Werls Prod 010

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Produções em arte e design entre 2007 e 2010 Wérllen Castro






Contratempo, 2010 Tipografia modular

Lettering Kalakuta, 2009 Estudo para criação de lettering

Lapso Regular, 2008 Tipografia Experimental


Lettering Kalakuta, 2010 Estudo para criação de lettering

Processo de desenho e digitalização das letras que compõe a palavra Kalakuta. bem como a composição da palavra. Estudo de forma e kerning das letras.



Meiose, 2008 Tipografia de módulos geométricos obtidos através da associação de letras e números ao conceito de quadrados mágicos

A tipografia foi desenvolvida como objeto final do projeto de conclusão do curso de Desenho Industrial na Universidade Federal do Espírito Santo. As letras e números relacionam-se com padrões geométricos desenvolvidos à partir do estudo de composição de módulos baseados em um quandrado mágico de 6 x 6.


tamb�m dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que -- para o bem contar e falar -- o saiba pior que todos fazer! Todavia to vontade, a qual bem certo creia que, para aformosentar nem afear, aqui n�o h� de p�r mais do que aquilo que vi e me pareceu. Da marinhagem e das singraduras Alteza -- porque o n�o saberei fazer -- e os pilotos devem ter este cuidado. E portanto, Senhor, do que hei de falar come�o: E digo qu�: A partida de Bel�m foi 9 de mar�o. E s�bado, 14 do dito m�s, entre as 8 e 9 horas, nos achamos entre as Can�rias, mais perto da Grande Can�ria. E ali andamos todo aquele dia em cal l�guas. E domingo, 22 do dito m�s, �s dez horas mais ou menos, houvemos vista das ilhas de Cabo Verde, a saber da ilha de S�o Nicolau, segundo o dito de P segunda-feira amanheceu, se perdeu da frota Vasco de Ata�de com a sua nau, sem haver tempo forte ou contr�rio para poder ser ! Fez o capit�o suas dilig�ncia Mas... n�o apareceu mais ! E assim seguimos nosso caminho, por este mar de longo, at� que ter�a-feira das Oitavas de P�scoa, que foram 21 dias de abril, topamo Ilha -- segundo os pilotos diziam, obra de 660 ou 670 l�guas -- os quais eram muita quantidade de ervas compridas, a que os mareantes chamam botelho, e assim mesm E quarta-feira seguinte, pela manh�, topamos aves a que chamam furabuchos. Neste mesmo dia, a horas de v�spera, houvemos vista de terra! A saber, primeiramente e de outras serras mais baixas ao sul dele; e de terra ch�, com grandes arvoredos; ao qual monte alto o capit�o p�s o nome de O Monte Pascoal e � terra A Te Acharam vinte e cinco bra�as. E ao sol-posto umas seis l�guas da terra, lan�amos ancoras, em dezenove bra�as -- ancoragem limpa. Ali ficamo-nos toda aquela n vela e seguimos em direitura � terra, indo os navios pequenos diante -- por dezessete, dezesseis, quinze, catorze, doze, nove bra�as -- at� meia l�gua da terr da boca de um rio. E chegar�amos a esta ancoragem �s dez horas, pouco mais ou menos. E dali avistamos homens que andavam pela praia, uns sete ou oito, segundo primeiro. Ent�o lan�amos fora os bat�is e esquifes. E logo vieram todos os capit�es das naus a esta nau do Capit�o-mor. E ali falaram. E o Capit�o mandou em te E tanto que ele come�ou a ir-se para l�, acudiram pela praia homens aos dois e aos tr�s, de maneira que, quando o batel chegou � boca do rio, j� l� estavam alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Traziam arcos nas m�os, e suas setas. Vinham todos rijamente em dire��o ao batel. E Nicolau Coelho lhes fez sinal que Mas n�o p�de deles haver fala nem entendimento que aproveitasse, por o mar quebrar na costa. Somente arremessou-lhe um barrete vermelho e uma carapu�a de li preto. E um deles lhe arremessou um sombreiro de penas de ave, compridas, com uma copazinha de penas vermelhas e pardas, como de papagaio. E outro lhe deu um que querem parecer de alj�far, as quais pe�as creio que o Capit�o manda a Vossa Alteza. E com isto se volveu �s naus por ser tarde e n�o poder haver deles mais ventou tanto sueste com chuvaceiros que fez ca�ar as naus. E especialmente a Capitanisol-postoa. E sexta pela manh�, �s oito horas, pouco mais ou menos, po levantar ancoras e fazer vela. E fomos de longo da costa, com os bat�is e esquifes amarrados na popa, em dire��o norte, para ver se ach�vamos alguma abrigad tomar �gua e lenha. N�o por nos j� minguar, mas por nos prevenirmos aqui. E quando fizemos vela estariam j� na praia assentados perto do rio obra de sessenta ali aos poucos. Fomos ao longo, e mandou o Capit�o aos navios pequenos que fossem mais chegados � terra e, se achassem pouso seguro para as naus, que amainassem. de dez l�guas do s�tio onde t�nhamos levantado ferro, acharam os ditos navios pequenos