FEVEREIRO 2019 | Nº69 | 10 x ano | REVISTA DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | NÃO PODE SER VENDIDA
DIRETORA: SÓNIA COSTA
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PATROCÍNIO:
SALVADOR MARTINHA
O HUMOR É UMA DOENÇA PUB:
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ZOMATO GOLD
(Procura na pág. 14)
índice
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MEGA NEWS
As Filhas da POP
DESPORTO
Entrevista: Nelson Évora
A TUA ESCOLHA
Convenção Nacional do Ensino Superior
ENTREVISTA
Salvador Martinha: O Humor é uma Doença
SAÚDE
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A Violência no Namoro
EXPERIÊNCIAS
Dia de São Valentim
Gripes, dores de dentes, amigdalites e afins: estas já todos conhecemos (melhor ou pior), mas… E o Humor? Abrimos o ano com uma ideia irreverente - que só podia vir de uma personalidade ainda mais irreverente: para Salvador Martinha, isto de fazer da vida uma comédia é uma Doença. Se assim for, todos concordamos que há delas bem piores. Se fevereiro é o mês do amor, aqui na Mais Superior não deixamos o São Valentim passar em branco: damos-te algumas sugestões de restaurantes onde podes (e deves!) levar a tua cara-metade a jantar. Caso sejas mais do Amor à camisola, não deixes de ler a entrevista do nosso Nelson Évora e marca já mesa no The Couch… É que no Dia dos Namorados vais jantar com o teu Grande Amor: há Liga Europa. Romantismos à parte e falando de questões sérias, é importante definir as fronteiras intransponíveis entre o aceitável e o inaceitável numa relação: para tal, a Mais Superior deste mês conta com o artigo de uma psiquiatra acerca da violência no namoro. Entre humor, amor e outras enfermidades, fevereiro já nem parece o mês mais curto do ano - afinal, os meses não se medem aos palmos. Ainda assim, se fevereiro é mesmo o irmão mais novo da família, só esperamos que não faça muitas birras e até nos traga alguns dias cheios de sol de inverno. Bom ano e boas leituras Sónia Costa, Diretora Editorial
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ficha técnica P r opr i etár i o/ E di tor : Young Direct Media, Lda
NIP C n º 510080723 E m pr esa jor n al i sti c a i n sc r i ta c om o n º : 223852 C api tal S oc i al : 22.500 eu r os D E TE N TOR E S D E 5% OU M A IS D O C A P ITA L D A E M P R ES A : M ar i a da G r aç a A l v es R om ão dos S an tos 33, 33% | D u ar te J osé A l v es F or tu n ato 33, 33% | P au lo Jo r ge Fo r t u n at o 33,33% ADMINISTRAÇÃO E DIREÇÃO GERAL DA EMPRESA Duarte Fortunato, duartefortunato@youngdirectmedia.pt; Graça Santos, gracasantos@youngdirectmedia.pt ; Paulo Fortunato, paulofortunato@youngdirectmedia.pt Sede de redação: Rua António França Borges, nº 4A loja Dta. 2625-187 Póvoa de Santa Iria Tlf: 21 155 47 91 Fax: 21 155 47 92 Email geral: geral@youngdirectmedia.pt
www.maissuperior.com Revista de conteúdos educativos para os alunos do Ensino Superior REDAÇÃO DIRETOR EDITORIAL Sónia Costa, soniacosta@youngdirectmedia.pt; DEPARTAMENTO COMERCIAL DIRETOR COMERCIAL E DE PUBLICIDADE Duarte Fortunato, duartefortunato@youngdirectmedia.pt; ACCOUNT Gonçalo Pires, goncalopires@youngdirectmedia.pt; COLABORADORES EDITORIAIS MEGA HITS DESIGN Cristina Germano, imagem@youngdirectmedia.pt COMUNICAÇÃO Hugo Silva, comunicacao@youngdirectmedia.pt;
ESTATUTO EDITORIAL Disponivel em https://www.maissuperior.com/ficha-tecnica/ TIRAGEM: 10.000 exemplares DISTRIBUIÇÃO: Gratuita PERIODICIDADE: 10 x ano REGISTO NA ERC Nº 126168 DEPÓSITO LEGAL: 339820/12 TIPOGRAFIA E MORADA: Monterreina, Cabo da Gata, 1-3, Área Empresarial Andalucia, sector 2 28320 Pinto Madrid - Espanha BANCO DE IMAGENS : Todas as imagens utilizadas nesta publicação, salvo as que estão creditadas,
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ESTA PUBLICAÇÃO JÁ SE ENCONTRA ESCRITA AO ABRIGO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO.
