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A queda de Babilônia
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A QUEDA DE BABILÔNIA
SUcESSORES AO TROnO
Nabucodonosor reinou durante 43 anos em Babilônia1 (605 a.C até 562 a.C). Esse longo e próspero reinado marcou o apogeu do Império Neo-Babilônico. Somente 23 anos separam sua morte da queda de Babilônia em 539 a.C. Ramos menciona que, após sua morte, Nabucodonosor foi sucedido por seu filho, Evil-Merodaque (também conhecido como Amel-Marduque). Este reinou apenas por três anos. Após sua morte (560 a.C.), sobe ao trono Neriglissar (também conhecido como Labashi-Sharuzur), genro de Nabucodonosor. Este, após reinar cerca de 5 anos, morre em 556 a.C. e seu filho, LaborosoArchod (também conhecido como Labashi-Marduque), começa seu reinado. No entanto, morre neste mesmo ano e em seu lugar sobe ao trono Nabonido (também conhecido como Labineto), outro genro de Nabucodonosor.2 Será durante seu reinado que terão lugar os acontecimentos descritos no capítulo 5 do livro de Daniel.
1 JOSEFO, Flávio. História dos hebreus: Obra completa. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1992, p. 253. 2 RAMOS, 1998, p. 54.
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O texto bíblico inicia falando de um grande banquete. “O rei Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus grandes e bebeu vinho na presença dos mil” (Daniel 5:1). Crê-se que Nabonido tenha se casado com uma filha de Nabucodonosor.3 Neste caso Belsazar, filho de Nabonido, seria neto de Nabucodonosor por parte de mãe. A rainha-mãe, chamado por Heródoto de Nitócris, mencionada em Daniel 5:10, conhecia muito bem as histórias que haviam se passado com Nabucodonosor, seu pai, e vai tomar parte nos eventos desse capítulo.
Segundo o Comentário Bíblico Adventista, Nabonido estava no Líbano convalescendo de uma enfermidade, e pouco antes de iniciar uma campanha contra Tema no ocidente da Arábia, chamou a seu filho maior (Belsazar) e “confiou-lhe o reino”. Desde esse tempo em diante Belsazar controlou os assuntos de Babilônia, enquanto Nabonido residiu em Tema, na Arábia.4
UM bAnQUETE REAl
Se assumirmos o ano de 552 a.C., quando Belsazar tornara-se co-regente com seu pai, Nabonido, passaram-se cerca de treze anos até a data do banquete no salão real. É inexplicável o fato de se dar um banquete diante das circunstâncias em que Babilônia vivia. Algumas batalhas já haviam sido travadas entre a Pérsia e Babilônia, mas nada disso interferiu nos planos do rei. Josefo menciona que quando a festa foi dada a cidade de Jerusalém já estava sofrendo um cerco dos exércitos de Ciro.5
Heródoto também menciona que “no momento em que se deu a invasão, os babilônios estavam realizando um festim, e, longe de imaginar que um perigo iminente os ameaçava, entregaram-se aos prazeres e às danças. Quando se inteiraram da situação era demasiado tarde”.6
Ellen G. White menciona os motivos do banquete: “Babilônia foi sitiada por Ciro, sobrinho de Dario, o Medo, e comandante geral dos exércitos combinados da Média e da Pérsia. Mas dentro das fortalezas aparentemente inexpugnáveis, com suas muralhas maciças e seus
3 Heródoto a chama de Nitócris, uma segunda rainha. A primeira chamava-se Semíramis. Ver HERÓDOTO, p. 92, 93. 4 Comentário bíblico adventista. V. 4, p. 881. 5 JOSEFO, p. 254. 6 Ver HERÓDOTO, p. 96.
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portões de bronze, protegida pelo rio Eufrates, e com abundante provisão em estoque, o voluptuoso rei sentiu-se seguro, e passava seu tempo em folguedos e festança. Em seu orgulho e arrogância, com um temerário senso de segurança, Belsazar ‘deu um grande banquete a mil dos seus grandes e bebeu vinho na presença dos mil’ (Daniel 5:1)”.7
Não bastassem as orgias e a bebedeiras, Belsazar, para difamar o Deus verdadeiro, mandou que trouxessem os utensílios sagrados usados no serviço do templo em Jerusalém para que neles bebessem vinho. Josefo menciona que “numa sala onde havia um armário riquíssimo em que se conservavam os preciosos vasos de que os reis costumavam se servir; a isso ele quis acrescentar uma nova magnificência e ordenou então que trouxessem os vasos sagrados do templo de Jerusalém”.8
Josefo menciona que mesmo Nabucodonosor não se atreveu a servirse dos vasos, mas agora seu neto, Belsazar, já dominado pelo vinho, teve a ousadia de beber nos vasos e blasfemar contra Deus.9 Os utensílios do templo tinham sido tirados de Jerusalém em três ocasiões: (1) Uma parte deles quando Nabucodonosor levou cativos de Jerusalém em 605 a.C. (Daniel 1:1-2); (2) a maior parte quando o rei Joaquim foi levado cativo em 597 a.C. (2 Reis 24:12-13); e (3) o resto dos objetos de metal, principalmente de bronze, quando o templo foi destruído em 586 a.C. (2 Reis 25:13-17).
