Red Nose Extreme Mag n.4

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E D I Ç Ã O # 4

MMA SUP M OTO CR OS S RED NOSE GIRL S U RF

TUDO SOBRE O RED NOSE PRO JR COMPORTAMENTO

ARTE & AÇÃO

N.

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S E T / O U T

2 014

DAN CÉZAR: VOOS CADA VEZ MAIS ALTOS... NA PISTA E NA CARREIRA.

ABC DO SKATE COM DAN CÉZAR capaRED4_crop.indd 1

10/2/14 6:10 PM






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DIRETOR MARCELO CUNHA LEITÃO

índice

Gerente de Marketing: Fabio Brauner Gerente Financeiro: Monica Evangelista Licensing: Marcelo Abujamra e Alexandre Valle Marketing: Vinicius Nastri Designers: Sergio Severo e Thiago Funari

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REDAÇÃO Diretor: Kiko Carvalho (kiko.fluir@waves.com.br) Diretor de arte: Alessandro De Toni (ale.fluir@waves.com.br) Editor de fotografia: Luciano Ferrero (luciano.fluir@waves.com.br) Estagiários: (arte) Alexandre Pohl e (texto) Vinicius Sá Moura Colaboraram nesta edição: (texto) Daniela Burgonovo, João Renato,Lucas Alves, Marcelo Baroni, Vinicius Sá Moura (foto) Alexandre Gennari, Alexandre Loureiro/InovaFoto, Fabriciano Junior, Fred Pompermayer, Julio Detefon. (revisão) Janaína Mello (tratamento de imagem) Premedia CROP

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PÁG.06

Publisher: Claudio Martins de Andrade Diretoria Executiva: Claudio Martins de Andrade, Kiko Carvalho e Marcelo Barros RED NOSE XTREME SPORTS MAG, # 4 é uma publicação bimestral do núcleo de revistas customizadas da Third Wave Editora de Revistas Ltda. Administração e Jurídico: Rua Guararapes, 1.108. Brooklin – São Paulo/SP. Cep. 04561-001. Tel.: (11) 5090.3220. E-mail: fluir@waves.com.br

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As matérias publicadas não refletem necessariamente a opinião desta revista e sim a de seus autores.

PÁG.30 COMPORTAMENTO UMA SELEÇÃO DE ARTE MODERNA PÁG.44 SURF TUDO SOBRE O RED NOSE PRO JUNIOR PÁG.52 MOTOCROSS PERFIL FRED KYRILLOS

PÁG. 08 PÁG. 10 PÁG. 14 PÁG. 24 PÁG. 28 PÁG. 29 PÁG. 82

EDITORIAL FOTO DO MÊS BEST BUY LOOK BOOK INSTA RED BACKSTAGE MOMENTO XTREME

PÁG.56 DAN CÉZAR O GRANDE ABC DO SKATE PÁG.62 MMA WILSON GOUVEIA n O PESO DO CINTURÃO n

PÁG.68 RED GIRL: GABRIELE MANDEL PÁG.76 SKATE LONGBOARD PÁG.78 DICAS DE SUP

RED NOSE XTREME SPORTS MAG #4 CAPA: DAN CÉZAR. FOTO: JULIO DETEFON

IMPRESSÃO Log&Print Gráfica e Logística S.A.



editorial PÁG.08

DEIVID SILVA DESTRÓI AS DIREITAS DE BAÍA FORMOSA, (RN), E FATURA O RED NOSE PRO JUNIOR.

A QUARTA EDIÇÃO DA RED NOSE XTREME SPORTS MAG CHEGA AVASSALADORA, assim como o ataque de backside

de Deivid Silva (foto) às ondas de Baía Formosa, (RN), que lhe rendeu o título de campeão do Red Nose Pro Junior. Você confere a cobertura completa do evento nesta edição. E, para quem é apreciador da surf art e suas vertentes, separamos uma matéria especial repleta de imagens de encher os olhos. Já para os fãs de MMA, uma matéria especial com grandes nomes do esporte como José Aldo, Anderson Silva, entre outros, falando do peso de carregar um cinturão do UFC. E mais! Wilson Gouveia, ex-lutador do Ultimate e agora policial nas ruas de Hollywood, bate um papo com a RN sobre essa nova fase de sua vida. Além disso, Fred Kyrrilos, um dos grandes nomes da atualidade no Motocross brasileiro, fala do início no esporte, dos obstáculos que superou e de seus planos para o futuro. De duas para quatro “rodinhas”, entrevistamos Dan Cezar, capa desta edição alucinante, sobre seu começo no skate, da cena fortíssima do skate no grande ABC, onde nasceu, e das coisas boas e ruins que atualmente rodeiam o esporte. Ainda falando de skate, só que numa configuração maior, você confere um pouco do que rolou no 5º Independência ao Longboard, competição que atraiu milhares de pessoas ao Parque da Independência, no Ipiranga, e que este ano contou com patrocínio da Red Nose. Para finalizar, dicas de alongamento para stand up e um ensaio da bela modelo catarinense Gabriele Mandel, a red girl desta edição. Nos vemos no próximo mês, você não perde por esperar!

EQUIPE RED NOSE



FOTO S DO MÊ

S P IN U M BA R DA N D O N A , M IA ”, N IF Ó R A B IS C O NA CAL C A IO “R WA R D, E D O O C O EM W QUE FO RANDO N C IA IS E M O ST ÃO ES S E S O Ã AÇ R T N E C CON E IN O S. NOS TR





BEST BUY PÁG.14

DE OLHO

NA LENTE NA PRAIA, NO CAMPO OU NA CIDADE, PROTEJA-SE DOS RAIOS UV COM MUITO ESTILO COM OS MODELOS DE ÓCULOS RED NOSE QUE SEPARAMOS PARA VOCÊ.

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ÓCULOS BIG RIDER LENTES POLARIZADAS 1.1MM, COM PROTEÇÃO UV 400. LENTE VERDE E HASTE PRETO FOSCO.

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BEST BUY PÁG.16

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5. TANK PAD ADESIVO COM RESINA PARA SER APLICADO NO TANQUE DE MOTOS – EVITA RISCOS CAUSADOS POR BOTÕES DE CALÇAS E CINTOS. RECOMENDA-SE APLICAR O PROTETOR DE TANQUE COM O TANQUE EM UMA TEMPERATURA ACIMA DE 20°.





BEST BUY

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BONÉ MODELO TRUCKER, TECIDO 100% ALGODÃO E TELA 100% POLIÉSTER.

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BEST BUY PÁG.22

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CHINELO TIRA EM POLYESTER, PALMILHA EM EVA (EMBORRACHADO) E SOLADO EM PVC.

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RED NOSE AÇAI ENRIQUECIDO COM VITAMINA C E FERRO. BEBA GELADO!



LOOK BOOK PÁG.24

REGATA FEMININA REGATA EM FLAMÊ COM ESTAMPAS E STRASS

REGATA FEMININA REGATA EM VISCOLYCRA COM EFEITO DEGRADÊ, ESTAMPA E STRASS



LOOK BOOK PÁG.26

CAMISETA MASCULINA CAMISETA PRETA MEIA MALHA COM ESTAMPA

CAMISETA MASCULINA CAMISETA VERDE MEIA MALHA COM ESTAMPA



insta red PÁG.28

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1. @MCNAMARA_S 2. @RAFAEL__FEIJAO

5km logo cedo pra esquentar os motores ao lado da minha parceira Noah.

3. @LINDOLFO_OLIVEIRA Ollie.

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4. @PREDASKATE

Red Nose Shoes. Model do parceiro Fábio Castilho. Yeah, vamos andar!

5. @THECAST Nipe no gueto!

6. @GLOVERTEIXEIRA Assistir um pouco de TV...

ERRATAS:

Na edição n.3, de julho/agosto, o fotógrafo da seção Red Girl, que começa na página 58, é David Nagamini. Na matéria DNA de Rua, que começa na página 52, as fotos creditadas a Manoel Campos, são de Manoel Martins.


[ BACKSTAGE ] PÁG.29

NA ONDA DO SELFIE

CONFIRA UM POUCO DO QUE ROLOU NOS BASTIDORES DO RED NOSE PRO JUNIOR, PRIMEIRO E ÚNICO EVENTO DO JUNIOR TOUR 2014 REALIZADO NO BRASIL, NAS DIREITAS DE BAÍA FORMOSA, RIO GRANDE DO NORTE.

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1. CAMPEÃO DA ETAPA, DEIVID SILVA; 2. VICE CAMPEÃO, ÍTALO FERREIRA, AMIGOS E FAMÍLIA; 3. EDGAR BISHOP, SATURNINO BORGES, FABRICIANO JUNIOR, SALVADOR LAMAS E JP; 4. THIAGO FUNARI E GAROTAS RED NOSE; 5. FABRIO BRAUNER, DIRETOR DE MARKETING RED NOSE E EQUIPE; 6. MARCELO LEITÃO; 7. O PRESIDENTE DA SOUTH AMERICA, ROBERTO PERDIGÃO E ALLAN JHONES.


