Primetag, Elos de Leitura em Cartaz, Fábrica de Óculos do Cacém e Pop Cereal Café
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PÁGINA A PÁGINA Com o Humor não se Brinca, Nelson Nunes
MEGA NEWS
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Concerto de Justin Bieber esgotado e tu de fora? No way!
PLAYLIST
PVP: SOB CONSULTA . Informação cedida pelo departamento comercial . FOTO: DiscoDust
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PA RT I C I PA AT É : 2 D E D E Z E M B R O
TARABYTES O incrível poder da realidade virtual
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DÁ QUE FALAR
SER DECOJOVEM Cosplay? Sim, mas em segurança!
Cosplay: Veste-te a rigor!
METUBE
Vai a www.maiseducativa.com, visita a secção Passatempos e vê o que temos guardado para ti. Só tens de entrar no artigo, preencher o formulário e enviar a melhor participação. Boa sorte!
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ÁTOA
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PASSATEMPOS
ÍNDICE
4 MAIS EDUCATIVA TV
Queres ganhar um destes prémios fantásticos?
São t-shirts jovens e irreverentes, com um desenho que vais gostar de usar. Temos 2 t-shirts da Clothing DiscoDust para te dar com este passatempo!
TEMOS 2 T-SHIRTS DA CLOTHING DISCODUST
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eSports
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PVP: SOB CONSULTA . Informação cedida pelo departamento comercial . FOTO: O Boticário
LOLADA LIMITE DE VELOCIDADE
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Os 6 carros mais poderosos do mundo
A Mais Educativa e O Boticário têm 1 kit Creme + Shower Gel da linha Nativa Spa Flor de Lótus para te oferecer. Participa neste passatempo até 30 de novembro! PA RT I C I PA AT É : 30 D E N OV E M B R O
EDITORIAL
GANHA 1 KIT CREME + SHOWER GEL D'O BOTICÁRIO! És fã de videojogos e da cultura pop, e gostavas de vestir (literalmente) a pele das tuas personagens favoritas? Já viste pessoas a fazer cosplay, e intriga-te como se fazem aqueles fatos perfeitos? Em mês de Lisboa Games Week, falámos com algumas das melhores cosplayers portuguesas para perceber melhor este fenómeno, e temos dicas de verdadeiras especialistas para quem tem vontade de explorar este mundo e, quem sabe, criar os seus próprios fatos!
PVP: SOB CONSULTA . Informação cedida pelo departamento comercial . FOTO: Devir Manga Portugal
Então este é o passatempo em que tens de participar! A Devir e a Mais Educativa estão a oferecer 1 exemplar do volume nº 1 das bandas desenhadas Kenshin O Samurai Errante e Assassination Classroom! PA RT I C I PA AT É : 27 D E N OV E M B R O
A tua Mais Educativa de novembro também te conta tudo sobre os eSports em Portugal, explica-te os benefícios e os perigos de usar headsets de realidade virtual, e traz-te uma entrevista às caras do novo Cartão Jovem, os ÁTOA! Agarra a tua Mais Educativa, e boas leituras!
FICHA TÉCNICA
Tiago Belim, Diretor Editorial
Proprietário/Editor: Young Direct Media, Lda
NIPC nº 510080723 | Empresa jornalistica inscrita com o nº: 223852 ADMINISTRAÇÃO E DIREÇÃO GERAL DA EMPRESA Duarte Fortunato, duartefortunato@youngdirectmedia.pt ; Graça Santos, gracasantos@youngdirectmedia.pt ; Paulo Fortunato, paulofortunato@youngdirectmedia.pt Sede de redação: Rua António França Borges, nº 4A loja Dta. 2625-187 Póvoa de Santa Iria Tlf: 21 155 47 91 Fax: 21 155 47 92 Email geral: geral@youngdirectmedia.pt
GOSTAVAS DE GANHAR LIVROS MANGA?
PVP: SOB CONSULTA . Informação cedida pelo departamento comercial . FOTO: Oficina do Livro
A Rapariga dos Saltos é um dos canais de YouTube de moda e beleza mais vistos em Portugal. A Glória Dias é a autora, e dá-te os melhores conselhos num livro que podes ganhar aqui! PA RT I C I PA AT É : 15 D E N OV E M B R O
QUERES GANHAR O DIÁRIO DA RAPARIGA DOS SALTOS?
PVP: SOB CONSULTA . Informação cedida pelo departamento comercial . FOTO: Fitness Hut
www.maiseducativa.com Revista de conteúdos educativos para os alunos do Ensino Secundário REDAÇÃO DIRETOR EDITORIAL Tiago Belim, tiagobelim@youngdirectmedia.pt; DEPARTAMENTO COMERCIAL DIRETOR COMERCIAL E DE PUBLICIDADE Duarte Fortunato, duartefortunato@youngdirectmedia.pt; ACCOUNT Gonçalo Pires, goncalopires@youngdirectmedia.pt; Marco Sampaio, marcosampaio@youngdirectmedia.pt COLABORADORES EDITORIAIS Cláudia Silva, Guilherme Ferreira da Costa, DECOJovem, MEGA HITS DESIGN Patrícia Fernandes, patriciafernandes@youngdirectmedia.pt; COMUNICAÇÃO Cláudia Silva, comunicacao@youngdirectmedia.pt RECURSOS HUMANOS Samuel Fortunato, samuelfortunato@youngdirectmedia.pt ESTATUTO EDITORIAL A Mais Educativa é uma revista mensal de informação geral e de âmbito nacional, que pretende fornecer aos jovens estudantes do Ensino Secundário conteúdos sobre as suas áreas de interesse, como educação, cultura e tecnologia, entre outros. A Mais Educativa pretende incentivar o gosto pela leitura e pela escrita, e contribuir para a informação e formação dos jovens. A Mais Educativa rege-se, no exercício da sua atividade, pelo cumprimento rigoroso das normas éticas e deontológicas do Jornalismo, bem como pelos princípios de independência e rigor editorial. É interdita a reprodução, parcial ou integral, de textos, fotografias ou ilustrações desta revista, sob quaisquer meios e para quaisquer fins, sem a autorização escrita da Mais Educativa. TIRAGEM: 15.000 exemplares DISTRIBUIÇÃO: Gratuita PERIODICIDADE: Mensal REGISTO NA ERC Nº 126169 DEPÓSITO LEGAL: 341259/12 TIPOGRAFIA E MORADA: Monterreina, Cabo da Gata, 1-3, Área Empresarial Andalucia, sector 2 28320 Pinto Madrid - Espanha - diego@monterreina.com BANCO DE IMAGENS:
Todas as imagens utilizadas nesta publicação, salvo as que estão creditadas, são retiradas do Adobe Stock.
ESTA PUBLICAÇÃO JÁ SE ENCONTRA ESCRITA AO ABRIGO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO.
A cadeia de ginásios Fitness Hut e a Mais Educativa têm para te oferecer 1 mês de ginásio totalmente grátis, com direito a aulas de estúdio, acesso a 7 áreas do espaço Ginásio, acesso livre a todos os clubes da rede e horário livre-trânsito. PA RT I C I PA AT É : 30 D E N OV E M B R O
QUERES UM MÊS DE GINÁSIO À BORLA?
