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Promoção Imobiliária
Consultoria Imobiliária
Salão Imobiliário
Cooperativa de Habitação Colmeia vira-se para o mercado de luxo Págs. 6 a 7
CB Richard Ellis Predibisa aposta em moradias de luxo em quinta biológica Pág. 13
Saiba tudo o que vai acontecer na edição 2008 do SIL Págs. 20-22
´ Imobiliario Quinzenal - Sai à quinta-feira em http://imobiliario.construir.pt
CONSTRUIR
DIRECTOR: RICARDO BATISTA
16 DE OUTUBRO 2008
Nº 01
ANO I
Bascol e Grupo Lágrimas apostam no Douro
O projecto Douro41 envolve a construção de um hotel-design e um conjunto de moradias turísticas, num investimento de 20 milhões de euros em região classificada com Património Mundial da Humanidade Pág. 5
Mercado de arrendamento ganha novo fôlego
David Oliveira
Pedro Seabra
“Queremos ajudar a dinamizar o mercado” Em entrevista ao Construir Imobiliário, Pedro Seabra, presidente da comissão organizadora do SIL, salienta que independentemente do actual ciclo, o mercado português está cada vez mais maduro e tem por onde crescer Págs. 8 - 10
As dificuldades do sistema financeiro em conceder crédito tem vindo a revitalizar os negócios de arrendamento. A empresa de consultoria e mediação imobiliária Porta da Frente aposta forte, ao criar um novo Departamento de Arrendamento Pág. 17
Nova ferramenta ao serviço de construtores e promotores A empresa Checkhouse lançou em Portugal o Promoimovel, um serviço de diagnóstico à qualidade técnica de imóveis, direccionado aos construtores e promotores que querem assegurar a qualidade dos seus produtos Págs. 18-19
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Editorial Bons Negócios ! P
ode até parecer contraditório que num período em que se discute tanto o papel do sector imobiliário na crise financeira que afecta os principais mercados mundiais, este seja precisamente o mercado escolhido para a nova aposta da Workmedia. A res-
posta é simples e remete-nos para a velha máxima, que dá conta de que há vida além da crise. As auscultações feitas ao mercado não deixam grandes dúvidas e permitem perceber que é maior a expectativa sobre o que futuro reserva do que propriamente o pessimismo em relação à estagnação do mercado, e que esses podem ser tempos de discussão sobre o rumo do sector, a sua evolução, as apostas, os indicadores e as opiniões. É aí que nos queremos posicionar. Ambicionamos ser um espaço de opinião, onde os agentes do mercado imobiliário, desde a promoção á mediação, possam ter uma voz activa, onde possam assumir uma posição que sirva de contributo para o crescimento deste sector, um espaço de debate e análise sobre um dos motores da economia europeia. Por vivermos na era em que a economia se discute ao segundo, optámos por privilegiar a plataforma electrónica o que permite não só actualizações na hora e como eliminar as questões de limitação de espaço que por vezes marcam as edições impressas. Quinzenalmente terá a publicação disponível em imobiliário.construir.pt e poderá ainda subscrever a newsletter que duas vezes por semana levará até si as noticias mais importantes do sector imobiliário. Tudo a coberto da independência, imparcialidade e rigor a que a marca Workmedia já o habituou em tantas outras publicações. Porque na sua empresa necessita dos melhores profissionais para atingir os seus objectivos, conte também com o profissionalismo que o ajudará a melhor compreender
Ricardo Batista Director
as movimentações do mercado. O nosso! Bons negócios.
sumário
PROMOÇÃO IMOBILIÁRIA
MEDIAÇÃO IMOBILIÁRIA
Douro 41 é a mais recente aposta da parceria entre a Bascol e o Grupo Lágrimas
Porta da Frente lança departamento de arrendamentos
Cooperativa Colmeia investe no Colmeia Village. O presidente da empresa Nuno Gonçalves explica o projecto
ENTREVISTA Pedro Seabra, presidente da Associação de Empresas de Consultoria e Avaliação Imobiliária, aborda as perspectivas para o mercado em 2009
NEGÓCIOS Checkhouse lança serviço de avaliação da qualidade técnica do edificado
ESPECIAL SIL de portas abertas em fase de clarificação do mercado
CONSULTORIA IMOBILIÁRIA CB Richard Ellis comercializa em exclusivo o projecto Vale do Douro Abacus gere comercialização do edifício residencial Fontana Park
CONSTRUIR
Imobiliario
ficha técnica
workmedia
Conselho de Administração Pedro Corrêa Mendes, Pedro Fino, Francisco Fino Edição, Publicidade e Promoção Área Associativa – Comunicação e Serviços, Lda - R. General Firmino Miguel, nº 3 - Torre 2, 3º Piso – 1600-100 Lisboa Telefone: 210 410 300 Fax: 210 410 306 – geral@construir.workmedia.pt www.construir.pt Delegação Norte Edifício Mota Galiza, R. Júlio Dinis n.º 247 – 5º esc. 13 - 4050-324 Porto Telefone: 220 401 800 Fax: 220 401 850 JORNAL CONSTRUIR Director Ricardo Batista - 210 410 340 rbatista@construir.workmedia.pt Editor Hugo Lourenço– 210 410 366 Fotografia Hugo Gamboa, João Reis Produção Gráfica Victor Pedro (director) – 210 410 380 – vpedro@workmedia.pt, José Teixeira (dir. arte) – 210 410 381 – zteixeira@workmedia.pt,
Paula Dias – 210 410 383
- pdias@workmedia.pt Publicidade Margarida Magalhães (directora) – 210 410 346 – mmagalhaes@construir.workmedia.pt, Ana Rute – 210 410 364 -
arute@construir.workmedia.pt, Carmen Noronha - 210 410 362 - cnoronha@construir.workmedia.pt , Conceição Manzoni - 210 410 363 - cmanzoni@construir.workmedia.pt, Cristina Rosa - 210 410 361 - crosa@construir.workmedia.pt, Filipa Miranda - 220 401 814 - fmiranda@construir.workmedia.pt, Rui Andrade - 210 410 365 - randrade@construir.workmedia.pt Departamento de Venda de Informação Teresa Mateus (assinaturas) - 210 410 349 tmateus@construir.workmedia.pt - Fax: 210 410 306 Estudo Gráfico José Teixeira - zteixeira@workmedia.pt Impressão Soctip – Porto Alto Periodicidade Quinzenal. Sai à quinta-feira – Tiragem 5.000 exemplares – Assinatura 160 euros (anual) Registo no ICS n.º 124191 – Depósito Legal n.º 194726/03
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PROMOÇÃO Imobiliária Inter Ikea com assinatura CPU Retail Architects O projecto de arquitectura do Mar Shopping, em Matosinhos, o primeiro centro comercial da Inter IKEA em Portugal – inaugurado no passado dia 15 de Outubro, conta com assinatura da CPU Retail Architects. Com cerca de 125.000 m2 de área bruta de construção acima do solo, o Mar Shopping caracteriza-se por incorporar uma loja
IKEA, para além de um hipermercado Jumbo, sete salas de cinema e mais de 200 outras lojas. A CPU Retail Architects é actualmente um dos gabinetes de arquitectura de referência no espaço europeu, especializados na concepção e desenvolvimento de projectos de centros comerciais, retail parks e outras unida-
Aldeia dos Capuchos prossegue evolução
A Aldeia dos Capuchos, na Costa de Caparica, vai contar com um supermercado da cadeia Pingo Doce. A nova unidade comercial terá uma área de construção de cerca de 2000 m2, com mais 2000 metros reservados a estacionamento privativo dos seus clientes. O edifício que irá acolher esta nova unidade da cadeia do
Grupo Jerónimo Martins começou já a ser construído, sendo a obra da responsabilidade da empresa Opway Engenharia. Além da superfície comercial, a empreitada envolve ainda a edificação quatro edifícios de habitação de três pisos, num total de 40 apartamentos de tipologias T1, T2 e T3. O investimento ascende a mais de 10 milhões de euros. A conclusão da obra está prevista para o segundo semestre de 2009. Apresentando um baixo índice de construção, o empreendimento conta, actualmente, com 88 apartamentos urbanos, um número significativo de moradias unifamiliares.
A CPU Retail Architects é cada vez mais uma referência, no que toca a centros comerciais
des comerciais, e faz parte da CPU Consultores, liderada pelo arquitecto Adriano Callé Lucas. Além de Portugal, a CPU Retail Architects tem actualmente em curso pro-
jectos de centros comerciais em diversos países para vários promotores internacionais, designadamente na Turquia, Marrocos, Polónia, Alemanha e Bulgária.
Alta de Lisboa incentiva boas práticas ambientais A Sociedade Gestora da Alta de Lisboa (SGAL) vai participar na instalação de sistemas de produção de electricidade através de energia solar no condomínio dos Jardins de São Bartolomeu, na Alta de Lisboa, sob a iniciativa e responsabilidade do condomínio. Esta iniciativa, enquadrada no programa “Renováveis na Hora”, integra-se na promoção da microprodução de energia eléctrica utilizando fontes renováveis e visa reduzir os custos de funcionamento e criar receitas desde o primeiro ano.
Este programa irá permitir ao condomínio transformar-se num produtor de energia contribuindo para os objectivos nacionais de utilização de energias renováveis e de redução do efeito de estufa. O projecto está a ser desenvolvido segundo os critérios do sistema Lidera, do Instituto Superior Técnico, indo ao encontro de um dos objectivos da SGAL que passa por transformar a Alta de Lisboa no primeiro “bairro” em Portugal com certificação ambiental e certificação de qualidade.
Palácio das Janelas Verdes é sucesso de comercialização
Director da DTZ reconhecido pela RICS
O Palácio das Janelas Verdes está a ser um sucesso de comercialização, estando já com uma taxa de colocação de 93 por cento. Vizinho do Museu das Janelas Verdes, em Lisboa, o Palácio das Janelas Verdes trata-se de um empreendimento habitacional de luxo promovido pela Santamaro S.A. através da Prestige Property Plus, marca exclusiva utilizada por este promotor. Comercializado pela CB Richard Ellis, este palácio do século XVIII foi transformado para receber 15 residências dis-
O director de agência da consultora imobiliária DTZ, Jorge Bota, foi reconhecido como 'Senior Professional' pela Royal Institution of Chartered Surveyors (RICS), uma certificação que distingue os profissionais da área do imobiliário, em todo o mundo. Nas palavras de Jorge Bota, “esta certificação reconhece o profissionalismo com que nos dedicamos aos nossos clientes, tendo em conta a experiência que adquirimos ao longo de todos estes anos num sector que exige os mais altos padrões de qualidade na consultoria imobiliária”.
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tribuídas por três núcleos diferenciados ao longo dos cinco pisos do edifício. O imóvel manteve as fachadas originais, tendo sido totalmente reorganizada a sua estrutura inicial e características tipológicas do imóvel pré-existente. Com um amplo espaço de estacionamento resultante da diferença de cotas entre as diferentes frentes das três ruas que circundam o imóvel, o Palácio das Janelas Verdes possui ainda um cuidado jardim interior projectado pelo paisagista Francisco Caldeira Cabral.