um recife com um porto dentro, muito bom e muito seguro, com uma mui larga E as naus foram-se chegando, atr�s deles. E um pouco antes de sol-posto amainaram tamb�m, talvez a uma l�gua do recife, e ancoraram a onze bra�as. E estando A navios pequenos, foi, por mandado do Capit�o, por ser homem vivo e destro para isso, meter-se logo no esquife a sondar o porto dentro. E tomou dois daqueles mancebos e de bons corpos. Um deles trazia um arco, e seis ou sete setas. E na praia andavam muitos com seus arcos e setas; mas n�o os aproveitou. Logo, j� d recebidos com muito prazer e festa. A fei��o deles � serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura a deixa de encobrir suas vergonhas do que de mostrar a cara. Acerca disso s�o de grande inoc�ncia. Ambos traziam o bei�o de baixo furado e metido nele um os travessa, e da grossura de um fuso de algod�o, agudo na ponta como um furador. Metem-nos pela parte de dentro do bei�o; e a parte que lhes fica entre o bei� xadrez. E trazem-no ali encaixado de sorte que n�o os magoa, nem lhes p�e estorvo no falar, nem no comer e beber. Os cabelos deles s�o corredios. E andavam sobre-pente, de boa grandeza, rapados todavia por cima das orelhas. E um deles trazia por baixo da solapa, de fonte a fonte, na parte detr�s, uma esp�cie de seria do comprimento de um coto, mui basta e mui cerrada, que lhe cobria o touti�o e as orelhas. E andava pegada aos cabelos, pena por pena, com uma confei��o br era mui redonda e mui basta, e mui igual, e n�o fazia m�ngua mais lavagem para a levantar. O Capit�o, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira, aos p�s com um colar de ouro, mui grande, ao pesco�o. E Sancho de Tovar, e Sim�o de Miranda, e Nicolau Coelho, e Aires Corr�a, e n�s outros que aqui na nau com ele Acenderam-se tochas. E eles entraram. Mas nem sinal de cortesia fizeram, nem de falar ao Capit�o; nem a algu�m. Todavia um deles fitou o colar do Capit�o, e co � terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. E tamb�m olhou para um casti�al de prata e assim mesmo acenava para a terr tamb�m houvesse prata! Mostraram-lhes um papagaio pardo que o Capit�o traz consigo; tomaram-no logo na m�o e acenaram para a terra, como se os houvesse ali. Mos dele. Mostraram-lhes uma galinha; quase tiveram medo dela, e n�o lhe queriam p�r a m�o. Depois lhe pegaram, mas como espantados. Deram-lhes ali de comer: p�o figos passados. N�o quiseram comer daquilo quase nada; e se provavam alguma coisa, logo a lan�avam fora. Trouxeram-lhes vinho em uma ta�a; mal lhe puseram a b mais. Trouxeram-lhes �gua em uma albarrada, provaram cada um o seu bochecho, mas n�o beberam; apenas lavaram as bocas e lan�aram-na fora. Viu um deles umas c lhas dessem, e folgou muito com elas, e lan�ou-as ao pesco�o; e depois tirou-as e meteu-as em volta do bra�o, e acenava para a terra e novamente para as contas ouro por aquilo. Isto tom�vamos n�s nesse sentido, por assim o desejarmos! Mas se ele queria dizer que levaria as contas e mais o colar, isto n�o quer�amos n dar! E depois tornou as contas a quem lhas dera. E ent�o estiraram-se de costas na alcatifa, a dormir sem procurarem maneiras de encobrir suas vergonhas, as delas estavam bem rapadas e feitas. O Capit�o mandou p�r por baixo da cabe�a de cada um seu coxim; e o da cabeleira esfor�ava-se por n�o a estragar. E deitara aconchegaram-se e adormeceram. S�bado pela manh� mandou o Capit�o fazer vela, fomos demandar a entrada, a qual era mui larga e tinha seis a sete bra�as de f ancoraram em cinco ou seis bra�as -- ancoradouro que � t�o grande e t�o formoso de dentro, e t�o seguro que podem ficar nele mais de duzentos navios e naus. ancoradas, vieram os capit�es todos a esta nau do Capit�o-mor. E daqui mandou o Capit�o que Nicolau Coelho e Bartolomeu Dias fossem em terra e levassem aquel arco e setas, aos quais mandou dar a cada um uma camisa nova e uma carapu�a vermelha e um ros�rio de contas brancas de osso, que foram levando nos bra�os, e eles, para l� ficar, um mancebo degredado, criado de dom Jo�o Telo, de nome Afonso Ribeiro, para l� andar com eles e saber de seu viver e maneiras. E a mim m assim de frecha direitos � praia. Ali acudiram logo perto de duzentos homens, todos nus, com arcos e setas nas m�os. Aqueles que n�s levamos acenaram-lhes qu eles os depuseram. Mas n�o se afastaram muito. E mal tinham pousado seus arcos quando sa�ram os que n�s lev�vamos, e o mancebo degredado com eles. E sa�dos n�o p mas antes corriam a quem mais correria. E passaram um rio que a� corre, de �gua doce, de muita �gua que lhes dava pela braga. E muitos outros com eles. E for umas moitas de palmeiras onde estavam