CONDIÇÕES GERAIS DOS PASSATEMPOS DA MAIS EDUCATIVA
1. a) O passatempo “Temos 2 t-shirts da Clothing DiscoDust” termina às 12:00h de 2 de dezembro de 2016. b) O passatempo “Ganha 1 kit Creme + Shower Gel d'O Boticário!” termina às 12:00h de 30 de novembro. c) O passatempo “Gostavas de ganhar livros Manga?” termina às 12:00h de 27 de novembro. d) O passatempo “Queres ganhar O Diário da Rapariga dos Saltos?” termina às 12:00h de 15 de novembro. e) O passatempo “Queres um mês de ginásio à borla?” termina às 12:00h de 30 de novembro. | 2. Os vencedores serão anunciados até ao final do dia de fecho do passatempo. | 3. Das respostas recebidas, apenas serão consideradas válidas as que preencherem devidamente os campos solicitados no formulário de participação. | 4. Para poderem participar no passatempo, é obrigatório que os participantes se registem no site Mais Educativa, e que indiquem no formulário o email utilizado, no espaço correspondente. | 5. Só é aceite uma resposta válida por endereço de e-mail e por concorrente. | 6. Do conjunto de respostas válidas recebidas, os premiados serão selecionados a cada dez participações, até a totalidade dos prémios estarem atribuídos. | 7. No caso do número de participações ser inferior ao número de prémios disponíveis, serão contemplados todos os participantes que responderem acertadamente. | 8. A lista dos premiados será publicada online, na área de Passatempos, sendo os vencedores ainda notificados via e-mail ou telefone, pelo que os participantes deverão facultar sempre os seus contactos corretos e atuais. | 9. Se algum prémio não for reclamado e/ou for devolvido e não nos for possível contactar o vencedor, ao fim de 60 dias esse prémio será atribuído a outro participante. | 10. Todas as demais dúvidas e questões podem ser endereçadas para o e-mail passatempos@maiseducativa.com. | 11. Só são permitidas participações de residentes em Portugal Continental. | 12. A Mais Educativa reserva-se o direito de excluir participações que sejam consideradas fraudulentas ou ofensivas.
4 MAIS EDUCATIVA TV TEXTO: Cláudia Silva, Repórter da Mais Educativa TV
A REVOLUÇÃO NO MUNDO DA PUBLICIDADE ONLINE!
VÊ O VÍDEO: SUMOL REMIX NA TUA ESCOLA!
Se és blogger ou tens um site no qual partilhas informações e conteúdos produzidos por ti, fica a saber que há agora uma nova forma de rentabilizares esta atividade, e ganhares “uns trocos” ao fazê-lo. A Primetag é uma plataforma recente e completamente inovadora que te ajuda a fazer isto mesmo. E como? Após produzires os teus conteúdos, podes criar uma ou mais imagens interativas sobre os temas que abordas, colocando-as no site ou no fim do post do blogue, para que os teus leitores possam aceder aos produtos dessa mesma imagem. Por exemplo, imagina que fizeste um post com uma review sobre o teu novo smartphone, ou sobre aquela peça de roupa nova que acabaste de comprar? Podes colocar, no final de cada post, imagens interativas para que @s leitor@s possam aceder ao site desses produtos e, caso queiram, comprá-los. Por cada clique, ganhas uma comissão, que pode ser de apenas cêntimos. Mas... grão a grão enche a galinha o papo, já diz o ditado popular! Porque não tentar? ;)
FAZ DA LEITURA UM BEM ESSENCIAL!
Os livros são uma maneira de no fazer voar sem ter asas.
NOVEMBRO | DEZEMBRO’16
maiseducativa.com
Foi este o mote de uma aluna do 2º ciclo para elaborar o seu cartaz, que ilustra a importância que a leitura tem nas nossas vidas. Cartaz? Mas que cartaz, perguntas tu? A Raquel elaborou este cartaz, entitulado de Faça da Leitura um Bem Essencial, no âmbito do concurso Elos de Leitura em Cartaz, promovido pelo Plano Nacional de Leitura e enquadrado na 10ª edição da Semana da Leitura – desafiando vários agrupamentos de escolas a criar cartazes originais que ilustrassem leituras realizadas pelos alunos, ou que ilustrassem temas relacionados com a mesma. A Mais Educativa TV esteve na sessão de entrega de prémios deste concurso e teve oportunidade de falar com a Raquel Chaves, vencedora na categoria de 2º ciclo. Ficámos maravilhados por ver como uma pessoa tão jovem pode ter tanta maturidade! Para a Raquel, os livros são cultura, e devemos recorrer a eles em vez de ir apenas à internet, para obter informação. A leitura deve, de facto, ser um bem essencial. Como os alimentos que comemos e o ar que respiramos. A leitura faz-nos desenvolver a nossa imaginação e espírito crítico face ao mundo em que vivemos. E tu? És daquel@s que gosta de mergulhar num bom livro? Que tem uma lista de espera de “livros por ler”? Bom, pelo menos, ler a tua Mais Educativa é obrigatório! ;)
5 maiseducativa.com/mais-educativa-tv 8 tv@maiseducativa.com
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MAIS EDUCATIVA TV 5
VÊ O VÍDEO: NÃO VÊS BEM? VAI À FÁBRICA DE ÓCULOS DO CACÉM!
NÃO VÊS BEM? VAI À FÁBRICA DE ÓCULOS DO CACÉM!
Se tens problemas de visão, então o sítio onde deves ir é à Fábrica de Óculos do Cacém. É única e diferencia-se em muitos aspetos, nomeadamente a variedade de serviços disponível, os espaços de lazer, as consultas personalizadas, a tecnologia de ponta... Ah! E uma máquina super moderna que é capaz de fazer um par de óculos em 3 minutos. Sim, leste bem: 3 minutos! É caso para dizer que os teus óculos são feitos enquanto o diabo esfrega um olho. Esta máquina é a única não só em Portugal, como na Europa. Podes, inclusivamente, ver como a lente é cortada e como os óculos são montados, em primeira mão. Então, se tens problemas de visão, precisas de uns óculos e gostas de rapidez... a Fábrica de Óculos do Cacém é o local ideal para o fazer!
E PUFF!... FEZ-SE CHOCAPIC!
Estamos a falar do Pop Cereal Café. O novo espaço que abriu em Lisboa e que transformou a clássica taça de cereais com leite em algo verdadeiramente mágico. Um conceito trazido do Reino Unido pelo Marco Silva, tem-se revelado um enorme sucesso em Portugal. Se para ti a típica taça de cerais com leite faz parte do teu pequeno-almoço diário, fica a saber que esta é de facto uma grande tradição no nosso país. O Pop Cereal Café acrescenta um toque extra a isto, que tu não vais acreditar: são mais de 100 variedades de cereais e 30 de toppings! Vários tipos de leite e iogurtes (nos quais podes adicionar sabores à escolha), nesta maluqueira toda, as combinações que podes fazer são quase infinitas. Acredita, estivemos lá e saímos de barriga cheia, literalmente. O espaço do Pop Cereal Café também não fica nada atrás, com uma decoração inspirada na PopArt, é um sítio onde comer é, no mínimo, divertido! É comer para crer, não deixes de fazer uma visita ao Pop Cereal Café!
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ABRIL’16
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MEGA NEWS TEXTO E FOTOS: MEGA HITS
Andaste distraído com as férias de verão ou estiveste à espera que os teus amigos se decidissem a comprar bilhetes para o concerto do Justin Bieber, e quando finalmente conseguiram juntar um grupinho… os bilhetes já eram? Oh God! O que seria de ti não existisse uma MEGA HITS na tua vida?! Não queremos que andes a lamentar-te pelos cantos, ou que sofras com os posts do pessoal que conseguiu bilhete e que vai por vídeos no Snapchat e no Twitter a mostrar o quão espetacular está a ser o concerto no MEO Arena, enquanto tu estás em casa a envergar um belo pijama de inverno e a comer chocolates para acalmar os nervos. Não é um cenário bonito. Não é isto que queremos para ti. Queremos mesmo que estejas no concerto do ano… porque o melhor, já se sabe, fica para o fim! O concerto de Justin Bieber está esgotado, mas a MEGA HITS tem os últimos bilhetes existentes em Portugal e eles são para ti! A partir de dia 7 de novembro, sempre que ouvires na MEGA HITS duas músicas seguidas de Justin Bieber, só tens de enviar um SMS para o 68933 com as palavras MEGA e JUSTIN BIEBER. Fica bem atento à tua rádio entre as 7 horas da manhã e as 10 horas da noite! Esta é a tua grande e última oportunidade de estares no concerto que promete surpreender os fãs portugueses! A MEGA HITS é a rádio oficial da Purpose World Tour, que passa por Portugal a 25 de novembro, no MEO Arena, em Lisboa. Sorry e What You Mean vão ser alguns dos indispensáveis em palco, no dia 25, mas há muitas surpresas reservadas ou não estivéssemos a falar do rapaz que quebrou todos os recordes! Os primeiros singles de Purpose foram número 1 em mais de 100 países e Bieber ultrapassou Drake e os Beatles… (Sim, os Beatles!) com o recorde de 17 músicas na Billboard Hot 100, a icónica tabela norte americana. O Spotify também não escapou, com mais de 200 milhões de audições em streaming do novo álbum, na semana de lançamento. É por tudo isto que no dia 25 de novembro vai acontecer o concerto do ano. Isto para não falar dos convidados especiais! Ah, ainda não te tínhamos dito que vai haver convidados especiais?! Olha só: Vic Mensa, a dupla Nova Iorquina The Knocks e a banda de R&B MiC Lowry! E tu que ainda não tinhas bilhetes… Diz lá se a MEGA HITS não salvou o teu dia? De nada! É sempre um prazer. É bom saber que fazemos parte dos melhores momentos da tua vida! Não te esqueças é de no fim mandar uma selfie do MEO Arena para o pessoal! Entretanto já sabes, fica atento à tua rádio, porque a vida sem a tua MEGA HITS não tinha a mesma piada ;)
Mega Hits! 45 minutos de música sem parar! Os maiores Hits e as melhores músicas novas!
