#01
direção geral EDU BELTRAMINI edu@wazapmag.com
FABI CENCI fabi@wazapmag.com
Impressão Tipotil
executiva de conta ALINE BONI aline@wazapmag.com
Periodicidade Bimestral Tiragem: 2.000 exemplares Preço: R$ 6,90
marketing EVANDRO ALVES
DISTRIBUIÇÃO
evandro@wazapmag.com
Balneário Camboriú Blumenau Brusque Gaspar Ilhota Itajaí Itapema Joinville
redação MARIANA SPADACCI
COLABORADORES WAZAP MAG #01 textos ADRIANA TOTTER BRUNO CAPASSO BRUNO VINÍCIUS BRUNNA ZURLO CAROLINA AQUINO CLEITON PROFETA ELENA LOUISE EMILY BETIOL GREGORY MARTINS JEFFERSON LUCHTENBERG MARLON TOMIO TÉSSIA MENDES VANESSA NEUBER
CONTATO
contato@wazapmag.com www.wazapmag.com facebook/wazapmag twitter/wazapmag Daniel Pfaffendorf, 85, sl 07 Blumenau | SC
ilustração EDUARDO BURGER MAYARA MAGRI VITI produção FABIO GARCIA FELIPE BROCKVELD FERNANDA CAMILA JOICE SCHMIDT RAFAEL ANTÔNIO
IMAGEM CAPA foto FABI CENCI E EDU BELTRAMINI styling FELIPE BROCKVELD E FERNANDA CAMILA
beauty LAÍS DE MATOS MELISSA TRIERWEILER
beauty MELISSA TRIERWEILER
modelos ALANA TAMANINI BIANCA PETTENATI REINALDO FRANCISCO
Todos os direitos reservados.
modelo BIANCA PETTENATI
Fica expressamente proibida a reprodução total ou parcial sem autorização prévia do conteúdo editorial. Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade dos autores e não refletem a opinião da revista.
COLABORADORES ADRIANA TOTTER Após se formar no curso de direito, deparou-se com um mundo sem graça e poucas cores. Com tanto dinamismo e criatividade, decidiu se especializar em moda. Criou sua própria marca e desenvolve minis coleções para outras empresas.
BRUNNA ZURLO Redatora puclicitária que, não fosse por um “quase” insistente, já estaria formada em Comunicação Social. Intensa, agridoce, cinéfila, gaúcha, aracnofóbica, mochileira, apaixonada, artista e tatuada.
BRUNO CAPASSO Estudou moda em 2005, hoje é analista de tendências e criador no tempo livre. As suas grandes paixões são Hussein Chalayan e a moda masculina. Ah, e está de olhos bem abertos para Lucas Ossendrijver.
BRUNO VINÍCIUS É estudante de Publicidade e Propaganda, Mc (rapper), mas como paixão e profissão atua como cronista.
CAROLINA CEZARI DE AQUINO Publicitária formada atua como redatora, é natural de Joinville e caída de paraquedas em Blumenau. Já morou no Rio Grande do Sul e na Irlanda. É aquariana assumida, apaixonada por textos, pessoas e chocolate.
CLEITON PROFETA É diretor e compositor do Circus Musicalis. Compôs várias trilhas para dança, teatro e cinema. Possui uma loja de instrumentos musicais e passa o dia envolvido com o que mais ama: música.
EDUARDO BURGER Designer Gráfico e Ilustrador, busca inspiração no cenário urbano das grandes metrópoles e suas cóleras sociais para desenvolver seus trabalhos.
EMILY BETIOL É formada em produção musical pela academia internacional de música eletrônica, já estudou marketing e hoje estuda moda. Perfeccionista e versátil, a DJ e fashion designer mostra nesta edição o que não pode faltar nos looks de inverno.
GREGORY MARTINS Começou a ler sobre moda desde que a camisa rosa entrou de vez para o guardaroupa de homens conservadores. Blogueiro de moda masculina em portais e sites, além do seu próprio. Viciado em café e inquieto com uma boa discussão.
JEFFERSON LUCHTENBERG É joinvilense e jornalista. Escreve há aproximadamente cinco anos e trabalhou com jornalismo empresarial para grandes empresas.
MARLON TOMIO Bacharel em Design Gráfico, atua como Gerente de Marketing. Administra o perfil no twitter @yeapdesign onde compartilha informações relacionadas a área.
TÉSSIA MENDES Publicitária. Espoleta e contente. Life of the party. A funny girl.
VANESSA NEUBER É designer de moda, professora, figurinista e criadora das ‘arTshirts’ (camisetas exclusivas, inspiradas na música, cinema, arte e cultura em geral). Tem um estúdio chamado Estiloarte onde, além de desenvolver as camisetas, organiza eventos multiculturais.
VITI - VICTOR GROSMAN Publicitário de formação, apostou tudo na carreira de artista de plástico, o que deu muito certo. Viti já expôs em Londres e criou toy arts para Imaginarium. Seu trabalho é uma explosão de cores, e faz alusões à cultura pop mundial e ao folclore brasileiro.
SILÊNCIO Primeira edição, primeiro texto como editores de uma revista. O projeto que desde o início trouxe em sua essência a paixão de escrever, fotografar e compartilhar conteúdos sobre moda, cotidiano e arte, de uma maneira ousada por meio de muita inspiração, agora encontra-se aqui, ao longo das próximas páginas. Na íntegra, tudo aquilo que já foi preview em nossas páginas da web. Nosso esforço espelha-se no trabalho de nossos colaboradores e aqui eles ganham páginas, títulos, espaços de texto ou arte e numeração de rodapé. Desde o início, nosso principal objetivo foi o de servir de vitrine para talentos que nem sempre recebem o espaço merecido aí fora. Erguida sobre três pilares, a WAZAP Mag busca, a partir de agora, uma constante interação com o mundo da moda, da arte, da cultura, da música, da fotografia, do design, um mundo visual e estético, nem sempre perfeito, mas o nosso mundo. Mundo no qual, há quarenta anos, uma mocinha equivocou-se ao comprar um peignoir em renda, duas malas em couro e um coturno. Meses depois, desfez-se das peças para adquirir outras... novas! E aí iniciou-se o ciclo. Alguém, numa busca incansável por peças visualmente ricas e de custo inferior ao seu valor, as encontrou num brechó, assim como outras e outras peças. Nesta edição, elas fazem parte da produção do editorial Under fifteen, vestindo integralmente a modelo Bianca Pettenati com roupas de brechó e peças que custaram ao seu último comprador, menos de quinze reais. Ao longo desses três incessantes meses de trabalho na construção da imagem da marca WAZAP, o mais gratificante, saibam, é o apoio das pessoas que através de nossas plataformas online incentivam esta equipe por meio de comentários, retweets, ou um simples curtir no facebook. O envolvimento de nossos colaboradores, amigos, familiares e até pessoas desconhecidas nos fez acreditar ainda mais que este é um projeto que pode, e dará certo. Por isso, destrinche esta primeira edição e arranje um espaço na prateleira, pois este é apenas o começo. Edu Beltramini e Fabi Cenci
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20
ÍNDICE 10 12 13 16
WEB CONCEPT SONHO LÚCIDO VENDE-SE CONCEPT!
PORQUE VENDER CONCEITO É OLD.
18 NOVO E CRIATIVO 19 TREND FEMININA
32
46 43 44 56 57 62
TREND MASCULINA HOMENS EM OBRA DREADS NUNCA MAIS
60 66 VELHAS DISCUSSÕES 68 WE LIKE! 70 FILME, LIVRO E MÚSICA
EM TORNO DA MÚSICA TATUAGEM, DA HISTÓRIA
À REINVENÇÃO DA ARTE
65 GO IN! 7 | WAZAP
8 | WAZAP
por EDUARDO BURGER (www.eduardoburger.com)
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WEB!
LANÇADO NO DIA 9/MAR, O SITE JÁ ATINGIU MAIS DE 9 MIL VISUALIZAÇÕES, EM MEIO A TEMAS RELACIONADOS A MODA, COTIDIANO E ARTE, ALÉM DE PROMOÇÕES EXCLUSIVAS. AQUI VOCÊ TEM UMA PRÉVIA DO QUE JÁ BOMBOU POR LÁ. SIGA O TWITTER, ADICIONE O FACEBOOK E ACOMPANHE O SITE QUE, DIARIAMENTE, COMPARTILHA BOA LEITURA E MUITAS NOVIDADES! FOTOS DIVULGAÇÃO
TEASER
NÓS AMAMOS CINEMA!
No dia 14/mar atualizamos
Postamos lá no site uma lista
nosso site com um teaser do
imperdível de filmes que estão para
que foi o ensaio para o
estrear no cinema este ano. Entre eles
editorial de capa desta
o longa norte americano My Week
edição. Recebemos muitos
With Marilyn (foto) que acompanha
acessos e emails sobre,
o período de 1956, em que Marilyn
inclusive, saiu uma nota no
Monroe passou na Inglaterra
Jornal de Santa Catarina
filmando The Prince and the
sobre a expectativa gerada a
Showgirl. Em 2011 teremos também
partir deste preview. Agora,
Os Smurfs, Água para Elefantes, Meia
mais a frente, você poderá
Noite em Paris e outras novidades
apreciar o editorial completo.
que você encontra lá no site.
WAZAPMAG.COM @wazapmag
DE BLUMENAU PARA O MUNDO
WAZAP Mag
É TENDÊNCIA!
