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BRASIL

CUT

CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES

Jornal do Sindicato dos Bancários da Paraíba - João Pessoa, outubro de 2014. Ano XXIII. Nº 558

11º ano com ganho real

valorização do piso, isonomia e contratações


outubro de 2014

opinião

Editorial

Mais uma greve...

Acabamos de sair de mais uma greve provocada pela intransigência dos bancos. Obtivemos ganho real pelo décimo primeiro ano consecutivo, mas reivindicações históricas continuam sem solução. Assim sendo, os bancários serão compelidos a fazer greves constantes. A sociedade, outra vítima da ganância dos banqueiros, sofre as consequências de nossas paralisações e já sabe que todos os anos, entre setembro e outubro, os bancários cruzam os braços. Pena que só percebam a nossa luta por questões salariais, quando reivindicamos também melhorias para o atendimento ao público, através da contratação de mais funcionários. Os bancos, na corrida desenfreada por sucessivos recordes de lucros, além de não investirem adequadamente em segurança, também não contratam funcionários suficientes para atender a crescente demanda por produtos e serviços bancários. E isso concorre para o estabelecimento de metas cada vez mais altas. A falta de recomposição dos quadros funcionais acarreta uma sobrecarga de trabalho insuportável. E, aliada à pressão pelo atingimento de metas cada vez maiores, favorece a prática do assédio moral e leva os bancários ao adoecimento.

Os trabalhadores bancários são os que mais se afastam para tratamento de saúde no País, inclusive com problemas psiquiátricos, segundo os números do INSS. A isonomia entre novos e antigos bancários é uma reivindicação histórica, que precisa ser atendida. Não é justo continuarmos com pessoas exercendo as mesmas funções e executando os mesmos serviços, porém considerados e tratados como trabalhadores de segunda classe. Para trabalhos iguais, tratamento, condições e remuneração iguais. Em dez anos, conseguimos 20,7% de ganho real acumulado para os salários e 40,1% no piso salarial dos bancários. Isso só foi possível graças à luta da categoria, assim como questões importantes evidenciadas em todos os bancos. Entra ano e sai ano e os bancos não querem nem discutir a elevação do salário de ingresso do escriturário para o valor do salário mínimo calculado pelo Dieese. E necessitamos valorizar o piso da categoria, bem como criar planos de cargos e salários para todos os bancários. Enquanto os bancos não nos atenderem nessas três questões valorização do piso, isonomia e contratações - os bancários vão continuar fazendo greve.

Toda greve tem seu preço A campanha salarial tem custos, desde a realização de encontros regionais, estaduais, conferências, congressos, assembleias, até a greve. São despesas com deslocamento, hospedagem, cartazes, panfletos, jornais, anúncios, faixas, banners, carros de som, assistência jurídica. Essa luta tem um preço e quem paga a conta é o bancário; quer seja sindicalizado ou não, tenha feito greve ou tenha trabalhado. O Desconto Assistencial é uma

Trocando

em miúdos

Informativo do Sindicato dos Bancários da Paraíba Av. Beira Rio, 3.100, Tambauzinho, João Pessoa-PB. Fone: (83) 3224-2054 Fax: (83) 3224-4837 Site: www.bancariospb.com.br e-mail: sindicato@bancariospb.com.br trocando em miúdos

contribuição espontânea. Este ano, foi estipulado o valor de R$ 40,00 (quarenta reais), na assembleia do dia 30 de julho de 2014, que aprovou a pauta de reivindicação dos bancários para a Campanha Nacional 2014. O valor é o mesmo dos últimos cinco anos. E sendo espontâneo, é facultado ao bancário o direito de se opor ao desconto Basta fazer um requerimento de próprio punho e entregar individual e pessoalmente na sede do Sindicato, no horário comercial, dentro de 10 (dias) a contar da assinatura do Acordo de cada segmento. Facebook: bancariospb Twitter: @sindbancariospb Presidente: Marcos Henriques e Silva Diretor de Comunicação: Rogério Lucena Jornalista responsável: Otávio Ivson (DRT-PB 1778/96) Reportagem: Otávio Ivson e Kalinne Arcoverde Diagramação: Paletta arquitetura, comunicação e design Fotos: Otávio Ivson, Paletta e Arquivo do SEEB-PB Tiragem: 3.000