5 megahits.sapo.pt f MegaHits T megafmhits megahitstagram Ouve a MEGA HITS em
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LISBOA 92.4 FM | PORTO 90.6 FM | COIMBRA 90.0 FM | SINTRA 88.0 FM | AVEIRO 96.5 FM | BRAGA 92.9 FM
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PÁGINA A PÁGINA ENTREVISTA: Tiago Belim | FOTO: Vogais
propriamente ditas, fiz duas coisas: A primeira foi um refresh de tudo o que já sabia, a segunda foi ceder à minha curiosidade. Há um fenómeno do público em relação aos humoristas, em que todos nós tomamos contacto com eles quando já têm carreira feita, e eu queria saber quem são estas pessoas que tentam fazer-nos rir, e compreender o seu lado mais humano. Tinha uma bóia – que era o meu guião – mas também queria nadar, e absorver tudo o que eles tivessem para partilhar.
A frase é de Nelson Nunes, autor de Com o Humor não se Brinca, um livro onde 26 dos principais humoristas portugueses falam na primeira pessoa – e a sério – sobre a arte de escrever uma boa piada. E se também tu gostas de uma boa guitarrada, esta entrevista é uma daquelas “malhas” que não podes perder. As pessoas gostam de rir. Mas porquê um livro sobre as pessoas que nos fazem rir? Acho que há várias dimensões. Primeiro, eu gosto muito de ler, e a dada altura percebi que queria ler algo que não existia: Os humoristas a falar a sério sobre o trabalho deles. Isto começou com conversas que eu ia tendo com o Rui Sinel de Cordes, e foi com ele que percebi que os humoristas têm muito mais para dizer do que piadas. Ao mesmo tempo, este livro foi uma espécie de desculpa para conhecer estas pessoas e poder perguntar-lhes tudo o que queria, e também para escrever sobre as ideias de outras pessoas, que é algo que me dá muito gozo. Eu acho que este livro tem interesse para o público, não só pelo tipo de conversa que é, mas também porque são figuras que toda a gente quer ouvir falar. A prova foi a apresentação deste livro, que ao contar com a presença do Nuno Markl, foi um sucesso absoluto. Os humoristas são o novo rock, e estão a encher salas de espetáculos a um ritmo alucinante. O que é que isso te diz acerca da sociedade portuguesa? Acho que tem a ver sobretudo com o aumento da oferta, e isso leva-nos a cansarmo-nos menos das pessoas. Nós andámos 20 anos a ver o Herman, até aparecer concorrência, e aí ele começou a perder alguma notoriedade, o que é normal e também reflete um certo cansaço do público em relação a ele, porque ele foi o único a fazer humor durante muito tempo. Algures em 2011, o Ricardo Araújo Pereira também estava em todo o lado, dos programas de humor ao comentário, à publicidade e à imprensa, e isso cansa as pessoas. Mas nós nunca perdemos a vontade de rir, e é por isso que estamos a viver tempos tão bons, em que há muita gente diferente a fazer humor. Quiseste compreender o humor. O que está por detrás daquela piada que te deitou ao chão. A que conclusões chegaste? Eu não gosto muito de conclusões, porque
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quando temos muitas, parece que não ficamos cá a fazer nada. Eu gosto de voltar aos livros e descobrir coisas novas, e o que eu queria aqui era ter muitas vozes e aprender com elas. E eles dizem tanta coisa neste livro, que eu sinto que posso reler tudo daqui por um ano e continuar a encontrar dados interessantes. A única conclusão a que cheguei é que o humor é um paradoxo muito grande, porque tanto podes ter piadas hilariantes sobre o “xixi” e o “cocó”, como podes ter piadas hilariantes sobre o assessor de imprensa do Donald Trump. É tudo menos matemático, e é isso que torna o humor tão encantador. Os próprios humoristas divergem de opinião neste ponto: O Salvador Martinha diz que o humor parte sempre da surpresa, e o Ricardo Araújo Pereira rebate, dizendo que se chegar a casa e encontrar a mulher na cama com dois angolanos, fica muito surpreendido mas com pouca vontade de rir... Tu és fã de toda esta malta, e no entanto, tens sido muito elogiado pelo distanciamento que consegues ter. Ainda assim, para ti há neste livro comediantes e comediantes? Há o Herman José e todos os outros, por exemplo? Nem por isso. Para mim eles são todos diferentes, e embora possa parecer que estou a dar uma grande tanga, a verdade é que me rio muito com todos. Talvez me ria menos com os mais novos, mas isso talvez seja da inexperiência deles, ou simplesmente pelo facto de já serem de uma geração diferente da minha, e de se rirem de coisas diferentes. Mas é difícil eleger uns em detrimento dos outros, porque tenho carinho especial por todos, e porque sou capaz de me rir com humor inteligente, mas também com o nonsense. Falaste de humor e sobre humor com todos eles, mas são pessoas muito diferentes. Como te preparaste para cada entrevista? Houve alguém que te tivesse apanhado de surpresa? A preparação, a ser rigoroso, durou 20 anos. Porque eu sou fã deles, e é por isso que os conheço relativamente bem. Para as entrevistas
De todas as entrevistas que fizeste, sei que a mais constrangedora talvez tenha sido com o Bruno Nogueira, e que a com o RAP te encheu as medidas. Mas se te pedisse para me escolheres uma piada que te tenha marcado especialmente, ou que te tenha feito rir muito, qual seria e de quem seria? Em relação ao Bruno Nogueira, senti que ele estava um pouco reservado, mas nada mais que isso. Talvez a entrevista mais complicada tenha sido a que fiz ao Nilton, porque sabia que tinha de lhe perguntar se ele rouba piadas, e há anos que ele tem de lidar com isso... Quanto à piada, há uma que é muito importante para mim, porque me ri muito e também porque percebi que esta viagem tinha chegado ao fim. O João Quadros contou-me que, quando a equipa médica estava a levar o pai dele para ser operado, ele disse “Não se esqueçam que vão operar o maior travesti que este país já viu...” Toda a gente se desmanchou a rir, e o percurso para o bloco operatório acabou por ser menos pesado. O Quadros foi a última pessoa que entrevistei, e lembro-me de descer no elevador com esta piada na cabeça, e de pensar: “‘Granda’ cena que isto foi”...