Aconteceu em Blumenau, no dia 16/abr a final da primeira edição do concurso
Catharina Model, que elegeu Joice Tambosi, organizado pelo site Acesso Social. Joice, além de ser eleita a nova top model de Santa Catarina, irá fotografar em Buenos Aires as fotos que irão fazer parte do seu material de apresentação. Além do book, a vencedora levou outros prêmios que você também pode conferir lá no site.
GEOMETRIC
Que os Oxfords já fizeram a cabeça das mulheres, isso não é novidade pra ninguém. Novidade foi nosso post mostrando alguns oxfords diferentes do modelo
As fotos de Federico Cabrera fizeram sucesso no
tradicional. Com textura, com salto, em animal print
nosso site. Ele trabalha com editoriais, fotografia e
(que também é um must have pra esse inverno). Para a
web-design e tem quebrado perspectivas sobre o
estação mais fria do ano, vale apostar também nas
mundo da fotografia de moda.
botas de cano curto e cano médio, saltos não muito
O resultado final do trabalho é incrível e lá no
altos e com detalhes em fivelas, tiras e metais,
site você pode conferir algumas fotos e encontrar
sandálias com meias, sapatilhas e saltos com
também o link para o site de Federico, onde estão
amarrações em tecidos de cetim com referência aos
todos os seus trabalhos
modelos da sapatilha de balé.
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SKETCH CROQUIS MAYARA MAGRI SOARES ESTUDANTE DE DESIGN DE MODA
MODA
CONCEPT!
VEJA O QUE BOMBOU NAS CAMPANHAS DE INVERNO 2011
padronagem Caroline Trentini, da Way, na campanha da Cantão.
total color Priscila Uchoa da Mega, e Pedro Albuquerque da Elite, em fotos de Ivan Erick, na campanha de inverno 2011 da MR. Foot.
livre e leve Martha Streck, da 55, na campanha Carlos Miele Jeans, em fotos de Jacques Dequeker e beleza de Max Weber. 12 | WAZAP
luz e sombra A polonesa Anja Rubik na campanha da Tufi Duek.
black | white A austríaca Iris Strubegger, da Eskimo, em fotos de Jorge Figueiredo e styling de Luís Fiod, na campanha da Alphorria. FOTOS DIVULGAÇÃO
MODA
SONHO LÚCIDO A MISTURA DE VÁRIOS SONHOS QUE RESULTOU NO PROJETO COLETIVO QUE VOCÊ VÊ EM PRIMEIRA MÃO AQUI NA REVISTA POR VANESSA NEUBER O barulho que me incomoda me faz cantar. Quando fico ansiosa pratico o nonsense. A tristeza me faz escrever. O nervosismo me faz dançar. Quando procuro algo e não encontro, eu mesma faço. A bendita criatividade esteve presente na minha vida, principalmente neste formato, partindo da dificuldade ou de algum sentimento negativo. Ah, o sofrer e o fazer sofrer fazem parte! Mas penso que o ser humano poderia prestar mais atenção nas ostras, que transformam em pérolas os corpos estranhos que invadem o seu organismo. Se escrevo torto, se desafino, se alucino, se tropeço, se faço feio, o que me resta é transformar estes momentos em pérolas e rir de mim mesma. O ESTILOARTE surgiu de uma dificuldade de voar. Em 2009, quando eu e o artista plástico Nestor Jr. procurávamos um lugar com o intuito de desenvolvermos nosso trabalho autoral, mal suspeitávamos do que viria pela frente... Achamos o lugar perfeito e, aos poucos, percebemos que não éramos os únicos com aquela ânsia tão familiar às pessoas que querem descobrir, a todo custo, o que existe por trás da montanha. Raulzito pode explicar melhor, em versos já bem gastos, porém ainda vivos – ok, me chamem de piegas: “Um sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade”. Ah, vai dizer que nesse mundo tão blasé, com esse tal de “todomundoéindiecult-
hipster”, às vezes você não sente falta daquele tapa de pieguice? Então além das obras de Nestor Jr. e das minhas arTshirts, a exclusividade e o esmero apareceram no ESTILOARTE também no formato de bolsas e carteiras, assinadas por Leila Hort; chapelaria e alfaiataria assinadas por Gabriela Lenzi. Com a parceria da jornalista Caroline Passos surgiu a ideia do Bazar ESTILOARTE, que se tornou um evento multicultural incrível! Muito além de
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MODA
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MODA
um simples bazar. Quatro edições de sucesso foram realizadas em 2010, uma em parceria com o Instituto Orbitato. A partir disso foi um passo para o Coletivo ESTILOARTE. Hoje, além das parcerias já citadas, temos o Brechó Customizado de Débora Orzechowski e a cobertura da fotógrafa Daniela Martins. Inauguramos esta nova etapa com um acontecimento magnífico: um editorial coletivo colaborativo no qual chamamos de ESTILOARTEfusion. Neste projeto, além dos integrantes do Coletivo, responsáveis pela produção e organização, contamos com profissionais como o cineasta Gabriel Garcia, a maquiadora Renata Libardo e o designer Fernando Denti. Montamos o casting com modelos-não-modelos e amigos-sim-amigos, e... With a little help from my friends! Então, numa manhã de sábado, num sítio cheio de nostalgias de infância no interior, casas de omas e opas, reunimos 20 pessoas comprometidas e extasiadas em poder participar e se misturar a esta receita; com ingredientes nobres, massa criativa e aquelas pitadas de inquietação, tão comum entre aqueles que anseiam por novidade e, através da coletividade, buscam a inspiração para as ações na conquista de um sonho.
INGREDIENTES NOBRES, MASSA CRIATIVA E AQUELAS PITADAS DE INQUIETAÇÃO, TÃO COMUM ENTRE AQUELES QUE ANSEIAM POR NOVIDADE No evento ESTILOARTEfusion, que recebe o mesmo nome do projeto do editorial, o público pode conferir o catálogo físico e virtual, as coleções completas de cada integrante do Coletivo além de algumas surpresas no formato de vídeos, música, exposições de arte e, é claro, toda aquela energia “misturadaboa” que, até para quem participa, fica difícil descrever.
Quer saber mais sobre o que os ‘estiloarteiros’ estão aprontando? Acesse: atelieestiloarte.com | flickr.com/estiloarte Siga: twitter.com/estiloarte Curte lá no Facebook: Ateliê Galeria Estiloarte Contato: vanessa.neuber@atelieestiloarte.com Sinta de perto:
Ficha ténica: Giani e Geisi Nazario vestem: Gabriela Lenzi Fotografia: Daniela Martins
Rua São Paulo, 420, sala 1, Centro - Blumenau (SC) Aberto de terça à quinta-feira, das 11 às 19 horas. Fone: 47 3209 1848
Assistente de Fotografia: Vinicius B. de Oliveira Beleza: Renata Libardo Produção: ESTILOARTEfusion Direção de Arte: Vanessa Neuber 15 | WAZAP
MODA
VENDE-SE CONCEPT! PORQUE VENDER CONCEITO É OLD. POR TÉSSIA MENDES
Mas primeiro, vamos voltar as aulas de matemática daquele
tilistas, mas sim na “modinha” que a gente vê por aí, que nem
seu cursinho pré-vestibular que todos matavam para ir na padoca
sabemos de onde vem, mas temos vontade ou não de usar. Pois
ou no bar, naquela época em que New Schin era R$2,00 e o Zeca
é, mas por que eu sinto ou não vontade de usar uma determi-
Pagodinho te deu o aval para experimentar.
nada moda? É por causa do conceito. É o novo conceito que se
Moda em estatística é “o resultado de maior frequência da
cria de seis em seis meses, pra vender roupa. Parece tristinho.
mostra. A frequência tanto pode ser absoluta como relativa”.
Vamos usar outra língua pra ficar lindão.: CONCEITO - do latim
Encontrou no seu memorex? Provavelmente você não tem mais,
conceptu - quer dizer: tudo o que o espírito concebe e entende;
foi para reciclagem, afinal, pessoa cool que se preze está super por
entendimento, idéia, opinião. Vamos combinar que espírito, en-
dentro e engajado (ainda se usa essa palavra?) do impacto ambien-
tendimento, opinião cada ser humano tem o seu, mas gente,
tal e de como o mundo suuuuuurperr precisa de nós depende de
existem muitas opiniões parecidas, entendimentos pare-
nós, que já foi ou ainda é criança. Precisa mesmo! (sou cool?)
cidos,
espíritos
parecidos,
e
é
nesses
grupinhos
ou
Usei o termo de moda em estatística para fazer uma analo-
grupões, em muitos casos, que a publicidade encontra a
gia. O resultado da maior frequência da mostra, é o que it girls e
forma de fazer sua magia nem é para sugerir, veja bem,
it boys estão usando, que pode fazer todos usarem, ou ninguém
sugerir que aquela calça verde limão skinning é o que você precisa
usar uma determinada peça de roupa. Não estou entrando aqui
para viver.
em moda no âmbito de lançamentos de grandes grifes e es-
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Aquele velho conceito “ditadura do moda” é velho mesmo.
MODA
O novo, é que você não tem mais como estar “fora de moda”, você
diretamente ligadas à construção de conteúdo, posicionamento e
está dentro da moda, pois seus amigos se vestem iguais a você, ou
inovação. O que precisa ser feito para fazer isso acontecer?
você se veste igual a eles? Não importa! Estão lá, todos uniformiza-
- AdWords
dos para serem diferente sendo parecidos.
