Jornal Folha do Produtor Rural – 02

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Ano 1 • Nº 02 • Outubro 2014 • R$ 0,50

“Eu sou voluntária do Outubro Rosa, porque já vi muita gente sofrer com câncer de mama, de útero, entre outros tipo da doença, por falta de informação”.

AMAZONAS

Wall França, voluntária

Feira do Cigs tem novo endereço a partir de novembro A partir do dia 8 de novembro a tradicional Feira do Cigs (Centro de Instrução de Guerra na Selva), que funcionava na sede da instituição na Zona Oeste de Manaus, passará a ser realizada no Clube da Associação dos Sargentos do Amazonas (ASA), na Avenida Coronel Teixeira, 2.131, na Ponta Negra, também na Zona Oeste. De acordo com o presidente da Asa, sargento Marcos Welder, a expectativa é triplicar o faturamento da feira e oferecer maior comodidade aos consumidores e feirantes. ”O novo local é mais amplo com 900 metros quadrados. Outra novidade, também, é que, agora, a feira terá início às 6h e não mais às 5h. O encerramento continua como antes, às 12h”, ressaltou.

Parcerias A Feira no CIGS é o resultado da parceria entre o Governo do Estado do Amazonas, através da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), e do Exército Brasileiro. O objetivo é fortalecer a produção rural, eliminar a figura do atravessador no processo e fomentar a economia local. Inserida na Feira do Cigs, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMMAS) realiza o ”Programa Manaus Mais Verde e Vida, Plante essa Ideia!”, um projeto que visa a arborização de Manaus. Para isso, durante a feira são distribuídas mudas de árvores nativas da Amazônia. E, também, o projeto ”Mais Frutas no Quintal”, que distribui mudas de árvores frutíferas da região. Os projetos da SEMMAS acontecem também nas feiras da Aeronáutica, Cidade Nova e PM.

A população encontra na Feira do CIGS, na Zona Oeste, produtos regionais cultivados por agricultores da Zona Rural de Manaus

Em números Em pouco mais de seis anos de existência, a Feira do Cigs – que teve sua primeira edição no dia 16 de fevereiro de 2008 – já movimentou um volume de recursos na ordem de R$ 16,2 milhões, segundo informações da ADS. Em 2008, esse montante foi de R$ 1,5 milhão e saltou para R$ 2,2 milhões, este ano. Neste mesmo período, mais de 3,8 milhões de produtos foram

comercializados, com púbico visitante de mais de 440 mil pessoas, que beneficiou, diretamente, 3,5 mil famílias e produtores de 90 cooperativas, de acordo com dados da ADS.

”Estou desde o começo da feira e

agarrei essa oportunidade com unhas e dentes. Agora, nesta nova fase sei que a tendência é continuar crescendo. Os clientes gostam da nossa feira e dos nossos produtos e, com um lugar ainda melhor e mais confortável a todos, a expectativa é a melhor possível”,

disse a feirante Wanda Ferreira, que comercializa frutas, legumes e verduras. Com edições sempre aos sábados, produtores de 27 municípios e comunidades do interior se deslocam para Manaus para comercializar seus itens que vão desde hortaliças, carnes, peixes, ovos, laticínios, embutidos, produtos orgânicos a artesanato regional. Outro diferencial, segundo o sargento Welder, é que como a feira tem característica popular, os preços são acessíveis a toda a população.

Feira do cigs TOTAL 2008 21 edições

TOTAL 2009 25 edições

TOTAL 2010 25 edições

TOTAL 2011 24 edições

TOTAL 2012 25 edições

TOTAL 2013 24 edições

TOTAL 2014 19 edições

TOTAL 2010 a 2014

MÉDIA 2010-2014 215 edições

PREVISÃO 2014 48 edições

Recursos Movimentados (R$)

1.597.778

2.140.479

2.766.334

3.002.640

2.607.116

2.610.550

2.221.236

16.946.823

103.786

2.730.00

Produtos Comercializados (Kg)

334.583

495.096

660.499

698.090

584.742

607.207

516.563

3.896.940

23.862

615.000

Público Visitante (Nº)

52.888

64.004

82.829

73.905

62.127

62.301

42.256

440.333

2.707

65.000

Coop. e Assoc. Participantes (média)

51

61

81

83

88

90

90

90

90

90

Famílias Beneficiadas

3.000

3.250

3.500

3.575

3.575

3.575

3.575

3.575

3.575

3.575

RESULTADOS OBTIDOS

Feira dO CIGS Onde: Na Associação dos Sargentos do Amazonas (ASA), Avenida Coronel Teixeira, 2.131, Santo Agostinho – Zona Oeste. Funcionamento: Dias 8 e 22 de novembro; dias 6 e 20 de dezembro.