Com o Humor não se Brinca Nelson Nunes EDITORA: Vogais Nº DE PÁGINAS: 352 PVP: 16,59 euros
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PLAYLIST ENTREVISTA: Tiago Belim | FOTOS: Movijovem
É este o lema do novo Cartão Jovem EYC, criado para uma música muito especial de uma banda também ela muito especial. Os ÁTOA são a nova cara do companheiro inseparável dos teus descontos, e a Mais Educativa foi descobrir mais sobre esta parceria que promete dar que falar!
cartãojovem.pt cartaojovem.pt NOVEMBRO | DEZEMBRO’16
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oficialatoa atoaoficial atoa.oficial
PLAYLIST
Acabado de completar 30 anos, o Cartão Jovem EYC já foi utilizado por mais de 6 milhões de portugueses, e tem hoje 166 mil utilizadores. Agora, a Movijovem (a entidade responsável por este cartão) irá lançar em novembro um novo site com toda a informação de que precisas, e que te vai permitir identificar todas as vantagens que este cartão tem para ti, em Portugal e no estrangeiro. E para celebrar a entrada nos “trintas”, a Movijovem pediu aos ÁTOA que criassem uma música que refletisse o espírito do Cartão Jovem EYC. O resultado foi o tema Faz Mais, Vive Mais, e nós fomos falar com a banda sobre ele!
Como surgiu a ideia de criarem uma música para celebrar o 30º aniversário do Cartão Jovem EYC? Esta ideia surgiu de um desafio lançado pelo Cartão Jovem EYC para criarmos uma música que inspirasse as pessoas a não ficarem em casa, a viverem as coisas boas da vida, o país bonito que temos e a nossa cultura. É um incentivo dirigido especialmente aos jovens!
O Faz Mais, Vive Mais é uma crítica ao sedentarismo, e quer sensibilizar a malta a sair de casa e aproveitar o que o nosso país tem para oferecer!
O que representa para vocês serem escolhidos como a banda porta-estandarte desta verdadeira instituição entre os jovens? Para nós, ÁTOA, é um enorme prazer fazer parte destas iniciativas e desafios! Até porque a faixa etária do Cartão Jovem EYC coincide completamente com a idade da maioria dos nossos fãs e das pessoas que mais nos ouvem.
Qual foi a vossa inspiração para a música Faz Mais, Vive Mais? O Faz Mais, Vive Mais acaba por ser uma crítica ao sedentarismo. Tentamos sensibilizar a malta a sair de casa e aproveitar o que o nosso país tem para oferecer! É basicamente um incentivo a conhecer o mundo ao vivo e a cores, e não através de um ecrã.
Os ÁTOA ainda usam o Cartão Jovem EYC? Em quê? Já usámos o Cartão Jovem EYC e alguns de nós ainda usam! Sobretudo em descontos nas Pousadas de Juventude, nas bombas de gasolina e em viagens de comboio ou de autocarro...
Agora a vossa carreira. No verão fizeram uma das maiores tournés do ano em Portugal. Que balanço fazem? A nossa tournée de verão correu muito bem! Foi um grande desafio, porque todos os palcos e todos os públicos são diferentes, e é uma grande adrenalina nunca saber o que nos espera. Mas é claro que estamos todos – os ÁTOA e toda a nossa equipa – muito contentes com o resultado deste verão. Cada vez mais, vamos ganhando experiência em palco, e com essa experiência vamos descobrindo o nosso caminho na música. Obrigado a todos os que nos proporcionaram essa sensação!
Como vão ser os próximos tempos para os ÁTOA? Há álbum novo a caminho? Para quando? Os próximos tempos dos ÁTOA... Vamos ter alguns concertos no inverno, ainda integrados na tour #viverÁTOA, mas estamos a compor novas músicas e provavelmente vamos lançar um novo single muito em breve! Ainda não temos planeado lançar um novo álbum, até porque queremos que seja algo muito bem pensado e bem estruturado!
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TARABYTES TEXTO: Tiago Belim | FOTOS: NeuroRehab Lab
Ela chegou para ficar, e os videojogos são apenas uma das muitas aplicações que lhe podes dar. Mas esta é também uma tecnologia que, pelas suas características, deve ser usada de forma moderada. Falámos com uma investigadora e com uma ortoptista e refletimos sobre os riscos e as potencialidades da nova febre tecnológica que é a realidade virtual.
O que é Trata-se de um interface que te transporta para um mundo totalmente virtual, com um nível de imersão nunca antes visto. Esse mundo pode ser uma de muitas coisas: um jogo construído em 3D, um filme a 360 graus, um programa com o qual interages ou até uma imagem fixa, mas tão real que parece mesmo que lá estás. Para tornar este ambiente o mais real possível, usa-se normalmente um par de óculos. E há de vários tipos, desde os Cardboard da Google a exemplares tecnologicamente mais avançados como os Oculus Rift ou os HTC Vive. E claro, os recém-chegados PlayStation VR, dedicados ao gaming em realidade virtual.
Um mundo de possibilidades A realidade virtual está longe de se resumir a um par de óculos para videojogos. Existem até tecnologias paralelas, como a realidade aumentada, que funciona quase de forma oposta à realidade virtual – acrescenta elementos virtuais e informação à realidade real e palpável em que estás inserido num determinado momento. E tu já tiveste oportunidade de a experimentar com o Pokémon Go, que adiciona informação – neste caso, pokémons – ao ambiente em que te encontras. Mas a realidade virtual tem mesmo muito mais por explorar. Na verdade, são muitas as aplicações que pode ter, em áreas tão distintas como a reabilitação de pessoas doentes, as finalidades educativas ou o turismo, e que comprovam que esta tecnologia tem, de facto, um enorme potencial. Em Portugal, há quem trabalhe há vários anos com a realidade virtual para ajudar a reabilitar pacientes. É o caso da Ana Lúcia Faria, formada em Psicologia Clínica e da Saúde, especializada na área da neuropsicologia e que está agora a fazer um doutoramento na área da Psicologia da Reabilitação. Ela é um dos profissionais que compõe o projeto NeuroRehab Lab, do Instituto de Tecnologias Interativas da Universidade da Madeira (M-ITI), onde a sua função é criar conteúdos para a realidade virtual com o objetivo de reabilitar pacientes, e validá-las clinicamente.
Moderação precisa-se Com a chegada da realidade virtual à sala de estar de milhões de pessoas, levantaram-se as primeiras preocupações sobre os riscos para a saúde humana. Possíveis sintomas como a miopia e a síndrome do olho seco foram avançados por um médico britânico, que acredita que a massificação da realidade virtual pode levar ao aumento dos problemas de visão. Por outro lado, há quem tenha sentido enjoos a experimentar a realidade virtual em, por exemplo, um jogo de carros. Daí que os próprios fabricantes destes óculos recomendem que estes sejam usadas apenas por pessoas com pelo menos 13 anos, devido ao risco de limitação do campo visual, sobretudo na fase de crescimento em que se encontram. Tudo isto acontece porque o que a realidade virtual faz é levar o teu cérebro a acreditar que está num sítio diferente. As simulações, como é o caso dos videojogos, dão indicações diferentes aos teus olhos e ao teu sentido de equilíbrio nos ouvidos. Daí que existam recomendações expressas para os seus utilizadores fazerem pausas frequentes na exposição a esta tecnologia. Se pensares bem, não é nada que não aconteça já com a tua televisão, smartphone, PC ou qualquer outro equipamento; aqui, o cuidado deve ser redobrado. Ludmilla Casimiro é ortoptista e defende as “pausas regulares para evitar queixas de fadiga ocular”, bem como “pestanejar várias vezes para favorecer a lubrificação do olho e atenuar os sintomas de olho seco”. E se usares regularmente óculos com graduação, esta profissional recomenda que apliques essa correção “também nos óculos de realidade virtual”. Por enquanto isso ainda é impossível, mas há já marcas a desenvolver estudos para criar dispositivos que incorporem a correção ótica.
