OUTUBRO 2017 | Nº58 | MENSAL | REVISTA DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | NÃO PODE SER VENDIDA
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EM FORMA
Fazer desporto na universidade. Porquê?
Ea x a r p praxE ao contrári o contrário
MAIS GAMES A moda do retrogaming
K Os caloiros são os reis do início do ano letivo, e a Mais Superior foi descobrir o movimento que vira a praxe ao contrário!
Certamente já ouviste falar dos Banzai Noodle Cigala, é prático e pode ser consumido em qualquer lugar, tem um sabor k’até ferve, e tu ferves com ele. Podes preparar a tua refeição na própria embalagem, água a ferver (cuidado não te queimes!), esperas três minutos e com embalagem tapada hummmm…está pronto! Isto permite uma mobilidade a "todo o terreno", desde o parque de campismo até ao bar da escola. A Cigala facilita as tuas horas de almoço de forma rápida, exótica e irreverente. Gostamos de festivais, de desporto, de selfies e jogos. Somos uma marca com espírito jovem e inovador e procuramos que vivas com entusiasmo. Bannnnzaaaiiii!! Sabes o que significa Banzai? Banzai em japonês significa 10.000 anos de vida, por isso grita o mais alto que puderes. Além disso, é utilizado em momentos de felicidade, já noutros tempos foi mesmo um grito de guerra.
Os Noodles são um prato típico da cultura japonesa, com mais de 100 anos. Literalmente estás a comer História! Tens quatro variedades á tua escolha: sabores a Camarão, Caril, Carne ou Galinha, e todos eles premiados. No ano 2017 na categoria de Cup Noodle a Banzai Noodle Cigala venceu o Prémio Cinco Estrelas.
Obrigado por fazeres desta marca um sucesso. E não te esqueças, passa ao plano B.
ÍNDICE
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PASSATEMPOS
MEGA NEWS A Tarde, com a Catarina Palma e o Paulo Pereira
AE DO MÊS AEFADEUP
Informação cedida pelo departamento comercial
Queres ganhar um destes prémios fantásticos? Vai a www.maissuperior.com, visita a secção Passatempos e vê o que temos guardado para ti. Só tens de entrar no artigo, preencher o formulário e enviar a melhor participação. Boa sorte!
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EM FORMA Futebol universitário
PLAYLIST
Este kit é composto por 1 jogo PS4 No Man’s Sky + 1 kit escolar + 1 kit de essenciais de beleza, e outras surpresas. Participa!
Orelha Negra
LER PARA CRER
PA RT I C I PA AT É : 16 D E N OV E M B R O
Exarp: A praxe ao contrário
TARABYTES MASSIVE Virtual Reality Laboratory
MAIS GAMES
GANHA CONVITES PARA O “JAMESON URBAN ROUTES”
A moda do retrogaming
STARTUP
Ganha convites para o “Jameson Urban Routes”
Chofer
TAKE 1
PA RT I C I PA AT É : 23 D E O U T U B R O
Al Berto
EDITORIAL Os caloiros estão a começar a assentar arraiais (sim, é mesmo um trocadilho com as festas) no Ensino Superior, a conhecer os novos colegas e a descobrir a sua nova cidade, a nova casa e a nova rotina. E estão também a viver o seu período de integração nas respetivas instituições, cada vez mais ao abrigo de uma nova forma de olhar para o acolhimento dos caloiros: o EXARP. Exarp praxe ao contrário - quer dizer precisamente isso, virar a praxe do avesso e apostar em momentos de convívio virados para a cultura ou para o voluntariado. A Mais Superior foi saber mais sobre esta nova forma de bem receber.
GANHA UM LIVRO “LIDERANÇA - PARA ONDE VAMOS A PARTIR DAQUI?” DE ANABELA CHASTRE E PEDRO RAMOS Especialista em coaching e formadora, Anabela Chastre tem os olhos postos no futuro. Também Pedro Ramos passa a sua perspectiva sobre as características de um bom líder. Um manual de liderança que pode ser teu!
Este mês continuamos também a falar de desporto universitário, com as duas equipas campeãs nacionais universitárias de futebol de 7 feminino e de futebol de 11 masculino, e na nossa AE do Mês, o destaque também vai para o desporto, com a AEFADEUP.
PA RT I C I PA AT É : 15 D E N OV E M B R O FOTO: Chiado Editora
Entrevistamos ainda os Orelha Negra a propósito do novo disco, e exploramos a Uber portuguesa, a moda do retrogaming e o novo centro de realidade virtual da UTAD - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Encontra a tua Mais Superior na tua associação de estudantes!
GANHA 1 CONJUNTO DE CREMES BIOTEN! Temos para oferecer 1 conjunto de cremes da Bioten, composto por 1 gel de limpeza + 1 creme + 1 esfoliante. Participa neste passatempo!
Tiago Belim, Diretor Editorial
FICHA TÉCNICA Pr opr ietário/Ed it or: Young Direct Media, Lda
NIPC nº 510080723 E mpr esa j ornali st ica i nsc ri t a c om o n º: 2 2 3 8 5 2 ADMINISTRAÇÃO E DIREÇÃO GERAL DA EMPRESA Duarte Fortunato, duartefortunato@youngdirectmedia.pt; Graça Santos, gracasantos@youngdirectmedia.pt ; Paulo Fortunato, paulofortunato@youngdirectmedia.pt Sede de redação: Rua António França Borges, nº 4A loja Dta. 2625-187 Póvoa de Santa Iria Tlf: 21 155 47 91 Fax: 21 155 47 92 Email geral: geral@youngdirectmedia.pt
PA RT I C I PA AT É : 14 D E N OV E M B R O
FOTO: Bioten
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www.maissuperior.com Revista de conteúdos educativos para os alunos do Ensino Superior REDAÇÃO DIRETOR EDITORIAL Tiago Belim, tiagobelim@youngdirectmedia.pt; DEPARTAMENTO COMERCIAL DIRETOR COMERCIAL E DE PUBLICIDADE Duarte Fortunato, duartefortunato@youngdirectmedia.pt; ACCOUNT Gonçalo Pires, goncalopires@youngdirectmedia.pt; COLABORADORES EDITORIAIS Afonso Alexandre, Guilherme Costa, MEGA HITS DESIGN Cristina Germano, imagem@youngdirectmedia.pt COMUNICAÇÃO Sofia Felgueiras, comunicacao@youngdirectmedia.pt
PA RT I C I PA AT É : 13 D E N OV E M B R O PVP: SOB CONSULTA FOTO: Fitness Hut
CONDIÇÕES GERAIS DOS PASSATEMPOS DA MAIS SUPERIOR
ESTATUTO EDITORIAL Disponivel em www.maissuperior.com TIRAGEM: 10.000 exemplares DISTRIBUIÇÃO: Gratuita PERIODICIDADE: Mensal REGISTO NA ERC Nº 126168 DEPÓSITO LEGAL: 339820/12 TIPOGRAFIA E MORADA: Monterreina, Cabo da Gata, 1-3, Área Empresarial Andalucia, sector 2 28320 Pinto Madrid - Espanha - diego@monterreina.com BANCO DE IMAGENS :
Todas as imagens utilizadas nesta publicação, salvo as que estão creditadas, são retiradas do Adobe Stock.
ESTA PUBLICAÇÃO JÁ SE ENCONTRA ESCRITA AO ABRIGO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO.
