Diรกrio de
BORDO
2
3
o a o d n i v m Be
S E E M 36º E 0
nós. Que possamos reavaliar nossas posturas em todos os ambientes faMuito tempo se passou, mas estamos miliares dos quais fazemos parte lemaqui de novo. E com muita alegria, não brando sempre que “família é amor” é mesmo? Que possamos aproveitar mas também “é trabalho”. muito os estudos, as músicas e claro, os amigos que não vemos há muito “Espera”. Paciência também é importante, tanto nas filas aqui dentro tempo. quanto lá fora, dentro de casa. Isso Que possamos abraçar essa família em também “é amar”. um abraço bem apertado e caloroso. Mas lembre-se que “família é aquecer Esperamos que você curta demais esse e não incendiar”. É hora também de EMEES. Não é de hoje que preparamos acolhermos novos amigos em nossas tudo para esse encontro ser especial. relações, sem julgamentos nem pre- Pra ser sincero, “a gente vem de onconceitos, afinal “família é acolher e tem e a gente se encontra onde já venceu”. não sentenciar”. Esse EMEES promete ser muito emo- Que possamos ser uma grande e feliz cionante e marcante na vida de todos família, durante estes 4 dias! Chegamos ao 36º EMEES!
Federação Espírita do Estado do Espírito Santo Presidente: Dalva Souza Vice Presidência de Educação Luciana Moura Coordenação DIJ Edmar Thiengo
Área da Juventude Mylla Thiengo, Thiago Izoton e Wendel Alexandre
PREENCHA aqui com os seus dados:
Coloque aqui o
te conhecem
NOME pelo qual e a sua IDADE
desde o último aniversário.
-
Não se esqueça de colocar o nome da
Casa EsPIRITA
.
Afinal, de muitos, este é o seu
EMEES
5
Enumere o maior numero de
regras que conseguir
6
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Quer ter aquela disposição o dia inteiro? Alongamento às 7h. Cuide do Ambiente, ele é essencial para o nosso encontro. Use sempre roupas adequadas, evitando desconforto nas atividades. Temos um vasto conteúdo musical, então Mantenha a sintonia. Fique atento ao deslocamento entre os espaços. Não perca a hora! Evite desperdícios e exageros, tanto na alimentação como no banho. Seja discreto nas suas demosntrações de afeto, que tal uma mensagem no correio fraterno? não esqueça! Use sempre seu crachá. sentiu aquela indisposição? Procure um amigo ou o Apoio Vibracional.
10
Coloque o indispensável no seu embornal, os alojamentos só abrem nos horários de banho e jantar.
11
Proibido o uso de: cigarros e bebidas alcoólicas, em toda e qualquer circunstância.
12
uso de celulares fica restrito aos horários de intervalo (almoço e jantar), mas lembre-se que a sua sintonia deve ser a do EMEES.
13
em Caso de Emergência entre em contato com: seu coordenador responsável, trabalhador de qualquer equipe e/ou com a coordenação geral;
7
10 dia - sábado
10H00 12H00 13H30 14H00 14H30 15H30 16H00
Recepção almoço praça de música integração abertura oficial intervalo momento pedagógico
ESCOLA ESCOLA ESCOLA ESCOLA pitágoras pitágoras pitágoras
MENINoS das 18h30 às 19h10 banho MENINAS das 19h10 às 20h00 ESCOLA 18H30 MENINAS das 18h30 às 19h10 jantar MENINoS das 19h10 às 20h00
20H00 traslado p/ audiTório SESC momento 20H30 pedagógico COM ARTE Auditório SESC 22H30 traslado p/ ESCOLA 23H00 ceia e REcolhimento ESCOLA
8
BOM DIA! mas por que bom dia?
LEITURA DO DIA Elucidações “Porque não pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus.” Paulo (II Coríntios, 4:5)
Nós, os aprendizes da Boa Nova, quando em verdadeira comunhão com o Senhor, não podemos desconhecer a necessidade de retraimento da nossa individualidade, a fim de projetarmos para a multidão, com o proveito desejável, os ensinamentos do Mestre. Em assuntos da vida cristã, propriamente considerada as únicas paixões justificáveis são as de aprender, ajudar e servir, porquanto sabemos que o Cristo é o Grande Planificador das nossas realizações. Se recordarmos que a supervisão dele age sempre em favor de quanto possamos produzir de melhor, viveremos atentos ao trabalho que nos toque, convencidos de que a sua pronunciação permanece invariável nas circunstâncias da vida. A nossa preocupação fundamental, em qualquer parte, portanto, deve ser a da prestação de serviço em Seu Nome, compreendendo que a pregação de nós mesmos, com a propaganda dos particularismos peculiares à nossa personalidade, será a simples interferência do nosso “eu” em obras da vida eterna que se reportam ao Reino de Deus. Escrevendo aos coríntios, Paulo define a posição dele e dos demais apóstolos, como sendo a de servidores da comunidade por amor a Jesus. Não existe indicação mais clara das funções que nos cabem. A chefia do Divino Mestre está sempre mais viva e a programação geral dos serviços reservados aos discípulos de todas as condições permanece estruturada em seu Evangelho de Sabedoria e de Amor. Procuremos as bases do Cristo para não agirmos em vão. Ajustemo-nos à consciência do Grande Renovador, a fim de não sermos tentados pelos nossos impulsos de dominação, porque, em todos os climas e situações, o companheiro da Boa Nova é convidado, chamado e constrangido a servir. Emmanuel, psicografia de Chico Xavier Do livro “Fonte Viva”
9
20 dia - domingo
07H00 alongamento 07H30 café da manhã no auditório+ 08H30 Música momento pedagógico 10H20 intervalo 10H40 momento pedagógico 12H30 almoço E INTEGRAÇão 14H30 MOMENTO pedagógico 16H30 intervalo 17H00 momento pedagógico
escola escola pitágoras pitágoras pitágoras ESCOLA pitágoras pitágoras pitágoras
MENINoS das 18h30 às 19h10 banho MENINAS das 19h10 às 20h00 ESCOLA 18H30 MENINAS das 18h30 às 19h10 jantar MENINoS das 19h10 às 20h00
20H00 traslado p/ audiTório SESC momento 20H30 pedagógico COM ARTE Auditório SESC 22H30 traslado p/ ESCOLA 23H00 ceia e REcolhimento ESCOLA 10
LEITURA DO DIA Os Instrumentos da Perfeição
Naquela noite, Simão Pedro trazia à conversação o espírito ralado por extremo desgosto. Agastara-se com parentes descriteriosos e rudes. Velho tio acusara-o de dilapidador dos bens da família e um primo ameaçara esbofeteá-lo na via pública. Guardava, por isso, o semblante carregado e austero. Quando o Mestre leu algumas frases dos Sagrados Escritos, o pescador desabafou. Descreveu o conflito com a parentela e Jesus o ouviu em silêncio. Ao término do longo relatório afetivo, indagou o Senhor: — E que fizeste, Simão, ante as arremetidas dos familiares incompreensivos? — Sem dúvida, reagi como devia! — respondeu o apóstolo, veemente. — Coloquei cada um no lugar próprio. Anunciei, sem rebuços, as más qualidades de que são portadores. Meu tio é raro exemplar de sovinice e meu primo é mentiroso contumaz. Provei, perante numerosa assistência, que ambos são hipócritas, e não me arrependi do que fiz. O Mestre refletiu por minutos longos e falou, compassivo: — Pedro, que faz um carpinteiro na construção de uma casa? — Naturalmente, trabalha — redarguiu o interpelado, irritadiço. — Com quê? — tornou o Amigo Celeste, bem-humorado. — Usando ferramentas. Após a resposta breve de Simão, o Cristo continuou: — As pessoas com as quais nascemos e vivemos na Terra são os primeiros e mais importantes instrumentos que recebemos do Pai, para a edificação do Reino do Céu em nós mesmos. Quando falhamos no aproveitamento deles, que constituem elementos de nossa melhoria, é quase impossível triunfar com recursos alheios, porque o Pai nos concede os problemas da vida, de acordo com a nossa capacidade de lhes dar solução. A ave é obrigada a fazer o ninho, mas não se lhe reclama outro serviço. A ovelha dará lã ao pastor; no entanto, ninguém lhe exige o agasalho pronto. Ao homem foram concedidas outras tarefas, quais sejam as do amor e da humildade, na ação inteligente e constante para o bem comum, a fim de que a paz e a felicidade não sejam mitos na Terra. Os parentes próximos, na maioria das vezes, são o martelo ou o serrote que podemos utilizar a benefício da construção do templo vivo e sublime, por intermédio do qual o Céu se manifestará em nossa alma. Enquanto o marceneiro usa as suas ferramentas, por fora, cabenos aproveitar as nossas, por dentro. Em todas as ocasiões, o ignorante representa para nós um campo de benemerência espiritual; o mau é desafio que nos põe a bondade à prova; o ingrato é um meio de exercitarmos o perdão; o doente é uma lição à nossa capacidade de socorrer. Aquele que bem se conduz, em nome do Pai, junto de familiares endurecidos ou indiferentes, preparasse com rapidez para a glória do serviço à Humanidade, porque, se a paciência aprimora a vida, o tempo tudo transforma. Calou-se Jesus e, talvez porque Pedro tivesse ainda os olhos indagadores, acrescentou serenamente: — Se não ajudamos ao necessitado de perto, como auxiliaremos os aflitos, de longe? Se não amamos o irmão que respira conosco os mesmos ares, como nos consagraremos ao Pai que se encontra no Céu? Depois destas perguntas, pairou na modesta sala de Cafarnaum expres11 sivo silêncio que ninguém ousou interromper. Néio Lúcio, psicografia de Chico Xavier
30 dia - segunda
07H00 alongamento 07H30 café da manhã no auditório+ 08H30 Música momento pedagógico 10H40 intervalo 11H00 momento pedagógico 12H30 almoço E INTEGRAÇão 14H30 MOMENTO pedagógico 16H00 intervalo 16H30 momento pedagógico
escola escola
pitágoras pitágoras pitágoras ESCOLA pitágoras pitágoras pitágoras
MENINoS das 18h30 às 19h10 banho MENINAS das 19h10 às 20h00 ESCOLA 18H30 MENINAS das 18h30 às 19h10 jantar MENINoS das 19h10 às 20h00
20H00 traslado p/ audiTório SESC momento 20H30 pedagógico COM ARTE Auditório SESC 22H30 traslado p/ ESCOLA 23H00 ceia e REcolhimento ESCOLA 12
LEITURA DO DIA Executar Bem ““E ele lhes disse: - Não peçais mais do que o que vos está ordenado.” – João Batista. (LUCAS, 3:13.)