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Uma cidade virtual para doentes Imagina um jogo como o The Sims ou o Second Life, onde a cidade é construída de raiz a pensar em pacientes que têm dificuldade em movimentar-se, ou que sofrem de problemas de memória. É isso que fazem os investigadores do projeto NeuroRehab Lab, com a criação de um ambiente onde os doentes podem desempenhar várias atividades do quotidiano, conforme nos explicou a Ana Lúcia: “Os pacientes podem ir ao banco ou à farmácia, ao supermercado ou aos correios, por exemplo. Existem também, dentro do jogo, ferramentas destinadas a estimular a atividade cerebral; por exemplo, um quiosque com jornais e revistas tem a função de os ajudar a desenvolver a sua memória, com recurso às notícias e às imagens que visualizam”. Outra das circunstâncias em que a realidade virtual é particularmente valiosa é, de acordo com a Ana Lúcia, “quando o paciente deixa de conseguir ver de um dos lados do seu campo visual. Exercícios como o atravessar de uma estrada, que se torna bastante perigoso nesta situação, pode ser treinado através da realidade virtual”. A grande mais-valia da realidade virtual para o apoio à reabilitação está,
PLAYLIST TARABYTES precisamente, na sua aproximação ao real. A investigadora com quem falámos refere que “as técnicas convencionais sofrem muitas vezes do problema de não terem grande correspondência com as atividades do dia a dia dos pacientes”, e que a realidade virtual “permite que tudo seja o mais aproximado possível à realidade, para que depois de um treino em realidade virtual haja uma transferência da aprendizagem para a vida da pessoa”. E foi precisamente para colmatar as lacunas da reabilitação convencional que este grupo de investigadores se dedicou a este projeto. Em causa está a falta de ligação entre os pacientes e os exercícios que lhes são dados – muitas vezes não os fazem por serem demasiado repetitivos. Com a realidade virtual, explica-nos a Ana Lúcia, passa a poder existir “um contexto lúdico, que tem como finalidade o tratamento mas que incorpora elementos de gaming como a atribuição de pontos, que atribuem um impacto imediato à performance dos pacientes, por exemplo. Para quem precisa de sentir que está a melhorar a sua condição clínica, é vital”, reforça.
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Os óculos VR: potencialidades e riscos
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Para além de utilizar a realidade virtual enquanto simulação por computador,CMo NeuroRehab Lab também está a desenvolver projetos com óculos de realidade MY virtual – no caso, o Oculus Rift, o Google Cardboard (que exige apenas o próprio smartphone) e o Samsung Gear VR. Segundo a Ana Lúcia Faria, estes óculos reCY presentam realmente “algo revolucionário, porque permitem uma maior imersão CMY no ambiente virtual e dão uma perspetiva mais realista, sendo inclusivamente utilizados para casos clínicos em doenças como o autismo, a fobia social ou os K traumas de guerra”. Esta tecnologia pode representar vários tipos de benefícios para o paciente, em sua casa. De acordo com esta especialista, “todos os exercícios que são feitos através da interação com um computador podem ser transpostos para os óculos de realidade virtual, beneficiando da tal maior imersividade”. No NeuroRehab Lab são desenvolvidas algumas tarefas especificamente para estes óculos, como “uma atividade de remo para vítimas de AVC, para que possam exercitar os membros superiores, ou tarefas de captação de atenção”, conclui a Ana Lúcia. O objetivo passa por, no futuro, transpôr toda a gama de exercícios para uma utilização com os óculos de realidade virtual. Apesar disso, esta especialista alerta para os potenciais problemas do uso destes óculos entre os doentes, uma vez que “os próprios fabricantes alertam para uma lista de efeitos secundários, como os enjoos e as náuseas, as alterações do sono e as dores de cabeça”. No NeuroRehab Lab, os especialistas recorrem ainda à tecnologia de realidade virtual aumentada, que funciona “num ambiente escuro e fechado, onde são instaladas câmaras de deteção de movimento, e onde é projetado no chão e nas paredes um ambiente virtual, com o qual os pacientes interagem”, conclui a Ana Lúcia. Usada com moderação, a realidade virtual é uma ferramenta muito poderosa, sobretudo em casos clínicos. Imagina uma pessoa paraplégica a poder explorar livremente um mundo virtual, ou uma pessoa que tenha tido um AVC e que tenha perdido a autonomia do seu braço direito, poder explorar o que está ao seu redor com esse mesmo braço, em ambiente de realidade virtual... Tudo graças a sistemas de interface que ligam o cérebro da pessoa ao computador e que transformam a imaginação dela em estímulos, permitindo assim desempenhar a ação no contexto virtual. E se nada disto se aplicar à tua pessoa, porque não ficar simplesmente de olho nas aplicações que já estão a ser desenvolvidas para a exploração de lugares turísticos através do Oculus Rift, com acesso à história dos locais de forma virtual? Dentro de pouco tempo, tudo isto estará ao alcance de todos nós. NOVEMBRO | DEZEMBRO’16
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SER DECOJOVEM TEXTO: DECOJovem
Cosplay é a abreviação de costume play, play que em português significa usar uma máscara, traje ou roupa para te transformares numa personagem fictícia de Banda Desenhada, anime, livros, jogos ou filmes. Neste universo, com cada vez mais adeptos, podes ser o Yoda ou um Stormtrooper, o Batman ou o Joker, o Harry Potter ou o Voldmort… tu escolhes! É para todos os apaixonantes do disfarce e para todas as idades! Para atingir a perfeição na arte do disfarce e te transformares na tua personagem preferida, és capaz de ter que recorrer a maquilhagem, vestuário, adereços de interpretação e às demais técnicas exigidas pelo alter-ego do artista ou personagem. Por isso, convém teres em mente que queres estar no teu melhor personagem e que dispensas a coceira, o vermelhidão e o desconforto geral.
T o m a n o ta ! 1 . Presta atenção às etiquetas dos produtos que vais encomendar online ou comprar na loja. Lê todos os componentes descritos nas etiquetas das fantasias, máscaras ou pinturas faciais. Confirma a marca do produto, dados que identificam o fabricante, importador ou distribuidor, instruções e advertências; 2 . Comprar lentes de contacto decorativas sem a devida supervisão de pessoal qualificado, pode trazer consequências sérias para a saúde ocular. Se é imprescindível umas lentes roxas tipo serpente, vai ao oculista; 3 . A maquilhagem para disfarce pode conter químicos capazes de causar reações alérgicas e irritações na pele. Prefere as que são à base de água e aplica-as com pincel apropriado e limpo ou com uma esponja molhada. Em caso de reação, como vermelhidão ou borbulhas, remove a maquilhagem, lava muito bem com água e não uses mais. Se não ficares melhor, vai ao médico e leva o produto contigo;
4 . Deves ter atenção ao rótulo! Estes devem conter a composição do produto e as precauções e instruções de utilização; 5 . Máscaras e Perucas: Observa bem se as máscaras têm os orifícios na posição dos olhos, boca e nariz e se a abertura é de tamanho adequado, para evitar riscos de asfixia. Vê ainda, se têm marcação CE (certifica que os produtos foram avaliados e cumprem os requisitos da UE em matéria de segurança, saúde e proteção do ambiente.) e se os materiais usados na fabricação não são inflamáveis; 6.
Respeita o prazo de validade ou o período após a abertura (PAO). Dica: Escreve a data de abertura na embalagem;
7. Deita fora as pinturas usadas com cheiro a ranço e se consegues ver uma separação entre camadas mais espessas e outras mais líquidas; 8 . Mantém os pincéis, esponjas e espátulas de maquilhagem limpas. Lava-os com água e sabão e deixa-os secar por completo antes de voltar a usar; 9.
Passa primeiro um creme hidratante na cara ou no corpo: vai proteger a pele e facilitar a remoção das pinturas. No final, a limpeza do produto deve ser completa, para não deixar qualquer vestígio de maquilhagem. Com a Comic Con ao virar da esquina… seguires ou não as nossas dicas, é uma escolha tua! Já dizia o Mestre Yoda:
A DECOJovem é um projeto da DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor criado a pensar nos jovens consumidores.
D o . O r d o n o t. T h e r e i s n o t ry ! (Faz. Ou não faças. Não existe tentativa!)