1. a) O passatempo “Ganha este fantástico kit de ofertas (com 1 jogo PS4)!” termina às 12:00h de 16 de novembro de 2017. b) O passatempo “Ganha convites para o Jameson Urban Routes” termina às 12:00h de 23 de outubro de 2017. c) O passatempo “Ganha 1 livro e aprende a ter a Atitude Certa!” termina às 12:00h de 15 de novembro de 2017. d) O passatempo “Ganha 1 conjunto de cremes Bioten!” termina às 12:00h de 14 de novembro de 2017. e) O passatempo “Queres um mês de ginásio à borla?” termina às 12:00h de 29 de setembro de 2017. | 2. Os vencedores serão anunciados até ao final do dia de fecho do passatempo. | 3. Das respostas recebidas, apenas serão consideradas válidas as que preencherem devidamente os campos solicitados no formulário de participação. | 4. Para poderem participar no passatempo, é obrigatório que os participantes se registem no site Mais Superior, e que indiquem no formulário o email utilizado, no espaço correspondente. | 5. Só é aceite uma resposta válida por endereço de e-mail e por concorrente. | 6. Do conjunto de respostas válidas recebidas, os premiados serão selecionados aleatoriamente, com recurso ao random.org. | 7. No caso do número de participações ser inferior ao número de prémios disponíveis, serão contemplados todos os participantes que responderem acertadamente. | 8. A lista dos premiados será publicada online, na área de Passatempos, sendo os vencedores ainda notificados via e-mail ou telefone, pelo que os participantes deverão facultar sempre os seus contactos corretos e atuais. | 9. A Mais Superior responsabiliza-se pelo primeiro envio do prémio ao respetivo participante vencedor. No caso de não ser levantado ou reclamado, os custos do reenvio ficarão a cargo do participante vencedor, caso ele assim o entenda. | 10. Se algum prémio não for reclamado e/ou for devolvido e não nos for possível contactar o vencedor, ao fim de 60 dias esse prémio será atribuído a outro participante. | 11. Todas as demais dúvidas e questões podem ser endereçadas para o e-mail comunicacao@youngdirectmedia.pt. | 12. Só são permitidas participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas. | 13. A Mais Superior reserva-se o direito de excluir participações que sejam consideradas fraudulentas ou ofensivas.
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MEGA NEWS ENTREVISTA: Tiago Belim FOTOS: MEGA HITS
o máximo de seriedade que nós temos – ou bolos de pastelaria, ou expressões dos anos 90 que deixaram de ser usadas, como baril ou abancar. Depois, no final do programa, também gostamos sempre de deixar um conselho, numa rubrica chamada Nunca Se Esqueçam. Um “momento Gustavo Santos” mas mais parvo ainda, se é que isso é possível. Nunca te esqueças que restaurantes com fotos da comida na ementa nunca são uma boa escolha, ou Nunca te esqueças que leggings e collants opacos não são a mesma coisa, ou ainda Nunca te esqueças que a Ariana Grande esteve a um ‘N’ de ser Ariana Grade. Coisas por aí. De resto, continuamos a ter algumas entrevistas com convidados, temos o Só Que Não com o Luís Franco-Bastos às segundas e quintas, e agora temos mais de 45 minutos de música sem parar. Estamos a caminhar para mais de dois meses de músicas sem parar, mas ainda não chegámos lá.
é deles! A Catarina Palma e o Paulo Pereira sentam-se à mesa do café e ficam à tua espera para alguma galhofa, fazer-te rir com o melhor humorista de Portugal e pôr-te a ouvir a música de que tu mais gostas. De segunda a sexta, das 4 da tarde às 8 da noite, o teu melhor regresso a casa é n’A Tarde da MEGA HITS!
Paulo, o que significa para ti já seres o elemento sénior d’A Tarde? PAULO – Epá, significa que estou aqui há muito tempo... Mais a sério, não é? Bom, quando trocas várias vezes de colegas e quando fazes o mesmo horário durante muito tempo, é importante continuares a reinventar-te um bocado e a trazer coisas novas. Algo que nem sempre é fácil, porque ao fazeres a mesma coisa corres o risco de cair na monotonia e de te acomodares um bocado... Esse é o desafio, é trazer conteúdos novos e aproveitar os inputs das pessoas novas que chegam e que têm sempre ideias. Há quanto tempo é que o Paulo e a Catarina fazem A Tarde juntos? CATARINA – Hmm... Desde que a Filipa [Galrão] se foi embora, ou seja praí em junho ou julho. Três ou quatro meses Paulo – Pensava que já era há meio ano... Já estou farto de ti. (risos) E o que mudou no programa desde que a Catarina entrou e a Filipa e o Rui [Maria Pêgo] saíram? PAULO – Passamos mais música, ou seja, falamos menos. Basicamente é sempre esse o jogo que tens de fazer, e como tem de ser um programa mais rápido e mais musical, temos de aproveitar melhor os espaços que temos para falar. Tentamos ser mais interessantes com um bocadinho menos de tempo, talvez. CATARINA – Temos um programa muito mais ligado. Há sempre música, mesmo quando estamos a falar! E como é que o fazem? Há rubricas novas? PAULO – Sim! Temos uma rubrica muito gira chamada Top 5, todas as sextas-feiras às 16 horas, onde fazemos um top 5 de coisas. De coisas mais sérias, como por exemplo músicas da Disney – e isto é
Catarina, o que é que tu trouxeste à Tarde da MEGA? CATARINA – É difícil responder, até porque eu gostava muito do programa com a Filipa, o Rui e o Paulo e achava que era muito completo. E de repente quando sou eu a ter essa responsabilidade juntamente com o Paulo, tento equilibrar e que seja pelo menos tão bom como era nessa altura. E espero estar a conseguir! Acho que trouxe um pouco mais de infantilidade! PAULO – Eu acho que o programa está mais leve, mais ágil e com mais ritmo. Nenhum dos dois se leva muito a sério e eu acho que isso é bom porque torna o programa mais divertido. CATARINA – Às vezes sinto que estamos na mesa do café com as pessoas que nos estão a ouvir! PAULO – Antes da próxima pergunta, eu adorava dizer uma coisa. Há muitas pessoas que me dizem que gostam muito da MEGA e d’A Tarde, mas que logo a seguir me dizem do que não gostam: De quando nós falamos. E eu queria dizer a essas pessoas que A – nós estamos a falar cada vez menos, e B – epá, por favor não digam muito isso porque senão somos despedidos. A Segurança Social já tem encargos que chegue. E porque é que quem não ouve A Tarde tem de passar a ouvir? CATARINA – Porque nós somos simpáticos e divertidos e... estás a ver aquele programa onde as pessoas comem estuque da parede? PAULO – É isto que a Catarina traz ao programa. CATARINA – Não a sério! Quando não te apetece pensar e só queres ouvir música ou um pouco de companhia, nós estamos lá para isso. PAULO – Deem uma chance, pode ser que gostem. Sobretudo se não quiserem que o vosso regresso a casa se faça de notícias sobre o Estado Islâmico. Às vezes apetece descontrair e estar só na galhofa. Ah, e temos o Luís Franco-Bastos, que é só um dos melhores humoristas em Portugal!
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AE DO MÊS TEXTOS E FOTOS: AEFADEUP
AEFADEUP.
UM ANO DE OURO
É este o balanço que a Associação de Estudantes da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto faz do ano letivo passado, onde a grande maioria das suas equipas desportivas vestiram as cores da AE e a faculdade nos Campeonatos Nacionais Universitários, obtendo várias medalhas e títulos de campeão. Foram os melhores resultados de sempre da AEFADEUP, que promete continuar a trabalhar para melhorar cada vez mais a representação dos seus estudantes.