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Outubro Rosa esclarece AMAZONAS

feirantes em Manaus

EXPEDIENTE Wega Editora Diretor Executivo:

Epifânio Leão Diretor de Redação e Jornalista responsável:

Antonio Ximenes MTB: 23.984 DRT SP Editora:

Renata Magnenti O presidente da ADS, Miberwal Jucá, incentivou a ação da SEPM realizada no ínicio de outubro na Feira do CIGS

Repórter:

Suzana Martins Fotografias:

Antonio Ximenes Suzana Martins Roberta Peixoto Divulgação ADS e SEPROR Diagramação:

Hugo Furtado Periodicidade:

Mensal

Rua Rio Juruá, 128 Cj. Vieiralves N. Sa. das Graças CEP: 69053-010 Manaus Amazonas (92) 3087-5370

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Em onze de outubro, a Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS) lançou a campanha Outubro Rosa, na Feira do CIGS, Zona Oeste de Manaus, em parceria com a Secretaria Executiva de Políticas para Mulheres (SEPM). As feirantes e consumidoras que estavam no local foram informadas sobre a importância da prevenção do câncer de mama e de outros tipos de tumores.

”Desde que conheço o movimento Outubro Rosa busco me cuidar e oriento também minhas filhas e amigas”. Feirante Doralice Lopes

Para a secretária-executiva da SEPM, Ana Beatriz Moutinho Breval, a parceria entre a SEPM e ADS é importante no sentido de

unir forças na divulgação de ações junto às mulheres. ”Já conseguimos conversar com muitas mulheres e percebemos que elas estão absorvendo as informações. Uma ação na feira nos proporciona alcançar as produtoras rurais e as demais mulheres que estão comprando, e sabemos que elas serão multiplicadoras destas informações”, disse Ana Beatriz. O presidente da ADS, Miberwal Jucá, parabenizou a parceria com a SEPM e a ação desenvolvida na Feira do Cigs. ”Para este tipo de iniciativa as portas da ADS estão sempre abertas. É nossa responsabilidade orientar e auxiliar nossa sociedade”, acrescentou. Para a voluntária Wall França, 52, o Outubro Rosa esclarece as mulheres do risco que elas correm se não fizerem o autoexame e, mesmo, se demorarem para

buscar ajuda ao perceber algo de diferente em seu corpo. ”Por isso, ressaltamos sobre a importância do autoexame, prevenção e orientação. Uma amiga minha teve a doença e, por muito pouco, não foi tarde demais”, disse.

”Desde que conheço o movimento Outubro

Rosa busco me cuidar e oriento também minhas filhas e amigas. Para nós que somos da roça, as informações demoram mais a chegar. Por isso, eventos como este são muito importantes”, disse a feirante Doralice Lopes, que trabalha na Feira do Cigs há quatro anos. No local, um stand foi montado para orientar as mulheres e, ainda, comercializaram artigos confeccionados por mulheres com câncer que fazem parte do Centro de Integração Amigas da Mama (Ciam).


