MARÇO 2019 | Nº70 | 10 x ano | REVISTA DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | NÃO PODE SER VENDIDA
DIRETORA: SÓNIA COSTA
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ANTÓNIO RAMINHOS
“NÃO TENHO VERGONHA NA CARA”
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Código Promocional
ZOMATO GOLD (Procura na pág. 12)
índice 4 6 10 12
MEGA NEWS
Mega Hits Fresh
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ENTREVISTA
António Raminhos: "Não tenho vergonha na cara"
ASSOCIATIVISMO
Os novos orgãos sociais das tuas associações
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PASSATEMPOS
EXPERIÊNCIAS
100% Português
Preparados para o verão? Ainda com desculpas para não ires ao ginásio? Nós ajudamos e oferecemos-te uma mensalidade gratuita no Fitness Hut.
Estás mesmo à procura deste livro, não é? A Lidel e a Mais Superior vão-te mostrar como podes ter sucesso no Ensino Superior. Consulta toda a informação no nosso site em www.maisuperior.com/ artigos/passatempos-a-decorrer/ ou no nosso Instagram (@mais_superior)!
editorial Março traz consigo a primavera. Motivos suficientes para sorrir, ou não? Se ainda assim não te sentes com o humor em altas, a Mais Superior deste mês convida-te a conhecer melhor António Raminhos. O humorista português tem teorias muito interessantes acerca da comédia, da paternidade, das ofensas, do Benfica - e até do Conan Osiris. Só não tem uma coisa: vergonha na cara. Se tens amigos turistas que te vêm visitar ou queres surpreender os teus colegas Erasmus com pratos tipicamente tugas, damos-te sugestões de restaurantes imperdíveis onde os podes introduzir ao mundo dos enchidos, dos queijos, das 1000 maneiras de confecionar bacalhau, das cabidelas, dos cozidos, das feijoadas, caldeiradas e dobradas, das francesinhas e dos pasteis de todas as variedades… Já te abrimos o apetite? Ótimo! Desfruta desta edição bem temperada, à temperatura ambiente e com um fado como música de fundo. Boas leituras
ficha técnica P r opr i etár i o/ E di tor : Young Direct Media, Lda
NIP C n º 510080723 E m pr esa jor n al i sti c a i n sc r i ta c om o n º : 223852 C api tal S oc i al : 22.500 eu r os D E TE N TOR E S D E 5% OU M A IS D O C A P ITA L D A E M P R ES A : M ar i a da G r aç a A l v es R om ão dos S an tos 33, 33% | D u ar te J osé A l v es F or tu n ato 33, 33% | P au lo Jo r ge Fo r t u n at o 33,33% ADMINISTRAÇÃO E DIREÇÃO GERAL DA EMPRESA Duarte Fortunato, duartefortunato@youngdirectmedia.pt; Graça Santos, gracasantos@youngdirectmedia.pt ; Paulo Fortunato, paulofortunato@youngdirectmedia.pt Sede de redação: Rua António França Borges, nº 4A loja Dta. 2625-187 Póvoa de Santa Iria Tlf: 21 155 47 91 Fax: 21 155 47 92 Email geral: geral@youngdirectmedia.pt
www.maissuperior.com Revista de conteúdos educativos para os alunos do Ensino Superior REDAÇÃO DIRETOR EDITORIAL Sónia Costa, soniacosta@youngdirectmedia.pt; DEPARTAMENTO COMERCIAL DIRETOR COMERCIAL E DE PUBLICIDADE Duarte Fortunato, duartefortunato@youngdirectmedia.pt; ACCOUNT Gonçalo Pires, goncalopires@youngdirectmedia.pt; COLABORADORES EDITORIAIS MEGA HITS DESIGN Cristina Germano, imagem@youngdirectmedia.pt COMUNICAÇÃO Hugo Silva, comunicacao@youngdirectmedia.pt;
Sónia Costa, Diretora Editorial ESTATUTO EDITORIAL Disponivel em https://www.maissuperior.com/ficha-tecnica/ TIRAGEM: 10.000 exemplares DISTRIBUIÇÃO: Gratuita PERIODICIDADE: 10 x ano REGISTO NA ERC Nº 126168 DEPÓSITO LEGAL: 339820/12 TIPOGRAFIA E MORADA: Monterreina, Cabo da Gata, 1-3, Área Empresarial Andalucia, sector 2 28320 Pinto Madrid - Espanha BANCO DE IMAGENS : Todas as imagens utilizadas nesta publicação, salvo as que estão creditadas,
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ESTA PUBLICAÇÃO JÁ SE ENCONTRA ESCRITA AO ABRIGO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO.