MENSAGEM DO PRESIDENTE
A Associação de Estudantes da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (AEFADEUP) é composta por 25 elementos e define-se como uma associação de estudantes para estudantes. O seu objetivo passa por melhorar as condições destes jovens no Ensino Superior e em todo o seu envolvimento. Composta pelos departamentos desportivo, academico-cultural, recreação e lazer, formações e solidário, a AEFADEUP procura promover uma formação mais completa e diversificada a todos os estudantes, sem nunca esquecer o convívio e a troca de ideias e de experiências.
AS EQUIPAS AEFADEUP
Este foi um ano de ouro para o departamento desportivo da AEFADEUP. A nível regional, nos Campeonatos Académicos do Porto, fomos campeões em Basquetebol feminino e masculino, Futsal feminino e Voleibol feminino, e alcançámos a medalha de prata em Andebol masculino e a medalha de bronze em Voleibol masculino e Futsal masculino. Com isto, 7 das nossas 9 equipas foram a Coimbra disputar os Campeonatos Nacionais Universitários, onde conseguimos alcançar os melhores resultados de sempre da AEFADEUP. Todas as nossas equipas passaram a fase de grupos e, na fase de eliminação, conquistamos 2 quartos lugares com as equipas de Basquetebol feminino e Voleibol masculino, 3 medalhas de prata com as equipas de Basquetebol masculino, Voleibol feminino e Futsal feminino e fomos Campeões Nacionais na modalidade de Andebol Masculino. Após esta vitória, a nossa equipa foi disputar o Campeonato Europeu Universitário de Andebol em Antequera, Espanha. Nesta competição, e apesar de a nossa equipa ter demonstrado um enorme esforço e dedicação,
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a AEFADEUP não conseguiu mais do que o 11º lugar. Contudo, as equipas da AEFADEUP vão continuar a treinar para alcançar ainda melhores resultados já neste ano. Para seguires os resultados das equipas da nossa Associação, segue a nossa página de Facebook Equipas AEFADEUP.
A SPORTCUP
A SportCup é uma atividade semestral de carácter recreativo que promove o convívio entre os estudantes e ex-estudantes da FADEUP, através da prática de modalidades como voleibol, goalball, floorball, boccia, ténis de mesa, entre outras. Este torneio é realizado durante 4 dias, no período noturno, e é composto por 8 modalidades. Tem uma lotação máxima de 10 equipas mistas, sendo cada equipa composta por 10 elementos. A próxima SportCup está marcada para os dias 16, 17, 18 e 19 de outubro.
AEFADEUP SOLIDÁRIA
Este é um departamento que se encontra em constante crescimento. Como ponto de partida para o desenvolvimento deste departamento, foi criado o Núcleo de Voluntariado AEFADEUP, aberto a todos os estudantes e não estudantes que pretendem colaborar, de forma voluntária, com a Associação de Estudantes da FADEUP e, consequentemente, com as instituições parceiras. Para além do cariz solidário incutido na maioria dos eventos da AEFADEUP, realizamos ainda recolhas de roupa, alimentos e brinquedos. Para além de tudo isto, colaboramos com o IPO do Porto na realização do 1º Torneio Internacional Resistentes Sempre. Todos aqueles que pretendem contribuir positivamente para o Núcleo de Voluntariado podem inscrever-se enviando um e-mail para aefadeupsolidaria@aefadeup.pt.
facebook.com/AE-FADEUP-223002521077474 ae-fadeup.com
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EM FORMA REPORTAGEM: Tiago Belim | FOTOS: Universidade do Porto e Associação Académica da Universidade de Évora
Futeb l
na universidade Para o mês em que começamos a falar com alguns dos melhores atletas de cada desporto universitário, escolhemos o mais popular de todos: O futebol. Existem as modalidades de futebol de 7 e de 11 (já para não falar do futsal...) e nós tentámos descobrir os segredos do sucesso dos capitães das equipas campeãs nacionais de 2016/2017. No futebol de 7 feminino, Sofia Rios foi jogadora e capitã da equipa da Universidade do Porto, e no futebol de 11 masculino, Pedro Amendoeira é jogador e capitão da equipa da Associação Académica da Universidade de Évora.
A paixão pelo futebol
A primeira pergunta que colocámos aos capitães destas duas equipas campeãs foi muito simples: Afinal, porquê praticar futebol? Muito da resposta residiu na paixão pelo jogo. “Pertencer a uma equipa dá-nos a oportunidade de termos de trabalhar em grupo com pessoas muito diferentes e perceber a dinâmica de cada um para atingir um objetivo maior. Conhece-se muita gente, temos diferentes experiências e fazem-se grandes amizades”, contou-nos a Sofia Rios, que escolheu o futebol porque “já jogava desde pequena” e porque viu no futebol universitário “um complemento saudável à minha formação enquanto estudante”. E para o Pedro Amendoeira, nem sequer se colocou a questão: “Joguei futebol ao longo de toda a minha vida, e por isso era lógico poder agora na universidade representar a instituição onde estudo.”
Estar entre os melhores
Do que precisa afinal um jovem universitário para poder estar entre os melhores na sua modalidade? O clássico “muito trabalho” entra na equação, evidentemente. Mas tudo começa “nos treinos de captação necessários para encontrar os atletas mais capacitados a entrar na equipa”, conforme nos explicou o Pedro Amendoeira. A partir daí, de acordo com a Sofia Rios, “é preciso compromisso, dedicação e resiliência. Não é fácil treinar com mau tempo, quando sabemos que temos poucas atletas nos treinos (limitações tais como aulas/trabalho), quando temos atletas de longe que têm de fazer mais de 50 quilómetros para treinar, mas o segredo é ter um bom grupo e saber aproveitar bem o tempo.”
Formar uma equipa campeã
Para além de tentares ser o melhor possível a nível individual, o objetivo último do futebol – enquanto desporto coletivo – é fazer parte de uma equipa vencedora. Para o capitão da melhor equipa masculina de futebol de 11 do ano passado, não há segredos para conseguires lá chegar. O que tem de haver é “uma grande união, uma grande seriedade e um grande compromisso de todos os atletas para representar da melhor forma a sua instituição”. Foi isso, na sua opinião, que aconteceu na AAUE e que resultou na conquista do campeonato nacional. Mas para além da união, tem de existir treino. Um treino que, se conciliado com o sonho, pode fazer a diferença, na visão da Sofia Rios: “O treino é importante para nos conhecermos e criarmos rotinas de jogo. Aliado ao sonho que podemos fazer sempre mais e que podemos chegar mais longe, dá a chave do sucesso.”
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As competições nacionais e a representação de Portugal a nível internacional
Existem diferenças na organização competitiva do Futebol de 7 e do Futebol de 11. No primeiro caso, os campeonatos nacionais são de acesso direto, não havendo lugar a qualquer fase regional. A competição desenvolve-se habitualmente em dois dias e os clubes desportivos inscrevem-se diretamente na competição. A equipa vencedora ganha o direito a participar no campeonato europeu. No caso do Futebol de 11, é feita uma divisão das universidades a nível nacional, onde existem três séries de apuramento e, em cada uma delas, duas concentrações. Os primeiros classificados dessas concentrações disputam depois o campeonato nacional universitário, composto por uma fase de grupos e depois por eliminatórias, até à final. A equipa vencedora segue também para o campeonato europeu. Perguntámos ao Pedro Amendoeira o que significa representar Portugal a nível internacional em idade ainda tão jovem. Para ele, é “um orgulho enorme poder dizer que já representei as cores da nossa bandeira e a nossa nação num Campeonato Europeu”, que é uma prova “de nível superior” porque “envolve universidades de muitos países, muitos mais atletas e torna-se num espetáculo diferente”.