CHRIS ROBB


POR ALESSANDRO DE TONI

Aquela cena típica, do cara com a mão no queixo olhando de cima a baixo o quadro no museu, pode dar a impressão que arte é algo complicado. Ele poderia até dar uma aula e tentar explicar o que de tão misterioso existe por trás do sorriso da Monalisa. Confesso que sempre me interessei pelo assunto, porém sempre fui um mau aluno, daqueles que nas aulas de Educação Artística não decorava as características do Renascimento, do período Barroco, da fase azul de Van Gogh, do Cubismo e por aí vai... Mas, de alguma maneira, sempre me emocionei com gravuras, fotos, com música, cores e, principalmente, sempre tive curiosidade de pôr a mão na massa. Tudo bem que o resultado, invariavelmente, era uma droga! Mas eu curtia. “Isso qualquer um faz...” é o que se costuma ouvir. E, às vezes, arte é assim mesmo: fácil de fazer e não precisa ser executada de forma complicada. Boas ideias, traços originais, bom gosto e, o principal, inspiração, formam a receita. E existe melhor lugar para se encher de referências do que o oceano e o lifestyle do surf? O nosso amigo do museu nem deve saber o que é isso... Existe alguma atividade que coloca o ser humano mais em harmonia com a natureza, com Deus (se for o caso) e com o universo? Se há, eu não conheço (provavelmente você também não). E é isso que importa. Temos a melhor fonte de inspiração do mundo e ela muitas vezes cheira a maresia, a mato, parafina, roupa de borracha... Ou tudo isso junto e misturado. O surf tem o poder de transformar o mais rústico dos seres em um artista sensível, um apreciador de arte. Nem que esse efeito dure pouco, o tempo de uma queda. Como um swell, a arte contemporânea hoje aponta numa direção e amanhã já pode estar em outra. O que funciona na sexta-feira pode ser ultrapassado na segunda, assim como nossas roupas e músicas. E o que já foi demais e ficou ridículo (como a cultura dos anos 80, na década de 90 e nos 2000) hoje pode ser a bola da vez. Nas páginas a seguir, reunimos manifestações da cultura surf no Brasil e no mundo, uma miscelânea de obras em várias áreas, desde pinturas até fotos, tatuagens, esculturas etc.

RED NOSE XTREME SPORTS MAG #31


JIM PHILLIPS


JOテグ PAULO

ALEXANDRE GENNARI


ALEX KRASTEV

SHANE BLACKBOURN

FOTO: OSVALDO POK JR


SHANE BLACKBOURN

RED NOSE XTREME SPORTS MAG #35




BRUNO ALVARES

ARTE: BRUNO ALVARES. FOTO: OSVALDO POK JR


ERIC ROBISON ARTE: ALAN FENDRICH, FOTO: OSVALDO POK JUNIOR

FERNANDO MESQUITA


SUNNY GARCIA. FOTO: TUNGSTEN

RICARDO WENDHAUSEN. FOTO: MARCIO DAVID

BUTTONS. FOTO: TUNGSTEN

FOTO: RODRIGO GENERIK, ALEXANDRE GENNARI

BOBBY MARTINEZ. FOTO: JOLI


IKAIKA KALAMA. FOTO: TUNGSTEN

FOTO: CELSO PEREIRA JR.

BINHO NUNES. FOTO: MARIANNA PICCOLI

HEITOR ALVES. FOTO: FRED POMPERMAYER

EDDIE ROTHMAN. FOTO: TUNGSTEN

MATT ARCHBOLD. FOTO: DANIEL RUSSO

RED NOSE XTREME SPORTS MAG #41


OS ARTISTAS ALEX KRASTEV

NASCEU NA BULGÁRIA, MORA EM HUNTINGTON BEACH, CALIFÓRNIA. INSPIRAÇÕES: QUALQUER DIA DE PRAIA. “BUSCO INSPIRAÇÃO NOS SONS AO MEU REDOR, NAS FOTOS DE PÔR DO SOL DE NEWPORT BEACH COM A TORRE DE SALVA-VIDAS, NA TRILHA DE ACESSO PARA SAN ONOFRE, NOS VELHOS ÔNIBUS VW DE NEWPORT BEACH, PELICANOS SOBREVOANDO AS ONDAS... COISAS SIMPLES.” SEU PICO FAVORITO É HUNTINGTON BEACH E NEWPORT BEACH.

BRUNO ALVARES

MORA EM CRICIÚMA, SC. INSPIRAÇÕES: “MINHA FAMÍLIA, UMA LISTA DE ARTISTAS QUE NÃO CABERIA AQUI E TUDO QUE ESTÁ AO MEU REDOR.” SEU PICO FAVORITO É O FAROL DE SANTA MARTA, EM LAGUNA (SC).

CHRIS ROBB

MORA EM NEW SMYRNA BEACH, FLÓRIDA, EUA. INSPIRAÇÕES: KELLY SLATER, OS ARTISTAS WILLEM DE KOONING E JEAN MICHEL BASQUIAT E O AVENTUREIRO YVON CHOUINARD. SURFA HÁ QUASE 40 ANOS.

ERIC ROBISON

NASCEU EM LOS ANGELES, CALIFÓRNIA, E MORA NO HAWAII. INSPIRAÇÕES: OS ARTISTAS WILLEM DE KOONING E VAN GOGH E O ESCRITOR PAULO COELHO. SURFA COM PRANCHA, MAS PREFERE O BODY SURFING E SEUS PICOS PREFERIDOS SÃO SANDY BEACH, NO HAWAII, E BANANIER, NAS ILHAS GUADALUPE.

FERNANDO MESQUITA

NASCEU E MORA EM SÃO PAULO, SP. INSPIRAÇÕES: OS ARTISTAS HIERONYMUS BOSH, GUSTAV KLIMT, VAN GOGH, MONET, ROGER DEAN, RICK GRIFFING, JOHN SEVERSON E RICK RIETVELD. COMEÇOU A SURFAR EM 1972. NO BRASIL, FREQUENTA AS PRAIAS DE UBATUBA E CONSIDERA PUERTO ESCONDIDO, NO MÉXICO, SUA “ONDA NO MUNDO”.

GEORGE BATES

NASCEU EM NEWARK, NEW JERSEY, E MORA NO BROOKLYN, NOVA YORK. INSPIRAÇÕES: A ESPOSA, O CACHORRO; O LIVRO “O JOGO DAS CONTAS DE VIDRO”, DE HERMANN HESSE; O PENSADOR ROUSSEAU; OS ARTISTAS PETER SAUL, H.C. WESTERMAN, DAVID CARSON, WILLEM DEKOONING, BILL SINKEWICZ, PETER BEARD, HORST JANSSEN E GEORGE HARDIE; AS BANDAS THE SCIENTISTS, SONIC YOUTH E ENO; O FILME “LITMUS”, DE ANDREW KIDMAN; NOVA YORK; PSICOLOGIA; SWELL DE INVERNO; WETSUIT DE 6 MM; AFINAÇÕES EXPERIMENTAIS DE VIOLÃO... SURFA DESDE OS 12 ANOS DE IDADE, SEU PICO É ROCKAWAY BEACH, NOVA YORK.

HEATHER RITTS

NASCEU E MORA NO SUL DA CALIFÓRNIA. INSPIRAÇÕES: ARTISTAS DO PERÍODO DA ART NOUVEAU, COMO MUCHA, E TAMBÉM ARTISTAS SURREALISTAS. PARA HEATHER, AS PEQUENAS COISAS QUE AS PESSOAS NORMALMENTE NÃO VEEM SÃO AS MAIS BELAS. A BELEZA DO OCEANO, AS FLORES EXÓTICAS, O RAIO DE SOL... SEU PICO PREFERIDO É SAN CLEMENTE, ALÉM DE UM SECRET NO KAUAI.

JEAN MARIE DROUET

MORA NA FRANÇA. INSPIRAÇÕES: CENAS DE PRAIA COM LUZES OFUSCANTES. SURFA HÁ MUITOS ANOS E NÃO LARGA SEU LONGBOARD 8’2”.

JIM PHILLIPS

NASCEU EM SAN JOSE E MORA EM SANTA CRUZ, CALIFÓRNIA. INSPIRAÇÕES: SURF, SKATE, OCEANO E NATUREZA. JIM TEM GRANDE ADMIRAÇÃO PELA CULTURA BRASILEIRA E DESDE QUE OUVIU A TRILHA SONORA DO FILME “ORFEU NEGRO”, EM 1959, CRIOU GOSTO PELO SAMBA E POR JOÃO GILBERTO, SUAS FONTES DE INSPIRAÇÃO. SURFA HÁ MUITOS ANOS E SEU PICO É SHARK’S COVE, NA CALIFÓRNIA.

JOÃO PAULO RIBEIRO

NASCEU EM PERNAMBUCO, FOI CRIADO NO CEARÁ E MOROU EM BERLIM, ALEMANHA. INSPIRAÇÕES: XILOGRAVURA DO CARIRI E STREET ART DE BERLIM. SEUS PICOS PREFERIDOS DE SURF SÃO TAÍBA E JERICOACOARA, NO CEARÁ, E PIPA, NO RIO GRANDE DO NORTE.

ROSA FONSECA

NASCEU E MORA NO CEARÁ INSPIRAÇÕES: O OCEANO, O SURF E OS ESPORTES RADICAIS. MESCLA A TEMÁTICA DO MAR NO ESTILO POP ART COM CORES FORTES, DESTACANDO SEMPRE A CULTURA NORDESTINA.

