FAU + D
projeto iv yasmin couto
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CONTEXTO
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CONTEXTO LOCALIZAÇÃO E APREENSÕES INICIAIS O terreno em estudo está localizado dentro da Universidade Federal da Paraíba às margens da Via Expressa Padre Zé- de grande porte e grande fluxo de veículos - e entre duas das entradas para veículos da UFPB. Próximo ao terreno ainda se encontram dois pontos de ônibus, mas somente uma entrada para pedestres direta ao campus. A proximidade à via garante ao prédio destaque não somente dentro da UFPB, mas sobretudo no contexto urbano. A alta rotatividade da via cria porém dificuldades acústicas aos ambientes voltados para a pista.
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Em frente à área se localiza a reserva ambiental da Mata do Buraquinho, com grande potencial visual e paisagístico. O terreno não apresenta grandes declives e somente algumas árvores isoladas.
1. St Andrew’s Anglican College Learning Hub /Wilson Architects
Ao redor do terreno se localizam os blocos Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) - ambos com um grande numero de usuários que se valem do espaço da UFPB nos três turnos – e ainda Centro de Energias Alternativas e Renováveis (CEAR).
2. Guildford Grammar Preparatory School / Christou Design Group
Estes blocos criam barreiras à ventilação natural existente e sombras de vento estudadas mais a frente.
3. Crushpro / FORM Bureau 4. Central School / Atelier Didier Dalmas
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PARTIDO
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PARTIDO PROPOSTA Este partido foi pensado a partir da verticalização do conteúdo programático e sua setorização funcional, onde cada andar serve a um fim especifico. Os andares foram assim pensados para facilitar a integração entre tarefas afins, e sobretudo nos andares de salas de aula, para que houvesse maior facilidade na horizontalidade do ensino já que no mesmo andar são ministradas disciplinas com certa a afinidade. As salas de aula mais ruidosas foram concentradas nos primeiros andares do edifício, enquanto espaços que precisam de maior nível de concentração - como os laboratórios e as salas de aula teóricas - se localizam nos andares superiores o que garante o afastamento necessário da via e o decorrente conforto acústico. Outro ponto importante na concepção do partido foi sua relação direta com o usuário, a partir da extensão da área coberta do térreo e do traçado do agenciamento que aproxima o usuário e se dilui no terreno.
O PARTIDO SE DESENVOLVEU A PARTIR DA AXIALIDADE E CENTRALIDADE E DE SUA RELAÇÃO COM O VAZIO.
COM A COMPATIBILIZAÇÃO COM O PROGRAMA O EDIFÍCIO “PERDEU” ALAS, MAS MANTEVE SEU DUPLO CARÁTER.
COM A COMPATIBILIZAÇÃO COM O LOTE O EDIFÍCIO MAIS UMA VEZ “PERDEU” ALAS E SE VERTICALIZOU, AINDA MANTEVE SEU DUPLO CARÁTER.
A PARTIR DO ESTUDO DE FLUXOS, O EDIFÍCIO TEVE SUA ALA MENOR DESLOCADA A FIM DE PROPORCIONAR MAIS ENCONTROS. A PARTIR DO ESTUDO DA INTERFACE USUÁRIO X EDIFÍCIO - E POR PLASTICIDADE E EFICIÊNCIA TÉRMICA- O EDIFÍCIO SE ERGUEU SOBRE PILOTIS.
O setor 1 é aquele de maior interação entre os usuários externos à FAU + D e o edifício, tendo em vista tanto seu conteúdo programático como sua configuração plásticoespacial. No setor 2 concentram-se oficinas e ateliês de desenho e plástica, salas de maior porte que se destinam a disciplinas de maior envolvimento com o ambiente externo que se voltam ao terraço configurado a partir da cobertura do setor 1. No setor 3 encontram-se laboratórios e salas de professores assim dispostas no nível intermediário da FAU + D para garantir a proximidade entre pesquisa e ensino. Neste setor se configura ainda um segundo espaço de convivência – e possível espaço de expansão voltado a reuniões entre laboratórios distintos, professores e alunos ou, ainda, entre laboratórios e comunidade. O setor 4 dá acesso a salas teóricas e ateliês, assim mesclados para garantir que as salas teóricas normalmente de menor permanência – se articulassem e se tornassem também espaços sempre. Este setor foi ainda pensado para que as salas, configuradas em dois andares, fossem integradas por átrio na circulação horizontal em que, percorrendo este corredor, fosse possível o acesso visual a todas as salas de aula do setor.