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EDITAL ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA Sindicato dos empregados em estabelecimentos bancários da PARAÍBA, inscrito no CNPJ/MF sob o nº. 09.371.105/0001-21, Registro sindical nº 10.899/41, convoca todos os empregados do Banco HSBC BANK BRASIL S/A – BANCO MÚLTIPLO, sócios e não sócios desta entidade de classe, da base territorial dos municípios de João Pessoa, Bayeux, Santa Rita, Cabedelo, Guarabira, Solânea, Bananeiras, Tavares, Alhandra, Serra Branca, Sumé, Monteiro, Princesa Isabel, Pombal, Barra de Santa Rosa, Belém, Pirpirituba, Picuí, Caaporã, Alagoa Grande, Campo de Santana, Araruna, Serraria, Araçagí, Paulista, Gurinhém e Caiçara, para assembléia geral extraordinária a ser realizada no dia 22 de outubro de 2014, às 18h, sito à Av. Ministro José Américo de Almeida, 3100 - Tambauzinho, para ratificação do acordo coletivo de trabalho de participação nos resultados 2014. 10 de outubro de 2014. Marcos Henriques e Silva Diretor Presidente

DESCONTO ASSISTENCIAL Pelo presente o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários da Paraíba, com endereço a Av. Min. José Américo de Almeida, 3100 – Tambauzinho - João Pessoa – PB, na forma das disposições estatutárias e da Convenção Coletiva de Trabalho Aditiva 2014/2015, comunica aos bancários sindicalizados ou não de sua base territorial nos municípios de João Pessoa, Bayeux, Santa Rita, Cabedelo, Guarabira, Solânea, Bananeiras, Tavares, Alhandra, Serra Branca, Sumé, Monteiro, Princesa Isabel, Pombal, Barra de Santa Rosa, Belém, Pirpirituba, Picuí, Caaporã, Alagoa Grande, Campo de Santana, Araruna, Serraria, Araçagí, Paulista, Gurinhém e Caiçara, que poderão opor-se ao Desconto Assistencial, de 13/10/2014, até o dia 22/10/2014, mediante entrega de requerimento manuscrito de próprio punho, constando nome, qualificação, número da CTPS, banco e agência, a ser entregue individualmente e pessoalmente na sede do Sindicato, no horário das 8h às 18h. João Pessoa (PB), 10 de outubro de 2014. Marcos Henriques e Silva Diretor Presidente


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campanha nacional 2014

Firmes e sintonizados com o bem estar da sociedade Todos os anos, uma das maiores preocupações de quem coordena o movimento dos bancários é explicar à sociedade que a greve é provocada pelos bancos e contra os banqueiros; e não contra clientes e usuários dos serviços bancários. Este ano, graças à iniciativa da Promotoria de Defesa do Consumidor da Capital (na foto ao lado, Marcos Henriques e o promotor Glauberto Bezerra), os bancos foram proibidos de penalizar o consumidor por conta da greve. Pelo deferimento da liminar resultante da Ação Civil Pública, os bancos não puderam cobrar juros de mora, taxas, tarifas, inclusive de devolução de cheques, nem inscrever o consumidor nos serviços de proteção ao crédito. E isso trouxe uma certa tranquilidade para o nosso movimento. O Procon Municipal de João Pessoa chamou o Sindicato dos Bancários para uma reunião em sua sede, no dia 29 de setembro, para discutir medidas que amenizassem os problemas a serem enfrentados pelos consumidores durante a greve dos bancários. O secretário adjunto do órgão, Ricardo Dias Holanda, queria saber se os consumidores teriam direito a efetuar depósitos no autoatendimento. O presidente do SEEB-PB informou que só os bancos poderiam falar sobre o assunto, uma vez que a categoria estava em greve. E aproveitou para informar sobre a liminar que garantia os direitos do consumidor. No dia 2 de outubro, a diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba atendeu ao chamado do Procurador Eduardo Varandas Araruna e participou da audiência convocada pelo Ministério Público do Trabalho da 13ª Região. Em pauta, o atendimento ao público durante a greve da categoria profissional. Ante a exposição de motivos, feita pelos representantes dos bancários, o Procurador concedeu o prazo de 10 dias para que o Sindicato explicasse o funcionamento do autoatendimento, inclusive dizendo a quem compete a responsabilidade de abastecer os caixas eletrônicos e repor os envelopes para depósitos. Nas três reuniões, buscou-se alternativas para o atendimento ao público e o direito de greve dos bancários foi respeitado.