SHANE BLACKBOURN

NASCEU E MORA EM SAN FERNANDO VALLEY, CALIFÓRNIA. INSPIRAÇÕES: NO SEU PRÓPRIO SENTIMENTO. SEMPRE SINCERO, SE NÃO FICA PLENAMENTE SATISFEITO COM O RESULTADO, DESTRÓI SUA ARTE E RECOMEÇA DO ZERO. COMEÇOU A SURFAR NA ADOLESCÊNCIA E HOJE OS PICOS ONDE MAIS SURFA SÃO OS DO NORTE DE LOS ANGELES E DE VENTURA, CALIFÓRNIA. SEU PICO PREFERIDO É AO SUL DE BAJA, CALIFÓRNIA.


GEORGE BATES

RED NOSE XTREME SPORTS MAG #43


R E D

N O S E

P R O

J U N I O R

Backside indigesto Deivid Silva desbanca Ítalo Ferreira em casa e conquista o título de campeão do Red Nose Pro Junior Tour 2014, disputada no último mês de agosto em Baía Formosa, Rio Grande do Norte. Por Vinicius Sá Moura


NESTA PÁG., DEIVID SILVA USOU TODA A FORÇA DE BACKSIDE PARA DERROTAR UM A UM SEUS ADVERSÁRIOS DURANTE TODO O EVENTO. NA PÁG. AO LADO, A ESTRUTURA IMPONENTE DA COMPETIÇÃO MONTADA NO PONTAL DE BF.


O

point break de direitas de Baía Formosa, cidade no extremo sul do Rio Grande do Norte, recebeu a primeira e única etapa do Pro Junior 2014 realizada no Brasil, de 8 a 10 de agosto, que este ano contou com patrocínio da Red Nose. Com o sol marcando presença nos três dias do evento, o público local compareceu em peso ao Pontal para curtir as ações da Red Nose na areia e assistir às performances da nova geração de surfistas com até 20 anos de idade, que, apesar das ondas pequenas, não decepcionaram e garantiram batalhas acirradíssimas dentro da água. Foram duas categorias em disputa, Masculino e Feminino. Durante toda a competição, entre os homens, o local Ítalo Ferreira não só venceu seus confrontos como impôs um ritmo forte e descolou os maiores somatórios do evento até a final, quando foi superado pelo campeão da etapa e “pedra no sapato” dos locais Deivid Silva. O

surfista guarujaense, apesar de ter pouco conhecimento do pico e de estar voltando de uma lesão no joelho, soube usar a seu favor a fissura dos grommets locais, que no intervalo entre as baterias, e até mesmo durante alguns dos confrontos, não deixavam uma onda sequer quebrar solitária em BF, o que acabou ajudando o surfista forasteiro na hora de se posicionar corretamente. “Fiquei observando como os locais se posicionavam no pico e qual era o lugar certo para pegar as melhores ondas, que mesmo pequenas eram muito boas”, disse Deivid. Literalmente com o “caminho das pedras”, o local da Praia Branca, Guarujá, não se deixou abalar pela pressão que vinha da areia e, na grande final, assumiu o comando das ações dentro da água para escolher bem suas ondas e apresentar todo seu arsenal de manobras modernas, superando com larga vantagem Ítalo no quintal de sua casa e encerrando a competição não só como campeão, mas como detentor de todos os recordes do evento. >


NESTA PÁG. A PARTIR DA FOTO ACIMA, SENTIDO ANTI-HORÁRIO, COM O SOL PRESENTE O PÚBLICO MARCOU PRESENÇA DURANTE TODO O EVENTO; AS GAROTAS RED NOSE DISTRIBUINDO ENERGY DRINK PARA OS ATLETAS; TODA A ESTRUTURA DISPONIBILIZADA PARA O AQUECIMENTO DOS COMPETIDORES ANTES DAS BATERIAS; EQUIPE RED NOSE E COLABORADORES. NA OUTRA PÁG., TODO O PONTAL DE BAIA FORMOSA, VISTO DURANTE O VOO DO HELICÓPTERO DA RED NOSE.

RED NOSE XTREME SPORTS MAG #47


DESTAQUES ENTRE OS HOMENS As duas semifinais foram extremamente equilibradas. Na primeira, Alcides Lopes até tentou complicar a vida de Ítalo, mas o conhecimento do pico deu vantagem ao local que, mesmo com um placar apertado (16,75 contra 14,15), acabou despachando o catarinense. Já o também local Israel Junior não vendeu fácil a derrota para o visitante Deivid na outra semifinal. O surfista potiguar, de apenas 16 anos de idade, veio embalado pela vitória nas quartas de final em cima do peruano Juninho Urcia, vice-campeão sul-americano sub-20 em 2013, e fez o guarujaense suar a lycra para garantir a tão cobiçada vaga na grande final do evento.

FEMININO Entre as meninas, a final foi 100% cearense e Yanca Costa levou a melhor contra Larissa Santos. Mesmo com ótimas apresentações durante toda a competição, Larissa só conseguiu duas ondas regulares na bateria decisiva, o que foi insuficiente para derrotar sua conterrânea. “O Pontal é um pico de direitas, eu amo surfar direitas e peguei duas ondas muito boas para fazer minhas manobras e estou muito feliz por ter ganhado esse campeonato. Eu não pensava que isso pudesse acontecer quando eu vim do Ceará, para cá, pois eu nunca tinha competido em uma etapa do Pro Junior, mas dei o meu máximo para chegar nessa final. Eu e a Larissa sempre competimos juntas, mas somos grandes amigas e dessa vez eu levei a melhor”, vibrou Yanca. >


NESTA PÁG., COM A VANTAGEM DE SURFAR EM CASA, ITALO FERREIRA DITOU O RITMO DO EVENTO DESDE O INÍCIO, MAS NA BATERIA DECISIVA, ACABOU PARADO POR UM DEIVID SILVA EXTREMAMENTE DETERMINADO. NA OUTRA PÁG., DE CIMA PARA BAIXO, GAROTAS RED NOSE DURANTE AS AÇÕES DA MARCA; ARMANDO DINIZ E O VICECAMPEÃO ITALO FERREIRA; FESTA NO PÓDIO, O SURFISTA FORASTEIRO TRIUNFA SOBRE O LOCAL E FAVORITO AO TÍTULO.

RED NOSE XTREME SPORTS MAG #49


RED NOSE PRO JUNIOR MAsCULINO 1 Deivid Silva (BRA) 2 Ítalo Ferreira (BRA) 3 Alcides Lopes (BRA) 3 Israel Junior (BRA) 5 Juninho Urcia (PER) 5 Victor Mendes (BRA) 5 Armando Tenório (BRA) 5 Lucas Pires (BRA)

RED NOSE PRO JUNIOR FEMININO 1 Yanca Costa (BRA) 2 Larissa Santos (BRA) 3 Lucia Cosoleto (ARG) 3 Luara Thompson (BRA)

RANKING SUL-AMERICANO FEMININO 2 a etapa 1 MiluskaTello (PER) 2 Yanca Costa (BRA) 3 Lucia Cosoleto (ARG) 4 Larissa Santos (BRA) 5 Vania Torres (PER) 5 Marina Rezende (BRA) 5 Karol Ribeiro (BRA) <

NESTA PÁG., DE CIMA PARA BAIXO, RECÉM-RECUPERADO DE UMA LESÃO NO JOELHO, GUARUJAENSE COMEMORA A VOLTA POR CIMA; ANTES DA BATERIA FINAL, ENCARADA INSPIRADA NO UFC COM O COBIÇADO TROFÉU EM MÃOS; ENTRE AS MENINAS, NADA DE ENCARAR, SORRIA VOCÊ ESTÁ NA FINAL; PÓDIO FEMININO COMPLETO COM YANCA COSTA FAZENDO A FESTA. NA PÁG. AO LADO, DEIVID ENCERRA SUA PARTICIPAÇÃO COM FESTA AO LADO DOS PARCEIROS DO LITORAL PAULISTA.


RED NOSE XTREME SPORTS MAG #51


FRED MANDANDO UM BACKFLIP SEAT GRAB INDIAN FLIP DURANTE UM DE SEUS TREINAMENTOS.


TE AN

F Por Daniela Burgonovo

ALTO E A V

ELE LEVA A VIDA SOBRE DUAS RODAS, MAIS NO AR DO QUE NA TERRA. COM SEUS SALTOS E MANOBRAS, CHEGOU AO TOPO DO MOTOCROSS ESTILO LIVRE NACIONAL E AGORA TRAÇA PLANOS AUDACIOSOS PELO MUNDO. CONHEÇA A TRAJETÓRIA DE FRED KYRILLOS, PAULISTA DE 28 ANOS QUE TEM EM SEU CURRÍCULO DOIS TÍTULOS BRASILEIROS E OS MELHORES RESULTADOS DO PAÍS EM EVENTOS INTERNACIONAIS COMO X-GAMES, FARM JAM E X-PILOTS.