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11 A configuração plástica proposta neste partido se difere claramente das tipologias existentes nos edifícios de entorno da UFPB o que gera um potencial marco identitário ao edifício. Graças também a sua localização privilegiada em relação aos visuais daqueles que passem pela via adjacente essa identidade tem grande potencial para que transpasse os limites da universidade e tanto o prédio, como também os cursos de Arquitetura e Urbanismo e Design, ganhem maior prestígio e reconhecimento frente à cidade. Essa identidade se constrói também a partir das diferentes ambiências propostas aos dos setores, cada um deles propõe uma identidade própria que unidas criam um prédio plural, ativo e de potencial vínculo afetivo com seu usuário.
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O edifício se estrutura através de um eixo vertical, materializado na torre de circulação principal, situada a oeste. Esta torre abre diversas possibilidades plásticas associadas à esta fachada ao passo que é uma das de maior visibilidade para os que transitam na via e com a menor necessidade de aberturas. Este eixo estrutura a ligação entre os patamares e serve como eixo para as circulações horizontais que dali partem. Seu dimensionamento foi pensado a fim de que fosse possível a criação de átrios que comuniquem os andares subjacentes e que se criem espaços intersticiais com grande potencial de encontros e entre os usuários.
13 O edifício cria desencontros entre seus pavimentos e dá a margem à exploração dos terraços remanescentes e suas consequentes visuais. Graças ao gabarito adotado o campo de visão se estende criando potenciais pontos focais, como por exemplo a Mata do Buraquinho e as reservas florestais ao redor e dentro da universidade. Estes terraços ainda garantem a amenidade térmica e os potenciais espaços de escape1 necessários aos ambientes de trabalho. 1 Os espaços de escape devem ser aqui entendidos como aqueles sem quaisquer atividades acadêmicas e que estão relacionados primordialmente à abstração das atividades exercidas nos ambientes de trabalho.
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CIDADE E CLIMA
FACHADA OESTE 1
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CIDADE E CLIMA SIMULAÇÕES FLOW DESIGN E SOLAR TOOL Para a melhor definição dos elementos de proteção térmica e solar foram feitas simulações das possíveis soluções a serem adotadas. A proteção horizontal foi aquela que melhor atendeu às demandas de sombreamento no período de insolação mais crítica nas fachada norte e oesteentre 13h e 15h – tendo desempenho melhor os brises horizontais de 60cm frente ao beiral único de 1,2m.
FACHADA NORTE
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A partir da análise do apresentado a solução dada foi a combinação de diversas estratégias de sombreamento. Nas salas de aula e ateliês foi utilizado o painel de brises horizontais motorizados BS 40, do fabricante Reynaers além da sua combinação com os beirais a partir da extrusão da laje. No segundo pavimento o beiral foi combinado com a proteção vertical dos montantes dos painéis em vidro.
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As simulações de ventilação e pressão de fachadas demonstraram que o edifício possui um bom potencial de ventilação de seus andares graças ao generoso pátio central, às aberturas no primeiro térreo e à sua verticalidade. A diferença de pressão entre as fachadas leste e oeste; e norte e sul permite aberturas que garantiriam conforto térmico a todos os ambientes.
BEIRAIS PROTEÇÕES HORIZONTAIS VENEZIANAS E BRISES
MONTANTES - BRISES
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PROTEÇÕES VERTICAIS
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O EDIFÍCIO
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O EDIFÍCIO TERREO No pavimento térreo o protagonismo cabe aos espaços intersticiais. A relação com o vazio – com o pátio coberto e o descoberto – é direta a partir das transparências e fluxos explorados. Os espaços convidam o usuário à aproximação através da relação visual direta. O pátio coberto funciona como acesso e como espaço consolidado graças ao mobiliário proposto aliado à exploração dos forros também delimitando espaços. Os usos explorados também se comunicam ativamente com o usuário. Espaços de permanência, convivência e uso comum à diversos públicos se articulam em três zonas – educacional, de convivência e administrativa - a serem exploradas mais a frente.
