Jornal Dicas da Diplomata - Maio 2017

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ANO I - NÚMERO 5

MAIO DE 2017

Por: Claudia Assaf

Futuro diplomata, futura diplomata, Já estamos quase na metade de 2017. É tempo de rever suas estratégias: ajustar o que não vem dando resultados e continuar com o que está dando certo em seu planejamento de estudo para o CACD. Talvez acordar mais cedo do que o habitual, exercitar maior número de questões de provas passadas ou enfrentar de uma vez por todas aquele tema de que está fujindo, com medo. Acima de tudo, é momento de não desenvolver expectativas, e, sim, ter os pés no chão para reconhecer se este ano de 2017 é o seu ano na linha de frente para ser aprovado(a), ou se será um ano de mais um treino, o que é igualmente bom. Essa análise realística somente você poderá fazer, sem se enganar. É assim que se desenvolve o processo preparatório: uma dose de realismo, muita dedicação, esforço como jamais feito antes, paciência e fé, na certeza de que, se outros conseguiram chegar lá, você também poderá, se apenas persistir, fazendo o que deve ser feito. Não tem como internalizar o exigido da noite para o dia. Igualmente não é possível, estudando esporadicamente. O desafio é contínuo, diário e pelo longo prazo. Persista, com paciência. Cada reprovação é parte essencial do processo rumo à aprovação. Duas certezas: se você tem problemas, o outro candidato também os tem, portanto aceite e busque alternativas criativas para conseguir estudar; e, sem esforço hercúleo e diário, não será possível. Continue agindo e acreditando, encarando um dia de cada vez, que você também chegará lá. Boa leitura!

ESCOLA DOS ANNALES A história da história

Na seção de Cartas ao ceacedista, convidei minha sobrinha, Fabiane Assaf, graduanda em História pela UFF e aspirante à carreira de diplomata, a dividir consosco um tema que estudou na sua faculdade de História: a Escola dos Annales - um movimento intelectual do início do século XX que marcou a forma de estudar História. Você já ouviu falar? Para o CACD, conhecer esse movimento, iniciado por March Bloch e Lucien Febvre, pode ser estratégico. Ainda que seu conteúdo não esteja expressamente listado no programa de História Mundial cobrado em edital, conhecer essa escola de pensamento que revolucionou o modo de produzir e pensar a história possibilitará ao aprendiz perceber melhor o mundo em que vivemos, o que poderá ser um diferencial no seu desempenho no CACD. Isso porque História é uma das disciplinas mais relevantes no concurso, decisiva até, não somente porque está presente na primeira e na terceira fase, mas também por causa da interdisciplinaridade da qual o ceacedista faz uso a todo tempo: temas de história podem ser úteis em todas as demais provas do certame, afinal, para explicar um dado assunto, fica bem, antes, voltar na história para buscar indicar marcos passados relevantes para compreender o tema atual que se tenta explicar.

21 DE MAIO

DIA DA LÍNGUA NACIONAL HISTÓRIA DO BRASIL

Você sabe como se chamava a língua falada no Brasil colonial, ou na “América portuguesa”, como os historiadores denominam o Brasil desse período? Nheengatu ou Língua Geral ou, ainda, Tupi moderno. Havia a Língua Geral meridional, que predominava ao sul do território, e a Língua Geral Amazônica, até hoje falada em algumas cidades da região norte, como em São Gabriel da Cachoeira/AM. Tratava-se de uma combinação das línguas indígenas dos troncos do tupi e do guarani, misturadas com o português de Portugal. O português que falamos hoje, com a ginga brasileira, com melodia única se considerarmos os oito países que têm a língua portuguesa como idioma oficial, deve-se a essa influência indígena do início da formação de nossa identidade e nosso falar. Assim, neste dia 21 de maio, data em que se comemora o dia da língua nacional - em nosso caso o português -, não podemos nos esquecer de que a formação do português no território brasileiro muito se deveu à influência, por séculos, das milhares línguas que os nativos indígenas já falavam - e ainda falam, como em São Gabriel da Cachoeira, na Bacia do Rio Negro - muito antes de os portugueses chegarem ao Brasil, em 1500. Apesar de proibições de diferente natureza, contra as línguas indígenas, como o que fizeram os jesuítas, bem como Marquês de Pombal, ainda temos mais de cem línguas indígenas faladas no Brasil. O dia da língua nacional, além do português, que é a língua oficial do Estado brasileiro, não pode deixar de reverenciar as línguas indígenas, não somente porque eram faladas muito antes da “descoberta”, mas também porque muito influenciaram a beleza melódica do nosso “português brasileiro” e, ainda hoje, há muitas delas usadas em nosso território.

www.dicasdadiplomata.com.br

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