O RA

L L I OS: R Y K P D A E R


Ter a profissão dos sonhos. Fred Kyrillos alcançou o que muitos almejam com apenas 15 anos. Ele ainda era menor, sem necessidade de trabalho, mas não pensou duas vezes ao receber o convite para integrar uma equipe de motocross estilo livre. “Eu era moleque e só queria me divertir, de repente estava sendo pago para isso. Tem coisa melhor do que receber para fazer o que gosta? Garanto que não”, afirma. Seu primeiro contato com as duas rodas foi cedo, na verdade, o ronco do motor sempre esteve presente em sua vida. Filho de pais motociclistas, o paulista de 28 anos cresceu em meio às motos e não demorou a ter a sua, uma 50 cc, aos 6 anos. Com 14, passou a pilotar uma 80 cc e deu início à participação em algumas provas de motocross. Porém, sem sucesso, seu negócio era mesmo o FMX. Naquela época, mal sabia ele o quão longe iria com a brincadeira. De manobras simples como cancan, por exemplo, na qual se passam as duas pernas para o mesmo lado da motocicleta, Fred evoluiu para o arriscado backflip, giro de 360°. Atualmente, ele é o único no país a realizar o backflip seat greab indian, uma das variações da temida acrobacia. Tornar-se o melhor atleta do Brasil não foi tarefa fácil. O piloto teve uma longa jornada ao lado de Marcos Fabricio “Dracena”, quem lhe deu a primeira oportunidade, na Moto Xtreme, realizando shows de norte a sul. Depois, focado em competições, passou a treinar ao lado de colegas, como os irmãos Gianpaulo e Giancarlo Bergamini, Celso Aslan, Jeff Campacci e Marcelo Simões. Foi então que em 2013 veio a recompen-

sa, Fred vencia Gilmar “Joaninha” Flores, um dos mais consagrados atletas da modalidade do país, na Copa Brasil, evento promovido pela TV Globo. “É um momento inesquecível, me preparei muito para a disputa, mantive a tranquilidade e consegui superar alguém respeitado, que há muitos anos dominava a cena. Tudo isso transmitido em rede nacional”, destaca. De lá para cá, ele, que já tinha dois títulos nacionais, ganhou mais um da Copa Brasil. Os resultados abriram portas, Fred foi convidado a participar do X-Games Brasil, garantindo o melhor resultado de um local na competição, um sétimo lugar. Em 2014, foi ainda mais longe, alcançou a terceira colocação no Farm Jam, na Nova Zelândia, e também a mesma posição no X-Pilots, no México. Parte desta evolução se deve a um novo momento na carreira, no qual investe em treinos nas melhores pistas do mundo, localizadas na Califórnia, EUA, ao lado de grandes nomes internacionais. “Lá eu encontrei um nível muito competitivo, isso faz com que eu exija mais de mim. A melhora é nítida a cada viagem e o bom é que tudo é muito natural, pois estou fazendo o que curto”, ressalta. A realidade hoje é mesmo outra. “Não apenas eu, mas o esporte passou por uma grande transformação. Quando comecei, ele quase não existia aqui no Brasil. As rampas eram feitas ‘a olho’ e as motos não tinham preparação adequada. Os campeonatos oficiais demoraram para se estabelecer, o que dificultou os patrocínios. De uns anos para cá que as coisas melhoraram”, explica o piloto Pro Tork. Fred aproveita a boa fase para traçar novas metas. Seu objetivo é subir ao

pódio do Night of the Jumps, na Europa, do X-Games, nos EUA, e do X-Fighters, o Circuito Mundial. “É difícil, mas não é impossível. Tenho que treinar manobras mais ousadas e devo voltar à piscina de espuma, que só utilizei para o meu primeiro backflip. Sempre fui de arriscar, pois achava que aprendia mais. Porém, agora é inevitável, uma vez que as chances de um acidente grave são maiores”, explica. O psicológico faz toda a diferença e ele tenta controlar o medo. Ao longo da carreira, Fred já sofreu várias quedas e quebrou ossos do ombro, costelas, rádio, ulna, tíbia e fêmur. “Imprevistos são comuns na vida de um piloto de freestyle, principalmente quando não se mantém a cabeça no lugar. Eu procuro tomar todas as precauções necessárias, vou para a rampa com a certeza de que tudo dará certo”, diz. Sua preparação envolve treinos cinco vezes por semana, com duração aproximada de quatro horas. Na véspera de campeonatos, a quantidade aumenta para sete. E não é apenas com motocicleta. Como as pistas estão cada vez mais difíceis, é preciso suar a camisa com muita musculação e cardio, para aguentar o ritmo das acirradas baterias. Mas ninguém disse que seria fácil. “Pode parecer tranquilo, só diversão, mas não é. Este é um esporte de risco, que exige preparação. É o meu trabalho e eu preciso executá-lo da melhor forma, me cobro esse compromisso desde o início. Claro que acaba ficando leve, pois estou sempre com a minha moto, rodeado de amigos, viajando. Confesso, é mesmo a profissão dos meus sonhos, tenho muita sorte”, finaliza.

Perfil Nome: Frederico Kyrillos Apelido: Fred Nascimento: 16/1/1986 Cidade: São Paulo (SP) Altura: 1,80 m Peso: 82 kg FMX desde: 2001 Moto: YZF 450 Referências: Javier Vilegas, Clinton Moore e Josh Sheeran Destaques da carreira: bicampeão brasileiro de FMX, bicampeão da Copa Brasil, brasileiro com melhor colocação no X-Games, Farm Jam e X-Pilots, participações no X-Fighters, Mundial de FMX e Americano de FMX Mais informações: www.fredkyrillos.com.br # PÁG. 54


UM DOS MAIORES NOMES DO MOTOCROSS BRASILEIRO NA ATUALIDADE, KYRILLOS TEM O DOM DE FAZER UM COMPLEXO UM ROCKSOLID PARECER Fテ,IL.


DAN CEZAR MANDANDO UM BS NOSE BLUNT DURANTE A GRAVAÇÃO DO FILME REBELLION.


EDGARD VOVÔ, NASCIDO EM SÃO BERNARDO, E SANDRO DIAS, DE SANTO ANDRÉ, SÃO SÓ ALGUNS NOMES, ENTRE CENTENAS DE OUTROS, QUE SURGIRAM DO GRANDE ABC, EM SÃO PAULO, LOCAL CONHECIDO POR REVELAR GRANDES ÍDOLOS PARA O SKATE BRASILEIRO. MAS NÃO PENSE QUE A FONTE SECOU. ELA CONTINUA EM PERFEITO FUNCIONAMENTO, E UM EXEMPLO DISSO É ESSA NOVA SAFRA DE SKATISTAS QUE CHEGARAM COM TUDO, CHEIOS DE ATITUDE E DANDO BASTANTE TRABALHO PARA A “VELHA GUARDA”. Por Vinicius Sá Moura

Dan Cézar Pardinho nasceu, cresceu e deu suas primeiras remadas ainda no quintal de sua casa, em Santo André, às escondidas do irmão, dono do primeiro “carrinho” com que ele teve contato. Aos 10 anos, Dan ganhou seu próprio skate, e aquele espaço, antes suficiente, ficou pequeno para tamanho talento desse paulista, que foi crescendo entre as famosas e emblemáticas pistas do grande ABC, para hoje, aos 24 anos, 14 deles dedicados ao esporte, se tornar um dos grandes nomes da nova geração do skate brasileiro e um verdadeiro “papa-títulos” quando o terreno é vertical. Na entrevista a seguir, o skatista andreense fala do seu início no esporte, da importância do skate na sua vida, das pistas locais, conhecidas por revelar grandes nomes do esporte, e das facilidades e dificuldades que um skatista enfrenta nos dias de hoje. >


COMO COMEÇOU A ANDAR DE SKATE?

Em 1999, meu irmão David andava de skate e eu comecei a ver vídeos com ele e pegar seu skate escondido para andar no quintal. Nessa época eu jogava futebol e não tinha tempo para fazer outra coisa além de estudar e jogar. Até que, no meu aniversário de 10 anos, eu pedi um skate para meu pai e ele me deu. Daí pra frente fui deixando o futebol de lado porque queria era ficar o dia todo em cima do “carrinho”. COMO VOCÊ FOI PARAR NO VERTICAL? É SUA MODALIDADE PREFERIDA?

Eu andava na pista pública de Santo André, por ser bem perto de casa e onde todo mundo que eu conhecia andava. Lá tinha uma parte de street e algumas mini ramps, mas tudo muito torto. Um dia eu estava andando de carro com minha mãe e passamos por um half pipe e uma mini ramp de madeira, localizada em uma loja aqui mesmo em Santo André. Eu olhei aquela rampa gigante e falei: “Mãe, eu quero andar de skate aí”. Depois disso eu comecei a andar mais nas mini ramps e sempre dava umas voltinhas no half pipe. Antes de andar de skate eu já via os vídeos do Bob Burnquist, e por eu não ter conseguido aprender rápido a dar um ollie alto comecei a preferir andar em mini ramp, que só exige equilíbrio para aprender manobras novas. Hoje sou melhor no vertical, mas não tenho modalidade preferida. Me sinto bem em qualquer terreno.

VOCÊ É DE SANTO ANDRÉ, NO ABC PAULISTA, LOCAL QUE JÁ REVELOU GRANDES NOMES DO ESPORTE. ALGUM DESSES ATLETAS TEVE, PARTICIPAÇÃO NA SUA CARREIRA E EVOLUÇÃO?