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mega news ENTREVISTA: Sónia Costa FOTOS: Mega Hits
Filipa Galrão e Teresa Oliveira
Elas são as
Filhas da POP
Elas são extamente como tu: também se irritam quando não encontram o emoji certo, também ouvem uma música até se cansarem e também têm vergonha de alguns guilty pleasure… Agora, tudo isto vai passar a ser público! As tardes da Mega Hits estão diferentes: de segunda a sexta, das 3 às 7 da tarde, quem te faz companhia são as FILHAS DA POP. Como surgiu a ideia para este Filhas da Pop? Filipa: A tarde mudou, o Paulo rumou à RFM e acharam que fazia sentido juntar-nos. Foi bem pensado, porque nunca tínhamos feito dupla! Eu já cá estou há 10 anos e a Teresa há 2. Isto foi uma estreia a vários níveis e correu super bem, desde o primeiro dia. Teresa: Sim, agora porque nos juntaram!
vamos
percebendo
F: Ela fazia o Fresh, à noite. É uma pessoa que adora música e gosta de a analisar. Somos ambas assim, o nosso gosto pela cultura pop vai muito além dos mexericos, do “quem anda com quem”. Como vai estar organizado o programa? F: Estamos no ar das 15 às 19 horas. Apanhamos o pessoal a sair das aulas, no regresso a casa ou mesmo quando já estão a estudar ou a descansar. O programa ainda está no início. Será sempre relacionado com a música e a cultura pop. Estão nos planos várias rubricas, convidados… Vamos estrear a rubrica “Stalker”, onde todas as quintas-feiras trazemos um convidado conhecido - que não tem de ser propriamente da música, mas sim da cultura pop. O objetivo é conversarmos com ele e perceber do que essa pessoa é fã. Não tem de ser apenas em termos musicais, pode ser fã de Star Wars, de Harry Potter, das princesas da Disney… Todos somos fãs de alguma coisa! E
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achamos que somos os fãs número 1, até encontrarmos alguém que sabe ainda mais do que nós. Queremos explorar isso todas as quintas-feiras.
de estudar uma hora, parar e ver um episódio, continuar a estudar e por aí em diante. Era uma boa motivação para continuar a estudar e consegui ver as temporadas todas.
T: Também vamos falar bastante de séries, de filmes, do que andam a ver… Ah, e às segundas-feiras vamos dar prémios! Vão ser as nossas Crazy Mondays, onde vamos oferecer de tudo: desde bilhetes para festivais a saltos de paraquedas…
Quanto a convidados especiais, podem revelar algum? T: Vamos tentar trazer cá a Madonna! Esse é o grande objetivo do programa. Todos os dias fazemos uma espécie de contagem, do género “O Filhas da Pop já existe há um mês e a Madonna ainda não veio cá!”. Somos filhas da pop, ela é a rainha da pop! Ainda para mais vive em Portugal! Queremos muito que nos faça uma visita.
Vocês também são filhas da pop! Quais são as vossas maiores referências pop? F: Spice Girls! Eu comprava a Ragazza, uma revista juvenil com imensas coisas sobre as Spice Girls. Até nos ensinava a vestir-nos como elas! Isto tudo antes da internet! Como é que eu sabia onde comprar meias de rede, na altura? Não sabia! Tinha de descobrir na revista. Só tive MTV quando andava no secundário. O primeiro videoclip que vi foi o All For You da Janet Jackson. Adorei, ela dançava imenso. Eu gravava em VHS, para depois imitar as danças. Também ouvia Jennifer Lopez, Beyonce, Shakira… T: Também foi muito por aí! Ouvia Britney Spears, Justin Timberlake, Destiny’s Child… F: Surgiram algumas séries de referência nessa altura, como Sexo e a Cidade. Eu recebi os DVD da série completa no primeiro ano da faculdade, não havia Netflix. Queria ver tudo de seguida, mas adotei a estratégia
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desporto ENTREVISTA: Sónia Costa FOTOS: Cedidas pelo entrevistado
Coleciona saltos, vitórias, recordes, medalhas e muitas competições. Nelson Évora tem a consciência de que, para atingirmos grandes marcas, devemos ter em mente grandes objetivos. A Mais Superior falou com o atleta, que deixou vários conselhos para os jovens que querem aliar o estudo à prática de desporto. O principal? Que o façam - e se esforcem em ambas as áreas! O DESPORTO TEVE UM IMPORTANTE CONTRIBUTO PARA A TUA FORMAÇÃO ENQUANTO PESSOA E PROFISSIONAL? O Desporto foi extremamente importante na minha formação. É um elemento fundamental para o crescimento saudável de um jovem. Não falo aqui necessariamente de desporto de alto rendimento, de competição… O mais importante é que todos os jovens gostem de praticar alguma modalidade. Desde muito cedo que tenho uma veia competitiva bastante saliente. A minha paixão pelo desporto já era, desde miúdo, vocacionada para o alto rendimento. TInha a perfeita noção de que esta paixão ia sempre fazer parte da minha vida e ser uma das minhas grandes prioridades. COMO SE CONCILIA A COMPETIÇÃO COM OS ESTUDOS? Tinha de me esforçar. Os meus pais sempre me deram toda a liberdade para fazer o que queria, só me diziam que a minha prioridade eram os estudos. Era difícil, é preciso uma base muito forte de educação e valores para conseguir conciliar ambas as vertentes. Tem de haver tempo para tudo, o que acaba por criar um sentido de responsabilidade acima do normal. Foi isso que me guiou. Portugal ainda pode melhorar muito neste aspeto. É preciso que exista uma melhor ponte entre o desporto e os estudos. São precisas mais pessoas que informem sobre a realidade de ser desportista e de estar, ao mesmo tempo, inserido num contexto académico. Ninguém tem de ser levado ao colo, mas a verdade é que um atleta que queira estudar encontra muitos entraves. Há pessoas que não entendem a necessidade de haver um estatuto especial e até criticam. “Porque é que o exame é igual ao dos outros? Devia ser mais difícil, se ele tem mais tempo para estudar!” Há muitos que deixam de lado os estudos