A advertência de João Batista à massa inquieta é dos avisos mais preciosos do Evangelho. A ansiedade é inimiga do trabalho frutuoso. A precipitação determina desordens e recapitulações consequentes. Toda atividade edificante reclama entendimento. A palavra do Precursor não visa anular a iniciativa ou diminuir a responsabilidade, mas recomenda espírito de precisão e execução nos compromissos assumidos. As realizações prematuras ocasionam grandes desperdícios de energia e atritos inúteis. Nos círculos evangélicos da atualidade, o conselho de João Batista deve ser especialmente lembrado. Quantos pedem novas mensagens espirituais, sem haver atendido a sagradas recomendações das mensagens velhas? Quantos aprendizes aflitos por transmitir a verdade ao povo, sem haver cumprido ainda a menor parcela de responsabilidade para com o lar que formaram no mundo? Exigem revelações, emoções e novidades, esquecidos de que também existem deveres inalienáveis desafiando o espírito eterno. O programa individual de trabalho da alma, no aprimoramento de si mesma, na condição de encarnada ou desencarnada, é lei soberana. Inútil enganar o homem a si mesmo com belas palavras, sem lhes aderir intimamente, ou recolher-se à proteção de terceiros, na esfera da carne ou nos círculos espirituais que lhe são próximos. De qualquer modo, haverá na experiência de cada um de nós a ordenação do Criador e o serviço da criatura. Não basta multiplicar as promessas ou pedir variadas tarefas ao mesmo tempo. Antes de tudo, é indispensável receber a ordenação do Senhor, cada dia, e executá-la do melhor modo. Emmanuel, psicografia de Chico Xavier Do livro “Vinha de Luz”
13
4o dia - terça
07H00 alongamento 07H30 café da manhã no auditório+ 08H30 Música momento pedagógico 10H30 Intervalo 10H50 Momento pedagógico 12H30 almoço E INTEGRAÇão 14H30 MOMENTO pedagógico 16H10 intervalo 16H40 momento pedagógico
escola escola pitágoras pitágoras pitágoras ESCOLA pitágoras pitágoras pitágoras
MENINoS das 18h30 às 19h10 banho MENINAS das 19h10 às 20h00 ESCOLA 18H30 MENINAS das 18h30 às 19h15 jantar MENINoS das 19h15 às 20h30
20H00 traslado p/ audiTório SESC momento 20H30 pedagógico COM ARTE Auditório SESC 22H30 traslado p/ ESCOLA 23H00 ceia e REcolhimento ESCOLA 14
LEITURA DO DIA Se o amor do próximo constitui o princípio da caridade, amar os inimigos é a mais sublime aplicação desse princípio, porquanto a posse de tal virtude representa uma das maiores vitórias alcançadas contra o egoísmo e o orgulho. Entretanto, há geralmente equívoco no tocante ao sentido da palavra amar, neste passo. Não pretendeu Jesus, assim falando, que cada um de nós tenha para com o seu inimigo a ternura que dispensa a um irmão ou amigo. A ternura pressupõe confiança; ora, ninguém pode depositar confiança numa pessoa, sabendo que esta lhe quer mal; ninguém pode ter para com ela expansões de amizade, sabendo-a capaz de abusar dessa atitude. Entre pessoas que desconfiam umas das outras, não pode haver essas manifestações de simpatia que existem entre as que comungam nas mesmas ideias. Enfim, ninguém pode sentir, em estar com um inimigo, prazer igual ao que sente na companhia de um amigo. A diversidade na maneira de sentir, nessas duas circunstâncias diferentes, resulta mesmo de uma lei física: a da assimilação e da repulsão dos fluidos. O pensamento malévolo determina uma corrente fluídica que impressiona penosamente. O pensamento benévolo nos envolve num agradável eflúvio. Daí a diferença das sensações que se experimenta à aproximação de um amigo ou de um inimigo. Amar os inimigos não pode, pois, significar que não se deva estabelecer diferença alguma entre eles e os amigos. Se este preceito parece de difícil prática, impossível mesmo, é apenas por entender-se falsamente que ele manda se dê no coração, assim ao amigo, como ao inimigo, o mesmo lugar. Uma vez que a pobreza da linguagem humana obriga a que nos sirvamos do mesmo termo para exprimir matizes diversos de um sentimento, à razão cabe estabelecer as diferenças, conforme os casos. Amar os inimigos não é, portanto, ter-lhes uma afeição que não está na natureza, visto que o contato de um inimigo nos faz bater o coração de modo muito diverso do seu bater, ao contato de um amigo. Amar os inimigos é não lhes guardar ódio, nem rancor, nem desejos de vingança; é perdoar-lhes, sem pensamento oculto e sem condições, o mal que nos causem; é não opor nenhum obstáculo à reconciliação com eles; é desejar-lhes o bem e não o mal; é experimentar júbilo, em vez de pesar, com o bem que lhes advenha; é socorrê-los, em se apresentando ocasião; é abster-se, quer por palavras, quer por atos, de tudo o que os possa prejudicar; é, finalmente, retribuir-lhes sempre o mal com o bem, sem a intenção de os humilhar. Quem assim procede preenche as condições do mandamento: Amai os vossos inimigos. Allan Kardec - O Evangelho Segundo o Espiritismo Cap. XII – Amai os Vossos Inimigos
15
SOU+FAMília - (ANDRé PIROLA E VINICIUS OLIVEIRA) Introdução:Em7(9)G5(7M) Am7 C4+ (2x) Em7(9) G5(7M) Quem são meus pais, os meus irmãos Am7 C4+ Quem sou eu na vida deles, quem são eles Em7(9) G5(7M) Am7 C4+ Na minha... evolução Em7(9) G5(7M) Famílias vêm de muitos planos Am7 C4+ Muitas vidas enlaçadas, muitos nós Em7(9) G5(7M) Am7 C4+ Que nós mesmos damos... Am C Existem muitas formas de famílias, G D9/F# pois há muitas formas de amar Am C E se o mundo muda a família, G D9/F# a família mudo o mundo, se ela quiser mudar (Am7 C G D9/F#) 2X Am7 C Família é aquecer e não incendiar G D9/F# Família é acolher e não sentenciar
16
Músicas36 EMEES
Am7 Família é amor, C G D9/F# família é trabalho, espera, é perdoar (é amar)
0
Em7 G Am C Sou mais Família... Família... Em7 G A gente vem de ontem Am C E a gente se encontra onde se perdeu (onde já venceu) Am C Deus proteja minha família G D Deus proteja as famílias Am C G D Deus proteja a família universal
Am
17
a FAMília é o lugar - (andré pirola) C G Am Em F C D7 G Talvez eu viva bem sozinho E assim possa continuar Mas sei que eu tenho um compromisso E eu não posso me enganar Errar faz parte do caminho Mas juntos vamos encontrar O amor de mãe, de pai e filhos A família é o lugar F C E7 Am Dm C D7 G São muitas casas pelo mundo Mas muito poucas têm um lar E eu vou tentar fazer de tudo Pra esse laço apertar Errar faz parte do caminho Mas juntos vamos encontrar O amor de mãe, de pai e filhos G7 C A família é o lugar G7 C A família é o lugar G7 Fm G# C A família é o lugar...
