02
choice
choice Magazine Volume 13 - Número 3
14 - Situações de Rigidez Por que muitos coaches falham? Orientações especializadas em assuntos fundamentais de coaching
16 - Perspectiva Romper a relação de tempo por dinheiro Expandir seus serviços e produtos para gerar mais receita
18 - Liderança Corporativa Nosso convite é confiável Um modelo de processo para contratação eficaz com compradores
05 - Pensamentos da Choice
08 - Colaboradoes
11 - Ferramentas de Coaching Caminhos criativos e inovadores para avivar e renovar seu negócio de coaching Brinquedos de Coaching para 2013
13 - Livros da Choice Livros para melhorar o estilo de vida de coaching Comemoração da História do Coaching
03
choice
upfront
UME 11 NUMBER 2
5 choice thoughts
epartments
8 contributors
PUBLISHER & CEO Garry T. Schleifer, PCC, CMC CHIEF OPERATING OFFICER Jenna Burrow MANAGING EDITOR Janet Lees PROOFREADER Ally Gaynor ART DIRECTOR Michele Singh PRODUCTION MANAGER Joleen O’Brien BUSINESS DEVELOPMENT DIRECTOR Garry T. Schleifer PARTNER AND AUDIENCE RELATIONSHIP MANAGER Kim George CUSTOMER SERVICE, COMMUNICATIONS & WEB SERVICES Monica Lambert, CPC Portable Associate
choice22 books - Feature/Celebração
A C oa c h A p r oa c h topresente Oppassado, Marketing e futuro do coaching
45 industry news 40 - Artigos
Steady Coaching as she Goes para Grupo
by Kat Knecht
2013 Executive Surveycapazes 8th “PoucosCoaching são os coaches Annual Earnings Report de conduzir um grupo ou uma by Ian Lindsay McAfee equipe com a metodologia
coaching 36 -tools Impacto
G l o b a l C o a c hi ng L e a d e r s hi p Award 2013 Supervisão em coaching: conheça
Products Reviewed: É cedo para celebrar?
do coaching.”
P oints of YO ouque , Th e C oaos c hcoaches ing G a mde e serem impede T he M us e bem Is In:sucedidos? A n O wne r’s M a nua l For Your Creativity O que podemos fazer sobre isso? iZ oa r D ropbox U bic oa c h by Sand ra -dNoticia e Freitasda & Indústria 37 50 Marcy Nelson-Garrison O Futuro do coaching nas
organizações Painel de debate interativo com coaches sticky situations doamundo durante “ H ow d o I m k e a futodo l l - ti m e l i v i ng as a coach?”a Conferência de Coaching Grupo Global By Carol AdAnual rienndo e, C raig C arr Coaching
& Victoria Trabosh
Frank Bresser honoreddeatquem Worldpassou a experiência Coaching Congress pelo processo
A Rare &O Special Experience ser coach executivo - novas
2nd Annual Gay Coaches Conference perspectivas e posicionamentos by Dave Allen
43 - Palavra Final O coach milenar Compartilhando
TradingPensamentos in your ‘to do’elists for sabedoria para conscious intention of being um coaching melhor by Regina Hellinger
connect with us: facebook.com/choicemagazine twitter.com/choicemagazine linkedin.com/group/choicemagazine
EDITORIAL BOARD Carol Adrienne TerI-E Belf Laura Berman Fortgang Rich Fettke Debbie Ford C. J. Hayden Dorcas Kelley Pamela Richarde Phil Sandahl Iyanla Vanzant 2285 Lakeshore Blvd. West, Suite 807 Toronto, ON, Canada M8V 3X9 Phone/Fax: 1-800-553-3241 P.O. Box 8388 Round Rock, TX 78683 USA The views presented in this magazine are not necessarily those choice of Magazine Inc. Copyright ©2013. All rights reserved. Reproduction in whole or in part without written permission is prohibited. Printed in the USA June 2013 Issue choice(ISSN 1708-6116) is published quarterly for $39.95 US per year by choiceMagazine Inc., 2285 Lakeshore Blvd. West, Suite 807, Toronto, ON, Canada M8V 3X9. POSTMASTER: Send address changes to:choice,PO Box 942,
Equipe Brasil direção executiva Jaqueline Weigel
VO L U M E 11 N U M B E R 2
atendimento Rosely Kelberman tradução Silvia Pilagallo Direção de Arte Alexandre Bittencourt
04
choice
Pensamentos da Choice Uma vez que celebramos uma década de publicação da Revista Choice, gostaria primeiramente de reconhecer e agradecer essa nossa equipe incrível de profissionais: • Michele Singh, diretora de arte, que faz com que toda edição da Choice tenha um visual espetacular, que gerencia a pressão do prazo de entrega com graça • Jenna Burrows, diretora de operações e gerente de produção, cuja atenção e habilidade para manipular múltiplas responsabilidades é inspiradora • Monica Lambert, gerente de serviço ao consumidor, que assegura que nossos assinantes e parceiros de valor tenham a maior atenção, consideração e receptividade • Ally Gaynor, revisora, com “olhos aguçados” assegura que a Choice mantenha os altos padrões de editoração • E lógico, Garry Schleifer, editor. Sem sua liderança, confiança e suporte a equipe não poderia seguir adiante. Durante os últimos setes anos como editora executiva, tenho sido abençoada por trabalhar com uma equipe de profissionais tão talentosos, dedicados, experientes e comprometidos. Somos um grupo pequeno, mas capaz de realizar grandes coisas. O crescimento, sucesso e qualidade da Revista Choice são a prova desta equipe maravilhosa.
Também gostaria de agradecer às centenas de escritores que tem submetido seus artigos para a Choice nos últimos 10 anos. A boa vontade em compartilhar seus conhecimentos, competências e insights com nossos assinantes faz da Choice uma leitura obrigatória para os profissionais de coaching. Literalmente isso não aconteceria sem você, e olhamos à frente por mais 10 anos com as submissões de artigos de alto nível. Nesta edição de Choice, celebramos nosso 10° Aniversário olhando para trás, avaliando onde chegamos e projetando mais 10 anos à frente da profissão de coach. Nossa reportagem de abertura de Vikki Brock explora como o coaching de ontem, hoje e amanhã desafia todas as tentativas de definição e contenção. Depois Leni Wildflower nos leva de volta no tempo, antes do coaching, para mostrar onde estão nossas origens. E finalmente, o editor Garry Schleifer entrevista a coach pioneira Laura Berman Fortgang sobre o passado, presente e futuro do coaching.
Janet Lees, B.Journ. sobre o que impede os coaches de obterem sucesso, e o que podemos fazer a respeito? Em nossa coluna de liderança corporativa, Janet Harvey apresenta um modelo de processo para contratação eficaz com compradores. Convidamos vocês a celebrar com a gente enquanto você lê esta edição de aniversário da Choice, e olhar à frente por outros 10 anos com a revista!
Nossas colunas e departamentos também celebram a história rica do coaching e seu futuro excitante. Em “notícias do setor” os líderes da ICF e IAC exploram o passado e o futuro de suas respectivas organizações. Nossa especialista “situação de rigidez” questiona porque a maioria dos coaches ganha menos que $ 25.000 dólares. Em nossa coluna “perspectiva”, Kim Ades questiona
05
choice
Pensamentos da Choice Alcançamos um marco importante na vida da Choice, a revista do coach profissional. Esta edição marca a data oficial do 10° Aniversário desta publicação mundial. Um momento de realização.
E meu maior agradecimento vai para meu adorável marido, Patrick Evan, que, em resposta a minha pergunta, “Por que nosso setor não tem uma revista?” disse, “Você é um empresário, faça uma ...” E eu fiz.
Garry PCC, CMC, CEO & Publisher
Obrigado a todos! Mas isso não quer dizer que vamos sentar e relaxar nesse momento de gloriosa realização. Continuamos ativos em criar a melhor revista para o nosso o setor. Na verdade, temos trabalhado para melhorar a qualidade com base no feedback de nossos leitores.
Somo gratos a muitas pessoas com quem trabalhamos e encontramos durante esses anos. Meu agradecimento a nossos leitores, parceiros e lógico a equipe que tem dado suporte ao longo do caminho. Por favor, pare um instante e dê uma olhada em nosso cabeçalho do Índice e reflita com alegria junto às pessoas que fizeram desta jornada uma grande jornada, muitos deles estão aqui há mais de cinco anos. Gostaríamos de poder citar todos os leitores, membros de equipe e parceiros ao longo do caminho, mas você sabe quem é e que tem um lugar especial em nossos corações. É através de seu comprometimento, dedicação e esforço que fizemos isso para este dia especial.
06
choice
Temos vistos resultados de relatórios, estudos e pesquisas e sentimos que é hora de se mover em direção ao magistrado e abraçar nossa nova missão: guiar e dar suporte ao sucesso de coaches e a sustentabilidade da profissão de coaching. Quando você estiver lendo isso, já teremos dado início a nossa Adesão Interativa da Choice de teleconferências recebendo você num lugar tranquilo e quieto de criação e prática de negócios. Bem-vindos à nova Choice!
VOLUME 11 NUMBER 2
5
Pensamentos da Choice
Depoimento
Jaqueline Diretora Executiva Choice Brasil
por Jaqueline Weigel A Choice internacional completa 10 anos. No Brasil estamos na terceira edição traduzida, crescendo e felizes com a receptividade da revista no mercado. A Choice é um canal direto com a comunidade de coaches global, e agora brasileira. Saber o que acontece no mundo faz com que possamos antecipar tendências . Nesta edição, o relato de um encontro valioso de coaches de alto nível, discutindo o futuro do coaching nas organizações.
A Choice vem se tornando um guia para que coaches sejam cada vez melhores como profissionais e para que tornem-se empreendedores capazes de criar um negócio de coaching de sucesso. O mercado brasileiro vem crescendo, e esta modalidade já é reconhecida como a melhor metodologia disponível no mercado. Mesmo inundado de ofertas e de novos profissionais, pessoas sérias vem fazendo um excelente trabalho, e colaborando para que o Brasil se torne um país melhor.
Coaching é muito mais do que desenvolver competências, é recolocar as pessoas em contato consigo, com seus desejos, seus papéis e sua vida. Transformação é uma boa palavra para descrever o que o processo de coaching proporciona aos coachees. Boa leitura!
Recado das Coaches
07
choice
Colaboradoes Departamentos Carol Adrienne PHD, é autora internacionalmente reconhecida, conselheira intuitiva e coach pessoal, cujos livros já foram traduzidos para mais de 15 idiomas. Atuando como mestre em numerologia, líder de workshop, e coach pessoal, já ajudou milhares de pessoas a eliminar seus paradigmas negativos, lhes oferecendo ferramentas para construir a vida que eles desejam ter. carol22@sonic.net www.caroladrienne.com
Sarah Carling É uma coach para projetos de vida, especializada em ajudar as pessoas na mudança do projeto de vida para alcançar plena realização. Depois de reaproveitar sua própria vida se tornou procurada internacionalmente, depois consultora de marketing on line, construiu 2 negócios de marketing de sucesso e dando palestras em todo o mundo enquanto morava na Costa Rica. Sarah realizou seu sonho de ajudar os outros a fazer as mesmas mudanças profundas em suas próprias vidas. LifeDesign@SarahCarling.com
Craig Carr PCC, CPCC, tem atuado como terapeuta, Doutor em Medicina Chinesa e membro sênior no Coaches Training Institute. Sua vasta clientela de coaching pessoal inclui empreendedores, investidores, executivos, coaches e artistas. Ele é co-autor de The New Clietn Guidebook to Professional Coaching e Danger, Sex and Magic: Life Beyond the Forbidden and Taboo.
www.relationshipcoaching.com
Susan R. Meyer MMC, BCC é president do Susan R. Meyer, Coaching and Consulting e Life-Work Coach. Ele oferece coaching executive e pessoal e é mediadora em seminários com tópicos que incluem planejamento de vida, inteligência emocional, desenvolvimento de liderança, comunicação e habilidades de coaching para gerentes. www.susanrmeyer.com
Sandra De Freitas É coach em tecnologia de ponta, palestrante, treinadora e expert em tecnologia da internet. Ela é fundadora da www.TechCoachForCoaches.com e autora de Does this Blogsite Make my Wallt Look Fat? www.wordpressblogsites.com
www.coachfederation.org
Jay Fisetis O fundador do Código do Autor, presidente do Personal Best Seminars, um autor de bestsellers, mediador e coach. Tem mais de 40.000 graduados nos últimos 25 anos em seminários e programas transformacionais. Sua Missão é viver com paixão de forma positiva e abundante, manifestando liberdade através de responsabilidade pessoal na minha vida e na vida dos outros. É dedicado a instigar um movimento mundial de Autores Conscientes que através da libertação de seus bloqueios e barreiras emocionais escolheram criar vidas com significado e contribuição.
Marcy Nelson-Garrison MA, LP, CPCC, atua desenvolvendo produtos e é fundadora do www.coachingtoys.com, uma loja online de brinquedos e ferramentas criativas para desenvolvimento pessoal. Marcy ajuda conselheiros, consultores e coaches a alavancar sua própria criatividade visando impacto e benefícios maiores. Seus produtos incluem: Q? Basics, Open-Ended Questions for Coaching Mastery; The Produc Planner; e Passion to Product.
www.wordpressblogsites.com
choice
kat@relationshipcoaching.com
Magdalena Mook É diretora executiva e CEO da Federação Internacional de Coach (ICF). Ela se juntou a ICF em 2005 e tem dado suporte a ICF com extensa experiência em captação de recursos, desenvolvimento, consultoria, e gerência de associação, Anteriormente Magda trabalhou como diretora assistente da Polícia Nacional e diretora de Desenvolvimento no Council of State Governments (CSG). Seu estudo formal inclui um MS em Economia e Comércio Exterior na Escola de Economia de Varsóvia, Polônia e conclusão do Programa Avançado da Escola de Negócios de Copenhagen em Consultoria e Gerenciamento Internacional.
craigcarr@dsmlifetrainings www.dangersexmagic.com
08
Kat Knecht CPCC, PCC, é coach de relacionamentos, encontros e amor. Junto com seu marido, Curtis, é co-fundadora da Relationship Coaching Connection. Seu programa, The Art and Science Romance, ajuda centenas de mulheres a encontrar a vida romântica que desejam. O Círculo de Coaching semanal que ela coordena, ajuda mulheres a melhorar o relacionamento que elas já possuem, encontrarem o amor de suas vidas através do aprendizado de como praticar amor próprio e como usar seu poder pessoal de forma positiva.
marcy@coachingtoys.com www.ProductMentorCoaching.com
Victoria Trabosh É coach executiva, palestrante internacional e autora do livro Dead Rita’s Wisdom - Palavras simples para ajudar você a viver uma vida extraordinária. Ela é co-anfitrã do programa de rádio semanal, Smart Women Talk Radio. Além de atuar em coaching e fazer palestras, ela co-fundou a Itafari Foundation, em 2005, uma organização sem fins lucrativos para mudar e dar suporte ao país de Rwanda. Em 2006, teve a honra de palestrar nas Nações Unidas. Frequentemente viaja para Rwanda para dar suporte à fundação e atuar como coah com as pessoas que estão mudando a cara do país. Vicky@victoriatrabosh.com
Kim Ades MBA, é presidente e fundadora do Frame of Mind Coaching e Journal Engine™ Software. Ela é uma das melhores especialistas da América do Norte em desempenho através do gerenciamento de pensamento. Com clientes da Malásia, África do Sul, Canadá e E.U., Kim e sua equipe de coaches transformaram o processo de coaching e treinamento através da criação do JournalEngine™ Software. Escritora, palestrante, empresária, coach, e mãe de cinco, Kim desenvolveu um negócio de coaching próspero e implantou uma ideia simples numa empresa que lidera o setor que agora coaches estão no campo pelo mundo. kim@journalengine.com www.journalengine.com
Sylvia Becker-Hill MA, PCC, é ganhadora do prêmio de estratégia de mudança executiva, especializada em liderança corporativa em coaching para lidar com profunda transformação pessoal com resultados mensuráveis e duradouros para suas empresas. Com 15 anos de experiência, pioneira em coaching nos dois lados do Atlântico, Sylvia usa a última pesquisa em neurociência e inteligência emocional para dar assistência em liderança corporativa com integração e gerenciamento de mudanças para treinamento no local e resolução de conflito. Sylvia foi a primeira Alemã PCC em 2003. Foi também coach mentora do Capítulo da ICF-Michigan, ex membro da diretoria da ICF-Mighigan em 2010 e presidente da ICF na Alemanha em 2005 e fundadora do Capítulo Rhein-Ruhr em Duesseldorf/Alemanha em 2003 da ICF. sylvia@becker-hill.com www.sylviabeckerhill.com
Janet Harvey MCC, CMC, MA, tem 30 anos como executiva de negócios para empresários e corporativo. Líder, empresária, mentora de coaches, e treinadora de coaches, Janet foi uma das primeiras a adotar a criação de um lugar de trabalho centrado no coach. Nas últimas duas décadas, trabalhou com organizações mundiais e equipe de líderes para definir alta, flexível e generativa cultura de desempenho através de uma abordagem de coaching para direcionar e gerenciar sucesso. Janet Harvey traz sua experiência como executiva e empresária como presidente para inviteCHANGE, dedicada ao treinamento de certificação de coach e serviços de coaching profissional Christa Schoening MCC, é uma das maiores autoridades em coaching na Alemanha. É fundadora e CEO do Grupo Global Coaching GmBH, uma empresa de coaching mundial servindo clientes multinacionais pelo mundo. A cada dois anos recebe na Europa a Conferência do Grupo Global Coaching reunindo coaches e executivos de RH de alto escalão. Trabalhou com centenas de executivos internacionais de diferentes culturas. Seu foco é o coaching pessoal para executivos, equipes senior de gerenciamento de coaching e execução de programas de liderança internacional. Como ex membro da diretoria da ICF na Alemanha, promove ativamente alta qualidade e padrões de ética no coaching. É uma dos oito que possuem Certificado Master de Coach na Alemanha, alto nível de certificação reconhecido internacionalmente no coaching. Christa-schoening@global-cg.com www.global-cg.com
Reportagens Laura Berman Fortgang MCC, é uma pioneira, veterana com 21 anos no campo de coaching pessoal, dando suporte às pessoas para encontrarem significado, finalidade e satisfação em suas vidas. Laura é também uma autora best-seller, palestrante corporativa, personalidade de TV, ministra de interface. Laura também treina coaches com seu programa de transição de carreiras baseado em seu livro ,“Now What?”. Um grupo de elite que podemos dizer se destacaram no programa The Oprah Winfrey Show, Laura trabalhou com clientes variando de dona de casa a celebridades e de postos intermediários a CEO bem como NASA e The Army Corps of Engineers. lbf@intercoach.com www.laurabermanfortgang.com
09
choice
Colaboradoes Vikki Brock EMBA, PhD, MCC, trabalha com práticas particulares como coach de liderança executiva e mentora para coaches desde 1995, seguindo uma carreira corporativa de 21 anos. Ela define coaching como “crescimento da consciência, de modo que as pessoas estão em nível de escolha consciente” e é comprometida com a transformação em nível mundial. Durante seu ensino na universidade, escrevendo, palestrando internacionalmente, e fazendo coaching, Vikki enfatiza colaboração e inclusão. O primeiro livro de Vikki foi publicado em Maio de 2012, Sourcebook of Coaching History, de longe perito no assunto da história do coaching. coach@vikkibrock.com www.vikkibrock.com
Garry Schleifer PCC, CPCC, é um coach de desenvolvimento de negócios especializado em trabalhar com pessoas, principalmente com mulheres, que possuem seus próprios negócios. Ele usa sua experiência de 23 anos em negócios para dar suporte ao seu coaching. Juntamente com Concept Synoptic Inc. é também editor da choice, a revista de coaching profissional, distribuída trimestralmente a assinantes em 28 países. Gary foi o último presidente do Toronto Chapter Board da ICF e serviu na diretoria internacional da ICF como vice presidente. garry@choice-online.com www.choice-online.com
Leni Wildflower PhD, PCC, tem mais de 20 anos de experiência como coach executiva, autora e educadora trabalhando nos E.U. , Reino Unido, Europa, China e América Latina. Ela desenvolveu um programa de coaching baseado em evidência na Fielding Graduate University onde ela ensina agora. Com a ex-presidente da ICF Diana Breman, Leni co-editou The Handbook of Knowledge-Based Coaching: From Theory to Practice, (John Wiley and Sons, 2011) que é usado nas escolas de coacjhing pela América do Norte. Em seu último livro The Hidden History of Coaching (McGraw Hill, 2013) ela buscou seu interesse pelas teorias e movimentos que formaram a base do coaching. leniwildflowerconsulting@gmail.com www.wildflower-consulting.com
10
choice
Ferramentas de Coaching
Caminhos criativos e inovadores para avivar e renovar seu negócio de coaching Brinquedos de Coaching para 2013 Produtos Premiados por Marcy Nelson-Garrison, MA, LP, CPCC Em comemoração aos maravilhosos 10 anos da Choice Magazine, 10 anos escrevendo sobre Ferramentas de Coaching e 10 anos de inauguração da Coaching Toys Store (Loja de Acessórios para Coaching), é com grande entusiasmo que divulgamos a Coaching Toys 2013 Products Awards (Loja 2013 com Produtos Premiados). Ao longo dos anos muitas ferramentas incríveis foram destacadas nessas páginas – é hora de homenagear os melhores entre os melhores! Criamos três categorias de produtos premiados: Out Of The Box (Além do Padrão); Big Life, Big Action (Uma Grande Ação, Uma Grande Vida); e Art Of The Heart (A Arte do Coração). O vencedor de cada uma terá uma anotação publicada em “Ferramentas de Coaching”. Esta edição homenageia o ganhador do Produto Premiado “Big Life Big Action”.