“Estou feliz porque tenho assistido, nos últimos anos, a um aumento da sensibilidade para a prática do desporto em Portugal. Demos um salto qualitativo e quantitativo!” porque se querem dedicar ao desporto, ou vice-versa - também temos atletas muito bons, com ótimos resultados, que acabam por desistir da modalidade por não conseguirem conciliar os treinos e competições com a escola. TENS ALGUM MOMENTO DA TUA CARREIRA QUE NÃO CONSIGAS DEIXAR DE DESTACAR? São mais de 20 anos de desporto… Desde os 8 ou 9 anos que tudo começou, por isso tenho muitos momentos especiais. Destaco os Jogos Olímpicos, claro - tal como as Universíadas de Daegu e de Belgrado, onde me sagrei campeão do mundo universitário. Principalmente a prova em Daegu, já que estava a recuperar de uma lesão. Foi incrível: todo o espírito universitário envolvido, estar rodeado de pessoas que se preocupavam com a sua formação académica - e não só com o desporto. É algo que nunca esquecerei e que tem um destaque muito grande no meu pequeno museu, onde guardo as medalhas. QUAL É O PRIMEIRO PENSAMENTO QUE SE TEM AO ACORDAR NA MANHÃ DE UMA COMPETIÇÃO IMPORTANTE? “É o dia!” (risos). Acho que qualquer atleta que se preparou durante meses e meses para o campeonato acorda a pensar “É hoje o grande dia, tenho de estar melhor do que nunca, o mais feliz e o mais forte possível, física e mentalmente.” Há nervosismo, há borboletas no estômago… E isso é um indício importante,
PASSATEMPO
significa que há um grande sentido de responsabilidade! TENS ALGUM CONSELHO PARA OS JOVENS QUE PENSAM EM PRATICAR DESPORTO UNIVERSITÁRIO? Perante a carga de trabalho que têm em termos académicos, o desporto acaba por ser um bom escape, um equilíbrio. Uma espécie de refresh do corpo e da mente, uma forma de te ajudar a concentrar melhor a atenção nos estudos. Qualquer universitário devia fazer algum desporto. Estou feliz porque tenho assistido, nos últimos anos, a um aumento da sensibilidade para a prática do desporto em Portugal. Demos um salto qualitativo e quantitativo! As pessoas estão mais abertas ao desporto, procuram mais, vão ao ginásio. Aliás, há muito mais infraestruturas! E OS 18 METROS, FORAM UMA DAS RESOLUÇÕES DE ANO NOVO? Nada disso, não penso assim! Só desejo saúde. Se me derem saúde, o resto eu resolvo! Esses objetivos de carreira, como passar a barreira dos 18 metros, são algo que eu ambiciono e para o qual trabalho. Mas não estou obcecado. Vivo muito bem o meu dia-a-dia - com isso no canto do meu pensamento, para trabalhar sempre motivado. Há que ter grandes objetivos, elevar a fasquia. Se fazemos bem o nosso trabalho e nos esforçamos, estamos de consciência tranquila.
O período de festas já acabou e tens de te começar a preparar para o verão, certo? Por te compreendermos, vamos oferecer um mês gratuito no Fitness Hut. A Herbalife e a Mais Superior querem ajudar-te a atingir a melhor forma, com a devida suplementação e com uns acessórios que vais mesmo querer usar. Vê como podes participar e consulta o regulamento e mais passatempos fevereiro 2019 em maissuperior.com/artigos/passatempos-a-decorrer/ maissuperior.com
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a tua escolha TEXTO: Sónia Costa FOTOS: Hugo Alexandre Cruz
CONVENÇÃO NACIONAL DO
ENSINO SUPERIOR
Porque há tantos jovens fora do Ensino Superior? Esta é uma questão que se repete e para a qual o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) quis obter respostas. Perante um cenário em que 60% dos jovens portugueses têm ficado, anualmente, fora do Ensino Superior, tornou-se urgente discutir novas soluções para aumentar o público das universidades e dos politécnicos portugueses. Com tal certeza em mente, a primeira sessão da Convenção Nacional do Ensino Superior teve lugar a 7 de janeiro em Lisboa, no ISCTE-IUL. Os painéis eram, ao todo, 6: O Ensino Superior na Europa, uma perspetiva comparada; Acesso ao Ensino Superior; Condições de Vida dos Estudantes do Ensino Superior; Ação Social no Ensino Superior, Inovação no ensino e nas ofertas formativas; Financiamento do Ensino Superior. As conclusões do debate foram várias, mas fica no ar a perceção do que ainda falta fazer: embora os progressos existam, há ainda um longo caminho para que Portugal continue a convergir com os países mais desenvolvidos. Segundo Maria de Lurdes Rodrigues, reitora do ISCTE-IUL e responsável pela organização da Convenção, “o Ensino Superior deve voltar a ser uma prioridade nacional porque é a base de desenvolvimento de todos os outros setores, da economia à saúde, passando pela educação, a administração pública e o setor social.”