A importância de praticares desporto
Tudo se resume a dedicares parte do teu tempo de estudante universitário a praticar desporto. E porque o deves fazer? A Sofia Rios responde: “O desporto universitário proporciona grandes momentos de convívio e a partilha de experiências, e culmina muitas vezes em grandes amizades. É também uma forma de competição saudável, de respeito e valorização do desporto em si, onde se preza a ética e o fairplay.”
ORGANIZAÇÃO
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10 PLAYLIST ENTREVISTA: Tiago Belim | FOTOS: Sara Does PR
Cada vez
mais
Orelha Negra
O novo disco tem o mesmo nome do primeiro e do segundo, e à medida que se insiste no nome mais ele se sedimenta. Orelha Negra é mais Orelha Negra, um conjunto que continua a aprender a desfrutar do talento de cada um dos seus membros, e que com isso ganha capacidade de se desafiar cada vez mais. Fred Ferreira, DJ Cruzfader e Sam The Kid falaram à Mais Superior sobre o álbum que acaba de sair e o momento atual da banda.
Seiscentos dias depois, o que é que sobra neste disco dos concertos de apresentação de janeiro de 2016? Samuel – A estrutura das canções que estão no disco é muito semelhante àquilo que apresentámos nesses concertos. O que fizemos foi acrescentar certas ferramentas, mudar alguns ritmos, pequenas coisas. Mas a essência da cena do CCB [Centro Cultural de Belém] está lá, um pouco mais crua, diria. Para quem escutou os dois discos anteriores, o que pode esperar deste? Fred – É um disco diferente, num universo que até aqui não tínhamos explorado muito. Mas isso também já tinha acontecido no segundo disco, portanto essa acaba por ser uma evolução natural da nossa parte, a cada álbum. Ao mesmo tempo, dificultámos um pouco a tarefa a cada um de nós na composição e na feitura deste disco, e desafiámo-nos muito mais uns aos outros. E isso foi consciente? Fred – Foi consciente e natural. No primeiro álbum ainda estávamos a descobrir o caminho a seguir e a forma de o fazer soar como queríamos, no segundo já tínhamos uma noção melhor e agora no terceiro ainda mais. Conhecemos melhor o espaço de cada um no seio da banda e na própria composição das músicas, e tentámos não repetir o que fizemos nos outros dois discos. Por isso, sendo um disco de
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Orelha Negra e mantendo a essência do hip-hop, do soul e do funk, acaba por ir por um caminho algo distinto dos outros. Samuel – Se bem que, na minha opinião, a palavra “evolução” na arte seja sempre subjetiva. A menos que sejas um músico que está a começar e que se note essa evolução de um primeiro disco para um segundo… No nosso caso, com a experiência que já temos, essa evolução é muito menos notória, ainda que exista sempre uma aprendizagem. O que notamos mesmo é uma capacidade cada vez maior de extrair o que cada um de nós tem para trazer, e é principalmente essa diferença que encontro neste disco. Cruzfader – E as músicas têm um registo mais de canção, com princípio, meio e fim melhor definidos. Vocês são um grupo de músicos com pergaminhos que criaram um projeto essencialmente instrumental e que contraria aquilo que normalmente alcança as grandes massas. No entanto, a vossa dimensão não é a de um projeto de nicho. A que atribuem esse facto? Samuel – Nós queremos acreditar que este era o plano inicial que tínhamos, ou seja, criarmos boa música e deixar que ela fale mais alto. Por isso é que ao início tentámos não revelar quem éramos… Apesar disso, não vou negar que se fôssemos cinco pessoas totalmente estranhas à música nacional talvez tivesse demorado um pouco mais a furar, até porque nós não vivemos propriamente de hits…
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PLAYLIST Em vez dos hits, vocês vivem da notoriedade que cada um de vocês tem… Cruzfader – Sim, isso ajuda imenso. Samuel – E há pessoal que pode gostar de cada um de nós individualmente, e depois ganhar curiosidade pelos Orelha Negra. Isso e porque o projeto tem qualidade! Por isso é que já vamos no terceiro disco e na segunda mixtape… Como é que cinco músicos tão diferentes uns dos outros e que têm pontos de vista tão próprios conseguem produzir e fazer funcionar discos tão complexos musicalmente? Samuel – Encontramos o que temos em comum, que é a paixão pela música. Depois há as influências que cada um de nós traz, e que usamos para nos encontrarmos todos a meio caminho. A base da vossa música é o que têm em comum, e as várias camadas são a individualidade de cada um? Samuel – É exatamente isso. E é dessa mistura que fazemos esta coisa única que mais ninguém faz. Orelha Negra, Dead Combo, PAUS, The Legendary Tigerman... As pessoas até podem não conhecer bem a música mas há a noção de que é bom e tem qualidade. Vocês têm essa noção? Samuel – Temos. Nós não nos esforçamos a cem por cento para isso,
queremos é fazer boa música para nos divertirmos e para nos surpreendermos a nós próprios em primeiro lugar, e depois ao público. São duas camadas distintas: primeiro, as pessoas gostarem, e depois os músicos ouvirem a nossa música e perceberem que tem qualidade. E isso também define os bons músicos: fazer algo que soe agradável a quem não está por dentro da música, sem parecer uma jam ou que nos estejamos a masturbar musicalmente, mas que transmita uma mensagem subtil aos nossos pares. Por último, vocês convidam as pessoas a ouvir-vos ao vivo para depois escutarem o disco. É assim que devemos ouvir os Orelha Negra? Fred – Não. Essa começou por ser a nossa forma de criar repertório para tocar ao vivo, e para depois fazer o disco. Sempre marcámos um primeiro concerto com alguma distância para nos obrigar a trabalhar juntos para termos o que tocar. E por isso é que, quando demos o nosso primeiro concerto, tocámos o primeiro disco praticamente todo. No segundo álbum foi exatamente a mesma coisa, e neste também. É só uma maneira de trabalhar, que até podemos alterar no futuro. Samuel – E é muito fixe porque fazer um concerto sem que o público conheça as músicas origina reações completamente diferentes de um concerto onde as pessoas já sabem o que vais tocar. Assim estás a beber algo de novo e a abrir a tua mente, enquanto que o mais convencional é celebrar algo que já conheces. São duas experiências diferentes de um espetáculo.
O que notamos é uma capacidade cada vez maior de extrair o que cada um de nós tem para trazer. É principalmente essa a diferença que encontro neste disco.
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Sam The Kid
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12 LER PARA CRER REPORTAGEM: Afonso Alexandre FOTOS: Exarp
Exarp:
a alternativa à praxe Exarp é a praxe ao contrário, é a integração sem os gritos, as pinturas e o conceito de submissão. Foca-se no desporto, na ciência, na música, na arte, no cinema, na tecnologia, no ambiente e noutras temáticas e tem objetivo dar destaque às formas positivas de acolhimento dos estudantes no Ensino Superior. Fomos perceber melhor em que consiste esta nova integração.
O que são os eventos Exarp?
A Exarp é uma iniciativa que teve como grande impulsionador a Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), está a ser desenvolvida com a parceria das Instituições do Ensino Superior, com as direções estudantis (Federações Académicas, Associações Académicas e Associações de Estudantes) e com um terceiro vértice: a sociedade, os cidadãos que moram nas cidades onde estão localizadas as Universidades e os Institutos Superiores. Este é o primeiro ano deste movimento, que já contou com cerca de 30 iniciativas em setembro e que tem muitas mais agendadas para outubro e para os próximos meses. Falámos com uma das responsáveis do movimento, a Técnica Especialista do Gabinete do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Dulce Anahory.