18
D A Eu vou te ensinar E A A7 O que é família, vamos escutar D A Você vai entender E A A7 A importância deles nesse seu viver D A Na família tem que ter E Amizade e paciência
A A7 Com amor pra bem viver D A Para isso acontecer E Basta que eu goste de mim A E também goste de você D A Família não é definição E São formas de amor A Que guardo no coração (x2)
0
Introdução: D A E A A7 (2x) D A E A Papai, Vovó , Titia, Madrasta D A E A A7 Vovô, Mamãe , Irmão Adotivo
Músicas36 EMEES
Formas de amor - (daniel SILVA, Matheus Lisboa E maria clara)
19
Constelações de Laços - (Matheus cavatti) Introdução (solo) C D Agradeço pai, obrigado mãe C D Te agradeço, ó Pai, Mãe de todos nós F Regente Universal, C D F Agradeço o Universo da família C Um Sol que gravita D Núcleo que ilumina C D Esse sistema de fôrmas e formas diferentes F Visando prosperar C D F G Os seres que ali habitam A9 Responsável sou
B9 A propagar este Amor A9 Que recebo D’aquele B9 A9 Que tudo nos proporcionou Emitir o afeto, o carinho
20
Estender ao teu lado, um traço
Músicas36 EMEES
Encontrar nos próximos braços B9 A9 Abraços de redenção, regeneração (de si mesmo)
0
Que envolve os laços, atados B9 Desta constelação C D E Que agora brilha... e tende sempre a brilhar! (2x)
21
CICLO - (Matheus Lisboa E Junior Vidal) D A7 Bm F#m Ontem firmamos um acordo G D/F# Um sonho, uma dívida G D/F# A7/4 A7 A7/4 Uma reação a um passado D Que agora ecoa D A7 Bm F#m Mágoas, angústias, o orgulho G D/F# Deixados de lado por um bem maior G D/F# A7/4 A7 Agora fazem brotar a esperança... A7/4 D (Em7 // A7/13-) A confiança e o amor Dm Am A#7M Escolho aqui a minha veste A7/13Dm Com traços que me identificam Am A#7M Olhos e pés me lembrarão A7/4 A7 Dm A quem eu devo essa vida Dm Am Busco então me equilibrar
22
A#7M A7/4 A7 Dm Pois árduo é o processo em frente a essa lida Dm Am A#7M A7/13Esquecimento, acolhimento... alegria A#7M A7/13- A#7M A7/13Me aguardem... Dm A7/4 A7 Estou aí qualquer dia.
Dm Am A#7M Imagino os seus traços a cada hora A7/4 A7 Dm A curiosidade é rainha. Am Pois na verdade pouco importa A#7M A7/4 Dm E o que vale agora é a sintonia. Dm Am A#7M Criança, não demore a chegar A7/4 A7 Dm Não se acanhe ao entrar nessa vida. Dm Am A#7M Nesse lar que agora é seu, é nosso A7/4 A7 Dm É de fé, amor, alegria.
Dm Am A#7M Hoje vivemos como filhos A7/4 A7 Dm Estamos amanhã como pais Am A7/4 A7 A7/4 A7 A qualquer hora tudo muda, A7/4 A7 D E o ciclo segue em paz.
0
D A7 Bm Como se a sua chegada F#m G D/F# Hoje fosse um marco, uma bênção G D/F# A7/4 A7 A7/4 A renovação da vida plena D Futuro em forma de amor
Músicas36 EMEES
D A7 Bm F#m Amanhã a espera cessa G D/F# E não podia ser em melhor hora G D/F# Nove meses se passaram A7/4 A7 A7/4 D Foram séculos... Como se fosse outro dia.
23
Faz Raiar o Amor (Hoje Deu) - (ANDRé PIROLA) Intro: C D6add9 A9 (2x) C D6add9 A9 Faz raiar o amor (4x) Solo (Intro 4x) C D6add9 A9 Então a gente conseguiu chegar até aqui C D6add9 A9 E quanta coisa a gente junto já passou C D6add9 A9 E se ontem não deu pra gente se descobrir... G C9 Hoje deu Am7 D7 E a gente se encontrou G C9 Hoje deu Am7 D7 E a gente se encontrou C D6add9 A9 Hoje deu C D6add9 A9 Ohhh Solo (Intro 2x)
24
C D6add9 A9 Então a gente conseguiu chegar e descobrir
Músicas36 EMEES
C D6add9 A9 Faz raiar o amor (4x)
0
C D6add9 A9 O que deixar ficar e deixar ficar pra trás C D6add9 A9 E se ontem não deu pra saber pra onde ir G C9 Hoje deu Am7 D7 E a gente sabe pra onde vai G C9 Hoje deu Am7 D7 E a gente sabe pra onde vai C D6add9 A9 Hoje deu
Em G Am7 C Vamos comemorar então as nossas vidas Em G Am7 C E celebrar tudo que a gente conquistou Em G Am7 C E se lembrar de não desmerecer, não desfazer, não desunir... G Am7 C Dsus4 O que Deus juntou G Am7 C Dsus4 O que Deus juntou C D6add9 A9 O que Deus... C D6add9 A9 Faz raiar o amor (4x)
25
Simples assim - (Edmar reis thiengo) Introdução: Am7 C7/13 F7M Bm5-/7 E7/13b (4x) Am7(9) E/G# G7M C7M(9) Assim como as flores, assim como as cores F7M Bm5-/7 E7/13b Assim como as dores, como tantos amores Am7(9) E/G# G7M C7M(9) Assim como os dedos, assim como os medos F7M Bm5-/7 E7/13b Assim como enredos, como doces e azedos Am7(9) E/G# G7M C7M(9) F7M Bm5-/7 E7/13b (2x) Am7 C7/13 Sou pai e sou filho, sou mãe, sou irmã F7M Bm5-/7 E7/13b Sou bom e sou rude, sou hoje e amanhã Am7 C7/13 Sou branco, sou negro, mulato e cafuzo F7M Bm5-/7 E7/13 Albino, amarelo, sou simples, difuso Am7(9) E/G# G7M C7M(9) F7M Bm5-/7 E7/13b (2x) Am7(9) E/G# Assim como as flores, assim como as cores G7M C7M(9) Que espalham beleza em diversos tons F7M Bm5-/7 E7/13b Família é espaço de muitos valores
26
Am7(9) E/G# De homem ou mulher, de crentes e ateus G7M C7M(9) De harmonia e valores em múltiplos sons F7M Bm5-/7 E7/13b É onde se encontram os filhos de Deus Repete a introdução: Am7 C7/13 F7M Bm5-/7 E7/13b (4x)
Simples assim - (Edmar reis thiengo)
0
Músicas36 EMEES
Introdução: D7M G D G Assim como as flores, assim como as cores D G Assim como as dores, como tantos amores D G Assim como os dedos, assim como os medos D G Dadd9 G Assim como enredos, como doces e azedos Em A Em Sou pai e sou filho, sou mãe, sou irmã A Em Sou bom e sou rude, sou hoje e amanhã A Em Sou branco, sou negro, mulato e cafuzo A Bm7 E Bm7 G A Albino, amarelo, sou simples, difuso D G Assim como as flores, assim como as cores D G Que espalham beleza em diversos tons D G Família é espaço de muitos valores D G D De homem ou mulher, de crentes e ateus G D De harmonia e valores em múltiplos sons G D É onde se encontram os filhos de Deus
27
A canção que a gente fez - (projeto carrossel) C Como nos velhos tempos de outras tantas F Que sua vontade sempre permaneça viva Am E que o amor quebre qualquer barreira junto com teu mar C Como nos velhos tempos de outras tantas F Que seu poder esteja em suas mãos Am E só dependa de ti pra exercitar C Porque te deténs de sonhar? Sabe que não pode ter medo de errar F E a vitória diante de seu olhar está C Porque te deténs de amar? Sabe que não pode viver pra odiar F E o medo já toma rumo pra outras distâncias C As dores da alma que a gente plantou F Parecem que não se esquecem de nós Am Mas vamos mudar, não vamos nos entregar F Esse não é o fim
28
F Am O momento é hoje, encoraje o seu ser. F Elevando os pensamentos C G a uma voz que te chama, não deixe nada te deter.