Assim, a adoção de novas estratégias para afirmar o valor do Ensino Superior e a sua imprescindibilidade deve ser encarado um dos primeiros passos a dar. Democratizar o acesso e melhorar as condições de frequência das instituições é uma responsabilidade de todos os agentes envolvidos. Transformar o panorama do Ensino Superior e torná-lo uma prioridade nacional exige, segundo a reitora do ISCTE-IUL, “uma ambição política, com objetivos claros, no que respeita ao acesso ao Ensino Superior, ao apoio social e às condições de vida dos estudantes, ao modelo de financiamento das instituições universitárias e politécnicas e às condições para a inovação no ensino e nas ofertas formativas” . Este encontro foi o primeiro (de um total de seis) de uma iniciativa com a qual os reitores reclamam um pacto de dez anos contra a “estagnação” no setor. A Convenção prossegue a 15 de março, na Universidade de Aveiro, onde se vai falar da articulação do ensino com a investigação. A terceira sessão está marcada para abril, no Porto, e discute a aproximação do Ensino Superior às empresas, administração pública e agentes culturais.
“É preciso que mais pessoas entrem nas Universidades e Institutos Politécnicos do país. O cumprimento integral da democratização do Ensino Superior deve ser a massificação do Ensino Superior” Alexandra Leitão, secretária de Estado da Educação fevereiro 2019
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publireportagem 6 RAZÕES PARA TE APAIXONARES POR UMA PESSOA DE OUTRA CULTURA Todos sabemos que o amor não tem fronteiras: ultrapassa os limites de geografia, cultura e língua. As pessoas apaixonam-se por outras porque têm uma química, mesmo que não consigam comunicar na mesma língua. Por isso não é surpreendente que 27% dos alunos universitários que estudam no estrangeiro arrangem um namorado com nacionalidade diferente da sua.* Para o Dia dos Namorados, a EF Education First, empresa líder mundial em educação internacional onde vários casais internacionais começaram as suas relações, lista seis razões românticas para te apaixonares por uma pessoa de outra nacionalidade. «”Encontrar a minha paixão” é uma das principais razões para se aprender uma língua. É uma ótima motivação para uma pessoa se imergir numa nova cultura. Nas nossas escolas por todo o mundo vemos todos os dias novas relações entre culturas distintas e ficamos contentes de ser um lugar onde se juntam pessoas de diferentes nacionalidades e culturas », diz Constança Oliveira e Sousa of EF Education First em Portugal.
1. LÍNGUA
Apaixonares-te é uma das principais razões para aprender uma nova língua. O que começa com apenas algumas palavras pode evoluir em fluência completa num instante se tivermos o incentivo certo.
2. COMIDA
Apaixonares-te por uma pessoa de outra cultura não traz só uma aprendizagem linguística. Prepara-te para descobrires todo um novo mundo de oportunidades culinárias.
3. ENCONTROS NOS AEROPORTOS
Prepara-te para despedidas cheias de lágrimas mas também para encontros inscríveis nos aeroportos, tal como vemos nos filmes.
4. CULTURA
Podes-te surpreender com novos aspetos da vida do teu novo amor. Mas ver o mundo pelos olhos de alguém que amas vai abrir o teu coração e a tua mente para tradições estrangeiras, tornando-te num cidadão verdadeiramente global.
5. COMUNICAÇÃO
Manteres-te em contacto com uma pessoa de outra cultura nunca foi tão fácil – as redes sociais e tudo o que proporcionam tornam mais fácil manter a atmosfera romântica de formas muito criativas.
6. FELICIDADE
Por último, apaixonares-te é espetacular, independentemente e onde acontece!
*Fonte: http://ec.europa.eu/education/library/study/2014/erasmus-impact_en.pdf SOBRE A EF EDUCATION FIRST Fundada em 1965 com a missão de “abrir portas do mundo através da educação”, A EF Education First é a empresa líder global em educação internacional. A EF (www.ef.edu.pt ) já ajudou milhões de alunos a aprender uma nova língua e a viajar para o estrangeiro. Com uma rede de mais de 500 escritórios e escolas por todo o mundo, a EF é especialista no ensino de línguas no estrangeiro, viagens educativas, mestrados e pós-graduações e intercâmbios culturais. A EF publica anualmente o English Proficiency Index (www.ef.com/epi ), que mede a proficiência em Inglês de adultos de todo o mundo. A EF lançou recentemente o EF Standard English Test (www.efset.org), o primeiro teste gratuito standard de Inglês de todo o mundo.
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entrevista ENTREVISTA: Sónia Costa FOTOS: Cedidas pelo entrevistado
SALVADOR MARTINHA
O HUMOR É UMA DOENÇA Não há cá meios diagnósticos - ou se tem, ou não se tem. E ele tem: desde criança que manipula o humor, brinca com ele, usa-o da maneira mais parcial que pode. Seja na rádio, na Netflix, nos palcos ou no seu podcast Ar Livre, Salvador Martinha consegue conjugar a sua Cabeça Ausente com uma capacidade singular de observar o Mundo e convertê-lo em Comédia.