O texto diz que Belsazar “mandou trazer os utensílios de ouro e de prata que Nabucodonosor, seu pai, tirara do templo [...] Então, trouxeram os utensílios de ouro, que foram tirados do templo da Casa de Deus que estava em Jerusalém, e beberam neles o rei, os seus grandes e as suas mulheres e concubinas [...] Beberam o vinho e deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra” (Daniel 5:2-4). “O rei queria provar que nada era demasiado sagrado para que suas mãos tocassem”.10
A Bíblia chama Nabucodonosor de pai de Belsazar. Mas já vimos que ele era avô. A palavra “pai” deve interpretar-se como “avô” ou “antepassado”, como em outras passagens da Bíblia (ver 1 Crônicas 2:7).
7 WHITE, 1995, p. 523. 8 JOSEFO, p. 254. 9 Ibidem. 10 WHITE, 1995, p. 524.
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UMA MãO MISTERIOSA
No mesmo instante em que bebiam nos utensílios sagrados do templo, Deus agiu para punir esse rei idólatra e displicente. Uma mão misteriosa apareceu no palácio e escreveu algumas palavras que encheram de temor a todos. Não sabendo o significado das mesmas, mais uma vez o rei mandou chamar os sábios da corte: “O rei ordenou, em voz alta, que se introduzissem os encantadores, os caldeus e os feiticeiros; falou o rei e disse aos sábios da Babilônia: Qualquer que ler esta escritura e me declarar a sua interpretação será vestido de púrpura, trará uma cadeia de ouro ao pescoço e será o terceiro no meu reino. Então, entraram todos os sábios do rei; mas não puderam ler a escritura, nem fazer saber ao rei a sua interpretação” (Daniel 5:7, 8).
A vergonha vivida pelos sábios foi a mesma exposta a Nabucodonosor no capítulo 2, quando os sábios nada sabiam sobre os mistérios de Deus revelados no sonho da estátua. Como diria Cristo séculos depois: “Graças te dou, ó Pai [...] porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos” (Lucas 10:21). Os sábios de Babilônia não possuíam a verdadeira grandeza, uma atitude de submissão e serviço ao Deus do Universo. Mas nem tudo estava perdido. Havia alguém ali na corte que possuía essa grandeza de espírito. Daniel é descrito pela rainha-mãe, Nitócris, como sendo um homem “que tem o espírito dos deuses santos [...] se achou nele luz, e inteligência, e sabedoria como a sabedoria dos deuses [...] porquanto espírito excelente, conhecimento e inteligência, interpretação de sonhos, declaração de enigmas e solução de casos difíceis se acharam neste Daniel” (Daniel 5:11,12).
Imediatamente o rei ordena a introdução de Daniel e lhe faz uma promessa: “Tenho ouvido dizer de ti que podes dar interpretações e solucionar casos difíceis; agora, se puderes ler esta escritura e fazer-me saber a sua interpretação, serás vestido de púrpura, terás cadeia de ouro ao pescoço e serás o terceiro no meu reino” (Daniel 5:16). O fato de ter prometido o terceiro lugar corrobora o fato de ser ele o segundo em poder, e seu pai, Nabonido, que estava em Tema na Arábia, o primeiro.
A resposta de Daniel é ao ponto: “Os teus presentes fiquem contigo, e dá os teus prêmios a outrem; todavia, lerei ao rei a escritura e lhe farei
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saber a interpretação” (Daniel 5:17). Daniel não tinha ambição de bens terrenos. Seus olhos estavam fitos em Deus e aguardava a manifestação divina na libertação de seu povo. Via nos acontecimentos atuais a mão de Deus dirigindo a história e o cumprimento da profecia que revelara a Nabucodonosor cerca de 60 anos antes.