0
Músicas36 EMEES
C Os tombos da vida que a gente levou F Parecem que vem só pra rir de nós Am Mas não vamos desistir, não paremos de cantar F A canção que a gente fez
29
JUventudes do brasil - (camila rabêlo) Introdução: C Am7 Dm G C G/B Hoje eu lembrei de uma canção que diz Dm G Que um mais um é sempre mais que dois Am G E percebi que eu não pertenço ao estado aonde nasci F G C F G Eu sou de todo canto do país C G/B Somos do Piauí, do Maranhão, do Ceará Dm G Do Pernambuco e da Bahia também Am G Somos de Sergipe, Paraíba e Tocantins F Dm G Com amizade e humildade tornamos tudo mais feliz C G/B Somos de São Paulo e do Rio de Janeiro, Dm F G Mato Grosso e Mato Grosso do Sul Am G Somos do Acre, de Rondônia, Amazonas e Pará F Dm G Estaremos de mãos dadas aonde se possa chegar C G/B F Levando o amor e a caridade, não importa o estado Dm G e a cidade
30
0
Músicas36 EMEES
Am G Somos da Pátria do Evangelho, Juventude do Brasil F G C E logo dois mais dois se tornam mil C G/B Somos de Santa Catarina e do Espírito Santo, Dm F G Rio Grande do Norte e do Rio Grande do Sul Am G Alagoas, Amapá, Roraima e Paraná F G C F G E o Cristo é uma estrela a guiar C G/B Somos do Goiás, do Distrito Federal Dm F G e também somos lá de Minas Gerais Am G Somos irmãos, somos amigos com esperança no amanhã F Dm G Nós somos de qualquer morada que sonhamos ver em paz C G/B Levando o amor e a caridade, Dm F G não importa o estado e a cidade Am G Eu acredito nessa força que vem da nossa união F Dm G E acende a luz do Espiritismo a toda essa nação
31
Você sabe o que é o
ESPERANTO? O Esperanto é uma língua criada para e econômica. facilitar a comunicação entre os povos do mundo inteiro. Após o surgimento do Esperanto, pessoas que o aprenderam sentiram a Mais de cem anos de utilização prática necessidade de organizar grupos para fizeram do Esperanto uma língua viva, a prática, ensino e sua divulgação. capaz de exprimir qualquer nuance do Com o passar do tempo, esses grupos pensamento humano. Ela é inter- cresceram e alguns ultrapassaram as nacional e neutra porque per- fronteiras do país de origem, novos tence a todos os povos e proporciona grupos surgiram e hoje temos centea comunicação entre pessoas de todo nas de organizações esperantistas em o mundo sem qualquer tendência de funcionamento no mundo inteiro. hegemonia cultural, política, religiosa
Olá! Qual é seu nome? Meu nome é... Como você está? Bem! Você é bonito/a. Eu te amo! Bom apetite! Tchau 32
+infos
Saluton! Kio estas via nomo? Mia nomo estas... Kiel vi fartas? Bone! Vi estas bela Mi amas vin! Bonan apetiton! Adiau
www.lernu.net ou www.esperanto.org.br
datas dos encontros regionais de mocidades
DATA: LOCAL: 10 Conselho Regional Espírita: Conceição da Barra, Jaguaré, Montanha, Mucurici, Pedro Canário, Pinheiros, Ponto Belo e São Mateus. 20 Conselho Regional Espírita: Alto Rio Novo, Baixo Guandu, Colatina, Governador Lindemberg, Mantenópolis, Marilândia e Pancas. 80 Conselho Regional Espírita: Ecoporanga, Barra de São Francisco, São Gabriel da Palha e Nova Venécia. 90 Conselho Regional Espírita: Aracruz, Fundão, Ibiraçu, João Neiva, Linhares, Rio Bananal e Sooretama.
DATA: LOCAL: 30 Conselho Regional Espírita: Vitória.
DATA: LOCAL: 40 Conselho Regional Espírita: Atílio Vivacqua, Bom Jesus do Norte, Cachoeiro de Itapemirim, Castelo, Itapemirim, Marataízes, Mimoso do Sul, Muqui, Presidente Kennedy, Rio Novo do Sul e Vargem Alta.
DATA: LOCAL: 50 Conselho Regional Espírita: Alegre, Divino de São Lourenço, Dores do Rio Preto, Guaçuí, Jerônimo Monteiro, Ibitirama e São José do Calçado. 120 Conselho Regional Espírita: Afonso Cláudio, Brejetuba, Conceição do Castelo, Ibatiba, Irupi, Iúna, Muniz Freire e Venda Nova do Imigrante.
DATA: LOCAL: 60 Conselho Regional Espírita: Cariacica, Domingos Martins, Marechal Floriano, Viana e Vila Velha.
DATA: LOCAL: 70 Conselho Regional Espírita: Serra.
DATA: LOCAL: 100 Conselho Regional Espírita: Itaguaçu, Itarana, Laranja da Terra, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Santa Tereza, São Roque do Canaã.
DATA: LOCAL: 110 Conselho Regional Espírita: Alfredo Chaves, Anchieta, Guarapari, Iconha e Piúma.
33
Cas0 de Iracema e Eduardo
Adaptação do livro “Perturbações Espirituais”, de Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco.
34
Bezerra de Menezes começou a nos instruir para tarefa na Terra, um caso envolvendo uma armadilha perigosa trabalhada pelos inimigos do Cristo. Convocou-nos a visitar o diretor de respeitável Sociedade Espírita que era atacada pelas Sombras. Voltamos até um apartamento luxuoso, no qual residia o presidente da Sociedade, essa conhecida como das mais respeitáveis pelos serviços prestados à humanidade e pela dignidade dos seus membros, menos agora que enfrentava um ataque dos mistificadores do Além. O Sr. Eduardo dormia, mas em Espírito lutava com um adversário que lhe provocava pesadelo... Neste momento, sem perceber a nossa presença, o irmão Germano foi convidado a aplicar energias saudáveis no companheiro encarnado, enquanto Virgílio atraía a atenção do perseguidor, que se voltou na sua direção e alardeou, arrogante: — Até que enfim chegaram os lacaios do Cordeiro... O dedicado espírita mineiro, com paciência, respondeu mansamente: — Sim, somos os lacaios do Cordeiro, dedicados a amparar os lobos famintos e oferecerlhes o alimento que mata para sempre a fome de amor. O mentor solicitara ao irmão Elvídio que buscasse, no lar, uma jovem médium que se encontrava em momento grave, abusada sexualmente pelo dirigente da Instituição, sob a inspiração do adversário espiritual que veio conosco. Entrou na sala a moça sob os cuidados de bondosos auxiliares espirituais. Sr. Eduardo não ocultou o constrangimento que o acometeu, ainda mais quando viu a moça de quem ele abusou. Por sua vez, a jovem demonstrou surpresa e alegria ao vê-lo, e exclamou: — Deus seja louvado pelo nosso encontro! Comovida com o encontro que não entendia, informou ao amante: — Como lhe afirmei antes, a gestação agora foi confirmada com o exame médico. O Sr. Eduardo retrucou irritado: — Você sabe que não pode ter esse filho. Não ignora que sou casado e tenho família. Como você explicará aos seus familiares e aos nossos frequentadores a presença dessa criança? Deve ser um pesadelo! — gritou o dirigente transtornado. Com bondade, o mentor esclareceu-o de que não se tratava de um pesadelo, mas de um encontro espiritual para que fossem regularizados os problemas que se acumulavam na Instituição. Ao notar minha estranheza, Dr. Carneiro explicou-me que se tratava de uma reencarnação
35