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Parte do sul do Amazonas já está livre de febre aftosa. Agora, o Governo do Estado trabalha para expandir a segurança sanitária para todos os municípios

Adaf e Mapa iniciam o processo para deixar o AM livre de aftosa A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) iniciaram na segunda quinzena deste mês as etapas para a emissão do selo de status livre de aftosa no Amazonas. Hoje, parte do sul do Estado já detém o título e, agora, o Governo trabalha para expandir a segurança sanitária aos demais municípios amazonenses. ”Nós estamos esperando o processo de sorologia que começou em outubro, no mais tardar em novembro, como ficou acertado com o Mapa. Estamos tecnicamente prontos para a operação.

departamento técnico da Agência, Sandoval Salerno Pinheiro, explicou que uma característica do Amazonas é que em uma mesma propriedade, até três produtores tem pastos e criam seus rebanhos. De acordo com ele, a primeira reunião para alcançar o selo de status livre de aftosa aconteceu dia 23 deste mês. Hoje, o Estado tem o status de risco médio da doença. Em 2004, um foco da doença foi identificado no Careiro da Várzea o que prejudicou todos os rebanhos brasileiros. ”Com o registro da doença no Amazonas, rebanhos e produtores das demais regionais brasileiras foram

Na Região Norte, de acordo com Sandoval, somente os Estados do Amazonas, Amapá e Roraima ainda não tem o título de status de área livre de aftosa. ”Temos um rebanho maior do que os outros dois Estados e temos trabalhado há alguns anos para conquistar este título”, afirmou. Segundo Sandoval, foi feito um cadastro de cada propriedade; do trânsito de

animais; e foi implantado um sistema de controle geral: a Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA). Foi realizado, também, um concurso, através da Secretaria de Produção Rural do Amazonas (Sepror), para a contratação de veterinários. ”Agora, é uma questão de tempo. Acredito que até o primeiro semestre de 2015, ou mesmo quem sabe ainda este ano, conquistamos o título de livre de aftosa”, disse.

“Nosso objetivo, até o final deste ano, é garantir o status de área livre de aftosa no Amazonas” Presidente da ADAF, Sérgio Muniz

Nosso objetivo, até o final deste ano, é garantir o status de área livre de aftosa no Amazonas”, destacou o diretor da Adaf, Sérgio Muniz. Atualmente, o Amazonas tem 1,5 milhão de cabeças de gado, com um total de 27,4 mil produtores, distribuídos em 25,8 mil propriedades, segundo dados da Adaf. O fiscal agropecuário e chefe do

prejudicados, pois perderam a confiança junto ao mercado no exterior”, detalhou o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (Faea), Muni Lourenço Silva Júnior. Ele acrescenta ainda que ”o status de área livre de aftosa vai resgatar nossa credibilidade no mercado nacional. Embora, nosso quadro já seja favorável”.

O presidente da ADAF, Sérgio Muniz (vacinando), afirma que o Estado está pronto para começar a sua sorologia


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ADS administra feiras n Desde 2008, a Agência de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (ADS) tem investido no produtor rural do Amazonas. Para isso, eliminou a figura do atravessador e tem dado oportunidade ao produtor de comercializar diretamente com seus clientes os itens que cultivam na zona rural do Estado. Hoje, além da Feira do Cigs, a ADS administra também as feiras da Aeronáutica, Cidade Nova, Marinha e PM. Nos últimos seis anos, o valor movimentado entre as cinco feiras somam R$ 35,5 milhões, com mais de 10,3 milhões de itens comercializados e público que ultrapassa 1,1 milhão. ”Hoje, cerca de 380 produtores rurais do Amazonas tem um local para vender seus produtos. Diretamente, 2,5 mil famílias são beneficiadas através de associações e cooperativas, movimentando a economia de diversos municípios do interior”, explicou o coordenador de Feiras e Eventos da ADS, Oriswaldo da Cruz. Segundo ele, a ADS tem a função de agregar valor aos produtos de cada comerciante. ”Antes das feiras, os produtores não tinham um local onde pudessem trabalhar. Agora, eles tem. Nos últimos seis anos, as feiras da ADS receberam um público de mais de 1,1 milhão de consumidores, o que gerou uma renda superior a R$ 35,5 milhões para os produtores rurais

Confira os dias de funcionamento de cada feira Feira da Aeronáutica Onde: No Cassam, na Avenida Governador Danilo Areosa, Colônia Oliveira Machado – Zona Sul. Funcionamento: Dia 18 de outubro; dias 1, 15 e 29 de novembro; e 13 de dezembro. Feira da Cidade Nova Onde: Na Avenida Max Teixeira, 1.640, Escola Estadual Júlio César – Zona Norte. Funcionamento: Dia 25 de outubro; dias 1, 8, 15, 22 e 29 de novembro; e dias 6, 13 e 20 de dezembro. Feira da Marinha Onde: No estacionamento da Policlínica Vila Buriti, Distrito Industrial – Zona Sul. Funcionamento: Dia 25 de outubro; dias 8 e 22 de novembro; e dias 6 e 20 de dezembro. Feira da Polícia Militar Onde: No Comando da Polícia Militar, Petropólis – Zona Sul. Funcionamento: Dia 25 de outubro; dias 8 e 22 de novembro; e 6 e 20 de dezembro.