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PLANO NACIONAL DE LEITURA
Leituras que
Unem
A leitura deve ser encarada como algo que fazemos com prazer, quer quando lemos um poema ou um romance, quer quando lemos um texto informativo ou de opinião. Ela permite a construção de percursos pessoais, resultado da descoberta do prazer de pensar, de compreender e de sentir o mundo em que vivemos. O sentido alargado de Leituras que Unem permite albergar, sob um mesmo título, projetos de leitura muito diversificados, destinados a diferentes públicos, unidos, no entanto, por objetivos gerais comuns. Desafiam-se assim as escolas a apresentarem projetos originais e inovadores, dirigidos a públicos-alvo diversificados, que vão das crianças da educação pré-escolar aos alunos dos ensinos Básico e Secundário, não se esquecendo
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os adultos das comunidades em que estas se enquadram. As parcerias são desejáveis, pois acolhem propostas dirigidas a grupos com características específicas e muito diversas, que procuram o seu lugar nestas comunidades. A leitura é um elo facilitador da aproximação entre todos os que constituem a população escolar, independentemente da sua origem, cultura, nacionalidade ou língua materna. A criação de dinâmicas de leitura inovadoras deve ser olhada como algo transformador, que aprofunde o prazer de ler e explore a diversidade cultural, étnica, linguística, etária (ou outra) nos seus efeitos enriquecedores para toda a comunidade.
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A comunidade educativa do Agrupamento de Escolas Francisco Arruda abraçou esta ideia, partindo para o Projeto Leituras Que Unem, com o objetivo de integrar os seus alunos, oriundos de diferentes países, promovendo o contacto entre eles e deles com a comunidade escolar, ultrapassando as barreiras impostas pela diversidade de línguas. Enriqueceu a Escola com diferentes saberes, culturas e olhares, explorando costumes e tradições, que em muitos casos e ao longo dos tempos se foram cruzando com a língua e a cultura portuguesa.
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Leituras D’Oriente e D’Ocidente
Foi neste âmbito de cruzar e unir leituras e saberes, que surgiu na Biblioteca da Escola Francisco de Arruda o Clube Europeu. Este é um clube que funciona semanalmente, e é uma parceria entre a Biblioteca da Escola, o Plano Nacional de Leitura (PNL) e mais uma das suas iniciativas para levar os jovens a ler mais: O projeto Leituras D’Oriente e D’Ocidente, também ele resultado de uma parceria, desta vez entre o PNL e a Fundação Oriente Museu.
Na Escola Francisco de Arruda, cerca de 19 alunos de diferentes nacionalidades desenvolveram um projeto anual, que consistiu na escrita e ilustração de um livro de contos e lendas em várias línguas. A partir da leitura de contos tradicionais – adquiridos através do apoio fornecido pelo PNL – e de uma visita guiada ao Museu do Oriente e à Ilustrarte, cada aluno seleccionou uma história de acordo com o seu país de origem, recontando-a e ilustrando-a à luz dos seus olhos. No seguimento da execução desses trabalhos, os alunos realizaram uma visita ao Museu com o objetivo de oferecer aos Serviços Educativos um exemplar do volume realizado. De acordo com a Coordenadora do projeto, Dra. Lurdes Caria, “tanto a preparação da visita como a atividade em si envolveu os alunos com muito entusiasmo e dedicação”. Para além da participação daqueles que continuam no clube, houve interesse por parte de alunos que já saíram da escola e que se encontram a frequentar outro
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estabelecimento de ensino no presente ano letivo. Todos estes jovens participam neste tipo de iniciativas por vontade própria, uma vez que a frequência no Clube Europeu é livre e facultativa, e fora do horário letivo dos alunos. À chegada ao Museu do Oriente, este grupo de estudantes foi recebido pelas responsáveis dos serviços educativos do Museu e acompanhado pelo PNL, rumo à apresentação e explicação do livro que os levara ali. Contos e Lendas Tradicionais – volume II é o nome da obra que esta instituição e os seus alunos ofereceram ao Museu, e segundo Lurdes Caria, “todos ficaram muito felizes ao saber que um dos três exemplares oferecidos irá fazer parte do fundo documental da biblioteca do Museu”. De seguida, os alunos e professores da Escola Francisco de Arruda foram presenteados com a presença do professor de Mandarim do Museu do Oriente, que falou com os alunos em várias línguas, escreveu palavras de boas-vindas e o nome de cada aluno em mandarim. A Coordenadora deste projeto não tem dúvidas: “Ultrapassou as nossas expetativas, uma vez que as próprias famílias passaram a integrá-lo, colaborando na escrita em várias línguas e visitando o museu”. Na opinião desta responsável, a maior evidência da mais-valia de um projeto destes foi “a vontade dos alunos em querer fazer mais um volume, ao qual já se deu início, mas cujo tema não podemos ainda desvendar!”
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DÁ QUE FALAR REPORTAGEM: Tiago Belim | FOTOS: cedidas pelas entrevistadas
Nunca percebeste bem o que é isto do Cosplay e o que leva as pessoas a mascararem-se? Ou, pelo contrário, andas a pensar em representar a tua personagem favorita? Falámos com três das principais cosplayers portuguesas, e explicamos-te tudo sobre a arte de encarnar os maiores nomes da cultura pop.
Cosplay:
um concurso de máscaras? Será certamente este o pensamento de muitas pessoas que desconhecem o mundo do Cosplay. Mas quando falamos com quem está por dentro do assunto, percebemos que esta prática é muito mais do que perucas de cores berrantes ou fatos de Carnaval. A Leonor Grácias é, provavelmente, a maior cosplayer portuguesa – aos 26 anos, já leva 12 de Cosplay, é fundadora e Presidente da Associação Portuguesa de Cosplay e organizadora da Comic Con Portugal – e explicou-nos que esta é “uma das artes performativa do nosso século, apesar de não ser reconhecida como tal”. Os cosplayers não se mascaram apenas, costuram os seus próprios fatos, caracterizam-se com maquilhagem ou até próteses, estilizam as suas perucas, esculpem as suas espadas, moldam as suas armaduras, ensaiam os seus guiões, e o mais importante, representam as suas personagens favoritas, em palco e/ou fora dele. Cosplay é costume play, mas associado ao teatro. Assim define o género a Sara Raquel, outra das cosplayers mais importantes no nosso país. Na sua opinião, “muita gente começa a interessar-se por este mundo pelo fascínio por uma determinada personagem e/ou pelas suas roupas, mas isso evolui rapidamente para o momento de sermos a personagem”. O Cosplay deixa então de ser o usar de uma máscara, para passar a ser uma interpretação completa, onde o fã encarna a personagem de que tanto gosta.
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Para a grande maioria das pessoas, o Cosplay é e será sempre um hobby, mas os profissionais como a Leonor Grácias levam esta arte muito a sério, e tratam-na como se fosse uma verdadeira profissão. Segundo esta cosplayer, “deixou de ser apenas um hobby, para se tornar em algo que me traz ferramentas para a vida, onde invisto o meu tempo e o meu dinheiro. Os cosplayers que, como eu, fazem isto a nível profissional, querem ser levados a sério por isso”. E quando falamos em levar a sério, é muito a sério mesmo. Associadas ao Cosplay existem já várias competições onde, de acordo com a Leonor, os seus praticantes “acrescentam ao andar pelos eventos e ao interagir com o público, um grande esforço para fazerem a melhor atuação de sempre”. É aqui que a semelhança entre o Cosplay e o teatro fica mais clara, porque “se reflete mais o desejo de se estar em palco e de representar o melhor que podemos a nossa personagem”, conclui a Leonor. É por todas estas razões que se sentiu a necessidade de criar a Associação Portuguesa de Cosplay, e para “começar a mudar mentalidades, tanto do público em geral, como dos próprios cosplayers”, de acordo com a Leonor Grácias. Esta organização tem como objetivos “providenciar mais informação sobre o Cosplay, criar pontes claras e acessíveis entre os praticantes e as entidades ligadas à modalidade, e contribuir para que trabalhem em conjunto de forma legal e benéfica para ambas as partes”, garante a fundadora desta associação.