outros. E ali pararam. E naquilo tinha ido o degredado com um homem que, logo ao sair do batel, o agasalhou e levou at� vieram os outros que n�s lev�ramos, os quais vinham j� nus e sem carapu�as. E ent�o se come�aram de chegar muitos; e entravam pela beira do mar para os bat�is, a d'�gua, e tomavam alguns barris que n�s lev�vamos e enchiam-nos de �gua e traziam-nos aos bat�is. N�o que eles de todo chegassem a bordo do batel. Mas junto a ele E pediam que lhes dessem alguma coisa. Levava Nicolau Coelho cascav�is e manilhas. E a uns dava um cascavel, e a outros uma manilha, de maneira que com aquela Davam-nos daqueles arcos e setas em troca de sombreiros e carapu�as de linho, e de qualquer coisa que a gente lhes queria dar. Dali se partiram os outros, dois ali andavam, muitos -- quase a maior parte --traziam aqueles bicos de osso nos bei�os. E alguns, que andavam sem eles, traziam os bei�os furados e nos buracos espelhos de borracha. E alguns deles traziam tr�s daqueles bicos, a saber um no meio, e os dois nos cabos. E andavam l� outros, quartejados de cores, a saber de tintura preta, um tanto azulada; e outros quartejados d'escaques. Ali andavam entre eles tr�s ou quatro mo�as, bem novinhas e gentis, com cabelos muito vergonhas, t�o altas e t�o cerradinhas e t�o limpas das cabeleiras que, de as n�s muito bem olharmos, n�o se envergonhavam. Ali por ent�o n�o houve mais fala deles ser tamanha que se n�o entendia nem ouvia ningu�m. Acenamos-lhes que se fossem. E assim o fizeram e passaram-se para al�m do rio. E sa�ram tr�s ou quatro sei quantos barris d'�gua que n�s lev�vamos. E tornamo-nos �s naus. E quando assim v�nhamos, acenaram-nos que volt�ssemos. Voltamos, e eles mandaram o degredad o qual levava uma bacia pequena e duas ou tr�s carapu�as vermelhas para l� as dar ao senhor, se o l� houvesse. N�o trataram de lhe tirar coisa alguma, antes m Dias o fez outra vez tornar, que lhe desse aquilo. E ele tornou e deu aquilo, em vista de n�s, a aquele que o da primeira agasalhara. E ent�o veio-se, e n�s idade, e andava por galanteria, cheio de penas, pegadas pelo corpo, que parecia seteado como S�o Sebasti�o. Outros traziam carapu�as de penas amarelas; e out uma daquelas mo�as era toda tingida de baixo a cima, daquela tintura e certo era t�o bem feita e t�o redonda, e sua vergonha t�o graciosa que a muitas mulher envergonhara, por n�o terem as suas como ela. Nenhum deles era fanado, mas todos assim como n�s. E com isto nos tornamos, e eles foram-se. � tarde saiu o Capi capit�es das naus em seus bat�is a folgar pela ba�a, perto da praia. Mas ningu�m saiu em terra, por o Capit�o o n�o querer, apesar de ningu�m estar nela. Apenas grande que est� na ba�a, o qual, aquando baixamar, fica mui vazio. Com tudo est� de todas as partes cercado de �gua, de sorte que ningu�m l� pode ir, a n�o s todos n�s, bem uma hora e meia. E pescaram l�, andando alguns marinheiros com um chinchorro; e mataram peixe mi�do, n�o muito. E depois volvemo-nos �s naus, manh�, determinou o Capit�o ir ouvir missa e serm�o naquele ilh�u. E mandou a todos os capit�es que se arranjassem nos bat�is e fossem com ele. E assim foi feito e dentro levantar um altar mui bem arranjado. E ali com todos n�s outros fez dizer missa, a qual disse o padre frei Henrique, em voz entoada, e oficiada co sacerdotes que todos assistiram, a qual missa, segundo meu parecer, foi ouvida por todos com muito prazer e devo��o. Ali estava com o Capit�o a bandeira de Cris sempre bem alta, da parte do Evangelho. Acabada a missa, desvestiu-se o padre e subiu a uma cadeira alta; e n�s todos lan�ados por essa areia. E pregou uma s evang�lica; e no fim tratou da nossa vida, e do achamento desta terra, referindo-se � Cruz, sob cuja obedi�ncia viemos, que veio muito a prop�sito, e fez mui ao serm�o, estaria na praia outra tanta gente, pouco mais ou menos, como a de ontem, com seus arcos e setas, e andava folgando. E olhando-nos, sentaram. E depoi atend�amos a prega��o, levantaram-se muitos deles e tangeram corno ou buzina e come�aram a saltar e dan�ar um peda�o. E alguns deles se metiam em almadias -- d s�o feitas como as que eu vi; apenas s�o tr�s traves, atadas juntas. E ali se metiam quatro ou cinco, ou esses que queriam, n�o se afastando quase nada da te a prega��o encaminhou-se o Capit�o, com todos n�s, para os bat�is, com nossa bandeira alta. Embarcamos e fomos indo todos em dire��o � terra para passarmos dianteira, por ordem do Capit�o, Bartolomeu Dias em seu esquife, com um pau de uma almadia que lhes o mar levara, para o entregar a eles. E n�s todos tr�s de viram o esquife de Bartolomeu Dias, chegaram-se logo todos � �gua, metendo-se nela