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Promoção Imobiliária 16 de Outubro de 2008
Turismo de excelência em região classificada
O mercado imobiliário procura, cada vez mais, locais paradisíacos para realizar projectos de vocação turística. É o caso do empreendimento Douro41, o mais recente investimento na região do Douro, localizado no concelho de Castelo de Paiva, entre as barragens de Crestuma-Lever e Carrapatelo, ao quilómetro 41, característica que lhe vale o nome. Fruto da parceria entre a Bascol e o Grupo Lágrimas, o Douro41 representa um investimento de 20 milhões de euros. Implantado na margem esquerda do rio Douro, numa propriedade de 10,6 hectares em declive para o espelho de água, o Douro41 goza de uma localização única, quer em termos situação quer de exposição solar. É formado por um hotel-design e um conjunto de villas, isto é, moradias turísticas vocacionadas para a segunda habitação e que poderão ser alocadas à exploração hoteleira. No que respeita ao projecto de arquitectura, é da responsabilidade de João Pedro Serôdio, sendo, na sua maioria, os edifícios que o compõem de construção de piso único ajustados às curvas de nível da topografia, formando patamares murados (socalcos), incluindo as bandas de habitação do tipo unifamiliares geminadas. No que concerne às chamadas villas, estas são compostas por 25 habitações unifamiliares, sendo que cinco delas possuem uma tipologia T1, onze T2, enqunato que as restantes nove moradias são T3. Ainda
incluído na zona das moradias, podemos encontrar uma piscina de adultos e uma outra destinada às crianças, existindo, igualmente, 19 boxes para estacionamento de automóveis e embarcações de pequeno porte. As habitações variam entre os 114,7 m2 de área bruta privativa para um T1 e os 451,3 m2 para um T3, oscilando os preços em função das áreas das villas e da sua situação e exposição de vistas. A habitação mais barata, de tipologia T1, ronda os 273 mil euros e a de valor mais elevado — um T3 com vista total de rio — ascende a um milhão
e 35 mil euros. Para quem preferir desfrutar dos serviços de um hotel, refira-se que este deverá abrir ao público durante os primeiros meses de 2009, com uma área útil de 6500 m2. Esta unidade hoteleira contará com 42 quartos, um SPA, quatro salas
de estar, três bares (um de apoio à marina, um junto à recepção e outro junto ao SPA) e um restaurante panorâmico com esplanada, sem esquecer uma piscina ao ar livre junto à esplanada do restaurante e uma outra coberta e aquecida no interior do SPA. Quanto à marina, irá dispôr de 19 postos de amarração. O projecto previu, igualmente, a recuperação e execução de todo o arranjo urbanístico do espaço envolvente, como sejam os acessos automóveis, caminhos pedonais e zonas de lazer. Construído pela Bascol-Construções, o empreendimento Douro41 ostenta fachadas compostas por vãos envidraçados em alumínio e aço corten e as paredes opacas revestidas a xisto. A cobertura do edi-
fício principal foi revestida a lousa pelo exterior enquanto nas restantes foi utilizado um sistema de impermeabilização cobertas por ajardinamento. O hotel dispõe de um grupo de refrigeração com aproveitamento geotérmico e os apartamentos têm painéis solares para aquecimento das águas quentes sanitárias. Na opinião de João Nuno Magalhães, responsável pela CB Richard Ellis|Predibisa, no Porto, consultora imobiliária a quem foi atribuída a responsabilidade da comercialização deste empreendimento, “poder chegar a casa de barco, poder ter um serviço de apoio total do Grupo Lágrimas e ter uma envolvente única e exclusiva é seguramente um bom investimento com retorno assegurado”.
Oportunidade única 쏡Tratando-se de uma parceria entre a Bascol e o Grupo Lágrimas, o empreendimento Douro41 assume um carácter único para as duas empresas. Para o presidente executivo da Bascol, Gabriel Bastos, “o Douro é reconhecido como uma região de grande potencial na área do turismo e despertou de há muito o nosso interesse em operarmos nesse mercado”. O presidente do grupo Lágrimas Hotels & Emotions, José Miguel Júdice, realça que “este é o único hotel com os pés no rio e por cima oferece uma vista deslumbrante sobre o Douro”.
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Projecto - Promoção Imobiliária 16 de Outubro de 2008
Colmeia Village
Colmeia promove moradias de luxo Hugo Lourenço
Muitas vezes conotadas com habitações de baixo custo, a realidade das maiores cooperativas nacionais é, actualmente, um pouco diferente. Embora assumindo que “as cooperativas não têm fins lucrativos” e que “o preço de aquisição está directamente relacionado com o custo real de construção”, a Colmeia não deixa, por isso, de apostar em empreendimentos dirigidos a uma franja da população com maior poder económico. Exemplo disso mesmo é a Colmeia Village. Destinado ao segmento topo de gama, este projecto foi desenvolvido tendo em conta as mais recentes inovações, tecnologicas e legislativas, em matéria de eficiência energética. Assim, as moradias Colmeia Village contam com características que, a prazo, irão traduzir-se em economia nos gastos energéticos, privilegiando o conforto e o baixo consumo. Na cobertura (de fácil acesso, proporcionando um local para relaxar ou para apreciar as excelentes vistas),
existe uma área de implantação de painéis solares, permitindo a integração sem impacto visual destes equipamentos. Desta forma, “cada habitação será dotada de um conjunto de sistemas
energéticos integrados que asseguram elevada comodidade de utilização. A produção de energia térmica para aquecimento e água quente sanitária é feita a partir do sistema de painéis solares associados a uma central localizada na garagem. A climatização interior é feita através de
radiadores de parede com capacidade para aquecimento”, refere Maria Manuel Alvarez, arquitecta da Serralvarez Arquitectos, responsáveis pelo projecto. Além disso, cada habitação poderá dispor de uma piscina no jardim com água aquecida pelo sistema solar directo. “Este empreendimento pelas suas características tem um carácter especial, exclusivo, de aldeia, e as relações de vizinhança que facilmente se estabelecerão entre os futuros moradores, mantendo no entanto a sua privacidade”, acrescenta Maria Manuel Alvarez.
Sobre a Colmeia – Cooperativa de Habitação e Construção A Colmeia é uma das maiores cooperativas de habitação em Portugal, tendo festejado este ano o seu 31.º aniversário. A promoção e construção em curso e o desenvolvimento ou conclusão de alguns dos seus principais projectos (Colmeia VII, no Parque das Nações, urbanização Colmeia Village em Ponte do Rol, Torres Vedras, os empreendimentos Vale Formoso e Bairro do Condado, em Lisboa, os apartamentos Colmeia Golfe no Belas Clube de Campo, o
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empreendimento Colmeia Sintra, na Charneca de Sintra e o empreendimento Colmeia Azul, em Famões, Odivelas); revelam uma tendência para que se consolide, ainda mais, a posição da Colmeia. Na comemoração dos 30 anos, realizou o programa “30 anos, 30 iniciativas” que envolveu centenas de Cooperadores, entidades de acção social, crianças e jovens, em actividades culturais, desportivas e de solidariedade social.
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Já Duarte Gonçalves, presidente da Colmeia, realça que este projecto foi idealizado para primeira habitação, dirigindo-se “a cidadãos de gostos exigentes que vivem ou trabalham no local ou nos concelhos vizinhos até Lisboa e anseiam por ambientes privilegiados para habitar”, defendendo igualmente que, dada a proximidade das praias é, também, objecto para segunda habitação.
No que respeita ao empreendimento propriamente dito, trata-se de 26 moradias de luxo – 20 unifamiliares e seis em banda –, com áreas amplas e acabamentos de excelência, com piscina e jardim, num loteamento com uma área urbanizável de cerca de 21 mil metros quadrados. O projecto conta com diferentes tipologias (V4, V5 e V7) e áreas brutas de construção entre 230 e 320 me-
em discurso directo “O preço de aquisição está directamente relacionado com o custo real” Sem fins lucrativos, as cooperativas comercializam habitações em que o preço de aquisição está directamente relacionado com o custo real. Duarte Nuno Gonçalves, presidente da direcção da Colmeia, refere que o objectivo é colocar no mercado casas sem preços especulativos. Como funciona o processo de aquisição de uma habitação através da Colmeia? A Colmeia promove habitação para os seus cooperadores em regimes diversificados. Existe aquilo a que chamamos 'Custos controlados/Estatuto Fiscal Cooperativo', através de protocolos com as autarquias, temos também arrendamento no regime de custos controlados e existe o 'Regime Livre', através da avaliação de oportunidade de aquisição de terrenos no mercado, em função dos interesses manifestados pelos cooperadores existentes e de outros que se possam juntar à cooperativa. Quais as diferenças de uma cooperativa de habitação face a qualquer outro promotor imobiliário? A cooperativa é, na sua natureza, diferente de outro promotor imobiliário, na medida em que os futuros adquirentes das habitações são membros da cooperativa e têm a faculdade de participar activamente nas decisões fundamentais de desenvolvimento do programa habitacional em que estão inseridos. As cooperativas não têm fins lucrativos, portanto, o preço de aquisição está directamente relacionado com o custo real.
Com preços a partir dos 330 mil euros, o projecto conta com tipologias V4, V5 e V7
tros quadrados a preços abaixo da média do mercado, a partir de 330 mil euros.
Acabamentos Os acabamentos e as infra-estruturas são constituídos, entre outros, por: fachadas revestidas a madeira do Brasil e cerâmica; jardim com piscina e decks em madeira; caixilharia de dupla face com rotura térmica; pré-instalação para aquecimento central em todas as divisões com opção de gás ou radiadores eléctricos; paredes e tectos estucados; aspiração central; portas de alta segurança; pavimentos de quartos e corredor em soalho de madeira maciça de carvalho e o restante em moleanos rijo; solário na cobertura e todas as instalações sanitárias com luz e ventilação natural e loiças suspensas. Actualmente estão finalizadas as primeiras quatro moradias, representativas de cada tipologia; as restantes poderão ser personalizadas na geometria interior e nos acabamentos para integral adaptação às necessidades e preferências individuais. O financiamento à construção está assegurado pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo.
Quantos fogos já construir e comercializou a Colmeia? A Colmeia construiu os seus dois primeiros edifícios de 18 fogos cada no final da década de 80. No Parque das Nações construiu sete edifícios e 334 fogos. Em Benfica e Vale Formoso, também em Lisboa, e no Algarve e Torres Vedras construiu também vários edifícios, totalizando 466 apartamentos. Durante anos, as cooperativas eram associadas a habitações de menor qualidade. Até que ponto isso corresponde hoje à verdade? Essa era a realidade geral nos empreendimentos de custos controlados, tal a limitação orçamental imposta pela lei que não permitia atingir padrões mínimos de habitabilidade e manutenção. Contudo, hoje as cooperativas têm assumido pioneirismo em vários denominadores de garantia da qualidade da construção. Tais como a contratação de seguro decenal – prática já corrente há vários anos –, medidas de reforço de conforto térmico e acústico, anteriores à própria lei, medidas de protecção ambiental, para além das estabelecidas em decreto, comprovam a atitude actual das cooperativas, bem visível no nível das construções que têm vindo a ser promovidas nestes últimos anos, algumas reconhecidas por agentes da especialidade.