DÁ QUE FALAR
“
Realizar um desejo de criança em idade adulta
”
Muitas das pessoas que acabam por aderir ao Cosplay têm interesse por banda desenhada e pela manga japonesa. As três cosplayers com quem falámos lembram-se de ver desenhos animados desde muito novas, e de já aí ensaiarem uma espécie de cosplay: “Comecei desde muito cedo, apesar de na altura não ter a verdadeira noção do que era o cosplay, nem do que lhe estava associado”, refere a Leonor Grácias. A infância foi marcada pelos desenhos animados, “não tanto os da Disney, e mais os desenhos animados japoneses que davam na TV nacional. Acho que não podia ter “escolhido” ter melhor altura para ser criança”, lembra com entusiasmo, enquanto recorda as tardes em que “toda a gente saía a correr da escola para ir ver o Dragon Ball”. Foi nessa altura que o Cosplay entrou na vida da Leonor, e ela congratula-se por “ter conseguido agarrar na minha grande imaginação e criatividade, e aplicá-la em algo que me satisfizesse. Não me considero uma animadora sociocultural, mas a verdade é que quem é cosplayer é um performer, um verdadeiro artista de palco”!
LEONOR GRACIAS
A Sara Raquel é, por sua vez, fã de manga desde o secundário, e “com o acesso à internet a massificar-se, bem como os eventos do estilo do Iberanime a crescerem em Portugal, comecei a ver que existia mais para além dos desenhos animados, como por exemplo, o Cosplay”. A Sara chegou a participar em edições muito pequenas do Iberanime, onde ainda era raro ver um cosplayer. Mas quando eles apareciam, ela olhava para eles encantada, até que em 2013 fez o seu primeiro cosplay. “É outra liberdade. É a possibilidade de sermos mais. É tão bom deixar a fantasia entrar na nossa vida, seja através de histórias ou jogos... O Cosplay é apenas mais uma forma incrível de a experienciar no dia a dia”, conta-nos a Sara. Uma coisa parece ser certa: É difícil largar o Cosplay depois de o experimentar. A Suse Santos é mais uma das principais cosplayers da nossa praça e membro da Associação Portuguesa de Cosplay, e não tem dúvidas: Esta atividade é “o realizar de um desejo de criança, já em idade adulta”. Para ela, começou por ser uma pequena experiência, e agora “tornou-se quase uma obsessão (saudável). Desde pequena que me mascaro e quero aproveitar ao máximo a sensação de ser um herói, uma princesa, ou qualquer personagem que me capte a atenção. Realizar esse desejo agora, mesmo em adulto, é fantástico!”
SARA RAQUEL
SUSE SANTOS
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DÁ QUE FALAR
Vestir um fato e representar uma personagem
Mas, afinal, como é que se chega aos fantásticos fatos que vês nos eventos e nas fotos? Quem os escolhe e como? Para todas as cosplayers com quem falámos, o que realmente importa é vestirem-se das suas personagens favoritas, com quem sentem uma grande ligação e pelas quais têm um grande fascínio. A Leonor Grácias refere que os cosplayers, “com exceção daqueles que são pagos por grandes companhias para fazer promoção a certas personagens, vestem-se das suas personagens favoritas, não importando a etnia, o tipo de corpo, o género”. Mas existem também cosplayers que vestem personagens de outro género – os chamados crossplayers, pela representação de alguém de género diferente. A própria Leonor já subiu ao palco e ganhou prémios, vestida de personagens masculinas. Uma delas é extremamente conhecida, dá pelo nome de Freddie Mercury, o antigo vocalista dos Queen, e foi uma das personagens que “mais prazer deu fazer” à Leonor, por ser o seu “ídolo de infância”. E quando o Cosplay é levado muito a sério, não se fica pelo fato: “O método de caracterização foi muito gratificante, pois não contei só com a maquilhagem, mas sim com um processo exaustivo de treino para conseguir ter, em palco, as feições, os gestos e até a posição da boca dele!” Para se interpretar bem uma personagem, é preciso conhecer a história dela, a sua personalidade e é preciso saber também interpretá-la. É o que nos diz a Sara Raquel, que revela ainda que, quando o objetivo é entrar numa competição, procura “uma personagem de que goste, mas que também seja complexa o suficiente para levar a concurso”. Se, ao invés, o propósito for o de ir a um evento para conviver e tirar fotos com os fãs, o fato pode até ser “o mais simples de sempre, o que interessa é que me sinta bem e me divirta!”
Os
eventos
Se o Cosplay começa agora a ser falado e conhecido por muita gente, a verdade é que há quem o faça há mais de uma década. A nossa Leonor Grácias é um desses exemplos, tendo-se iniciado nesta prática em 2005, e conta que na altura “eram muito poucos os que o faziam”. Começou desde cedo a viajar, de norte a sul do país, para acompanhar e participar nos poucos eventos do género que existiam, e foi assim que se tornou num dos principais nomes do Cosplay em Portugal. Uns anos depois, a Leonor começou a viajar para fora do país para marcar presença nos grandes eventos europeus de Cosplay: Primeiro como visitante, depois como representante portuguesa em concursos, na Europa e na Ásia. Em 2013/2014, foi escolhida para ser a primeira “tuga” no World Cosplay Summit, um concurso mundial onde participam cosplayers de cerca de 26 países. À medida que um cosplayer se vai tornando (re)conhecido, pelo número de eventos a que vai, pela comunidade com a qual contacta, e sobretudo pela qualidade do seu trabalho, podem surgir outras oportunidades. É isso que acontece com a Leonor, que é hoje requisitada com frequência para participar em eventos – nacionais e internacionais – alguns dos quais de caráter educativo e ligados à cultura asiática, bem como para fazer “palestras e formações sobre o Cosplay”. Esta cosplayer participa ainda na organização de eventos, na revista online Cosplayer E-zine, e é responsável pela organização da área de Cosplay na Comic Con Portugal, para além de ser a Presidente da Associação Portuguesa de Cosplay. Outros dos eventos por excelência para o Cosplay em Portugal são o Iberanime, em Lisboa e no Porto, e o Aonime em Braga, ao quais a Sara Raquel vai desde as primeiras edições. Mas existem também iniciativas próprias onde se compete pelo título de melhor cosplayer, nomeadamente as eliminatórias de acesso ao World Cosplay Summit, onde é apurado atualmente o representante português na prova final. No ano passado, a Suse Santos foi uma das apuradas, e representou Portugal na final mundial do concurso, em Tóquio. Entretanto, este ano, já se apuraram os representantes lusos na WCS 2017 – a Team Bushimo, composta pela Carolina Albernaz e pelo João Feitor. Tanto a Sara Raquel como a Suse Santos têm o mesmo objetivo, ao participar nestas competições: o conhecimento. A Sara pretende “continuar a evoluir, seja na arte de costurar ou de colocar maquilhagem, e levar as pessoas a reconhecer o meu trabalho”, e a Suse valoriza muito “a possibilidade de trocar conhecimentos com colegas cosplayers e de crescer na área, de partilhar interesses e histórias, e no final, divertir-me ao máximo”.
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DÁ QUE FALAR
Como ser um
cosplayer? Pedimos conselhos às nossas cosplayers sobre o que precisas de fazer para chegar ao nível delas. A primeira mensagem que deves reter é da Sara Raquel, que assegura que “o Cosplay é para todas as idades, tamanhos e gostos”, e que o mais importante é “sentires-te confortável e escolheres uma personagem porque gostas dela”. A Leonor Grácias aconselha-te a “não querer começar por cima, e a levar tudo com calma e com tempo”. Na sua opinião, “costurar, caracterizar e representar não se aprende de um dia para o outro, por isso não podemos ter pressa ou desistir”. Podes começar por “um fato mais básico, ou mesmo por um fato comprado, onde só tenhas de fazer algumas modificações ou acrescentar alguns acessórios”, conforme te explicam a Leonor e a Sara.