Práticas antissindicais no Bradesco Todo ano, na Campanha Nacional dos Bancários, os bancos, principalmente os privados, buscam alternativas ilícitas para tentar desmobilizar os bancários e inviabilizar a greve da categoria. O Bradesco sempre se destaca com suas práticas antissindicais. No dia 30 de setembro, primeiro dia de greve dos bancários, um funcionário do Bradesco, lotado na Superintendência Regional, tentou entrar na Agência Centro João Pessoa "na marra". Na tentativa de conter o ímpeto do contumaz ‘fura greve’, dois diretores do Sindicato foram agredidos fisicamente pelo furioso assessor do superintendente. Após a prática violenta o agressor, acompanhado do gerente da agência e um vigilante, foi à 2ª DD da Capital e registrou queixa, como vítima. 03

No dia seguinte, o mesmo gerente Gustavo Tenório, que havia acompanhado o ‘fura greve’ na 2ª DD, humilhou e causou constrangimento a todos os funcionários daquela unidade do Banco, ao mantê-los no estacionamento durante todo o dia, além de ameaçar os que aderiram à greve, inclusive de demissão. "Essas atitudes mesquinhas demonstram total falta de respeito aos clientes, usuários e aos bancários em greve, bem como falta de respeito à Constituição Federal e à Lei de Greve. Todos esses absurdos foram denunciados aos órgãos competentes, onde exigimos a punição severa dos culpados por essas práticas espúrias", concluiu Marcos Henriques, presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba. trocando em miúdos


campanha nacional 2014

Greve forte, tempo curto. E chegamos

Acima, mesa que coordenou uma das assembleias, composta por representantes do Banco do Brasil, bancos privados, Sindicato dos Bancários da Paraíba e CUT Paraíba. Abaixo, uma amostra da greve dos bancários na base do SEEBPB, contemplando bancos públicos e privados da Capital do estado.

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Acima, mesa composta por representantes dos funcionários do BB, Sindicato, Caixa e BNB e o secretário geral da Entidade, Marcelo Alves falando à plenária. O sindicalista ponderava que a maioria dos bancários privados já havia decidido pela volta ao trabalho e que não fazia sentido continuarmos a greve isoladamente.

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ao 11º ano com aumento real de salário Foram sete dias de greve nos bancos privados, oito dias no Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, e 13 dias no Banco do Nordeste do Brasil (BNB). Os bancários deliberaram pela greve na assembleia do dia 25 de setembro e cruzaram os braços no dia 30. A Contraf-CUT contabilizou 6.572 agências fechadas no primeiro dia de greve no País e chgou ao quarto dia com 10.355 agências paralisadas. Aqui na nossa base iniciamos a greve com adesão de 84,73% e chegamos ao final do movimento com 88,15% dos bancários em greve. A mobilização foi tão forte que, antes mesmo do início da greve, a Fenaban chamou o Comando Nacional para uma negociação em pleno sábado, 27 de setembro. Na ocasião, apresentou o incremento de 0,35% sobre o reajuste original dos salários, ou seja, ganho real de 0,94%. A proposta pífia revoltou a categoria. No quarto dia de greve a Fenaban convocou uma negociação com o Comando Nacional e apresentou a proposta que foi aprovada pelos bancários da rede privada, na assembleia da segunda-feira, 6 de outubro. Nas negociações específicas, a novidade para os funcionários do Banco do Brasil foi o fim do Banco de Horas. Na Caixa, a manutenção da PLR Social e a promoção por merecimento para todos, com um Delta a partir de janeiro de 2015, foi o que se sobressaiu. E, como sempre acontece anualmente, os funcionários do BNB ficaram mais uma vez a ver navios. Até o Plano de Carreira e Remuneração permanece sem revisão ao longo dos anos. A direção do Banco promete, mas não cumpre. E, o que é ainda pior, voltaram as ameaças de corte no ponto dos grevistas, em total desrespeito à Lei de Greve.