Duarte Nuno Gonçalves Presidente da Colmeia
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Entrevista 16 de Outubro de 2008
Entrevista a Pedro Seabra - Presidente da Associação de Consoltório e Avaliação Imobiliária
“Faz falta uma união entre todos os intervenientes do mercado imobiliário”
Hugo Lourenço
A Associação de Empresas de Consultoria e Avaliação Imobiliária (ACAI) surge em 2003. Porquê apenas em 2003 e porque é que nasce a vontade de criar uma associação do sector? Surge em 2003 porque só nessa altura é que estas empresas sentiram de alguma forma a necessidade de serem representadas junto das entidades oficiais, não individualmente, mas de uma forma associativa. De facto, essa foi a razão que levou ao aparecimento da ACAI, especificamente. O INCI, a CMVM e entidades desse tipo começaram a legislar e a ter uma maior preocupação sobre as leis que regem a actividade de empresas como as que constituem a
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David Oliveira
Pedro Seabra, presidente da Associação de Empresas de Consultoria e Avaliação Imobiliária (ACAI) e da Comissão Organizadora do Salão Imobiliário de Lisboa é um dos homens portugueses mais avalizados para falar de mercado imobiliário. Em entrevista ao Construir Imobiliário, o também presidente da consultora CB Richard Ellis fala de que aconteceu em 2008, do que podemos esperar para 2009 e de como o sector imobiliário português se deveria organizar. Tudo porque “não podemos continuar a olhar apenas para a nossa quintinha”.
ACAI e sobre as avaliações para os fundos imobiliários. E apesar de todos sermos – os membros da ACAI – interlocutores válidos, as entidades também preferiam ter como interlocutor uma associação em vez de empresas ou pessoas individuais. Nesse sentido, achámos que era o momento de criar uma associação que não pretende, de forma nenhuma, competir com nenhuma outra associação, que não pretende achar-se melhor ou pior ou mais importante ou menos impor-
tante que qualquer outra associação. Pretendemos simplesmente juntar empresas que têm determinadas características e que devem ser interlocutoras em qualquer mudança
legislativa do sector que as afecte ou que lhes diga respeito. Claro que ao existir a ACAI surgem novas questões, como o desenvolvimento do funcionamento, de ética, de regras e de desenvolvimento do knowhow colectivo em algumas matérias. Apesar de tudo, a ACAI é uma associação pequena, com um número muito restrito de membros, mas tratam-se de empresas muito representativas do sector, o que faz com que a ACAI tenha a sua importância.
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A ACAI tem referido que deseja estabelecer códigos deontológicos e práticas de funcionamento. Há efectivamente essa necessidade de desenvolver um código deontológico para as empresas que se movimentam neste sector? Essa questão está colocada em cima da mesa nas reuniões da ACAI, não porque se sinta que alguém se porta mal ou precisa de ser “posto na ordem”. Mas achamos que é de facto bom pensar e desenvolver esse tema, achamos que faz algum sentido. Existem muitos códigos deontológicos e todas as associações ou grupos têm de alguma forma um código deontológico. Penso que todos os membros da ACAI têm uma grande preocupação com questões de ética e deontologia profissional no exercício da sua profissão. Não há é ainda nenhum documento que aglutine um pensamento comum como associação, mas está em construção e é natural que venha a existir. É uma preocupação que existe mas também não é nada que nos tire o sono, porque continuamos a acreditar que todos os membros se comportam com ética e não policiamos a actividade de cada um. Mas enquanto associação temos a obrigação de “puxar para cima” no sentido de que nenhum membro tenha dúvidas sobre as questões éticas que pautam a associação. Em 2007 assistiu-se a alguma estagnação do mercado. Neste último trimestre de 2008, o que podemos esperar do mercado imobiliário? O ano de 2008 foi excepcionalmente lento em tudo o tem que ver com transacções. Continua a existir um mercado que funciona naturalmente em áreas ligadas com consultoria ou
durante algum tempo e agora estamos numa fase descendente da curva. O que acontece no mercado imobiliário – e é bom que tenhamos noção disso – é que, em geral, o imobiliário sobe mais do que a inflação. Neste momento, não estamos numa altura de subida. Tivemos um período de subida muito acentuada, durante dois, três anos, e tivemos um período de estagnação no último ano. Agora, quando se fala de imobiliário, falamos de realidades completamente diferentes. Falamos de habitação, de centros comerciais, de escritórios, de armazéns, desta ou daquela localização ou desta ou daquela cidade. Não podemos, portanto, generalizar porque se pode estar a confundir alguma coisa. Só para dar um exemplo, no mercado de Londres, com a crise do sub-prime, houve uma subida das taxas de retorno do investimento e o mercado rapidamente reanimou. Penso que nós demoramos mais tempo a assumir essa realidade do que outros, mas é uma realidade
avaliações, em especial na área do turismo ou no mercado arrendamento de escritórios. O mercado de investimento institucional e, provavelmente, o mercado de pequeno investimento, isto é, tudo o que mete financiamento bancário e capital alheio complicouse bastante nos últimos tempos, não por problemas intrínsecos do sector imobiliário mas por problemas intrínsecos do sector financeiro que derivam da crise do sub-prime (que é um problema muito mais financeiro do que imobiliário). Isto criou, por arrasto, problemas sérios no sector imobiliário e, acima de tudo, tornou tudo mais lento e mais difícil de concretizar no que diz respeito a transacções. Esta é a questão que marca o ano de 2008. Desde o fim do Verão que sentimos que as pessoas querem fazer qualquer coisa porque ainda não fizeram quase nada. Da parte de eventuais vendedores ou compradores há mais ânimo em fazer qualquer coisa. Começamos também a ver algumas empresas que admitem vender a valores relativamente mais baixos do que aqueles que pensariam vender há um ano atrás, o que é muito importante para que o mercado retome, porque é evidente que o mercado, principalmente nos últimos dois anos, foi um mercado muito animado, com uma actividade extrema e muito positiva e, com isso, os valores subiram bastante. É natural que, agora, exista um reequilíbrio e, para que o mercado volte a funcionar de uma forma dinâmica, é necessário que, em alguns casos, haja um acerto de mercado.
em que começam a aparecer algumas pessoas dispostas a assumi-lo, o que vai levar a uma retoma de actividade. Mas tudo isto demora algum tempo. O mercado português já atingiu a maturidade desejada ou ainda estamos muito aquém dessa realidade? Eu não sei quando é que o mercado atinge a maturidade. Nós temos um mercado pequeno em tudo. Mesmo Lisboa, enquanto capital europeia, é uma cidade pequena. O mercado de escritórios de Lisboa, por exemplo, é muito pequeno comparado com o de outras cidades. Nesse aspecto, atraímos investidores de forma limitada porque muitos deles não chegam a olhar para nós devido à dimensão do mercado. No entanto, em centros comerciais, somos claramente lideres na Europa. Temos empresas como a Sonae ou a MD que marcaram a agenda do panorama europeu de centros comerciais na última década e que, por arrasto, levaram ao surgimento de
Esse acerto de mercado é consequência dos efeitos da crise do sub-prime ou de uma excessiva valorização nos anos mais recentes? Não acho que se possa separar as duas coisas. O mercado funciona sempre em ciclo e julgo que nunca deixará de assim funcionar. É evidente que os preços subiram muito
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Nestes cinco anos, o poder político tem tido a ACAI em conta na hora de legislar? Sim, temos sido, em geral, interlocutores junto do INCI e da CMVM, que tem uma palavra importante a dizer no âmbito da actividade dos fundos de avaliação imobiliária. Fomos também interlocutores junto do Governo quando se alterou a lei dos arrendamentos, que é uma questão muito importante. Temos sido interlocutores activos junto do Governo relativamente a questões fiscais que afectam o sector, nomeadamente as alterações que foram feitas ao IVA nas transacções imobiliárias. Tenho-me reunido, igualmente, com secretários-deestado sobre assuntos que dizem respeito ao imobiliário e, por isso, sim, a ACAI é activa enquanto interlocutora junto das entidades oficiais.
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Entrevista
David Oliveira
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outros promotores de centros comerciais. Neste particular até corremos o risco de passarmos rapidamente de fase de maturidade para uma fase em que, se calhar, fizemos mais do que se devia, correndo o risco, em alguns casos, o investimento não correr tão bem como correu no passado. Quanto ao mercado de escritórios, é um mercado bastante evoluído e que teve sempre, ao longo dos anos, uma lei de arrendamento muito retrógrada e pouco atractiva para um funcionamento normal do mercado. A mudança que se fez na lei do arrendamento – tendo-se feito, diga-se, muito pouco para se mudar no que respeita ao mercado de habitação –, veio dinamizar o mercado de escritórios. Agora, continuamos a ter atitudes que não mostram maturidade. Sistematicamente alteramos os regimes fiscais, atraímos investidores em determinadas condições e mudamos as regras a meio do campeonato, temos um sistema judicial que não funciona, o que significa que se existir um problema legal as coisas arrastam-se durante anos. Tudo isso são sinais de pouca maturidade, mas não são forçosamente sinais ligados ao imobiliário. São sinais de um país que funciona mal.
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O que podemos esperar de 2009, no que respeita ao mercado imobiliário? Acho muito difícil de prever e, devo dizer, que ao longo destes últimos dois anos, vi vários gurus errarem nas suas previsões quanto ao futuro próximo. Como de guru não tenho nada, acho que é, de facto, muito difícil de prever. Sinto alguma animação neste final de ano e confio que no próximo ano o mercado retome mais actividade. Não acho que esteja para um futuro próximo uma subida de preços, não é essa a questão. Mas temos tido pouca actividade durante este ano e as pessoas sentem necessidade de ver mais actividade e querem tomar decisões e andar para a frente com as coisas. Penso que demoraremos, pelo menos, mais um ano até voltar a haver alguma pressão da procura sobre a oferta para que, com isso, volte a haver um reanimar da actividade económica que leve a que o mercado cresça nitidamente. De qualquer forma, penso que não há problemas estruturais no imobiliário em Portugal, não há problemas de excesso de oferta, não há nada disso. A vizinha Espanha tem esse tipo de problemas que nós não temos, mas tudo o que acontece no imobiliário é influenciado pelo que acontece na economia.
O sector imobiliário português tem capacidade de fazer lobby? O sector imobiliário tem um peso enorme mas mal organizado. Não acho que exerça devidamente o seu peso na altura de tomar decisões porque, talvez, não haja um lobby (no bom sentido da palavra) suficientemente organizado para que as suas preocupações sejam ouvidas. Mas o peso é brutal. O peso da construção na economia é enorme e a construção existe enquanto houver um sector imobiliário que a contrate e que pague para que ela exista, excepção feita à construção de obras públicas. Além disso, no imobiliário encontramos investidores institucionais de médio/longo prazo e trata-se de um sector que tem atraído para Portugal grandes investidores, o que interessa muito ao país. Nesse aspecto, o sector do imobiliário tem trazido muito capital para Portugal e nem sempre lhe é dado a devida importância e consideração.