Santo André sempre revelou grandes nomes porque teve três pistas importantes, a primeira eu não tenho ideia da data e da época que ela existiu, mas ouço muitas histórias dela até hoje. A segunda foi a pista conhecida como Ana Brandão, que ajudou muitos skatistas a se tornarem profissionais e que já existe há mais de 15 anos. A terceira é a pista particular da loja Tent Beach, que tem um half pipe de madeira, difícil de ver no Brasil. Todos os profissionais que competem hoje na modalidade vertical já andaram muito nessa pista. Sempre admirei muito o skate do Edgard Vovô e do Sandro Dias, eles andam muito e com certeza me mostraram que eu poderia andar bem como eles, assim como os skatistas Eduardo Brás “Duzinho”, Lécio Neguinho, Alan Resende, Diego “Bigode”, Daniel Ferrer, Cleiton Veras, Eduardo “Padero” e Thiago “Xuxa”. QUAL A MANOBRA QUE ATUALMENTE ESTÁ NO PÉ – AQUELA QUE NÃO PODE FALTAR NA SUA LINHA DURANTE AS COMPETIÇÕES?

A manobra que nunca pode faltar na minha linha é Front Side Nollie Inward Heel Flip Melon. É, o nome é complicado.

QUANDO VOCÊ PERCEBEU QUE O SKATE TINHA DEIXADO DE SER APENAS LAZER E TINHA SE TORNADO SUA PROFISSÃO?

Quando comecei a andar bem no vertical, em 2005 mais ou menos, eu via as competições na TV e sabia que faltava pouco para eu alcançar os profissionais. Nessa época, comecei a ter patrocínio e aí deixou de ser apenas diversão, porque coloquei na minha cabeça que tinha que representar bem a marca que usava. COMO FOI A ACEITAÇÃO DA SUA FAMÍLIA NO INÍCIO E COMO É AGORA?

Minha mãe sempre me apoiou. Já meu pai, mesmo dando o primeiro skate, não gostava muito que eu andasse. Quando comecei a me dar bem nas competições e a mídia em cima do skate aumentou, ele deixou de lado aquele rótulo de que os praticantes eram drogados ou bandidos. Agora minha família gosta do que faço e sempre que podem vão me dar força nas competições e ficam felizes por eu estar entre os melhores atletas do Brasil. EM 2012, VOCÊ SURPREENDEU A TODOS AO VENCER O JUMP FESTIVAL, DERROTANDO GRANDES NOMES DO SKATE VERTICAL BRASILEIRO COMO SANDRO DIAS, RONY GOMES, PEDRO BARROS, EDGARD VOVÔ E ITALO PENARRUBIA. QUAL FOI A IMPORTÂNCIA DAQUELA VITÓRIA EM SUA CARREIRA? DEU PRA COLHER ALGUM FRUTO?

Não vejo como surpresa. O único nome desses citados acima que já tinha ganha-

NESTA PAG. DAN MOSTRANDO SUAS HABILIDADES NO STREET COM UM FS OLLIE. NA PAG. AO LADO O SKATISTA VOANDO ALTO NO VERTICAL.

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Campeão Circuito Brasileiro Amador de Vertical, 2006 e 2007 n Vice-campeão Oi Vert Jam, Rio de Janeiro, 2009 n Campeão do Best Trick Converse Fix to Ride no Arpoador, Rio de Janeiro, 2009 n Campeão da primeira etapa do Circuito Brasileiro, Guará, Distrito Federal, 2010 n Campeão da segunda etapa do Circuito Brasileiro, Floripa, 2010 n Campeão brasileiro de Vertical Profissional Invicto, 2010 n Campeão do Best Trick Oi Vert Jam, Rio de Janeiro, 2011 n Campeão do DC King of Mini Ramp, São Paulo, 2011 Campeão do Jump Festival (Pro Rad), São Paulo, 2012 n Campeão do Jump Ramp, Barueri (SP), 2012 n Campeão da segunda etapa do Circuito Banco do Brasil, Curitiba , 2013 n Campeão da quarta etapa do Circuito Banco do Brasil, Rio de Janeiro–, 2013 n

do alguma competição profissional era o Sandro Dias, e eu, que tinha sido campeão brasileiro invicto em 2010, então acho que os grandes nomes eram Sandro Dias e Dan Cézar. Na época, a vitória foi boa, fez meu nome crescer porque o evento foi transmitido ao vivo na Globo e isso aqui no Brasil tem muita importância, afinal, milhões de pessoas puderam me ver sendo campeão. NO INÍCIO, ALGUMA VEZ PASSOU PELA SUA CABEÇA QUE VIVERIA DO SKATE?

Nunca pensei que viveria do skate, nem sabia que skate dava dinheiro. Eu comecei a andar por amor, mas hoje, infelizmente, muitas crianças me perguntam como faz para conseguir patrocínio. Quando eu comecei as crianças só queriam aprender coisas novas e se divertir. Fico feliz por viver da coisa que eu mais gosto de fazer, mas fico triste por saber que a maior parte dos donos de marcas não quer melhorar o skate, e sim sugar o máximo de dinheiro que conseguir do esporte. QUAIS FORAM AS PRINCIPAIS MUDANÇAS NO ESPORTE EM COMPARAÇÃO À ÉPOCA EM QUE VOCÊ COMEÇOU A ANDAR?

Acho que mudou isso, das crianças começarem a andar de skate para ganhar dinheiro e não para se divertir. Quando eu comecei a andar era bem mais difícil, pois os materiais eram importados e as peças e tênis nacionais da época eram péssimos. NA SUA OPINIÃO, HOJE É MAIS FÁCIL OU MAIS DIFÍCIL SER SKATISTA?

É bem mais fácil andar de skate hoje, as pistas mesmo sendo ruins são bem melhores que dez anos atrás, os materiais são melhores e a sociedade aceita o skate por ele estar na mídia o tempo todo. QUAIS AS DIFICULDADES E AS FACILIDADES QUE UM SKATISTA ENFRENTA HOJE NO BRASIL?

Faltam boas pistas. Outra coisa: muitas marcas não devolvem nem 5% do que ganham com o skate para o skate. Mas tem o lado bom também, por exemplo a internet, que facilita a busca por informações sobre o esporte ao redor do mundo. As pistas, mesmo ainda sendo poucas, são melhores hoje, além dos atletas profissionais que atualmente estão menos arrogantes, então, dá pra pegar boas dicas com eles.

QUE CONSELHO VOCÊ DARIA PARA QUEM ESTÁ COMEÇANDO NO ESPORTE E TEM O SONHO DE SER PROFISSIONAL?

Para quem está começando eu aconselho andar de skate por amor e não simplesmente para ser melhor que o outro ou ganhar mais dinheiro. Preocupe-se em se divertir, que é mais legal! Agora, para aqueles que querem ganhar dinheiro e ser famosos, minha dica é que você precisa estar na mídia para se tornar um “bom skatista”, não precisa ser o melhor, apenas ter dinheiro e investir pesado na sua carreira para ser o mais famoso e ganhar mais dinheiro. Se for pobre, se prepara que o caminho é longo e sempre vai ter alguém melhor na sua frente, não por andar melhor que você, mas por ter uma ajuda que só o dinheiro compra. QUAIS SEUS PLANOS NOS PRÓXIMOS ANOS?

Meus planos profissionais são evoluir no skate e sempre estar aprendendo manobras novas e ganhando competições. Este ano não tenho viagens internacionais planejadas, mas quero competir bastante fora do Brasil no ano que vem. Para a vida pessoal, quero comprar uma casa, construir uma família e ser feliz. RED NOSE XTREME SPORTS MAG #59


MESMO MOSTRANDO DESENVOLTURA EM VÁRIAS OUTRAS MODALIDADES, É NO VERTICAL QUE DAN CONQUISTOU OS MAIS IMPORTANTES RESULTADOS DE SUA CARREIRA.


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WILSON GOUVEIA

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Depois de brilhar no octógono do UFC, ex-lutador Wilson Gouveia vive nos Estados Unidos, e divide sua rotina entre as aulas de MMA e seu novo trabalho e paixão: A polícia. Natural de Fortaleza, no Ceará, o brasileiro agora pretende ir ainda mais longe em sua nova profissão e se tornar agente do FBI. Por Marcelo Barone

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x-lutador do UFC, Wilson Gouveia deixou o MMA de lado para abraçar uma nova instituição: a polícia. O atleta divide a rotina de líder da ATT Miramar, onde dá aulas, com o trabalho como policial na Flórida. Das 7 horas às 15 horas, Wilson atua nas ruas de Hollywood, e das 17 horas às 21 horas, ensina artes marciais. “Estou envolvido com a luta desde meus 14 anos. O que tinha que fazer, eu já fiz. Depois que saí do UFC, dei uma desanimada. Não estou com sede de lutar em eventos menores para tentar voltar ao Ultimate. Estou aposentado até surja uma luta que me motive. Precisa ser um grande desafio para me trazer de volta, pois estou feliz com a vida que venho

levando. Tenho outros planos para o futuro, quero ser agente do FBI. Estudo e me preparo para isso”, disse Wilson, em entrevista por telefone. Quando chegou aos Estados Unidos, em 1999, Wilson, natural de Fortaleza, Ceará, descobriu a vontade de se tornar policial. Foi reprovado no primeiro teste, porém não desistiu. Estudou ainda mais, aperfeiçoou o inglês e, na segunda tentativa, passou. “É como se fosse um concurso da Polícia Federal do Brasil. Eles te mandam para a academia durante seis meses para estudar e praticar. Temos que fazer 17 exames escritos ao longo desse tempo e, se você for reprovado em algum, você


ABAIXO, VETERANO NO UFC, O CEARENSE ENCONTROU NO TRABALHO POLICIAL O PRAZER E A EMOÇÃO QUE SENTIA AINDA NOS TEMPOS DE LUTADOR. NA OUTRA PÁG., DEPOIS DE ANOS DANDO TRABALHO DENTRO DO OCTÓGONO, AGORA O COMBATE DE WILSON É NAS RUAS DE HOLLYWOOD, (EUA).