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entrevista Inicialmente, o teu sonho era estar deste lado: ser jornalista. Como aconteceu a mudança? O que te atraía na área? Eu queria era aparecer. Há uma série de profissões dentro da paleta daquelas que mais aparecem e ser pivot do noticiário é uma das melhores. Pelo menos uma horinha por dia ninguém te tira! Eu tinha essa ambição, mas foi um sonho muito curto. O que me motivava no jornalismo não era a investigação: era ter visibilidade, ter o poder de aparecer. Mas depois nunca cheguei, sequer, a equacionar ir para esse curso. No Jornalismo, terias de te esforçar por ser imparcial... Isso não é um pouco incompatível com o humor? É uma boa análise, porque o que eu gosto mais na comédia é, justamente, de ser parcial. O que sempre me irritou foi haver a ideia de termos de ser imparciais nas nossas opiniões. Eu gosto de ser parcial e o humor é parcial, não tem de fazer todo esse esforço quase desumano do jornalismo para informar e não dar a opinião. Eu posso informar e dar a minha opinião! É isso que me atrai no humor. Como foi a tua experiência no Ensino Superior? Fui para Marketing e Publicidade. Sempre fui um bocado cábula e a minha gestão era “Como posso continuar com este álibi de ser estudante, fazendo o mínimo possível?”. Marketing e Publicidade enquadrava-se nisso. Tinha um professor na Faculdade que dizia “Tirar um curso é como espremer uma laranja: tudo depende da maneira como o fazes! Se for sem grande esforço, não sai sumo. Se fores mais intenso já é diferente.” Portanto, é possível fazer um curso superior sem saber nada daquilo. Quantas pessoas são licenciadas e, mesmo assim, não percebem nada da sua especialidade? Milhares. Eu tenho algumas luzes de Marketing, que trouxe comigo para a minha profissão: sei o que é um posicionamento, uma estratégia - mas bastante por alto. Existe algum ingrediente essencial para “cozinhar” um bom humorista ou têm todos bases diferentes? Tenho uma teoria. Ser humorista é uma doença! (risos). Eu reconheço quando um outro humorista tem a doença, mas também vejo alguns que são apenas paraquedistas. É como eu amanhã lembrar-me que quero ter um restaurante e tornarme um paraquedista da restauração! Obviamente que não tenho, no meu adn, ser um grande chef ou cozinheiro. Consigo identificar isso, perceber “Esta pessoa é doente como eu”. Se me pedes um ingrediente-base, escolho essa espécie de desequilíbrio. Como uma lente que está instalada em ti, desde muito novo, e te leva a ver o mundo sempre de um prisma humorístico. Somos como conversores que, em vez de converter euros em dólares, convertem tudo o que vêm em humor. Isto não se pode forçar: já somos humoristas ainda antes de o sermos como profissão. Como defines o teu humor? Costumo dizer que não é negro nem caucasiano: faço humor transparente. Hoje em dia, posso dizer isso. Mas levei muito tempo a chegar aqui, nem sempre fiz o humor que queria fazer. Deu-me muito trabalho. É um humor que vem da minha alma, sem segundas intenções e sem agenda. Quando é que percebeste que tinhas piada? Disseram-te ou chegaste a essa conclusão sozinho? Apercebi-me desde muito puto. Tinha uns 9 ou 10 anos. Quando és um miúdo, não te dão uma carta de credibilidade. As pessoas riem-se dos putos porque eles se enganam, dizem disparates. E eu comecei, desde muito cedo, a manipular! Tornei-me um pequeno manipulador! Mas no bom sentido, não no sentido de esfregar as mãos e pensar “Vou ficar com a fortuna da minha avó!” (risos). O que fazia era dizer disparates propositadamente, fingir que me tinha enganado - porque sabia que se iam rir.
O Levanta-te e Ri está de regresso. Quando começou, em 2003, foste um dos primeiros a passar por lá. O que mudou desde essa altura em ti e no panorama do humor em Portugal? Primeiro, há cinco vezes mais comediantes agora do que na altura - e estão muito mais preparados, mesmo os mais novos. Tinha 19 anos quando fui ao programa, fui o mais novo a participar. Não tinha qualquer preparação técnica nem emocional, ter ido foi muito arrojado. Hoje, quem lá vai já tem muito mais preparação. Chegam a ir com uma bagagem de 100 espetáculos. Eu fui com três! Embora esta seja uma expressão muito forte, já começa a haver uma indústria, “A Indústria do Humor”. Tens 20 humoristas com tours pelo país. Na altura tinhas um e não havia, sequer, o conceito de tour. O Humor evoluiu muito! Antigamente, tinhas uma geração de humoristas. Agora tens os mais velhos, os da minha idade, os mais novos e os ainda mais novos. Já são quatro gerações. Achas que essa participação te abriu algumas portas e te mostrou que aquele era o caminho certo para o teu futuro? SIm, mal ou bem. Apesar de não ter sido grande espingarda, fica sempre uma associação da cara ao ofício. As pessoas passaram a associar-me ao humor e isso permitiu-me fezer uma série de novos contactos. Fala-me dos Alcómicos Anónimos. Esse foi, talvez, o grupo mais importante que tive na minha vida. Começámos em 2005, eu tinha 22 ou 23. Foram três anos durante os quais definimos, entre nós, uma série de