Isso acontece porquê? Há interesses divergentes dentro do sector imobiliário? Nós temos várias associações de empresas de construção, temos uma associação de fundos que engloba os fundos imobiliários, temos a ACAI, temos uma associação de promotores e associações de mediadores. Provavelmente faz falta uma união entre todos estes intervenientes para discutir questões tão importantes como alterações na fiscalidade. Infelizmente, temos a tendência de só olhar para a nossa quintinha e, além disso, achamos sempre que a nossa quinta é mais importante que a do outro. No que respeita à qualidade de construção, como interpreta o mercado nacional? Penso que temos ainda um caminho a percorrer. Não me parece que estejamos nos mais altos patamares de qualidade. No entanto, nos centros comerciais temos excelentes produtos que têm sido premiados nos certames internacionais. Depois temos produtos de escritórios bons, mas sem sermos lideres no que respeita à qualidade, e na habitação deixamos alguma coisa a desejar e continuamos a ter produtos que, mesmo quando puxamos muito pela qualidade, continua a não ser aquilo a que alguns consumidores mais exigentes estão habituados.
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CONSULTORIA
Savills mantém liderança em Hong Kong A consultora imobiliária Savills conseguiu manter a liderança no departamento de investimento. Nos primeiros seis meses de 2008 e comparativamente ao mesmo período do ano passado, a facturação do departamento de investimento da Savills em Hong Kong aumentou 80 por cento, acima do mercado. Em termos globais, para a agência da Savills o crescimento foi de 40 por cento. A indústria em Hong Kong continua a
ser liderada pela Savills, que assegurou nos primeiros seis meses de 2008, 80 por cento das transações de investimento de valor superior a 40 milhões de euros e 100 por cento das transacções de valor superior a 80 milhões de euros, concluindo dois grandes negócios nesta área. A maior transação deste ano em Hong Kong foi a venda do Trade Square em Cheung Sha Wan por 134 milhões de euros, representando um retorno de 5.5
Neoturis anuncia parceria com Efectivo A Neoturis – consultoria em turismo, empresa participada pela CB Richard Ellis, e a Efectivo – Consultoria e Investimentos, anunciaram uma parceria para o desenvolvimento de projectos conjuntos no território de Cabo Verde. Esta parceria visa estender a participação na Neoturis no desenvolvimento do turismo de Cabo Verde, no seguimento
de trabalhos desenvolvidos nos últimos três anos. Através da presença local e do know-how de mercado e negócio que será transferido, será possível assegurar uma resposta atempada às necessidades dos players locais e internacionais que encontram em Cabo Verde um território de excepção para o desenvolvimento de projectos turísticos.
Câmara Municipal de Oeiras no edifício Atrium Oeiras O Departamento de Escritórios da Abacus Savills, actuando em nome da Ribeiro Coutinho Lda, foi responsável pelo arrendamento de instalações à Câmara Municipal de Oeiras. A Câmara Municipal de Oeiras ocupou a totalidade do edifício Atrium Oeiras, com 4.000m2 acima do solo distribuidos por dois pisos e com 161 lugares de estacionamento. Situado junto ao centro comercial Oeiras Parque, o edifício Atrium Oeiras, goza de
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uma localização privilegiada e de excelentes acessibilidades, quer para automóveis (como é o caso da ligação rodoviária à A5) quer para transportes públicos. Segundo Paulo Henriques, director do departamento de escritórios da Abacus Savills, “a localização e o facto da câmara ser o único inquilino no imóvel foram os principais motivos para uma decisão da municipalidade pelo Atrium Oeiras.
por cento. Ao contrário da bolsa de Hong Kong, o mercado imobiliário mantém-se imune ao aperto do crédito global e da incerteza económica. No mercado em bloco, os fundos estrangeiros continuam a
mostrar interesse mas os compradores são predominantemente locais. Estes compradores locais entram no mercado à procura de activos de qualidade, como investimento a longo prazo com retornos elevados.
CB Richard Ellis promove “Lisboa a preto e branco”
postos durante o Salão Imobiliário de Lisboa. A atribuição do primeiro e segundo prémio do concurso lançado pela CB Richard Ellis será realizada e divulgada no decorrer do cocktail que a CB Richard Ellis irá promover no seu stand da feira do imobiliário, a 23 de Outubro, pelas 19h00. Ao primeiro e segundo prémio corresponderão os valores de 3.500 e 2.500 euros, respectivamente.
Depois de duas edições de grande sucesso, a CB Richard Ellis promove este ano o 3.º Concurso de Fotografia “Lisboa a Preto e Branco”, lançado no passado mês de Maio aos alunos do IADE. De entre as várias obras apresentadas a concurso, o Júri seleccionou vinte trabalhos que qualificou para serem ex-
ERA lança consultora financeira A ERA Imobiliária lançou em Portugal a Finanfácil, uma consultora financeira que, segundo a empresa, visa ajudar os consumidores portugueses a melhorar a sua relação com os bancos e outras instituições financeiras. O objectivo da Finanfácil é oferecer a cada pessoa a possibilidade de fazer escolhas esclarecidas na gestão das suas responsabilidades financeiras, obtendo para os seus clientes as melhores condições de mercado para empréstimos e os melhores produtos financeiros para cada situação.
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CB Richard Ellis aposta no Vale do Douro Hugo Lourenço Panorâmicas deslumbrantes sobre o Vale do Douro. É desta forma que a CB Richard Ellis começa por descrever o projecto Casas do Monte das Alosas. Da autoria do arquitecto José Paulo dos Santos, as moradias encontram-se inseridas na propriedade da Quinta da Covela que, além de conhecida pela qualidade dos seus vinhos, se assume igualmente como promotor deste projecto. Construídas no cabeço de um monte sobranceiro ao Rio Douro, as moradias (que numa primeira fase serão apenas três) encontram-se encastra-
das e integradas na encosta, assegurando total privacidade dentro de lotes individuais que se estendem dos 5000 aos 6500 metros quadrados. Refira-se igualmente que, fruto de uma construção a cerca de 250 metros de altitude na margem direita do Douro, cada propriedade tem vista sobre Resende, Caldas de Aregos e respectiva marina, além de possuir excelentes acessibilidades rodoviárias a cidades limítrofes, como Resende, Mesão Frio, Baião, Régua, Amarante, Lamego ou Pinhão. Com um preço de comercialização a rondar os 1,5 milhões de euros, João Nuno Magalhães, responsável da CB Richard Ellis/Predibisa, destaca que
as três moradias são únicas “pela beleza da sua arquitectura, qualidade construtiva e localização privilegiada”, acrescentando ainda que os futuros residentes têm a vantagem de “estarem a apenas uma hora da cidade do Porto e a poucos minutos de Vila Real”. O responsável da consultora imobiliária não deixa de destacar outras importantes mais valias da região, que passam pela “exclusividade do Douro e dos seus vinhedos e passeios, pela futura construção de uma marina no próprio concelho de Baião e pelo campo de golfe de 18 buracos que irá nascer próximo do Pinhão”, razões que, nas palavras de João
Nuno Magalhães, “são um forte atractivo para quem deseja aqui residir ou possuir uma segunda habitação”. Comunhão com a natureza À semelhança dos típicos vinhedos do Douro, também as casas são construídas em socalcos. No piso superior encontra-se a sala de estar com lareira, a cozinha (completamente equipada), espaços de arrumos, lavabo e uma varanda com 16 metros de largura com o piso em deck. Neste piso, a prepoderância vai para o vidro, potenciando as vistas panorâmicas da sala e da cozinha, sem esquecer o enorme pátio exterior de 115 metros quadrados, pavimentado em calçada portuguesa e “encaixado” entre uma parede cortada na rocha e a parede de vidro da sala. O piso inferior, situado ao nível do jardim e da piscina, dispõe de zona de leitura e TV, corredor de acesso aos três quartos (todos com wc e suite), dispondo ainda de amplos espaços de arrumo. Refira-se, igualmente, que a piscina panorâmica (de 5 x 12 metros), construída em “calha finlandesa” e com tratamento de água “por sal”, insere-se de forma harmoniosa na zona do jardim. Toda a zona envolvente da piscina e acessos ao pátio exterior, aos quartos e à garagem é feito em calçada portuguesa. Apresentando uma área total de 378 m2 – sendo 154 m2 em cada piso e 70 m2 de garagem com estúdio e wc –, além de 115 m2 no pátio externo, as Casas do Monte das Alosas contam com aquecimento central realizado através de painéis solares e caldeira, sendo que todos os wc têm pavimento radiante. Por último, merece destaque o facto do abastecimento de água ser assegurado a partir de uma nascente natural existente no Centro da Quinta da Covela, cuja qualidade é garantida pelo facto desta quinta estar certificada em agricultura biológica.
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Abacus coloca arquitectura contemporânea no coração da cidade Hugo Lourenço
Ocupando o centro físico da cidade de Lisboa, o projecto Fontana Park aposta num conjunto de edifícios marcadamente urbano, inserido num contexto citadino forte e estável. De acordo com o arquitecto responsável pelo projecto, Francisco Aires Mateus, o objectivo passou por “partir de um processo de análise qualitativa, olhado desde o ponto de vista urbano e não só arquitectónico ou tipológico”. Frederico Mondril, responsável pela área de Residencial da Abacus Savills, é peremptório ao afirmar que “são apartamentos destinados a quem se sente urbano e deseja viver no centro da cidade num ambiente de sofisticação arquitectónica, ao mesmo tempo que pode usufruir de todos os serviços disponibilizados pelos bons hotéis”. Constituído por edifícios localizados na esquina da Rua Engenheiro Vieira da Silva com a Rua Almirante Barroso, este projecto inclui a construção de uma unidade hoteleira e de um edifício residencial. No diz respeito ao hotel, este é materializado pelo conjunto formado por um edifício da Rua Engenheiro Vieira da Silva e pela Vila Almeida (ou antiga Metalurgica Lisbonense), sendo que ambos os edifícios foram recuperados, embora de forma diversa. Enquanto que o edifício da Rua Eng. Vieira da Silva foi alvo de uma operação que assentou basicamente na sua recuperação e na sua subordinação à Vila Almeida, a antiga metalurgica teve como principal preocupação a de manter a memória industrial do edifício, adaptando-o às novas funções. Assim, a fachada principal foi mantida e recuperada, enquanto que foi, igualmente, mantido e recuperado o espaço térreo central com estrutura em treliça metálica, sendo que este apelo à chamada “arquitectura do ferro” foi reforçado pela adopção de pilares metálicos no seguimento das vigas. De referir, ainda, que a fachada posterior, totalmente envidraçada, procura ga-
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rantir a leitura de uma maior profundidade das varandas (construídas em estrutura mista de betão e metal com guardas de aço semelhantes às existentes), procurando dar resposta à identidade da galeria enquanto sistema definidor da tipologia industrial das vilas operárias. No que concerne ao edifício residencial, aposta-se numa linguagem inequivocamente contemporânea que procura, no essencial, abrir-se sobre a vista que, a Sul, é sobre o Liceu Camões, e a Poente, sobre a Praça José Fontana. Deste modo, o edifício terá toda a sua frente envidraçada assentando ao nível térreo num embasamento que procura respeitar de algum modo as características da áera onde se insere. Apostou-se, igualmente, na capacidade reflectante do vidro, principalmente ao nível dos pisos térreos, para promover o reforço da presença dos muitos jacarandás (nome dado a uma espécie de árvore) na zona. Sinergia entre hotel e residentes Com uma clafissicação de 4 estrelas, a nova unidade hoteleira terá uma capacidade de 140 quartos, com 280 camas simples acopuláveis em camas de casal, existindo em todos os pisos
dois quartos comunicantes. Destinados a áreas sociais e comerciais, no piso térreo situa-se a recepção, o bar e o restaurante (além de outras áreas comerciais), enquanto que para o piso -1 está prevista a criação de salas de reunião polivalentes servidas por espaços de apoio. Os restantes pisos acima do solo são ocupados com quartos distribuídos por seis pisos, mais um último piso ao nível da cobertura aberto apenas para o interior do quarteirão. Refira-se que o hall do hotel conta com duplo pé-direito e a dimensão necessária à preservação da estrutura existente de aço em treliça, remetendo
Com toda a fachada em vidro, o edifício residencial “projecta” a cidade para dentro de casa
para o imaginário industrial original. No que toca ao edifício residencial, tem por base três matrizes urbanas e destina-se a habitação de qualidade, constituída por um fogo por piso sendo que as duas tipologias disponíveis (T4+1 e T5+1) vão alternando de piso para piso, com os apartamentos genericamente abertos para a frente através de panos envidraçados. Este edifício, à semelhança do hotel, conta com seis caves, sendo a primeira integralmente ocupada com áreas sociais e de apoio ao hotel, enquanto que as restantes cinco destinam-se a estacionamento e áreas de arrecadações. Importa, igualmente, destacar o facto do promotor apostar numa sinergia de serviços entre os apartamentos e o hotel. Assim, todos os residentes poderão usufruir dos serviços do hotel, o que significa que além de residirem em apartamentos modernos, inseridos num ambiente puramente citadino, contam com a mais valia, em termos de qualidade de vida, de poder recorrer aos inúmeros serviços proporcionados por um hotel de qualidade.