“Big Life Big Action” Ganhador do Produto Premiado Road to Resilience Values Cards Caminho para Resiliência - Cartas de Princípios Parabéns a “Road to Resilience Values Cards” por ser ganhador do “Big Life Big Action” de Produtos Premiados de Brinquedos de Coanching 2013. Não importa o tipo de coach que você é, os valores são parte essencial de seu trabalho com os clientes. É o ingrediente secreto da realização, propósito e integridade em casa e no trabalho. Esta plataforma única faz com que os valores aconteçam com mais facilidade e poder. É única porque na realidade são duas plataformas em uma. Em um lado da carta está o valor. Use este lado da plataforma para fazer um processo de ordenação de carta. É um caminho atraente para convidar seus clientes ou membros de equipe a identificarem seus 5 valores mais importantes.
Na minha experiência, a natureza ativa do processo de ordenação de cartas produz um resultado excelente. Virando a carta, na outra plataforma você encontra um grupo de 5 questões relacionadas ao valor. As questões oferecem oportunidades para reflexão de acordo com a percepção através do coaching. Valores são muito importantes. Eles motivam, clareiam e definem quem somos no mundo. Este tipo de clareza e propósito leva a uma grande ação. O “Road to Resilience Values Deck” pode ajudar você a trazer esse trabalho importante para vida.
Hapacus Nós todos procuramos felicidade e agora uma pesquisa científica nos diz como podemos ajudar nossos clientes a alcançar felicidade. Hapacus abraçou a pesquisa e agora está comprometido em espalhar a ciência da’ felicidade. Eles criaram um caminho para fazer isso que oferece uma oportunidade de negócio perfeita para coaches de vida (life coaches).
O programa foi construído com base no livro “The Happiness Journey” (A Viagem para a Felicidade) de Bob e Virginia Pothier. O livro derruba a ciência emergente sobre felicidade facilitando sua acessibilidade. O modelo Hapacus, chamado de “Learning Loop” (Aprendizagem Contínua) inclui leitura, debate, prática e ensino. Os Pothiers acreditam que você aprende mais quando ensina – verdade! Eles desenvolveram um curso de quatro semanas, completo, com livro, guias de aprendizagem e tudo que você precisa para ter sucesso. Como parte do “Learning Loop”, os participantes são convidados a ensinar o curso pelo menos uma vez depois de terminar – mesmo que seja somente para amigos e família. A oportunidade de negócios é uma extensão da parte de ensino do “Learning Loop”. Eles fornecem os materiais, treinamento e assinam o processo para você ensinar a lição “The Happiness Journey” como um professor de “faculdade”. Você tem uma pequena taxa para ouvir o curso, mas mais além você coordena suas próprias taxas e recebe pelas classes que ensinar. Você também ganha comissão sobre cada livro que os participantes comprarem. Se você não fizer nada mais além disso – você tem uma oferta inicial para atrair clientes em potencial com o menor investimento. Se você quer realmente alavancar a oportunidade de negócios, Hapacus tem um componente de marketing com vários níveis. Conforme você dá suporte aos outros para se tornarem professores de “faculdade” do material, você ganha comissão dos trabalhos dele. Isso é de longe uma das oportunidades de negócio orientada com finalidade mais flexível que já vi usando este tipo de modelo e a ciência da felicidade é um tópico picante. Vale a pena checar. Imagine sua própria felicidade crescendo conforme você ensina e se engaja com o material.
11
choice
Ferramentas de Coaching
Quotables Todo coach adora citações. Você vê nos sites, quando atualizam o status nas redes sociais, nas margens dos livros e nunca nos cansamos de ver. Elas continuam a estimular, inspirar e relembrar. Esta plataforma doce de cartas com citações facilita para você trazê-las para workshops, um retiro, uma sessão de descoberta ou um evento para formar uma equipe. Quotables tem 40 cartas, cada uma com uma citação em um dos lados e uma mini biografia do autor do outro lado. As citações são voltadas para o ensino, aprendizagem e liderança. O pacote também traz sugestões de como usar.
Abundance Life Wheel Game Jogo de Roda para Vida em Abundância
Priority Matrix Jogo de Roda para Vida em Abundância
por Sandra De Freitas
por Sandra De Freitas
O quanto a sua vida é abundante? Talvez você e seus clientes tenham uma ideia geral do ponto em que chegaram na vida e porque sentem da forma que sentem, i.e. falta de motivação, empacado, etc.
Como empresários somos responsáveis por nossa produtividade. Temos controle para produzir grandes resultados em nosso negócio e em nossas vidas. Então por que ficamos tão chocados quando é hora de almoçar e fizemos pouco ou nada? É porque passamos as últimas três horas em casa? É porque passamos muito tempo navegando na internet? Ou é porque estamos sobrecarregados com uma lista do que fazer e não sabemos por onde começar?
Não seria divertido jogar um jogo para fazer um balanço sobre até onde você chegou na vida? O jogo “Abundance Life Wheel Game” inclui 14 categorias que constituem a existência humana. Jogue este jogo animado e descubra exatamente o quanto abundante sua vida é, e saiba onde você está agora. Descubra de uma forma divertida o quanto você tem de energia, balanço e momento na sua vida. Uma vez que você tem essa clareza, você precisa perceber os ajustes que são necessários na sua vida para viver a grandeza.
A primeira vez que me apresentaram esse produto foi em um workshop de educação experimental orientado pela autora da plataforma, Jennifer Stanchfield. No workshop as citações eram usadas como um exercício criado intencionalmente: “escolha uma citação que reflita como você quer se engajar com a aprendizagem”. Que grande forma de dar o pontapé inicial para começar o dia e fazer todos se engajarem. Existem muitos caminhos para se usar o Quotables: para colocar uma intenção, para se apresentar, para fazer um balanço de uma atividade, para dar o pontapé inicial para um debate, como um lembrete para um exercício de reflexão, como uma forma de capturar e levar para casa. Quotables é divertido, um simples produto que pode ter um grande impacto. Definitivamente deve fazer parte de seu kit de ferramentas.
12
choice
Para jogar, visite o site www.abundancelifewheel.com e faça seu registro. Quando seus clientes se registrarem, peça que eles coloquem seu endereço de email no campo “E-mail2” assim você também terá uma cópia do resultado deles. É uma ferramenta fantástica para usar com seus clientes em base contínua. Uma vez registrado, você vai passar por cada uma das 14 categorias e indicar quanta abundância você tem naquela área. No final do jogo seu relatório completo estará disponível on line e em PDF para você salvar e imprimir. Uma opção muito boa para quem é visual! Se nenhuma categoria estiver ótima, uma questão de coaching vai motivar você a tomar uma atitude para aumentar a abundância nessa área. O criador deste jogo, Scott Epp, acredita firmemente que coaching e felicidade devem ser sinônimos. Ele tem paixão em combinar jogos com coaching para maior eficácia.
Se você está preparado para parar de perder tempo, gastar seus esforços e pronto para fazer com que a produtividade seja sua prioridade, Priority Matrix é para você. Este software de gerenciamento de tarefas está disponível para usuários do Mac, Windows, IPads e IPhones.
O software Priority Matrix utiliza o método dos 4-quadrantes popularizado pelo Stephen Covey. Os 4-quadrantes são 1) Fundamental e Imediato 2) Fundamental mas não Imediato 3) Não Fundamental mas Imediato 4) Não Fundamental e não Imediato Os nomes destes quadrantes podem ser editados de acordo com seu estilo. Uma vez que seus quadrantes estão montados, apenas acrescente suas tarefas a todos os quadrantes relevantes com prazo, porcentagem de conclusão e anotações. Você então pode enviar por email para sua equipe . Falando em e-mail, você pode puxar os e-mails do outlook e Apple para seu Priority Matrix para ajudar a priorizar seus e-mails. Usar o Priority Matrix vai ajudar você a ganhar tempo, reduzir seu esforço e aumentar sua produtividade diária. Vá a uma loja da Mac App ou visite o site www.appfluence.com.
Livros da Choice
Livros para melhorar o estilo de vida de coaching Comemoração da História do Coaching por Kat Knecht, CPCC, PCC Queria que a resenha para esta edição da Revista choice fosse sobre um livro especial. Estamos comemorando 10 anos da Revista choice engajada com a profissão de coaching e quero que os nossos leitores coaches saibam o que temos para comemorar. Também o fiz por minha própria curiosidade. Como começou essa profissão incrível? Quais são as possibilidades para seu futuro? Milagrosamente, encontrei um livro que contém todos os elementos de minha curiosidade e desejo e mostra algumas coincidências e ligações divertidas que apareceram depois que descobri o livro. O livro que escolhi é Sourcebook of Coaching History (Guia da História do Coaching) escrito por Vikki G. Brock, PhD. Seu livro apresenta uma visão notável, acadêmica e profunda da nossa profissão - as raízes do coaching, sua evolução, os criadores e transmissores, as associações globais e os nichos, foi escrito em 2012 e até hoje bem colocado entre os tops. Este livro vai lhe dar talvez a melhor imagem atual de como o coaching se encaixa em nossa comunidade global. Sourcebook of Coaching History mostra para você as raízes do coaching em relação à economia, história, filosofia, psicologia, esporte, aprendizado adulto, negócio, crescimento pessoal e forças sociais e econômicas. Dra. Brock nos leva a uma viagem através dos últimos 50 anos durante os quais o coaching se transformou numa profissão única e distinta e cuja prática se espalhou pelo mundo. Quem são seus criadores? Quem transmitiu? Quem o criou como uma profissão distinta? Em que a profissão se sustenta? Por que cresceu tão rápido com amplo impacto na vida pessoal e nos negócios em todo o mundo? Este livro traz grandes respostas para todas essas perguntas.
Ela completa essa aventura através de nossa profissão com uma visão geral de como está a profissão hoje e onde pode chegar. Você quer saber sobre os cursos universitários, práticas baseadas em evidências que são documentadas e sobre as escolas de treinamento e associações que estão implantando e promovendo a evolução do coaching? Tudo isso você encontra aqui. Naturalmente, não seria um livro sobre coaching se ela não proporcionasse os argumentos sobre o que é possível para nossa profissão e como podemos contribuir para criar seu futuro. Imaginem minha surpresa quando descobri que a Dra. Brock é a “Vikki” que vivi num veleiro ancorado, aqui mesmo minha cidade, no porto de Ventura, Califórnia. Ela faz aulas de dança comigo e com meu marido na Nia, nossa escola local. Este é o livro que ela mencionava estar trabalhando de tempos em tempos. Adoro quando as coisas acontecem desta forma. Minha segunda surpresa foi quando fazia uma pesquisa na internet sobre a Vikki, e descobri que ela escreveu um artigo maravilhoso no quinto aniversário da Revista choice! E por fim, quando estava passando os olhos sobre os depoimentos em seu livro, encontrei palavras de elogio escritas por Garry Schleifer, editor da choice.
Sou muito grata à Dra. Brock por sua pesquisa e sua paixão com a qual escreveu o livro para todos nós coaches que queremos saber mais sobre nossas origens e opções futuras. Sinto também que este livro me mostrou um novo caminho para falar sobre o coaching com aquelas pessoas que encontro e que tem curiosidade sobre coaching, qual sua finalidade e o que ele pode fazer por elas. Isto é o que estamos comemorando como coaches. Vamos festejar!
“Este livro me mostrou um novo caminho para falar sobre o coaching com aquelas pessoas que encontro e que tem curiosidade sobre coaching, qual sua finalidade e o que ele pode fazer por elas.”
Claramente, o universo dizia que este era o livro para a resenha desta edição da choice. Sourcebook of Coaching History é um livro bem diferente daqueles sobre os quais costumo fazer as resenhas. É um volume acadêmico repleto de informação. Ler o livro do princípio ao fim é realmente uma tarefa. O valor deste livro está em ler e saborear ao longo do tempo. O que mais gostei neste livro é que coloca nossa profissão num contexto muito maior do que já imaginei antes. Dra. Brock mostra o coaching de forma não só condizente com meu pensamento, nos últimos 20 anos, mas com uma conjuntura ainda maior.
13
choice
Situações de Rigidez
Por que muitos coaches falham? Orientações especializadas em assuntos fundamentais de coaching
Todos os anos, milhares de pessoas vão em busca do desejo de ser a mudança que elas mesmas querem ver, melhorando todo o seu desenvolvimento para servir como coaches, consultores, autores, palestrantes e curandeiros. Apesar da incrível promessa do nosso setor, quando chega o momento desses desejos se transformarem em carreiras, a maioria dos coaches falha. O estudo mais recente da ICF relata que para os coaches profissionais com clientes pagantes, a média anual dos rendimentos é de apenas 25.000 dólares. Outros estudos mostram que apenas 17 por cento dos coaches ganham mais de 45.000 dólares ao ano e 75 por cento dos coaches desistem em menos de 5 anos. Por quê? O que podemos fazer?
A posição dos especialistas Por Victoria Trabosh, CDC ® Esta é uma situação de rigidez para a profissão de coaching como um todo e que merece muita discussão a respeito. Núcleos individuais em escolas de coaching e associações estão atentos a essas dinâmicas, e o que vou falar aqui está longe de ser abrangente ou até mesmo novo. Quero também ser positiva quanto à questão “o que podemos fazer”, apesar de reconhecer que o primeiro passo, para solucionar o problema, é conhecê-lo o máximo possível. Percebo três coisas sobre as quais os coaches precisam refletir seriamente sobre quando escolhem a carreira de coach. Primeiro, isso tem relação com os 14 anos treinando milhares de coaches (a maior parte para CTI) - eu observei que muitos estudantes começavam porque viam nisso uma forma de engajar seu próprio crescimento pessoal. Outros evitavam completamente o elemento crescimento pessoal e enxergavam no coaching uma forma de ganhar dinheiro ou porque é uma profissão “quente” e eles poderiam aproveitar alguma experiência em uma área específica. Isso não é ruim ou errado em seus extremos. Minha opinião é que está claro que suas motivações estão gerando impacto no sucesso que podem ou não ter
14
choice
em seus caminhos. O remédio para isso é ter certeza de contratar um coach para você que seja mais experiente que você e que seja rigoroso também. Segundo, devemos reconhecer que a marca de coaching continua a ser manchada. Apesar do esforço de muitos, a verdade é que basta ter um cartão de visitas e uma solução para um problema para se tornar um coach. Consultores, professores, mentores, médicos conselheiros, terapeutas, vendedores, e muitos outros se consideram coaches porque podem. Isso não é novidade, mas tem um custo.
por Carol Adrienne, PHD A raiz do problema, como vejo, está numa dissonância cognitiva que não é examinada e acontece quando focamos nossa atenção no coaching como um processo interessante, agradável e digno de “ajudar os outros”, e esquecemos que o coaching é um negócio – e 90 por cento de qualquer negócio é marketing. 75 por cento dos que desistem do coaching em menos de 5 anos estão presos na esperança de que o cliente vai encontrá-lo de alguma forma em vez de criarem uma rede de contatos.