Balanço das feiras da ADS FEIRA DA AERONÁUTICA TOTAL 2012 24 edições

TOTAL 2013 23 edições

TOTAL 2014 18 edições

TOTAL 2012 2012 a 2014

MÉDIA 2012-2014 65 edições

PREVISÃO 2014 24 edições

Recursos Movimentados (R$)

2.420.591

2.460.744

2.085.138

6.852.138

105.037

2.540.000

Produtos Comercializados (Kg)

620.689

623.126

537.906

1.690.412

25.825

650.000

Público Visitante (Nº)

84.152

66.520

42.412

183.520

2.839

88.000

92

89

81

89

89

90

3.400

3.400

3.400

3.400

3.400

3.400

RESULTADOS OBTIDOS

Público Visitante (média) Famílias Beneficiadas

FEIRA DA POLÍCIA MILITAR TOTAL 2012 16 edições

TOTAL 2013 25 edições

TOTAL 2014 24 edições

TOTAL 2014 19 edições

TOTAL 2011 a 2014

MÉDIA 2011-2014 82 edições

PREVISÃO 2014 25 edições

Recursos Movimentados (R$)

756.269

1.024.780

1.331.928

1.399.578

4.595.144

54.308

1.400.000

Produtos Comercializados (Kg)

201.598

273.273

355.555

375.833

1.229.084

14.527

370.000

Público Visitante (Nº)

41.163

59.460

47.296

31.066

180.738

2.171

62.000

Coop. e Assoc. Participantes (média)

62

69

69

70

69

65

70

Famílias Beneficiadas

1.600

1.650

1.650

1.650

1.650

1.650

1.650

RESULTADOS OBTIDOS


FOLHA DO PRODUTOR RURAL – AMAZONAS • PÁGINA 5

na capital do Amazonas Isso dá estabilidade ao negócio de cada produtor, que não deixa de ser de risco. Os produtores tem um serviço de qualidade com bons produtos”. ”Hoje, o produtor é valorizado, temos orgulho do nosso trabalho, nossa categoria tem força e esperamos, ansiosos, por novas feiras”, afirmou o agricultor Aluísio Pollimeier. Ele conta que, no início das atividades, em Manaus, há oito anos, as coisas eram mais difíceis para o produtor rural. ”Nossa locomoção era o primeiro desafio. Tínhamos que atravessar o rio Negro de balsa, a mercadoria chegava na capital com um percentual de perda. Agora, com a ponte sobre o rio Negro a facilidade é imensa. Nosso produto chega mais ‘fresquinho’ às nossas bancas”, disse o agricultor.

Nas unidades, a população encontra uma diversidade de peixes regionais

A Feira do Cigs é a que mais movimentou recursos nos últimos seis anos, totalizando R$ 16,9 milhões. Em seguida, aparece a Feira da Aeronáutica com R$ 6,8 milhões, a Feira da Cidade Nova com R$ 6,6 milhões, a Feira da PM com R$ 4,5 milhões e a Feira da Marinha com R$ 505 mil. Confira nos quadros outros detalhes sobre cada uma das feiras.