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1. LabInfo
15. Centros acadêmicos
2. Coordenação de informática
16. Depósito do café 17. Coordenações da
3. Sala de pós-produção
graduação
4. Studio 5. Câmara escura
18. Departamentos 19. Coordenação da pós-
6. Depósito 7. Administração da
graduação 20. Almoxarifado
biblioteca
21. DML
8. Biblioteca 9. Gráfica
22. Diretoria de Centro 23. Chefia de Centro
10. Banheiros 11. Anexo LabCon
24. Ambiente dos funcionários
12. Labeme + LaCon
25. Copa coletiva
13. Maquetaria 14. Anexo LM+P
26. Banheiro dos funcionários
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A zona educacional do pavimento térreo articula os espaços multimídia do edifício, sua localização demarcando um acesso e sua localização mais próxima aos centros vizinhos denota a sua vocação para multiplicidade de usuários. Este setor, mais que um espaço da FAU+D é um espaço da UFPB, com sua disposição e espacialização provida pela extensão da laje e do pé-direito humanizado convida outros alunos a utilizarem dos espaços ali providos. A disposição da coordenação de informática distante da zona administrativa e próximo a zona multimídia facilita o dia-a-dia de estudantes e funcionários. O corredor largo entre os laboratórios de informática foi assim pensado para o acesso mais simples de possíveis objetos grandes a serem fotografados no studio que também faz parte do setor.
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A zona de convivência do pavimento térreo partiu da integração da biblioteca com o pátio central e a vida estudantil para definir sua configuração. A disposição espacial em L da biblioteca possibilitou a definição de dois espaços distintos. O primeiro uma biblioteca ‘aberta’, na porção voltada para o pátio central onde foi disposta a área de leitura. Para promoção desse convívio mais ativo com a biblioteca a área de exposição foi disposta entre a biblioteca e o pátio central de maneira que a forma mais rápida de acesso é pela biblioteca, proporcionando assim a possibilidade de um espaço continuamente aberto e frequentado por alunos e professores. O segundo espaço da biblioteca, na porção voltada para o studio, se configura como um espaço mais fechado e privativo, de acervo sendo nele explorado a possível relação visual com os ensaios fotográficos que estejam sendo realizados no Studio que se localiza ao lado. Na porção mais a oeste deste trecho, voltado para pesquisa e aos alunos da FAU+D, se localizam maquetaria e gráfica que servem de barreira acústica para o anexo do LabCon e o canteiro de experimentação. A maquetaria se comunica ativamente com os espaços experimentais e a gráfica se comunica ativamente com a biblioteca. Voltado ao anexo e ao canteiro de experimentação se encontra o espaço de pesquisa dos laboratórios envolvidos.
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O arranjo dos ambientes administrativos é marcado por um pátio central conectado à dois pontos externos, possibilitando que os espaços administrativos sejam parte do cotidiano de diversos usuários do edifício e ainda a mais fácil interação de funcionários com o edifício como um todo. Este garante ainda o caráter de sobriedade a esta zona ao, de certa maneira, isolar os ambientes e condicionar a entrada aos ambientes a partir deste pátio, consequentemente diminuindo o fluxo de usuáios. Coordenações de graduação e departamento de ambos os cursos foram ordenadas da mesma forma, a partir de um pátio de espera entre os ambientes de forma a evitar o acumulo de diversos alunos e professores em pequenos ambientes. A localização central da chefia de centro denota a relevância deste ambiente e cria de certa forma hierarquia frente às outras instâncias administrativas. Os centros acadêmicos se situam entre esta zona e o pátio central promovendo a comunicação ativa entre as instâncias administrativas e representativas dos estudantes.
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O EDIFÍCIO AUDITÓRIO Localizado próximo ao setor administrativo do pavimento térreo, o auditório se abre nos fundos com um palco reversível a um anfiteatro localizado na rota daqueles usuários advindos da parada de ónibus localizada mais perto do edifício. Assim o auditório mantém seu caráter ‘oficial’, mas também abre margem às mais diversas utilizações e logo seu uso menos esporádico.
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O EDIFÍCIO PRIMEIRO PAVIMENTO No primeiro pavimento o protagonismo cabe aos ambientes de trabalho. A relação externo x interno se dá através do possível acesso ao terraço decorrente da extrusão da laje de cobertura do pavimento térreo. Este acesso, no entanto só se faz possível pelas oficinas e ateliês de desenho e plástica conduzindo naturalmente os usuários à estes ambientes. Essa relação direta com o ambiente externo a partir das salas de aula favorece as dinâmicas das disciplinas ministradas nestes ambientes e proporciona mais um espaço aberto de convivência.