at� onde mais podiam. Acenaram-lhes que pousassem os arcos e muitos deles o punham. Andava l� um que falava muito aos outros, que se afastassem. Mas n�o j� que a mim me parecesse que lhe tinham respeito ou medo. Este que os assim andava tinto de tintura vermelha pelos peitos e costas e pelos quadris, coxas e pernas at� baixo, mas os vazios com a barriga e est�mago eram de sua pr�pria cor. E n�o comia nem desfazia. Antes, quando sa�a da �gua, era mais vermelho. Saiu um homem do esquife de Bartolomeu Dias e andava no meio deles, sem implicarem nada fazer-lhe mal. Apenas lhe davam caba�as d'�gua; e acenavam aos do esquife que sa�ssem em terra. Com isto se volveu Bartolomeu Dias ao Capit�o. E viemo-nos �s na sem os mais constranger. E eles tornaram-se a sentar na praia, e assim por ent�o ficaram. Neste ilh�u, onde fomos ouvir missa e serm�o, espraia muito a �gua Enquanto l� est�vamos foram alguns buscar marisco e n�o no acharam. Mas acharam alguns camar�es grossos e curtos, entre os quais vinha um muito grande e muito Tamb�m acharam cascas de berbig�es e de am�ijoas, mas n�o toparam com nenhuma pe�a inteira. E depois de termos comido vieram logo todos os capit�es a esta na ele se aportou; e eu na companhia. E perguntou a todos se nos parecia bem mandar a nova do achamento desta terra a Vossa Alteza pelo navio dos mantimentos, pa mais do que n�s pod�amos saber, por irmos na nossa viagem. E entre muitas falas que sobre o caso se fizeram foi dito, por todos ou a maior parte, que seria m a resolu��o foi tomada, perguntou mais, se seria bem tomar aqui por for�a um par destes homens para os mandar a Vossa Alteza, deixando aqui em lugar deles out em que n�o era necess�rio tomar por for�a homens, porque costume era dos que assim � for�a levavam para alguma parte dizerem que h� de tudo quanto lhes pergunta da terra dariam dois homens desses degredados que aqui deix�ssemos do que eles dariam se os levassem por ser gente que ningu�m entende. Nem eles cedo aprende que muito melhor estoutros o n�o digam quando c� Vossa Alteza mandar. E que portanto n�o cuid�ssemos de aqui por for�a tomar ningu�m, nem fazer esc�ndalo; mas unicamente de deixar aqui os dois degredados quando daqui part�ssemos. E assim ficou determinado por parecer melhor a todos. Acabado isto, disse o Capit�o que bem, quejando era o rio. Mas tamb�m para folgarmos. Fomos todos nos bat�is em terra, armados; e a bandeira conosco. Eles andavam ali na praia, � boca do rio, para pelo ensino que dantes tinham, puseram todos os arcos, e acenaram que sa�ssemos. Mas, tanto que os bat�is puseram as proas em terra, passaram-se logo todos al jogo de mancal. E tanto que desembarcamos, alguns dos nossos passaram logo o rio, e meteram-se entre eles. E alguns aguardavam; e outros se afastavam. Com tudo, misturados. Eles davam desses arcos com suas setas por sombreiros e carapu�as de linho, e por qualquer coisa que lhes davam. Passaram al�m tantos dos nossos eles se esquivavam, e afastavam-se; e iam alguns para cima, onde outros estavam. E ent�o o Capit�o fez que o tomassem ao colo dois homens e passou o rio, e f n�o seria mais que aquela do costume. Mas logo que o Capit�o chamou todos para tr�s, alguns se chegaram a ele, n�o por o reconhecerem por Senhor, mas porque rio. Ali falavam e traziam muitos arcos e continhas, daquelas j� ditas, e resgatavam-nas por qualquer coisa, de tal maneira que os nossos levavam dali para ent�o tornou-se o Capit�o para aqu�m do rio. E logo acudiram muitos � beira dele. Ali ver�eis galantes, pintados de preto e vermelho, e quartejados, assim pe assim pareciam bem. Tamb�m andavam entre eles quatro ou cinco mulheres, novas, que assim nuas, n�o pareciam mal. Entre elas andava uma, com uma coxa, do joel daquela tintura preta; e todo o resto da sua cor natural. Outra trazia ambos os joelhos com as curvas assim tintas, e tamb�m os colos dos p�s; e suas vergon descobertas, que n�o havia nisso desvergonha nenhuma. Tamb�m andava l� outra mulher, nova, com um menino ou menina, atado com um pano aos peitos, de modo que n� pernas da m�e, e no resto, n�o havia pano algum. Em seguida o Capit�o foi subindo ao longo do rio, que corre rente � praia. E ali esperou por um velho que trazia o Capit�o estava com ele, na presen�a de todos n�s; mas ningu�m o entendia, nem ele a n�s, por mais coisas que a gente lhe perguntava com respeito a ouro, porq Trazia este velho o bei�o t�o furado que lhe cabia pelo buraco um grosso dedo polegar. E trazia metido no buraco uma pedra verde, de nenhum valor, que fechav fez tirar. E ele n�o sei que diabo falava e ia com ela para a boca do Capit�o para lha meter. Estivemos rindo um pouco e