Como começou a Exarp? A construção da ideia da Exarp começou no início deste ano, de forma a estar pronta a ser divulgada no início do ano letivo 2017/2018. Segundo esta representante, o movimento “surgiu da necessidade de dar destaque à enorme quantidade de iniciativas positivas de integração de estudantes do Ensino Superior que se realizam em Portugal”.
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Antes de mais nada, há que esclarecer que vários eventos Exarp não têm nada de particularmente original, por isso até já podes ter estado presente num deles, sem te aperceberes. Queremos com isto reforçar que, tal como já dissemos, o movimento serve para divulgar estas iniciativas, e que muitos dos eventos Exarp já existiam antes. Este é o ano embrionário do movimento e muito está a ser testado e regularizado para o tornar melhor com o passar do tempo. Iniciativas já existentes como o Festival NOVA Música (Lisboa), o Welcome IPCA (Castelo Branco) e a Semana das Barraquinhas (Vila Real) foram divulgadas na plataforma, mas para além dessas a Exarp – essencialmente em parceria com a Ciência Viva – está a desenvolver novas práticas como o Lost In The City – Perdidos na Cidade (Coimbra), o CiênciARTE (Leiria) e o Sound Makers (Lagos). Os grandes promotores destes movimentos, tal como antes, são as Instituições de Ensino Superior e as Associações Estudantis.
O movimento é anti-praxe? A palavra praxe é cada vez mais um tabu. Uma opinião pública negativa sobre esta prática e o que ela representa, associada às notícias veiculadas pela comunicação social sobre esta tradição, levam a que as instituições de Ensino Superior queiram exercer controlo sobre as atividades de integração para evitar que o seu nome seja denegrido. Com isso, os alunos têm sido cada vez mais incentivados a mudarem as suas práticas.
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Quando questionada sobre as praxes, Dulce Anahory tem a resposta pronta: “A violência e a humilhação são práticas negativas que repudiamos veementemente. Todas as outras formas de integração positiva devem ser estimuladas e promovidas.” Ou seja, o movimento não é anti-praxe, mas aposta somente nos movimentos que não incluem uma capa traçada e que estejam ligados à cultura, ao desporto e a outras práticas que, não sendo exclusivamente académicas, são incontornáveis na vida de um estudante.
Quem pode participar nestes eventos? Uma das maiores particularidades do movimento Exarp é a abertura a toda a sociedade e não apenas aos estudantes. São momentos em que se vive o espírito académico com os colegas da faculdade, mas também com amigos de fora, familiares e outros membros da cidade. São uma excelente oportunidade, principalmente para os alunos deslocados, de conhecerem a sua nova zona de residência, já que lá vão ficar durante pelo menos três anos. Os movimentos Exarp são também uma forma de abrir os politécnicos e as universidades à comunidade, com o objetivo de derrubar os preconceitos que as pessoas possam ter em relação aos estudantes do Ensino Superior, e fortalecer os laços que se criam dentro da cidade.
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Como está a ser pensado o futuro da Exarp? A Exarp quer continuar a trabalhar para encontrar alternativas e formas melhores de integrar os jovens no Ensino Superior, “quer seja para dar a conhecer uma nova cidade, uma nova cultura ou mesmo, tão simplesmente, um novo sistema de transportes”, de acordo com Dulce Anahory. O movimento está empenhado em integrar ao mesmo tempo que dá competências aos estudantes para o dia a dia, como workshops e talks, quer para a sua formação específica através de “encontros sobre matérias que sejam efetivamente relevantes”, conclui a responsável com quem falámos. Ser aluno do Ensino Superior é uma oportunidade incrível para aprender, desenvolver competências importantes para o futuro e aproveitar a vida de estudante, e é com isso em mente que o projeto pretende continuar a trabalhar e a desenvolver iniciativas desportivas, culturais e científicas.
O símbolo da Exarp O símbolo da Exarp é... Uma écharpe. Serve para que as instituições de Ensino Superior possam mostrar o seu apoio e ligar as suas iniciativas ao movimento através de uma simples imagem. O tipo de écharpe não é relevante, mas para o celebrar, o movimento resolveu desenvolver um projeto de investigação científico e empresarial, de forma a criar uma écharpe assumidamente lusitana e com tecnologia inovadora. É quase um espelho da ideologia por detrás do movimento Exarp, já que respeita todas as exigências de sustentabilidade ambiental, financeira e sociológica.
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14 LER PARA CRER Onde encontrar os próximos eventos?
As iniciativas Exarp são desenvolvidas em todo o país, de forma a integrar o maior número possível de estudantes. Compõem uma lista em constante mutação, sendo acrescentados eventos à medida que vão sendo estabelecidos contactos e parcerias. Para já, aqui ficam os eventos já confirmados para as próximas quatro semanas:
Bragança
No dia 26 de outubro, o Instituto Politécnico de Bragança vai receber no Auditório Engenheiro Alcino Miguel a Orquestra Metropolitana de Lisboa, com a conferência A Música como Ciência, coordenada pelo conferencista Rui Campos Leitão e que junta também os Solistas da Metropolitana. Depois, haverá o concerto da Orquestra, que interpretará várias obras.
Braga
Está a decorrer até dia 29 de outubro o Festival Encontros da Imagem, que celebra em 2017 trinta anos de existência. Este evento já é um marco na cultura fotográfica portuguesa e um dos mais antigos e reputados festivais de fotografia da Europa. Não há um tema específico, mas sim uma panóplia de temas contemporâneos da fotografia. As exposições estão presentes em locais históricos da cidade, como o Mosteiro de Tibães, a Galeria do Salão Medieval e o Convento do São Francisco de Real.
Vila Real e Setúbal
Ambas as cidades vão receber a Orquestra Metropolitana de Lisboa, com o tema O Espírito do Tempo. A 19 de outubro terá lugar em Setúbal uma conferência com Rui Vieira Nery e a Orquestra Académica Metropolitana, à qual se seguirá o concerto da Orquestra Académica Metropolitana com a obra J. Brahms, Sinfonia Nº 2, Op. 73. No dia 26 de outubro, a cidade de Vila Real receberá exatamente a mesma programação.
Porto
O Porto não tem propriamente um evento, mas sim um desafio. A Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP) proporciona-te aulas de Judo na Academia da sua Associação de Estudantes. Esta Academia surgiu em 2016 com a intenção de criar diferentes equipas nas mais diversas modalidades, e este ano troca o cinto pela écharpe para te convidar a participar nos treinos de Judo às segundas, quartas e sextas, das 19h30 às 21 horas. Esta iniciativa decorrerá ao longo de todo o ano.
Coimbra
Coimbra vai estar Lost In The City, de setembro a dezembro. Esta é uma atividade direcionada para os novos alunos da Universidade de Coimbra e tem como objetivo desenvolver a sua participação na vida cultural e científica da cidade. Ao longo destes meses, estes estudantes vão perder-se no meio de tantas atividades propostas.
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Castelo Branco
A cidade de Castelo Branco vai ser palco do II Congresso de Ciências Biomédicas Laboratoriais, de 20 a 22 de outubro. Organizado pela Escola Superior de Saúde Doutor Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco e tendo como palco o auditório da Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco, terá um primeiro dia dedicado a workshops e um fim de semana onde o foco são conferências diversas onde serão discutidos assuntos relacionados com esta área científica. É um encontro aberto a todos os estudantes, e direcionado sobretudo àqueles que escolheram dedicar-se às Ciências Biomédicas.
