foi encerrada com a palestra 'Bioquerosene de cana Descarbonização dos transportes aéreos' com a participação de Onofre Andrade, da Boeing e Dra. Amanda Duarte, da Rede Nacional de Bioquerosene. Na parte de agendas e conclusões, Alisson Brito, do IFPB, falou sobre 'Desafios nas novas tecnologias na gestão agrícola', mostrando como a tecnologia dos drones pode contribuir com o produtor rural na identificação de itens importantes ligados ao seu negócio e um representante do BNB falou sobre as linhas de crédito e formas de atuação da instituição.