- AdSense
Quando se constrói um conceito para uma campanha de
- Redes Sociais
moda, é preciso pensar (dãr), espera aí, o que o público da minha
- Geração de conteúdo
marca tá curtindo no Facebook? É aí que a moda passou de dita-
- Presença digital (warrgh, quantas vezes você ouviu isso)
dora para presidenta escolhida pelo voto popular. Me corrija se eu
- Ser realmente presente nas redes sociais. A marca estar
estiver errada, quando procuramos no Google por nossa banda
ali, mas não responder exatamente na hora que o consumidor
favorita, geralmente (se a marca soube se fazer presente) nos re-
perguntar algo é abertura para um deslike, unfollow e quem sabe
sultados de pesquisa aparecem marcas relacionadas ao estilo de
um vídeo no youtube falando de o quanto a marca foi boba por
vestir daquela banda. Também é possível pesquisar por uma peça
não ter respondido seu “bom dia” com um reply.
de roupa e nos resultados ter o link para o blog de uma marca que
- E o mais importante: transmitir um conceito intendível,
usou como tag o termo de busca que você usou. Simplão! A marca
adequado ao espírito e que esteja relacionado com a opinião do
e seu conceito devem estar onde o consumidor procura, mesmo
consumidor, através de uma imagem, se possível sem texto (nin-
que de forma subjetiva. Olha só, entrei no assunto internet e
guém lê texto! Será?).
nem fiz uma introdução do motivo por ter feito isso. É que ela
Agora, usando esses vários conceitos que escrevi da própria
(a internet) é velha, a grande maioria usa, e quase todos estão
cabeça com várias referências, fica aqui o convite ao diagrama-
acostumados a “gerar conteúdo” em redes sociais. Tenho um pou-
dor, design, cara do layout, mina do layout que eu tanto admiro e
co de preconceito em falar de redes sociais, afinal, todos sabem
nunca tive talento para ser, criar a arte que traduza em uma única
usar, logo podem se oferecer para fazer uma marca se posicionar
imagem tudo isso.
nelas. Não é bem assim. Posso falar de mim, que ainda tenho mui-
Outra coisa, você pode ou não tomar o que está escrito como
tos cursos para fazer e muita experiência para acumular, mais isso
verdade, eu não aconselho. Mas, sempre poderei alegar que o
é um outro assunto.
seu conceito é diferente do meu. Danto RT em um dos meus
As novas formas de se vender um conceito de moda, estão
melhores amigos: Concordamos em discordar.
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MODA
NOVO E CRIATIVO! A ESSÊNCIA DO NOVO DEPENDE DO PROCESSO DE INSPIRAÇÃO E CRIAÇÃO, ALIADOS A BOA E VELHA MOTIVAÇÃO POR ADRIANA TOTTER
O novo que vem do velho, reciclado com cara de novo e, no fim, tudo começa do velho. A moda procura constantemente novas inspirações, novas proporções, novos sentidos, mas quando nos deparamos com o mercado, o que enxergamos é uma leva de pessoas uniformizadas, seguindo as mesmas tendências, que, por sua vez, foram inspiradas em momentos vividos pelos seus
FOTOS DIVULGAÇÃO
ancestrais épicos da moda. E por que, no meio de tantas pessoas, poucas ousam sair do
Nesta edição vou elogiar um trabalho que venho acompanhan-
ciclo tendência-da-nossa-moda-glamourosa? Então pergunto: de
do e opino como cheio de autenticidade e essência da estilista em
onde vem o novo? O que são as pessoas criativas? A resposta é
manter seu estilo muito bem caracterizado, transformando em uma
simples. Ele nasce dentro de você. No momento em que você
linguagem gostosa de se identificar e vestir alegremente suas roupas.
está sentindo alegria ou tristeza, a leveza ou o peso da vida. Tudo depende do seu olhar sobre a vida e o que ela te traz como inspiração. Parece poesia, e é isso mesmo. Questionar sobre a capacidade de sentir o momento de ser criativo é uma forma de limitar a mente e deixar de acreditar na capacidade de fazer algo novo, algo que tenha a sua cara, a sua crença e o seu momento. Existem pessoas que se identificam com o seu olhar e vão gostar da sua criação. Com esse intuito de valorizar o novo, dar espaço para o nãoconvencional, proponho apresentar dicas para se inspirar e achar o seu lado criativo, seu lado novo, mostrando que todos têm seu lugar neste mundo tão infinito, com tantos olhares diferentes sobre a mesma coisa. Imagens que nos libertam em busca de algo que está aos olhos nus.
Vale visitar o site para ter como referência de estilo próprio e muita criatividade ao montar seu próximo cenário de primavera-verão. Para quem viajar para Londres, não deixe de visitar a loja. site http://www.orlakiely.com/
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poás
tartan
peles, pelúcias, pelos e plumas
FOTOS DIVULGAÇÃO
animal print
MODA
Hit entre os fashionistas há algu-
Visto em alguns desfiles e citado
Parecido com o xadrez, ele possui
Influência dos anos 50, em pro-
mas estações, hoje o leopardo já
como o novo penteado fashion.
jogo precioso de tramas e cores.
postas localizadas ou bordadas,
é considerado um clássico do séc.
São forte tendência para o inverno.
Popularizado pelo kilt escocês, o
as bolinhas decorativas aparecem
XXI. Estilistas como Juliana Jabour,
Franjinhas, repicado, embaraçado
tartan ganha reforço no street-glam
para divertir o look. É bacana
Mary Zaide e Victor Dzenk apre-
ou em camadas. São utilizadas
em versão lurex. Revival do grunge,
porque o poá se adapta à todas
sentaram a animal print em novas
como detalhe ou na peça inteira e
ele está presente em calças, cami-
as mulheres - tanto as magrinhas
versões em sedas, tricôs e peles.
podem ser encontradas em roupas
sas, saias, casacos e cachecóis.
quanto as cheinhas -, só cuidando
Detalhe que a estampa animal
bolsas e sapatos.
Peça chave para a estação.
no tamanho das bolinhas. Você
deixando o contexto do look ainda
fecto, e fazer um mix com leopardo,
mais interessante.
para deixar o look mais moderno.
Ao que tudo indica a balmania con-
Destaque na cartela de cores do
quer estilo. O couro sempre ocup-
tinua. A tendência de ombros es-
inverno 2011, passou nas pas-
ou seu lugar na moda intitulado
truturados voltou a ser destaque.
sarelas de moda de NY em mais
como elemento atemporal. Apa-
Além das ombreiras podemos
de vinte desfiles e nas mais varia-
rece em cores variadas, podendo
ver drapeados ou aplicações em
das peças. Desde acessórios até
estar em acessórios, calças, shorts,
pelúcias e metais. Super bacana!
calças e blazers. Do tricô ao couro.
saias, jaqueetas ou até mesmo
O importante é saber montar
em pequenos datalhes da peça.
looks e ousar no vermelho.
WINTER 2011 POR EMILY BETIOL
É um item que combina com qual-
TREND
vermelho
pode combiná-lo com jaqueta per-
ombros marcados
aparece em acessórios
couro
também
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fotografia Edu Beltramini e Fabi Cenci styling e produção de moda Felipe Brockveld e Fernanda Camila beauty Melissa Trierweiler modelo Bianca Pettenati
21 | WAZAP
pรกg. anterior Peignoir renda, r$3 Malas couro, r$4 Coturno couro, r$3 Camisete cetim, r$2
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Blusa seda, r$3 Saia helanca, r$2 Cinto couro, r$1
Blusa poliester, r$1 Shorts denim, r$3 Cinto couro, r$1
Vestido renda, r$4
Saia l達, r$5 Camisa sarja, r$2 Jaquetinha popeline, r$3
Camisa organza de seda, r$3 Vestido organza de poliester, r$2 Lenรงo organza de poliester, r$1
Smoking gabardine, r$15
fotografia Edu Beltramini e Fabi Cenci styling e produção de moda Joice Schmidt beauty Laís de Matos modelo Alana Tamanini
pĂĄg. anterior casaco AmitiĂŠ jaqueta H.A.N.D saia Marcussoon blusa e colete H.A.N.D saias Joice Schmidt cinto Acervo
blusa e colete H.A.N.D shorts Joice Schmidt lenรงo Acervo
vestido e casaco H.A.N.D bota Luz da Lua
vestido Joice Schmidt jaqueta H.A.N.D casaco AmitiĂŠ cinto Acervo
jaqueta Fernanda Wachholz casaco AmitiĂŠ shorts e meia Acervo
vestido Joice Schmidt blazer H.A.N.D
blusa H.A.N.D calça Amitié
Agradecimentos Studio Marcussoon Grendelli blusa em renda H.A.N.D saia AmitiĂŠ colete H.A.N.D
alfaiataria
FOTOS DIVULGAÇÃO
duffle coats
capuz
xadrez
MODA
Apareceu outra vez, com for-
Presente em vários desfiles, ele
Usados na 2ª guerra mundial pela
A alfaiataria nunca esteve tão
ça total e em todas padrona-
aparece
Os
marinha britânica, eles aparecem
em alta, porém ela vem total-
gens:
tartan, madras, vichy e
destaques são os de malhas.
construídos em diversos tecidos
mente reinventada e com cor-
príncipe de Gales. O legal é
Combine e brinque com sobre-
e texturas. Como é um casaco
tes precisos. O legal é brincar
combinar
peças
posições e peças de alfaiataria
super pesado o ideal é usar com
com
mais sóbrias, lisas. Por exemplo:
dando um equilíbrio ao look.
uma calça de corte mais slim.
porém mantendo certo cuidado.
se for usar uma camisa xadrez use com calças de alfaiataria e blazers em cores neutras (bege,
étnico Muita
estamparia
TREND
folclórica
e
volumes,
WINTER 2011 POR BRUNO CAPASSO
camel
paleta de cores camel, cinza).
proporções
trench coats
outras
urbanizado.
calças
com
bem
e
A paleta de cores camel foi novi-
A calça surge com o gancho
Vêm mais fortes do que nunca!