muito grave, porquanto era programada pelos adversários do Mestre Jesus e que fora preparada para criar embaraços muito sérios em relação ao pai desajustado, para desmoralizar a Instituição que dirigia. Não pude deixar de questionar algo que me brotou da alma: — Esses Espíritos infelizes podem programar reencarnações? Até onde vão as suas possibilidades? Podem interferir desse modo nas atividades humanas? Sem rodeios, o benfeitor explicou-me: — Tudo que existe e ocorre encontra-se sob a supervisão superior dos Embaixadores do Pai e, no querido planeta, sob os cuidados do Amigo Incomparável Jesus. Enquanto os desafortunados atrevem-se a organizar programas que dificultem a execução dos trabalhos evolutivos das criaturas, tornam-se, por sua vez, objeto das Soberanas Leis que desconhecem e passam a ser responsáveis pelos acontecimentos infelizes. A Providência dispõe de meios eficazes para todas as circunstâncias. Acreditam-se possuidores de forças e de recursos para programarem reencarnações, com propósitos infelizes de destruição a longo prazo. Eis porque a vigilância e a oração nunca podem ser descartadas, pois são recursos preventivos contra o Mal que ronda incessantemente os passos da Humanidade em todos os tempos. O primeiro passo, eles conseguiram com êxito, ao utilizar-se da fraqueza moral do irmão Eduardo que, portador de sexo viciado, em vez de amparar a necessitada que lhe buscou auxílio espiritual, complicou-lhe a existência com o tormento da sua sedução sob o controle dos inimigos dele próprio e da Sociedade que dirige. Naquele momento Dr. Bezerra buscou acalmar o companheiro revoltado. — O irmão e amigo — disse-lhe Dr. Bezerra — não tem porque ficar irritado com a revelação que lhe confirma o fruto da insensatez. Num relacionamento como o que o amigo se permitiu, sem tomar as providências impeditivas necessárias, era inevitável a ocorrência da gestação, especialmente num comportamento contrário à dignidade pessoal da jovem inexperiente que foi usada com imprudência, assim como em relação a todos que frequentam a Instituição que deve ser dignificada pela conduta dos seus dirigentes. — Eu não posso assumir essa paternidade! — exclamou envergonhado. — Pensasse no assunto antes das atitudes reprováveis que manteve. — Há solução fácil, que é o aborto, já que a gravidez deve ser recente – afirmou o dirigente. — Como se atreve o amigo em pensar no hediondo crime do aborto? Essa criança deverá
36
nascer, a fim de ser educada nos princípios cristãos. A vida é patrimônio de Deus e somente Ele pode decidir a respeito da sua manifestação ou interrupção. O irmão sabe que cada qual colhe onde e o que semeia. Até então, você vem burlando a confiança dos familiares, dos companheiros e, auto-hipnotizado pelo prazer doentio, tem-se deixado arrastar para a luxúria. Deverá assumir a paternidade e orientar seu filho com carinho, com ele resgatando velhos débitos referentes a comportamentos reprováveis do passado, que ora repete sem vergonha. Lembre-se da recomendação de Jesus à mulher surpreendida em adultério, quando lhe propôs que a partir daquele momento não voltasse a pecar mais. O conhecimento espírita é libertador e não se submete a vexames de proteger o indivíduo em prejuízo da sociedade. Não se poderia permitir a conduta dupla: a do homem de boa aparência na Instituição e a do escravo do sexo em desordem. Dr. Bezerra acercou-se de Iracema e esclareceu: — Confie em Deus, minha filha. O filhinho deverá renascer através do seu corpo. Não tema as consequências das atitudes insanas que se permitiu. Você não poderá justificar-se ignorância em torno do estado civil do nosso amigo Eduardo. Sabia que era pai de família e se deixou dominar pela sedução com que foi envolvida. — E ele me aceitará após estes acontecimentos? — indagou entre lágrimas. — O futuro — respondeu, gentil — somente Deus o conhece, não nos cabendo devaneios neste momento. O que é certo e inegável é que o ser que se encontra em processo de reencarnação merece todo o nosso carinho e o seu cuidado de mãe, apesar da sua inexperiência neste momento. Deus não lhe faltará com os socorros próprios à educação e orientação do filhinho que recomeça a experiência evolutiva sob a pressão de forças opostas: de um lado, o compromisso com o grupo que espera dele ações cruéis; e de nós outros, que trabalharemos a fim de que encontre o caminho do Bem.
37
A REENCARNAcao
DE JULiO
Adaptação do livro “Entre a Terra e o Céu” de André Luiz, psicograf ia de Chico Xavier.
38
Amaro, após ficar viúvo com dois filhos, Evelina e Júlio, casa-se pela segunda vez com Zulmira. Ele se desdobra em carinho e atenção ao filho Júlio, de 8 anos, após este ter ficado órfão de mãe. Zulmira nunca suportou, sem mágoa, o carinho do marido com os órfãos. Odila, a esposa desencarnada, sente ciúmes de Amaro com a segunda esposa e começa a obsidiar Zulmira que, influenciada pelas energias negativas emanadas por Odila, sente raiva de Júlio, desejando afastá-lo do pai. E como as atenções de Amaro se concentravam no menino, parecendo dois velhos amigos a se bastarem um ao outro, muitas vezes Zulmira sentiu silenciosamente o anseio de vê-lo afogar-se na praia em que se banhavam. Certa manhã, acompanhando os enteados, separou Evelina do irmão, permitindo ao menino mais liberdade nas águas. O objetivo foi atingido. Uma onda rápida surpreendeu o pequeno banhista, levando-o ao fundo. Zulmira vê o pedido de socorro do menino, mas não faz nada para ajudar, vendo aí a chance que buscava para separar a criança de seu pai Amaro. Incapaz de reequilibrar-se, Júlio voltou morto à superfície. Após o acontecido, mesmo Zulmira se declarando inocente, no íntimo sabia que nada havia feito para ajudar o garoto, e sob fortes acusações de Odila, mãe de Júlio, cai em prostração com grande sentimento de culpa. Padece também do retorno das vibrações envenenadas que arremessou na direção do menino. Amaro culpa Zulmira pela morte do filho e começa a afastar-se dela, favorecendo ainda mais a obsessão por Odila. No mundo Espiritual, o mentor Clarêncio pede ajuda à Irmã Clara para, com sua força moral, auxiliar Odila a compreender que Júlio trazia consigo a morte prematura no quadro de provações, pois era um suicida reencarnado. Júlio, desencarnado, sofre pesadelos com o afogamento. Insiste em voltar para casa todos os dias. Com grandes chagas na região da garganta, irá precisar de uma nova reencarnação para ajustar o perispírito desorganizado. Na tentativa de ajudar Júlio, o benfeitor Clarêncio busca Antonina, uma jovem senhora que foi abandonada pelo esposo e vive com três filhinhos. Antonina trabalha numa fábrica de tecidos e educa os filhos com puro amor ao Evangelho de Nosso Senhor Jesus. Antonina conhece e fica amiga de Mário Silva, enfermeiro que foi noivo de Zulmira. Mário pretendia casar com Zulmira, mas foi rejeitado, pois ela escolheu a assistência e o carinho de Amaro.