1. Oficinas 2. Banheiros 3. Ateliês de plástica
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4. Ateliês de desenho 1
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ESCALA 1:5000 34 Neste pavimento se localizam os ateliês de desenho e plástica e as oficinas, salas de aula dedicadas a disciplinas como Conforto Ambiental e Tecnologia das Construções, ambas diretamente ligadas aos laboratórios dispostos no pavimento térreo. As salas de aula são integradas e divididas por um painel pivotante que pode ser aberto ou fechado de acordo com a necessidade de cada aula. As salas de aula aqui dispostas são aquelas em que são ministradas as disciplinas de maior contato com o ambiente externo e também de maior nível de ruído, logo, as que sofreriam menos impacto do som causado pela via.
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O EDIFÍCIO SEGUNDO PAVIMENTO No segundo pavimento o protagonismo se divide entre os ambientes de trabalho e os espaços intersticiais. O acesso ao ambientes de trabalho se dá justamente pelos pátios propostos e a transparência de todo o andar cria essa relação direta visual e de fluxos. Os pátios aqui propostos são também espaços de expansão. Este andar é dedicado aos ambientes de professores e laboratórios e estes espaços livres garantiriam uma possível expansão da pesquisa e do corpo doscente, uma perspectiva plausível ao longo dos anos e da integração entre os cursos de Arquitetura e Urbanismo e Design.
1. Ambientes de professores 1 1
2. Banheiros 3. LM+P e LabProj
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4. Lacesse e Trama 1
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5. Leccur e Laurbe 6. LPPM 1 e LPPM 2
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ESCALA 1:5000 38 O segundo pavimento é inteiramente dedicado às salas de professores e laboratórios. Neste setor, ao longo da fachada norte, estão localizadas as salas de professores, ambientes de pouca permanência e, portanto, com menores problemas devido à insolação. O seu arranjo é similar ao de coordenações e departamentos, se valendo de um pátio entre duas salas foram criados espaços para orientação. A frente destas salas se encontra um grande pátio coberto, aberto em sua fachada sul. Esse átrio ‘quebra’ o edifício, gerando certa leveza e cria um grande vão livre passível de articulação com os laboratórios situados à proximidade e de conversão num grande espaço de reuniões.
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ESCALA 1:5000 40 Os laboratórios se estruturam assim como as salas de professores. A articulação surge em primeira instância ao unir dois laboratórios em um mesmo ambiente que dividem espaço de trabalho e sala de reuniões - neste caso Lppm1 e Lppm2; LM+P e LabProj; Lacesse e Trama; e Laurbe e Leccur garantindo certa interdisciplanaridade entre as pesquisas; e em segunda instância ao articulá-los à este pátio que funciona tal qual o do mesmo pavimento, aqui porém acrescido da potencial visualização da Mata do Buraquinho. As áreas de trabalho dos laboratórios são divididos em dois ambientes, um de acolhimento do público e acesso e o segundo de trabalho laboral.
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O EDIFÍCIO TERCEIRO PAVIMENTO No terceiro pavimento o protagonismo mais uma vez se divide entre os ambientes de trabalho e os espaços intersticiais, mas aqui graças a importância dos dois ambientes. O pátio central do terceiro pavimento tem comunicação ativa com o pátio do quarto pavimento denotando e privilegiando a interação entre os as atividades exercidas nos dois andares. Neste andar há ainda a varanda voltada a oeste que explora a relação visual do edifício com a mata do buraquinho e a plasticidade deste rasgo no edifício.
1. AteliĂŞs de projeto 2. Salas teĂłricas 3. Banheiros
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A relação estabelecida no terceiro pavimento, ocupado por ateliês e salas de aula teórica, é similar àquela estabelecida no primeiro pavimento. O acesso descontínuo e dinâmico aos ateliês garante ao espaço de circulação diversas ambiências distintas. Os ateliês e salas de aula tem seu limite dissolvido, visto que no lugar de paredes solidas, aquelas vedações voltadas às circulações são feitas por painéis pivotantes que permitem a interação entre o interno - salas de aula - e o externo - circulação. Salas de aula teórica e ateliês foram assim dispostos tendo em vista a maior utilização do espaço. As salas não tem diferenças quanto a acabamento e mobiliário, o que as diferencia é somente a disposição de mesas e cadeiras. Aos ateliês foi proposto o uso continuo por uma mesma turma, durante todo o semestre, e as salas de aula teóricas garantiriam ‘espaço extra’ aos estudantes quando não-ocupadas.