Covilhã
A Covilhã não terá um, mas dois eventos. As quartas-feiras do mês de outubro serão marcadas por sessões de filmes do Cinenima – Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho, sempre às 16h30, num evento organizado pela Universidade da Beira Interior. No outro evento, a tónica é o ambiente. A iniciativa 1 novo aluno = 1 nova árvore vai ser desenvolvida na semana de 25 a 29 de outubro, e a cada um dos novos alunos será entregue uma árvore para plantar, de forma a fazerem parte da reflorestação da Serra da Estrela. As árvores plantadas serão essencialmente carvalhos, azinheiras e sobreiros. Esta iniciativa está relacionada com os fogos que durante estes últimos verões têm destruído grande parte da floresta do concelho.
Lisboa
A Lisboa chega a Ciência, através da iMed Conference, durante a semana de 25 a 29 de outubro. Este é um projeto internacional organizado pela Universidade Nova de Lisboa desde 2009, onde se juntam grandes personalidades da área da Medicina para discutir o panorama atual da área, os problemas associados e também as histórias mais incríveis da profissão.
Évora
Évora vai receber o Encontro Paisagem Sonora Histórica, de 26 a 28 de outubro. Durante esta conferência de três dias, serão discutidas as grandes paisagens sonoras e técnicas, bem como a relevância desta crescente forma artística. O evento terá discussões em português, inglês e espanhol e terá como ponto chave o Colégio Mateus d’ Aranda – Universidade de Évora.
Madeira
A Região Autónoma da Madeira vai receber, entre 3 e 4 de novembro, o IV Encontro Internacional de Cinema e Território. Para os estudantes da Universidade de Madeira (UMa) este é um evento completamente gratuito – que para os outros estudantes terá um custo de participação de 15 euros. Na edição deste ano, será discutida a dicotomia entre Este e Oeste, fortemente enraizada no cinema. Ao utilizarem o tema Cinema e Território, estará a ser dada uma maior profundidade sociológica e histórica ao tema, pelo que a discussão se focará nas questões antropológicas associadas aos filmes.
16 TARABYTES REPORTAGEM: Tiago Belim | FOTOS: UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO
MASSIVE:
UM LABORATÓRIO
DO OUTRO MUNDO
Na realidade virtual, Portugal está mais próximo dos melhores. O Massive Virtual Reality Laboratory é um espaço do mais avançado que há daqui até aos Pirenéus, e permite desenvolver esta tecnologia e as suas várias aplicações para que, num futuro não muito distante, possa ser colocada ao serviço das pessoas e das empresas. Foi inaugurado a 18 de setembro pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, representa um investimento de 700 mil euros e os seus responsáveis dizem ser o laboratório de realidade virtual mais avançado da Península Ibérica. O Massive eleva esta tecnologia a novos níveis, graças a quatro salas diferentes que permitem estimular os cinco sentidos em vez da tradicional primazia da visão e da audição. Falámos com Maximino Bessa, investigador do Centro de Sistemas de Informação e Computação Gráfica do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e um dos responsáveis pelo Massive, para perceber desde logo quais as aplicações que este laboratório pode ter. REALIDADE VIRTUAL: MAIS QUE UMA BRINCADEIRA Se pertences ao grupo de pessoas que, quando pensa em realidade virtual, imagina um par de óculos grandes que passam imagens a três dimensões, então estás a ver mal o filme. Ou, pelo menos, a ver apenas parte dele. Os óculos são apenas uma das ferramentas usadas para criar ambientes de realidade virtual, e há hoje em dia formas de despertar todos os teus sentidos para esta tecnologia. De acordo com o especialista que consultámos, as áreas de aplicação “são bastante mais abrangentes do que aqueles que a maioria das pessoas conhece, e os próximos desenvolvimentos da realidade virtual podem ter um impacto significativo em áreas como a educação, o turismo ou o marketing, entre outras”. O objetivo do Massive é simples: Fazer uso da tecnologia da realidade virtual para melhorar a performance humana e a qualidade de vida das pessoas, e para que todos nós possamos enfrentar melhor os desafios globais. PORQUÊ O MAIOR LABORATÓRIO DA PENÍNSULA IBÉRICA? O impacto potencial da realidade virtual no dia a dia das pessoas é
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muito grande, e tal como o Prof. Maximino Bessa referiu, são muitas as áreas em que ela pode ser aplicada. Apesar disso, na sua opinião, ainda é necessário “muito trabalho” até que a realidade virtual cumpra as expetativas que dela se têm: “A maturidade da maioria das aplicações até agora desenvolvidas é baixa, e é por isso que uma infraestrutura como o Massive é um ativo muito importante, que permitirá desenvolver investigação de ponta.” Com isso, os seus responsáveis esperam que Portugal possa ter uma participação ativa nesta área de conhecimento, que é uma das mais excitantes do momento, e utilizar depois essa investigação integrando-a nas empresas para a conceção de produtos ou serviços inovadores, e acrescentar valor ao tecido empresarial nacional. OS PROJETOS Apesar de ter sido inaugurado no mês passado, o MASSIVE desenvolve a sua atividade desde 2016 e são já três os projetos em curso, de acordo com Maximino Bessa. Um deles é o projeto HDR4RTT, que é financiado pelo Office of Naval Research – uma agência do departamento da defesa dos Estados Unidos da América – e tem como objetivo investigar e desenvolver novos algoritmos para imagens de elevada gama dinâmica (HDR) para seguir e exibir de forma robusta e em tempo real vários objetos em condições extremas de iluminação. Outro dos projetos já em andamento é o DouroTUR, que tem como objetivo colmatar o fosso existente entre as potencialidades do Douro e o seu desenvolvimento, maximizando o papel do turismo na estimulação da economia local, sob uma perspetiva sistémica e holística. Por fim, a linha de investigação FOUREYES, relativa ao projeto TEC4GROWTH, tem como objetivo facilitar a captura, criação, transformação, distribuição e acesso a conteúdos audiovisuais de uma forma personalizada, imersiva e interativa.
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MAIS GAMES REPORTAGEM: Tiago Belim | FOTOS: Nintendo Portugal
A moda retrogaming
do
Tal como os cinéfilos revisitam clássicos da sétima arte, e na música há nomes incontornáveis em toda a segunda metade do século XX, também os amantes de videojogos querem cada vez mais voltar aos títulos que lançaram as bases para aquela que é hoje a indústria de entretenimento mais lucrativa em todo o mundo. Falámos com um historiador de videojogos e com o responsável de comunicação em Portugal de uma das maiores marcas neste setor, para te trazer umas luzes sobre este fenómeno em crescimento a que se chama retrogaming.
A MODA DO RETROGAMING... OU TALVEZ NÃO Diz quem sabe que o retrogaming já existe há muito tempo. A indústria dos videojogos começou em 1974, com o grande boom a surgir nos anos 80, e muitos dos jogadores dessa época – que na altura eram crianças – são agora adultos na casa dos 40 anos. Estas são as primeiras gerações de adultos que cresceram a jogar videojogos, que gostam agora de recuperar os clássicos que cresceram a jogar, e que provavelmente quererão cultivar esse gosto nos seus filhos. Um pouco como os pais que levam os filhos ao futebol. Mas há vinte anos atrás as pessoas já procuravam videojogos dos anos 70 e 80, quando começaram a ter mais dinheiro disponível para os seus hobbies – como os cromos, as revistas de banda desenhada ou outra coisa qualquer – e que, fruto da entrada na idade adulta, começaram também a sentir nostalgia pelas coisas que viveram na sua infância. Outros até passaram a colecionar videojogos apenas pelo prazer de os preservarem. Este foi o primeiro grande movimento de retrogaming, e que a partir daí só cresceu, até porque as empresas aperceberam-se de que havia muita gente interessada em jogos antigos. Uma dessas empresas é a Nintendo, que reúne uma grande comunidade de fãs em torno dos seus jogos e consolas clássicas.