A categoria participou ativamente de todas as etapas da Campanha 2014, principalmente das assembleias.

Aqui, a greve no BB e na Caixa durou mais um dia Movida pelo sentimento da base, que sinalizava com muita disposição de continuar a greve, a diretoria do Sindicato dos Bancários da Paaraíba defendeu a rejeição das propostas. Enquanto as maiores bases de bancários do BB e Caixa deliberaram pela volta ao trabalho, nas assembleias do dia 6, permanecemos mais um dia de braços cruzados e só na assembleia do dia seguinte foi aprovada a volta ao trabalho.

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capanha nacional 2014

Contraf-CUT assinou Convenção Coletiva de CCT garante aumento real de salário pelo 11º ano e avanços nas condições

FENABAN

BANCO DO BRASIL

Reajuste - 8,5% (2,02% de aumento real). Piso portaria após 90 dias - 1.252,38 (9% ou 2,49% de aumento real). Piso escritório após 90 dias - R$ 1.796,45 (9% ou 2,49% acima da inflação). Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.426,76 (salário mais gratificação mais outras verbas de caixa), significando reajuste de 8,87% e 2,37% de aumento real). PLR regra básica - 90% do salário mais R$ 1.837,99, limitado a R$ 9.859,93. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 21.691,82. PLR parcela adicional - 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.675,98. Auxílio-refeição - R$ 26,00 (R$ 572,00 ao mês), reajuste de 12,2%, ou 5,5% de aumento real. Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta - R$ 431,16. (Somados, os auxílios refeição e cesta-alimentação resultam em R$ 1.003,13 por mês, o que representa reajuste de 10,76%). Auxílio-creche/babá - R$ 358,82 (filhos até 71 meses) e - R$ 306,96 (filhos até 83 meses) Gratificação de compensador de cheques - R$ 139,44. Requalificação profissional - R$ 1.227,00. Auxílio-funeral - R$ 823,30. Indenização por morte ou incapacidade p/assalto - R$ 122.770,20. Ajuda deslocamento noturno - R$ 85,94. Combate às metas abusivas - Monitoramento de resultados com equilíbrio, respeito e de forma positiva, sendo proibida a cobrança SMS e/ou qualquer outro tipo de aparelho ou plataforma digital. Dias parados - Compensação de uma hora por dia no período de 15 de outubro a 31 de outubro (funcionário de 6 horas) e uma hora por dia no período entre 15 de outubro e 7 de novembro (funcionário de 8 horas). Certificação CPA 10 e CPA 20 - Quando exigido pelos bancos, os trabalhadores terão reembolso do custo da prova em caso de aprovação. Adiantamento de 13º salário para os afastados - Quando o bancário estiver recebendo complementação salarial, terá também direito ao adiantamento do 13º salário. Reabilitação profissional - Cada banco fará a discussão sobre o programa de retorno ao trabalho com o movimento sindical. Gestantes - As bancárias demitidas que comprovarem estar grávidas no período do aviso prévio serão readmitidas automaticamente. Casais homoafetivos - Os casais homoafetivos informarão a opção deve diretamente à área de RH de cada banco, e não mais com o gestor imediato, para evitar constrangimentos e discriminações. Novas tecnologias - Realização de seminários periódicos para discutir sobre tendências de novas tecnologias. Campanha sobre assédio sexual - Os bancos assumiram o compromisso de realizar uma campanha junto com os bancários para combater o assédio sexual no trabalho.