Produtores rurais comercializam verduras e frutas na Feira da Cidade Nova

FEIRA DA CIDADE NOVA TOTAL 2012 36 edições

TOTAL 2013 49 edições

TOTAL 2014 48 edições

TOTAL 2014 47 edições

TOTAL 2014 36 edições

TOTAL 2010 a 2014

MÉDIA 2010 - 2014 215 edições

PREVISÃO 2014 48 edições

Recursos Movimentados (R$)

847.015

1.931.994

1.253.460

1.359.104

1.270.254

6.665.069

30.856

1.370.000

Produtos Comercializados (Kg)

449.192

1.015.733

599.018

679.539

616.029

3.360.758

15.562

685.000

Público Visitante (Nº)

48.593

99.923

68.987

75.778

49.300

342.581

1.598

80.000

Coop. e Assoc. Participantes (média)

16

37

42

46

48

48

48

48

Famílias Beneficiadas

750

950

2.950

2.950

2.950

2.950

2.500

2.500

RESULTADOS OBTIDOS

”Hoje, cerca de 380 produtores

rurais do Amazonas tem um local para vender seus produtos” Coordenador de Feiras e Eventos da ADS, Oriswaldo da Cruz

FEIRA DA Marinha TOTAL 2012 2014

TOTAL 2013 8 edições

TOTAL 2014 14 edições

Recursos Movimentados (R$)

505.785

63.223

800.000

Produtos Comercializados (Kg)

129.689

16.211

205.000

9.593

1.199

15.000

Coop. e Assoc. Participantes (média)

50

45

80

Famílias Beneficiadas

950

950

1.500

RESULTADOS OBTIDOS

Público Visitante (Nº)

Manaus é autossuficiente na produção de ovos regionais, que são vendidos nas feiras


PÁGINA 6 • FOLHA DO PRODUTOR RURAL – AMAZONAS

Secretaria de Produção tem cinco Feirões no estado Atualmente, a Secretaria de Estado da Produção (Sepror) dispõe de cinco Feirões no Amazonas. Três destas unidades estão instaladas em zonas estratégicas, em Manaus, e duas estão no interior, nos municípios de Iranduba e Parintins. Os serviços estão disponíveis toda semana à partir de quarta-feira até domingo. A primeira unidade criada pelo Governo do Estado foi o Feirão da Sepror na Zona Norte, localizado na antiga Expoagro (local onde eram realizadas as exposições de agropecuária), há cinco anos. Hoje, o local abriga cerca de 350 produtores dos mais diversos itens do setor primário. ”Agora, tenho a oportunidade de vender meus produtos diretamente à população. Ganho mais e tenho meus clientes fixos, o que me garante venda certa”, afirmou a produtora Maria Luiza Martins Souza, 50, conhecida como Lula. Ela e o marido Arnaldo Borges, 51, produzem pupunha, ingá, abacate, coco, entre outras frutas e, ainda, criam galinhas. Alguns produtos são sazonais e, assim, Lula afirma que essa diversidade é atrativa para manter o negócio. ”Estamos, agora, na época do abacate e a quantidade que eu levar desta fruta para o Feirão da Sepror iremos vender”, disse ela, que trabalha desde a inauguração do Feirão da Sepror na Zona Norte. Neste período, segundo Lula, ela e os demais produtores rurais conseguiram eliminar a figura do atravessador. ”Nosso faturamento é semanal e nas primeiras semanas de outubro, por exemplo, vendemos R$ 750. Uma grande conquista para quem era obrigada a vender um coco, por exemplo, a R$ 0,30 para o atravessador”, explicou. Com a renda, o casal conseguiu pagar a faculdade de Serviço Social da filha Aline Souza, 24, que, hoje, auxilia os produtores da Feira, comprou uma carro modelo Montana, para transportar a produção, através do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e tem expectativa de novas conquistas. O sítio de Lula fica na AM-010, Km 35, no Ramal Água Branca 2. Assim, como ela, outros produtores que comercializam em Manaus, cultivam na zona rural da capital e estão, semanalmente, na capital para comercializar seus itens. Confira o endereço e o horário de funcionamento de cada unidade.