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mega news ENTREVISTA: Sónia Costa FOTOS: Mega Hits
Mega Hits Fresh As melhores músicas novas
TODOS OS DIAS
DE SEGUNDA A SEXTA-FEIRA, DAS 22 HORAS À MEIA-NOITE, A INÊS ANDRADE TRAZ-TE NOVIDADES… FRESQUINHAS! ESTÁS A VER AQUELAS MÚSICAS QUE OUVES NO CARRO E TENS LOGO DE PARTILHAR COM OS TEUS AMIGOS? OS MELHORES SONS ESTÃO SEMPRE, EM PRIMEIRA MÃO, NA MEGA HITS!
O MEGA HITS FRESH É O PROGRAMA DE RÁDIO COM MAIS MÚSICA NOVA! PORQUÊ? Falamos para um target que é muito exigente! Mais exigente do que qualquer um. Querem sempre novidades, não querem repetição. Não lhes apetece ligar a rádio e conhecer a música que está a tocar, querem ser surpreendidos constantemente - seja em termos musicais, de conteúdos… O PROGRAMA ACONTECE TODOS OS DIAS E COMEÇA PELAS 22 HORAS. HÁ ALGUM MOTIVO ESPECIAL PARA TEREM ESCOLHIDO ESTE HORÁRIO MAIS TARDIO? Sim! À noite, as pessoas estão mais recetivas a música. Fizemos alguns estudos e percebemos que este era o horário ideal para passar música nova (das 22 horas à meia noite). Alguns ouvintes estão em casa a estudar, outros estão cansados porque terminaram o dia muito tarde… Sentimos que havia essa lacuna no mercado e começámos a estar
cada vez mais atentos às novidades que iam surgindo. E garantimos que aqui só há boas músicas, daquelas que tu ouves e pensas logo que queres mostrar aos teus amigos! COMO É FEITA A ESCOLHA DAS MÚSICAS QUE PASSAM NO PROGRAMA? Eu ando sempre de Shazam ligado, a descobrir novos sons. Também vamos aos tops internacionais, como o da Billboard, ver o que se ouve lá fora. Funcionamos quase como o Spotify, fazemos sugestões do que sabemos que vais gostar. Às vezes, o que queremos mesmo é ouvir música nova e não as nossas playlists de sempre… A rádio também tem esse papel - não no digital, mas no fm - de dar a conhecer as novidades. Eu mesma estou sempre a aprender e já sei muito sobre os artistas! É giro, descobrir essa parte. Onde vão buscar inspiração para os sons, que influências têm, que bandas ouvem… ESTA PARTILHA DAS NOVIDADES É UMA FORMA DE ATRAIR OS MAIS JOVENS PARA A RÁDIO? Sim, definitivamente. É uma forma de puxar os mais novos. A rádio tem um papel fundamental e insubstituível, que é o de companhia. Quando eu estou a fazer rádio, é como se me sentasse numa cadeira de um café e estivesse a falar para quatro novas amigas! O que eu escolher dizer tem de ser relevante para elas! Neste caso, ia mostrar-lhes musica nova. É preciso que exista um grande envolvimento da nossa parte. Se vamos abrir a boca para falar do que não interessa, mais valia passarmos só música, não é? Os momentos em que falamos têm de ser recheados de informação relevante. É assim que encaro a rádio. Para mim, mostrar novidades é mais fácil do que falar do previsível. O imprevisível é muito mais surpreendente!
EM TERMOS DE ARTISTAS, PASSAM MAIS NOMES NACIONAIS OU INTERNACIONAIS? Um pouco de tudo. Estudamos as tendências e adaptamo-nos. No ano passado, foi muito à base do Hip Hop. Agora há muito reggaeton, muitas músicas brasileiras. Mas há constantes: quando aparece a voz do Sam Smith, é óbvio que vai ser um sucesso. Os hits do Calvin Harris, da Selena Gomez, da Ariana Grande, da Anitta (que vai estar no Meo Sudoeste, onde também marcamos presença)... Se a alguns deles lhes apetecer, hoje, lançar uma música nova, é claro que a vamos passar!