Reajuste - 8,5% (2,02% de aumento real) nos salários e benefícios, e 9% (2,49% acima da inflação) no piso, com reflexos em toda a carreira do PCR. Substituição de Gerente de Módulo nas PSO - Módulo Suporte Operacional (SOP) por caixas, conforme instruções internas. Substituição nas UN - Substituição de funções gerenciais nas Unidades de Negócios com somente uma Gerência Média, conforme instruções internas. Contratação - O BB contratará dois mil funcionários, sendo mil até 31 de dezembro de 2014 e mil até 31/12/2015. Pontuação de Mérito dos Caixas - O banco retroagirá a 1º de setembro de 2005 a pontuação de mérito dos caixas. Os efeitos financeiros e o pagamento serão retroativos a 1º de setembro deste ano. US - Elevação do valor da Unidade de Saúde de R$0,36 para R$0,55. VCP - O BB pagará Vantagem em Caráter Pessoal (VCP) por 120 dias para descomissionamentos de funcionários que tenham mais de 5 anos na comissão; excluídos os casos de sanção disciplinar e desempenho . Gedip - Instalação de mesa temática sobre Gestão de Disciplina e Perdas. HE - Pagamento em dinheiro de todas as horas extras prestadas (fim do banco de horas). Jornada e Ponto Eletrônico - O banco bloqueará, até dezembro de 2014, o acesso às estações de trabalho para todos os funcionários que estiverem com a jornada de trabalho encerrada no ponto eletrônico. Vale-transporte - O BB disponibilizará aos funcionários o pagamento do vale-transporte em dinheiro, observadas as regras do programa. Curso de Conciliação - O novo curso "Conciliação: Mediação para Gestores" passará a ser pontuado nas oportunidades do sistema TAO para concorrências às funções de Gerente Geral em Unidades de Negócios. Curso sobre Assédio Moral e Sexual - O banco desenvolverá curso sobre Assédio Moral e Sexual, com pontuação para as concorrências a funções gerenciais. Clima Organizacional - O BB disponibilizará no mínimo 30 turmas da Oficina Gestão do Clima Organizacional, a fim de capacitar gestores a aprimorar o clima de suas unidades. Jornada Extraordinária - O banco permitirá, de outubro a dezembro de 2014, a realização de jornada extraordinária, vinculada ao Plano de Funções, na forma das instruções normativas que tratam do assunto. Igualdade de Oportunidades - Na questão da igualdade de oportunidades, além de uma correção em relação à pontuação de mérito dos delegados sindicais, o banco também corrigirá a PLR dos dirigentes sindicais. CCV - Renovação do Acordo Coletivo (acordo marco) sobre CCV por 2 anos, sem cláusula de suspensão de ações judiciais por 180 dias. HE/Funções Gratificadas - Prorrogação por mais seis meses da possibilidade de realização de horas extras para os funcionários que aderiram a funções gratificadas, na forma prevista no plano de funções; Faltas/greve 2013 - Reclassificação das faltas de greve realizadas no primeiro semestre de 2013, por conta do plano de função;

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Trabalho e acordos com BB, Caixa e BNB de trabalho, como o combate às metas abusivas e ao assédio moral

BNB

CAIXA

Contratações - Aumento do quadro de pessoal em 1300 funcionários, sendo 200 entre 01/09 e 31/12/2014. PLR - Distribuição de 8,75% do lucro líquido do 1º semestre a título de adiantamento de PLR, seguindo os prazos da FENABAN. Reajuste - Reajuste de 9% sobre o piso da instituição e sobre toda a curva do PCR; Reajuste de 8,5% sobre funções, pisos de funções, cesta alimentação, 13ª cesta alimentação, auxílio creche, auxílio funeral, auxílio material escolar, auxílio portador de necessidades especiais, e indenização por incapacidade decorrente de assalto. Ponto Eletrônico - Implantação do ponto eletrônico em todas as unidades até 30 de junho de 2015. CDC Funcionários - Suspensão da cobrança das parcelas de CDC dos funcionários pelos meses de outubro a dezembro de 2014, exceto CDC Veículos e Antecipação do Imposto de Renda, e reparcelar as dívidas em até 60 meses. Gerente de Negócios Pronaf - Criação de mais 1 nível de Gerente de Negócios PRONAF, com promoção mediante desempenho da carteira e acréscimo de R$ 528,05 (quinhentos e vinte e oito reais e cinco centavos) na remuneração bruta. Diárias - Unificação dos valores das diárias, hoje distintos, para treinamentos, viagens a serviço, fóruns de gestão, adições e remoções ex-offício, com a de viagens a serviço (reajustada em 9%). Caixa Executivo - Simplificação do processo de concorrência para a função de caixa executivo, reduzindo o tempo mínimo de banco para concorrer à função para apenas 3 meses. Análise da estrutura organizacional de algumas agências, no prazo de 180 dias, para verificar a necessidade de criar novas vagas de caixa executivo. Medicamentos de Alto Custo - Disponibilidade, em até 90 dias, de um fundo da CAMED destinado a custear procedimentos e/ou medicamentos de alto custo, fora do rol da ANS. Ausências/Afastamentos - Criar mesa temática para avaliação de ausências/afastamentos concedidos pelo banco. Vale Cultura - Adesão ao vale cultura a partir de outubro de 2014, para o público-alvo, retroativo a setembro de 2014, no valor de R$ 50,00 (cinqüenta reais).