39
Odila, auxiliada pelos benfeitores espirituais, afasta-se de Zulmira. Esta, embora livre da obsessão, encontra-se desanimada para a vida, como se lhe faltasse algo. Vencendo as dificuldades naturais de quem se inicia na sublimação dos sentimentos, Odila renuncia em favor da nova família de Amaro, cedendo o carinho do seu ex-marido à outra mulher, que antes considerava adversária. Em sonho, pede ajuda à filha Evelina, para que esta auxilie o pai e a madrasta a reencontrarem o equilíbrio. A segunda esposa de Amaro irá substituí-la na condição de mãe, oferecendo novo corpo ao filhinho. A reencarnação para Júlio era o único caminho a seguir. As afeiçoes e simpatias conquistadas pelo Espírito, quando na sua passagem pela Terra, pesam no planejamento de sua reencarnação, favorecendo o encontro de pais que o recebam com amor e responsabilidade. Zulmira deve receber Júlio, agora na condição de filho, que, de acordo com a lei de causa e efeito, virá com o aparelho vocal fragilizado. Os Espíritos Clarêncio e Odila se encontram com Zulmira, em desdobramento, e entregam-lhe o pequeno Júlio, que se enlaça à futura mãe e seu corpo sutil se confunde gradativamente com o dela. A reencarnação no caso de Júlio não reclama da esfera espiritual cuidados especiais. É uma descida experimental ao campo da matéria densa, com interesse tão somente para ele mesmo e para os familiares que o cercam. O corpo perispiritual do reencarnante se volatiliza pouco a pouco, sendo absorvido pelo da mãe. Haverá a comunhão fisiopsíquica de Júlio com Zulmira e Amaro, mas a hereditariedade física tem seus limites, pois o reencarnante assimila as energias dos pais segundo suas necessidades e qualidades morais boas ou más. Julio nascerá com a enfermidade na garganta, pois “a consciência traça o destino, o corpo reflete a alma”. Zulmira tem uma gravidez difícil, contrai amigdalite e é auxiliada espiritualmente por Clarêncio. Júlio, reencarnado, tem a saúde muito frágil, apresenta inflamação na garganta e contrai difteria. Necessita tomar soro antidiftérico e o enfermeiro Mário vai à casa do menino medicá-lo. Lá ele encontra Zulmira e Amaro e ainda sente ódio no coração e não se acha capaz
40
de perdoá-los pela traição. Quando vê Júlio, tem a impressão que já o conhece e deseja sua morte, para que seus pais sofram. Pensa em medicar erradamente o menino, mas lembra do que ouviu no culto do Evangelho na casa de Antonina sobre a necessidade do perdão. Aplica o soro antidiftérico, mas de suas mãos saem fluidos deletérios de ódio, que se dirigem ao menino. Júlio tem um choque anafilático, não resiste e desencarna. Mário sai pelas ruas desesperado acreditando ter contribuído para a morte do menino. No plano espiritual, Júlio volta aos braços de sua mãe Odila. O renascimento mal sucedido de Júlio reajustou seu perispírito permitindo que a próxima reencarnação seja devidamente planejada, com elevados objetivos de serviço, permitindo que ele fique em harmonia consigo mesmo. Zulmira sofre pelo complexo de culpa e admite que a morte de seu filho foi castigo de Deus por ter contribuído com o afogamento de Júlio. Mário sente culpa pela morte do menino. Antonina o aconselha a procurar Zulmira e Amaro e se desculpar pelo ocorrido. Chegam à casa do casal e encontram Zulmira muito doente, precisando de transfusão sanguínea. Mário se oferece para ser o doador. Zulmira, em desdobramento, é levada ao lar das bênçãos onde vê Júlio dormindo sossegado e cai em prantos. Encontra Odila e pede perdão pela sua negligencia em favorecer o afogamento de Júlio. Odila usa das virtudes já conquistadas e a conforta, informando que a bondade divina fez com que a criança que ela odiou fosse amada como seu filho; que o Júlio de ontem é o Júlio de hoje; e que elas duas partilham do mesmo amor. As mães se abraçam num gesto de reconciliação e Zulmira desperta relembrando fragmentos do sonho e fica feliz. Os casais Amaro/Zulmira e Mário/Antonina tornam-se amigos, participando todos do culto do Evangelho promovido por Antonina. No mundo espiritual ocorre o planejamento da reencarnação de Júlio com a colaboração de Zulmira. Entranhada história plena de conflitos, ódio, vingança e dor, que teve início com decisões tomadas em nome do amor, mas que se tratava de paixões desenfreadas. É a luta aperfeiçoando a vida, até que a vida se harmonize, sem luta, com os desígnios do Senhor.
41
Reencarnacao de
Segismundo Adaptação do livro “Missionários da Luz”, de André Luiz, psicografado por Chico Xavier.
42
Em uma encarnação anterior, Segismundo se apaixona desvairadamente por Raquel, que era casada com Adelino. Levado por esse sentimento doentio, Segismundo assassina Adelino e deixa Raquel em uma situação de vida tão difícil que ela acaba se prostituindo. Isso leva a um sentimento intenso de ódio entre os três que, após algum tempo no plano espiritual, realizam novo plano encarnatório, dispostos a uma reconciliação. Ficou acertado que Adelino e Raquel se casariam novamente e receberiam Segismundo como filho. Já na presente encarnação, tudo corre como planejado: o casal se reencontra, casa e tem o primeiro filho, que se chama João. Moram em uma casa modesta, porém confortável e levam uma vida comum. Chega, então, o momento planejado para a reencarnação de Segismundo. Um espirito bondoso, chamado Herculano, traz Segismundo à casa de Adelino e Raquel. Com ele, estão também os espíritos Alexandre e André Luiz. Segismundo, porém, está bastante desanimado e cabisbaixo. Nesse momento, Adelino, Raquel e João estão à mesa, comendo e conversando. Adelino se mostra aflito e de pouca conversa com a esposa. O pensamento negativo dele destruía a substância da hereditariedade. Alexandre se aproxima e dá um passe no pequeno João para despertar-lhe o interesse sobre a conversa dos pais, conseguindo que ele intervenha no diálogo. Dito e feito, a conversa simples e animada do filho desfaz o mal-estar daquela tarde, melhorando a atitude de Adelino e o clima de relacionamento do casal. Comovido com a atitude interessada do filho e o diálogo amoroso da esposa, Adelino despede-se com delicadeza e promete voltar mais cedo que de costume para que a família ore junta antes de dormir. Mais tarde, conforme prometido, a família se reúne e os pais ouvem com atenção a prece feita por Joãozinho. Com isso, o clima de preparação para a aproximação de Segismundo e Adelino melhora consideravelmente. Adormecidos, Raquel e Adelino abandonam seus corpos físicos. Raquel vai ao encontro de sua avó materna, enquanto Adelino vagueia pelo quarto, angustiado e assustado. Quando ele vê Segismundo, fica apavorado. Nesse momento, Alexandre interfere, lançando raios magnéticos tranquilizadores sobre ele e, após conversa longa e comovente, convence Adelino de que Segismundo não lhe deseja mais nenhum mal e que está em busca de seu perdão e acolhimento paternal. Finalmente convencido, Adelino, aceita, então, o pedido de perdão de Segismundo, seu algoz em vida passada. O perdão de Adelino dissipa as pesadas nuvens de ódio que manchavam seu perispírito,
43
escondendo sua condição de espírito elevado e nobre. Logo após a reconciliação, os quatro espíritos deixam a casa de Adelino e Raquel, dispostos a retornar na semana seguinte para iniciar o serviço da reencarnação. Na véspera da ligação de Segismundo à matéria orgânica, André Luiz e Alexandre chegam à casa de Adelino e Raquel. Lá, encontram Herculano e Segismundo em companhia de Espíritos Construtores, que iam cooperar em sua formação fetal. O ambiente familiar continuava cercado de afeição. Com a ajuda dos Espíritos Construtores, Alexandre examina os mapas cromossômicos de Adelino. Ante a iminência da reencarnação, Segismundo parece abatido e exausto. Sentia-se fraco e incapaz e tinha medo de novos fracassos morais após o retorno à carne. Será que ele e Adelino seriam capazes de superar realmente todo o mal do passado? E seria ele capaz de ser uma pessoa boa e equilibrada desta vez? Diante dessas dúvidas, os amigos espirituais procuravam incentivar Segismundo, prometendo que a colaboração deles continuaria constante após o reencarne. Isso confortava muito o espírito reencarnante, mas ele continuava nervoso, até mesmo diante da iminência de passar novamente pelo processo de reencarnação. Em uma pequena câmara de repouso, aguardava aflito o momento crucial de sua redução perispiritual. No momento planejado, os Espíritos Construtores iniciam o processo de magnetização do corpo espiritual de Segismundo, com ele ainda deitado em repouso. Durante esse processo, a forma perispiritual do espirito reencarnante ia se reduzindo gradualmente, ao mesmo tempo em que ele parecia cada vez menos consciente. Quando Segismundo chega à forma de bebê, Alexandre leva-o aos braços da avó materna de Raquel para que ela seja a portadora da entrega de Segismundo à sua neta. Em seguida, ante a uma assembleia de espíritos, Alexandre anuncia o momento sublime de entrega de Segismundo à sua futura mãe, sob o olhar vigilante de Adelino. O quarto do casal estava cheio de flores e luz, com o propósito de adornar os caminhos do recomeço de Segismundo. Após uma prece comovida de Adelino e sob os raios de energias sublimes dos espíritos superiores, Raquel recebe o espírito de Segismundo dos braços da avó materna. Nesse momento, Adelino se aproxima da esposa e lhe abraça com ternura. Segismundo, em forma de bebê, se ligava fortemente à Raquel. Durante o ato sexual entre Adelino e Raquel, os espíritos lhe dão completa privacidade. Logo após, entretanto, Alexandre analisa a corrida dos espermatozoides em direção ao óvulo. Após verificadas as disposições cromossômicas dos milhões de espermatozoides, ele usa seu
44
potencial magnético para sintonizar aquele mais apto para a organização do corpo planejado para Segismundo. O espermatozoide magnetizado, ao dispor de energia adicional sobre os demais, chega primeiro ao alvo, penetrando no óvulo e gastando pouco mais de quatro minutos para alcançar seu núcleo. Sob o influxo magnético dos Espíritos Construtores, a forma reduzida de Segismundo é ajustada ao útero materno, terminando, assim, a operação de ligação do processo reencarnatório.