Como coaches treinados se distinguem das mensagens influenciáveis que andam por aí? Este é um problema frustrante que não apresenta uma solução rápida e é corrigido somente com persistência, ficando acima da rixa, da paciência, determinando suas credenciais e sendo o melhor, o mais profissional que você pode ser. O terceiro aspecto tem a ver com o negócio do coaching e há uma grande quantidade de coaches que praticam coaching com coaches neste assunto. Alguns têm seu crédito e fazem um bom trabalho tendo os coaches como nicho de clientela, fornecendo treinamentos, habilidades e ferramentas valiosas. O próximo passo é olhar para as oportunidades de expansão para a próxima geração de coaches e levar o coaching para todos. O ponto maior é que muitas coisas direcionam para fazer um negócio. É necessário tanto um conjunto de atividades quanto um conjunto de mudanças! Cada coach deve se aprofundar em seu processo pessoal, motivações, inspirações e finalidade para ter longevidade e prosperidade em sua profissão. Não é como abrir um bar na esquina e certamente não é como ter um emprego em uma corporação (não que esses não sejam caminhos para elucidar!). É apenas diferente e o quanto antes reconhecer, melhor. Tornar-se um coach de sucesso significa escolher o caminho mais alto e dar os passos necessários para se tornar o melhor, o mais profissional que você pode ser.
Acredito que muitos de nós que tendemos ao coaching idealizamos a profissão e seus benefícios. Por trás deste pensamento está a dura realidade de fazer um negócio – qualquer negócio – rentável. Coaches de sucesso estão trabalhando em criar visibilidade e viabilidade.
Primeiro trabalhe o seu círculo interno. Muitos coaches dedicam de 5 a 10 horas semanais durante um ou dois anos para fazer contato com as pessoas – principalmente fazendo sondagem. Comece fazendo uma lista de família, amigos, ex-colegas, conhecidos, todos que possa conhecer. Faça contato. Deixe que saibam que você agora é um coach.
numerologia e outras ferramentas intuitivas que ajudam a diferenciar minha marca.
não olhe para trás. A grande mudança de pensamento. É agora.
Mesmo que você decida que ser autônomo não é para você, sua experiência com coaching pode ser uma ferramenta inestimável para a sua vida e você vai agregar valor real em qualquer outro trabalho ou projeto que você queira realizar.
Dê um passo à frente; ofereça a eles sessões gratuitas por um tempo determinado. Fale sobre algumas sessões específicas – por exemplo, “Descubra Sua Finalidade na Sessão”. Cite três resultados que está procurando obter ao final de uma sessão assim eles podem perceber que não vão perder tempo! Deixe eles saberem qual é o valor normal de uma sessão, e que você está oferecendo essas sessões gratuitas 5 (ou 10) vezes por mês.
por Victoria Trabosh, CDC®
Finalmente, COMECE a trabalhar todos os dias em seu negócio. Se você não recebe pelo que adora fazer, então é um hobby. Trabalhar em seu negócio não significa ter uma web site perfeita, cartão de visitas, estar no pico, abraçar a causa, etc. É sobre estar conectado a outras pessoas. É sobre fazer melhores perguntas, como “quem você conhece?” ou “o que você precisa?” ou “como posso lhe ser útil?”. Lembre-se, Roma não foi construída em um dia. A grandeza tem seu tempo para acontecer. Você vai se envolver, vai crescer e vai mudar. Mas durante o processo, faça dinheiro parando com alguns comportamentos e começando outros. Sei que isso não é um abraço que venha de um coach. Mas vejo o coaching como um negócio, não um clube, e algumas vezes se torna necessário falar de forma direta. Se você não está criando essa grandeza, financeira e pessoal, você perde o ponto do negócio de coaching.
Sessões gratuitas criam uma dinâmica. Quando você determina um valor real, você pode transformar essas sessões de introdução em futuros clientes pagantes. Dê uma alavancada em seu empenho. Qualquer prática tem uma determinada quantidade de horas pagáveis. Crie caminhos para alavancar seu negócio. Procure aliados naturais para benefícios recíprocos criando intercâmbios. Desenvolva uma web site e vídeos para você aparecer. Blogar de forma consistente cria um fluxo. Organize reuniões com painéis de outros palestrantes profissionais com tópicos de coaching para criar abertura com todos. Esta manhã, enquanto pesquisava casualmente, encontrei vários sites com dicas úteis para construir uma prática de coaching rentável. Agregue valor e singularidade. Envie a seus clientes um email com o acompanhamento de alguns pontos trabalhados na sessão. Envie um prospecto informativo esboçando conselhos e inspirações de coaching que as pessoas gostariam de guardar ou enviar para um amigo. Crie uma lista com títulos para as sessões que vão ao encontro das necessidades de empresários individuais, mães solteiras, atravessando continentes, veteranos a procura de emprego, você inventa o nome! Uso no meu trabalho, a
Gostaria de oferecer três caminhos por onde você pode construir uma prática de coaching de sucesso e dizer, “Através do meu negócio posso, ao mesmo tempo, viver bem e fazer mudanças na vida, inclusive na minha!” Vou passar duas coisas que quero que você PARE de fazer e uma que você COMECE a fazer. Primeiro, PARE de comprar programas de coaching de outros, você os está enriquecendo enquanto batalha! Por favor, compreenda que eu sei que existem muitas ferramentas ótimas que vão ajudá-lo a construir sua prática. Mas quantas você comprou, quantas você usou e quantas agregaram algum valor a você e a seus clientes e que se tornaram LUCRO para você? Comece imediatamente a rever o que comprou, tire da gaveta e comece a usar. Você tem provavelmente ferramentas o suficiente para atender pelo menos 10 clientes que pagarão bem para você ensiná-los a como fazer. Então você vai se sentir bem com o dinheiro que investiu em sua prática para benefícios de seus clientes. Segundo, PARE de cobrar um preço menor do que o normal pelo seu trabalho. Para muitos de vocês isso significa trabalhar de graça – ou cobrar tão pouco que precisará ter centenas de clientes num mês para ganhar algum dinheiro. Ou, você está negociando seu trabalho. Leve a sério, de quantas massagens você precisa? Cobre pelo que você faz, e cobre tanto quanto puder com integridade e confiança. Eu recuso pessoas que não podem pagar o meu preço. Sei que existe alguém que poderá fazer o coaching para essas pessoas e não sou a salvadora de ninguém. Mas se você sabe o quanto vale seu trabalho, faça o preço e faça valer,
Recomece hoje revigorado. Reveja de forma crítica o que está fazendo bem e o que pode fazer melhor, e o que deve parar de fazer. Há um grande negócio rentável de sucesso esperando por você. Vá conquistá-lo. Você está se debatendo com uma situação de rigidez? Você não precisa passar por isso sozinho. Permita que coaches experientes deem algumas perspectivas diferentes para você considerar. Envie um email para editor@choice-online.com e coloque no assunto “situação de rigidez”.
15
choice
Perspectiva
Romper a relação de tempo por dinheiro Expandir seus serviços e produtos para gerar mais receita por Jay Fiset É claro que houve um momento na história que negociar tempo por dinheiro foi um avanço em relação à liberdade, escolha e autonomia. Negociar tempo por dinheiro, o rótulo de ser um empregado, é provavelmente um dos maiores desenvolvimentos da revolução industrial. Imagine ser um agricultor de subsistência, talvez em algum tipo de sistema feudal, onde você tivesse “outras obrigações” com o latifundiário. Então, de repente, você tem opções, escolhas e oportunidades. Existem pessoas e companhias dispostas a pagar pelo seu tempo. Nenhum risco com o clima, nada de “outras obrigações”, relativa coerência, rendimentos ganhos pelas horas trabalhadas. Parece muito bom. Na realidade, foi tão bom que após centenas de anos grande parte do mundo ainda acredita que é o “caminho para ter rendimentos”. Isto é bom para a grande maioria, mas na minha humilde opinião, NÃO é bom para os coaches. Para simplificar, esta ideia antiga e desatualizada de tempo por dinheiro prejudica não só seu negócio, mas todo o setor de coaching. Se você não acredita, leia o ICF 2012 Global Coaching Study (Estudo Global de Coaching 2012 do ICF). Os números não chegam nem a ser inspiradores. Em muitos casos, nem são sustentáveis. Então vamos explorar um pouco. O que faria você parar de negociar tempo por dinheiro? Falar a verdade Nós, e me incluo aí, fizemos isso... Alguns ainda fazem... Alguns não têm a dica do que poderiam fazer... Alguns “sabem” que há outros caminhos, mas tornam a cair no marketing não efetivo e modelos de negócios que com frequência não se sustentam. Pensamos “Apenas quero ter meu nome aparecendo”. Alguns se sentem cansados, frustrados e incomodados com a síndrome da “cadeira vazia”. Alguns pensam em voltar a ter um trabalho. Alguns simplesmente não conseguem largar o emprego tradicional...
16
choice
Alguns continuam dizendo para a família e para quem amam (nós mesmos), “Só preciso mais quatro clientes e tudo vai ficar bem”. A finalidade deste artigo é dar suporte para que você nunca mais pense ou sinta “Estou derrubado, meu(s) cliente(s) chave não renovou... Eu preciso dessa receita!” E então por onde você começa? Se vamos quebrar a relação “tempo por dinheiro”, há algumas questões importantes e vitais que devemos considerar e responder a nós mesmos. A primeira, é claro: Isto é realmente um negócio ou um hobby? É apenas um título ou algum assunto para festas? Se for um hobby, ótimo! Você pode imediatamente ignorar o resto deste artigo. Entretanto, se você quer compartilhar sua mensagem; dar suporte a sua tribo; crescer e evoluir enquanto concilia a vida familiar, cuidados pessoais, um grande estilo de vida e rendimentos abundantes, por favor, leia as seguintes perguntas e considere seriamente suas respostas: 1 - Qual é o seu modelo de negócio? Você tem um modelo de negócio? Como resposta para esta questão, “Eu negocio meu tempo de coaching com as pessoas por dinheiro” NÂO é um modelo de negócio. 2 - Como você relaciona seu tempo com o valor e resultado que seus clientes criam? 3 - O que mais ofereço além do meu tempo? Livros, workshops, adesões, programas, licença, coaching em grupo, etc.
4 - Como uso e integro a tecnologia? As três questões vitais A primeira coisa que você deve fazer é criar um modelo de negócio que proporcione os rendimentos e o estilo de vida que você deseja. As questões estruturadas mais relevantes para guiar você a ter um modelo de negócio apropriado são: 1 - Quanto quero ganhar com meu negócio? 2 - Quanto tempo/energia quero gastar com meu negócio? 3 - Qual o capital ou outras fontes que desejo investir? Não existem respostas “certas” para essas perguntas. O fato é que, a maioria das pessoas superestimam de forma gritante os rendimentos e subestimam o investimento de tempo e capital. Entretanto, coloque os pés no chão e reconheça que para criar o que você quer implica em trabalho, estratégia e suporte. O que é vital compreender é que se você quer ser um coach milionário, trabalhar dois dias na semana, e se sua abordagem é negociar tempo por dinheiro, então nesse caso você terá um caminho duro pela frente. Mas, existem muitas outras opções. Você precisa de um modelo de negócios e um padrão que faça você pensar diferente sobre como criar um negócio que atenda a você e a sua vida e que amplie sua contribuição para o mundo e seus clientes.
Os 6 elementos Esse é o momento em que os 6 elementos que cortam essa relação tempo por dinheiro se tornam vitais e importantes. Eles são: • Geração de Oportunidades – Para romper a relação tempo por dinheiro, como coaches, DEVEMOS sistematizar e automatizar uma variedade de estratégias para criar vendas potenciais. Este simples elemento toma muito do nosso tempo no negócio. Se não é assim, deveria, pelo menos até que você comece a recusar clientes. A falta de foco e ênfase nesse aspecto quando criamos o negócio é uma das razões mais relevantes do esforço dos coaches. • Diálogo - Este é para converter o interessado em um cliente pagante. Uma conversa pode ser simples SE sua geração de oportunidades potenciais está atingindo e atraindo o cliente certo. Nota: se você está atraindo interessados sem convertê-los a clientes, alguma coisa não está clara em seu alvo ou em sua mensagem. Lembre que o diálogo é mais fácil quando o alvo é claro. • Continuidade – Para simplificar, modelos para dar continuidade se vendem uma vez e geram receita a longo prazo. Não é vendendo um grande pacote ou fazendo ofertas que vai dar continuidade ao seu trabalho. Pense em serviços como telefone, utilidades ou internet. Os consumidores compram a ideia uma vez e continuam pagando. Modelos de dar continuidade que funcionam são maravilhosos num negócio. Imagine que antes do seu mês começar você já sabe que terá um rendimento de mais de 10 mil dólares, e que isso se repetirá mês após mês. MAIS AINDA, se fizer do jeito certo, você terá uma legião de clientes prontos para aceitar suas ofertas. • Comunicação – Esta é a área que o coach geralmente dá mais atenção. Para este artigo, não vou falar nada além do enorme valor que essa comunicação tem para o cliente certo (tenho certeza que você também concorda!). Então, procure focar seu tempo e energia em desenvolver SEU modelo de negócio.
• A escada para o sucesso – Dizendo de outra forma significa que você precisa de conjunto de produtos e serviços integrados. Os primeiros degraus da escada são baixo custo (mínimo risco para clientes potenciais) e pouco ou nenhum comprometimento de tempo do coach. Cada degrau da escada tem um preço mais alto para o cliente e um tempo maior de envolvimento pessoal com o coach. Essa é uma área onde a maioria dos coaches têm seus modelos completamente de cabeça para baixo. A primeira venda é negociar o tempo por dinheiro. Frequentemente os clientes conseguem acesso direto e imediato com o coach. Uma vez isso feito, para onde o cliente vai? • O Viral Loop – Nos termos mais simples, o Viral Loop (crescimento viral) é levar os clientes a conectarem você e sua empresa aos círculos de influência deles, de forma fácil, consistente e de um modo que ELES desfrutem! O Viral Loop deve estar incorporado a todos os outros aspectos do seu modelo de negócio: • Geração de Oportunidades • Diálogo • Continuidade • Comunicação • A escada para o sucesso Aqui está um exemplo bem simples que usamos. Em todo workshop organizamos uma competição. Quem fizer mais postagens (Facebook, Linkedin e Twitter) durante o workshop, ganha mais um fim de semana de workshop. As pessoas falam online sobre nós e nos divertimos muito com isso. Este é apenas um caminho para incorporar o Viral Loop em um dos elementos de seu modelo de negócio. Que três caminhos únicos, poderosos e divertidos existem para você criar o Viral Loop e todo elemento de seu modelo de negócio? Suporte Quando compartilho com coaches elementos de trabalho de um modelo de negócio, os olhos deles brilham. A cabeça se movimenta para cima e para baixo enquanto dentro deles
uma voz diz coisas como “isso é muito difícil”, “meu negócio é muito pequeno”, “vamos, apenas preciso de mais três clientes”, “não quero matar uma mosca com um revólver”, ou “não uso tecnologia”. Compreendo que isso possa parecer uma quantidade enorme de trabalho, mas com toda seriedade, é muito menos trabalhoso do que ficar parado na negociação tempo por dinheiro. É mais fácil que conter seus sonhos porque seus rendimentos na verdade não darão suporte. É mais fácil do que manter um dia de trabalho, assim você pode ser e fazer o que mais ama (coach). O melhor de tudo é que você não precisa criar você mesmo tudo isso. Existem cada vez mais coaches e sistemas de negócio de coaching no mercado, o que é fantástico para nossa profissão! Agora você sabe como avaliá-los.
“Você precisa de um modelo de negócios e um padrão que exija que você pense diferente sobre como criar um negócio que atenda a você e a sua vida e que amplie sua contribuição para o mundo e seus clientes.” 17
choice
Liderança Corporativa
Nosso convite é confiável Um modelo de processo para contratação eficaz com compradores por Janet Harvey, MA, CMC, MCC Eu celebro os compradores de serviços de coaching pelo mundo afora que procuram nossa parceria, que se engajam plenamente com uma visão inspirada e alcançam resultados mensuráveis que fazem uma diferença muito positiva. Agradeço a Revista Choice por ser uma voz do coaching profissional e esta oportunidade para celebrar a influência e o impacto do coaching e fixar nosso aprendizado e sabedoria. Como um profissional de coaching individual, em grupo e de organizações de tipos e tamanhos variados não tive, nos últimos 30 anos, um dia em que não sentisse admiração e gratidão por ter o privilégio de servir através do coaching. Esta contribuição para a Edição de 10° Aniversário da Choice é tanto prática quanto inspiradora para qualquer profissional no nosso campo comum de coaching. Além do modelo de processo para contratação eficaz com compradores, vamos observar uma história de cliente e assim o leitor vai entender como aplicar na prática as sugestões e ideias oferecidas nesse modelo. O que acontece quando um profissional e um comprador escolhem fazer uma parceria, engajar e experimentar satisfação e sucesso? Como oferecer conscientemente nosso único e confiável convite sempre que nos defrontamos com um comprador em potencial dos nossos serviços? O que motiva um comprador a manter comprometimento e mudança uma vez que o contrato é concluído? Estas três questões dizem respeito à influência e impacto. Nossa escolha como coach profissional é manter atenção focada nos dois e convidar corporate leadership o cliente a declarar como a escolha para contratar um coach irá influenciar positivamente e ter impacto no indivíduo, no grupo e, caso relevante, na organização que o indivíduo lidera.