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O EDIFÍCIO QUARTO PAVIMENTO Assim como no terceiro pavimento os pátios aqui propostos denotam a comunicação ativa e vertical entre os dois últimos andares, além da relação visual com o externo.Os espaços intersticiais aqui funcionam não somente como acesso, mas como extensão das salas de aula. O mobiliário, nichos e forros propostos reforçam esta delimitação de ambientes aos espaços intersticiais.
1. AteliĂŞs de projeto 2. Salas teĂłricas 3. Banheiros
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As relações propostas às salas de aula e ateliês no terceiro pavimento aqui se repetem, criando mais uma vez espaços lúdicos e ativos. A circulação deste quarto pavimento é ainda iluminada por uma clarabóia que direciona os usuários através dos acessos descontínuos propostos graças aos rasgos no piso.
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O EDIFICIO HALL DE CIRCULAÇÃO O hall de circulações articula a escada arquitetônica, o hall de elevadores e as escadas de incêndio. As escadas arquitetônicas foram pensadas afim de criar espaços de encontro entre os diversos usuários do edifício. Duas escadas em linha, com acessos opostos, se articulam a partir do seu patamar e criam espaços de estudo, dedicados às ilhas de informática, nos meio-pavimentos.
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O EDIFÍCIO COBERTA A coberta do edifício foi pensada a partir de princípios de amenização climática e de concepção plástica. Elevada do volume do edifício, ela permite ventilação ativa e traz mais leveza ao edifício já de grande porte. A cobertura é ainda cortada pela clarabóia já explorada. Foi aqui utilizada a telha zipada do fabricante Dânica, com inclinação de 3%.
ESQUEMA GERAL DE MONTAGEM DA TELHA ZIPADA
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LINGUAGEM E MATERIALIDADE
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LINGUAGEM E MATERIALIDADE 9 A escolha dos materiais e da própria linguagem arquitetônica adotados neste projeto foi guiada pela noção do edifício no tempo.
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No que tange aos materiais foram escolhidos aqueles que garantissem longa durabilidade e boa qualidade com baixa necessidade de manutenção.
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Além disso - e associada à linguagem arquitetônica - estes materiais tem por função garantir a sobriedade necessária à consolidação da imagem de uma FAU +D.
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ESTRUTURA EXPOSTA 59
Facilidade na montagem do forro e modulação espacial
FORRO TERMO - ACUSTICO Melhora dos índices de conforto ambiental e fácil manutenção das instalações sobrepostas
REVESTIMENTO EM LÂMINAS DE MADEIRA A textura no térreo traz leveza a todo o edifício criando uma ‘linha de sombra’ no toque do edifício ao solo
ILHAS DE ESTUDO Nichos a partir da configuração estrutural aliados a espacialização a partir da linha de forro
PISO EPÓXI Alta durabilidade e unidade ao espaço
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RESINA COLORIDA Identidade à cada um dos setores pode ser associada à cor da resina aplicada no piso
TRANSPARÊNCIA Integração e comunicação visual dos ambientes ao pátio central
GUARDA - CORPO Em madeira e tela metálica
ESCADA Pisos em madeira garantindo unidade aos materiais aplicados
MEIO - PAVIMENTO Espaços de estudo e comunicação entre os pavimentos
FORRO EM MADEIRA Diferenciação entre os ambientes de produção e espaços intersticiais
MATA DO BURAQUINHO Integração visual com o entorno
TRANSPARÊNCIA Integração visual do entorno também com os ambientes internos
PISO Nas áreas externas foi aplicado piso cimentício rugoso
GUARDA - CORPO Unidade de linguagem a todo o edifício
CLARABOIA 65
Iluminação natural à circulação dos dois andares
INTERVENÇÕES Área livre para intervenções artísticas associadas ou não às disciplinas ministradas
TRANSPARÊNCIA A relação com o entorno é direta, e ao abrir a escola pra fora convida o aluno a explorar a cidade
COMUNICAÇÃO ATIVA O átrio comunica diretamente os dois andares de ateliês
RESINA COLORIDA Identidade à cada um dos setores pode ser associada à cor da resina aplicada no piso
COBERTA ELEVADA A coberta garante leveza e ventilação adicional ao projeto
PAINEIS MOTORIZADOS
Os painéis permitem a proteção solar se necessário sem obstruir a visão do edifício para seu entorno
TRANSPARÊNCIA O andar transparente ‘quebra’ o edificio ao meio, evidenciando a horizontalidade do prédio e inferindo uma ambiência diferente. Ainda, comunica ativamente a produção acadêmica, visto que todos tem este acesso visual.