Reajuste salarial para cargo efetivo - 9% (2,49% de aumento real). PLR - Será composta de: PLR Regra Fenaban, com a regra básica mais a parcela adicional; e PLR Social Caixa igual a 4% do lucro líquido distribuído igualmente para todos os empregados. Contratação de novos empregados – 2.000 novos trabalhadores até dezembro/2015. Referência de ingresso - Os empregados serão contratados na referência 201 da Estrutura Salarial Unificada (ESU) e nas referências 2401, 2601 e 2801 da Nova Estrutura Salarial (NES). Saúde Caixa - (Dependente indireto) Manutenção de filhos com idade entre 21 e 27 anos incompletos que não possuam qualquer renda superior a R$ 1.800,00 (excluída a renda de pensão alimentícia). (Dependente direto) Filhos portadores de deficiência permanente e incapazes, com idade superior a 27 anos, enquanto solteiros e sem renda salarial. Horas extras - Manutenção da cláusula referente à prorrogação da jornada de trabalho, assegurando-se o pagamento, com adicional de 50% sobre o valor da hora normal, ou a compensação das horas extraordinárias realizadas na proporção de 1 hora realizada para 1 hora compensada e igual fração de minutos. A partir de janeiro de 2015, pagamento de 100% das horas extras realizadas em agências com até 20 empregados, inclusive ao tesoureiro. Incentivo à elevação da escolaridade – 300 bolsas para graduação, até 500 para pós-graduação e até 800 para idiomas. Isenção de anuidade - Cartões de crédito Caixa Mastercard e Visa. Juros do cheque especial – com redução para os empregados. Ausências permitidas - Para levar filho ou dependente menor (até 18 anos) ao médico, incluído enteados. Licença-maternidade - Será garantido ao empregado a continuidade da licença-maternidade, até o término do período previsto inicialmente, em caso de falecimento da mãe e sobrevida do filho. Licença-adoção - a qualquer dos adotantes, incluindo ainda os 60 dias concedidos pelo programa "Empresa Cidadã". O outro adotante poderá gozar o período equivalente à licença-paternidade. Delta merecimento - uma referência (delta) a título de promoção por mérito, a partir de janeiro de 2015, aos empregados com no mínimo 180 dias de efetivo exercício em 2014 e sem ocorrências restritivas. Manutenção de cláusulas - Estabilidade provisória de emprego; Suplementação do auxílio-doença; e Comissões de conciliação (CCV/CCP). Adicional de insalubridade e de periculosidade - sempre que, na prestação de serviços, se verificar o seu enquadramento nas atividades ou operações insalubres ou perigosas. Licença para tratamento de saúde e titularidade da função gratificada ou cargo em comissão em licença para tratamento de saúde - considera como de efetivo exercício os primeiros 15 dias de licença para tratamento de saúde do empregado e garantirá ao empregado a titularidade da função gratificada ou cargo em comissão, pelo período da licença para tratamento de saúde (LTS) ou licença por acidente de trabalho (LAT) até o limite de 180 dias.