18 the choice choice declare how to engage a coach will positively -
Modelo de Processo & Definições de conceitos Comunicação – Contexto – Conteúdo: Três Atributos de uma Cadeira Estável Todo coaching, independentemente do tipo de cliente ou aplicação tanto no domínio pessoal quanto profissional, exige capacidade de comunicação. As Competências Essenciais de Coaching do ICF e os treinamentos específicos de coaching relacionados são a fonte para a base da cadeira. Todos os coaches acrescentam experiências profissionais e pessoais, prática, ferramentas e modelos para abordar o contexto de um determinado cliente. Fazem parte destes exemplos mudanças de fase da vida de um indivíduo como ir de uma carreira de tempo integral para a aposentadoria ou no caso de organizações, um determinado foco do setor. Outro ponto da base desta cadeira é conteúdo específico relevante para o tópico do coaching e objetivos escolhidos.
Convite, Influência, Impacto: Campo de Atenção Influência positiva e impacto são essenciais para gerar convite confiável. Quando ambos, influência e impacto, são explorados na visão do comprador, usando habilidade de comunicação refinada, contratar os serviços se torna mais fácil, mais pleno e divertido! Quando temos intenção específica de criar uma experiência de diálogo, o resultado é uma parceria consciente. Iniciar um diálogo que revela o entendimento do comprador será a influência positiva e o impacto do nosso trabalho num relacionamento de coaching que começa a construir uma proposta de valor e significativa, elaborada especificamente para cada cliente. Ao longo do processo, nossa experiência anterior, nossa estória de impacto e influência positiva, são ferramentas poderosas para gerar mais sucesso. Nossas estórias de sucesso mostram que nossa proposta de valor único vai diretamente ao encontro do que o comprador está procurando. Nosso passado de sucesso, compartilhado como uma estória mostra alinhamento com a situação do cliente e afirma nosso valor e percepção do problema. Isso é o que gera credibilidade.
O Modelo de Processo para Contratação Eficaz é uma estrutura que se aplica no Campo de Atenção. Use isso para preparar e engajar numa conversa de contratação com compradores em potencial. Os elementos e exemplos de perguntas são aplicados para compradores individuais e também para responsáveis dentro das empresas.
Aplicação do Cliente Vamos sair do conceito e processo para a aplicação na prática com os clientes. Uma situação do cliente clareia a aplicação do modelo. O cliente é uma empresa comercial procurando uma solução para lideranças. A solução sugerida para a organização incluiu coaching individual e em grupo, duas sessões, 4 horas de treinamento com workshop com foco na mentalidade e conjunto de habilidades para comunicar usando a abordagem de coaching como um guia. A experiência gerada focou em como influenciar a cultura para adotar uma abordagem treinada para comunicação produzindo impactos positivos na confiança, responsabilidade e capacitação.
Exemplo de Cliente: Uma Empresa de Manufaturados em Geral Durante a fase de perspectiva de uma conversa, o cliente descreve sua situação atual dessa forma. “O novo cargo de gerente de processos em andamento inclui auxiliar a transição de gerentes recém-promovidos para que tenham sucesso. Começamos ouvindo o quanto havia para conhecer e quanto tudo estava sufocante. Tudo o que faziam era “apagar incêndios”. Como era difícil o trabalho de um gerente.” Conforme a conversa continuava descobrimos os indicadores e atributos que o cliente procurava. “Durante nossas sessões em andamento começamos a perguntar a esses gerentes “O que o levou a se tornar gerente?”. As respostas voltaram de forma consistente com um foco em conectar com as pessoas. Um estudo mais profundo revelou a importância de estabelecer relações com seus subordinados e mais, todo tempo que havia era para terminar o trabalho. Existia uma crença sobre desenvolvimento e finalizar o trabalho. Através de um coaching extra (coaches internos) percebemos que este
Passo 1: Visualizar
Passo 2: Inspirar
Passo 3: quantificar
Elementos
Elementos
Elementos
• Indicadores de saúde e bem estar • Atributos, qualidades, comportamentos, competências que são desejados • Descrição da experiência atual como base de referência ou ponto de partida
• Solução de problemas do negócio/desafios para satisfazer e maximizar potencial • Selecionar o perfil do profissional de coach ideal baseado nas afinidades • Ativar o responsável pela definição de metas e feedback
• Indicadores de impacto de desenvolvimento, i.e., aumento das habilidades, desejado mais forte/acrescentado, comportamento realce da satisfação • Aplicação da prova e descoberta para registrar o progresso em direção ao objetivo • Criar em conjunto metas e marcos de resultados
Exemplos de perguntas para questionar • Conhecendo os problemas do negócio objetivos, o que te faz saber se você ou sua organização está no caminho certo? • Qual sua atitude, perspectiva ou disposição nos períodos de sucesso e alta satisfação? • O que você e outros podem alcançar quando essas qualidades são apresentadas para você? • Em que grau de satisfação você está agora? • Quais forças e competências respondem pelo sucesso gerado? • Uma escala de 0 a 100%, o quanto você usa das suas forças?
desafio apresentado pelos gerentes era visto como ter uma situação ou outra e não ambas. Finalmente, queremos dar suporte a esses gerentes para responderem esta questão: “Como posso fazer o que faço de forma diferente para envolver minha equipe?”. O comprador declarou o indicador para um desenvolvimento saudável bem como qual mudança iria gerar uma satisfação maior para os gerentes durante a transição para as novas funções. Esta declaração criou uma abertura para começar fazer as perguntas para a fase inspiradora da conversa. As três questões chaves do negócio foram identificadas com especificidade suficiente de que o aprendizado claro resulta de treinamento e mudança de comportamento decorrente do coaching foram estabelecidas. Com clareza, rapidamente articulamos a terceira fase, quantificar. Era fácil identificar os dados disponíveis para apresentar um ponto de
Exemplos de perguntas para questionar • Quais os desafios ou problemas significativos no caminho para seu sucesso? • Qual potencial você quer desencadear para alcançar o sucesso? • Quais as experiências e qualidades mais importantes para um coach ser um bom parceiro? • Qual a última experiência sua ou de sua equipe com um coach; o que funcionou e o que não funcionou? • O que influenciaria, positivamente, seu foco nos objetivos escolhidos e no avanço para o objetivo? • O que você quer de uma relação fundamental para dar todo suporte no seu processo de descoberta?
partida de base de referência bem como definir o ponto final de sucesso. O contrato foi discutido, moldado e finalizado após três conversas. A cada etapa nosso Campo de Atenção foi primeiro convidar o cliente a falar assim ficava claro para nós qual influência e impacto o cliente procurava. Quando contamos nossas estórias relevantes para afirmar nosso entendimento, alinhamento, capacidade para fazer parceria e experiência em situações similares, sempre mostramos credibilidade. Como em todo coaching eficaz essa abordagem de processo convida a liderança do cliente para uma relação desde o princípio. Uma parceria de confiança nasce quando clientes e/ou responsáveis de coaching para um comprador de organização experimentam respeito e compromisso numa solução única e sob medida para um contexto específico. O cliente reconhece o conhecimento que eles possuem com relação a conteúdo.
Exemplos de perguntas para questionar • Qual o impacto no desempenho que você procura e como irá reconhecê-lo quando acontecer? (Relacionado ao Passo 1) • Que oportunidades você tem para aplicar, no seu quotidiano, o que descobre no coaching. • Que relacionamentos terão mais influência e como pode observar essa melhora? • O que descreve sua experiência de se sentir completo com os objetivos que está traçando? • Que métodos você usa para determinar o impacto da escolha de um novo caminho para ser/pensar/criar? • Que aumento de porcentagem no uso de forças representa uma condição de satisfação e/ou sucesso?
Ele experimenta direta e imediatamente nossa modelagem de conhecimento em um processo eficaz. Questões chaves do negócio foram descritas de forma comportamental e estas foram comparadas com as competências de liderança que a empresa esperava ter a cada nível de gerência. Por sua vez, aquelas competências foram relevantes para a empresa devido à forma como mediam o envolvimento do empregado. Juntos formaram a base para a pesquisa quantitativa de referência de base e a pesquisa de impacto após a solução para determinar o retorno de investimento e expectativa. A Pesquisa de Envolvimento do empregado mostrou um aumento de 20% em resposta positiva quando foram comparados os dados de referência de base com o período pós solução, coletados quatro meses depois da conclusão. Os próprios gerentes relataram
19
choice
Liderança Corporativa
um grupo plenamente alinhado de coaches internos foi aceito, fundado e imediatamente iniciado. Os coaches têm uma comunicação altamente refinada e mentalidade e conjunto de habilidades relacionadas que também por consequência geram parcerias. Os clientes nessa parceria são iguais, mantendo conhecimento no contexto e conteúdo de suas vidas, pessoal e/ou profissional enquanto estão comprometidos com um coach profissional especializado em processos de visualização, sendo inspirados e quantificando progresso. O modelo de processo é uma estrutura para estabelecer acordos que são relevantes, sob medida, específicos, orientados para ação, e quantitativos para o cliente.
que usaram as habilidades e conhecimento em todas as relações de locais de trabalho 60% do tempo e uma melhora de 33% na relação de trabalho com supervisor imediato. Quando questionados se houve aumento na qualidade de interações com subordinados diretos, 72 por cento dos gerentes relataram que teve melhora de mais de 50 por cento em qualidade. Capacidade de passar mais tempo fazendo coaching e desenvolvendo subordinados diretos foi noticiado por 93 por cento da população.
Sustentabilidade O coach interno que era líder para este projeto apresentou resultados para a liderança de divisão como uma nova recomendação para investir em criar um Grupo de Coaching de Liderança interno dedicado a esta divisão. Quando observamos o modelo de processo - Visualizar - Inspirar - Quantificar - os fatores que levam a alta credibilidade para este líder são evidentes.
20
choice
• A solução foi criada com base nas questões do negócio específico da empresa amarradas a medidas relevantes de satisfação e sucesso, comprometimento do Empregado e o impacto positivo no desempenho quando este é melhorado. • Os objetivos foram desenvolvidos baseados no conhecido modelo de liderança adotado para gerar um alto desempenho no ambiente de trabalho. • O aprendizado foi pertinente e específico para as necessidades expressadas pelos gerentes para terem sucesso nas novas funções gerenciais. • O coaching reforçou todo aprendizado de modo que os gerentes imediatamente aplicaram habilidades e comportamentos e experimentaram visível impacto e influência positiva. O convite do líder para manter resultados positivos para a divisão através da criação de
A responsabilidade pelo cliente é grande em virtude de ser o co-criador de encontrar a solução e implementá-la a cada fase. O líder deste cliente tem uma estória confiável. Ele sabe que a direção da abordagem do coach funciona. Ele compartilhou os resultados declarando a influência positiva na cultura e o impacto no desempenho. Agora sua estória é uma metáfora para facilitar e afirmar a descoberta disponível com os clientes internos em todos os mais de 80.000 empregados da sua região. Em suas próprias palavras, “Eu fico firme na minha crença, fé e verdade nos resultados da abordagem de coach para liderança porque sei que funcionam. Meu convite para os outros é para experimentar e sentir a abordagem. Certamente é melhor do que continuar a usar abordagens que não alcançam os resultados desejados.” Estruturando sua estória através do modelo de processo Visualizar - Inspirar – Quantificar faz sua estória generativa. A influência positiva e o impacto permanecem para sempre, que se paga mais a frente por este coach e todo comprador satisfeito que ele contrata. Qual é o resultado? Um convite confiável, gerado consistentemente com qualquer tipo de cliente em qualquer contexto ou conteúdo que escolhemos. Um convite que consistentemente gera influência e impacto positivos utilizando nosso conjunto de habilidades eficazes como coach realizadas com competência, poder e confiança. Coaches, somos um convite confiável...viva isso!
FEL-0002-13.AF01 ALTA_Anuncio Neuro Leadership_18x12.5.pdf
1
9/13/13
11:45 PM
19
choice
Feature
É o 10° Aniversário da Choice, a revista do coaching profissional! Dedicamos essa edição para olhar para trás e ver o quanto o coaching cresceu nestes últimos 10 anos, destacando etapas fundamentais, o movimento em direção à profissionalização, e as muitas faces do coaching hoje. Também olhamos para à frente, até onde pode chegar o coaching como profissão, como um negócio, e como uma comunidade. O coaching está vivo, forte e em crescimento, e comemoramos a história e o futuro do coaching profissional nesta edição empolgante da choice. .
22
choice
Celebração O coaching continua a desafiar todas tentativas em definição e contenção por Vikki Brock, EMBA, PhD, MCC O coaching é um campo emergente e em evolução, complexo e dinâmico, integrando a essência de muitos campos e com o pensamento inovador de grandes pioneiros. As raízes do coaching remontam à antiguidade. Filósofos orientais e antigos coaches esportivos estavam entre os primeiros profissionais. No Leste, o foco do treinamento físico eram as artes marciais, em vez de esportivos. No Oeste, imagens capturadas nas ânforas da antiga Grécia fornecem evidência que coaches esportivos tiveram uma função na cultura Ocidental por quase três milênios. Como acontece nos esportes modernos de hoje, os antigos coaches da Grécia – ex-atletas – ajudavam os competidores do dia a alcançarem excelência pessoal. No cenário dos comerciantes de sucesso dos anos 30 (Norman Vincent Peale, Napoleon Hill, Dale Carnegie), da psicologia humanística e transpessoal dos anos 60, através do Movimento Potencial Humano dos anos 70, e nos corredores dos negócios dos anos 80 – o coaching evoluiu enquanto desafiou todas as tentativas em definição e contenção.
O Coaching Ontem Emergente durante o período pós-moderno do século vinte, o coaching como conhecemos hoje, nasceu de uma mudança acelerada de um ambiente sócio econômico e alimentado pela origem das disciplinas de psicologia, filosofia, comércio, esportes e educação de adultos. A filosofia estabeleceu o fundamento para o coaching. A psicologia forneceu muitas das teorias essenciais, bem como um conjunto de ferramentas práticas, com foco no indivíduo. O setor do comércio também definiu ferramentas e teorias – o suporte oferecido aos indivíduos e organizações teve foco em melhorar o resultado final. O foco dos resultados do negócio de coaching enfatizou as métricas como justificativa e como comprovação do valor do coaching. A profissão de coaching alcançou dinâmica nos negócios nos anos 80 e cresceu nos anos 90 com programas de treinamentos específicos para coaches, escolas, e associações profissionais. Setenta e nove livros sobre coaching foram publicados durante a década de 90 sendo 62% entre 1998
e 1999. Quando surgiu a era da informação, por volta de 1995, a propagação do coaching teve um alto movimento através de conferências, workshops e fóruns, tanto em ambientes virtuais como presenciais. A competição, as pessoas apontando e criando objeções de que isto ou aquilo é ou não é coaching, que estávamos vendo no final da década de 90 e início do século 21, não existia nos primórdios. Durante esse tempo nós escutamos: “Só há uma forma de fazer coach, e se você não fizer do meu jeito você não está fazendo coaching”. Um exemplo disso aconteceu no final dos anos 90, quando alguém não foi aceito no conselho da associação profissional de coaching porque eram psicólogos. Eu sustento que desde que o coaching passou a existir estreitamos esta abertura e passamos a dizer que “Minha forma de coaching não é igual a sua”, ou “Se você não é credenciado como pode ser um coach?”. Em algumas áreas ser credenciado se equipara a não ganhar o suficiente, enquanto que não ser credenciado é o mesmo que ter um negócio próspero. Durante o início dos anos 2000 foram lançadas 10 publicações do setor de coach, sendo que seis delas eram especializadas dando suporte ao coaching baseado em evidências. Desde 2005 o campo do coaching aparece para se recuperar e está recuando para
intercâmbio e inclusão. Fóruns como WBCS e Conversation Among Masters (diálogo entre veteranos) vem surgindo, nos quais coaches com várias formações se encontram e compartilham suas perspectivas comuns e únicas. Agora, aproximadamente 20 anos mais tarde, podemos nos beneficiar com a perspectiva que ganhamos com a história curta e explosiva do coaching. Em poucos anos de existência, o coanching alcaçou: • Auto-regulamentação através de associações profissionais • Códigos de conduta/ética profissional • Programas de treinamento específicos para coach • Aumento de educação acadêmica baseada em evidência • Expansão de base de conhecimento e pesquisa específica • Proliferação de programas internos • Mudanças influenciadas por disciplinas de origem • Maior cobertura da mídia e reconhecimento público.
23
choice
Feature
O Coaching Hoje A quantidade geral de coaches conservadores é de 130.000 ou mais, com 25.000 coaches se formando anualmente. Isso inclui coaches de negócios nos E.U. (50.000), e coaches fora dos E.U. (50.000), life coaches (coaches de vida) pelo mundo (25.000) e pessoas que se intitulam coaches (5.000). Embora a demanda para coaches seja ilimitada, é importante reconhecer que a proporção de “amparadores” em potencial (incluindo assistentes sociais, psicólogos, consultores, etc.) é grande. É possível dizer que os clientes procuram primeiro por experiência e em segundo pela credencial, enquanto os responsáveis de coaching podem procurar primeiro por credencial já que é requisito para a entrada. Nestes últimos anos uma volta à colaboração e inclusão que é evidente na profissão de coaching. Esforços estão em andamento para desenvolver os padrões amplos da profissão em: • Definição e prática de coaching • Conjunto de conhecimento • Competências • Reconhecimento • Certificação e avaliação • Éticas e padrões de conduta
habilidades e conhecimento. A diversidade de formação e diluição das fronteiras entre as disciplinas existentes são ambas naturais e bem-vindas. O conhecimento está disponível e fornece às pessoas caminhos para testar suas próprias habilidades e competências exigidas pelas suas próprias situações e necessidades. Lembre-se: coaching é um campo emergente e em evolução, complexo e dinâmico, com base no futuro e ainda fundado pelas disciplinas de origem. Este artigo foi oferecido como uma contribuição para a contínua evolução do coaching, tanto como uma profissão quanto como um movimento social. “O coaching como conhecemos hoje, nasceu de uma mudança acelerada de um ambiente sócio econômico e alimentado pela origem das disciplinas de filosofia, psicologia, comércio, esportes, e educação de adultos”. Em 1997 na segunda conferência anual da Associação de Coaches Pessoal e Profissional (PPCA - Professional and Personal Coaches Association), o tema era “tecendo a tapeçaria da vida”. A PPCA preveu que em 20 anos, o que seria 2017, lá é onde o coaching estaria. Eles não disseram se os coaches da forma que conhecemos desapareceriam. Eles disseram que estariam tecidos muito mais na filosofia e psicologia do que são tecidos em nossa vida hoje.