étnica no próximo inverno. A dica
dade nas passarelas brasileiras.
baixo, mais ampla e confortável,
Foram usados pelos militares na 1ª
é usar apenas uma peça para não
Experimente
cores
com o comprimento deixando
guerra mundial. A capa de chuva
cometer erros.
neutras com outras mais quen-
à mostra o tornozelo. Nunca
de hoje aparece com abotoamento
tes, iluminando o look e criando
usar com peças folgadas em
duplo, diversas texturas e ajustada
um contraste bem interessante.
cima, evitando achatar a silhueta.
ao corpo. Até com jeans ela cai bem.
combinar
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MODA
HOMENS EM OBRAS A VISÍVEL MUDANÇA NO COMPOTAMENTO MASCULINO VISTA E ANALISADA DE PERTO POR GREGORY MARTINS
Em poucos anos a silhueta masculina abandonou a monarquia do estilo clássico e se adaptou às necessidades do homem contemporâneo. Transformou-se em um ambiente versátil e desejado. A evolução da moda masculina se deu pelo desenvolvimento de um público inovador, sedento por novidades e interessado na efemeridade do sistema de moda. Afinal, qual é o impacto no mercado brasileiro? Há pouco tempo uma camiseta rosa usada nas ruas recebia olhares de desagradável reprovação. O abismo que dividia a margem convencional à margem inovadora diminuiu muito lentamente. O homem do novo século
comercializado amplamente. Estes grupos altamente segmenta-
aprendeu a questionar padrões na hora de se vestir e tomou cora-
dos representam grande parte das coleções da indústria de moda.
gem para experimentar o impensável. O corte reto estabeleceu
O produto derivado destas pesquisas não é somente uma peça,
para os homens a diferença básica entre suas peças e as peças
mas uma representação do consumidor que agora recebe papel
femininas. O armário masculino foi munido de jeans, camisas, cin-
fundamental na confecção.
tos e sapatos caramelo. O homem convencional é a figura domi-
Uma tribo em especial reviveu no novo século a ideia de co-
nante no mercado brasileiro e, como tal, controla o padrão de
letivo baseado em interesses compartilhados. Embora sob críticas
consumo massificado. Para compreender este modelo de mer-
fervorosas, os adeptos do emo promoveram um remix de estilos,
cado basta sair às ruas. Em meio a camisetas de estampa frontal e
comportamentos e hábitos, e instituíram uma identidade palpável
bermudas cargo é possível notar um homem confortável em seu
que percorreu longas distâncias. Seu consumo representou o sur-
patamar de consumo.
gimento de novos nichos de confecção e produtos relacionados.
O contraponto é formado pelo público inovador que
É possível dizer que o movimento emo é parte integrante e ativa
representa um grupo de pequeno porte. São homens em busca
do público inovador. Seguindo o exemplo de seus antecessores
de peças diferenciadas e, em especial, exclusivas. O que vestem
rebeldes, os mais jovens expõem seus hábitos de forma voraz e
transmite seus interesses, personalidade e permite a observação
criam uma pressão social impossível de ser contida. O resultado
do grupo social ao que pertencem. Tal grupo é organizado e con-
é a absorção de novos conceitos e compartilhamento de novos
centrado em seus membros-destaque, responsáveis, estes, por
padrões por parte da sociedade.
definir o padrão estético de todos os membros. Assim, os mem-
Sem dúvida o homem convencional assistiu à queda do jeans
bros mais visados estabelecem quais peças devem ser utilizadas e
reto e sua substituição por diversas modelagens e lavagens. O
quais outras recebem reprovação.
mercado comum que torna possível a intersecção dos públicos se
Baseadas na trajetória dos anos 80, as tribos urba-
concentra nas grandes redes de fast fashion. Este fornecedor de
nas são o foco de pesquisa para grifes de grande porte. Através
peças em massa e de baixo custo possibilita a escolha de diversos
de seus hábitos um sistema claro é traçado, interpretado e
estilos.
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MODA
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A exaltação da individualidade vem ganhando espaço em ritmo acelerado, uma vez que os hábitos contemporâneos envolvem menos tempo em convivência coletiva. Mesmo com esforços grandiosos, o homem inovador representa baixa demanda É claro o desejo de diferenciação entre o público convencional e inovador. Surge neste atrito uma aspiração em superação de limites. No entanto, embora o cenário nacional pareça absolutamente disposto aos novos conceitos, seu público alvo permanece o mesmo. Certamente a esperança que a nova silhueta mascu-
CROQUI: MAYARA SOARES
e, muitas vezes, torna-se um garimpeiro de seu próprio estilo.
lina cria na moda, em geral, chama atenção para novos estudos.
EMBORA O CENÁRIO NACIONAL PAREÇA ABSOLUTAMENTE DISPOSTO AOS NOVOS CONCEITOS, SEU PUBLICO ALVO PERMANECE O MESMO Contudo, a moda masculina precisa evoluir dentro de si mesma para, consequentemente, expandir. Como disse Vitor Angelo: “Queria que a moda masculina fosse apenas moda”. E, sem dúvida, será fascinante!
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COTIDIANO
urban
output
‘f styling e protografia Edu Beltram in odução de moda Rafae i e Fabi Cenci l Antô modelo Rein aldo Francis nio e Fabio Garcia co
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style
COTIDIANO
jaqueta de couro Acervo moletom AMP calรงa saruel Young Spirit coturno Doc Martens 47 | WAZAP
camisa ZARA cinto Acervo short Young Spirit meia Acervo sapato ZARA
jaqueta jeans Coca-Cola Clothing
chapéu Acervo blazer Diesel t-shirt AMP calça Acervo
chapéu Acervo blazer Diesel t-shirt AMP calça Acervo coturno ZARA
jaqueta de couro TNG camisa Fock t-shirt McQueen Love’s K T calça Coca-Cola Clothing
jaqueta de couro TNG camisa Fock t-shirt McQueen Love’s K T calça Coca-Cola Clothing lenço Acervo
jaqueta perfecto couro Acervo t-shirt Acervo
por VITI-VICTOR GROSMAN (www.vitiworks.com)
COTIDIANO
DREADS NUNCA MAIS! POR BRUNO VINÍCIUS
Então alguém me falou que o negócio do momento era implante: “você só compra os dreads, e paga mais alguma coisa pra colocar. Depois é só fazer manutenção mensal e mudar o sobrenome pra Marley”. Mudar o sobrenome eu disse que não iria, e comprar os cabelos também não, já que quando ouvi o preço pensei em mudar mesmo foi de vida. A facada era muito forte e pra um produto que poderia ainda vir com piolho. Estavam abusando da minha pessoa! Mas você sabe que quando Deus fecha um dread é para abrir outro! As portas do ônibus se abriram e, quando entrei, a primeira coisa que vi depois do meu cartão esgotado, foi a provisão divina, sentada ali, no ônibus da zona sul. Sentei no banco de trás, abri a mochila e não pensei duas vezes antes de tirar a tesoura. - Shiclefaff! O primeiro já foi – pensei. Olhei ao redor e fiz sinal de silêncio pra uma senhora muito velhinha que estava no banco ao lado e que me olhava assustada, como se ela nunca tivesse visto um ladrão de dreads. E nunca havia mesmo, eu era o primeiro! Só faltava cortar mais cinco, fechar a mochila (já quase cheia), puxar a cordinha e descer. Mas não deu. Alguém deixou cair um guarda-chuva no fundo do ônibus -talvez de propósito-, o que fez muito barulho, por causa do chão de metal. Muita gente olhou pra trás, inclusive o cara dos dreads, já semicalvo. A tesoura na mão me incriminava, e a passada de mão que ele deu na cabeça, como quem confere o estrago, me delatou um pouco mais. Antes de ele falar alguma coisa, eu, com muita FOTO DIVULGAÇÃO
Dreads eu já tive umas três vezes, namoradas não tantas! Porque é bem mais fácil enrolar os cabelos do que as mulheres – elas enrolam você! Pasmei quando vi que era moda ter dreads, e que eu assim, careca, estava profundamente brega e fora das tendências mundiais de Paris, Milão e Floresta. O mundo estava todo trançado e eu cada vez mais careca e desatualizado. Pensei: “vou fazer dreads”! Mas, como quem se lembra da via cruzes, desisti rapidamente da ideia; o tempo que demora pra crescer e o aspecto que a gente fica quando o cabelo está no meio do caminho – nem grande nem pequeno – é, digamos, difícil.
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simpatia, perguntei: -E aí? Dá muita coceira à noite? Ele não respondeu. Olhou-me com cara de quem ia arremessar alguém pela janela do ônibus, o que graças a Deus não aconteceu. Foi pela porta mesmo! Ainda no chão, meio machucado e muito careca, pensei comigo: -Dreads nunca mais! E tratei de ir procurar uma namorada, que na hora me pareceu muito mais seguro.