ideias que ainda hoje fazemos. Víamos muito as gerações mais velhas, tirávamos ideias. Eu e o Rui Sinel de Cordes discutíamos muitas ideias que ainda hoje pomos em prática! Foram anos muito ricos, durante os quais aprendi muito - principalmente sobre escrita. Foi a partir desse grupo que cada um de vocês começou a definir o seu estilo próprio de humor? Foi a partir do fim - e foi, precisamente, o motivo do fim. Quisemos misturar os estilos todos, mas depois houve uma separação natural. Eu continuei a ter um estilo muito “Family Guy” e o Rui foi mais para o seu humor negro. Foi benéfico estarmos juntos, mas também foi benéfico cada um prosseguir para o seu estilo. Quem era a tua referência no humor, nessa altura? As referências internacionais eram as clássicas: Monty Python, Seinfeld, Conan O’ Brien... Não vale a pena estar aqui a inventar muito. Não havia internet nem tv cabo, por isso as referências eram limitadas àquilo que chegava cá. Comecei a ver o Conan e o Jay Leno na NBC, na parabólica. Em Portugal, adorava o Herman e o Ricardo Araújo Pereira! Lembrome de ter feito o meu primeiro workshop de humor e de o RAP aparecer e fazer stand up. Ele não era conhecido na altura, mas até me deixou nervoso com aquela cena fresca que estava a fazer. Era incrível e diferente de tudo o que havia! E hoje? Acompanho tudo, sou muito observador. Não sou daqueles humoristas que diz “Ah, não vi, não vi”. Já vi os espetáculos de quase todos os humoristas portugueses e muitos estrangeiros também. Estamos numa fase em que já há tantos humoristas que começamos a parecer uma praga! Até era giro fazer um filme de terror sobre isto: os humoristas a multiplicarem-se como gremlins e a dominar o mundo! Gostaria que o stand-up não fosse uma maioria, mas agora parece que há um stand-up comedian a cada esquina… Não gostava que se tornasse algo mainstream ou banal.
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entrevista Como funciona o teu processo criativo? Encontras uma centelha de piada, sentas-te logo e abres o bloco para escrever? É muito complicado desligar. O que sinto é que posso só estar sentado no sofá a ver televisão e chegar ao final do dia exausto. Pensar Humor é uma maneira de existir. Estou aqui e este senhor entrou na sala de determinada maneira, aquele tem um casaco daquela cor… E já estou a pensar em piadas! Chego a estar cansado de estar com pessoas, porque estou sempre em constante criação. Tudo o que vejo converto em humor, não tenho folgas.
O Cabeça Ausente vai correr o país, de norte a sul. Isso não te cansa? Ainda no outro dia estava a dizer à minha mulher que era muito mais fácil estar nesta profissão se tivesse uma vida mais desequilibrada…. Eu faço 100 espetáculos, 50 da tour e 50 de preparação. Atuo quarta, quinta, sexta e sábado - e a adrenalina vai subindo, subindo… Até que chega domingo, dia de família! Como é que uma pessoa salta entre ser normal e ser anormal? É um bocado esquizofrénico!
Então o Humor é como uma Arte? Não quero ser presunçoso, mas sim. Não falando de mim, mas do Humor. Nunca ninguém diz “O Humor é uma Arte” mas, no fundo, ele está presente em todas: na escultura, na pintura, no cinema… É uma Doença e uma Arte.
O que tinhas presente na tua cabeça quando preparaste este espetáculo? O espetáculo é um conjunto daquelas ideias que fui tendo, ao longo dos anos, e sobre as quais pensava sempre “Não, não, isto é muito arrojado de estar agora a dizer…”. É um registo mais ousado, diferente do que fiz no Coliseu.
O que mais te chateia no Humor? A pressão para ter de fazer rir de determinada maneira. Se me dizem “Oh Salvador, conta aí umas piadas!”. Não dá, não consigo. Há humoristas que conseguem! Essa pressão de fazer rir tira-me a pica.
Um espetáculo com bolinha vermelha? Sim, mas não pelas asneiras - que já passámos essa fase. Por uma questão de “Eh lá! Como é que ele foi pensar nisto? Como é que tem coragem para pensar nisto?”.
Quase como o engraçado a quem se pede para contar uma anedota no jantar de família? Exatamente! Há muitos projetos que são “Olha, queres participar neste jantar de família?”. Eu não tenho jeito para isso! Sou aquele que diz “Olha, queres cagar na tua família e vamos lá para cima para o sótão, que eu tenho uma rádio pirata?”.
Tens algum espetáculo, na tua carreira, que tenha sido particularmente marcante para ti? O Coliseu. Lembro-me de ir com a minha mãe ao Coliseu e nunca prestar atenção aos espetáculos- fossem de circo, de dança... Estava fascinado pelo ambiente, queria subir ao palco, absorver aquilo tudo. Estabeleci o objetivo de atuar lá aos 35! Achava que era preciso uma certa maturidade. E consegui, bateu tudo certo com o meu sonho. Estive ali sólido, seguro: correu muito bem. Depois disso relaxei muito. Como aqueles treinadores que nunca foram campeões nacionais e estão sempre carrancudos. Depois ganham e relaxam, já se riem... Se agora morresse, acredita que já ia um bocado feliz. Depois de encher o coliseu e de ser um bom espetáculo, é tudo uma repetição desse sonho - mas noutra escala. É o nosso problema: somos ambiciosos demais.