dizendo chala�as sobre isso. E ent�o e nossos deu-lhe pela pedra um sombreiro velho; n�o por ela valer alguma coisa, mas para amostra. E depois houve-a o Capit�o, creio, para mandar com as outras co o ribeiro, o qual � de muita �gua e muito boa. Ao longo dele h� muitas palmeiras, n�o muito altas; e muito bons palmitos. Colhemos e comemos muitos deles. Dep boca do rio, onde t�nhamos desembarcado. E al�m do rio andavam muitos deles dan�ando e folgando, uns diante os outros, sem se tomarem pelas m�os. E faziam-no b rio Diogo Dias, que fora almoxarife de Sacav�m, o qual � homem gracioso e de prazer. E levou consigo um gaiteiro nosso com sua gaita. E meteu-se a dan�ar com ele e riam e andavam com ele muito bem ao som da gaita. Depois de dan�arem fez ali muitas voltas ligeiras, andando no ch�o, e salto real, de que se eles espantavam aquilo os segurou e afagou muito, tomavam logo uma esquiveza como de animais monteses, e foram-se para cima. E ent�o passou o rio o Capit�o com todos n�s, e fo bat�is iam rentes � terra. E chegamos a uma grande lagoa de �gua doce que est� perto da praia, porque toda aquela ribeira do mar � apaulada por cima e sai a �gua o rio, foram uns sete ou oito deles meter-se entre os marinheiros que se recolhiam aos bat�is. E levaram dali um tubar�o que Bartolomeu Dias matou. E levavamaqui, como quer que se lhes em alguma parte amansassem, logo de uma m�o para outra se esquivavam, como pardais do cevadouro. Ningu�m n�o lhes ousa falar de ri passa como eles querem -- para os bem amansarmos ! Ao velho com quem o Capit�o havia falado, deu-lhe uma carapu�a vermelha. E com toda a conversa que com ele que se despediu e come�ou a passar o rio, foi-se logo recatando. E n�o quis mais tornar do rio para aqu�m. Os outros dois o Capit�o teve nas naus, aos quais apareceram -- fatos de que deduzo que � gente bestial e de pouco saber, e por isso t�o esquiva. Mas apesar de tudo isso andam bem curados, e muito limpos. E na aves, ou alim�rias montesinhas, as quais o ar faz melhores penas e melhor cabelo que �s mansas, porque os seus corpos s�o t�o limpos e t�o gordos e t�o form presumir que n�o tem casas nem moradias em que se recolham; e o ar em que se criam os faz tais. N�s pelo menos n�o vimos at� agora nenhumas casas, nem coisa aquele degredado, Afonso Ribeiro, que se fosse outra vez com eles. E foi; e andou l� um bom peda�o, mas a tarde regressou, que o fizeram eles vir: e n�o o q setas; e n�o lhe tomaram nada do seu. Antes, disse ele, que lhe tomara um deles umas continhas amarelas que levava e fugia com elas, e ele se queixou e os out tornaram-lhas a dar; e ent�o mandaram-no vir. Disse que n�o vira l� entre eles sen�o umas choupaninhas de rama verde e de feteiras muito grandes, como as de �s naus, j� quase noite, a dormir. Segunda-feira, depois de comer, sa�mos todos em terra a tomar �gua. Ali vieram ent�o muitos; mas n�o tantos como as outras estiveram um pouco afastados de n�s; mas depois pouco a pouco misturaram-se conosco; e abra�avam-nos e folgavam; mas alguns deles se esquivavam logo. Ali dav alguma carapucinha velha e por qualquer coisa. E de tal maneira se passou a coisa que bem vinte ou trinta pessoas das nossas se foram com eles para onde outros m E trouxeram de l� muitos arcos e barretes de penas de aves, uns verdes, outros amarelos, dos quais creio que o Capit�o h� de mandar uma amostra a Vossa Alteza. brincaram com eles. Neste dia os vimos mais de perto e mais � nossa vontade, por andarmos quase todos misturados: uns andavam quartejados daquelas tinturas, como em pano de ras, e todos com os bei�os furados, muitos com os ossos neles, e bastantes sem ossos. Alguns traziam uns ouri�os verdes, de �rvores, que na co fossem muito mais pequenos. E estavam cheios de uns gr�os vermelhos, pequeninos que, esmagando-se entre os dedos, se desfaziam na tinta muito vermelha de que an tanto mais vermelhos ficavam. Todos andam rapados at� por cima das orelhas; assim mesmo de sobrancelhas e pestanas. Trazem todos as testas, de fonte a fonte fita preta da largura de dois dedos. E o Capit�o mandou aquele degredado Afonso Ribeiro e a outros dois degredados que fossem meter-se entre eles; e assim mesm que eles folgavam. E aos degredados ordenou que ficassem l� esta noite. Foram-se l� todos; e andaram entre eles. E segundo depois diziam, foram bem uma l�gua e ou dez casas, as quais diziam que eram t�o compridas, cada uma, como esta nau capitaina. E eram de madeira, e das ilhargas de t�buas, e cobertas de palha, de sem reparti��o alguma, tinham de dentro muitos esteios; e de esteio a esteio uma rede atada com cabos em cada esteio, altas, em que dormiam. E de baixo, para