45
Caso Raulinda Adaptação do livro “Trilhas da Libertação”, de Manoel Philomeno de Miranda, psicografado por Divaldo Franco.
46
Raulinda era uma jovem frágil que procurou o Espiritismo por sugestão de uma amiga, em função de sofrer de depressão e de terrível enxaqueca que a deixava bastante abatida, principalmente nos períodos menstruais. Quando começou a frequentar uma casa espírita, encontrou consolação e adquiriu uma nova crença para sua vida, mas ainda se sentia mal. Ela reconhecia que o trabalho espiritual lhe fazia um grande bem, no entanto, não conseguia a harmonia íntima que tanto desejava. Depois de começar a participar de grupos de estudo, foi integrada ao trabalho mediúnico, em função do dirigente da casa ter percebido nela uma faculdade mediúnica conflitada, com certa dose de obsessão. Ele estava certo. Acompanhando a jovem poderia se perceber a presença de um espírito portador de uma face marcada pelo ódio, que sempre a inspirava negativamente. Ele exercia grande controle emocional e psíquico sobre ela e também lhe roubava energias do aparelho genésico (ligado à sexualidade), que se apresentava escuro, com manchas negras e obstruções vibratórias em vários dos seus órgãos. O obsessor parecia ter bloqueado com a mente atormentada o fluxo saudável dos órgãos sexuais da jovem, o que provocava nela as dificuldades orgânicas que davam origem a tantas dores, mal estrar, fraqueza e extrema palidez. Ele, vez ou outra, gargalhando, comprimia com força os ovários de Raulinda, como se quisesse estrangula-los, o que provocada nela muita dor, alteração respiratória e sudorese. Certa noite, o obsessor comunicou-se na reunião mediúnica através da própria Raulinda. Ele situou-se como vítima dela, declarando que seu trabalho obsessivo era apenas a forma que encontrou de fazer justiça. Ele contou que foi casado com ela em uma outra vida, tendo sido um marido amoroso e bastante dedicado. Raulinda, no entanto, traiu-o com vários homens, inclusive com servos que trabalhavam para o casal. Todos na cidade sabiam disso e zombavam dele pelas costas. Quando Raulinda percebeu que o marido começou a desconfiar de tudo, envenenou-o para usufruir de todos os seus bens. Os orientadores espirituais aconselharam que o espírito deixasse a justiça a cargo da providência divina, mas ele se recusou a encerrar o processo obsessivo e garantiu que jamais iria perdoá-la. Sua intenção, nessa vida, é perturbá-la tanto a ponto de leva-la a cometer suicídio. Foi então esclarecido que ninguém sofre sem merecer, e que a história dos dois começou em tempos remotos, e que ele também já fez Raulinda sofrer muitas vezes. O mentor pediu que ele tivesse compaixão da jovem, pois um dia ela irá lhe dar a oportunidade de renascimento. O espírito foi tomado de surpresa ante essa afirmativa e, aturdido, disse
47
que não concordaria em renascer dos braços de uma assassina. Raulinda não registrou em sua memória física o diálogo dos amigos espirituais com o obsessor. Depois da reunião sentiu-se um pouco melhor, mas com o passar do tempo todos os sintomas retornaram. Raulinda, que já tinha procurado ajuda médica e diagnosticada como psicótica maníaco-depressiva e histérica, resolveu fazer uma nova tentativa terapêutica. O profissional a quem buscou tinha uma formação moral vulgar e afirmou para ela que somente através de relacionamentos sexuais os seus problemas seriam resolvidos. Percebendo a ingenuidade da paciente, candidatou-se, ele próprio, a resolver o “problema”. Casado e pai de família, porém leviano e inescrupuloso, seduziu-a, hipnotizou-a como parte do tratamento e, em pleno consultório, teve relações sexuais consensuais com ela. Passado o momento de encantamento e sedução, Raulinda tomou consciência do que tinha acontecido e arrependeu-se. Ao chegar em seu quarto, após a consulta, foi tomada por compulsivo pranto e seu adversário desencarnado, agredia-a com uma violência extremada, acusando-a e xingando-a como nunca tinha feito antes. Os amigos espirituais que foram socorrê-la ficaram impressionados com a cena, então o mentor amigo explicou que no momento do ato sexual, o obsessor, colhido pelo inesperado e atraído pelo fenômeno biológico da fecundação, foi ligado ao gameta masculino e já estava imanado ao ovo, mediante o processo automático de renascimento. Essa era a razão de toda a agressão que ele direcionava à Raulinda. Ele estava desesperado por perceber que caiu nas malhas magnéticas da reencarnação e tentava desestabiliza-la para romper os laços que os ligavam, pois agora, mais do que nunca, sentia-se aprisionado a ela. O mentor esclareceu que nos planos reencarnatórios feitos antes de Raulinda nascer, ela iria se casar e receberia aquele espírito como filho, fruto desse matrimônio. Mas, desatenta e apressada, resolveu aceitar as propostas sedutoras do médico casado e, conforme as imposições das Leis Soberanas, será mãe dele de uma outra forma. O “agir sem pensar” é responsável por muitos males que afligem o ser humano, que passa a sofrer danos que não se encontram programados daquela forma em sua ficha reencarnatória. Fatalmente destinado a felicidade, explicou o mentor, a jornada de cada criatura é feita mediante o livre-arbítrio, que se torna o mais excelente direcionador dos caminhos de cada um. Quando um espírito escolhe a melhor opção, acelera sua marcha evolutiva, mas quando faz uma escolha equivocada, retarda e dificulta seu processo de aprendizagem. Raulinda, deixando-se levar pelas paixões materiais, estimulada pelo seu passado de paixões primitivas, permitiu-se envolver por
48
aquela situação difícil, ao engravidar solteira e de um homem leviano que jamais assumiria a paternidade. Passados alguns dias, profundamente influenciada pelo obsessor e por seus comparsas que tentavam libertá-lo da prisão reencarnatória, Raulinda planejou cometer suicídio, tomando o veneno de rato que encontrou guardado no banheiro. O espetáculo era deplorável. Tomada de pavor e revoltada consigo mesma, encontrava-se cercada por espíritos perversos e zombeteiros, que a xingavam com acusações cruéis, gerando à sua volta um ambiente espiritual venenoso. O reencarnante lutava para romper o laço magnético que o prendia ao zigoto. Os espíritos amigos foram socorrê-la, intuindo-a para que mudasse o padrão de seus pensamentos, ao mesmo tempo que a cercaram de uma barreira de proteção contra as tentativas de prejudicá-la. Raulinda envolveu-se pela presença dos mentores espirituais. Fez uma prece para sair do estado de perturbação que sentia, e arrependeu-se por ter pensado no suicídio, despejando na pia todo o conteúdo do frasco de veneno que já estava em suas mãos. Voltou para o quarto e desconectou-se dos espíritos perversos lendo uma página do Evangelho. Algumas semanas depois os mentores permitiram que o obsessor, já um feto ligado à sua mãe Raulinda, se comunicasse novamente na reunião mediúnica. Nela, ele contou sobre o que tinha acontecido e foi dessa maneira que Raulinda soube que estava grávida. O espírito a acusou de leviana e o doutrinador conversou muito com ele sobre a beleza da reencarnação. Todos se emocionaram muito, principalmente a jovem. Terminada a reunião, o coordenador da casa colocou-se a disposição de Raulinda para ajudá-la no que fosse necessário, frente a tão expressiva novidade. Ela, ainda em choque com a notícia, mostrava-se preocupada em relação a como sua família receberia o fato, mas mostrou-se decidida a ter a criança fosse como fosse, visto o compromisso tão antigo que os dois possuíam.
49
Caso das Maes de suicidas
Adaptação do livro “Memórias de um Suicida”, de Camilo Castelo Branco, psicografado por Yvonne A. Pereira.