REVESTIMENTO EM LÂMINAS DE MADEIRA A diferença do revestimento se liga diretamente à diferença das funções abrigadas no setor
AUDITÓRIO O palco reversível abre possiblidade à maior e mais diversa utilização deste espaço
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SISTEMAS
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SISTEMAS HIDRÁULICO Seguindo o estipulado pela NBR 5626/98 Instalação predial de água fria e feito o dimensionamento dos reservatórios, chegou-se a um reservatório superior com 32,15 m3 e um reservatório inferior de 38,58m3. Estes reservatórios se articulam verticalmente a partir de dois shafts localizados próximos às escadas de incêndio e horizontalmente a tubulação corre entre laje e forro.
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SISTEMAS REUSO DE AGUA O sistema de reuso de água se articulou a partir das calhas de escoamento das telhas e da tubulação de água cinza proveniente das pias dos banheiros. Verticalmente o sistema se configurou a partir dos shafts, assim como o sistema hidráulico. O reservatório se localiza no subsolo e o volume de água captado é destinado à jardinagem e limpeza.
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SISTEMAS ELÉTRICO O sistema elétrico se articula de maneira similar ao sistema lógico ao se utilizar dos shafts para sua distribuição vertical e o espaço entre forro e laje para sua distribuição horizontal. Os eletrodutos, no entanto, correm pelos eixos centrais dos espaços a que atendem tendo de em vista a solução mais eficiente para a aritulação dos eletrodutos de iluminação.
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SISTEMAS LÓGICO Assim como o sistema hidráulico, os sistemas lógico e elétrico se articulam verticalmente ao longo dos shafts localizados na porção central dos dois eixos principais do edifício. O cabeamento do sistema lógico se distribui a partir de sua ramificação vertical por um eixo central, localizado sobre o forro e ao longo dos corredores do edifício.
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SISTEMAS CONDICIONAMENTO DO AR A solução adotada para o condicionamento artificial dos espaços foi a de um poço canadense. Este sistema geotérmico de resfriamento funciona ao utilizar-se das baixas temperaturas do subsolo, por volta de 12°C a 14°C.
A última parte do sistema é a de distribuição deste ar resfriado a parte de impulsores de ar localizados nos shafts e sua distribuição horizontal entre laje e forro, assim como as outras tubulações necessárias ao edifício.
O sistema é dividido em três partes, a primeira de captação do ar quente que passa por exaustores e filtros que retiram suas impurezas seguindo para tubos de PVC onde a água acumulada graças à umidade do ar é estocada num poço de drenagem.
Este sistema conta com diversas vantagens como seu baixo custo de execução e manutenção além de critérios ambientais por ser um sistema totalmente sustentável, ao passo que a energia elétrica utilizada aqui é por volta de 30% da utilizada nos sistemas de ar condicionado convencionais.
A partir daí o ar captado corre pelo tubo enterrado à cerca de 1,5m por 40m onde há a troca-térmica entre o ar quente do tubo e o solo em baixa temperatura. O ar captado à 36°C ao passar por este sistema reduz sua temperatura a até 21°C.
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SISTEMAS INCÊNDIO A partir da NBR 9077-Saídas de emergência em edifícios foi feito o cálculo das unidades de passagem necessárias que resultou num total de 28 unidades de passagem que foram distribuídas em quatro escadas distintas, duas delas localizadas no núcleo central de- circulação vertical e as outras duas dispostas em pontos centrais dos dois eixos principais do edifício. Essa distribuição proporcionou distâncias adequadas à normas nacionais e internacionais, onde a distância máxima de 35m entre portas dos ambientes e escadas é atendida, como demonstrado na Figura A. Foi também resolvida a necessidade de múltiplas rotas, como especificado na Figura B.