• Práticas e influências culturais.
O Passado do Coaching
O Coaching Amanhã
Cinco observações resumem o surgimento do coaching:
Agora, décadas mais tarde, confrontamos os desafios profissionais que o campo enfrenta, podemos nos beneficiar da perspectiva que ganhamos dessa história curta e explosiva. Essa história, caracterizada pela interação entre as disciplinas de origem e do desenvolvimento interdisciplinar, é mais a frente complicada pelas diferenças de geração e formações profissionais variáveis de seus autores, bem como pelas várias mudanças das condições socioeconômicas do período. Nosso ambiente pós-moderno é caracterizado pelas mudanças rápidas das condições socioeconômicas, do avanço da tecnologia, do crescimento da complexidade, do aumento da globalização e da crise ambiental. Dá suporte à inovação, criatividade, colaboração, inclusão, flexibilidade, incentiva uma mistura de funções,
24
choice
1 - O coaching nasceu simultaneamente em vários locais, fontes independentes e depois se espalhou através de uma série de relações complexas e de certa forma imprevisíveis. 2 - O coaching tem uma estrutura intelectual ampla que abrange teorias e práticas de intercâmbio e sinergia de muitas disciplinas. Esse intercâmbio foi em parte limitado ao início do coaching, devido à formação dos que vieram mais tarde para o coaching ser menos variada, e os fóruns onde essas pessoas se encontraram em menor número. 3 - As práticas e padrões modernos do coaching são dinâmicos e contextuais. O coaching é personalizado para o coach,
para o cliente, para o contexto, e para a situação específica. O fluxo natural do ambiente moderno do coaching exige que cada coach se baseie em intuição, criatividade, e flexibilidade, bem em uma base sólida de conhecimento fundamental. 4 - O coaching passou a existir para preencher uma necessidade não atendida em um mundo de mudanças muito rápidas e de complexidade. Essa necessidade, por tradição insatisfeita, terapia centrada na patologia ou modelo de doença apareceu devido à mudança para um modelo de bem estar baseado nos princípios da psicologia humanística, e a perspectiva pós moderna de filosofia integrante. Acrescentando práticas complementares de outros campos, e sem a limitação das práticas clínicas tradicionais, o coaching se tornava mais interativo, dirigido para o cliente, e com fluidez. 5 - O coaching nasceu do resultado de uma rede social integral e mais aberta que tem caracteristica pela diversidade e inclusão. Essa primeira fase do coaching era de estudo e inclusão, e sobre construir relações através de adaptação mútua. As abordagens eram diversas, celebrando partilha e colaboração, curiosidade abundante, e rede social aberta e solta. Para os coaches mais remotos, o objetivo era contribuir para o bem estar e sucesso dos outros. Todos eram bem-vindos e suas ideias anunciadas com excitamento Quando esses coaches as ouviam a reação era “Ótimo, você também faz coaching”.
Sua função no futuro 1 - Entender as influências e contribuições do coaching. 2 - Abarcar uma definição ampla de coaching que valoriza a diversidade. 3 - Promover colaboração e agilidade através de rede social aberta e integrante. 4 - Dar suporte aos outros para que usem efetivamente o conhecimento de coaching, capacidades e habilidades. 5 - Modelar e viver o coaching a cada momento em toda interação. 6 - Defender o coaching como um fenômeno social.
Pré-História A herança rica do coaching pode ser traçada desde a década de 1930 by Leni Wildflower, PhD, PCC Sim, certamente é motivo de comemoração – a Revista Choice nos últimos 10 anos tem tido um papel de liderança em detalhar o crescimento e o amadurecimento da nossa profissão de coaching. Durante esses 10 anos a base acadêmica de coaching teve um crescimento cada vez mais seguro, a maioria dos órgãos reguladores se tornaram mais amplamente estabelecidos e caminharam em direção a um consenso maior, os princípios da boa prática vem sendo debatidos e disseminados. Estes desenvolvimentos são excitantes. Parece um bom momento para fazer um balanço e refletir. Recentemente, minhas próprias reflexões me levaram ao que você pode chamar de pré-história do coaching – os avanços acadêmicos, os movimentos sociais e as mudanças de atitude que aconteciam antes do coaching como nós conhecemos hoje foram identificados como atividade específica ou concebidos como profissão. Eu chamo isso de história oculta do coaching. É uma coleção de estórias entrelaçadas com origem no século 20.
Movimentos de autoajuda da década de 30 O movimento de autoajuda, como um poder para mudança, pode ser traçado pelo menos desde 1930, quando best-sellers com títulos ousados como Think and Grow Rich (Pense e Enriqueça) e How to Win Friends and Influence People (Como ganhar amigos e influenciar pessoas) atingiram uma multidão de leitores, muitos dos quais sofriam as consequências materiais e emocionais da Grande Depressão. Estes livros pregam os benefícios da autoconfiança, uma perspectiva positiva e interações habilidosas com outros. Ler esses livros agora, embora antigos em alguns caminhos, me surpreendo com o quanto eles anteciparam desenvolvimentos que viriam mais tarde, como teorias sociais construtivistas de como deduzimos o sentido e avanços na compreensão da inteligência emocional.
De QI para QE (Quociente de Inteligência para Quociente Emocional) O próprio QE é parte de outra questão da estória – o desenvolvimento da psicometria. Como coaches, temos a nossa disposição uma grande variedade de medidas capazes de trazer à luz padrões complexos de prioridades, tendências e capacidades que afetam nosso comportamento e podem ser usados para ajudar a clarear nossas opções. Vejo este desenvolvimento como um escape da tirania do QI, o qual, desde o modesto início na França em 1904, cresceu rapidamente e se tornou uma força de peso que imperava na metade do século e mais além. O estranho conceito de um teste tão abundante que poderia, teoricamente, colocar todo mundo numa simples escala numérica foi finalmente
destronado por uma pesquisa que envolvia inteligências múltiplas, e pela consciência crescente de que a forma como interagimos é tão importante quanto também a rapidez de funcionamento do nosso cérebro e que relações compatíveis e complementares são os blocos da construção do sucesso tanto no trabalho quanto na vida. A celebração da diferença pode ser traçada desde o livro inovador Psycological Types de Jung até duas mulheres maravilhosas, Briggs e Myers, que desenvolveram a avaliação MBTI para ajudar mulheres a encontrarem empregos satisfatórios em WWIL. Da mesma importância foi Will Schutz, cuja pesquisa nos anos 50 na marinha dos E.U., levou ao Firo-B, e William Marston que, quando não estava trabalhando no personagem dos quadrinhos da Mulher Maravilha, estava desenvolvendo a teoria do DISC.
25
choice
Feature
Saindo do sofá Talvez o desenvolvimento mais crucial e único em mudar a forma como os seres humanos eram vistos fosse o desenvolvimento de uma psicologia humanística. Trouxe uma mudança radical, de aliviar a doença para ressaltar a saúde, descartar o divã do terapeuta em favor do reconhecimento da dignidade e autonomia do cliente e abranger o potencial para a experiência extática da vida comum. Sempre damos crédito a Carl Rogers e Abraham Maslow por essa mudança de paradigma, mas estes dois se engajaram e se influenciaram por um leque de outros pensadores que contribuíram para o movimento Potencial Humano.
Esalen: Um lugar e uma ideia Através da década de 1960 o ponto de foco geográfico do movimento Potencial Humano era o Instituto de Esalen em Big Sur, Califórnia, uma área de clima bom e uma natureza impressionantemente bela. Richard Price e Michael Murphy fundaram Esalen como um lugar para explorar a ideia de que haveria dimensões relevantes do potencial humano não desenvolvido. Price e Murphy foram influenciados pelo escritor Aldous Huxley, que argumentou em uma palestra que aconteceu em São Francisco em 1960 que havia “razão para otimismo moderado porque ainda existiam muitas potencialidades – para racionalidade, para afeto e bondade, para criatividade – ainda latentes no homem” (“Potencialidades Humanas”, palestra que aconteceu na Universidade da California, Centro Médico de São Francisco, 1960). Um importante colaborador precoce foi Abraham Maslow, que publicou Toward a Psychology of Being, um livro que inspirou e influenciou muitos. Will Schutz decidiu desistir de seu posto em Harvard e foi para Esalen, onde acrescentou um elemento físico ao grupo de encontro, proclamando que “virtualmente qualquer sentimento tem uma contraparte física” (Schutz, W.C. - 1971) Here Comes Everbody: bodymind and encounter culture. Nova Iorque: Harper and Row Publishers: 172).
26
choice
Contribuição de Esalen para o Coaching O número e a variedade de pensadores influentes que ajudaram a formar Esalen e ministraram cursos lá nos primeiros tempos é espantoso. Além de Carl Rogers, estavam Fritz Perls, Abraham Maslow, Virginia Satir e B.F. Skinner, bem como uma eclética mistura de artistas, cientistas, filósofos e mestres espirituais, como Aldous Huxley, Ram Dass, Timothy Leary, Linus Pauling, Arnold Toynbee, Ida Rolf, e Buckminster Fuller. Outros oradores e visitantes eram dissidentes do teólogo Católico Matthew Fox, do antropologista Gregory Bateson, do mitologista Joseph Campbell, físicos de livre pensamento e defensores sustentáveis Fritjof Capra e Richard Feynman, curador espiritual Deepack Chopra, psiquiatras Stanislav Grof e R.D. Laing, e psicólogo existencial Rollo May. Foi essa conexão entre pensadores incríveis, esta troca intelectual de ideias revolucionárias sobre potencial humano que ajudaram a criar, desenvolver, e alimentar o que chamamos agora de coaching. A Esalen de 50 anos atrás não existe mais. Entretanto, alguns coaches de trabalho fornecem um link ao vivo daquele período. Um indivíduo que passou um tempo em Esalen foi Sir John Whitmore. Whitmore trouxe conceitos de Esalen para UK, e é reconhecido como um dos fundadores do coaching. A meta-ethos do coaching, para a maioria, é a ideia de que pessoas com uma relativa saúde podem e devem ser capazes de desfrutar uma vida mais rica, mais plena, de maior realização pessoal. Como coaches, somos descendentes de uma história rica e complexa.
“Foi essa conexão entre pensadores incríveis, esta troca intelectual de ideias revolucionárias sobre potencial humano que ajudaram a criar, desenvolver, e alimentar o que chamamos agora de coaching.”
Passado, presente e futuro Onde estávamos, onde estamos, onde vamos chegar – Uma entrevista com Laura Berman-Fortgang por Garry Schleifer, PCC, CMC e Laura Berman Fortgang, MCC Em comemoração ao 10° Aniversário da Revista Choice, entrevistamos uma das pioneiras do coaching – alguém que ainda é sucesso e que permanece hoje na vanguarda do coaching. Nós não poderíamos pensar em ninguém melhor que Laura Bergman Fortgang, uma veterana há 20 anos internacionalmente renomada no campo do coaching. Laura é também autora de best-sellers, solicitada como palestrante, personalidade da TV, blogueira Huffington Post, porta voz corporativa e ministra de interface. Ela estava na equipe original na Universidade de Coach, um dos primeiros membros na fundação da diretoria da Internacional Coach Federation (ICF), a primeira autora de um livro sobre coaching nos E.U. e Inglaterra, e a primeira coach pessoal a aparecer no Oprah como tal. Hoje, Laura tem cinco livros publicados, todos best-sellers no Amazon. Ela é proprietária e “diretora executiva de tudo” do InnerCoach, Inc./ Now What? Coaching. Abaixo está transcrita a entrevista com Laura sobre o passado, presente e futuro do coaching.
Quando você veio para o coaching e que experiências você trouxe? LBF: Vim para o coaching em 1990 ou 1991 como cliente e estava em transição da minha própria carreira, pensando que precisava primeiro deixar de ser atriz, mas primeiro precisa deixar de ser garçonete, e não sabia o que mais iria fazer. Comecei ensinando habilidades de apresentação e meu coach estava me ajudando a tomar essa decisão e a criar uma estratégia quando percebi que não era sobre como as pessoas falam e o que dizem e o que fazem com as mãos e se suas vozes são altas o suficiente. Eu trouxe à tona o melhor deles. Estava fazendo coaching com eles e disse, “Quero fazer o que vocês fazem”. Então floresceu algo que se destacou de forma prematura em mim, algo cósmico importante quando me tornei um coach aos 29, eu havia recuperado de uma fusão maior de três anos uma consciência espiritual que veio daí.
Fui uma estudante do Curso em Milagres (Course in Miracles), que é um curso psicoespiritual e auto didático, e realmente completei o curso. É um curso de um ano, mas eu fiz em um ano e quatro meses, escolhendo repetir algumas lições e mudou completamente a minha vida. Então quando me tornei um dos 16 alunos do Coach U, para mim foi como levar um cavalo até a água e um alinhamento quiroprático porque tudo que tinha estudado e acreditava era verdade, alguém colocou na tecnologia para o sucesso humano e estava eletrizada e fiz acontecer.
Você disse que era uma cliente de um coach. Como você descobriu esse coach? LBF: Este é dos momentos que só acontecem algumas vezes na minha vida quando minha intuição realmente me guia. Encontrei Jay Perry, que foi meu mentor quando era atriz. Ele fazia algo incomum. Ele ensinava aos atores o lado comercial do negócio. E sem perceber, ele estava fazendo coaching com as pessoas. Em algum momento ele encontrou Thomas Leonard e sentiu que poderia encerrar o serviço com uma versão
27
choice
Feature
interpretada e fazer isso pessoalmente sem ter que ter um escritório. Então tive essa intuição e fiquei dizendo para mim mesma “Ligue para Jay Perry. Ligue para Jay Perry”. Era muito específico, eu sabia que ele tinha para mim meu próximo trabalho ou carreira. Ignorei a mensagem até que ela começou a ficar cada vez mais clara e foi quando peguei minha agenda de telefones e saí ligando para pessoas quando me lembrei da cidade em que vivia, New Jersey. Eu não o via há anos. Pedindo auxílio ao setor de informações consegui o número dele. Eu, cheia de medo, apenas liguei. Eu disse, “Não sei se você se lembra de mim”, e ele disse, “Sim, eu me lembro de você”. Eu disse, “Estou tentando decidir o que fazer na minha vida”. E respondeu, “Bem, sou um coach e talvez possa te ajudar”. Depois disso você já sabe, me tornei uma cliente.
Então Jay Perry foi obviamente uma grande influência para você. Quem mais teve grande influência desde que você começou no coaching? LBF: Bem, Thomas Leonard. Fui desde meu primeiro mentor ou como coach Jay Perry e depois na luta para estar entre os 16 da Universidade do Coach e nem mesmo terminei meu curso, antes me tornei professora e chefe do departamento de treinamento, que desenvolveu o treinamento para outros coaches se tornarem treinadores para Coach. Thomas Leonard foi certamente uma grande influência. Cheryl Richardson, Madeleine Homan e Shirley Anderson foram pessoas que sempre estiveram ao meu lado na época e que também fizeram coach com eles em algum momento ou nós todos fizemos coaching uns com os outros e foi uma curva de aprendizagem pronunciada. Eu me recordo de alguns dias irmos dormir porque não podíamos mais crescer. Não podia mais pensar em crescer. Precisava ir para cama.
28
choice
Esses foram os anos de formação da profissão de coaching conforme opinião de todos. Vou fazer umas perguntas sobre você e sobre o coaching hoje. Como você se descreve como uma coach? LBF: Defino com quem estou falando e tenho respostas diferentes. Essa é a verdade, não posso dizer que sou uma coach. É como emprestar algo para muitos – bem, no início, era uma completa perplexidade. Então eu falo dos resultados que crio. Quando as pessoas dizem, “O que você faz?” eu respondo, “Ajudo as pessoas a descobrirem o que elas querem fazer em suas vidas”, ou digo que sou uma palestrante profissional e falo sobre como gerenciar mudança.” Não por ter vergonha da palavra “coach”, mas porque percebi durante os anos, e ensino outros coaches, que se você tenta explicar através do coaching você está falando sobre “como” você faz e as pessoas não se importam com o “como”. As pessoas se importam com o resultado que você cria. Então falo sobre resultados – é assim como me identifico.
Se você olhar 10 anos atrás, o que você diria sobre a situação do coaching na época considerando o foco, profissionalismo e credenciais? LBF: Bem, em 2003 quando havia se passado somente 8 meses do atentado de 11 de setembro, penso que teve uma grande interrupção no coaching devido ao colapso econômico. Penso então, que muitas pessoas optaram por sair e depois outras pessoas realmente aproveitaram a oportunidade. Quero dizer tenho para mim que vi uma mudança de pessoas querendo seguir em frente e ganhar mais dinheiro, depois do atentado meu telefone não parava de tocar, as pessoas queriam reinventar suas carreiras e suas vidas porque a vida é tão curta e qualquer coisa pode acontecer. Essa tem sido minha especialidade desde então. Penso que 2003, nós vimos uma mudança, também vimos um aceleramento porque parece existir uma aceleração e as pessoas tem um senso de urgência sobre suas vidas, reconhecendo que as coisas podem não ser tão grandes, alegres ou estúpidas como costumavam ser. Podemos ser desse jeito, pelo menos EU posso. Então não sei. Penso que era um tempo de mudança, de consequências para alguns coaches e reconhecimento da chamada para agir vinda de outras pessoas que entravam para o coaching. Falando em credencial, se não estou enganada, não faz muito tempo falaram sobre mim no jornal de Chicago depois de uma de nossas conferências. Não foi um comentário tão positivo e aquele repórter desmarcou nosso encontro. Então escolheu escrever sobre algo não verdadeiro a meu respeito. Tentei para pedir ajuda a ICF para provar que existiam muitos de nós que são credenciados e a verdade foi chocante pois não haviam tantos. Apenas 60 por cento dos membros eram credenciados, eu era uma delas, não direi devastada porque é muito dramático fiquei muito surpresa, chocada e desapontada com o aprendido, e nem pude usar minha estatística para defender essa inverdade sobre quantos são credenciados e somos uma profissão.