Antes de fazer saber ao rei a interpretação da escritura, deu a este uma severa repreensão. Falando do seu avô, Nabucodonosor, disse a Belsazar: “Quando, porém, o seu coração se elevou, e o seu espírito se tornou soberbo e arrogante, foi derribado do seu trono real, e passou dele a sua glória. Foi expulso dentre os filhos dos homens, o seu coração foi feito semelhante ao dos animais, e a sua morada foi com os jumentos monteses; deram-lhe a comer erva como aos bois, e do orvalho do céu foi molhado o seu corpo, até que conheceu que Deus, o Altíssimo, tem domínio sobre o reino dos homens e a quem quer constitui sobre ele. Tu, Belsazar, que és seu filho, não humilhaste o teu coração, ainda que sabias tudo isto. E te levantaste contra o Senhor do céu, pois foram trazidos os utensílios da casa dEle perante ti, e tu, e os teus grandes, e as tuas mulheres, e as tuas concubinas bebestes vinho neles; além disso, deste louvores aos deuses de prata, de ouro, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra, que não vêem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida e todos os teus caminhos, a ele não glorificaste. Então, da parte dele foi enviada aquela mão que traçou esta escritura” (Daniel 5:20-24).
Belsazar foi acusado de vários pecados: falta de humildade, blasfêmia, idolatria, glutonaria etc. Tivera uma excelente oportunidade, mas não aprendera a lição. As histórias de seu avô deveriam ter impressionado seu coração e o levado a adorar o verdadeiro Deus como este finalmente fizera, mas em vez disso, dando lugar ao pecado e ao orgulho, preferiu seguir seu próprio caminho. “Profanando os vasos sagrados do templo, Belsazar havia ultrapassado os limites da paciência divina e selado sua própria sorte”.11
Daniel então passa a interpretar a escritura na parede: “Esta, pois, é a escritura que se traçou: MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM. Esta é a interpretação daquilo:
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MENE: Contou Deus o teu reino e deu cabo dele.
TEQUEL: Pesado foste na balança e achado em falta.
PERES: Dividido foi o teu reino e dado aos medos e aos persas (Daniel 5:25-28).
Flavio Josefo explica cada expressão aramaica com seu significado: “Mene – isto é, número, significa que o número que Deus marcara aos anos de seu reinado vai se completar e só lhe resta muito pouco tempo de vida. Tequel – Isto é, peso, significa que Deus pesou na sua justa balança a duração de seu reinado e que ele tende ao seu fim. Peres – quer dizer fragmento e divisão; significa que seu reino será dividido entre os medos e os persas”.12
Uma leitura atenta do texto nos mostra vocábulos diferentes entre os versos 25 e 28. O Comentário Bíblico Adventista explica que o vocábulo PERES pode ser considerado como substantivo singular que significa “parte” ou “porção”. A diferença dessa palavra com a que aparece no verso 25 (PARSIM ou UFARSIM em algumas versões) é que aquela aparece no plural e com a conjunção, podendo-se traduzir como “pedaços”. “É interessante que a forma aramaica peres contenha as consoantes das palavras aramaicas para Pérsia e persas, que estavam naquele momento às portas de Babilônia.”13
O jUízO DIVInO
O capítulo termina dizendo: “Naquela mesma noite, foi morto Belsazar, rei dos caldeus. E Dario, o Medo, com cerca de sessenta e dois anos, se apoderou do reino” (Daniel 5:30, 31). Na queda da grande Babilônia, fica exposta mais uma vez a veracidade da profecia bíblica. Devido à sua idade avançada (62 anos), Dario reinou por pouco tempo, pois morreu “cerca de dois anos depois da queda de Babilônia”.14 Em seguida, Ciro sobe ao trono. A profecia havia dado todos os detalhes desse evento.
Nos metais da estátua do sonho do capítulo 2 ficou claro que Babilônia perderia seu poder para um império inferior. Mais de um
12 JOSEFO, p. 255. 13 Comentário bíblico adventista, v. 4, p. 886. 14 WHITE, 1995, p. 556, 557.
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século antes os profetas de Deus já haviam previsto esse momento. Antes mesmo que o povo judeu, incluindo Daniel, fosse levado para o cativeiro, Deus havia dado todas as informações necessárias.
Jeremias havia predito o cativeiro, a duração do mesmo e a libertação: “Toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto; estas nações servirão ao rei da Babilônia setenta anos. Acontecerá, porém, que, quando se cumprirem os setenta anos, castigarei a iniquidade do rei da Babilônia e a desta nação, diz o Senhor, como também a da terra dos caldeus; farei deles ruínas perpétuas” (Jeremias 25:11, 12).
Isaías havia predito o nome do libertador: “Assim diz o Senhor ao Seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações ante a sua face, e para descingir os lombos dos reis, e para abrir diante dele as portas, que não se fecharão” (Isaías 45:1). O profeta também predisse qual estratégia seria usada por ele: “Que digo à profundeza das águas: Seca-te, e eu secarei os teus rios; que digo de Ciro: Ele é Meu pastor e cumprirá tudo o que me apraz; que digo também de Jerusalém: Será edificada; e do templo: Será fundado” (Isaías 44:27, 28).