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campanha nacional 2014

Banco do Nordeste,

Maquiavel e a psicologia do medo

Niccolò di Bernardo dei Macchiavelli, ou simplesmente Maquiavel, é reconhecido como o fundador da ciência política moderna por ter sido o primeiro a escrever sobre o Estado e o governo como realmente são, e não como deveriam ser. Em sua principal obra, O Príncipe, ele ensina que para manter o controle de seus súditos, o príncipe virtuoso deve ser amado ou temido; de preferência, temido. Fazendo uma analogia com a realidade atual no Banco do Nordeste, percebemos claramente que a diretoria executiva da instituição, “coincidentemente” com a chegada do então diretor de administração e TI, e atual presidente do BNB, Nelson Antônio de Souza (o psicólogo), está seguindo à risca os ensinamentos de Maquiavel, aterrorizando os funcionários com metas abusivas, “lembranças” constantes do risco de descomissionamento para os que não atingirem os resultados exigidos, uso de

expressões desrespeitosas como “gerente serrote” para se referir a quem não atinge suas metas sempre, inclusive informando que banco é quem escolhe onde estes funcionários irão trabalhar, lembrando assim o comportamento do tirano Byron Queiroz, que transferia quem o desagradasse para lugares isolados e distantes de suas bases familiares, provocando destruição de famílias e até suicídios durante toda sua gestão. A situação fica ainda pior quando a instituição perde totalmente a credibilidade junto aos seus funcionários ao se recusar a cumprir compromissos assumidos com estes, como a revisão do Plano de Cargos e Remuneração (PCR) da instituição e, pelo segundo ano consecutivo, fere a Constituição Federal e a Lei de Greve ao constranger os grevistas a voltarem ao trabalho, utilizando-se de ameaças de corte de ponto, que é uma tática ilícita utilizada com a intenção de enfraquecer ou até mesmo destruir

movimentos paredistas que são um direito garantido aos trabalhadores pela nossa Carta Magna. Mas a vida é uma “caixinha de surpresas”. Nenhum conhecimento é absoluto. E eu, humildemente, vou me atrever a fazer um acréscimo às teses de Nicolau Maquiavel: “No Estado democrático e de direito, ninguém, absolutamente ninguém, é suficientemente temido para evitar o levante dos oprimidos.”. Ao contrário do que aconteceu em 2013, quando a greve dos BNBeanos foi destroçada em poucas horas pela ameaça do banco, nesse ano, os trabalhadores, ao perceberem que, se cedessem novamente às pressões do banco e voltassem ao trabalho, mesmo em estado de greve, se tornariam reféns dessa diretoria truculenta e covarde, e jamais conseguiriam maiores avanços em suas campanhas salariais, resolveram bater de frente com o psicólogo. Tornaram-se comuns frases como “prefiro ser derrotado pelo TST a ceder às ameaças do banco”. Até mesmo algumas unidades que, até então não haviam aderido à greve, após verem a tática maquiavélica do banco se repetir, aderiram ao movimento, numa grande demonstração de coragem e de solidariedade de classe. A greve dos funcionários do BNB de 2014 vai entrar para a história como o movimento que iniciou a derrubada da nova tirania instalada na cúpula do Banco do Nordeste. Os trabalhadores deram seu recado ao psicólogo, digno dos maiores revolucionários da história da humanidade - “Preferimos morrer de pé a viver de joelhos”.

73 anos de sonhos, lutas e conquistas

anos

trocando em miúdos

No dia 24 de outubro o Sindicato dos Bancários da Paraíba chega aos 73 anos de lutas em defesa da categoria bancária. Mais um marco temporal na história de uma respeitada Entidade que sempre esteve na vanguarda dos movimentos sociais; que resistiu à repressão dos anos de chumbo da ditadura militar; que participou ativamente do processo de redemocratização do País; que enfrentou as privatizações durante o governo FHC, que lutou contra a privatização do Paraiban; que contribuiu para conduzir ao Palácio do Planalto um governo democrático popular, capitaneado por um sindicalista nordestino; que ajudou a levar a primeira mulher à Presidência da República. Temos orgulho de fazer parte do Sindicato dos Bancários da Paraíba, um sindicato forte, comprometido com a responsabilidade social, a preservação do meio ambiente e da cultura. 08


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