Acredito que desde então, estamos fazendo um trabalho melhor. Não quero usar a palavra “policiamento”, mas para defender algum nível de credenciamento, público e as organizações estão falando: “Nós não o consideremos parte da empresa se não for um MCC”, ou qualquer que seja o caso. Realmente vejo uma mudança desde esse período do credenciamento em se tornar mais importante conforme mais e mais pessoas são treinadas nos fins de semana.
Você pode elaborar como vê o crescimento do coaching desde então? LBF: Meu trabalho inicial foi com pessoas querendo mais dinheiro e seguir adiante até a década de 1990, pessoas querendo mais tempo porque a economia estava realmente boa, e eles podiam pular de um emprego para o outro, e eles queriam mais férias, dias de trabalho mais curtos. Um balanço entre vida e trabalho era eletrizante. Então após o atentado de 11 de setembro, tinha mais significado e ainda não vi isso parar. As pessoas querem fazer coisas que tenham mais sentido em suas vidas. Elas querem sentir que suas vidas têm sentido. Questionam o sonho Americano de 2,3 milhões de crianças e 1,2 milhões de carros. Você conhece esse sonho, o sonho da América do Norte, chegar a todos esses marcos; realmente vejo que se torna menos importante para as pessoas e brinco que duas gerações antes de meu avô chegaram num barco com 17 anos de idade, eram burgueses, como a classe média alta porque ele era um açougueiro. Ele se viraria no túmulo se soubesse que sua neta ajuda as pessoas... Meu pai foi o primeiro a frequentar uma faculdade, e tinha toda promessa corporativa assim que se formou, 32 anos na mesma empresa e então foi despedido 18 meses antes de se aposentar. Ele foi tão miserável enquanto eu crescia que nunca quis ser desse jeito. Nunca quis trabalhar para alguém, nunca. Eu brincava dizendo que a alegria de meus avós era alimentar a família, a do meu pai era entrar no “Sonho Americano” e para mim é como “oh meu Deus não quero nenhuma nem outra coisa”.
As pessoas querem se sentir felizes com o que fazem. Isso incomoda quem é de duas gerações atrás. Felicidade? Felicidade com seu trabalho! Felicidade é isso, você podia alimentar sua família. Isso é o que faz você feliz. A mudança que vejo são mais e mais pessoas questionando a sensatez de como criamos nossas vidas e qual é o novo critério.
Quais, você diria, são os maiores ou mais importantes desenvolvimentos no coaching durante os últimos 10 anos? LBF: Certamente penso que é um fato imenso que empresas vem utilizando o coaching ou tem o coaching internamente, cresceram rapidamente e que podem provar o retorno do investimento. No lado do coaching pessoal, sempre que há reconhecimento, isso é uma coisa válida. Acho que é a maior realização.
O que você diria que é a coisa mais excitante que aconteceu no coaching nos últimos 10 anos? LBF: Isso é bem tendencioso da minha parte, diria que é ver a ICF atingir 15 anos e olhar o mundo se iluminar, o quanto o coaching avançou e alcançou o mundo afora. Na minha perspectiva, havia 16 pessoas que diziam, “Melhor nos policiarmos ou então nós poderíamos acabar”, e então 15 anos mais tarde essas bandeiras surgiram em todo mundo com pessoas dizendo, “Somos coaches e queremos ser parte disto”. Para mim, isto é gigantesco.
Quem e o que influencia você hoje no coaching? LBF: Acredito que o Curso em Milagres continua como base na minha mente – e não até mesmo está na minha mente. Está em mim no sentido de que é para mim apesar de outros pensarem que o Curso em Milagres é sobre perdão. Eu era uma pessoa que pensava mais preto no branco. Realmente me mostrou um caminho para considerar todas as coisas na minha vida. Dizia que havia apenas dois tipos de pensamento, pensamentos de medo ou pensamentos de amor.
Então ou você está com medo ou você está defendendo o seu melhor e isso é preto no branco para mim quando estou escutando alguém ou fazendo coaching ou até mesmo comigo mesma. Isso me influencia. Isso é o que levei do Curso em Milagres e sou muito influenciada por Seth Godin hoje em dia – Seth Godin o guru do marketing – porque ele fala muito sobre individualidade e ser indispensavelmente verdadeiro com você mesmo. Compartilho a filosofia de que quando tentamos nos ajustar para ser alguém que não somos realmente estamos confundindo e saindo do rumo. Então quando trabalho com pessoas no direcionamento de carreiras, não faço nunca baseada no currículo. É sempre com, “quem é você o que você quer e vamos fazer o mundo real colaborar com isso.” Então Curso em Milagres, Seth Godin é agora.
Oh – do espiritual para o prático, praticamente um espectro. Realmente fala bastante dos dois lados responsáveis do coaching se você quer, o desenvolvimento para ser sempre o melhor coach e conforme eu digo sempre, seja primeiro uma pessoa de negócios. LBF: Sim, e acho que isso é o que faz realmente a diferença para ser um coach bem sucedido. Não sei se sou a melhor pessoa de negócios no mundo, Não sou uma MBA. Nunca tive um treinamento formal, mas quando era atriz, eu era uma das poucas pessoas, que conhecia, que tinha um senso de negócios e que fez a carreira de atriz como um negócio. Imediatamente trouxe isso para o coaching e realmente vejo que é o que falta na maioria dos coaches que não são bem sucedidos, não o tratam como um negócio. Tratam como uma missão, que tem suas qualidades altruístas e é apaixonante por si só. Mas se ninguém estiver experimentando seu serviço, você não vai ganhar dinheiro com isso, então não é um serviço porque ninguém está contratando.
29
choice
Feature
Quando alguém procura por coaching, qual é a sua expectativa? LBF: Nos E.U. esperam resultados imediatos. Eles têm dificuldade com o tempo de um processo e penso ou pensava que estaria agonizando agora porque a economia está um pouco melhor. Ainda encontro pessoas, esta é a parte principal para fazer coaching, tenho que ver os resultados e penso que está no caminho do processo quem mede cada palavra que fala. Mas acredito que os E.U. é voltado para resultados orientados instantâneos.
O que o mundo deve esperar do coaching? LBF: “Excelência”, eles devem esperar uma profissão que protege o público e que os coaches alcancem os mais altos padrões. Acredito que também possam esperar grandes resultados, mas devem também respeitar o processo. Acredito que possam esperar por uma profissão bem respeitada, bem estabelecida e bem treinada.
O que você vê para o coaching nos próximos 5 e 10 anos? LBF: Sinto que os próximos cinco anos são cruciais para a longevidade; se fizermos a marca como profissão nos próximos cinco anos não teremos problemas de existência nos próximos dez anos ou além. Penso que isso virá dos novos tipos de resultados que serão mostrados, não apenas de estudos de retorno de capital nas organizações, mas na verdade alguma coisa acontecendo num caminho muito maior que inclui o coaching olhado pelo outro lado como uma profissão viável e aceitável.
Como isso vai acontecer? LBF: Eu não sei. Talvez resulte de todos esses desastres do clima. Quem sabe? Há um grande zumbido, uma cidade finalmente fala, “Sabe o que? Vamos trazer uma equipe de coaches. Vou ajudar todos a reinventar suas vidas após perderem seus empregos e suas cidades”.
30
choice
É a sensação que tenho que a partir de muito caos, algum grupo vai reconhecer o valor e colocar no mapa de forma diferente, não apenas essa coisa particular que as pessoas fazem para seguir em frente ou porque eles realmente precisam de um terapeuta ou algo semelhante. Da mesma forma que nos destacamos em todos os meios desde 1996, mas no sentido de, ‘aqui está a comunidade que fez uma diferença para outra comunidade e oh, talvez haja uma relação’.
OK, você foi clara sobre os cinco anos. Alguma diferença para 10 anos uma vez que fizemos o caminho até 5 anos? LBF: Acredito que se fizermos o caminho até cinco, incluindo alguma mudança na percepção, então penso que a visão de Thomas Leonard de todos tendo um coach pode se tornar verdade. Da mesma forma que todos têm um contador, todos têm um coach.
Bem, tem muitos coaches que não tem um contador, mas esta é outra história. LBF: Oh meu Deus! Então eles não são coaches.
Para você, qual é o maior desafio que o coaching enfrenta hoje? LBF: Ainda acho que temos a percepção de que é para ‘mariquinhas’ ou você não precisa de pessoas que lhe digam como viver sua vida. A percepção de ser um conselheiro, e qualquer um pode ser, e de que se você der um conselho, então você pode ser um coach e acho que esse é o maior obstáculo. E acredito que houve uma falha no sentido de explicar melhor o conjunto de habilidades necessárias, já que não é tão simples como abrir um negócio e dizer às pessoas o que elas têm que fazer; nem que um certo conjunto de habilidades é uma espécie de tecnologia de alcance do sucesso, que utiliza determinadas perguntas a serem feitas a si mesmo. Então ainda acredito que a percepção é um obstáculo.
Este é um grande desafio para o coaching como um todo. Qual o maior desafio que o coach individual enfrenta? LBF: Que eles não estão ganhando dinheiro. E precisamos abordar isso. O maior obstáculo para os próprios coaches, alguns vão contra a percepção. Disseram que você deve se diferenciar num mercado concorrido, mas a maioria fica parada tentando se diferenciar antes mesmo de ter uma experiência, e como Thomas Leonard me disse, “Você não saberá o que está fazendo até que tenha trabalhado o coach com 100 pessoas”. Eu repito isso para outros coaches. Até que você faça coaching com 100 pessoas não tente descobrir qual é o seu nicho. Apenas faça e seu nicho vai te encontrar. Penso que uma vez que está claro para você o conhecimento que está trazendo, então a percepção não é tanto um problema e também penso assim – algumas pessoas não estão preparadas para trabalhar por conta própria e o coaching é um trabalho isolado, sozinho pelo telefone. Pessoas acostumadas a trabalhar em escritórios sentem falta de camaradagem, criatividade de trabalhar com outras pessoas, reuniões. Acredito que existem muitos obstáculos para o coach individual. Muitas pessoas dizem que querem entrar no coaching e, “Oh, você sabe onde posso conseguir um trabalho?”. Não há tantos lugares que contratam coaches. Por isso acho que no nível pessoal para um coach existem muitos obstáculos. Percepção, tratar como um negócio, não muitas oportunidades para ser contratado se você não está interessado em ser dono de seu próprio negócio e muitas pessoas não tem jeito para cozinheiro chefe e lavador de garrafas. Mas eles adoram as pessoas e adoram esse contato com as pessoas. É a mesma coisa como alguém que adora jardinagem e não sabe como fazer disso um negócio. É uma desconexão para muitas pessoas, na minha modesta opinião.
Para onde o coaching irá nos próximos 10 anos? LBF: Diria que nos próximos 10 anos o coaching irá impactar as comunidades e não só os indivíduos. Acho melhor eu mesma tentar isso, agora que eu disse três vezes. Mas isso realmente – Oh, isso me arrepiou! – Isso realmente faz sentido. Se você pode impactar uma comunidade. Acabei de apresentar meu primeiro TEDx. Fui mestre de cerimônias de um TEDx em Delray Beach. Foi muito bom. Tinham 23 pessoas para eu apresentar e uma delas que me comoveu muito era um homem que veio da Índia para participar, membro do TED. Ele conseguiu quase 700.000 vizualizações com seu vídeo e é um indivíduo que arriscou muito a sua vida na Índia. Ele parou com a prática de usar ursos, emblemáticos da Índia, mas isso o levou a trabalhar para parar com a caça furtiva de peles e dentes de animais que pessoas caçam para ganhar dinheiro. Enfrentou muitos problemas pois sua luta não estava dando certo. Então, ele pensou sobre quais são os princípios. Por que as pessoas caçam? Elas caçam porque não tem outra forma de se manterem. Assim, terminou com a caça indo às aldeias, compreendeu porque eles não tinham outra forma para viver e os ajudou ensinando como viver tirando proveito dos animais, mas sem matá-los. Conseguiu parar a caça em alguns lugares, mas teve que fazer isso mudando toda a aldeia e isso ficou comigo desde que o encontrei – talvez isso é o que responde como o coaching pode ir do individual para a comunidade e mudar uma comunidade e talvez mudar a percepção do coaching. Mas isso não é razão para fazê-lo. Sou influenciada por aquele homem que encontrei. Ele é um grande exemplo de ir à origem do problema e não apenas abordar os sintomas, certo? Isso é uma coisa de coaching. E isso estava faltando em governos e em todo lugar. Quero dizer que são apenas sintomas. Reagir ao que fala mais alto, reagir, reagir, reagir, e nenhuma mudança acontece.
Você diria que as perspectivas do coaching de seguir em frente são positivas ou você vê como um tipo de encruzilhada nesse ponto? LBF: Sim, penso que é tênue. Não tênue como se fosse morrer, mas no sentido de termos uma oportunidade e responder a essas oportunidades pode ajudar nossa longevidade. Essas interrupções de desastres e a reconstrução, Jersey Shore, Oklahoma, Boston; causam impacto em mudança mais no nível de comunidade do que no nível individual.
Tudo isso nos leva novamente de volta a palavra “comunidade” LBF: Sim, leva. Uma vez me chamaram para ensinar as habilidades de coaching na cidade de Miami e todos os departamentos participaram desse treinamento. Tinha desde os lixeiros até o administrador – tive um dia. Se soubesse o que iria aprender daquela experiência, desejaria ter ficado lá seis meses. Mas aquele único dia em que eles entenderam a linguagem comum e o caminho comum para o objetivo, ou fazer as coisas acontecerem, mudou a dinâmica de como uma unidade inteira pode trabalhar, certo? Eu tive todas as partes da comunidade em termos de quem dirige o departamento e quem lidera a comunidade, eles não tinham realmente membros de comunidade. Mas em quantos lugares você tem a oportunidade de treinar lixeiros junto com o prefeito?
Estou curioso sobre o uso da palavra “tênue”. Talvez você possa acrescentar algo mais sobre porque você vê como tênue. LBF: Eu não sei. Talvez porque passamos pela parte tênue, mas o que aconteceu nos últimos três anos é que o dinheiro permanece indo e vindo das mãos das pessoas e empresas estão usando menos especialistas. Então se ninguém estiver pagando você como coach, você vai ficar? Como você vai ficar ou você desistiu e vai para outro lugar qualquer?
Penso que a parte tênue é refletida grande parte economicamente, mas ainda há caminhos para percorrer se você deseja permanecer firme. Mas junto com a decisão econômica para continuar, se a pessoa vai gastar dinheiro com o coaching ou não, é obstáculo de percepção. É válido? É uma piada? Minha mãe pode fazer isso por mim? Qualquer coisa. Por tênue, não vejo no sentido de desmoronar, mas penso que todo abismo criado por uma coisa econômica, recessão econômica é apenas outro lugar tênue para o coaching porque a maioria das pessoas considera um luxo e não uma necessidade.
Você acha que é provável que haja uma diminuição ou uma consolidação de coaches, de modo que o coaching ainda estará por aí, mas poderiam ter menos coaches que poderiam ser mais focados? LBF: É o que espero. Isso é o que pensei que teria acontecido até hoje, mas os patamares estão cada vez menores. Você entende o que quero dizer? Assim os novos grupos continuam chegando.
Isso não ajuda todas as coisas sobre as quais falamos. LBF: Não, mas sempre senti como o leite que ferve inesperadamente. Não prejudica a integridade do que você faz. Apenas mantém fazendo e eventualmente a prova é o pudim. Existe um novo grupo lá fora tentando coaching para policiais, se intitulando um coaching de vida para conselho de governante e eu, “O quê?” O que faz de você um coach de conselho de governante? Bem, eles não gostaram desta ideia. Eles não gostam do fato de haver regras de ser assim ou assado. Fiz uma pesquisa sobre essa pessoa pela internet e qualquer pessoa coloca o que quiser na internet. Mas havia coisas suficientemente desagradáveis para minhas antenas se ligarem e essa pessoa realmente queira falar comigo na conferência porque a conferência foi realmente a primeira coisa que reuniu as pessoas.
31
choice
Feature
Mas o site era de má qualidade. A conferência nada prometia. Lembrava mais uma forma de ganhar dinheiro e a prova dos nove para mim era, “Bem, como você conseguiu meu email? Em que lista você sabia que eu estava?” Ele me falou dessa forma que ele estava tão orgulhoso porque sabia como captar os emails das pessoas, entrar nos sites e pegá-los. E minha reação, “Em outras palavras você ‘hackeia’ os sites para conseguir os emails dos coaches”. Um grande silêncio no outro lado do telefone. Ele disse, “Oh, isso quer dizer que não vai falar na minha conferência?” e eu, “Nunca estive planejando falar em sua conferência”. Eu era a única disposta a falar com o rapaz. A maioria das pessoas o ignorou e perguntei a muitos líderes, “vocês já ouviram falar desse rapaz? Ele se intitula um coaching para conselho de governante”, Estava disposta a pegar o telefone e falar, “Quem é você?”. E oh, o que há de errado, as pessoas enxergarem nisso uma forma de ganhar dinheiro, mas a maioria faz isso – muitas pessoas querem ganhar dinheiro como coaches, porque a maior fraqueza dos coaches é ganhar dinheiro, mas eles não sabem como fazer. Eles pensam que tem que pagar para outros lhes dizerem como fazer isso e talvez você tenha que pagar uma vez, mas não tem que pagar ano após ano após ano e mais e mais. Apenas penso que existem muitas armadilhas aí fora para os coaches. Eles estão falando, “Olhe para mim, sou extravagante e bonito, e se você me pagar $100.000 você pode ser assim também. Mas a verdade é, eu não falo com ninguém. Eu tenho peões que fazem por mim”. Acho que existem tantas armadilhas aí fora para coach bem intencionado que quer ganhar dinheiro e sua fraqueza é como fazer isso e existem muitas pessoas alimentando essa fraqueza e para mim isso se torna tênue.
“Minha visão é que realmente pode ser este o caminho evolutivo ao longo de um conjunto de regras, filosofias e conjunto de habilidades de fazer favores.”