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MEDIAÇÃO Imobiliária Norte Golfe anima SIL Além da beleza e qualidade arquitectónica, o Vale Pisão conta com um campo de golfe
A Norte Golfe, empresa promotora do empreendimento Vale Pisão, localizado a Norte da cidade Porto e a Sul da de Santo Tirso, vai destacar no Salão Imobiliário de Lisboa o “Vale Pisão Nature Resort”, mas o enfoque será dado ao golfe, proporcionando aos visitantes da feira um contacto directo
com o desporto, incentivando-os a visitarem Vale Pisão. Este projecto terá 219 moradias com tipologias entre o T2 e o T5. Estende-se por 150 hectares e conta com um campo de Golfe de 18 buracos. O Vale Pisão é um projecto cujo investimento ultrapassa os 130 milhões de euros.
ING Real Estate no mercado brasileiro A ING Real Estate abriu escritório na cidade brasileira de São Paulo, expandido assim a sua actividade de gestão de investimento na América do Sul. Segundo Robert Houston, CEO da ING Real Estate “esta nova etapa representa a expansão das nossas competências a
nível global. Estamos agora presentes em 22 países diferentes, sendo este o primeiro passo para o estabelecimento de uma base de operações na América do Sul”. Florêncio Beccar será o rsponsável máximo pela unidade brasileira, depois de ter estabelecido as operações
A presença da imobiliária nortenha, “mais do que um stand de um projecto, irá ser sem dúvida um local de animação da feira”, assegura Pedro Sottomayor, administrador da Norte Golfe. Neste sentido, no espaço “SIL/Vale Pisão”, com mais de 300 m2, será instalado um putting
green, onde estarão presentes profissionais do golfe para orientarem os visitantes e cativá-los a jogar no PTGreen através de torneios. Todos os que participarem neste palco de animação poderão dispor de 25 green-fees, entre outros prémios (bolas de golfe, pólos, etc.).
da ING Real Estate em Itália e de ter liderado a aquisição da equipa da empresa em Espanha. A aposta no mercado brasileiro justificase pelo facto do Brasil ser actualmente a décima maior economia mundial e o quarto com o maior volume de população urbana. Robert Houston sublinha que, “lar de uma das economias mais dinâmicas do mundo, com uma população crescente e cada vez mais abastada, o Brasil constitui uma excelente
oportunidade de estimulação das nossas actividades na América Latina”, acrescentando que “como consultores de investimento imobiliário, acreditamos que o país oferece uma série de oportunidades únicas para investir em representação dos nossos clientes. E, dada a dimensão e a complexidade do próprio mercado, acreditamos que a melhor forma de acompanhar o mercado é através da criação de um escritório próprio local”.
ERA comercializa Aroeira Village Grupo Turipeojecto comercializa A ERA – Charneca da Caparica vai comercializar em exclusivo a primeira fase do condomínio Aroeira Village, situado junto à Herdade da Aroeira, a cinco minutos da praia e junto ao campo de golfe da Aroeira. Com um investimento global de cerca de 10 milhões de euros, o condomínio semi-privado Aroeira Village I é da autoria do Arquitecto Miguel Saraiva, sendo composto por 10 moradias V3, cada uma delas com uma área de 160 m2, mais garagem. De acordo com Marco Cardoso, director da ERA – Charneca da Caparica, “o Aroeira Village é um espaço que permite desfrutar da liberdade e viver em comu-
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nhão com o mar e o campo”. Depois de concluídas as três fases, o empreendimento será composto por 42 vivendas. A data prevista para a conclusão do Aroeira Village I é Dezembro de 2009. O preço de venda de cada moradia é de cerca de 325 mil euros.
Logplace na Póvoa de Santa Iria O grupo Turiprojecto iniciou a promoção imobiliária da segunda fase da plataforma logística LogPlace Póvoa de Santa Iria, na zona norte de Lisboa. A construção está a cargo da Construsan, a construtora do grupo. O condomínio empresarial é constituídos por seis espaços, tendo como público-alvo os operadores logísticos e empresas de distribuição. Neste espaço está instalado o SPC-Serviço Português de Contentores, com 19.000 m2 de armazéns/escritórios. No passado mês de Setembro teve início a construção dos lotes cinco e seis (18.000 m2), estando prevista
a construção de mais dois lotes. A área total de construção do LogPlace Póvoa de Santa Iria é de 60.000 m2. Implementado num terreno com uma área total de 145.000 m2, o LogPlace Póvoa de Santa Iria beneficia de uma localização privilegiada, situando-se a 10 quilómetros de Lisboa, junto ao nó do IC2 e com ligação directa à A1/Ponte Vasco da Gama. O Grupo Turiprojecto, líder de mercado em soluções imobiliárias para a Logística e Indústria, estima que o investimento total do parque é de 24 milhões de euros.
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Porta da Frente lança departamento de arrendamentos O dado não é novo. Com o acesso ao crédito cada vez mais dificultado pelas instituições financeiras, o mercado de arrendamento tem vindo a ganhar fôlego. A empresa de consultoria e mediação imobiliária Porta da Frente criou o novo departamento de arrendamento, precisamente para tentar capitalizar este emergente mercado. A Porta da Frente acaba de reforçar os seus serviços apostando no desenvolvimento de um departamento de arrendamentos composto por uma equipa de profissionais em negócios imobiliários especializados neste mercado específico e que dá sinais de forte crescimento. “O crescimento da Porta da Frente e a sua consolidação no mercado de Cascais traz-nos uma responsabilidade acrescida, nomeadamente ao nível de qualidade e atenção aos clientes”, explica Rafael Ascenso, director-geral da Porta da Frente. Neste âmbito, com o intuito de ir ao encontro de um mercado cada vez mais exigente e esclarecido, a Porta da Frente criou uma loja no antigo Hotel Atlântico, que se dedica à comercialização de propriedades de alto nível, ou seja, “o mercado natural da empresa”, sublinha o responsável da Porta da Frente. O novo departamento de arrendamento é constituído por três pessoas especializados nesta vertente de negócio. A palavra-chave que define a actividade desta nova área de actuação é, de acordo com a empresa,
“profissionalismo”, com a missão de proporcionar um leque de serviços específicos. Por um lado ao proprietário, na promoção do seu imóvel junto da vasta carteira de
clientes da Porta da Frente, com uma criteriosa divulgação publicitária, a avaliação e selecção dos potenciais inquilinos, a elaboração do contrato de arrendamento, apoio ju-
Especializados nos segmentos mais altos A empresa Porta da Frente é uma sociedade de mediação imobiliária, fundada em 1995 com o objectivo de especialização no mercado imobiliário, focalizando a sua actividade nos segmentos médio-alto e alto do sector da habitação, tendo-se vindo a especializar no mercado da linha do Estoril e Cascais. De acordo com a empresa, a aposta na qualificação dos seus quadros e colaboradores, a construção de uma sólida carteira de clientes e um serviço integral de apoio ao promotor (com particular ênfase na fase de pós-venda) são alguns dos factores que permitiram à Porta da Frente consolidar a sua posição no mercado e conquistar a confiança dos seus parceiros de negócio.
O envolvimento da Porta da Frente em projectos de grande notoriedade – Cascais Riviera, Scala e Estoril-Sol, por exemplo – e o alargamento dos seus serviços a novas áreas de intervenção, permitem que a empresa consiga fornecer, actualmente, um apoio global ao promotor na concepção e desenvolvimento dos seus projectos em todas as vertentes, seja no apoio no estudo de viabilidade financeira, no aconselhamento estratégico, na definição do mix de tipologias, nas parcerias com gabinetes de arquitectura para a optimização e valorização dos projectos no pricing, no acompanhamento e análise da evolução da construção ou, ainda, no aconselhamento sobre eventuais alterações durante a construção.
rídico, total apoio no check in e chek out, serviço de cobrança de rendas mediante o pagamento de um fee mensal. No que respeita ao inquilino, disponibilizará produtos de qualidade seleccionados de acordo com os requisitos do cliente, quer dando apoio na celebração dos contractos, quer disponibilizando auxílio no check in e chek out, sem esquecer o factor confidencialidade.
Governo promove arrendamento O Governo apresentou algumas novidades no Orçamento de Estado (OE) para 2009, no que respeita ao mercado imobiliário. A principal inovação passa pela criação do Fundo de Investimento Imobiliário para Arrendamento Urbano Habitacional (FIIAH), uma iniciativa destinada às familias que não suportam a prestação da casa e que podem, agora, vender a casa ao FIIAH, permanecendo na mesma habitação, pagando uma renda que, segundo o executivo, pode ter uma diferença de 60 por cento face à prestação do crédito. Passado um período de cinco anos, a mesma habitação pode ser readquirida pela família, embora esta opção tenha que ser accionada até 31 de Dezembro de 2020. Segundo o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, este sistema “permite que as rendas sejam mais atractivas”, sem esquecer que os proprietários podem recuperar a casa “quando tiverem condições económicas para o fazer”. Outra medida para incentivar o mercado de arrendamento presente no OE 2009 passa por estimular a reabilitação urbana. Os proprietários de imóveis em áreas de reabilitação urbana ou passíveis de actualização faseada de renda (no âmbito do Novo Regime de Arrendamento) passam a ter a possibilidade de deduzir à colecta, no IRS, 30 por cento dos encargos com obras, até um limite de 500 euros.
