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Estratégias para penetrar mercados bem defendidos

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Estratégias para penetrar mercados bem defendidos David J. Bryce e Jeffrey H. Dyer

Como penetrar um mercado atraente, no qual empresas já estabelecidas impõem sérias barreiras à entrada? Para encontrar a resposta, os autores estudaram organizações que estrearam com sucesso nos setores mais rentáveis dos Estados Unidos entre 1990 e 2000. Ao dissecar as estratégias mais eficazes, um grande tema se destacou: o ataque indireto. Uma debutante sagaz não imita modelos de negócios em vigor, não briga por canais de distribuição congestionados e não mira a grande clientela logo de cara. O que faz é atacar o inimigo em seus pontos fracos, ganhando vantagem competitiva e, só mais tarde - se condizente com seus objetivos - atacando sua fortaleza.

Batalhas recentes na indústria de refrigerantes - onde as principais vantagens de quem já atua no setor são marcas, recursos de engarrafamento e distribuição e espaço nas gôndolas - são um bom exemplo. Quando entrou no mercado americano de refrigerantes, em 1998, a Virgin Drinks fez publicidade pesada e imediatamente tentou ocupar um espaço no varejo ao lado de marcas líderes. Mas seu refrigerante nunca conseguiu mais do que 1% desse mercado. Já a Red Bull entrou na cena em 1997 com um produto de nicho: o energético. No início, vendia em bares e casas noturnas. Tendo conquistado um público fiel nesses estabelecimentos, a empresa resolveu rumar para o supermercado. Em 2005 controlava 65% do mercado de energéticos, que gira US$ 650 milhões.

Quem triunfa usa três abordagens básicas nesse ataque indireto. Explora ativos e recursos que já possui, reconfigura sua cadeia de valor e cria nichos. Isso tudo pode soar simples - o segredo está, porém, na combinação de abordagens. Ao mesclar e combinar as três, dizem os autores, a empresa pode desafiar meio século de lógica econômica e faturar com a incursão em setores altamente rentáveis. Casos de uma série de empresas (Skype, Costco) são usados para ilustrar a tese. Os mercados mais atraentes são, quase sempre, os mais difíceis de penetrar com lucro. O segredo é agir de modo indireto, para que a tacada só seja detectada pelas líderes quanto for tarde demais. QUAL A ESTRATÉGIA MAIS SAGAZ? Entrar em um setor no qual, a julgar pelo desempenho das líderes, é bem provável que a empresa registre lucro, embora apenas mediano? Ou apostar em um mercado no qual o lucro, ainda que improvável, pode superar a média? Embora a escolha não seja óbvia, a maioria prefere adentrar um setor no qual o lucro das empresas estabelecidas supera reiteradamente o de empresas de outros setores. Quem nele se aventura sabe que terá de enfrentar líderes poderosíssimas - mas, devido às altas margens de lucro, é atraído para esse mercado como a abelha para o mel. O que a empresa esquece é que é difícil, para quem acaba de chegar, ganhar dinheiro em mercados rentáveis. Se não fosse, muitas outras já teriam invadido o setor, a competição seria perfeitamente acirrada e o lucro de todas despencaria. Como observou Michael Porter, da Harvard Business School, no artigo "How Competitive Forces Shape Strategy" (HBR March-April 1979), o lucro das líderes do setor é relativamente alto somente por circunstâncias especiais, como seu poder de barganha sobre fornecedores e compradores, a falta de alternativas, condições favoráveis de concorrência ou, importantíssimo, barreiras à entrada. E se um mercado pouco atraente é isso - pouco atraente - , o mercado atraente é um enigma que a empresa observa, toda suspiros, mas não pode penetrar facilmente, devido a barreiras erguidas pelas

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