32
choice
Qual é sua visão para o coaching? Não sua previsão, mas sua visão? LBF: Acredito realmente que as pessoas no planeta possam ser coach. Não quero dizer uma diminuição de pessoas fazendo profissionalmente. Digo no sentido de ter habilidades, faço o coaching para alguém e você sabe que toco na vida de centenas de pessoas através do coaching e se realmente temos esse efeito dominó, mudaríamos a forma de ser do ser humano. Isso é o que me faz continuar, que todos podem saber o que sabe um coach sobre como crescer. Se relacione com as pessoas em sua vida, crie resultados na sua vida, seus medos sobre você mesmo ou se você pode fazer isso no mundo. Nem tanto porque todos querem ser coaches profissionais, mas nós espalhamos o estilo e a filosofia ao ponto de ser como os seres humanos são. Ao invés de ser uma notícia para eles, que você pode se comportar dessa forma, é assim que somos. Isso ainda me alimenta e me instiga. Como, “oh, agora, o que preciso criar para continuar divulgando?”. Esta é a minha visão do que ainda me excita. Fiz uma sessão de coaching com um rapaz por uma hora, tem 47 anos, realmente estacionado em sua carreira, que sabia da necessidade de fazer algo a mais, tão assustado. Uma vida de preocupação e pensamento preto no branco. Tem um filho, saindo da universidade. O que o filho vai fazer? Ele não tem ideia. Quero ajudá-lo a descobrir. Eu disse, “veja, você está exatamente aqui para tentar descobrir. Você está tentando descobrir pelo que está no seu currículo e agora vou mostrar a ele que ele tem ansiedades”. Quando você vive a ansiedade você sente alguma coisa no seu corpo, você diz, “Oh, que ansiedade! Oh, deve estar errado! Como se ele não tivesse sensibilidade para o que é uma sensação certa ou errada no seu corpo. Seus filhos são iguais. Você vai ter um novo critério para uma boa decisão e vai passar isso para seus filhos. Então, tente não decidir por ele enquanto está tentando decidir por você.
Então se eu for bem sucedida com ele, ele tem um novo critério para tomar decisões no próximo passo, ele não mudará como pai e em como vai direcionar aquele garoto? Para mim, este é o efeito a longo prazo do coaching.
Conceito “Pay it forward”, em outras palavras LBF: Um ajudar o outro, uma troca de favores que se paga lá na frente! Faço o que faço porque meu pai odiava seu trabalho e cresci com um homem que odiava trabalhar e implorava para ele “por favor, vou encontrar um jeito de fazer a faculdade. Não precisa pagar por isso. Por favor, seja feliz. Rápido, faça alguma coisa a mais, e ele não ia fazer”. Tenho certeza de que foi assim que encontrei meu caminho para isso. Fui influenciada por isso e quebrei a corrente, e agora meus filhos tem uma visão diferente do que significa ser feliz em suas carreiras. Você muda a linguagem, a expectativa e o processo de tomar decisões que há uma ou duas gerações atrás era apenas receber o pagamento e viver. Ninguém se importava com felicidade ou contribuição ou dar um retorno. Você dava para a igreja. Acredito que assim aconteceu a evolução do ser humano, e o coaching pode fazer isso. Não podemos parar. Minha visão é que realmente pode ser este o caminho evolutivo ao longo de um conjunto de regras, filosofias e conjunto de habilidades de fazer favores que fazem uma série de pessoas mais felizes. Acredito que a maior parte dos coaches são melhores com isso do que a média, mas ainda existe, vi coaches no começo do tipo, “Bem, quero apenas que as pessoas abram seus corações e quero trabalhar no corporativo e ajudar as pessoas a abrirem seus corações”. Bem, você não vai ser contratado se falar em abrir corações. Você tem que usar a linguagem que mostre onde quer criar efeito.
“Acredito realmente que todas as pessoas no planeta possam ser coaches.”
A COMUNIDADE BRASILEIRA DE COACHING TEM MAIS UMA RA ZÃO PARA CELEBRAR ! A REVISTA CHOICE PARABENIZA O MERCADO BRASILEIRO DE COACHING PELA CERTIFICAÇÃO DA PRIMEIRA ACCREDITED COACH SUPERVISOR DA AMÉRICA LATINA!
Eva Hirsch Pontes, PCC – Professional Certified Coach pela ICF, acaba de concluir o programa da CSA - Coaching Supervision Academy, um dos pioneiros no credenciamento de supervisores de coaches em todo o mundo. Vemos essa conquista como mais uma evidência do compromisso dos coaches brasileiros com seu próprio desenvolvimento e com a profissão.
Estamos todos de parabéns!
33
choice
34
choice
35
choice
Impacto
É cedo para celebrar? O que impede os coaches de serem bem sucedidos? O que podemos fazer sobre isso? by Kim Ades, MBA
O que há para celebrar? Que de acordo com a ICF, não mais que 10% dos coaches alcançam prosperidade como coaches. Isto não parece um motivo para celebrar, parece mais uma seria preocupação para ser abordada. Vamos nos afastar um pouco dos bolos comemorativos e de brindes com copos de vinhos para examinar o que possivelmente poderia estar dificultando o sucesso de tantos coaches impulsionados e bem intencionados, e discutir o que pode ser melhorado em relação a esta questão. Vamos abordar os cinco pontos que mais envolvem esforços no coaching e identificar algumas estratégias chaves para o progresso.
1. Transmitir a mensagem A questão é o que faz muitos coaches falharem quando formulam questões em bases contínuas: O que há em meu coaching que faz com que eu me destaque dos outros tantos? Que tipo de experiência eu ofereço? E a questão maior que é com frequência negligenciada: O que estou vendendo? O primeiro passo para um coaching de sucesso é saber como articular seu processo e sua jornada. O importante para um coach é explicar não onde seus clientes vão chegar, mas como eles chegarão lá. Isso significa delinear os passos do processo do seu coaching e estabelecer credibilidade como um coach. Significa mostrar valor pelo que você está vendendo. Tenho sempre me deparado com coaches que não encontram palavras quando são questionados sobre o que oferecem e o que os fazem serem únicos. Exprimir sua receita para o sucesso é tão essencial quanto um coaching ser exemplar.
2. Refazer o Loop Muitos coaches se desgastam com a falta de consistência quando se refere a fornecerem serviços contínuos fora de série. Essa imprevisibilidade se origina no fluxo de informação entre o cliente e o coach. Quando um coach fala com seu cliente, digamos, semanalmente, muita informação é revelada. Mas muito é deixado de lado. O coach não pode ouvir
36
choice
uma resposta imediata do cliente para um evento, e somente certa quantidade de informação pode ser absorvida em um telefonema. Mas se aquele coach pudesse manter contato diário com o cliente, a quantidade de dados revelados aumentaria muito. É nesse momento que entram os relatórios. Os clientes que fazem relatórios diários tem contato direto e imediato com seus coaches. Seus coaches podem responder desencadeando um diálogo contínuo, indo e vindo. Assim quando o coach for reconectar seu cliente na semana seguinte, a conversa por telefone será mais rica com mais dados. O coach pode extrair de um banco de dados informações sobre a crença do cliente, seus valores, suas experiências e seu ponto de vista. Coaching poderoso vem sempre de uma compreensão profunda, informações pessoais sobre seu cliente. Relatórios fornecem esses ricos dados.
coaching de impacto, clientes novos vão perceber o valor do serviço. A partir daí o coach pode aumentar os custos de forma mais rápida ou não, confiante de que o que oferece tem o valor que está cobrando. Para muitos coaches, isto significa esclarecer sua mentalidade financeira e perceber que o valor cobrado é reflexo do valor do serviço.
3. Dar a seu Cliente Evidência do Progresso
5. Ser a Referência de suas Indicações
Telefonemas entre um coach e um cliente podem ser eficazes e mudar a vida. Podem ajudar um cliente a caminhar em frente, influenciar sua produtividade e ajudar a superar sua insegurança. Ainda assim, existe uma coisa que um telefonema não faz, e é acompanhar o progresso de um cliente durante todo o período de coaching . Relatórios oferecem provas do progresso, capturando o desenvolvimento de um pensamento do cliente. Durante o processo de coaching e para os anos futuros, o cliente pode reler seus relatórios e perceber, “nossa, realmente cheguei longe”. Relatórios são evidências tangíveis de que um coach teve um impacto na vida do cliente. Um telefonema pode ser esquecido com o passar do tempo, mas os relatórios oferecem provas permanentes do progresso.
Depois de oferecer esses serviços excelentes para um cliente, o melhor agradecimento que um coach pode receber é uma indicação maravilhosa. Ainda assim muitos coaches lutam por uma lista de clientes baseada em indicação. Conhecer como conseguir um boletim A+ é uma obrigação no setor do coaching. A melhor forme de pedir um feedback do cliente é marcar uma conversa para após a finalização do coaching. Então, um coach pode inverter uma situação e pedir por uma contribuição sobre o crescimento de seu negócio. Ele conhece alguém que poderia se beneficiar com o seu coaching? Poderia escrever uma referência? Esta conversa faz um cliente ter forte interesse no seu sucesso como coach. Durante esta inversão de papéis, o cliente se torna o coach, e pode oferecer um conselho que o ajudará no futuro. A melhor forma de conseguir uma boa indicação é estar comprometido com seu próprio sucesso como coach, e depois apenas pedir um feedback. O resto fluirá.
4. Dinheiro, Dinheiro, Dinheiro Em vez de se preocupar sobre o quanto cobrar do cliente, os coaches devem focar na qualidade de seus serviços. Uma vez que você está convicto do valor de seu coaching, não será difícil cobrar preços mais altos. Se um coach fornece qualidade,
Focando no progresso destas áreas chaves, nós teremos muito mais para celebrar nos próximos anos, de forma mais importante, nosso sucesso!
Noticia da Indústria
O Futuro do coaching nas organizações Painel de debate interativo com coaches do mundo todo durante a Conferência de Coaching Anual do Grupo Global Coaching by Sylvia Becker-Hill, MA, PCC & Christa Schoening, MCC Eles literalmente voaram de todos os cantos do mundo: 30 coaches executivos e 30 representantes de RH que aproveitaram a rede, o aprendizado sobre oportunidades e a troca de ideias num ambiente de hospitalidade perfeito no Lago de Starnberg, Alemanha, tendo ao fundo a visão dos Alpes da Baviera cobertos de neve. Era possível perceber o alto nível de atenção e curiosidade tangível no ar. É uma conferência extraordinária no sentido de que todos os coaches convidados são uma equipe mundial, recrutada de maneira perfeita por Christa Schoening, MCC (ICF) e orientada por Monika Mueller, MCC (ICF), quase todos credenciados no ICF trabalham juntos em diferentes combinações para as companhias do Fortune 500, implementando programas de coaching em larga escala pelo mundo. O Grupo Global Coaching é conhecido por sua “parceria real com os clientes”. Os clientes esperam serviços impecáveis enquanto procuram soluções a longo prazo e resultados sustentáveis. A preferência deles é trabalhar responsabilidade, igualmente na parceria e numa visão compartilhada. Os altos pontos do encontro foram a tônica de Alan Scale de Boston sobre Liderança Transformacional, dois estudos de caso decorrentes de programas de coaching
de cliente e o painel de debate, que está abaixo, com cinco coaches executivos, cada um representando diferentes continentes, respondendo as questões feitas pelo RH na audiência sobre tendências e o futuro do coaching.
Abaixo está um especialista do debate mostrando as diferentes – e obviamente pessoais – perspectivas da situação mundial do nosso setor. Q: O que está acontecendo atualmente no negócio de coaching? MB: No Oriente Médio existe uma grande abertura e disposição para aprender. Fazer coaching no Oriente Médio existe um frescor, uma curiosidade, sobre objetivos profissionais, objetivos pessoais. JH: Na china, onde vivo, o mercado do coaching está se expandindo. Trabalho com empresas multinacionais da Europa e E.U. Não há muitos coaches treinados na China. Menos ainda coaches executivos com experiência. Eu trabalho com diretores executivos na China. Quando digo que o negócio de coaching está se expandindo na China, eu me refiro sobre a quantidade de pessoas que querem se tornar coaches. Eles estão no setor de Recursos Humanos das
empresas e começam a se tornar coaches. Ou veem de empresas de treinamento de coach, fornecedores cadastrados e aprovados do ICF. SBH: Os EUA são um mercado bastante heterogêneo. Em Michigan onde estou estabelecido sentiu-se muito a forte recessão, principalmente na área ao redor de Detroit. Sob a perspectiva da ICF – eu fazia parte da diretoria da ICF na época - muitos coaches voltaram para o mercado de trabalho em busca de um ‘emprego’ normal ou saíram de Michigan. O coaching está florescendo devido ao ambiente corporativo principalmente no Leste – e na costa Oeste. Diferente da Europa, o entendimento do que é coaching é muito mais amplo nos EUA e Canadá. Você pode encontrar um coach para qualquer problema, qualquer objetivo que possa imaginar: coaching do amor, coaching para perder peso, coaching de parentalidade. Existem muitos híbridos acontecendo entre consultoria, treinamento e coaching. Por um lado o mercado é muito maior, mas o mercado corporativo está congelado nos últimos anos, mas desde este ano finalmente vem se abrindo. CS: Na Europa o mercado de coaching está florescendo, Temos algumas exceções como a Espanha por exemplo. No geral o mercado se recupera inundado de coaches.
37
choice
Noticia da Indústria
Certificação, estudo e treinamento se tornam cada vez mais importantes. Há uma tendência das universidades para oferecer cursos e treinamentos em coaching. Seguimos em frente também com o pensamento de que o coaching é uma relação personalizada. Observamos uma tendência clara para o coaching coletivo e em nível de mudança organizacional ou mudança de nível de gestão. AL: Eu chamei Damian Goldvarg, presidente do ICF, América do Sul. A América Latina é impulsionada pelo coaching ontológico devido à escola de coaching Newfield. Oito entre dez coaches são ontológicos. Há uma falta de coaches executivos ou de negócios. A outra tendência é que o mercado está florescendo. As grandes empresas, vindo de fora principalmente, estão procurando o coaching e há uma grande oportunidade para os coaches conseguirem um trabalho. Q: Qual a faixa de honorários para coaching por dia? SBH: O valor depende do nicho em que a pessoa trabalha. Coaches de Vida cobram de $50 a $200 dólares por hora. Coaches para executivos de alto escalão ganham de $500 a $1000 dólares por hora. De $250 a $500 dólares por hora para gestão intermediária.
Durante a recessão houve corte de orçamentos e muitas pessoas de RH foram dispensadas. Meu mais recente contato de RH corporativo vem direto da faculdade e não sabe muito sobre coaching. É necessário muito estudo. MB: Tenho trabalhado com RH no Reino Unido e no Oriente Médio como comprador. A resposta é independência. Alguns de RH se sentem ameaçados usando a intervenção de terceiros. É uma grande questão que depende de muitos aspectos. JH: O adepto mais precoce de coaching executivo veio do setor de serviços financeiros. Isso foi o que experimentei quando morei em Hong Kong e o mesmo aconteceu em Singapura. Como já se passou um bom tempo talvez já não tenha mais todo esse brilho. Quem trabalha no RH não quer coaches fazendo o que eles fazem há 10 anos. Essa é minha especulação. MB: É uma questão de maturidade do mercado. Quando comparo o setor de serviço financeiro do Oriente Médio com o do Reino Unido, não percebo isso no Oriente Médio, mas percebo no Reino Unido.
AL: O coaching ontológico é tão forte e não trouxe bons resultados. O objetivo principal é que o puro coaching ontológico não ajuda no mundo corporativo. É importante para empurrar outros tipos de coaching no mundo dos negócios. CS: O pessoal do RH que tem conhecimento de coaching nunca teve esse problema. No geral observo menos ceticismo. Cada vez mais o coaching é visto e aceito como um trunfo poderoso para desenvolvimento pessoal e de organizações. Q: Vocês acham que em 3 - 5 - 10 anos, as práticas e metodologia de coaching vão enriquecer através das culturas onde vocês estão trabalhando? Qual a maior riqueza na diversidade das práticas de coaching? SBH: Você pode ver a resposta nesta reunião. Nós somos verdadeiramente mundiais. Não estamos viajando pelo mundo, mas estamos vivendo nas culturas onde trabalhamos. Somos todos membros do ICF onde existe uma troca enorme e uma comunidade de aprendizado. Fazemos exatamente o que você descreveu. A resposta está literalmente aqui neste espaço.
JH: Vi uma reportagem que mostrou que a região Asia-Pacífico tem uma expansão de coaching maior do que qualquer outro lugar na terra. O trabalho não tem um valor por dia. É baseado em pesquisa. Os valores na região Asia-Pacífico vão de $400 a $1200 dólares por hora. CS: 300 a 1200 euros de taxa honorária. AL: Preços e taxas são similares à Alemanha. Q: Tenho a impressão de que muitas pessoas do RH não são fiéis ao coaching. Vocês observam muito cepticismo por parte deles? SBH: Muitas pessoas de RH na Europa se submeteram a treinamento como coaches. Durante os 7 anos que morei em Michigan nunca encontrei uma pessoa de RH que tivesse treinamento de coaching. A função de RH nos EUA é principalmente administrativa.
38
choice
O painel internacional numa fusão cultural da esquerda para a direita: Craig Miller (CM), americano, mora na Espanha e trabalha em toda Europa é o mediador; Martin Braddock (MB), de Manchester, Inglaterra com base em Dubai representa o Reino Unido e o Oriente Médio; Jeff Hasenfratz (JH), originalmente de Ohio morando há mais de 20 em Hong Kong e Shanghai representa a Asia; Sylvia Becker-Hill (SBH) da Alemanha mora em Michigan desde 2006 representou os E.U. e Canada; Christa Schoening (CS) da Germany representou a Europe; e Andreas Liedtke (AL), um alemão que mora no Chile desde a infância representou a América do Sul (AL).