“Vivemos num país que tanto pode ter sentido de humor como ser muito chato. O Obama entrou numa convenção nuclear de skate? É o maior, muito divertido! O Presidente da República ligou para a Cristina Ferreira? Todos lhe caem em cima” Rádio, Netflix, espetáculos ao vivo… Palcos, estúdios... Onde é que te sentes verdadeiramente em casa? Onde me sinto confortável. Nunca fui de aceitar muitos convites, sempre disse vários “nãos” - talvez tenha dito demasiados. Hoje já consigo perceber que digo sim ou não de acordo com o meu conforto. Não vale a pena meter-me em algo só porque é “muito bom”: Cada humorista tem o seu estilo e eu resulto muito melhor quando estou 100% confortável. Por exemplo, fiz rádio e não me sentia inteiramente confortável. Foi ao ponto de os meus amigos dizerem “Ya, rádio não é para ti”. Mas depois fiz o podcast Ar Livre (que não é rádio, mas funciona nas mesmas bases) e, de repente, metade das minhas plateias nos espetáculos são ouvintes do programa. Lá está, tem a ver com o conforto. Preciso de liberdade para não me sentir constrangido. Alguma vez sentiste que não podias dizer o que querias? Em Portugal temos uma censura mais sofisticada: não há um lápis azul nem um senhor que diga “Olhe, desculpe, você não pode dizer isto”. É mais o moralismo das pessoas que leva a uma auto-censura. Vivemos num país que tanto pode ter sentido de humor como ser muito chato. O Obama entrou numa convenção nuclear de skate? É o maior, muito divertido! O Presidente da República ligou para a Cristina Ferreira? Todos lhe caem em cima, só cronistas revoltados “É um populista, um aproveitador!”... São estas pequenas coisas. Num país que é assim, tu pensas duas vezes e optas por não dizer isto ou aquilo.
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Preferias nunca mais fazer uma piada ou estar sempre a fazer piadas sobre tudo? Epá… Na primeira opção ia para o desemprego - e na segunda também, porque ia estar sempre a criar caos! Era uma vida muito triste… Mas era capaz de escolher a primeira, para depois haver quem dissesse “Olha sabes, este é o Salvador, aquele gajo a quem lhe aconteceu uma coisa e nunca mais consegue ter piada!”. Ia tornar-me um mito!
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03 — 06 abril 2019 FIL — Lisboa
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saúde TEXTO: Frederica Passos FOTO: AdobeStock
ESPELHO MEU, ESPELHO MEU:
o que me aconteceu?
Numa realidade não assim tão distante, temos princesas com as chaves de todas as portas e baús do castelo (não vá ela perder o controlo que tem sobre ele) e príncipes com alfaiates e pajens que ditam como a princesa deve vestir e agir.
VIOLÊNCIA NO NAMORO: Somos uma plateia passiva perante a alegoria no palco? Existem diversos livros de A a Z e dos 0 aos 10 anos que servem como guia para os pais que querem educar os filhos de forma adequada. Há ainda aqueles que prolongam a bibliografia até à Puberdade e os ensinam a ter “a conversa” tão temida da cegonha... Surge, então, a questão: o que acontece depois disso? Depois das abelhas e das flores, das cegonhas e das fichas e tomadas? Portugal está entre os países com as taxas de divórcio mais elevadas. Apenas 1 em cada 3 casamentos vinga - o que nos leva a pensar “Com que exemplos de amor, respeito e comunicação estamos a educar as crianças portuguesas?”. Uma consequência alarmante desta realidade é a taxa de violência no namoro entre os jovens portugueses. 56.5% já foram sujeitas/os a, pelo menos, um ato de violência no namoro. 56.2% das mulheres e 57.3% dos homens figuram como vítimas. 36.6% já praticaram, pelo menos, um ato de violência no namoro. 34.4% das mulheres e 43.4% dos homens figuram como agressoras/es.
Que tipos de violência existem e quais os números por detrás deles? (De acordo com o Estudo Nacional sobre a Violência no Namoro em Contexto Universitário: Crenças e Práticas e o Estudo nacional, feito pela UMAR)
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA: a mais prevalente nas relações de namoro. F 21.1% já foram ignoradas, desprezadas, humilhadas, envergonhadas ou tratadas com indiferença. M 15.2% já foram criticados, insultados, difamados ou acusados sem razão. 14% dos e das jovens não reconhecem esta forma de violência. 9% dos/as jovens não consideram que ameaçar a outra pessoa seja um ato violento. 31% legitima a proibição de estar ou falar com um/a amigo/a VIOLÊNCIA FÍSICA:
F 8.3% já foram fisicamente magoadas, empurradas, pontapeadas, esbofeteadas ou alvo de murros ou cabeçadas. M 5.2% já foram fisicamente magoados, empurrados, pontapeados, esbofeteados ou alvo de murros ou cabeçadas.