cada casa duas portas pequenas, uma numa extremidade, e outra na oposta. E diziam que em cada casa se recolhiam trinta ou quarenta pessoas, e que assim os e alimentos que tinham, a saber muito inhame, e outras sementes que na terra d�, que eles comem. E como se fazia tarde fizeram-nos logo todos tornar; e n�o quiser diziam, queriam vir com eles. Resgataram l� por cascav�is e outras coisinhas de pouco valor, que levavam, papagaios vermelhos, muito grandes e formosos, e doi verdes, e um pano de penas de muitas cores, esp�cie de tecido assaz belo, segundo Vossa Alteza todas estas coisas ver�, porque o Capit�o v�-las h� de mandar, se tornamo-nos �s naus. Ter�a-feira, depois de comer, fomos em terra, fazer lenha, e para lavar roupa. Estavam na praia, quando chegamos, uns sessenta ou setenta, vieram logo para n�s, sem se esquivarem. E depois acudiram muitos, que seriam bem duzentos, todos sem arcos. E misturaram-se todos tanto conosco que uns nos bat�is. E lutavam com os nossos, e tomavam com prazer. E enquanto faz�amos a lenha, constru�am dois carpinteiros uma grande cruz de um pau que se ontem para is com os carpinteiros. E creio que o faziam mais para verem a ferramenta de ferro com que a faziam do que para verem a cruz, porque eles n�o tem coisa que de fe pedras feitas como cunhas, metidas em um pau entre duas talas, mui bem atadas e por tal maneira que andam fortes, porque lhas viram l�. Era j� a conversa��o del no que hav�amos de fazer. E o Capit�o mandou a dois degredados e a Diogo Dias que fossem l� � aldeia e que de modo algum viessem a dormir �s naus, ainda qu Enquanto and�vamos nessa mata a cortar lenha, atravessavam alguns papagaios essas �rvores; verdes uns, e pardos, outros, grandes e pequenos, de sorte que me par os que vi n�o seriam mais que nove ou dez, quando muito. Outras aves n�o vimos ent�o, a n�o ser algumas pombas-seixeiras, e pareceram-me maiores bastante do qu rolas, mas eu n�o as vi. Todavia segundo os arvoredos s�o mui muitos e grandes, e de infinitas esp�cies, n�o duvido que por esse sert�o haja muitas aves! E cer nossa lenha. Eu creio, Senhor, que n�o dei ainda conta aqui a Vossa Alteza do feitio de seus arcos e setas. Os arcos s�o pretos e compridos, e as setas comprid conforme Vossa Alteza ver� alguns que creio que o Capit�o a Ela h� de enviar. Quarta-feira n�o fomos em terra, porque o Capit�o andou todo o dia no navio dos naus isso que cada um podia levar. Eles acudiram � praia, muitos, segundo das naus vimos. Seriam perto de trezentos, segundo Sancho de Tovar que para l� foi. aos quais o Capit�o ontem ordenara que de toda maneira l� dormissem, tinham voltado j� de noite, por eles n�o quererem que l� ficassem. E traziam papagaios pegas, com a diferen�a de terem o bico branco e rabos curtos. E quando Sancho de Tovar recolheu � nau, queriam vir com ele, alguns; mas ele n�o admitiu sen�o prol. Mandou pensar e cur�-los mui bem essa noite. E comeram toda a ra��o que lhes deram, e mandou dar-lhes cama de len��is, segundo ele disse. E dormiram e fol dia que para escrever seja. Quinta-feira, derradeiro de abril, comemos logo, quase pela manh�, e fomos em terra por mais lenha e �gua. E em querendo o Capit�o s seus dois h�spedes. E por ele ainda n�o ter comido, puseram-lhe toalhas, e veio-lhe comida. E comeu. Os h�spedes, sentaram-no cada um em sua cadeira. E de especialmente lac�o cozido frio, e arroz. N�o lhes deram vinho por Sancho de Tovar dizer que o n�o bebiam bem. Acabado o comer, metemo-nos todos no batel, e el armadura grande de porco mont�s, bem revolta. E logo que a tomou meteu-a no bei�o; e porque se lhe n�o queria segurar, deram-lhe uma pouca de cera vermelha. tr�s de sorte que segurasse, e meteu-a no bei�o, assim revolta para cima; e ia t�o contente com ela, como se tivesse uma grande j�ia. E tanto que sa�mos em t aparecer l�. Andariam na praia, quando sa�mos, oito ou dez deles; e de a� a pouco come�aram a vir. E parece-me que viriam este dia a praia quatrocentos ou quatr arcos e setas; e deram tudo em troca de carapu�as e por qualquer coisa que lhes davam. Comiam conosco do que lhes d�vamos, e alguns deles bebiam vinho, ao passo parecer que, se os acostumarem, o h�o de beber de boa vontade! Andavam todos t�o bem dispostos e t�o bem feitos e galantes com suas pinturas que agradavam. A mil boas vontades, e levavam-na aos bat�is. E estavam j� mais mansos e seguros entre n�s do que n�s est�vamos entre eles. Foi o Capit�o com alguns de n�s um grande, e de muita �gua, que ao nosso parecer � o mesmo que vem ter � praia, em que n�s tomamos �gua. Ali descansamos um peda�o, bebendo e folgando, ao long tamanho e t�o basto e de tanta qualidade de folhagem que n�o se pode calcular. H� l� muitas palmeiras, de que colhemos muitos e bons palmitos. Ao sairmos do b em direitura � cruz que estava encostada a uma �rvore, junto ao rio, a fim de ser colocada amanh�, sexta-feira, e que nos pus�ssemos todos de joelhos e a bei lhe t�nhamos. E assim fizemos. E a esses dez ou doze que l� estavam, acenaram-lhes que fizessem o mesmo; e logo foram todos beij�-la. Parece-me gente de tal fala e eles a nossa, seriam logo crist�os, visto que n�o t�m nem entendem cren�a alguma, segundo as apar�ncias. E portanto se os degredados que aqui h�o de ficar n�o duvido que eles, segundo a santa ten��o de Vossa Alteza, se far�o crist�os e h�o de crer na nossa santa f�, � qual praza a Nosso Senhor que os traga, por simplicidade. E imprimir-se-� facilmente neles qualquer cunho que lhe quiserem dar, uma vez que Nosso Senhor lhes deu bons corpos e bons rostos, como a homens que n�o foi sem causa. E portanto Vossa Alteza, pois tanto deseja acrescentar a santa f� cat�lica, deve cuidar da salva��o deles. E prazer� a Deus que com pouco criam. Nem h� aqui boi ou vaca, cabra, ovelha ou galinha, ou qualquer outro animal que esteja acostumado ao viver do homem. E n�o comem sen�o deste inhame, frutos que a terra e as �rvores de si deitam. E com isto andam tais e t�o rijos