MÚSICAS QUE ESTÃO MESMO FRESH Por Inês Andrade
1. Juice Lizzo 2. Want you back Grey 3. Uber driver Mishlawi 4. 7 rings Ariana Grande 5. Project dreams Marshmello 6. Porque Murta 7. Do not disturb Mahalia 8. Nights like this Kehlani 9. Lost in the fire Gesaffelstein 10. Giant Calvin Harris
MEGA HITS! MAIS DE 45 MINUTOS DE MÚSICA SEM PARAR! MAIS MÚSICA NOVA!
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Ouve a MEGA HITS em LISBOA 92.4 FM | PORTO 90.6 FM | COIMBRA 90.0 FM | SINTRA 88.0 FM | AVEIRO 96.5 FM | BRAGA 92.9 FM
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entrevista ENTREVISTA: Sónia Costa FOTOS: Cedidas pelo entrevistado
ANTÓNIO RAMINHOS
"NÃO TENHO
VERGONHA
NA CARA"
Se a comédia é mesmo como uma droga, António Raminhos experimentou e ficou agarrado. Agora, anda a repetir as doses com O Melhor do Pior - de norte a sul do país. Se tem mesmo piada? A Mais Superior entrevistou o humorista, mas continua sem poder para chegar a essa conclusão. Afinal, pelas palavras do mesmo, “Podes ser o maior, mas vai haver sempre um gajo a dizer que és um m*#”as!"
Há algum ingrediente fundamental para cozinhar um bom humorista? Existe, sim. A genuinidade. Ser fiel àquilo que somos. Quando vais fazer um espetáculo de stand up, as pessoas sentem uma maior ligação quanto mais genuíno tu fores. Vejo muitos comediantes a contar histórias que não são particularmente engraçadas, mas só a maneira como eles as contam fazem com que tenham imensa piada! Percebe-se que estão a falar de situações que os incomodam mesmo! Sempre tiveste essa genuinidade? Antes, eu deixava-me afetar demasiado por aquilo que os outros pensavam de mim. Ficava a martirizar-me com o porquê de não gostarem do que eu fazia. E às vezes nem é só a questão de não gostarem… Eu questionava-me acerca do motivo das pessoas serem tão agressivas. Até que houve uma vez em que um amigo meu, o comediante Rafinha Bastos, me disse algo que nunca mais me esqueci: “Cara, você não pode mendigar a piada. Tem de ser genuíno”. Faz muito sentido. Não posso criar a pensar naquilo que as pessoas vão gostar. Tenho de ir
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entrevista atrás daquilo que é meu. Se tenho pessoas que vão aos meus espetáculos é por isso! Não é por eu ir atrás delas, mas por elas virem atrás daquilo que eu penso. Muitas vezes, só penso aquilo que a maioria das pessoas pensam - só que eu não tenho vergonha na cara. E digo tudo. Como os malucos. Podes contar-nos algo acerca do teu processo criativo? Para o mundo da comédia, até me considero um indivíduo disciplinado. Tenho amigos que não têm a rotina de escrever, escrevem em cima da hora ou arriscam ir para palco sem saber bem o que vão dizer. Quando me surge algo, aponto nos rascunhos do email. O problema disso é que depois escrevo cenas que, quando vou reler, já nem sei o que significam. Tipo “Gatos que miam demasiado alto”. E eu fico “Han?! O que queria eu dizer com isto?”. Ontem meti-me dentro do carro, fui para ao pé da praia e revi as ideias novas que andava a apontar. Já lá tinha muita coisa, mas lembrei-me de outra cena completamente diferente e comecei a escrever no bloco. Escrevi uma data de folhas, estava com aquela genica de criar. No fim, peguei naquilo e pensei “Pá, isto se calhar até tem graça!”. Depois é um longo processo - que varia entre mostrar a alguém e essa pessoa curtir, reler e achar que é fixe, depois voltar a achar que não presta. No fim, resumo tudo por tópicos. Vou dizendo o texto e tentando interiorizar. “Interiorizar”, neste sentido, é quase como “decorar”? Não. Nunca deves decorar as piadas. Fazia isso no início, quando comecei. Decorava tudo porque tinha medo de me esquecer. Agora não, foco nos tópicos e em certas palavras específicas. Sabes que vais falar de determinado tema e que queres tocar em certos assuntos, então escolhes palavras que façam mesmo a diferença.