PARA QUE TIPO DE GAMER É O RETROGAMING? É relativamente fácil para quem jogou estes videojogos há 20, 30
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anos atrás relacionar-se com eles e até voltar a jogá-los. Mas será que os gamers de hoje, habituados ao que os títulos atuais lhes oferecem ao nível gráfico, podem adaptar-se aos jogos de antigamente? Ivan Barroso é professor, especialista e historiador de videojogos e defende que, não obstante o aspeto datado dos jogos mais “velhinhos”, eles têm muito a ensinar aos jogadores. “Ainda hoje são casos de estudo e exemplos a seguir, sobretudo ao nível do game design e da forma como os níveis de jogo estão construídos.” Um deles é o primeiro Super Mario Bros., de acordo com este guru dos videojogos: “O primeiro nível é perfeito para que os jogadores percebam como se joga aquele jogo, sem ser preciso um tutorial ou dicas no ecrã.” Apesar disso, de acordo com o Ivan Barroso, poderá ser difícil estes jogos mais antigos cativarem o público mais jovem, desde logo pela componente visual. Para quem joga Overwatch, Rocket League, League of Legends ou outros jogos contemporâneos, a diferença na qualidade gráfica poderá ser demasiado grande: “Os meus alunos até costumam achar piada aos jogos antigos que lhes mostram, mas perdem o interesse rapidamente.”
DE SHOWCASE TECNOLÓGICO PARA QUADRADOS MINIMALISTAS E 16 BITS DE COR Mas afinal não é suposto os videojogos terem sempre os melhores gráficos possíveis, e exigirem o máximo do poderio gráfico de um computador ou de uma consola? De facto, já Alan Turing (um dos pais
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do computador moderno) dizia que a forma que o computador tem de realizar o seu potencial máximo é através de um jogo. A própria IBM, nos anos 90, criou um computador dedicado a tentar derrotar o campeão dos campeões de xadrez, Garry Kasparov. Desde sempre que os jogos são usados para testar os limites do computador. Mas os videojogos também existem – e existem sobretudo – para serem divertidos. E a partir da década de 90, com a chegada da PlayStation, começou a desenhar-se uma nova tendência, de acordo com o Ivan Barroso: “A indústria começou a procurar fazer jogos mais adultos, ou seja, jogos mais complexos e com mais camadas – ou com sangue, ou com violência, ou jogos muito difíceis de completar, por exemplo. Com isso, alterou-se um pouco o paradigma da construção de um videojogo, e começou a deixar de estar no topo das prioridades dos estúdios aquilo que até aí caracterizava os jogos: o facto de serem estupidamente viciantes e divertidos. Foi para isso que foram feitos, e não tinham quaisquer pretensões de parecerem adultos.” É por isso que, na opinião deste especialista, uma das empresas que melhor faz videojogos é a Nintendo. “Podes pensar que são infantis, mas são super divertidos”, defende. Já Jorge Vieira, responsável de comunicação da Nintendo Portugal, defende que “embora possa parecer uma contradição, a verdade é que a pureza dos clássicos em termos visuais e de jogabilidade é um autêntico regresso a uma idade da inocência em que tudo era mais simples”.
ESTARÃO OS VIDEOJOGOS ATUAIS A PERDER JOGADORES? Será que esta moda do retrogaming significa que os videojogos dos nossos dias estão a ser menos jogados? Jorge Vieira defende que não é nada disso que se passa: “A indústria de videojogos conheceu um enorme crescimento neste século e essa evolução mantém-se positiva, quer através da introdução de novas consolas, quer pela massificação proporcionada através de tablets e telemóveis.”
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Um estudo da Ipsos Media CT and ISFE sobre o consumo de videojogos na Europa parece dar-lhe razão. De acordo com este trabalho, 40 por cento da população joga videojogos, e 1 em 4 adultos joga pelo menos uma vez por semana. Atualmente, pessoas de todas as idades partilham momentos de diversão a jogar videojogos, sejam pais e filhos, ou netos e avós, porque também cada vez mais consolas e jogos possibilitam que isso aconteça. Jorge Vieira acha que o retrogaming surge “no seguimento e como reflexo” deste reforço da presença dos videojogos na vida das pessoas. Ivan Barroso concorda que “há muito mais gente a jogar nos dias de hoje. Nos anos 90, por exemplo, chegavas a uma determinada idade em que parecia mal dizeres que jogavas videojogos. Era visto como algo infantil, uma coisa de miúdo. Essa noção esbateu-se muito, e agora também são muitas as mulheres que jogam. Basta apanharmos um metro e observarmos as pessoas à nossa volta: certamente que muitas delas vão estar a jogar.”
ONDE ENCONTRAR OS MELHORES JOGOS RETRO? Atualmente, são várias as formas de aceder a videojogos retro. A Nintendo, por exemplo, acabou de tornar tudo ainda mais fácil, com as novas versões das consolas Nintendo (NES) e Super Nintendo (SNES) que já trazem ligação HDMI para ligar aos televisores de hoje. E a SEGA também lançou uma versão atualizada da Mega Drive. Para além disso, há muitos pacotes de jogos à venda nas lojas online das consolas contemporâneas – PlayStation Store e Xbox Store – por preços muito acessíveis. Opções oficiais não faltam, e claro, nos recursos piratas também não. No caso da Nintendo, também os videojogos lançados nos dias de hoje têm muito de retro, conforme nos explicou o Jorge Vieira: “Se olharmos, por exemplo, para um jogo como Super Mario Odyssey – talvez o jogo mais aguardado deste ano para a Nintendo Switch – vemos que ele retém a jogabilidade clássica de plataformas dos jogos Super Mario, ao mesmo tempo que aponta novas pistas para a exploração livre de cenários.” Uma coisa parece certa aos especialistas em videojogos: O retrogaming veio para ficar. Por isso é muito provável que daqui a 20 ou 30 anos estejas a mostrar aos teus filhos como eram os jogos de 2017, jogos do tempo em que ainda se usavam controladores.
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20 STARTUP TEXTO: Tiago Belim | FOTO: Chofer
Chofer.
A Uber portuguesa
São os primeiros portugueses a fazer concorrência à Uber e à Cabify, e operam em Lisboa, Porto e Algarve. A Chofer não encarece o transporte com o tempo da viagem ou o aumento da procura, permite-te fazer marcações e dar primazia aos teus motoristas favoritos. Contamos-te tudo o que precisas de saber sobre mais esta opção para as tuas viagens.
Executivo). No mínimo, cada viagem vai custar-te 2,50 euros, o mesmo valor que te custará cancelar o trajeto.