é colocado para fora. Depois desses seis meses, você passa um mês em treinamento interno, aprendendo as leis, e outros três nas ruas com outro policial no carro, como é o trabalho no dia a dia. É puxado, mas ser policial aqui é um trabalho perfeito, uma parada maneira.” Dentro do departamento onde trabalha, a luta ajudou Wilson, que por conta do esporte sempre levou uma vida regrada e habituou-se a ter uma alimentação saudável, a manter a saúde em dia e o preparo físico na ponta dos cascos. Contudo, seus dotes de lutador, ao menos por enquanto, não foram “apresentados” aos marginais. “Na rua ainda não tive chance de mostrar. Aqui, a vagabundagem treme quando vê o uniforme. Eu tenho quase 1,90 metro, cento e poucos quilos, os caras (bandidos) ficam com medo”, explicou o cearense, que tem muito trabalho na nova ocupação. “Existe tiroteio, assassinato, que nem no Brasil, a diferença é que eles mostram menos na televisão.”

A vida de policial casou bem com a de líder e professor de academia, tanto é que companheiros de corporação passaram a treinar com Wilson depois que descobriram seu histórico no mundo das lutas.“Tem vários policiais lá na academia, não só do departamento onde trabalho, mas de outros. Dou aula para agentes do FBI, da US Marshalls e também do serviço secreto.” O dinheiro ganho enquanto pertencia ao Ultimate proporcionou uma vida confortável ao lutador, que concilia dois trabalhos. Apesar da rotina pesada, o cearense é só elogios ao que faz. “Quando eu lutava no UFC, ganhava um bom dinheiro, mas tenho que agradecer a minha esposa por botar na minha cabeça que eu tinha que guardar uma grana naquela época. Fiz isso, comprei minha casa, estou com a academia paga, não tenho dívidas e, com o salário que vem da academia e da polícia, vivo sossegado, sem preocupação”, finaliza.

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Na mitologia grega, Atlas tentou alcançar o poder supremo atacando o Olimpo. Perdeu a guerra contra Zeus e, como castigo, teve que sustentar os céus sobre os ombros eternamente. A imagem reproduzida em estátuas e famosa no mundo inteiro tem semelhanças com a vida de lutador. No UFC, é preciso força de titã para suportar um cinturão. Carregar o sedutor objeto de nove quilos ostentado apenas por oito lutadores da organização é a parte mais fácil da rotina de um campeão, que vê a própria vida virar de ponta-cabeça ao assumir o posto de número um. Por Marcelo Barone

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nderson Silva e Georges Saint Pierre provaram, em 2013, que anos de reinado são desgastantes. O primeiro perdeu para Chris Weidman e cogitou se aposentar, enquanto o segundo abriu mão do título e parou por tempo indeterminado. Ser lutador de MMA dá trabalho: exige disciplina, trabalho árduo e privações. Ser campeão do Ultimate exige tudo isso e mais um pouco. O lado bom certamente há, pois é o ponto mais alto de uma carreira. A fração menos atraente da história, entretanto, não fica tão evidente. Deter o cinturão tem seu preço – e custa caro. “O cinturão pesa (risos). Envolve compromissos com o evento, com a mídia, cobrança da torcida, da família e até dos parceiros de equipe. Todo mundo vira técnico e entendedor de MMA. Existe pressão, responsabilidade. Há atletas que lidam bem com isso, outros não. Foi o que aconteceu com o Saint Pierre. Fez uma luta parelha com o Hendricks e saiu mais machucado do combate. Foi cobrado. O público acha que ele tem que ganhar sempre. Às vezes, a mente do lutador fica cansada

disso”, diz Rodrigo “Minotauro” Nogueira, que já faturou cinturões de eventos como UFC, Rings e Pride. Ex-campeão do Ultimate, Lyoto Machida chama a atenção para o lado psicológico. Para ele, chegar ao topo é uma escalada dura, porém, manter-se no cume é ainda mais indigesto. “Depois de ficar com o título, a cada dia que passa a carga – muito mais emocional do que técnica ou física – aumenta. Lógico que existe um dano ao corpo, por todas as cobranças que um lutador tem, mas o desgaste emocional é o que mais conta. Receber críticas, ter cada passo acompanhado... É difícil trabalhar isso no dia a dia. Saber que muitas coisas que eram simples na sua vida se tornaram, realmente, diferentes. Você passa a ver as coisas de uma outra maneira e fala: ‘Poxa, eu não quero mais isso, está me incomodando’. É complicado.” Pressão é a palavra-chave quando o peso da cinta está em voga. Mauricio Shogun, que chegou ao topo do Pride e do UFC, segue na toada dos compatriotas. “Todo mundo almeja o lugar no qual você está. Por isso, começam a te enxergar com


DA ESQ. PARA DIR., ANDERSON SILVA, EX-DETENTOR DO CINTURÃO DOS PESOS MÉDIOS, JOSÉ ALDO, ATUAL CAMPEÃO DOS PENAS, E MAURICIO SHOGUN RUA, EX-CAMPEÃO DOS MEIO-PESADOS DO ULTIMATE.

olho gordo. Todos querem tirar o cinturão de você. A pressão vem daí”, diz Shogun. Casado, pai de cinco filhos e, durante anos, campeão dos médios, Anderson Silva sempre deixou claro que a falta de tempo para a família era o que mais o incomodava. “Trabalhei duro por muito tempo. Preciso relaxar, ficar com minha família. Meu foco é voltar para casa”, declarou Spider, pouco depois do nocaute sofrido contra Chris Weidman, em dezembro de 2013. Considerado um dos melhores atletas da atualidade, José Aldo é o único que parece à vontade com o cinturão. O manauara acumula seis defesas de título e disse que adoraria ser o número um em mais uma categoria. “Não sinto responsabilidade, cada um tem o seu estilo. O cinturão pesa 9 quilos. Acho ótimo carregar esse peso todo, não vejo problema nenhum. Espero continuar conquistando mais pesos”, afirmou Aldo. Primeiro brasileiro campeão do Ultimate, Murilo Bustamante brilhou em uma época em que o esporte ainda era chamado de vale-tudo. As cifras, os holofotes e o assédio nem se com-

param ao momento atual do MMA. Por isso, o líder da BTT não vê desvantagem em ser soberano. “Se não fosse bom, não teria tanta gente querendo um cinturão, não é verdade (risos)?”, diverte-se Murilo, emendando. “É o auge, mas, quanto mais alto o lugar da pirâmide, maior é a responsabilidade. O campeão está na vitrine, se torna a locomotiva do esporte, todos se espelham nele. É preciso ser exemplo para jovens e crianças.”

Soberano

O discurso surrado de todo e qualquer lutador não deixa dúvidas: o cinturão permeia suas mentes desde os primeiros jabs e cruzados. Do sonho distante até a possibilidade concreta, o objeto não sai da cabeça. O título, que é a realização profissional, mostra caminhos restritos àqueles que se destacam em uma legião de aspirantes. Se em uma bandeja da balança estão os “ossos do ofício”, na outra, encontram-se os prazeres que vêm na carona da consagração. >

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Há uma vida antes e outra completamente diferente após “afivelar a cinta”. “O título abriu portas importantes para mim, dentro e fora da vida profissional. Para todo lutador é a oportunidade de novos contratos de patrocínio, a possibilidade de fechar novos negócios. Cresci como atleta porque tive acesso a técnicas de treino. E, claro, minha vida pessoal mudou completamente, hoje eu e minha família estamos muito felizes e realizados”, comenta Machida, apoiado por Minotauro. “A parte financeira melhorou, por isso, os treinos ficaram mais qualificados, bem como a preparação física. Conseguia me organizar para chegar ao país que eu fosse lutar com dez dias de antecedência. A autoestima também aumenta por você ser o melhor do mundo. Por isso, tem que manter os pés no chão.” Murilo não aproveitou – como lutador – a explosão do esporte no Brasil, em 2011. Fora do octógono, ele nota que os campeões do UFC viraram astros. Anderson Silva, por exemplo, mesmo destronado, não ficou menos requisitado pela mídia e por patrocinadores de alto calibre. “Os salários são coisas impensáveis no meu tempo. E ainda há as vendas de pay-per-

-view. As facilidades e os patrocínios são muito diferentes. Os benefícios compensam o peso do cinturão. A visibilidade do esporte fez tudo maior, os campeões são verdadeiras celebridades. Quando alguém do MMA seria eleito o melhor atleta do país, como foi o GSP?”, questionou. Idolatrado no Japão, nos Estados Unidos e no Brasil, Mauricio Shogun ganhou projeção até mesmo em lugares que nem desconfiava. Os eventos do UFC são transmitidos para mais de 100 países. É impossível não ser notado com tamanha divulgação de imagem. “Passei a ser conhecido em muitos países, surgiram novas oportunidades e mais patrocinadores”, resumiu o curitibano. Enquanto uns perseguem o cinturão, outros abrem mão dele. É difícil compreender, mas há argumentos capazes de fundamentar a decisão. Multiplicar as cotas de patrocínio e a conta bancária é a parte boa. Já resolver a equação que soma fama, assédio, compromissos midiáticos, pressão psicológica e ainda encontrar tempo para a família, nem tanto. Equilibrar a balança e conciliar a agenda é coisa que só um campeão consegue fazer.