Investir em momento de instabilidade Os receios quanto aos depósitos bancários e a “psicose do risco” estão a levar muitas pessoas com liquidez a investir no mercado imobiliário, que também atravessa uma forte procura pelo arrendamento, dizem fontes do sector. “Estava a abrir-se uma janela de oportunidade para os arrendamentos – as pessoas não estavam a conseguir vender portanto a última solução que restava era arrendar – mas agora há muita gente a pegar nos depósitos bancários e a aplicar em casas”, afirma Nuno Gomes, o principal vendedor da rede de imobiliárias Remax. “Vendi quatro
casas na semana passada e duas delas foi com esse fim. As pessoas pensam 'eu tenho este dinheiro aplicado e quero investir num imóvel', como sabem que o mercado está em baixo, então esta é a melhor altura para investir. E quando isto subir ganham duplamente”, explica. O director de comunicação da ERA Portugal, Jorge Garcia, diz que também as lojas desta promotora têm sentido no último mês a nova tendência, que considera surpreendente. “É uma surpresa. Temos lojas no nosso universo que, no último mês, tiveram os melhores resultados de sempre”, revelou Jorge Garcia,
que, no entanto, não consegue identificar as zonas ou o tipo de casas que são mais procuradas por este tipo de investidor. “Trata-se, sobretudo, de negócios baseados no preço, desde o Fogueteiro à Expo. Neste momento há oportunidades no mercado imobiliário como nunca houve” com casas “vendidas a preços abaixo de leilão”, disse o responsável da ERA. A tendência identificada pelo sector começou a intensificar-se desde há um mês, quando a crise financeira com origem nos Estados Unidos se alastrou às entidades financeiras europeias e en-
trou nos noticiários nacionais.Jorge Garcia considera que “no meio de toda esta turbulência, com toda esta 'psicose' do risco, as pessoas sentem que uma casa é um bem seguro”. Para o presidente do Instituto da Construção e Imobiliário (InCI), Hipólito Ponce de Leão, “o único problema do mercado do arrendamento em Portugal hoje em dia é que precisa de arrancar e de se desenvolver”. A concorrência, reforçou Ponce de Leão, depois fará com que o valor das rendas comece a competir com as prestações que banca pede por um crédito à habitação.
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NEGÓCIOS Ferramenta ao serviço de construtores e promotores Existem cerca de meio milhão de casas por vender. Os números, divulgados pelo plano estratégico da habitação, provam o desajuste entre oferta e procura, que se agudiza ainda mais com a crise internacional, o abrandamento da economia e as cada vez maiores restrições ao crédito à habitação. De acordo com a Checkhouse, empresa que presta serviços de diagnóstico técnico à qualidade dos imóveis, a qualidade da habitação é, actual-
mente, um dos principais argumentos de comercialização num mercado com excesso de oferta. Daí que a Checkhouse tenha lançado o Promoimovel, um serviço de diagnóstico à qualidade técnica de imóveis, direccionado aos construtores e promotores que querem assegurar aos futuros proprietários a qualidade da sua construção. O diagnóstico técnico à qualidade dos imóveis trata-se de um serviço que analisa desde as instalações eléctri-
cas e telecomunicações, à canalização de gás, água, esgotos e aquecimento aos isolamentos térmicos e acústicos, passando pelos acabamentos em geral, para diagnosticar
Os técnicos da Checkhouse testam todas as infra-estruturas “invisíveis” aos nossos olhos
se as infra-estruturas visíveis, ou as “invisíveis” aos olhos do comprador, estão em conformidade com a qualidade exigida. A empresa realça que, ao recorrer a este serviço e após efectuado o diagnóstico, o construtor ou promotor passa ater na sua posse um relatório técnico que informa e certifica detalhadamente sobre o estado do imóvel, sendo que este documento servirá, igualmente, como uma ga-
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rantia para o comprador. Caso sejam detectadas inconformidades, este mesmo relatório identifica-as, propondo as respectivas medidas correctivas a realizar, podendo ser realizado um novo diagnóstico e relatório após implementadas as reparações. Carlos Oliveira, director-geral da Checkhouse afirma que, “tendo em conta a maior dificuldade em vender o cada vez maior número de casas existentes no mercado, esta solução permite dar ao construtor mais um ar-
gumento de venda”, acrescentado que “o argumento 'qualidade' parecenos particularmente relevante se considerarmos o crescente grau de exigência por parte dos compradores. A empresa realça, ainda, que os serviços da Checkhouse são prestados por uma equipa multidisciplinar com ampla experiência na construção civil e por um conjunto alargado de especialistas que cobrem todas as vertentes a diagnosticar num imóvel, quer no interior quer no exterior das habitações e também nas áreas comuns.
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entrevista “Os serviços Checkhouse dão uma resposta eficaz às necessidades do mercado” Carlos Oliveira, director-geral, da Checkhouse, salienta que um diagnóstico técnico permite constatar que que o imóvel está conforme a qualidade acordada, entre vendedor e comprador. Quais os principais serviços prestados pela Checkhouse e qual a motivação de quem os procura? Os serviços da Checkhouse servem diferentes necessidades e pretendem adaptarse ao perfil dos seus clientes. Os serviços foram segmentados de forma a responder aos vários perfis de clientes que nos procuram. Assim, aos proprietários de casa com garantia, o Diagnóstico Checkhouse permite identificar o que está conforme, quais as anomalias do imóvel, como também saber que tipo de obras são necessárias exigir ao construtor para reparar os defeitos de construção detectados. Aos Condomínios, o diagnóstico serve igualmente para exigir a reparação dos defeitos de construção, através de um relatório técnico, quer das áreas comuns, como dos imóveis. Já os promotores podem exigir aos construtores uma vistoria da Checkhouse, antes do auto de recepção, provando que tecnicamente, o empreendimento tem a qualidade acordada. Permite ainda atribuir uma chancela de qualidade ao empreendimento, distinguindo-o de entre os demais, servindo como um argumento de venda e uma garantia para o comprador, enquanto que os vendedores podem, com o Diagnóstico Checkhouse oferecer um argumento de venda, baseado na qualidade de construção dos imóveis que pretendem vender. O mercado português está consciente da existência do diagnóstico da qualidade dos imóveis e da sua importância? A receptividade do mercado tem sido muito positiva e motivadora no sentido de prosseguir e aprofundar o projecto. O mercado imobiliário é um mercado que, ac-
tualmente, sofre um excesso de oferta. Não só de promotores imobiliários como de mediadores. É um mercado muito competitivo em que os ‘players’ têm que marcar a diferença. A transparência e a confiança são dois valores muito importantes neste mercado. A Checkhouse oferece-os! Consideramos que os serviços Checkhouse vêm dar uma resposta eficaz às novas necessidades do mercado imobiliário, dados os sistemáticos problemas que muitos imóveis apresentam. As empresas em geral beneficiam ainda com diagnósticos de sistemas (ar condicionado, por exemplo) ou para verificar o estado de um escritório para aluguer, antes da instalação da empresa, identificando todas as eventuais anomalias existentes antes da data de instalação de empresa nas instalações. O grande aumento da construção para habitação e o consequentemente excesso de oferta imobiliária, torna a ferramenta Checkhouse um serviço essencial de diferenciação e segurança, que serve como uma chancela de qualidade a imóveis, áreas comuns, empreendimentos e empresas em geral.
Qual os preços praticados pelos serviços prestados pela Checkhouse? O valor de um serviço Checkhouse varia, dependendo da tipologia, natureza e localização do imóvel. No entanto, os valores mínimos aproximados rondam os 245 euros (mais IVA). Nos casos de diagnósticos a um volume de imóveis, como empreendimentos, ou na vistoria a espaços comuns de um condomínio, estes valores são estudados, caso a caso, tendo em conta não só a quantidade de imóveis como a área vistoriada. A Checkhouse já está a efectuar serviços de diagnóstico em todo o país, através das suas diversas equipas de intervenção, havendo no entanto um acréscimo de 45 euros para distâncias superiores a 25 quilómetros dos centros de Lisboa, Porto e Faro. Neste momento, podemos adiantar que estamos a fazer cerca de 50 relatórios mensais. As perspectivas para a empresa são da continuação do crescimento até agora verificado. Até ao momento, já realizamos mais de 1500 Checkhouses. Quais as expectativas para o futuro? As nossas perspectivas para o futuro são as de continuar a fazer crescer o negócio e de esclarecer cada vez mais o consumidor sobre a importância e vantagens da existência de diagnósticos de avaliação da qualidade dos imóveis. Pretendemos ainda prosseguir com a estratégia actual de estabelecimento de parcerias com mediadoras, gestores de condomínios e outros agentes do mercado.
Carlos Oliveira Director Geral
Qual o espaço no mercado português para o surgimento de novos serviços nesta área? Não é suficiente ter apenas a ideia de criar um serviço como a Checkhouse, mas é necessário saber executá-lo. Isto implica um grande rigor e profissionalismo de toda a equipa que está envolvida neste projecto uma vez que o nosso principal objectivo é oferecer transparência e confiança aos nossos clientes. Para mantermos esta posição de credibilidade é necessário estabelecer elevados padrões de exigência que nos dispomos a cumprir. Um diagnóstico Checkhouse não é aleatório. Cumpre uma série de regras estabelecidas num Manual de Procedimentos que foi elaborado por engenheiros especializados em quatro áreas específicas: As instalações eléctricas e telecomunicações; A canalização de águas, esgotos, gás e aquecimentos; O isolamento térmico e acústico e os acabamentos.
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A partir do próximo dia 22 de Outubro, o Salão Internacional de Lisboa abre portas para receber mais de 30 mil visitantes. Todos os sectores do imobiliário estão representados, embora o sector do turismo residencial mereça, naturalmente, especial destaque.