Quando foi que percebeste que tinhas piada? Chegaste a essa conclusão sozinho ou alguém te disse? Nunca soube muito bem o que queria fazer. Estudei Jornalismo porque gostava e me parecia porreiro. Adorava desporto e fui para Jornalismo Desportivo, comecei a escrever e escrevia bem! E sempre fui aquele da gajo da galhofa, quando trabalhava no jornal era eu que fazia o pessoal rir... Eu sempre gostei de comédia, mas era apenas na ótica do utilizador: sempre vi Jerry Lewis, Monty Python, Mel Brooks. Só quando me vi no desemprego é que me apercebi do quanto adorava esta área. Em 2010 ou 2011, estava na Madeira com o Carlos Moura e o Pedro Miguel Ribeiro e fizémos uns 11 espetáculos em 12 dias. Foi aí que me apercebi “É isto mesmo! É por aqui que me quero meter!" E sabia que queria fazê-lo neste registo, de ser eu próprio - porque parvo sempre fui!
"MUITAS VEZES, SÓ PENSO AQUILO QUE A MAIORIA DAS PESSOAS PENSAM - SÓ QUE EU NÃO TENHO VERGONHA NA CARA. E DIGO TUDO. COMO OS MALUCOS." Como foi criar um estilo de vida centrado no humor? Todos nós temos comédia na vida, o problema é fazê-la todos os dias. Lidar com quando te dizem “Olha, agora sê espontâneo, improvisa aí, conta uma piada!”. Sim, eu fiz muitos trabalhos dos quais não gosto. Mas tenho de encarar como isso mesmo: trabalhos. Têm de ser feitos. Quando as pessoas me veem na televisão, estão a ver um registo diferente de um espetáculo de stand up. No espetáculo sou eu, genuíno, a dizer as cenas como as quero dizer. Na televisão estou condicionado ao canal, ao público… Ontem estava a falar com o Guilherme Duarte e chegámos à conclusão que isto é masoquismo. Isto que um gajo faz é ser masoquista. Não percebo o porquê de fazermos humor, não dá para entender. O Carlos Moura dizia algo que é muito verdade. “Fazer comédia é como heroína. Experimentas a primeira vez e ficas agarrado.” Depois, andas sempre à procura daquela sensação, da adrenalina do processo, do sentimento agradável do final. É um misto de emoções, mas é masoquismo. Experimenta pores-te à frente de uma pessoa, sozinho, com um texto que não sabes se tem piada ou não. É uma f*da. Sentes que as pessoas são muito fundamentalistas na hora de tecer opiniões? Sim. As pessoas apontam logo: “Este gajo é um m*rdas!”. Lá por elas acharem que eu sou mau, não quer dizer que eu seja um m*rdas. Elas é que não gostam. Para gostar de uma coisa, não tenho de desvalorizar as outras. Cada vez percebo mais que as pessoas, ao dizerem que este gajo é mau, que aquele livro não presta, que esta música é uma bosta, o estão a fazer para se valorizarem a elas mesmas. É uma situação muito egóica. Como o Conan Osiris! Eu gozei com o gajo e ele levou na boa! É do meu bairro e tudo. Se eu gosto? Não sei, nem quero saber! Ele está a fazer o que lhe apetece, está a ser disruptivo. Há quem goste e quem não goste. E é só isso! As pessoas chegam imediatamente com julgamentos “Isto não é arte!”. Não faz sentido!