Heródoto escreveu: “Foi contra o filho de Nitócris que Ciro lançou suas tropas [...] Finalmente, ou porque concluísse por si mesmo sobre o que devia fazer, ou porque alguém, o vendo em dificuldades, o aconselhasse, o príncipe tomou a seguinte resolução: Colocou seu exército, parte no ponto onde o Eufrates penetra a Babilônia, parte no ponto onde o rio deixa o país, com ordem de invadir a cidade pelo leito do mesmo, logo que se tornasse vadeável. Com o exército assim distribuído [...] desviou as águas do rio para o lago pelo canal de comunicação. As águas se escoaram, e o leito do rio facilitou a passagem. Sem perda de tempo, os Persas postados nas margens entraram na cidade, com as águas do rio dando apenas nas coxas [...] No momento em que se deu a invasão, os Babilônios estavam realizando um festim [...] quando se inteiraram da situação era demasiado tarde”.15
Foi assim que se deu a queda de Babilônia no ano 539 a.C. Através de multiformes providências, Deus tinha procurado ensinar aos caldeus a reverência por Sua lei. O profeta escreveu: “Queríamos curar Babilônia,
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ela, porém, não sarou” (Jeremias 51:9). Em virtude da perversidade do coração humano, Deus achou necessário passar a irrevogável sentença. Babilônia deveria cair e outro reino ser colocado em seu lugar. Os profetas de Deus haviam advertido sobre como cairia Babilônia: “Como está quebrado, feito em pedaços o martelo de toda a terra! Como se tornou a Babilônia objeto de espanto entre as nações! [...] Ao estrondo da tomada de Babilônia, estremeceu a terra; e o grito se ouviu entre as nações” (Jeremias 50:23, 46).
Paralelo com aPocaliPse
Qual a relação desses eventos do capítulo 5 de Daniel com nossos dias? João, assim como Jeremias, também profetizou a queda de Babilônia: “Então, exclamou com potente voz, dizendo: Caiu! Caiu a grande Babilônia e se tornou morada de demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável, pois todas as nações têm bebido do vinho do furor da sua prostituição. Com ela se prostituíram os reis da terra. Também os mercadores da terra se enriqueceram à custa da sua luxúria” (Apocalipse 18:2, 3).
De qual Babilônia está João falando? Não pode ser a física, pois esta havia caído em 539 a.C. e posteriormente foi completamente destruída. João está falando de uma Babilônia mística ou espiritual. Veja o relacionamento tipológico entre a queda da Babilônia antiga e da moderna:16
ANTIGA BABILÔNIA MODERNA
Daniel 5:27 Cai em decorrência de um ato de juízo divino Jeremias 51:9 O juízo veio quando os pecados se completaram Apocalipse 19:2
Apocalipse 18:5
Jeremias 51:13 Faz das águas o seu sustentáculo Apocalipse17:1 Isaías 44:27, 28 Secamento do Rio Eufrates Apocalipse 16:12 Isaías 45:1 Ciro – um tipo de Cristo Apocalipse 19:11, 14, 16 Jeremias 51:31 Mensageiros anunciam a queda Apocalipse 14:8
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cOnclUSãO
Assim temos um paralelo entre os eventos dos dias de Daniel e dos nossos. Aí está Babilônia, embebedando as multidões com suas falsas doutrinas. As verdades bíblicas foram esquecidas, e em seu lugar impera a tradição e as heresias. Ciro é um tipo de Cristo e virá para libertar Seu povo. Mas existe ainda um último paralelo. Quando finalmente o povo judeu foi liberto e tinha autorização para retornar a Jerusalém, eles não quiseram. E por que não? Porque haviam prosperado, criado laços e raízes em Babilônia.
Em nossos dias, a história vai se repetir. No momento de deixar Babilônia para ir para a Nova Jerusalém, muitos não irão querer ir, pelo mesmo motivo: prosperidade temporal e laços com Babilônia.
Ellen G. White escreveu: “A Bíblia, e a Bíblia só, permite uma visão correta dessas coisas. Nela estão reveladas as grandes cenas finais da história de nosso mundo, acontecimentos que já estão lançando suas primeiras sombras, o som de cuja aproximação fazendo tremer a Terra, e o coração dos homens desmaiando de terror”.17
O Céu está mais próximo daqueles que sofrem por amor da
justiça. Cristo identifica os Seus interesses com os interesses
do Seu fiel povo; Ele sofre na pessoa dos Seus santos; e seja
o que for que toque em Seus escolhidos, toca nEle. O poder
que está perto para libertar do dano físico e da angústia está
perto também para salvar do mal maior, tornando possível
ao servo de Deus manter sua integridade sob todas as
circunstâncias, e triunfar através da graça divina
(Profetas e Reis, 546).