“As crises têm o efeito de clarificar os mercados” Hugo Lourenço jnobrega@computerworld.workmedia.pt
Numa altura em que, fruto de uma crise financeira global, o sector do imobiliário passa por tempos menos dinâmicos, a edição deste ano do Salão Imobiliário de Lisboa (SIL) chega, segundo alguns especialistas do sector, na altura certa para dar um “empurrão” à reanimação do mercado. Considerado o principal certame português dedicado ao imobiliário (e um dos principais a nível ibérico), o SIL de 2008 tem como objectivo assegurar um crescimento consolidado e, para esta 11.ª edição, são esperados mais de 30 mil visitantes num salão que, distribuído por três pavilhões da Feira Internacional de Lisboa (FIL), contará com mais de três centenas de pavilhões dedicados às mais variadas áreas
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de negócio do sector imobiliário. Apesar das dificuldades económicas porque passam muitos portugueses, a Comissão Organizadora aposta este ano num certame que supere as expectativas, uma vez que, no ano pas-
sado, os números no que respeita a visitantes ficaram aquém do esperado. Para esta comissão, o consumidor final ganha cada vez maior importância no SIL “por fomentar a presença de cada vez mais profissionais na feira, conso-
SALÃO IMOBILIÁRIO DE LISBOA
Principais objectivos SIL08
Organização: Associação Industrial Portuguesa e Câmara Municipal de Lisboa
• Garantir a representação nacional de todo o sector, nomeadamente de todos os seus principais players • Aumentar a notoriedade do certame • Garantir uma representação e notoriedade significativa da área do turismo residencial, nacional e internacional • Canalizar os esforços de comunicação para o comprador potencial da primeira habitação, comércio, escritórios e turismo residencial • Dinamizar a promoção e comunicação da V Conferência Internacional e dos eventos paralelos a decorrer durante o SIL08
Localização: Feira Internacional de Lisboa (FIL), Parque das Nações, Lisboa Datas: De 22 a 26 de Outubro Número de expositores: 325 Número de visitantes: 33 mil visitantes (estimativa) País convidado:Moçambique
lidando-a como o grande evento do sector em Portugal”, acrescentando que o maior número de visitantes, “em especial de público comprador, torna a feira mais sólida e é a razão pela qual expositores de produtos final devem estar no salão. Para este público vamos manter o roteiro das promoções, que foi, no ano transacto, uma aposta ganha e vamos manter o leque e a diversidade de produtos no salão. O SIL continuará a ser um espaço de concretização de negócios entre empresas, profissionais e consumidor final e um fórum de reflexão crítica que envolve todos os players do sector”. No que respeita ao facto da actual crise financeira poder afectar, de algum modo, a edição deste ano do SIL, a organização é pragmática. “As crises são sentidas por todos, e ninguém está imune, no entanto afecta
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todos de forma diferente. As crises têm o efeito de clarificar os mercados. Normalmente durante as crises, alguns desaparecem, outros mantêmse e reaparecem mais fortes. Este é um momento para as empresas mostrarem o que valem, e esperamos que o façam naquele que é o maior evento imobiliário em Portugal. Este será o local ideal para que possam ser pensadas novas estratégias de negócio e encontradas novas oportunidades. Esperamos, assim, poder contribuir, através de todas as nossas iniciativas – debates, reflexões, exposições e premiação da qualidade do produto e da empresa –, para melhor a actual situação”. Para promover o SIL, a organização não poupou esforços, assumindo a aposta. “Delineamos uma estratégia inovadora que vai de encontro aos objectivos proposto para esta edição. Elaborámos um Plano de Meios, virado para meios mais generalistas, (incluindo a possibilidade de, pela primeira vez, recorrermos a um canal
entrevista “O SIL tem crescido de forma substancial” Pedro Seabra, presidente da comissão organizadora do Salão Imobiliário de Lisboa (SIL), expliuca que o certame da capital acaba por ser uma actividade dinamizadora do sector em Portugal, sem descurar a componente de atrair investimento estrangeiro para o país Qual a importância do Salão Imobiliário de Lisboa (SIL) para ajudar a dinamizar o mercado nacional? O SIL tem uma importância para o sector imobiliário em Portugal que não é maior ou menor do que tem sido nos últimos dois, três anos e que se pretende que seja sólida. O SIL tem crescido de dimensão e de importância nos últimos anos de forma substancial e esperemos que continue a manter a sua importância no sector. Claro que o SIL é uma forma de ajudar a que o sector não se vá a baixo porque é um momento em que as pessoas se encontram, conversam e podem mostrar o que estão a fazer. O SIL continua a ter novas ideias, novas maneiras de dinamizar o mercado, novas maneiras de atrair pessoas que sejam compradoras ou de pessoas que expõem produtos, serviços ou ideias no salão. Portanto, o SIL acaba por ser uma actividade dinamizadora do sector e acaba, também, por trazer coisas novas e positivas ao sector. Quais os objectivos concretos para a edição de 2008? O objectivo é o crescimento continuado, em linha com o que se tem conseguindo nos últimos anos. Terá cerca de 30 mil visitantes e vamos, tal como no ano passado, continuar a ocupar três pavilhões, com um deles para conferências. Temos outras novas ideias, ou outro tipo de produtos ou áreas do país a que vamos dedicar tempo e espaço. A Câmara Municipal de Lisboa está, igualmente, de regresso ao SIL. Além disso, vamos ter uma bolsa de mediadoras, em que as mediadoras mais pequenas poderão expor o produto de segunda mão, o que normalmente não acontece no SIL. Vamos também manter o roteiro das promoções que existem no salão. No seguimento dos países convidados, este ano temos Moçambique, que é um novo destino turístico com sucesso a nível internacional e que os portugueses devem voltar a descobrir. Enfim, o SIL vai continua a tentar animar o sector. Os países convidados do SIL são fundamentalmente países de língua oficial portuguesa. A estratégia é mostrar novos mercados aos investidores portugueses ou tentar atrair investimento estrangeiro para Portugal? É um bocadinho as duas coisas. Claro que estes países convidados são países onde os portugueses investem e onde têm tendência para ir fazer coisas, mas também são países que investem em Portugal. Quando o país convidado foi Angola fizemos uma mostra dos dez melhores projectos de Portugal e houve, de facto, movimento nos dois sentidos. O SIL tem tido esse lado, tentando ir buscar atractividade fora para trazermos investidores. Este ano, Moçambique terá uma maior componente de atrair investimento português para Moçambique, mas também alguma componente inversa. O turismo residencial continua a ter uma forte presença no SIL… Sim, nós pretendemos que o SIL seja transversal a todas as áreas do imobiliário, seja escritórios, centros comercias, habitação, etc., mas é evidente que, actualmente, em Portugal assiste-se a uma forte expansão do sector do turismo residencial e, por isso, a sua importância é mais relevante do que outros sectores. Além disso, é um sector que atrai um público internacional, sendo, por isso, uma forte aposta do SIL. Temos, inclusivamente, realizado várias mostras nos países nórdicos por forma a atrair este público para o mercado nacional.
Com mais de 30 mil visitantes esperados, o SIL podee ser um importante centro de negócios
de televisão) e tomámos iniciativas como a distribuição de convites através de revistas da especialidade, promoções no evento (divulgadas pelo Roteiro das Promoções), convite electrónico disponível a titulo gratuito para todos os nossos expositores (possibilitando assim o acesso dos seus potenciais clientes) e promovemos um reforço do número de imóveis a preços convidativos no Leilão Imobiliário, de forma a que os interessados disponham de um maior leque de opções viáveis e que também estarão
Este ano, o SIL irá atribuir o Prémio de Desenvolvimento Urbano. Esta iniciativa visa a afirmação da importância do SIL? Sim, sim. O SIL desde há alguns anos que atribui prémios e, este ano, achámos que este prémio seria importante para dinamizar o mercado e para puxar por coisas boas.
Pedro Seabra Presidente da Comissão Organizadora do SIL
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disponíveis no que será a Praça dos Mediadores, mais uma inovação deste ano”, esclarece a organização do evento.
Autarquias apostam no SIL As autarquias portuguesas estão cada vez mais conscientes da concorrência interna que existe – e tem que existir – no que toca a cativar investimento imobiliário para as suas regiões. Daí que mereça destaque o facto de algumas câmaras municipais estarem, pela primeira vez, presentes no SIL, enquanto que outras mantêm, como em edições anteriores, a sua aposta no certame lisboeta. Entre os municípios estreantes encontra-se Santarém. A participação da au-
tarquia no certame visa dar a conhecer vários projectos, com vista à concretização do plano estratégico de requalificação dos principais eixos estruturantes da cidade, cujo investimento global ascende aos 20 milhões de euros. Para Dina Vieira, directora do Departamento de Gestão Urbanística e Ambiente (DGUA) da Câmara Municipal de Santarém, a estratégia no SIL passará por “divulgar a nova imagem de Santarém e potenciar o investimento privado, em especial na reabilitação do centro histórico e no desenvolvimento das zonas industriais e de multiserviços, com preocupações ambientais e soluções inovadoras, no sentido de cativar potenciais investidores a deslocaremse a esta cidade, mostrando que estão a
ser criadas todas as condições para que Santarém se torne atractiva do ponto de vista de habitar, visitar e investir”. Também a marcar pela primeira vez presença na feira, a Câmara Municipal de Loulé vai participar com um stand promocional de 27 metros quadrados. O principal objectivo da participação do município de Loulé é dar a conhecer o concelho nas suas diversas vertentes, que passam não só pelo turismo de qualidade reconhecido internacionalmente, mas também pela importância crescente do município ao nível do turismo de residência e como escolha para segunda habitação. “Queremos mostrar que a qualidade de vida é uma das marcas de Loulé e, como tal, são cada vez mais aqueles
que escolhem este concelho para a sua residência permanente”, refere Seruca Emídio, presidente da Câmara Municipal de Loulé, acrescentando que “vamos ter à disposição dos visitantes diversas brochuras informativas sobre o concelho e ainda painéis com uma série de projectos em curso no concelho, nomeadamente investimentos na área da qualidade de vida.” Mas nem só de municípios estreantes no SIL se faz a “montra” autárquica. A Câmara Municipal do Seixal faz-se representar, pelo terceiro ano consecutivo, no SIL, através de uma parceria entre o município e vários representantes do tecido económico do concelho. O ‘Espaço Seixal’ conta, nesta edição, com a participação da autarquia, a Urbindústria, Snesges, Evidência Hóteis, Grupo A.Silva&Silva e o Grupo Libertas. Este espaço institucional representativo da dinâmica social, cultural e económica do concelho visa dar a conhecer os projectos públicos, mas também os projectos resultantes de parcerias público-privadas, assim como as oportunidades de investimento, sobretudo no que diz respeito aos sectores do Turismo e Náutica de Recreio. De acordo com Alfredo Monteiro, presidente da Câmara Municipal do Seixal, a participação no SIL tem “um objectivo claro e direccionado para a comunicação com agentes institucionais e económicos, convictos que o Seixal é um concelho com factores qualitativos e diferenciadores para residir, trabalhar e visita
Acções paralelas a decorrer no SIL08
Nordeste Brasileiro em força no SIL
• V Conferência SIL08, a realizar-se de 22 a 24 de Outubro de 2008 cujo programa vai incidir sobre: Tendências do Mercado (Mercado Residencial/Mercado Turístico/Mercado de Retail/Escritórios); Evolução dos Mercados de Crédito Imobiliário; Imobiliário Turístico (Novos Mercados/ Novos Produtos/ Novos Conceitos).
A Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Nordeste Brasileiro (ADIT) volta a participar no Salão Imobiliário de Lisboa (SIL), juntamente com o Ministério do Turismo do Brasil, com o objectivo de fortalecer as relações entre o mercado imobiliário do Brasil e de Portugal. A presença da ADIT Nordeste no certame, este ano no Pavilhão 4, insere-se no projecto ‘Investir Nordeste’, através da parceria da associação com a Agência Brasileira de Promoção Exportações e Investimentos (APEX Brasil), com o intuito de aumentar a venda de imóveis para estrangeiros, dinamizando o turismo residencial, além de intensificar e divulgar a imagem do Nordeste como destino de investimentos. “O mercado português é importante para o Brasil. Ao longo dos anos temos criado parcerias sólidas, por isso estar presente no SIL indica que nós queremos fortalecer essas relações”, refere Peixoto Accyoli, director executivo da ADIT Nordeste, garantindo que “cada vez mais o Brasil se consolida como um país seguro para investir”. Por outro lado, o responsável, consciente da situação em que se encontra o mercado imobiliário, defende que “devido à política económica desenvolvida pelo Governo brasileiro (e pelo crescente aumento da classe média), investir no Brasil é, actualmente, uma das melhores opções para os investidores”. A ADIT Nordeste pretende, através do SIL, reencontrar os investidores com quem já mantém relações comerciais, bem como despertar o interesse de outros empresários por aquela região brasileira, apresentando ao mercado português a solidez da economia brasileira e as oportunidades de negócio Peixoto Accyoli Director Executivo ADIT Nordeste no Brasil.