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entrevista É como aquela malta que, há uns anos, se reuniu em volta de uns óculos que um puto se esqueceu no chão de uma galeria de arte. Tudo a tirar fotos, “Ena pá, grande cena!”, todos a acharem que era uma instalação… Lá está o ego! As pessoas fazem isto para se valorizar a si mesmas, para poderem pensar “Sim senhor, eu sou mesmo um gajo que entende bué destas cenas”. Com a comédia, acontece o mesmo. Há pessoas que só gostam de humor negro porque se acham muito dark e edgy, alternativos e “à frente”, porque apreciam gajos que falam de cancro e deficientes e não sei quê. E depois dizem logo que os outros são todos uma porcaria! Andas de norte a sul com O Melhor do Pior. Sentes muita diferença na plateia, consoante os locais do país? Depois do espetáculo estar rotinado, já sei mais ou menos onde as pessoas se vão rir. Mas há públicos que me apanham na curva, pessoas que se riem em sítios que não é suposto! (Risos) Também já me aconteceu uma situação caricata enquanto fazia As Marias numa sala do Alentejo. O público era muito sisudo, eu falava e todos continuavam sérios… De vez em quando, lá esboçavam um pequeno sorriso.... E eu juro: se tivesse sido a minha primeira vez, eu tinha desistido. Mas depois contei à Ana Bola e, na altura, ela disse-me que já lá tinha feito um espetáculo e que tinha sido exatamente a mesma coisa! Era mesmo das pessoas! É que, no final, eles vinham ter connosco e diziam “Adorei o espetáculo! Foi muito divertido”. Então e não se riram porquê, pá?! Não te vou perguntar qual é o limite do humor, não… Mas quero saber: Quantas vezes já te perguntaram isso? Algumas. Perguntaram mais vezes ao Rui Sinel de Cordes, de certeza (risos). Não foi essa a pergunta, mas quero dizer que o limite do humor é uma boa piada. Se as pessoas riem, está perfeito. As Marias já têm uma veia de humoristas? São muito brincalhonas e riem-se das minhas piadas - daquelas que percebem, claro. Adoraram o lip sync que fiz da Elsa. Mas não me parece que vão seguir isso, no futuro. Uma quer ser pintora e tatuadora, a outra quer ser esteticista. O que mais te irrita nesta àrea da comédia? Chateia-me que as pessoas não entendam que podem, simplesmente, não gostar de um indivíduo. Irrita-me o ódio visceral, desmedido e desnecessário. Em Portugal, as pessoas têm muito o hábito de idolatrar. Há dois ou três gajos que, qualquer coisa que façam, são sempre geniais - e podem nem ser! Mas instituiu-se que era assim, pronto. Depois tens pessoas com imenso valor, umas mais e outras menos conhecidas, que acabam por sofrer bastante com isso. Há pessoas de quem podes não gostar, mas que tens de reconhecer o mérito do seu trabalho. Artistas que enchem salas, que esgotam espetáculos. Mesmo que não admiremos o que fazem, tenho de lhes reconhecer o mérito. Não faz sentido dizer que é mau. Quem sou eu para julgar dessa forma? O mundo da comédia vive muito dos egos. Duas situações que podem iniciar uma terceira Guerra Mundial são o conflito entre a Coreia do Norte e os EUA e pores a jantar, na mesma mesa, doze comediantes. E quanto às pessoas que ficam ofendidas? Ai… Eu sofria muito com isso... Especialmente com os vídeos das miúdas. Diziam que era exploração e isso afetava-me, houve uma altura em que sofria muito com isso. Fazia-me confusão que as pessoas não entendessem que quem é pai faz estas brincadeiras diariamente, que a única diferença era que eu filmava.
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entrevista As pessoas metem-se muito na vida dos outros, para não terem de tomar conta das suas. É mais fácil apontar o dedo do que adotar uma posição introspetiva, passar tempo contigo próprio. Estamos cada vez mais ligados à internet, às redes sociais, ao faz de conta. Porque é mais simples pôr tudo para fora do que parar um bocadinho e pensar no que estou a sentir. Alguma vez sentiste que não podias dizer ou fazer aquilo que querias? Já me aconteceu fazer algo e dizerem-me “Hmmm opá, isso não!”. Experimentava porque achava que ia ser muito fixe e depois era isso. Se sentia, por vezes, que ia ser abusado? Sim, mas tinha de experimentar! De resto, quem escreve comédia já está um pouco auto-regulado.