e t�o n�dios que o n�o somos n�s tanto, com quanto trigo e legumes comemos. Ne bailaram sempre com os nossos, ao som de um tamboril nosso, como se fossem mais amigos nossos do que n�s seus. Se lhes a gente acenava, se queriam vir �s na tal, que se os convid�ramos a todos, todos vieram. Por�m n�o levamos esta noite �s naus sen�o quatro ou cinco; a saber, o Capit�o-mor, dois; e Sim�o de Miranda, a outro, pajem tamb�m. Os que o Capit�o trazia, era um deles um dos seus h�spedes que lhe haviam trazido a primeira vez quando aqui chegamos -- o qual veio h um seu irm�o; e foram esta noite mui bem agasalhados tanto de comida como de cama, de colch�es e len��is, para os mais amansar. E hoje que � sexta-feira, pr terra com nossa bandeira; e fomos desembarcar acima do rio, contra o sul onde nos pareceu que seria melhor arvorar a cruz, para melhor ser vista. E ali marcou cova para a fincar. E enquanto a iam abrindo, ele com todos n�s outros fomos pela cruz, rio abaixo onde ela estava. E com os religiosos e sacerdotes que can modo de prociss�o. Eram j� a� quantidade deles, uns setenta ou oitenta; e quando nos assim viram chegar, alguns se foram meter debaixo dela, ajudar-nos. Pa coloc�-la onde havia de ficar, que ser� obra de dois tiros de besta do rio. Andando-se ali nisto, viriam bem cento cinq�enta, ou mais. Plantada a cruz, com primeiro lhe haviam pregado, armaram altar ao p� dela. Ali disse missa o padre frei Henrique, a qual foi cantada e oficiada por esses j� ditos. Ali estiver sessenta deles, assentados todos de joelho assim como n�s. E quando se veio ao Evangelho, que nos erguemos todos em p�, com as m�os levantadas, eles se levan assim at� se chegar ao fim; e ent�o tornaram-se a assentar, como n�s. E quando levantaram a Deus, que nos pusemos de joelhos, eles se puseram assim como n�s es maneira sossegados que certifico a Vossa Alteza que nos fez muita devo��o. Estiveram assim conosco at� acabada a comunh�o; e depois da comunh�o, comungaram e com alguns de n�s outros. E alguns deles, por o Sol ser grande, levantaram-se enquanto est�vamos comungando, e outros estiveram e ficaram. Um deles, homem d conservou ali com aqueles que ficaram. Esse, enquanto assim est�vamos, juntava aqueles que ali tinham ficado, e ainda chamava outros. E andando assim entre ele altar, e depois mostrou com o dedo para o c�u, como se lhes dissesse alguma coisa de bem; e n�s assim o tomamos! Acabada a missa, tirou o padre a vestimenta de junto ao altar, em uma cadeira; e ali nos pregou o Evangelho e dos Ap�stolos cujo � o dia, tratando no fim da prega��o desse vosso prosseguimento t�o santo e vir que estiveram sempre � prega��o estavam assim como n�s olhando para ele. E aquele que digo, chamava alguns, que viessem ali. Alguns vinham e outros iam-se; e muitas cruzes de estanho com crucifixos, que lhe ficaram ainda da outra vinda. E houveram por bem que lan�assem a cada um sua ao pesco�o. Por essa causa se asse e ali lan�ava a sua a todos -- um a um -- ao pesco�o, atada em um fio, fazendo-lha primeiro beijar e levantar as m�os. Vinham a isso muitos; e lan�avam-nas todas, E isto acabado -- era j� bem uma hora depois do meio dia -- viemos �s naus a comer, onde o Capit�o trouxe consigo aquele mesmo que fez aos outros aquele gesto p com ele). A aquele fez muita honra e deu-lhe uma camisa mourisca; e ao outro uma camisa destoutras. E segundo o que a mim e a todos pareceu, esta gente, n�o lhe do que entenderem-nos, porque assim tomavam aquilo que nos viam fazer como n�s mesmos; por onde pareceu a todos que nenhuma idolatria nem adora��o t�m. E bem cr entre eles mais devagar ande, que todos ser�o tornados e convertidos ao desejo de Vossa Alteza. E por isso, se algu�m vier, n�o deixe logo de vir cl�rigo pa conhecimentos de nossa f�, pelos dois degredados que aqui entre eles ficam, os quais hoje tamb�m comungaram. Entre todos estes que hoje vieram n�o veio mais q � missa, � qual deram um pano com que se cobrisse; e puseram-lho em volta dela. Todavia, ao sentar-se, n�o se lembrava de o estender muito para se cobrir. Ass que a de Ad�o n�o seria maior -- com respeito ao pudor. Ora veja Vossa Alteza quem em tal inoc�ncia vive se convertera, ou n�o, se lhe ensinarem o que pertence � eles beijar a cruz. E despedimo-nos e fomos comer. Creio, Senhor, que, com estes dois degredados que aqui ficam, ficar�o mais dois grumetes, que esta noite s fugidos, os quais n�o vieram mais. E cremos que ficar�o aqui porque de manh�, prazendo a Deus fazemos nossa partida daqui. Esta terra, Senhor, parece-me que, � outra ponta que contra o norte vem, de que n�s deste porto houvemos vista, ser� tamanha que haver� nela bem vinte ou vinte e cinco l�guas de costa. Traz a barreiras, umas vermelhas, e outras brancas; e a terra de cima toda ch� e muito cheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta � toda praia... muito ch� e muit do mar, muito grande; porque a estender olhos, n�o pod�amos ver sen�o terra e arvoredos -- terra que nos parecia muito extensa. At� agora n�o pudemos saber se metal, ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si � de muito bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro-e-Minho, porque neste tempo d'agora as muitas; infinitas. Em tal maneira � graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-� nela tudo; por causa das �guas que tem! Contudo, o melhor fruto que dela se gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lan�ar. E que n�o houvesse mais do que ter Vossa Alteza aqui esta pousada para essa na disposi��o para se nela cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da nossa f�! E desta maneira dou aqui a Vossa Alteza conta do alonguei, Ela me perdoe. Porque o desejo que tinha de Vos tudo dizer, mo fez p�r assim pelo mi�do. E pois que, Senhor, � certo que tanto neste cargo que levo servi�o for, Vossa Alteza h� de ser de mim muito bem servida, a Ela pe�o que, por me fazer singular merc�, mande vir da ilha de S�o Tom� a Jorge de Os�rio, me