Além disso, está prevista a realização de um Fórum com o objectivo de abordar a Avaliação de Activos Imobiliários. O Desafio dos Investidores Estrangeiros na cidade de Lisboa (painel organizado pelo Magazine Imobiliário e Expresso) a Sustentabilidade no Imobiliário, a Reabilitação Urbana, o Fórum in Brasil, bem como o Fórum APEMIP serão também alvo de discussão por parte dos especialistas do sector imobiliário. • III Concurso de Ideias (Arquitectura) SIL08 Projecto sobre a parcela de terreno na Rua Actor Nascimento: Bairro de Santa Cruz/Benfica /Câmara Municipal de Lisboa. • Leilão Imobiliário SIL08 Palco de oportunidades de negócios, onde serão leiloados diversos imóveis, entre apartamentos, moradias e lojas, localizados na Área Metropolitana de Lisboa e no Algarve. • III Concurso de Fotografia “Lisboa a Preto e Branco” Promovido pela CB Richard Ellis em parceria com o SIL08 e o IADE. As 20 melhores fotografias vão estar expostas no SIL. • VIII Torneio de Golfe SIL08 Organizado pelo Belas Club de Campo em conjunto com o SIL com o objectivo de promover, mais uma vez, o convívio entre expositores, convidados e imprensa. • Jantar do SIL - Salão Imobiliário de Lisboa 2008 Marcado para o dia 23 de Outubro, onde será realizada a cerimónia de entrega de Prémios: Prémio Personalidade SIL, Melhor Projecto Imobiliário; Prémio Concurso de Ideias do SIL08 e Prémio de Desenvolvimento Urbano SIL08.
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MERCADO Adiamento de negócios faz investimento cair a pique O mercado imobiliário tem estado no centro dos acontecimentos mundiais, tendo inicialmente funcionado como o despoletador dos mesmos (nomeadamente, da crise residencial relacionada do sub-prime nos EUA), e posteriormente, como um importante mecanismo da economia real. Globalmente, o mercado de investimento imobiliário tinha já iniciado a sua curva descendente em Agosto do ano passado, embora no início de 2008 tenha reforçado a tendência de descida com o estreitamento do nível de concessão de crédito e com o aumento do custo da dívida. Os mercados de investimento dos Estados Unidos da América e do Reino Unido, mais expostos ao endividamento bancário do que os mercados da Europa e da Ásia, foram os que mais sofreram com a alteração da conjuntura económica e dos mercados financeiros. Por outro lado, os veículos cotados são os que mais têm sentido o impacto da crise mundial devido à sua elevada exposição ao mercado de capitais. É de referir os veículos de investimento REIT (Real Estate Investment Trust), sediados nos Estados Unidos da América, como os mais afectados pelo impacto negativo da queda do mercado de capitais. Apesar da actual instabilidade, existem ainda várias oportunidades de investimento no mercado, em especial para os investidores com capitais próprios disponíveis e em particular nas regiões com maior potencial de crescimento, como é o caso da Ásia do Pacífico.
Investimento por sector
Em linha com a conjuntura global, o mercado de investimento imobiliário português também se ressentiu do estreitamento das condições de financiamento, tendo no primeiro semestre de 2008 apresentado um forte decréscimo (35 por cento em relação ao primeiro semestre e 44 por cento em relação ao segundo semestre de 2007), resultando num volume de investimento de aproximadamente 430 milhões de euros. As principais razões para esta diminuição dos níveis de investimento prendem-se com o adiamento e prolongamento de negócios que já tinham sido iniciados. Contrariamente ao registado nos últimos anos, não foi o sector de retalho, o grande interveniente no mercado de investimento imobiliário em Portugal no primeiro semestre de 2008, mas sim o
Evo. do Investimento (2007 - 1.ºSemestre 2008)
Turismo. O investimento total neste segmento no primeiro semestre de 2008, foi de cerca de 200 milhões de euros, o que traduz, no entanto, uma queda do investimento neste sector de 7 por cento, relativamente ao primeiro semestre de 2007. Pode desta forma concluir-se que o Turismo começa a ganhar um lugar de destaque no mercado de investimento em Portugal. O sector de Retalho apesar de ter apresentado o decréscimo mais acentuado nos níveis de investimento (72 por cento relativamente ao primeiro semestre de 2007), apresenta-se como o segundo sector mais relevante, com um investimento de 90 milhões de euros. Inversamente, o sector industrial apresentou o crescimento mais acentuado em relação a 2007 (170 por cento), re-
Principais transacções de Investimento
sultado da aquisição do Parque Logístico SPC efectuada pela Lusimovest (29 milhões de euros), tendo alcançado no início de 2008 um montante total de 46 milhões de euros. Comparativamente com 2008, o ano passado destacou-se pelo elevado investimento efectuado no primeiro trimestre no sector de retalho, o que gerou uma grande diferença entre os dois primeiros trimestres (cerca de 310 milhões de euros). No entanto, o segundo trimestre de 2008 apresentou um desempenho acima do período homólogo (170 milhões de euros). Assim, o primeiro e segundo trimestres de 2008 apresentaram um total de investimento de 260 e de 170 milhões de euros, respectivamente. As restrições ao nível da concessão de crédito pressionou os investidores com um nível de endividamento elevado, terminando assim o ciclo de compressão de yields vivido nos últimos anos. A correcção do valor das yields tem se feito sentir com maior preponderância no Reino Unido embora em Portugal, esse mesmo efeito, tenha despoletado no último semestre de 2007, alastrando-se para o primeiro semestre de 2008.
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ÚLTIMAS a fechar Primeira transacção de imóveis recuperados isenta de IMT Orçamento de EStado para 2009 alivia pressão fiscal sobre transacções de imóveis
A primeira transacção de imóveis reabilitados e destinados a primeira habitação própria e permanente deixa de pagar Imposto Municipal Sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), segundo o Orçamento de Estado para 2009. De acordo com os benefícios fiscais previstos para a recuperação urbana, estas isenções serão aplicadas em
imóveis localizados em “áreas de reabilitação urbana”. No entanto, esta isenção ficará sempre dependente de aprovação em Assembleia Municipal. Para incentivar a reabilitação o Governo alarga o horizonte temporal de aplicação dos incentivos fiscais, que passam a ser aplicados a todos os imóveis cujas obras de recuperação tenham começado em Janeiro e fi-
quem concluídas até 31 de Dezembro de 2020. Até agora, os benefícios fiscais previstos aplicavam-se apenas às obras de reabilitação iniciadas até Dezembro de 2010 e concluídas até final de 2012. Quanto ao Imposto Municipal sobre Imóveis, será agravada a taxa no caso dos devolutos e imóveis em ruínas e
alterado o cálculo do valor patrimonial dos prédios em ruínas. O Governo mantém todos os incentivos ao nível dos Fundos de Investimento Imobiliário (FII), nomeadamente isenção de IRC nos rendimentos obtidos e uma tributação especial de 10 por cento dos rendimentos respeitantes a unidades de participação detidas nesses fundos.
Economistas com leituras diferentes sobre cenário macroeconómico A maioria dos economistas consideram que as previsões macroeconómicas para 2009 avançadas pelo ministro das Finanças são arriscadas mas traduzem uma mensagem de confiança. Teixeira dos Santos, revelou que o Executivo prevê um crescimento de 0,6 por cento da economia no próximo ano e um défice público de 2,2 por cento. O ex-ministro das Finanças e da Econo-
mia socialista, Joaquim Pina Moura, destacou o facto de “pela primeira vez desde a entrada do Euro, a política orçamental anti-cíclica ir ser efectiva”, acrescentando que se trata “de um trunfo importante para tentar moderar o contágio, sobre a economia, da crise financeira internacional”. Segundo o economista João Loureiro, é “muito difícil, no actual contexto, fazer
Mais 17% para gastar em reabilitação Na proposta de Orçamento de Estado (OE) para o próximo ano, o Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional (MAOTDR) tem uma despesa total consolidada de 715,2 milhões de euros, mais 17,1 por cento do que a estimativa de execução orçamental de 2008. Deste modo, o MAOTDR terá em 2009 mais 105 milhões de euros para gastar do que este ano, com as maiores fatias destinadas à reabilitação urbana e ao cumprimento do Protocolo de Quioto. O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) mantém-se como
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o serviço e fundo autónomo com maior fatia orçamental, com 358,4 milhões de euros, o que representa 61,7 por cento do total. Este aumento deve-se ao reforço das acções de reabilitação e regeneração urbanas a realizar em Lisboa e Porto e no projecto "Realojamento", com financiamento do Banco Europeu de Investimentos. O Fundo Português de Carbono, instrumento para ajudar a cumprir o Protocolo de Quioto, terá uma dotação de 53,1 milhões de euros, 23 milhões provenientes do OE e outros 30,1 milhões de receitas próprias.
previsões pois qualquer valor torna-se arriscado”. Assim, embora seja mais optimista do que o FMI na sua previsão de crescimento, João Loureiro acha que o Governo “faz bem” em “passar uma mensagem de confiança aos portugueses”. Por sua vez, o economista e antigo líder parlamentar comunista Octávio Teixeira defende que as declarações do ministro das Finanças “não foram sufi-
cientes para poder fazer grandes comentários”. Octávio Teixeira limitou-se a considerar “completamente irrealista e imprudente dizer que a economia vai crescer 0,6 por cento em 2009”. Já o economista Miguel Beleza, numa primeira análise aos dados macroeconómicos, considerou que “todos os valores apresentados são bastante razoáveis”, embora num contexto internacional difícil.
Bruxelas quer aumentar garantia de depósito bancário para 100 mil euros A Comissão Europeia propôs, em Bruxelas, a subida do nível de garantia mínima dos depósitos bancários de 20 para 100 mil euros no caso de falência de um banco. O projecto do executivo comunitário prevê que, até a medida entrar em vigor, dentro de um ano, o nível de garantia mínimo seja de 50 mil euros. Cada um dos Estados-membros da União Europeia pode, no entanto, estabelecer um nível mínimo de garantia bancária mais elevado do que o proposto. Por outro lado, o prazo de
reembolso aos seus clientes, no caso de falência de uma instituição bancária, será reduzido dos actuais três meses para três dias. A proposta da Comissão Europeia terá agora de receber a “luz verde” dos governos dos 27 e do Parlamento Europeu antes de ser transposta para a legislação nacional. A actual proposta de directiva dá seguimento à decisão política tomada pelos ministros das Finanças da União Europeia em 07 de Outubro último, no Luxemburgo.