"O MUNDO DA COMÉDIA VIVE MUITO DOS EGOS. DUAS SITUAÇÕES QUE PODEM INICIAR UMA TERCEIRA GUERRA MUNDIAL SÃO O CONFLITO ENTRE A COREIA DO NORTE E OS EUA E PORES A JANTAR, NA MESMA MESA, DOZE COMEDIANTES." Preferias: Ver o Benfica a ganhar na Final da Liga dos Campeões, no meio da festa, ou nunca mais poderes ver um jogo mas seres considerado o Melhor Humorista de Portugal? Benfica na Liga dos Campeões. Nem discuto! É uma questão de ego. O Benfica é universal! É impossível ser considerado o maior Supra Sumo da Comédia: vai haver sempre aquele gajo que chega e diz “Ehn, ele não é assim tão bom! Aquilo que ele fez naquele ano não teve lá muita piada!”.
TO P 5
Made inPortu gal
por António Ram inhos
1. O cozido à port uguesa… Apesa cozido é uma bo r de já não com er carne, o a recordação. Co mo as couves! 2. A Sofia Ribeiro. 3. A nossa capaci dade para fala r qualquer idio sem falar. Falar ma - mesmo devagarinho, m eter um sotaqu e espanhol…. 4. O “desenrasca” , o “dar um je portuguesa e qu itinho- É uma cena muito e nos dá mesm o muito “jeitinho ”. 5. Os doces conven tuais. Tudo com ovos, só ovos.
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associativismo TEXTO: SÓNIA COSTA FOTOS: Cedidas pelas devidas associações
Os novos órgãos sociais Novos mandatos se avizinham em várias Associações Académicas e de Estudantes, de norte a sul do país. Tal afirmação é sinónimo de novas equipas, de grandes vontades, de muitos projetos e de metas a alcançar. Há sempre algo a acontecer na tua instituição de Ensino Superior: conferências, workshops, palestras, atividades desportivas para quem é dado ao exercício, festas para os mais festivaleiros, música, sessões de cinema, debates para quem gosta de alimentar o espírito crítico… A tua Associação Académica ou de Estudantes é imparável na arte de te arranjar com que te entreteres… E nós ajudamo-los a divulgar tudo o que acontece!
Associação Académica da Universidade do Algarve
Federação Académica do Porto
Associação Académica da Universidade de Évora
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Associação Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
associativismo
das tuas associações
Federação Académica de Lisboa
Associação Académica de Coimbra
Associação Académica da Universidade do Minho
Associação Académica da Universidade de Aveiro
Associação Académica de Lisboa
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experiências TEXTO: SÓNIA COSTA FOTOS: Zomato
válido até 31/03/19
100% A gastronomia portuguesa é famosa além-fronteiras: não há turista que visite Portugal e consiga ficar indiferente à qualidade dos nossos vinhos, queijos, doces, entradas, pratos e pratinhos. Cada região tem os seus sabores mais típicos e assina pratos icónicos - que quem passa por cá leva para sempre na memória. Ele é cozidos à portuguesa, feijoadas, tripas à moda do Porto, francesinhas, amêijoas à Bulhão Pato, polvo à lagareiro, ovos moles, pastéis de Belém, sericaias e enchidos vários. Queres levar o teu amigo turista a provar o que temos de melhor? Deixamos-te algumas sugestões.
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Praça do Município, 21, Baixa, Lisboa
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MESA DO BAIRRO
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experiências TASQUINHA 4,0/5 DO LAGARTO
CACO, O ORIGINAL
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CASA SANTIAGO 3,9/5 O REI DO CHOCO FRITO
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PASTÉIS DE BELÉM
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Rua de Belém, 84-92, Belém, Lisboa
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PASSATEMPO A Mais Superior e a Zomato vão oferecer 5 (CINCO!!) subscrições de 3 meses no Zomato Gold. Experimenta novos restaurantes e bares na tua cidade todos os dias, com ofertas exclusivas! Se usares o nosso código promocional, tens 25% de desconto na subscrição do Zomato Gold! Com o Zomato Gold, nos estabelecimentos aderentes, tens um prato ou duas bebidas de oferta. março 2019
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Vê como podes participar e consulta o regulamento e mais passatempos em maissuperior.com/artigos/passatempos-a-decorrer/