COTIDIANO
EM TORNO DA MÚSICA POR JEFFERSON LUCHTENBERG
Uma existência em torno da música. Letras e melodias criadas a partir da contemplação da natureza humana. Sem regras, mas repleta de vontade de traduzir a livre expressão em arte. Essa é a vocação da banda joinvillense Circus Musicalis, formada por Cleiton Profeta, Paulinho Dias e Fabio Cabelo. O nome veio do latim e significa algo como “em torno da música”, e, por isso mesmo, o trio lança mão do que for necessário, porém original, na hora de se comunicar com o público. Em suas apresentações há flertes com teatro, dança, cinema e até artes plásticas. Desde 2001, com a ajuda de colaboradores, já montaram cinco espetáculos teatrais. Neles se misturam todas essas diferentes vertentes numa grande brincadeira de cores, luzes e sombras. Além desses espetáculos pontuais, a banda mantém uma agenda para shows exclusivamente musicais. Para isso, são somados Rafael Vieira, Marcelo Rizatti e Vagner Magalhães. ESPETÁCULOS Cantos (2001 e 2006- remontagem) | Cordas em Tempos (2002) | Alegoria do Sonho (2003 e 2004) | Ao Tempo (2005) | Veja Você Mesmo (2007 e 2008) FAZENDO ARTE Quem pensa que Joinville é um Oásis no cenário cultural do estado, por seu grande Festival de Dança - de repercussão internacional -, está enganado. A vocação industrial da cidade torna a tarefa de “fazer arte” em algo complicado. Justamente por essa dificuldade é que o Circus Musicalis se destaca ainda mais. O grupo nunca usou recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, e sempre bancou seus espetáculos teatrais com patrocínios de empresas privadas ou recursos próprios. “Seria melhor que os montantes destinados à Lei de Incentivo à Cultura fossem usados na melhoria da estrutura cultural da cidade, investindo em nosso teatro municipal, por exemplo”, explica Cleiton Profeta. Comprovando seus esforços, a Circus lotou, por duas noites consecutivas, o Teatro Juarez Machado. NOVO ESPETÁCULO Uma nova peça está sendo escrita e a previsão de lançamento é para o segundo semestre. O nome ainda é segredo, mas Cleiton revela alguns detalhes: “usaremos ainda mais os recursos de vídeo e contaremos com apenas um ator em cena”, confessa. O Hippie Industrial, personagem da última peça (Veja Você Mesmo), volta para dessa vez
PARA CONHECER MAIS No twitter: @cleitonprofeta No Facebook: você pode curtir a página Circus Musicalis Para ouvir: http://palcomp3.com/circusmusicalis Para ler: http://circusmusicalis.blogspot.com
para abordar a filosofia das mesas de bar. O roteiro está no processo de finalização, e os vídeos que serão usados na montagem já começaram a ser gravados. 57 | WAZAP
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COTIDIANO
A ARTE IMITANDO A VIDA
CONHEÇA O MOVIMENTO DO CINEMA FRANCÊS DOS ANOS SESSENTA QUE CONTESTOU O PADRÃO CINEMATOGRÁFICO DA ÉPOCA POR ELENA LOUISE
Godard e François Truffaut) resgataram a naturalidade nas filmagens, tornando essa uma característica marcante do estilo: deixar que a vida fosse revelada na película. A Nouvelle Vague, assim como grande parte dos movimentos artísticos da história da humanidade, nasceu como protesto. Na época, o cinema acadêmico era predominante e os filmes basicamente comerciais. Contra isso, a nova onda surgiu e permaneceu como a voz das questões existenciais. Um cinema de produção livre, que criticava as produções comerciais francesas e realizava obras de baixo custo, rejeitava o cinema de estúdio e regras narrativas.
EM PARIS NÃO É UM FILME SOBRE A TRISTEZA, E SIM SOBRE AS ALEGRIAS DO REENCONTRO EM MEIO À CRISE Na
atualidade
podemos
homenagem a Nouvelle Vague. O longa retrata um dia na vida de uma
A verdade é que poucas – pouquíssimas – pessoas vão viver
família - um pai e seus dois
aqueles momentos de final de filme, nos quais desilusões amo-
filhos, cada qual com sua
rosas são facilmente dissolvidas em um romântico discurso nos
desesperança. Mas Em
últimos momentos de um longa metragem, onde tudo acontece
Paris não é um filme so-
da maneira incomum, para não dizer irreal. Esse é o escape dos
bre a tristeza, e sim sobre
sonhos humanos incontidos: a arte. Mas erra quem pensa na arte
as alegrias do reencontro
apenas como forma de escape das aspirações humanas. Sem estas
em meio à crise na visão
limitações foi que nasceu um dos muitos estilos de fazer cinema.
realista de que as coisas
A chamada Nouvelle Vague (Nova Onda) foi um movimento
não podem se resolver
do cinema francês dos anos sessenta que, além de contestar o
em um passe de mágica.
padrão cinematográfico da época, trazia à tona um novo estilo de
Nesse contexto, a vida é
arte: a arte de encontrar e mostrar a verdade das coisas; sendo
enquadrada nos padrões
que muitas vezes, essa verdade – puramente humana- é carregada
mais realistas e conflituo-
por tabus e temas tão confusos quanto a própria mente do ser
sos, sem deixar de ser bela
humano. Os diretores dessa “nova onda” ( entre eles Jean-Luc
e sem deixar de ser arte.
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contemplar
esse
estilo
no
filme Em Paris (Dans Paris), considerado pela crítica uma
COTIDIANO
ECLÉTICO NÃO! ATÉ QUE PONTO PREFERIR ESSE OU AQUELE ESTILO PODE INFLUENCIAR NA SUA VIDA SOCIAL POR CAROLINA CEZARI DE AQUINO
Seria tão difícil assim escolher algo entre os milhares de opções que existem hoje no universo musical? Não que você precise especificar a ponto de criar um estilo próprio ou dar uma de Mister Diferente dizendo que só ouve “Indie Rock Pós-punk com toques de Hardcore Melódico”. O grande X da questão aqui é: não tente dar uma de legalzão só para agradar Deus e mundo, você não gosta de tudo! Quando perguntarem suas preferências musicais, simplesmente cite fontes. Pode ser nome de banda, nome de artistas, nem que seja nossa amiga Britney! Pois uma coisa eu lhe digo. Em um universo onde cada vez mais fica difícil encontrar alguém com personalidade, é preferível ter um amigo que é fã assumido de Ivete Sangalo a ter um amigo que me acompanhe em noites de rock, mas que está sempre pronto para o próximo pagode com a turma dos “ecléticos”.
Não, eu não estou querendo terminar de vez com a diversidade na face da terra. O desabafo aqui é sobre aqueles caras que usam “eclético” como sinônimo da palavra tudo. Sim, exatamente! Não entendo esses figuras que chegam no meio da roda achando que são as pessoas mais legais do mundo e dizem “cara, eu sou eclético, gosto de tudo um pouco, não tenho frescura com música, vou do pagode até o roque pesado”. Olha, até onde eu sei, personalidade ainda não começou a ser chamada de frescura. Gosto musical a gente cria de acordo com aquilo que combina com a gente. É claro que também existem as influências, tem o gosto de seus amigos, pais, irmãos. Talvez até mesmo uma pitada de algum estilo de música inusitado que você ouviu uma única vez num reino muito, muito distante. Mas nada disso tem a ver com frescura – palavrinha, aliás, que me faz querer voar no pescoço do indivíduo. E aquele amigo que chega convidando todo mundo pra ir à balada sertaneja? “Sabe como é pessoal, quando a companhia e o astral são bons, não importa a música”. Whatahell? Por melhor que seja a companhia, essa música horrível vai estar adentrando meus ouvidos e pior, mexendo com meu humor. Bom, eu não sei você, mas eu pelo menos, quando ouço música ruim por muito tempo tenho a leve tendência a querer me jogar pela janela. Quero deixar bem claro, aqui, que não faço apologia nenhuma às mentalidades fechadas que veneram apenas um tipo de som ou até mesmo ideologia. Sou totalmente a favor das diferenças culturais e acho, inclusive, louvável que exista música boa e ruim (na opinião de cada um). O que me causa irritação profunda é esse povo que acha lindo dizer que gosta de tudo. Oras, qualquer pessoa com o mínimo de personalidade sabe que isso é humanamente impossível. Claro que se pode ter um gosto misturado e até mesmo contraditório – o que seria, de fato, o significado da palavra eclético. Mas o que me dói os ouvidos é a maldita palavra “tudo”. Existe palavra mais abrangente que essa no mundo? Se você gosta de tudo em música eu sou obrigada a pensar que você gosta de tudo em tudo, e aí, meu amigo, sua personalidade foi deixada em um lugar bem longe onde nem mesmo você consegue mais resgatá-la.
punk rock sertanejo pagode axé instrum samba rock techno pop dance house emo core punkrock sertanejo pagode axé ins mental samba rock techno pop dance hou emo hardcore punk rock sertanejo pagod instrumental samba rock techno pop dan house emo hardcore punk rock sertanejo gode axé instrumental samba rock techn dance house emo hardcore punk rock ser tanejo pagode axé instrumental samba r techno pop dance house emo hardcore pu rock sertanejo pagode axé instrumental ba rock techno pop dance house emo har punk rock sertanejo pagode axé instrum samba rock techno pop dance house emo core punk rock sertanejo pagode axé in mental samba rock techno pop dance hou emo hardcore punk rock sertanejo pagod instrumental samba rock techno pop dan house emo hardcore punk rock sertanejo gode axé instrumental samba rock techn dance house emo hardcore punk rock ser tanejo pagode axé instrumental samba r techno pop dance house emo hardcore pu rock sertanejo pagode axé instrumental ba rock techno pop dance house emo har punk rock sertanejo pagode axé instrum samba rock techno pop dance house emo core punk rock sertanejo pagode axé in mental samba rock techno pop dance hou emo hardcore punk rock sertanejo pagod instrumental samba rock techno pop dan house emo hardcore punk rock sertanejo gode axé instrumental samba rock techn dance house emo hardcore punk rock ser tanejo pagode axé instrumental samba r techno pop dance house emo hardcore pu rock sertanejo pagode axé instrumental 59 | WAZAP ba rock techno pop dance house emo har punk rock sertanejo pagode axé instrum tal samba rock techno pop dance house
COTIDIANO
HÁ 40 ANOS... POR CLEITON PROFETA
Os anos 70 já não eram algo tão novo assim, os Beatles tinham
Stevens, que agora lança o ‘Teaser and the Firecat’, mas ele ainda é
acabado, “Have You Ever Seen the Rain?” tocava no rádio dia e
Cat Stevens”! “Quer viajar? Já ouviu ‘200 Motels’, do Frank Zappa?