FOTOS ABAIXO, DA ESQ. PARA DIR., LYOTO MACHIDA E JUNIOR CIGANO, EX-DETENTORES DOS CINTURÕES DOS MEIO-PESADOS E PESADOS, RESPECTIVAMENTE. NA PÁG. AO LADO, ANDERSON SILVA, CAMPEÃO DOS MÉDIOS POR SETE ANOS, AO LADO DO SEU ALGOZ E ATUAL CAMPEÃO DA CATEGORIA, CHRIS WEIDMAN.


“O dono do cinturão é o cara a ser batido, todo mundo quer sentar nas costas dele. Não tem jeito, há um alvo nele. As pessoas passam a estudar sua movimentação. Você faz um golpe diferente e, no outro evento, os outros repetem. É necessário mudar, inovar. Tem que estar em metamorfose o tempo inteiro”. “O campeão é copiado no que faz de bom, está na posição mais difícil e, muitas vezes, muda até as características, sim. Pode ficar mais defensivo, apesar de ter quem fique agressivo. A posição confortável é a do desafiante, que sofre menos pressão”. “Temos visto isso na prática. Lutadores que partiam para a luta agressivamente, depois de um tempo como campeões, mudam a estratégia e minimizam os riscos de perder. Com isso, tornam as lutas mais chatas, burocráticas. Hoje, as vantagens de ser um campeão são tão grandes que não vale a pena se arriscar”.

Acesso a treinamentos mais qualificados Visibilidade n Salário maior e participação nas vendas de pay-per-view n Novos patrocinadores n Realização profissional n Status de ídolo n n

Estar sempre sob pressão Ter menos tempo para a família n Obrigações com a imprensa, com o evento e patrocinadores n Falta de privacidade n Cobrança por vitórias n Ser mais visado pelos adversários n n

“Ser estudado dificulta as coisas. Os adversários buscam uma estratégia para te vencer e acho que foi isso que o Cain Velasquez fez comigo. Ele foi muito inteligente nas nossas duas últimas lutas. Então, pode acontecer de mudar o estilo”.

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GABRIELE MANDEL FOTOS: ALEXANDRE GENNARI EDIÇÃO: ALESSANDRO DE TONI


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APELIDO: GABI. IDADE: 23 ANOS. SIGNO: LEÃO. DE ONDE É: BLUMENAU, SC. ONDE MORA: SÃO PAULO. O QUE FAZ: TRABALHO COMO MODELO E PROMOTORA DE EVENTOS. QUANDO SAIU DE CASA? COMO FOI? SAÍ AOS 18 ANOS. FOI DIFÍCIL, MAS SEMPRE ACHEI IMPORTANTE BUSCAR INDEPENDÊNCIA, TER PLANOS E SONHOS. NA ADOLESCÊNCIA, COMO ERA? SEMPRE FUI O PATINHO FEIO DA TURMA. ERA MAGRELA, NÃO TINHA A MENOR VAIDADE E ERA MUITO TÍMIDA, MORRIA DE VERGONHA DOS MENINOS. COMO SE CONSIDERA HOJE? HOJE SOU MUITO RESPONSÁVEL E FOCADA NOS MEUS PLANOS. SOU MUITO LIGADA À MINHA FAMÍLIA MESMO ESTANDO LONGE, É UM LAÇO QUE NÃO VOU PERDER NUNCA! PRATICA ESPORTES? PRATICO DESDE PEQUENA. HOJE ME DEDICO A CORRIDA, MUSCULAÇÃO, AULAS DE SPINNING E BOXE. GOSTA DE SURF? ENTENDE UM POUCO? GOSTO MUITO DE SURF, E ENTENDO UM POUCO, SIM. CHEGUEI A FAZER AULAS, MAS TIVE UMA LESÃO NO JOELHO QUE ME FEZ PARAR. DE QUALQUER FORMA ESTAVA E CONTINUO AMANDO. QUAL A SUA RELAÇÃO COM O MAR E COM A PRAIA? MUITO FORTE. UM FIM DE SEMANA NA PRAIA É SEM DÚVIDA O MELHOR PROGRAMA PRA MIM. VOCÊ FAZ DIETA? COMO SE CUIDA? FAÇO, SIM. MINHA ALIMENTAÇÃO É IMPECÁVEL. ABRI MÃO DE SAL, AÇÚCAR E FRITURAS FAZ TEMPO. MUITA ÁGUA O DIA TODO E EXERCÍCIO PELO MENOS UMA VEZ AO DIA. QUAL A SUA REFEIÇÃO FAVORITA? COMIDA JAPONESA. QUE TIPO DE MÚSICA GOSTA DE OUVIR? DEEP HOUSE E ELETRÔNICO. LIVRO QUE MAIS GOSTOU: “O VENDEDOR DE SONHOS”, DE AUGUSTO CURY. UM ÍDOLO E POR QUÊ? MEUS PAIS. SÃO AS PESSOAS QUE MAIS ADMIRO E RESPEITO NO MUNDO. COM QUE ROUPA SE SENTE MAIS SEXY? SHORT RASGADO E UMA CAMISETA LARGUINHA. QUAL PARTE DO SEU CORPO QUE MAIS GOSTA? DAS PERNAS. COMO SE IMAGINA DAQUI A 20 ANOS? CASADA E COM FILHOS, COLHENDO OS FRUTOS DO MEU TRABALHO, E COM UMA SAÚDE DE FERRO! SONHO DE CONSUMO: UMA CASA NA PRAIA. NAMORA? NÃO, SOU SOLTEIRA. COLOQUE EM ORDEM DE PREFERÊNCIA: SURFISTA, NERD, MAURICINHO, RASTA, SERTANEJO: 1O SURFISTA, 2O NERD, 3O MAURICINHO, 4O SERTANEJO E 5O RASTA.


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RESPONSABILIDADE

SOCIAL

ONG Elo Solidário oferece cursos para educação cultural e capacitação de jovens em todo o Brasil. Por Lucas Alves

isponibilizar um programa de ensino complementar, criando ambientes que estimulem a motivação ao estudo e valorizem o talento pessoal. Esse é o objetivo da ONG Elo Solidário, que fornece cursos de capacitação para cerca de 380 crianças, jovens e adultos de todas as regiões do Brasil. A entidade disponibiliza espaço físico e material didático gratuitamente, além de treinar profissionais para levar o conhecimento a seus alunos. Dentre as matérias estão Informática, Português, Inglês, Espanhol, Teatro, Fotografia, Modelo e Violão e Voz, com 20 pessoas por turma. Ao término

do curso, eles recebem um certificado e são encaminhados para cursos técnicos e profissionalizantes disponíveis pelas empresas colaboradoras, com a oportunidade de inserção no mercado de trabalho. O presidente da ONG, Oswaldo Lot, comenta a força que a Red Nose dá para o projeto. “A Red Nose contribui muito para nosso trabalho na ONG, não só na parte da sustentabilidade mas também com as ações propostas, faz com que a gente não dependa apenas do governo para realizar nosso trabalho, além de agregar valor para ambos os lados.” As matrizes da Elo Solidário ficam em São Paulo e Bauru. As regionais estão presentes em Niterói (RJ), Londrina (PR), Cuiabá

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NESTA PÁG. ABAIXO NO SENTIDO ANTI-HORÁRIO, PARTE DOS GAROTOS BENEFICIADOS PELO PROJETO DA ONG ELO SOLIDÁRIO EM PARCERIA COM A RED NOSE; ATOR GLOBAL, MALVINO SALVADOR DEMOSTRANDO SEU APOIO; CARRO QUE AUXILIA OS TRABALHOS DA ONG; ARY FONTOURA TAMBÉM APOIA O PROJETO. NA PÁG. AO LADO, ALGUMAS DAS CRIANÇAS DO PROJETO ELO ESPORTES, QUE BUSCA O DESENVOLVIMENTO DE NOVOS ATLETAS.

(MT), Barcelos (AM), Belo Horizonte (MG), Palmas (TO) e Salvador (BA). Nessas cidades ficam os CAs (Centros de Apoio), que formam grupos de pessoas com interesses complementares. A orientadora pedagógica da Central do Elo Solidário, Gretta Souza, acredita no ensino pessoal e individualizado dos alunos. “Eles têm diferentes necessidades e interesses, que têm uma grande influência na sua motivação para aprender e, consequentemente, na eficiência de seu aprendizado.” Dentre os projetos desenvolvidos, destaca-se o Elo Escolar, um trabalho realizado em conjunto com os pais para reforçar a autoestima e a capacidade do jovem; o Elo Esportes, que busca o desenvolvimento de novos atletas em parceria com

clubes, academias e esportistas profissionais; e o Elo Comunidade, que mobiliza agentes solidários para selecionar quem precisa de assistência nas comunidades carentes, doando roupas, mantimentos e remédios para as famílias. O assistente de marketing da Red Nose, Vinicius Nastri, comenta o apoio da marca à iniciativa da ONG. “O Oswaldo Lot veio até nós apresentar o Projeto Pamplona, onde ajudamos o pessoal de uma comunidade carente em São Paulo, entregando equipamento de lutas, para viabilizar e dar o start nessa ação social. Fora isso, nós contribuímos com uma mensalidade para apoio aos materiais e gastos que eles têm para ajudar as crianças e jovens que participam do projeto”, finaliza.