Tudo começa em mais uma app para Android e iOS. Fazes o download, registas-te e associas o teu cartão de pagamento, e a partir daí podes pedir o teu Chofer. O processo é muito semelhante àquele que estás habituado a usar com os outros operadores do género – escolhes o destino para onde queres ir e o tipo de serviço – e a aplicação mostra-te o motorista mais próximo de ti (com nome e fotografia incluídos), o carro que ele conduz (com marca, matrícula e cor) e a distância a que eles se encontram. OS SERVIÇOS No caso da Chofer, há dois tipos de serviço, Económico e Executivo. Qualquer que seja o destino ou o serviço que escolhas, o preço da viagem fica definido no momento em que dizes à Chofer para onde vais, independentemente do tempo que o transporte efetivamente demorar, ou da procura que possa existir. O cálculo é feito através de três vetores: A tarifa base (1 euro no serviço Económico, 2 euros no serviço Executivo), um valor por minuto de utilização (corresponde a 10 cêntimos em Económico, e a 40 cêntimos em Executivo), e um valor por quilómetro (65 cêntimos em Económico, 1 euro em
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MARCAR VIAGENS E MOTORISTAS A Chofer tem duas características que, juntas, a tornam um serviço de transporte diferenciador. Primeiro, o facto de poderes agendar uma viagem com um máximo de 24 horas de antecedência – e assim que fazes a reserva ficas imediatamente a saber quem é o motorista e qual é o carro que te vai buscar. Depois, podes ainda marcar um motorista como “favorito”. Em termos práticos isso significa que estás a dizer ao algoritmo que gere a atribuição das viagens que privilegie o(s) teu(s) motorista(s) favorito(s) em detrimento dos outros, aumentando assim a probabilidade de serem eles a calhar-te em sorte. UM NEGÓCIO TOTALMENTE PORTUGUÊS A Chofer foi inteiramente desenvolvida em Portugal por um professor e um grupo de antigos alunos da Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro, e junta uma empresa de Lisboa e a 4All Software, uma startup sediada no Regia Douro Park - Parque de Ciência e Tecnologia de Vila Real. A app e os transportes estão a funcionar há cerca de dois meses em Lisboa, Porto e Algarve, e já criou até ao momento cerca de 1000 postos de trabalho, entre diretos e indiretos. Motoristas já são mais de 500, que transportaram vários milhares de utilizadores.
O modelo de negócio é semelhante ao da Uber e da Cabify, trabalhando com empresas licenciadas para o transporte de passageiros com recurso a motoristas privados, que pagam à Chofer uma taxa de 20 por cento por cada viagem realizada. NOVAS CIDADES E PAGAMENTOS POR MB WAY Apesar do curto período de existência, os responsáveis da Chofer já estão a trabalhar para os próximos objetivos da empresa: possibilitar uma nova forma de pagamento aos utilizadores, e ter mais clientes com a chegada a mais cidades do país. Plataformas como a Uber impõem aos seus utilizadores o pagamento através de cartão de crédito, mas a Chofer quer fazer diferente, com a introdução do MB Way, ou seja, do pagamento através do teu telemóvel. Quanto às cidades, Aveiro, Braga, Coimbra e Leiria serão apostas para breve.
Por fim, deixamos-te uma nota: na Chofer o utilizador pode avaliar o motorista, mas o motorista também pode avaliar o utilizador. Por isso porta-te bem, pelo menos enquanto estiveres dentro do carro. Para começares a usar a Chofer, basta acederes à App Store ou à Google Play e fazeres o download da app.
www.ichofer.com /choferportugal
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TAKE 1 REPORTAGEM: Afonso Alexandre | FOTOS: Ukbar Filmes
AL BERTO.
Um poema sexual do pós-25 de abril O filme português Al Berto conta a história de vida deste poeta entre os anos de 1975 e 1978, quando regressou a Portugal depois do exílio em Bruxelas, para escapar à Guerra Colonial. Aos 27 anos, o jovem escritor chegou à pequena Sines e o seu estilo de vida intelectual, boémio e – pior ainda – gay, choca com a conservadora sociedade portuguesa da época. O filme reflete, no seu conteúdo e na sua forma, o facto de ser sobre um poeta. Ao longo dos diálogos, as várias personagens vão introduzindo excertos de poemas que se misturam com o ambiente literário e intelectual do grupo liderado por Al Berto que, composto por jovens como é, revela uma vontade quase esmagadora de afirmação e de mudança. O filme apela aos sentidos e joga de forma incrível com o contraluz, fazendo por vezes planos mais longos, deixando-os respirar e focando uma determinada personagem. A história começa e acaba com o relacionamento entre Al Berto e João Maria. O filme tem um início lento, enquanto Al Berto se ambienta ao seu novo grupo de amigos e à pequena vila de Sines. Depois do início do relacionamento e da vivência de todos na Quinta de Santa Catarina, o filme acelera e transforma-se numa panóplia de sexo, festas, declamações literárias, a história de um Alentejo pós25 de abril e o conservadorismo que ameaça o estilo de vida hippie e boémio que o grupo de amigos leva. Esta longa metragem tem personagens que se destacam pela originalidade, como é o caso do próprio Al Berto, destemido nas suas convicções e pensamento progressista, e da prostituta. Este é um papel de destaque no enredo por se tratar da personificação do pensamento do poeta. A prostituta é a ponte entre a literatura e a realidade desta história, não fazendo completamente parte de nenhum dos mundos. É como que uma forma através da qual o poeta consegue fugir daquilo que se passa na sua vida. Sabias que o realizador e argumentista, Vicente Alves do Ó, é irmão do João Maria, o namorado de Al Berto? O realizador ainda era muito novo na altura em que o poeta passou por Sines, mas ele lembra-se dele.
O realizador diz que é viciado em poetas e que quer fazer uma trilogia. Começou com o filme Florbela (2012), agora realizou Al Berto e mais tarde espera fazer um outro sobre a vida de Sophia de Mello Breyner Andresen.
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Alberto Raposo Pidwell Tavares nasceu em Coimbra mas logo no seu primeiro ano de vida mudou-se para Sines e aí passou a sua infância e adolescência. Como parte de uma família da alta burguesia, foi estudar artes para Lisboa quando tinha 17 anos. Dois anos depois, e devido à recruta para a Guerra Colonial, tornou-se um exilado político na Bélgica, apenas regressando a Portugal depois do 25 de abril. Durante essa altura estudou na École Nationale Supérieure d’Archicture et des Arts Visuels, mas no início dos anos 70 acabou por largar a pintura, fotografia e escultura, passando a dedicar-se exclusivamente à arte escrita. Foi durante o seu regresso a Sines que Al Berto escreveu o seu primeiro livro À Procura do Vento num Jardim d’Agosto, dedicado a João Maria. Viviam com a música americana e com uma bola de espelhos no teto, o que desagradava imenso à comunidade de Sines. Abriu a livraria Tanto Mar, mas acabou por ter de a fechar depois de ser vandalizada. Dividiu a sua vida entre Sines e Lisboa, e foi em 1987 que publicou a sua obra mais conhecida, O Medo, uma compilação de poemas escritos entre 1974 e 1986, obra que o distinguiu como um dos grandes génios da literatura portuguesa, principalmente na arte da poesia. Acabou por falecer em Lisboa, a 13 de junho de 1997, vítima de um linfoma. A Escola Secundária Poeta Al Berto, obviamente dedicada a este intelectual, está situada em Sines.
FICHA TÉCNICA Realização e Argumento – Vicente Alves do Ó Produção – Pandora da Cunha Telles, Pablo Iraola Produtora – Ukbar Filmes Atores – Ricardo Teixeira, José Pimentão, Raquel Rocha Vieira, José Leite, Joana Almeida, João Villas-Boas, Gabriela Barros, Ana Vilela da Costa, Duarte Grilo, Carlos Oliveira, Manuela Couto, Rita Loureiro, Miguel Seabra, Rute Miranda
DIZ MUITO DE TI