noite, o Brasil já era tricampeão mundial de futebol, Eric Clapton
É experimentalismo demais? Que tal, então, o ‘L.A. Woman’, do
já havia lançado, com sua então banda, Derek and the Dominos, o
The Doors? Tem também o ‘Meddle’ do Pink Floyd. Se gostar de
espetacular “Layla and Other Assorted Love Songs”, e a década se
progressivo não perca ‘The Yes Album’, do Yes”! “Prefere viajar
mostrava rapidamente como a mais criativa no mundo da música.
no virtuosismo? Tente o ‘Pictures At An Exhibition’, do Emerson,
O ano era 1971, e uma avalanche de álbuns que ficariam para
Lake & Palmer”! “Gosta de rock? Do bom e velho rock? Os Stones
a eternidade tomava proporções inimagináveis! Foi em 1971 que o
estão lançando um de seus melhores álbuns, o famoso ’Sticky Fin-
Jethro Tull lançou o supremo “Aqualung”. No mesmo ano a banda
gers’. Isso mesmo aquele do zíper”... Há também o Rod Stewart
America dava as caras com seu disco homônimo. Quem nunca
com o “Every Picture Tells A Story”, quer mais peso? Ele gravou
foi à um barzinho e repetiu o “la, la, la” do refrão de “A Horse
com o Faces o “A Nod Is as Good as a Wink to a Blind Horse”,
With No Name” cantada ao violão? Janis Joplin tinha morrido de
disco que vai se tornar influência para a geração punk que virá
overdose no ano anterior, mas foi em 71 que “Pearl”, seu disco
daqui a alguns anos. Falando em peso, já ouviu o “Who’s Next” do
mais conhecido, foi lançado. O Walt Disney World foi inaugurado,
The Who? Quer algo mais leve? Don McLean acaba de dar à luz
mas nem tudo eram rosas. Charles Manson era notícia e a Guerra
“American Pie”, e Elton Jhon lança o seu melhor disco: “Madman
do Vietnã se arrastava, porém ainda havia a ingenuidade dos anos
Across The Water”!
60 no ar, e sim, muita bandas achavam que iam mudar o mundo.
O quê? Os brancos dominaram a indústria da música? Onde
E mudaram! John Lennon lançava “Imagine”, imaginem: isso foi
estão os negros sempre tão geniais? Em 1971 foi o Ano Interna-
há 40 anos! Penso, agora, como seria hoje eu escrever um artigo
cional da Luta contra o Racismo e a Discriminação Racial, e Marvin
sobre a música no mundo em 1971 no melhor estilo “Back to
Gaye lança um dos discos mais aclamados de todos os tempos:
Future”: “O Led Zeppelin lança seu 4º álbum e tem uma música
“What’s Going On”! O Sly & the Family Stone está nas lojas com
épica que vai ficar na história, o nome dela é ‘Starway To Heaven’.
“There’s A Riot Goin’ On”; Você já ouviu esse? Não? Deveria!
Aposto que até 2011 esse disco venderá 24 milhões de cópias”!
Aproveite e compre também o “Maggot Brain” do Funkadelic.
“Esse é o som da moda. O Black Sabbath é a banda do momento,
Ainda este ano o Jacksons 5 lançam dois discos: “Maybe Tomor-
e seu “Master of Reality” é, sem duvida, mais uma obra prima.
row” e “Goin’ Back to Indiana”. É mole? Você ainda não ouviu a
Para quem é fã do estilo tem também o novo do Deep Purple:
Tina Turner cantando “Proud Mary” na rádio? Gosta de cantoras?
‘Fireball’”. “Sobrou dinheiro para comprar mais um disco? Alice
Carole King lançou o “Tapestry”...
Cooper lançou o clássico ‘Love it to Death’. E aproveite, pois to-
Não citei todos? Verdade! O David Bowie veio com o estu-
das essas bandas estão no ápice da carreira com suas formações
pendo “Hunky Dory”. Sim, faltou também o David Crosby que
clássicas”! “Heavy Metal não é muito a sua praia? Já ouviu o novo
lançou o charmoso “If I Could Only Remember My Name”... bem
do Bee Gees? Chama-se ‘Trafalgar’. Aposto que daqui a 40 anos
lembrado! O quê? Você mora no Brasil e nessa época os discos
seus filhos cantarão ‘How Can You Mend a Broken Heart’ em um
levam anos para chegar, pois praticamente não entra produto im-
videoquê”. “Não sabe o que é um videoquê? Está vendo... todo
portado no país devido ao tal do protecionismo? Aqui no Brasil
mundo é mais feliz em 1971! Falando em felicidade, não pode
um maluco montou um a tal de “Sociedade da Grã-Ordem Kav-
morrer feliz quem nunca escutou ‘Tea for the Tillerman’, do Cat
ernista”. Aposto que ele vai fazer sucesso em breve dizendo ser
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COTIDIANO
a “Mosca na Sopa”, no lado A, e fechar o lado B com uma épica
histórico: Construção. Caê está morando em Londres, mas “Lon-
reclamação do sucesso. E ele deveria sim estar contente! Mas cor-
don, London” será sucesso na década seguinte e não queiram nem
ram que essa sociedade vai sumir misteriosamente das prateleiras
saber com quem... O Brasil não seria Brasil sem as “Cartas de
assim como surgiu. O Robertão fez “Detalhes”. Tá certo que
Amor”, do Waldik Soriano, sem Luiz Gonzaga cantando “Ovo de
outros cabeludos tentarão, em vão, gravar essa música, mas ele,
Codorna” e sem a “Tonga da Mironga do Kabuletê”.
Robertão, não vai parar de cantá-la nunca. Falando em Robertão,
Como acredito que jamais poderei viver em 1971, penso,
aquele gordinho que deu as primeiras aulas? de violão pra ele lan-
então, como será se em 2051 me pedirem para escrever sobre
çou seu segundo disco que é o “ó do borogodó” (ou seria uma
a música no mundo em 2011. Pois é... poderei escrever que em
brasa?). Sem título, apenas Tim Maia vol. 2 e “Salve Nossa Sen-
2011 grandes discos estavam completando 40 anos...
hora”! O compositor de maior prestígio do país lança um disco
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ARTE
TATUAGEM, DA HISTÓRIA À REINVENÇÃO DA ARTE POR BRUNNA ZURLO
Ao desembarcar no Taiti, em 1769, o explorador e comandante inglês James Cook ficou abismado diante do que viu: uma sociedade inteira “vestida” apenas com os desenhos que lhes estampavam a pele. Cook, que antes já havia se deparado com hábitos completamente fora do convencional, ainda assim reservou um parágrafo inteiro de seu diário de bordo para a experiência: “Os índios injetam tinta preta na pele, deixando traços permanentes. (...) Todos exibem suas tattoows com muito orgulho”.
Tatuagens, a partir de então, eram relacionadas com bruxaria e
As “tattows”, como entendera Cook, na verdade se chamavam
consideradas práticas demoníacas e clandestinas, vandalismos ao
Tataus. O vocábulo polinésio imitava o som emitido pelo martelo e
próprio corpo e um ato de violência ao templo do Espírito Santo.
pelos ossos finos e pontiagudos utilizados para aplicar a tinta na pele.
Até mesmo no início da era cristã, quando os primeiros cristãos se
O registro de Cook deu origem ao nome que adotamos até hoje
reconheciam por sinais, cruzes, letras gregas e silhuetas de peixe
para uma prática que, segundo evidências arqueológicas, teve iní-
tatuadas, a existência das tatuagens permanecia sob sigilo absoluto.
cio em 4000 a.C. no Egito, na Polinésia, Indonésia, Nova Zelândia,
Em 1879 – pouco mais de um século após os registros fei-
nas Filipinas e demais civilizações beiradas pelo Oceano Pacífico.
tos por Cook e pouco antes da invenção do aparelho tatuador
Atualmente, a tatuagem é uma das formas de modificação
elétrico -, o governo da Inglaterra adotou a tattoo como uma
corporal mais conhecidas, polêmicas e cultuadas do mundo. Uma
das principais formas de identificação de criminosos. A práti-
das artes que mais carrega história, expressão e uma variedade
ca ressurgiu e ganhou, como brinde, uma forte conotação de
de propósitos, técnicas, resultados e significados junto aos quatro
marginalidade em todo o ocidente. Apesar disso, durante a
cantos do planeta e das inúmeras fases vividas pela humanidade.
Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945), os soldados e marin-
Apesar de sua origem inglesa, James Cook chocou-se com
heiros passaram a gravar os nomes de pessoas amadas, símbo-
as tatuagens exibidas orgulhosamente por aquele povo. Irônico,
los e legendas como forma de carregar sempre consigo as re-
uma vez que a prática de pigmentar a pele já existia na Europa
lações, situações e lembranças que não gostariam de esquecer.
há pelo menos um milênio. A surpresa do desbravador teve mo-
Era um momento crucial para a história da tatuagem. A prática
tivos históricos. No ano de 787, o Papa da Igreja Católica proibiu
deixava de ser exclusividade entre pagãos e criminosos e passava a
que qualquer tatuagem fosse feita, não importando sua natureza.
estampar a pele de homens que se tornariam símbolos de bravura
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ARTE
NA FOTO: KAT VON D, TATUADORA E TATUADA, ESCONDEU SUAS TATUAGENS NA CAMPANHA PUBLICITÁRIA DA LINHA DE PRODUTOS COSMÉTICOS QUE LEVA SEU NOME. SOBRE A EXPERIÊNCIA, KAT AFIRMOU QUE SE VER SEM AS TATUAGENS FOI UMA DAS EXPERIÊNCIAS MAIS ESTRANHAS DE SUA VIDA: “ERA COMO SE NÃO FOSSE EU, COMO SE TIVESSEM APAGADO UMA PARTE DE QUEM EU SOU”.
soas como uma forma de expressão de arte, estética e ideologia. Já
tomado
por
esse
espírito,
Knud
Harald
Lucky
Gegersen, um artista ilustrador dinamarquês, que aprendeu as técnicas de tatuagem com o pai, chegou ao Brasil em 1959 com um objetivo: botar em prática por aqui o que havia aprendido. Mr. Tattoo Lucky, ou simplesmente Lucky, marcou a história. Lucky estabeleceu-se em Santos, São Paulo, e incluiu o FOTOS DIVULGAÇÃO
Brasil no mapa da tatuagem moderna. Seu trabalho, considerado uma arte exclusiva e revolucionária no país, foi noticiado nos principais jornais e, após sua morte em 1983, passou a ser disseminado e aperfeiçoado por sua massa de seguidores brasileiros. Hoje, assim como nos demais cantos do mundo, sair nas ruas latinas e não encontrar um tatuado é uma tarefa cada vez mais difícil. A cada dia surgem novos adeptos, nos mais diversos níveis, de uma arte que, há mais de 4000 anos uti-
e coragem. Deixava de ser uma marca apenas de pecado, rebel-
liza a pele como expressão. Expressão de personalidade in-
dia e infração e passava a guardar memórias e sentimentos. Um
dividual, de personalidade conjunta, relacionamentos, ideo-
novo conceito surgia e a nova aplicação dada as tattoos dava início
logias, acontecimentos marcantes (sociais ou biológicos),
à reinvenção da tatuagem enquanto arte no ocidente. Foi o pri-
espiritualidade, estética, modismo, identificação, admiração, re-
meiro passo de um caminho que trilhamos até os dias de hoje. Um
beldia, de infinitas outras possibilidades ou, simplesmente, de arte.
caminho no qual agora, mais do que nunca, o preconceito se torna
Os temas são infinitos, tanto quanto as personalidades
um adorno obsoleto e as tatuagens passam a ser ostentadas com
e as histórias de vida dos tatuados e dos tatuadores. E, uma
UMA DIVERSIDADE TÃO GRANDE QUE NENHUMA TEORIA – SEJA ELA PSICOLÓGICA, PSICANALÍTICA, RELIGIOSA, ANTROPOLÓGICA OU MÉDICA - CONSEGUE EXPLICAR
arte que já foi insistentemente marcada, fosse por paganismo
o mesmo orgulho identificado por Cook nos taitianos em 1769. As
tatuagens,
pouco
a
pouco,
passaram
a
ou por marginalidade, hoje luta por uma visão cada vez mais livre de qualquer estigma ou pré-conceito social e histórico. Hoje, além de alinhavar momentos históricos intensos, a tatuagem faz parte da diversidade contemporânea e atemporal. Diversidade de classes sociais, de etnias, de idades, de
figu-
crenças e de pensamentos. Uma diversidade tão grande que
rar a pele de artistas, cantores, atores e pessoas co-
nenhuma teoria – seja ela psicológica, psicanalítica, religiosa,
muns. Uma das mais conhecidas e antigas body arts pas-
antropológica ou médica - consegue explicar o que, exatamente,
sou a dar o ar da graça em veículos de comunicação e em
leva o ser humano a deixar de lado o instinto natural de auto-
todas as camadas sociais. Dessa vez, não necessariamente ligada a
preservação e aderir à body art. Faz parte da diversidade e da in-
marginalidade, mas sim, vista por um número crescente de pes-
quietude humana por expressão. Da inquietude humana por arte.
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ARTE
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GO IN!
CONVIDAMOS TRÊS APAIXONADAS POR VIAGENS PARA NOS CONTAR COMO FORAM SUAS ULTIMAS EXPERIÊNCIAS EM TERRAS DISTANTES.
ARTE
IRLANDA
Por Carolina Cezari de Aquino
Em meio a Coliseu, Torre Eiffel e Big Ben fica difícil fazer sucesso no
continente europeu. Mas muito além de ter um clima peculiar, a Irlanda é dona de belíssimas paisagens, e também um bom ponto de encontro para quem quer se divertir. A República da Irlanda é um país que mistura a paisagem do campo com o mar. Ocupa um território que leva apenas 3 horas para ser atravessado de carro, mas, ainda assim, o tamanho do país não diminui sua grandeza, principalmente quando o assunto é diversão. Basta andar pelas ruas de Dublin, sua capital, para encontrar um novo pub a cada esquina, todos eles com aquele ar aconchegante, o que agrada as inúmeras pessoas recebidas por eles todos os dias. A diversão do irlandês começa cedo, logo após o trabalho o povo já está indo para os pubs, faça sol ou faça chuva - e olha que a chuva é acontecimento constante neste “pedacinho” de terra. Até na hora do almoço é possível encontrar pessoas fazendo suas rápidas
PARIS
refeições, sentadas em um pub, acompanhadas sempre de um bom copo de Guiness (a mais famosa cerveja da Irlanda).
Por Isadora Zendron
Ai, ai... Paris! Sabe todas aquelas coisas que todo mundo diz sobre Paris?
Quando estive lá foi isso e muito mais. Viajei em janeiro, final do inverno europeu, e, apesar de não parecer um bom momento - por causa do frio -, foi incrível! Os lugares não estavam cheios de turistas, andava muito e não morria de calor, a comida ficava mais apetitosa e as pessoas super estilosas. Fiquei oito dias na capital francesa, tempo suficiente para conhecer todos os pontos turísticos da cidade - e também os não tão turísticos assim. Se um dia for a Paris não deixe de fazer aquilo que é previsível, mas imperdível, como visitar a Torre Eiffel, o Arco do Triunfo, Louvre, Champs Elysées e a Basílica de Sacré Cœur, que são lugares belíssimos e nada decepcionantes. Se tiver tempo de sobra (e vontade de andar) não pode perder o Centro Pompidou e o bairro que o cerca. Outro passeio bastante interessante é nas Catacumbas, um lugar bastante pitoresco mas que vale a pena conhecer. São túneis subterrâneos que foram construídos para festas privadas da corte parisiense, e que já tiveram diversas funções, sendo que em meados do século XVIII se tornou um cemitério de ossadas que ficam empilhadas formando várias paredes. Todo mundo diz que Paris é mágica, e realmente é. Lugares lindos, pessoas muito bem vestidas, comida saborosa e muito romance no ar. Se for pra lá, tente ir além do que já é famoso, você não vai se arrepender.
Entre chuvas e copos de Guiness, pude aprender um pouco sobre a cultura irlandesa e conhecer um povo que não mede esforços quando o assunto é diversão. Se a torre Eiffel, o Coliseu e o Big Ben são mais famosos que as belas paisagens da Irlanda, deve ser porque quem vai pra lá se esquece até mesmo de voltar.
EUA
Por Vanessa Alves
Ilha do Alcatraz, localizada em São Francisco, na Califórnia, é um
forte ponto turístico da região. Conhecida por ter sido base militar na Guerra Mexicano-Americana, também é famosa pela prisão de segurança máxima nela construída, e pelos criminosos lá condenados, como: Al Capone, Robert Franklin Stroud, Alvin Karpis e Frank Morris. Ao chegar ao Alcatraz, os turistas recebem um walkman para que, através de uma gravação - que pode ser em inglês ou em espanhol -, sejam guiados às celas e demais áreas da prisão. Assim, não somente visitam como também desfrutam da história que a envolve. Pra quem aprecia cultura e aventura, assim como eu, é um excelente roteiro de viagem! Mesmo porque, depois de um dia inteiro na ilha, caminhando poucos quilômetros você pode relaxar em algumas das belas praias que circundam o local.