FIGURA A
FIGURA B
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SISTEMAS ESTRUTURAL A necessidade de grandes vãos livres determinou que no edifício fosse utilizada a estrutura metálica em aço. Já incompatibilidade de modulações regulares com os espaços de circulação entre salas de aula foi resolvida através de uma grelha estrutural do tipo tartan. Essa modulação se baseia em dois diferentes vãos - nesse caso de 8,5m e 3,2m - que se interceptam no eixo x e y. Essa solução serviu às circulações, mas criou dificuldades em espaços como o hall de elevadores e o auditório. Portanto, no bloco de circulações verticais e no auditório foi utilizada uma malha simples, com módulos de 4m x10m, também em estrutura metálica. A malha tartan cria em alguns pontos um quadrangular de pilares que são geralmente resolvidos através da unificação destes pilares, aqui no entanto optou-se por utilizar-se das
possibilidades plásticas destes arranjos através da disposição de mobiliário, a ser estudado mais a frente, que se adequa a essa disposição. A partir da definição de grelhas e sistemas anotados o pré-dimensionamento foi feito de acordo com o livro ‘Sistemas estruturais ilustrados’ de Francis Ching determinando vigas em I do tipo W410 x 67 da Gerdau, com altura de 40cm. Foi anotada a laje nervurada com altura de 25cm, resultando num pé-esquerdo de 4m e pé-direito de 3,35m - em acordo com as recomendações do Manual para adequação de prédios escolares, documento do Ministério da Educação.
ESTRUTURA METALICA EM AÇO VIGA EM I _ GERDAU W 410 X 67 ALTURA DA VIGA _ 42CM LAJE NERVURADA _ 25CM
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DETALHES CONSTRUTIVOS
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DETALHES CONSTRUTIVOS CORTES
CORTE AA 1:750
CORTE CC 1:750
CORTE BB 1:750
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DETALHES CONSTRUTIVOS FACHADAS
FACHADA NORTE 1:750
FACHADA SUL 1:750
FACHADA LESTE 1:750
FACHADA OESTE 1:750
PEITORIL VENTILADO ESQUADRIA EM VENEZIANA DE IMBUIA
FÔRRO MADEIRA TIPO IMBUIA
VEDAÇÃO ALVENARIA SIMPLES COM PINTURA SIMPLES
PISO RESINA EPÓXI FOSCA BRANCO
PROTEÇÃO SOLAR PAINEL DE BRISES MOTORIZADO BS40_REYNAERS
ESQUADRIA JANELA EM VIDRO DUPLO
IMPERMEABILIZAÇÃO RESINA DE MAMONA IMPERMEABILIZANTE
ESTRUTURA VERTICAL PILAR METÁLICO GERDAU W 150 X 24
COBERTURA PROTEÇÃO PARA TELHA SANDUICHE
COBERTURA TELHA ZIPADA DÂNICA_INCLINAÇÃO DE 3%
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DETALHES CONSTRUTIVOS
CORTE DE PELE
REVESTIMENTO LÂMINAS DE IMBUIA
GUARDA-CORPO PAINEL EM IMBUIA COM TELA METÁLICA
PISO PISO PERMEÁVEL FLEXBRICKS
ESQUADRIA JANELA TIPO BASCULANTE EM IMBUIA E VIDRO
ESTRUTURA HORIZONTAL LAJE EM CONCRETO PROTENDIDO
VEDAÇÃO PAINEL CORTINA EM VIDRO COM MONTANTES EM AÇO
FÔRRO FÔRRO TERMO-ACÚSTICO EM GESSO RIGITONE _ PLACO
ESTRUTURA HORIZONTAL VIGA METÁLICA EM H GERDAU W 410 x 67
1:50
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CONCLUSÃO
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CONCLUSÃO As relações pensadas e as espacialidades apresentadas tem sobretudo a intenção de garantir ao prédio funcionalidade aliada à dinamicidade das experiências proporcionadas pelo edifício. A FAU + D foi tratada como um prédio de encontros e permanências, capaz de abrigar os mais diversos usuários em torno de um espaço lúdico, ativo e seguro para seus usuários.