VIOLÊNCIA SOCIAL: F 20% já foram controladas na forma de vestir, no penteado ou na imagem, nos locais frequentados, amizades ou companhias. M 9.5% já foram alvo de maledicência ou de boatos na escola ou em locais ou grupos frequentados regularmente. 15% não considera violento a partilha, sem autorização, de mensagens ou fotos
VIOLÊNCIA SEXUAL: F 7.2% já foram obrigadas a ter comportamentos sexuais não desejados. M 2.4% já foram obrigados a ter comportamentos sexuais não desejados. 36% legitima pressionar para beijar à frente dos/as amigos/as
Pode ser preciso contactar um médico Psiquiatra? A violência no namoro é um forte indicador de saúde mental nos adolescentes e jovens adultos. Correlaciona-se com a depressão, stress pós-traumático, perturbação borderline da personalidade, ideação suicida, comportamentos autolesivos, abandono escolar e impacto académico. fevereiro 2019
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saúde SINAIS DE ALERTA • Perde o interesse pelas atividades que anteriormente gostava. • Deixa de sair com outros amigos/familiares (“Não me apetece... Estou cansada...Vai ser aborrecido”) • Recebe, constantemente, mensagens a questionar onde e com quem está. (“Estou com o António...O quê, queres que lhe passe o telefone ?”) • Desculpa-se pelo comportamento do namorado/a. (“Ele está a brincar, é só um bocado brusco, às vezes”) • O namorado/a goza e critica à frente de outras pessoas. • O/A namorado/a reage bruscamente quando está a falar com outra pessoa do sexo oposto. (“Parece oferecida, devia ter respeito e nem olhar”) • Tem ou tenta esconder nódoas negras em qualquer parte do corpo. FATORES DE RISCO • Álcool (facilitador comum) • Drogas • Vítimas de abuso sexual na infância • Patologia mental dos agressores/vítimas • Ambiente familiar conflituoso • Círculo de amigos pouco apoiante COMO PODEMOS EVITAR? Os dados nacionais mostram que uma percentagem importante dos adolescentes não identificam certos atos como violentos. Será por conviverem com exemplos abusivos? Por falta de informação? Por vergonha?
FALEM!
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Ela: (entra, cabisbaixa,
na consulta. Não me olha nos olhos, anda pé ante pé para não fazer barulho)
“Deixei de dançar... Até tinha jeito... Mas ele não gosta”. Ele: (de pé, à porta
do gabinete, tenta sem sucesso desligar o telefone)
“Não é nada, não vou fazer queixinhas de ti, só ando um bocado nervoso e marcaramme consulta...”
Tratam-se de adolescentes, com quem a comunicação nem sempre é fácil... O que podemos ter a certeza é que, mesmo não tomando a iniciativa de abordar este tema, eles ouvem-nos. Sem pré-conceções, sem juízos de valor, sem tabus, sem dramas. Não entrem a matar, mas também não precisam de sussurrar como se o bicho -papão estivesse atrás da porta. PAIS: comecem a conversa sem grandes formalismos ou expectativas. • Deem exemplos de casos de violência que tenham lido ou visto num filme • Falem abertamente sobre sexting, ciúme, controlo • Falem sobre o que é uma relação afetiva saudável, sobre respeito e direito à privacidade. AMIGOS: há sempre aquele no grupo que é mais direto, outro que é mais poético, aquele mais pragmático... que interessa é FALAR. • Perguntem como vai o namoro • Falem da vossa própria relação (presente ou passada) • Comentem a relação dos outros (sim, todo o adolescente adora uma boa coscuvilhice) • Ouçam muito e dêem espaço ao vosso amigo/a para falar DOCENTES: sem correr o risco de serem intrusivos ou envolverem-se demasiado, prestem atenção aos sinais de alarme e abordem o/a vosso aluno/a, sem grande expectativa do que será a conversa ou pressão para ele/a desabafar.
Nome: Frederica Passos Cédula: 62972 Hospital Beatriz Ângelo Em colaboração com Dr. Miguel Constante
ONDE PEDIR AJUDA Através do número da APAV - 707 200 077 (10h00-13h00/14h00-17h00 – dias úteis).
BIBLIOGRAFIA: Estudo Nacional sobre a violência no namoro em contexto universitário crenças e práticas 2017/2018, Associação Plano I UNI+ Violência no Namoro, UMAR 2017 Reyes HLM, Foshee VA, Chen MS, Ennett ST. Patterns of Dating Violence Victimization and Perpetration among Latino Youth. J Youth Adolesc. 2016;46(8):1727-1742. Wood, L., Voth Schrag, R., & Busch-Armendariz, N. (2018). Mental health and academic impacts of intimate partner violence among IHE-attending women. Journal of American College Health, 1–8. Sargent, K. S., Krauss, A., Jouriles, E. N., & McDonald, R. (2016). Cyber Victimization, Psychological Intimate Partner Violence, and Problematic Mental Health Outcomes Among First-Year College Students. Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking, 19(9), 545–550 Kamimura, A., Nourian, M. M., Assasnik, N., & Franchek-Roa, K. (2016). Intimate partner violence–related experiences and mental health among college students in Japan, Singapore, South Korea and Taiwan. International Journal of Social Psychiatry, 62(3), 262–270. fevereiro 2019
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experiências TEXTO: SÓNIA COSTA FOTOS: Zomato
Dia de
Sao Valentim
O Dia dos Namorados está mesmo aí à porta e ainda não tens ideia de onde vais levar a tua cara-metade a jantar? Não te preocupes: a Mais Superior quer ser o teu wingman e desencantou umas sugestões que não te vão deixar mal visto! Só tens de prometer que, pelo menos desta vez, abres os cordões à bolsa!
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Se para ti Amor também é sinónimo de futebol, nem é preciso lembrarmos-te que a 14 de fevereiro há Liga Europa… Temos uma sugestão para aqueles que, neste dia, torcem pela sua paixão com o maior dos romantismos.
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fevereiro 2019
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