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ARTE
VELHAS DISCUSSÕES REFLETIR DE UMA MANEIRA QUE VAI MUITO ALÉM DAS FRONTEIRAS DO VISÍVEL E TRANSPASSA TODOS OS LIMITES TANGÍVEIS É O DESTAQUE PARA O DESIGNER POR MARLON TOMIO O NOVO! Como falar sobre o novo em um cenário tão inovador e concorrido em que nosso mundo vive? A resposta é mais óbvia do que o próprio design: mudando o foco, ousando e criando conceitos. Sim, algo que deveria ser obrigatório e a base de todo o conjunto de regras na defesa de projetos de design. Sair da zona de conforto e da superficialidade para atingir exata-
Veja o caso da BRASTEMP, que lançou uma linha de produtos
mente o alvo real de cada criação e projeto. Mas como fazer isso
personalizáveis ao gosto único de cada cliente, por meio de 19mil
se continuamos sempre rodando em círculos com as mesmas dis-
possibilidades de combinações, que vão desde as cores à posição
cussões? Logotipo ou logomarca? Design é ou não é ilustração?
dos módulos que compõem os produtos. Este é um exemplo de
Portifolio, portfolio ou portfólio? Micreiros devem ter seu espaço
conceito que vai muito além de um objeto esteticamente bem
ou não? Design é arte ou não? WeDoLogos funciona ou denigre a
resolvido, e permite que uma característica social seja trabalhada.
profissão? Com tanta carência no mercado devemos parar com
Não é apenas produzir. É produzir com inteligência.
todas essas discussões que não criam valores - nem geram re-
Poderia falar, também, da Apple e de seu conceito de simplici-
sultados - e olhar para o centro do problema; ser sinceros com
dade, assim como o Google, mas creio que eles já tenham entrado
nós mesmos e assumir que, muitas vezes, queremos apenas ser
na categoria de velhas discussões, já tão amplamente exploradas,
estrelas de um show, quando somos, na verdade, apenas parte
comentadas e que já devem ter ensinado muito aos que estão
integrante de um objetivo muito maior, que é buscar soluções
atentos. Ao invés disso, vamos às coisas mais simples.
coerentes que tragam resultados e agreguem valor. Design é projeto... de TUDO! Comprove neste vídeo http://goo.gl/MN0NP. E nós, designers, temos que sair do nosso mundinho de convenções e teorias egocêntricas para olhar ao nosso redor. Centenas de problemas a serem resolvidos, e o que queremos é discutir picuinhas que servirão para alimentar o ego apenas de quem está dentro da área. Muitas vezes passamos de pensadores a especuladores superficiais, sem base nem objetivo. Design vai muito além da estética ou do estrelato, e amplia seus propósitos a um leque de soluções integradas que devem trabalhar de forma ajustada e com um propósito, criando conceide convenções pré-estabelecidas. Conceitos fogem da dependência material e se ampliam pelas mentes gerando ideias, emoções, sensações, interações sociais e experiências únicas. São estes os projetos que marcam a história, entram para os livros e sobrevivem ao tempo.
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tos que façam sentido e que sejam independentes do formato e
ARTE
Este é o design transformador e o segredo para o NOVO. Mudar o foco, pensar de forma simples e com base sólida em
CONCEITOS FOGEM DA DEPENDÊNCIA MATERIAL E SE AMPLIAM PELAS MENTES GERANDO IDEIAS, EMOÇÕES, SENSAÇÕES, INTERAÇÕES SOCIAIS E EXPERIÊNCIAS U´NICAS.
conceitos que preocupam-se não somente com o produto ou seu criador, mas no valor agregado que o torna único. Quem sabe, se todos olharmos assim, chegaremos a um estágio tão elevado quanto o que é apresentado neste vídeo, que vale a pena ser assistido: http://goo.gl/56s5u. E o incrível é que boa parte das tecnologias mostradas aí já existem! Para isso é necessária uma
Então que tal isto?
mudança de raciocínio. Cessar de pensar apenas no quanto somos
Enquanto centenas de empresas continuam criando copos e
bons, ou no quanto estamos certos, e refletir de uma maneira
mais copos, o designer londrino Kacper Hamilton criou um novo
que vai muito além das fronteiras do visível e transpassa todos
conceito que permite, aos apreciadores de uísque, encaixar o
os limites tangíveis, atingindo e transformando as ideias e criando
dedo perfeitamente no copo e fazer com que a bebida corra ao
soluções inteligentes que tragam respostas a um mundo cheio de
redor do orifício, criando uma experiência ainda mais prazerosa
perguntas, que vão muito além das velhas discussões.
na degustação.
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A SEIL Bag, que trabalha o conceito de segurança do usuário, lançou uma mochila criada pelo designer de produtos Lee Myung. Integrada ao guidão da bicicleta, o ciclista pode sinalizar, pelos botões instalados, as próximas ações a serem executadas, que serão mostradas no painel. Perceba que há diversas áreas envolvidas no desenvolvimento desse produto, como basicamente design gráfico (sinalização), design de produto (ergonomia e materiais) e eletrônica. Mas o que fez com que a invenção tenha sido a vencedora do Red Dot Design Award de 2010 não foi toda a complexidade e integração tecnológica que ela traz consigo, mas o conceito que a baseou, colocando em posição secundária toda a sua engenharia e valorizando a cadeia de utilização.
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ARTE
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ARTE
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ARTE
FILME
FILME
LIVRO
LIVRO
EM UM MUNDO MELHOR
TURNÊ (TOURNÉE)
ÁGUA PARA ELEFANTES
HONRA TEU PAI
DIRETORA
DIRETOR
SARA GRUEN
GAY TALESE
Susanne Bier
Mathieu Amalric
ELENCO
ELENCO
Sextante 2011
Companhia das Letras 2011
Mikael Persbrandt, Trine Dyrholm, Ulrich Thomsen, William Johnk Nielsen
Mathieu Amalric, Angela de Lorenzo, Aurélia Petit, Anne Benoít, Julie Ferrier
Suécia/Dinamarca
França
Drama
Drama
Anton (Mikael Persbrandt) é um médico que trabalha em um campo de refugiados na África. Ele divide seu tempo entre os dias que passa trabalhando e outros em casa, em uma pacata cidade na Dinamarca. Anton tem dois filhos com Marianne (Trine Dyrholm), de quem está se separando contra a vontade. Elias (Markus Ryggard), seu filho mais velho, sofre com a perseguição no colégio de um garoto maior que ele. A situação muda quando conhece Christian (William Johnk Nielsen), que perdeu a mãe recentemente e acaba de se mudar para o local. Após defender Elias, Christian é agredido. Como vingança, dá uma surra no garoto e o ameaça com uma faca. A partir de então Elias e Christian se tornam grandes amigos. Só que um plano de vingança mais ousado coloca em risco a vida de ambos.
Produtor famoso da televisão parisiense, Joachim tinha abandonado tudo - filhos, amigos, inimigos, amores e remorsos - para repartir de zero na América na alvorada dos seus quarenta anos. Ele regressa com uma companhia de strip-teaseuses “New Burlesque” que ele ilusionou acerca da França...Paris! De porto em porto, o humor dos números e as curvas das filhas entusiasmam tanto homens como mulheres. E, apesar da impessoalidade dos hotéis, das suas músicas de elevador e da falta de dinheiro, as showgirls inventam um mundo extravagante de fantasia, de calor e de festa. Mas, o sonho delas de terminar a sua tournée deificadas em Paris quebra-se em estilhaços - a traição de um velho “amigo” faz com que Joachim perda a sala que lhe tinha sido prometida. Uma breve ida e volta na capital impõe-se reabrindo violentamente as feridas do passado...
Desde que perdeu sua esposa, Jacob Jankowski vive numa casa de repouso, cercado por senhoras simpáticas, enfermeiras solícitas e fantasmas do passado. Por 70 anos Jacob guardou um segredo. Ele nunca falou a ninguém sobre os anos de sua juventude em que trabalhou no circo. Até agora. Aos 23 anos, Jacob era um estudante de veterinária. Mas sua sorte muda quando seus pais morrem em um acidente de carro. Órfão, sem dinheiro e sem ter para onde ir, ele deixa a faculdade antes de prestar os exames finais e acaba pulando em um trem em movimento - o Esquadrão Voador do circo Irmãos Benzini, o maior espetáculo da Terra. Admitido para cuidar de animais, Jacob sofrerá nas mãos do Tio Al, o empresário tirano do circo, e de August, o ora encantador, ora intratável, chefe do setor de animais. É também sob as lonas dos Irmãos Benzini que Jacob vai se apaixonar duas vezes - primeiro por Marlena, a bela estrela do número dos cavalos e esposa de August, e depois por Rosie, a elefanta aparentemente estúpida que deveria ser a salvação do circo.
Poucas mitologias de nosso tempo causam tanto fascínio quanto a máfia, e não por acaso esse universo já rendeu obras-primas como O poderoso chefão, Os bons companheiros e, mais recentemente, a série de tevê Família Soprano. Lançado em 1971, Honra teu pai (publicado originalmente no Brasil como Honrados mafiosos) é um livro-reportagem sobre os meandros desse mundo, centrado na história de Joseph “Joe Bananas” Bonanno, que controlava uma das chamadas Cinco Famílias de Nova York, e de seu filho Salvatore “Bill” Bonanno, protagonista de uma sangrenta guerra entre mafiosos. Partindo do sequestro de Joseph em 1964, o livro remonta à origem do clã Bonanno e descreve a ascensão do patriarca, que aos 26 anos já controlava uma das grandes famílias da máfia italiana de Nova York. Ao mesmo tempo, mostra em detalhes o confronto que surge após o sequestro de Joe, quando Bill, diante do vácuo de poder deixado pela ausência do pai, se vê emaranhado num embate pelo controle da própria família.
KEITH RICHARDS
MÚSICA
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Irá lançar uma versão limitada em vinil de “Vintage Vinos”, coletânea que mostra alguns sons da carreira solo do guitarrista do Rolling Stones.O álbum será lançado em LP duplo na cor vermelha, sendo que o segundo disco será um Picture Disc, com a imagem da capa do disco. “Vintage Vinos” chega as lojas dia 14 de junho, mas ele já está em pré-venda.
BOY & BEAR
MÚSICA
O grupo descreve o seu estilo como “uma combinação de folk, indie e vocais harmoniosos. Em 2010 lançaram o EP “With Emperor Antartica”, fizeram turnê com os “queridinhos do folk” Angus & Julia Stone, Mumford & Sons e Laura Marling por toda a Austrália e Reino Unido. Com um incrível bom senso melódico.