Os feirões da Sepror acontecem de quarta-feira a domingo em cinco pontos do Amazonas

endereçoS e horários de funcionamento de cada unidade Feirão da Sepror – Zona Norte Onde: Parque de Exposição Agropecuária Eurípedes Ferreira Lins (antiga Expoagro), Avenida Torquato, Tapajós – Zona Norte. Funcionamento: • Quarta-feira: 18h-22h • Quinta-feira a sábado: 6h-22h • Domingo: 6h-12h

Cerca de 350 produtores rurais trabalham no Feirão da Sepror na Zona Norte, antiga Expoagro. Secretário da SEPROR, Valdenor Cardoso

Feirão da Sepror – Zona Oeste Onde: Porto de São Raimundo, Rua Sagrado Coração de Jesus, nº 176, São Raimundo – Zona Oeste. Funcionamento: Sexta-feira e sábado: 6h-17h Feirão da Sepror – Zona Leste Onde: Campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM), Alameda Cosme Ferreira, nº 8045, Zumbi 1 – Zona Leste. Funcionamento: Sábado: 6h-17h Feirão da Sepror – Parintins Onde: Parque de Exposições Luiz Lourenço de Souza. Funcionamento: Sexta-feira e sábado: 6h-17h Feirão da Sepror – Iranduba Vila do Paricatuba Funcionamento: Domingo: 6h-12h


FOLHA DO PRODUTOR RURAL – AMAZONAS • PÁGINA 7

Sem um local fixo, agricultores de malva e juta de Manacapuru trabalham em esquema de revezamento na Central de Abastecimento da Agricultura Familiar de Iranduba

Produtores de malva e juta de manacapuru aguardam novo galpão Os mais de 430 produtores de malva e juta da Cooperativa Mista Agropecuária de Manacapuru (Coomapem) estão desde setembro do ano passado sem espaço para comercializar seus produtos. Literalmente em uma pedra, dois trabalhadores se revezam, diariamente, e vendem seus itens dentro da Central de Abastecimento da Agricultura Familiar de Iranduba (distante de Manaus 23 quilômetros), como um local provisório. No entanto, a situação já se estende há mais de um ano. De acordo com a diretora-presidente da Coomapem, Eliane Medeiros, a situação se complicou, após um incêndio, em setembro de 2013, quando o galpão em que os trabalhadores comercializam seus produtos pegou fogo. ”Tínhamos um galpão próprio em Manacapuru e

com o incêndio, causado por um curtocircuito, perdemos tudo, mas o Governo do Estado prometeu nos auxiliar na retomada de nossos negócios. Estamos recebendo incentivos, mas não o suficiente para que voltemos à produção e ao engajamento de antes, nos falta subsídios”, afirma. Eliane explicou que devido à falta de um local para armazenar a produção, quase 70% da colheita de malva e juta foi perdida. ”Foi uma perda para todos os produtores e tentamos manter os negócios cultivando e produzindo outras culturas como mamão, banana e melancia”, destacou. Atualmente, para manter a família, os produtores estão se revezando e comercializando seus produtos de hortifruti na Central de Abastecimento da Agricultura Familiar de Iranduba. ”Eles

nos cederam um espaço em uma pedra e estamos no local até que agente consiga, novamente, ter nosso próprio galpão”. Parte da produção de hortifruti é comercializada através do programa federal de Aquisição de Alimentos, que beneficia ações sociais realizadas pelo Governo do Estado no Amazonas. Atuam, diretamente, no projeto, cerca de 108 famílias. Atualmente, são comercializadas cerca de 700 toneladas neste Programa, o que corresponde a cerca de R$ 800 mil. Em setembro de 2013, o governador José Melo se comprometeu em auxiliar os produtores de malva e juta de Iranduba. ”Acreditamos que teremos nosso local como antigamente. Nós precisamos. É o nosso meio de produzir para o Estado e nossas famílias”.

Cooperativa A Coomapem, localizada no município de Manacapuru (distante de Manaus 69 quilômetros), iniciou suas atividades em 1963, com o objetivo de trabalhar, em conjunto, pela melhoria das condições de vida dos associados, entre eles, juticultores, agricultores e pescadores. Hoje, com 432 associados, a Coomapem, vem desenvolvendo a atividade de comercialização de fibras de malva e juta, e hortifrutis na Região do Médio Solimões, que compreende os municípios de Manacapuru, Iranduba, Manaquiri, Caapiranga, Anamã, Beruri, Anori, Codajás e Coari.


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Feirantes apoiam a ação do Outubro Rosa, uma iniciativa conjunta da ADS e da SEPM, que aconteceu no ínicio do mês, na Feira do CIGS


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