Circulação de Shows (SECULT), 2009 Produção gráfica de Fê Paschoal e os Expurgadores

Identidade visual e material de divulgação para shows em seis cidades do interior do Espírito Santo, financiados com a verba do edital de Circulação Cultural da SECULT/ES. O processo se caracterizou pela combinação de técnicas digitais e analógicas para o desenvolvimento e reprodução dos materiais.



Airmetica Suprasubstancial, 2005-2009 Desenvolvimento de animações stop-motion utilizando técnicas analógicas


Lançamento Suprasubstancial, 2009 Produção gráfica do material de divulgação para o lançamento do longa metragem de skateboard realizado por Dalmo Rogério e Gustavo Senna



PR EFEITU R A D E

A qui a igualdade tem futuro w w w .vitoria.es.gov.br

SEME, 2007 produção de cartazes para eventos realizados e mediados pela Secretária de Educação Municipal de Vitória - ES


io Ensa

Lucas Aboudib 2009 editorial de fotografia

7

, 200

002


2007 - 2009

Projeto gráfico e diagramação do editorial do fotógrafo Lucas Aboudib, apresentando trabalhos realizados entre 2007 e 2009.


COMP_ SIT* ^~ EXP/KA LAKUTA


Espaço Kalakuta, Francisco Neto

COMP_ SIT* EXP/KALAKUTA

COMP_ SIT* EXP/KALAKUTA

SELEÇÃO DE FOTOGRAFIAS DO COLETIVO EXPURGAÇÃO O coletivo Expurgação é formado por artistas e designers radicados na Grande Vitória/ES e sediados desde 2008 na Kalakuta, um pequeno espaço de produção e criação também utilizado como dormitório e centro de convivência.

The Expurgação collective consists of artists and designers based in Grande Vitória/ES, Brazil, and headquartered since December of 2008 in Kalakuta, a modest space for production and creation also used as a dormitory and coexistence center.

Este volume apresenta uma seleção de fotografias de 7 artistas do coletivo sob os tags multiplicidade, estruturas, padrões, relações humanas e dimensão criativa.

This volume presents a selection of photographs from 7 artists of the collective. The pictures can be identified under tags such as multiplicity, structures, patterns, human relationships and creative dimension.

As fotografias foram realizadas entre 2006 e 2009 como resultado de experimentações através da percepção individual e coletiva.

The photographs were taken between 2006 and 2009 as a result of experimentations throught the individual and collective perceptions.

© Todas as fotos são de direito único e exclusivo dos respectivos autores. All rights reserved.

COMP_SIT*EXP/KALAKUTA, 2010 Produção gráfica e editorial de um livreto com fotografias de cinco artistas do coletivo Expurgação

O projeto compreende a idealização de um livreto de fotografias como forma de promover o trabalho dos artistas do coletivo Expurgação. Curadoria, desenvolvimento do projeto gráfico e diagramação do conteúdo por Wérllen Castro.



TOMOS, 2008 Projeto gráfico e diagramação de livro de sonetos de Guilherme Aquino Ney


sonetos


Livro de sonetos publicado por Guilher Aquino Ney em um volume de 177 páginas, acabamento em brochura costurada e sobrecapa de proteção. Projeto desenvolvido em conjunto com Alexandre Barcelos Ney e Gustavo Senna. Ilustrações internas por Dalmo Rogério. Sobrecapa, projeto gráfico e diagramação por Wérllen Castro.


Patterns, 2010 Construção e desenvolvimento de patterns geométricos









Produção artística, 2009

Trabalhos artísticos utilizando diferentes técnicas e materiais como parte prática da pesquisa teórica desenvolvida através das experimentações gráficas.








Espaços vazios, 2010 aquarela e nankim

SĂŠrie de pinturas em aquarela e nankim.




Produção fotográfica, 2007-2009






Read me, ready made, 2008 fotografia

Acompanhamento fotogrĂĄfico da perfomance do artista Ricardo MaurĂ­cio, realizada em diferentes pontos da cidade de VitĂłria. Imagens do interior da galeria Matias Brotas.



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