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SOLTOS NA LADEIRA Nos últimos dias 23 e 24 de agosto, a ladeira do Parque da Independência, no bairro do Ipiranga, São Paulo, recebeu o 5º Independência ao Longboard, evento que reuniu a nata da modalidade em uma das ladeiras mais fluidas e cortejadas do Brasil. Por VINICIUS SÁ MOURA Em um fim de semana de sol forte e céu limpo, cerca de 10 mil pessoas, entre adultos e crianças, compareceram em peso na ladeira do Parque da Independência, no Ipiranga, zona sul de São Paulo, para prestigiar a quinta edição do campeonato Independência ao Longboard, evento que já é tradição no calendário esportivo da capital paulista e que este ano contou com patrocínio da Red Nose. Foram mais de 150 atletas inscritos,

divididos em seis categorias – Iniciante, Feminino, Amador, Master, Pro e Classic –, que mostraram muitíssima técnica, preparo e, é claro, um variado arsenal de manobras que levou todos os presentes ao delírio. O clima foi de festa, e os gramados laterais da ladeira foram literalmente tomados por milhares de skatistas de todos os estilos, que dividiram harmoniosamente o espaço, criando um cenário visto tipicamente nos grandes festivais de skate americanos.


5° INDEPENDÊNCIA AO LONGBOARD INICIANTE 1. Pablo Santos 2. Felipe Nascimento 3. Reno

AMADOR 1. Rafael Massucci 2. Arthur Piruca 3. Raphael Goya

PRO 1. Igor Lage 2. José Birinha 3. Daivison Paixão

FEMININO 1. Ariane Rosa 2. Andrea Guandaline 3. Cristiane Andrigo

MASTER 1. Kleber Pasini 2. Alex Burnello 3. Carlos Coutinho

CLASSIC 1. Vitor Tchaca 2. Lucas Backer 3. Sidnei Vicentini

NA PÁG. AO LADO, PÚBLICO COMPARECE EM PESO NA QUINTA EDIÇÃO DO INDEPENDÊNCIA AO LONGBOARD. ACIMA, NO SENTIDO HORÁRIO, RED GIRL DISTRIBUINDO RED NOSE ENERGY DRINK. ATLETA MANDANDO UM FREESTYLE CHEIO DE ESTILO. RASGADA DE FRONTSIDE DURANTE O AQUECIMENTO. ABAIXO, ENCONTRO DE GERAÇÕES DO LONGBOARD.


DICAS DE SUP © ARQUIVO PESSOAL

POR SEREM EXECUTADOS EM MOVIMENTO, OS CHAMADOS “ALONGAMENTOS DINÂMICOS” TEM SE MOSTRADO MUITO MAIS EFICAZES POIS AQUECEM AS ARTICULAÇÕES E PREPARAM O SISTEMA NERVOSO PARA UMA RESPOSTA RÁPIDA.

MOVIMENTE-SE!

Cada vez mais estudos comprovam que os aquecimentos/alongamentos dinâmicos, ou seja, feitos em movimento, são muito mais eficientes do que aqueles feitos de forma estática antes de iniciar uma atividade física. Por JOÃO RENATO

Já se deparou com a seguinte situação: antes de uma competição, ou de um dia rotineiro de treinos, ou até mesmo de um remadão no final de semana na companhia de amigos e familiares, você ou alguém próximo se “aquecendo/alongando” de forma estática? Lembra daqueles famosos alongamentos da época de educação física na escola? Parado em um canto, puxando uma perna, depois a outra, durante 20 a 30 segundos, apoiando no ombro do colega, esse é o melhor exemplo. E é a partir disso que vamos conversar. Afinal, anos de estudos e teorias aplicadas começaram a ser questionados e observamos muitas mudanças. Vamos deixar de lado a teoria de alongamentos convencionais e focar no que tem de mais novo e eficaz. Alguns estudos mostram o que poucos sabem: o alongamento estático, em alguns casos, não irá favorecer o tipo de treinamento, podendo ainda, em determinadas situações, comprometer a performance de competições e treinos. Nesse caso, além de ineficaz, esse tipo de alongamento pode levar até mesmo ao risco de lesões na musculatura e nas articulações.

Por outro lado, os alongamentos dinâmicos estão se mostrando muito mais eficazes quando pensamos em preparar o corpo para uma remada ou para algum outro esporte. Nos EUA eles são conhecidos como “warm-up” (aquecer), pois, além de ativar a musculatura, alongando-as, preparam o sistema nervoso para uma resposta rápida ao movimento e aquecem nossas articulações. São os mais utilizados pelos principais atletas das mais diversas modalidades de remada. Em Las Vegas (EUA), na Universidade de Nevada, pesquisadores concluíram que os atletas avaliados demonstraram uma capacidade menor de gerar força muscular de membros inferiores após o alongamento estático do que aqueles que não fizeram nenhum tipo de alongamento. Já em outra pesquisa realizada é observado que esse tipo de alongamento diminui a força no músculo em cerca de 30%. Na Universidade da Flórida, os estudos mostraram que os corredores que fizeram 16 minutos de alongamento estático antes da prova tiveram um desempenho pior do que os atletas que ficaram o mesmo tempo sentados antes de correr. >



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COM ESTES MOVIMENTOS (FOTOS 1 A 7) VOCÊ AQUECE, ALONGA E FORTALECE A MUSCULATURA DOS MEMBROS INFERIORES E SUPERIORES, DIMINUINDO OS RISCOS DE LESÕES DURANTE A REMADA. PARA VER ESTA AULA COMPLETA, ACESSE SUPCLUB.COM.BR, O VÍDEO ELABORADO PELO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA, JOÃO RENATO, ESTÁ À SUA DISPOSIÇÃO.

Vamos tentar entender por que isso acontece. O especialista em flexibilidade e diretor de pesquisas esportivas do Hospital Lenox Hill, em Nova York (EUA), Malachy McHugh, explica que, durante a execução de alongamentos estáticos, as fibras musculares produzem uma resposta neuromuscular inibitória como forma de proteger os músculos de um alongamento excessivo, que pode ter duração de até 30 minutos após a sessão desse tipo de alongamento. Resumindo, nosso corpo é uma maquina muito eficiente e tem seus próprios mecanismos de proteção. Sendo assim, quando nos alongamos de forma estática, o cérebro aciona um mecanismo de proteção enviando sinais de alerta para o corpo como forma de se prevenir que nenhuma fibra muscular ou tendão se rompam, não permitindo, assim, um alongamento total da musculatura. Então, enquanto acreditamos que a musculatura está pronta para uma resposta ao exercício, ela está, na verdade, tensionada como forma de se proteger de possíveis lesões. Antes de iniciarmos qualquer atividade física, nossos músculos e tendões estão rígidos porque o fluxo de sangue no local é muito pequeno. Por isso, é necessário um bom aquecimento, para aumentar a temperatura corpórea, o que irá levar a uma maior irrigação dos tecidos, garantindo, assim, um melhor suprimento de oxigênio e substratos. Quando nosso metabolismo está alto, as reações químicas 80

de nosso corpo tornam-se mais rápidas e mais eficientes. Com isso, percebemos que o ideal para a musculatura em resposta à melhora da atividade física seria produzir movimentos que são conhecidos como alongamentos ou aquecimentos dinâmicos. Ou seja, você alonga os músculos em movimento, aumentando sua amplitude, ajudando a acordar o sistema nervoso para uma boa resposta à atividade e tendo um de seus melhores benefícios à prevenção de lesões. Estudos da Bloomsburg University, nos EUA, mostram que golfistas que realizam aquecimentos dinâmicos têm um efeito protetor. Atletas que fizeram aquecimento dinâmico tiveram cerca de nove vezes menos probabilidade de se lesionar durante a atividade. Assim, chegamos à conclusão de que o importante é realizar o aquecimento/alongamento dinâmico buscando sempre focar na musculatura que será trabalhada. No caso do SUP, boa parte se concentra nos membros superiores e no tronco. Mas não esqueça de que os membros inferiores também merecem atenção, já que você precisa manter o equilíbrio em cima da prancha. Programe-se. Os alongamentos/aquecimentos dinâmicos não devem exceder mais do que 10 minutos. Esse tempo é suficiente para preparar o corpo. E atenção! Toda atividade deve ser iniciada logo após o alongamento/aquecimento, caso contrário não haverá benefícios para a atividade específica.



NTO E M O M ÔNIMO JÁ É SIN AMARA N FOTO, C A M T S T T NE GARRE N D E S. A R G SIÇÃO S O A A DISP DE OND MOSTR O M N E IA O A OCAD O HAV ER REB AS APÓS S XTREM E S E Õ I. H CONDIÇ A , T IT HUPOO E M T EA


© FRED POMPERMAYER



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