Artigos
Coaching para Grupo “Poucos são os coaches capazes de conduzir um grupo ou uma equipe com a metodologia do coaching.” por Jaqueline Weigel, PCC A indústria do coaching continua crescendo e novas necessidades vão sendo percebidas. Uma delas é oferecer soluções em escala, também para o grande grupo de pessoas de uma empresa não apenas para os altos executivos. Coaching em Grupo é uma nova opção. Sabe-se pouco sobre o assunto no Brasil, mas o Coaching em Grupo é conhecido em outros países e comprovadamente já apresenta excelentes resultados. Diferente do Coaching de Equipe, um pouco mais popular, mas também ainda novo no Brasil, no Coaching em Grupo a metodologia do coaching é aplicada coletivamente, mas o trabalho é interdependente quando se trata de grupos corporativos e independente e individual quando se trata de grupos abertos. No cenário corporativo, o trabalho em grupo tem como foco principal alinhar as pessoas aos objetivos e estratégias do negócio. Os encontros trazem entendimentos sobre as necessidades e limitações coletivas do grupo de pessoas e o impacto das atitudes individuais no resultado do grupo. A troca de experiências é intensa e cria vínculos e proximidade entre grupo que passa a buscar soluções estratégicas e operacionais, trazendo velocidade e resultados acima do esperado. Entre as vantagens desta modalidade para a empresa, se destacam: • Ganho de tempo e otimização de investimento • Desenvolvimento comportamental de todos os indivíduos e do grupo, fundamental para alta performance corporativa • Autonomia e aumento da capacidade de criar soluções do grupo e dos indivíduos • Clareza da interdependência e integração dos gestores e das áreas • Retenção de pessoas, desenvolvimento e aprendizado de novas competências
O Coaching em Grupo é usado para ganhar eficácia na busca dos objetivos organizacionais, aumentar a produtividade das pessoas e dos grupos, criar o senso coletivo de relevância e pertencimento, e união na busca de um sonho comum. O objetivo principal da aplicação do Coaching em Grupo é maximizar energias combinadas, experiências e consciência para que se entenda o que é preciso para alcançar objetivos corporativos e atender anseios individuais diferentes. Competências do coach que aplica o Coaching em Grupo: • Escuta ativa em diferentes níveis, já que diversas pessoas interagem ao mesmo tempo • Entender o que acontece no grupo e se isto o afeta; em grupos corporativos entender a dinâmica do grupo, em grupos abertos isto não é relevante, já que as pessoas não estão juntas em prol de algum trabalho compartilhado • O que é dito e o que não é dito e como transformar isso em algo tangível validado pelo grupo • Qual é o contexto atual e desejado pelo grupo e/ou por cada um dos participantes • Quais são as oportunidades que aparecem durante o processo, podem ser compartilhas em prol do todo ou individualizadas para o crescimento individual de cada um dos participantes
Nos cases que já aplicamos, os participantes relatam os seguintes resultados:
• Ter clareza das diferenças e semelhanças dos participantes
• Maior clareza de como superar todas as dificuldades internas e externas
• Capacidade de fazer com que o grupo assuma responsabilidades individualmente e coletiva
• Velocidade na busca dos objetivos
• Fazer com que o grupo se auto gerencie; • Criar um ambiente de confidencialidade e confiança • Ser capaz de promover colaboração, liderança compartilhada, introspecção e capacidade de criação de soluções • Ser capaz de deixar os participantes livres para se manifestarem e acharem caminhos e saídas em busca de um objetivo
• Maior interação dos gestores de diferentes áreas • Alinhamento estratégico e operacional
• Senso de pertencimento a um grupo em busca de causas relevantes e crescimento pessoal Cada vez mais o coaching cresce no mercado mundial. Modalidades coletivas passarão a fazem parte dos serviços, projetos e das salas de aula. O coaching não é apenas um modelo de desenvolvimento de competências de comportamento, mas uma poderosa e prática ferramenta de transformação de indivíduos, grupos e de organizações.
39
choice
Artigos
Supervisão em coaching: conheça a experiência de quem passou pelo processo grupo seleto de 100 profissionais capacitados em todo o mundo. A Choice entrevistou cinco coaches supervisionadas por Eva Hirsch Pontes, única Accredited Coach Supervisor da América Latina a completar uma formação específica para atuar em supervisão de coaches em curso oficialmente aprovado pela International Coach Federation (ICF) e acreditado pela EMCC (European Mentoring and Coaching Council). Confira!
Por que você decidiu investir em supervisão? Considero fundamental que qualquer coach profissional invista continuamente em seu desenvolvimento.
por Eva Pontes, PCC e Acredited Coach Supervisor Tendência que desponta na comunidade de coaching, a certificação em supervisão é um conceito relativamente novo em nosso segmento. É comum ainda haver no mercado uma confusão entre supervisão e mentoria. Ambas são atividades importantes para o crescimento profissional dos coaches, mas possuem propósitos, timing substancialmente diferentes e foco. Enquanto a mentoria é mais direcionada às competências críticas de coaching e tende a ser procurada nos estágios iniciais da carreira, a supervisão é uma prática reflexiva para o desenvolvimento contínuo do coach. Um de seus principais objetivos é estimular a observação estruturada de quem ele é e de como se comporta na relação com cada um de seus coachees, sendo buscada em todas as fases, independentemente dos anos de experiência. Prática bastante consolidada na Europa, a supervisão em coaching começa a se estabelecer em outros países, assim como no mercado brasileiro, que agora conta com sua primeira supervisora certificada entre um
40
choice
Contribuir para o desenvolvimento de alguém pressupõe que uma maestria pessoal que demanda, além dos conhecimentos técnicos e das ferramentas, uma profunda reflexão e análise do desempenho do coach frente à prática experimentada nos relacionamentos com os clientes. Fazer supervisão significa investir no SER do coach. Quando me deparei com essa alternativa, não tive dúvidas de que este investimento seria fundamental para avançar na minha profissionalização como coach. Rosangela Rezende Pedrosa - Belo Horizonte Coaching Executivo e de Carreira
Quais os principais benefícios do processo para você, seus clientes e para a profissão? O processo me traz muitos benefícios, entre os quais posso destacar: • Integração de conhecimento e prática a construção de um modelo de trabalho individual • Aprofundamento de reflexões • O fortalecimento da autoconfiança • A formulação de diferentes perspectivas e o aprendizado e feedback contínuos Já meus clientes se beneficiam do refinamento da escuta e da destreza técnica que a supervisão pode me proporcionar. Além disso, ao escolher um coach que recebe supervisão
periódica, eles sabem que estão trabalhando com um profissional que leva sua profissão a sério e investe em seu próprio desenvolvimento, recebendo orientação e feedback de um colega mais experiente. Sem dúvida, com a prática da supervisão, a profissão ganha muito em segurança, ética e credibilidade. Fernanda Loureiro - Rio de Janeiro Certified Master Coach pelo BCI - Behavioral Coaching Institute e Coaching Executivo e de Carreira
Como você se sente levando seus casos para supervisão? Durante a supervisão, me sinto acompanhada e “cuidada” em todos os momentos do processo. O que mais me marca é que me sinto livre para ser quem sou, não me sinto julgada, o que permite que o meu melhor como coach possa aparecer. Rosângela Barcellos – Mato Grosso do Sul Coaching Executivo, de Carreira e Performance
O que pode dificultar a busca da supervisão? Na minha percepção, pode passar pela dificuldade do coach em se colocar no lugar de aprendiz, reconhecendo que precisa de apoio para qualificar sua prática, por exemplo. Eu seria um tanto quanto enfática com relação à necessidade da supervisão, não somente na prática inicial, mas no decorrer de toda nossa atividade como coaches. Rita Michel – Rio Grande do Sul Coaching Executivo e de Carreira
Você recomendaria a supervisão a outros coaches? Por quê? Sim. Acredito que todo coach precisa de um espaço de interlocução confiável, para poder discutir dúvidas, impasses e trazer um novo olhar, lembrar e relembrar práticas, métodos e aspectos éticos. Maria Angélica Carneiro - São Paulo PCC - Professional Certified Coach pela ICF, co-coordenadora do curso ACTP de Formação de Coaches do Instituto Ecosocial e examinadora para credenciamentos de coaches da ICF
O coaching como estratégia de negócios
inclusive, com relação à performance dos negócios. Ao contratar o coaching desconhecendo as diversas premissas e em conseqüência os muitos resultados benéficos que a intervenção pode trazer para as empresas, os RHs acabam delegando aos coaches uma responsabilidade que não lhes pertence e que poderia ser explorada com metas específicas e alvos certeiros, segundo os seus próprios objetivos de crescimento empresarial. O que não existe é uma clareza de que o processo de coaching executivo é fundamentalmente uma proposta de negócios, onde o profissional coach e o coachee podem trabalhar juntos para que, direta ou indiretamente, a organização aperfeiçoe o seu desempenho ou melhore seus resultados. É desconhecido também o poder de irradiação sistêmica do coaching.
por Jorge Oliveira Visto como resposta à uma mudança cultural, num mundo cada vez mais individualizado, o coaching vem atendendo a demandas pessoais organizacionais e tem servido aos mais diferentes propósitos, desde ajustar comportamentos a apoiar no desenvolvimento de potencial mas ainda dispõe de enorme potencial no sentido de permitir que as organizações façam um uso estratégico desta poderosa ferramenta de mudanças. Tradicionalmente tem funcionado como uma forma de premiar o funcionário ou adequá-lo ao ambiente, ficando sempre circunscrita a ele e ao coach a responsabilidade pelo processo. Na pratica as organizações delegam ao coach o processo de desenvolvimento de seu funcionário. Seu uso terceirizado, no entanto, tem frustrado profissionais independentes que ficam à refém dos departamentos de Recursos Humanos buscando demonstrar a sua eficácia no trabalho que realizam com seus clientes – os funcionários eleitos para usufruir do coaching – ao mesmo tempo em que tentam convencer as organizações dos seus inúmeros benefícios,
Criar uma cultura de coaching torna todo o processo mais transparente, otimizando as eventuais parcerias e contribuições que venham a somar no todo e possam abrir maior espaço para os impactos e avaliações das mudanças ocorridas individualmente e também no que diz respeito ao ambiente organizacional. Foi-se o tempo em que as empresas contratavam o coaching apenas para deixar um executivo mais feliz. Embora ele esteja na crista da onda por atender profissionais de uma maneira personalizada, o coaching representa uma boa oportunidade de ampliar a consciência das pessoas dentro das empresas e a consciência das próprias organizações. Assim ele deveria ser visto. Jorge Oliveira é membro do Instituto EcoSocial, um dos fundadores do curso de Formação de Coaches e presidente da ICF no Brasil.
Acontece que quando uma só pessoa faz coaching essa mudança já repercute no sistema que se expande e tem efeito multiplicador. Ou seja, quando um coachee se modifica internamente, ele tenderá a mudar o seu entorno, no trabalho, na sua casa, nos diferentes contextos que freqüente e em última análise, na própria sociedade – as mudanças são reais por mais sutis que possam parecer e por mais difíceis que sejam de serem mensuradas, aparentemente. Em outras palavras, qualquer que sejam as premissas que levaram as organizações a contratar o coaching, é importante que elas estejam claras, primeiro para que não haja confusão de papéis; mas também porque quanto maior a consciência, mais impactos positivos poderão ocorrer para as empresas. Ao assumir essa responsabilidade, as empresas têm condições de criar o ambiente favorável às mudanças que necessitam, alinhando os compromissos de cada um no processo, e conseqüentemente, também os ganhos. Hoje, já é comum o coaching desenvolver talentos em conjunto, visando o desenvolvimento de uma área específica que irá sustentar uma determinada estratégia de negócios, por exemplo, embora sejam inúmeras as possibilidades de aplicação da ferramenta.
41
choice
Artigos
O ser coach executivo - novas perspectivas e posicionamentos por Agnelson Ricardo Correali psicólogo e coach executivo ACC - ICF No ambiente empresarial vivemos hoje uma busca incessante por metodologias que auxiliem no processo de desenvolvimento pessoal e profissional, visando desta forma criar um cenário positivo para o alcance de resultados baseados na filosofia “fazer mais com menos”. Quer seja pela indicação das empresas ou de forma voluntária os executivos têm observado que o processo de coaching é uma metodologia poderosa, uma vez que, os ajudam a encontrar respostas para vários dilemas empresariais e principalmente os apoiam no desenvolvimento de novas competências para que possam lidar com os diversos desafios a que são expostos, confirmando assim a eficácia deste processo em gerar resultados efetivos no curto prazo.
coaching, além de observar o encantamento dos executivos em verificarem o quanto estes conhecimentos também os auxiliam a melhor conduzirem suas tomadas de decisões e principalmente em lidar com a diversidade em prol de um ambiente de trabalho mais harmonioso e propício para a utilização de todo potencial humano das equipes. Como diz David Rock em seu livro Liderança Tranquila - não diga aos outros o que fazer - Ensine-os a Pensar (ed. Campus - 2006), os executivos têm tomado consciência de que o grande sucesso das corporações está ligado a capacidade de seus líderes em atuarem como facilitadores dos pensamentos dos seus colaboradores, para que novos sentimentos sejam ressiginificados e novos hábitos de trabalho sejam adquiridos em prol de uma performance sempre superior, alinhados à cultura do “fazer mais com menos”.
À medida que os executivos experenciam o valor do coaching, tal qual vem ocorrendo nos últimos anos, uma clientela crítica e mais exigente começa a surgir. O saber mais sobre o processo, sua fundamentação teórica e dos resultados efetivos apresentados, passam a ser questionados pelos interessados em vivenciar esta jornada de auto superação, além disso, a origem do coach, seus valores, formação e experiência entram em cena como elementos diferencias para que o cliente se sinta seguro em optar por este ou aquele prestador de serviço. Este comportamento do mercado vem exigindo que os verdadeiros coaches se posicionem de forma, a não só mais, garantirem os resultados propagados mas a atuarem como profissionais que representam uma classe diferenciada, por sua experiência, ética, excelente formação e adoção de práticas de trabalhos que tenham um referencial teórico e científico comprovados. Como psicólogo há mais de 30 anos e lidando com coaching executivo nestes últimos 12 anos, tenho observado que um mergulhar constante sobre as diversas teorias que dão suporte ao coaching se faz necessário. Dentre as diversas teorias, o que vem me surpreendendo, nestes últimos anos, são os estudos da Neurociência Social que tem agregado muito valor à minha prática de
42
choice
Observo a cada dia que, como Coach, devo oportunizar ao meu coachee um ambiente extremamente favorável ao seu cérebro para que novas conexões sejam realizadas, pois só a partir deste movimento surgirão insights que favorecerão o rápido alcance das metas estabelecidas no processo de coaching. Manter-se à frente das necessidades de sua clientela será a grande meta dos Coaches a partir de agora, uma vez que já temos uma massa crítica de clientes que buscam coaches que dominem processos com maior efetividade para auxiliá-los a realizarem suas metas de vidas.
Enquanto coaches deveremos maximizar nossos conhecimentos, mantermos sempre o espírito do estar aberto para aprender mais, e não nos limitarmos somente aquilo que nos revela sucesso, mas arrojarmos, com responsabilidade, em integrarmos todos os nossos conhecimentos em prol dos nossos coachees. Sucesso para você que já é Coach e muita energia para você que pretende iniciar nesta profissão.
Palavra Final
O coach milenar Compartilhando Pensamentos e sabedoria para um coaching melhor by Sarah Carling Eu frequentemente sou mostrada e rotulada como sendo parte da geração “milenar”, sempre descrita como narcisista e falida e morando aos 30 na casa dos pais. Mas não desminto que sou sim uma milenar – não posso imaginar ser outra coisa que não uma nativa digital, me sinto perdida sem um smartphone nas mãos, e um dos primeiros brinquedos que comprei para minha filha foi um tablet desenvolvido para crianças pequenas que não vai se quebrar no piso de ladrilho. Mas o que significa ser um coach milenar, fazer parte de uma profissão que cresceu muito na nossa vida e continua a crescer? Como podemos ajudar a moldar o futuro do coaching e construir sobre o que outros realizaram antes de nós? Enquanto sua juventude é vista como um obstáculo por alguns, não se desmente que milenares tem uma perspectiva única no mundo. Isso pode ser um grande recurso quando se aplica o coaching com outros de nossa geração. Nossas vidas e estilos de vida são dominados não pela comunidade física, mas pelas comunidades virtuais. Estamos mais próximos de socializar, e até mesmo trabalhar on line ou de forma remota, uma mudança de cultura que deve ser levada em conta nas nossas práticas de coaching onde mais formas tradicionais de negócio e coaching profissional talvez tenham que ser redefinidas para dar suporte a esta nova mentalidade de trabalho. Como uma milenar, sou de uma nova geração de coaches e de clientes de coaching. Para nós, o coaching não é novo; é uma parte aceita da nossa caixa de ferramentas e uma que acessamos confortavelmente. Então o que é diferente sobre milenares de coaching, quais são os desafios diferentes que como coaches precisamos estar conscientes e como podemos usar a tecnologia para dar suporte à geração digital? Enquanto muitos dos desafios que enfrentamos não são diferentes daqueles enfrentados por nossos antecessores na mesma fase da vida – comprar uma casa, começar uma família e desenvolver a carreira – e muitos dos objetivos vão ressoar como desejos das pessoas através da história, nossos
caminhos são diferentes, mudados pelos acontecimentos a nossa volta durante os últimos 20 anos, e nós, como coaches da geração milenar e para a geração milenar, devemos reconhecer e dar suporte às diferenças e às semelhanças. As oportunidades de coaching fora da nossa geração são também abundantes, com muitas pessoas se desgastando para desenvolver uma compreensão e fluência em um novo mundo centrado na internet. Nós como milenares estamos numa posição única de ajudar as pessoas a encontrarem realização pessoal e profissional com assistência de tecnologias on line, utilizando redes sociais e acesso à informação para facilitar o crescimento dos clientes. Entretanto, também devemos ser cuidadosos para reconhecer que somos falíveis, e não aplicar nosso próprio paradigma do mundo com as pessoas com quem aplicamos o coaching. Enquanto pode ser alienígena para nós viver num mundo onde não há resposta digital para toda questão, devemos estar preparados para admitir que a maioria dos clientes que encontraremos estão muito mais próximos do físico do que do virtual.
Muitos milenares, como eu, estão apenas começando a jornada do coaching, e como tal temos a obrigação de usar a sabedoria e na experiência disponível ser consciente no desenvolvimento e criação da nossa prática de coaching. Estamos crescendo com uma fundação sólida de éticas e boas práticas que devemos ter orgulho, enquanto acrescentamos nossas próprias e únicas experiências e perspectivas para a prática do coaching.
“Nós como coaches milenares estamos numa posição única de ajudar as pessoas a encontrarem realização pessoal e profissional com assistência de tecnologias on line” 43
choice