50
Antes de iniciar os estudos, nosso mentor Teócrito fez um pedido a Romeu e Alceste, que são dois trabalhadores dedicados aqui da colônia: - Há cerca de duas horas que estas duas mulheres, cujos endereços vos confio, dormiram. Tra-zei-as aqui, de preferência acompanhadas de seus respectivos esposos... Todavia, não é indispensável esta última recomendação. Logo que os companheiros saíram para cumprir a tarefa estabelecida, Teócrito aproximouse de nós para explicar o que estava acontecendo. - Romeu e Alceste foram à ilha de São Miguel/Portugal e a um lugarejo do Nordeste bra¬sileiro (locais onde a pobreza atinge pro¬porções imensas) à procura de duas irmãs nossas cujos no-mes estão registrados em nossos arquivos como grandes delinquentes do passado, as quais, no momento, pro¬curam erguer-se moralmente, através de existência de severos testemunhos de arrependimento, resignação, hu¬mildade, paciência... Meus discípulos atrairão seus Es¬píritos para aqui, uma vez que seus envoltórios materiais estão mergulhados em sono profundo gra-ças ao adiantado da hora. Aqui, entraremos em enten¬dimentos sobre a possibilidade de se tornarem mães de dois pobres internos do Manicômio, cujo único recurso a tentar, no momento, a fim de se aliviarem, será a reencarnação em círculo familiar obscuro e sofredor, pois só aí conseguirão libertar-se das deprimentes som¬bras de que se contaminaram. Não consegui segurar a curiosidade e perguntei se esses infelizes renascerão em condições de grande dificuldade. - Certamente! Encontram-se em situação tão difícil em função do suicídio da última existência, que só poderão animar um corpo doente e com inúmeras limitações, nos quais se sentirão limitados e insatisfeitos através da vida toda! Assim, com esse corpo cumprirão o tempo que lhes restava de permanência na Terra, interrompida pelo suicídio. Temos já consultado várias mulheres, em outras localidades, se se prestariam, de boa vontade, à caridade de aceitarem filhos doentes, por amor ao Bem e respeito aos sublimes preceitos da Fraternidade Universal. Infelizmente, porém, nenhuma delas pos¬suía princípios de moral bastante elevados a fim de concordar em serviço à Causa Divina com abnegação, voluntariamente! Então, a direção-geral do Instituto enviou-nos dados sobre as duas senhoras já mencionadas, capazes ambas de enfrentarem a espinhosa missão por serem também devedoras de grandes reparações. Perguntei, pensativo, se essas duas mulheres que virão hoje poderão também recusar a tarefa de serem mães de filhos tão doentes e com limitações extremas. - Não será provável, meu caro Camilo, uma vez que se trata de duas almas bastante arrependidas de um mal passado e que, atualmente, só desejam a reabilitação pelo sacrifício e a abnegação! Estou incumbido de convencê-las a aceitarem de boa-vontade a difícil tarefa.
51
Todavia, se se recusarem, a Divina Providência estará no direito de impor-lhes o mandato como provação nos serviços de reparação dos maus feitos passados, pois ambas são espíritos que, em existências anteriores, erraram como mães, furtando-se, criminosamente, às sublimes funções da Ma¬ternidade. Agora, imersas nas trevas dos crimes que co¬meteram contra as leis divinas, encarceradas uma na solidão de uma ilha de onde jamais poderá escapar-se e outra na aspereza de um sertão inclemente, ao em vez de receberem filhos missioná¬rios, inteligentes, considerados nobres e dignos no plano Astral terão de expiar os crimes passados, debruçando-se sobre miseráveis berços onde gemerão espíritos transformados pelo renascimento expiatório em monstrengos repulsivos, aos quais deverão dedicar-se como verdadeiras mães: amorosas, pacientes, resignadas, prontas para o sacrifício em defesa do fruto de suas entranhas, por mais desarmonioso que seja! - Dizei, Irmão Teócrito: obriga-nos a Lei a reen¬carnarmos entre estranhos, como filhos de pais cujos espíritos nos sejam completamente desconhecidos? Pensamos que semelhante corretivo será imensamente do¬loroso! - Sim, é doloroso, não resta a menor dúvida, meu amigo! Mas nem por isso deixará de ser justo e sábio o acontecimento! Geralmente, tal acontece não só a sui¬cidas, como também àqueles que faliram no seio da fa¬mília, levando, de qualquer forma, o desgosto aos cora¬ções que os amavam! O suicida, porém, desrespeitando o seio da própria família ao infligir-lhe o áspero des¬gosto do seu gesto, colo¬cou-se na penosa necessidade de reeditar a própria existência corpórea fora do circulo fa¬miliar que lhe era grato. De qualquer forma, porém, renas¬cerá em círculo favorável ao gênero de provação que deverá testemunhar. Casos outros não raramente se ve¬rificam, são os mais dolorosos, em que terão de reiniciar o aprendizado carnal entre espíritos inimigos, o que será muito pior do que se o fizer entre estranhos, simplesmente. Acresce a circunstância de que todas as criaturas são irmãs pela sua origem espi¬ritual, sendo filhas do mesmo Criador e Pai. Nesse instante, Romeu e Alceste entra¬ram no salão conduzindo duas mulheres de humilde condição social. Uma, franzina, delicada, parecendo doente e frágil, portuguesa, não aparentando mais do que 18 anos. Tudo indicava tratar-se de uma recem-casada. O marido acompanhava-a, humilde, respei¬toso: era um pescador! A outra mulher era altiva, nervosa e vivaz, revelando-se imediatamente como sendo a brasileira. Não era casada, e estava relacionando-se com um sedutor infeliz. Ficamos penalizados ao saber que ela vivia em uma comunidade que não perdoa uma mulher que se deixa levar por esse tipo de relação. Teócrito procurou entrar em entendimen¬tos com o casal português e com a brasileira nordestina sobre a vantagem do renascimento, por seu intermédio, daqueles míseros infratores da Soberana Lei, necessita¬dos da existência corporal terrena para se aliviarem dos insuportáveis sofrimentos por que vinham passando! Os acontecimentos foram explicados
52
com minudências a todos três, enquanto os pretendentes à qualidade de filhos lhes eram apresentados em toda a dramática veracidade das circunstâncias em que se debatiam. - Oh, não, não! — diria o humilde casal de por¬tugueses. — Não desejamos filhos doentes, aleijados ou débeis mentais! Casamo-nos há apenas um mes!... e nosso sonho mais querido é que o bom Deus nos conceda para o primogênito a alminha de um querubim rosado e sadio! Queremos filhos, oh, sim! mas que sejam fortes e alegrinhos... e que nos sirvam de arrimo precioso na velhice!... - Não, meu senhor, não posso ser mãe, prefiro antes a morte! – respondeu a nordestina – Como arrastarei tal vergonha diante de meus pais e de meus vizinhos? Seria por todos menosprezada... e até mesmo por “ele”, bem o sei! Um filho paralítico!... Deus do Céu, como criá-lo e suportá-lo? Teócrito gontinuou a exposição das vantagens de tal desprendimento, dos méritos que conquistariam perante a Lei Suprema, da assistência celestial de que se tornariam credores, da palma honrosa que receberiam como prêmio supremo ao gesto de caridade para com aqueles seus pobres tutelados! Sob a ação da sua vontade, passaram as duas mulheres a rever os panoramas das próprias existências passadas vividas sobre a Terra e arquivadas na memória espiritual. Desfile sinistro de faltas abomináveis, de erros ca¬lamitosos, de ações irreverentes e terríveis surgiram diante dos três, haviam reencarnado desejosos dos testemunhos de reabilitação, Teócrito lembrou-os que agora, como acréscimo de misericórdia concedida pelo TodoGeneroso, recebiam o convite para ajudarem a própria causa praticando a ex¬celente ação de se prestarem aos serviços de paternidade terrena a outros delinqüentes, como eles, carecedores de evolução e progresso moral! E tal foi a intensidade das cenas revividas, que ao assisti-los, os três gritavam e choravam com tanta intensidade que suas vozes podiam ser ouvidas à distância. Ao fim da exposição das cenas de suas vidas anteriores e do horror que isso os causou, tornou o silêncio a dominar. Tristonha, mas re¬signada, pronta para cumprir sua generosa missão, a portuguesa levantou-se ao lado do esposo, que compar¬tilhava da sua conformidade com o inevitável, enquanto a brasileira, desfeita em lágrimas ardentes, precisou voltar ao corpo amparada por amigos espirituais. Também estava de acordo com o pedido feito pelo mundo maior.
53
anote ai
54
55
anote ai
anote ai
56
57
anote ai
anote ai
58
59
anote ai
anote ai
60
61
anote ai
anote ai
62
63
anote ai
anote ai
64