Para criares os teus fatos, podes utilizar muitas abordagens e materiais diferentes. Tudo isso varia “de pessoa para pessoa, da experiência e dos métodos apreendidos”, de acordo com a Leonor. Na visão desta cosplayer, existem tantos fatores que influenciam a criação de um fato, “que não existe um método, ciência ou regra para os construir. No Cosplay és tu quem toma as decisões”.
Diz a experiência da Sara Raquel que “é normal sentir-se alguma vergonha ao início, mas assim que começam a receber a reação das pessoas, e a ouvir o nome da personagem em vez do vosso, é outra sensação e em vez de ouvirem chamar pelo vosso nome, ouvem o da personagem, é uma sensação completamente diferente, e é o reconhecimento de que és realmente a personagem que escolheste”. Para que isso possa começar a acontecer, a Leonor Grácias sugere que tentes “participar nos concursos gerais para ganhares o gosto”, sem te atirares logo para as competições sérias porque isso “pode ser desmotivante, pois são bastante competitivas e existe muita pressão envolvida”. E mesmo que não tenhas muitos amigos com quem possas ir aos eventos, lembra-te que “vais conhecer imensa gente, e é muito fácil meter conversa porque uma das barreiras sociais não existe ali: estás num evento com pessoas que gostam do mesmo que tu, e estão lá todos pelo mesmo motivo”, conclui a Leonor.
- Faz um template dos cortes necessários (muitas vezes procuro, por exemplo, uma camisola com aquela gola específica, e utilizo isso como exemplo dos cortes, ou então procuro templates no Google – existem livros disto também!) - e assim ficas com uma ideia melhor da quantidade de tecido de que precisas;
A Sara Raquel aconselha-te a começar por “coisas simples, porque a cada Cosplay aprende-se algo novo que pode ser utilizado no fato seguinte”. E dá-te um pequeno passo-a-passo: - Arranja imagens de referência (muito importante!);
- Procura tecidos e tem em consideração se queres pintar, se precisas de esticar, etc.; - Faz a magia acontecer (aqui acabo por recorrer bastante ao Google também, para ver técnicas de que precise). No final, quando o fato estiver praticamente concluído, é altura de te focares nos props. Aí, de acordo com a Sara, “o processo de construção é idêntico, mas grande parte foca-se em como fazer o prop prático, por exemplo, estudando materiais de forma a que não seja algo muito pesado e que dê para desmontar, entre outras coisas”. Para fazeres tudo isto, a Suse Santos recomenda que precises a informação de que precisas “na internet, onde existem vários tutoriais que mostram as diferentes técnicas”, ou ainda “em revistas de costura para iniciantes, como a Burda, e em revistas de Cosplay com tutoriais, como a Cosplay Gen”.
associacaocosplay.pt worldcosplay.net cosplayerzine.net aniplay.pt tsubaki.pt
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ME TUBE REPORTAGEM: Tiago Belim | FOTOS: Sporting Clube de Portugal
Esqueçam a conversa de brincar aos videojogos. Os torneios eSports estão a tornar o gaming num dos maiores desportos a nível mundial, e em Portugal já temos uma grande comunidade de jogadores com muito skill. A eles acaba de se juntar um dos maiores clubes portugueses, que aposta agora nos eSports com um campeão do mundo de FIFA ao comando! Os desportos eletrónicos – ou eSports – são hoje uma verdadeira indústria, com cada vez mais equipas e praticantes profissionais, e com cada vez mais videojogos criados com estas competições em mente. Em 2015, cerca de 226 milhões de pessoas assistiram a competições de eSports, num mercado que a nível mundial gerou qualquer coisa como 325 milhões de dólares, e que em 2016 deverá atingir os 493 milhões. Em Portugal, este desporto está na fase de transbordar para o mainstream, ou seja, as pessoas que normalmente não teriam contacto com este mundo estão a começar a interessar-se pelos eSports. Quem o diz é João “Ildurnest” Sobral, gamer e membro da Associação Grow uP Gaming, uma das principais comunidades de jogadores em Portugal, e que tem como objetivo apoiar o desenvolvimento do gaming no nosso país. Ao falarmos com ele, ficámos a saber que os nossos atletas já estão num nível muito elevado, a competir em ambientes extremamente competitivos pelos primeiros lugares em jogos como League of Legends, Counter Strike: Global Offensive, Hearthstone, Overwatch, Rocket League, Pro Evolution Soccer, FIFA, Starcraft ou DotA2. De acordo com este especialista, irá haver “cada vez mais jogos dentro dos eSports, que trarão cada vez mais jogadores e mais pessoas interessadas em seguir as equipas e os eventos”.
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Um dos maiores desportos do mundo Para João “Ildurnest” Sobral, os eSports serão, dentro de pouco tempo, um dos desportos mais populares em todo o mundo. Este boom surge, na sua opinião, “do crescimento natural do gaming, que ao longo do tempo sofreu a sua evolução tecnológica ao nível do realismo e do balanceamento competitivo, e permitiu a massificação dos jogos e consequentemente do número de praticantes de desportos eletrónicos”. Em adição a isso, o surgimento do projeto da RTP Arena veio ajudar à exposição dos eSports, e neste momento começa a surgir o interesse dos clubes desportivos nos desportos eletrónicos – o Sporting é o primeiro clube a fazer dos eSports modalidade oficial. Junta tudo isto, os múltiplos milhões de dólares que ganham os melhores em prémios de jogo no League of Legends ou no Hearthstone, os estádios que se enchem para os ver jogar e os recordes que se quebram em visualizações online (334 milhões no Campeonato do Mundo de LoL em 2015), e tens o cocktail perfeito que pode transformar os eSports numa das modalidades mais populares no planeta.
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Os eSports no Sporting Clube de Portugal O Sporting é o primeiro clube português a apostar nos eSports, fazendo dos desportos eletrónicos a 48ª modalidade oficial da instituição. Márcio Figueiredo é um dos responsáveis pelo departamento de eSports dos leões, e refere que esta é “cada vez mais uma tendência, com vários clubes europeus e mundiais a apostar fortemente nos eSports. Os dois mais recentes são o Paris Saint-Germain, em França, e o Sporting em Portugal”. E para o caso de não saberes, a La Liga em Espanha e a League 1 em França (isto é, os dois principais campeonatos de futebol) já começam a envolver-se com os eSports, formando uma liga onde competem os melhores jogadores e clubes. O Sporting acredita que, em breve, o mesmo irá acontecer em Portugal. O Sporting tem como objetivo fazer crescer os eSports no nosso país e proporcionar aos melhores jogadores lusos a oportunidade de representar um dos maiores clubes da Europa. A partir daí, o clube “quererá sempre atacar todos os títulos e torneios com toda a força, de que é exemplo a competição oficial da organização FIFA, onde vários clubes competirão entre si no FIFA 17”, de acordo com Márcio Figueiredo. O primeiro atleta a representar oficialmente o Sporting nos eSports é o Francisco “Quinzas” Cruz – podes conhecê-lo melhor mais à frente neste artigo –, ele que foi o mais jovem campeão do mundo de FIFA, e o único português a alcançar tal feito até hoje. Entretanto, está já a decorrer o torneio G2A Lion Games, através do qual o clube irá recrutar mais 4 jogadores de FIFA. Por isso, se alimentas o sonho de um dia jogares com a camisola do Sporting, fica atento às competições de scouting que vão continuar a surgir!
A entrevista ao melhor português no FIFA Começou a participar em torneios aos 14 anos, e aos 16 sagrou-se campeão da FIFA Interactive World Cup. O Francisco “Quinzas” Cruz é o primeiro jogador de eSports em Portugal a assinar contrato com um grande clube, e conta-te na primeira pessoa como tem sido esta aventura. Ainda eras muito novo quando decidiste apostar a sério em jogar FIFA em torneios. Com essa idade pode parecer simples tomar essa decisão, mas a verdade é que precisaste de sair da tua zona de conforto… O que é que te levou a fazê-lo? Comecei a jogar FIFA muito novo, e com 14 anos fui ao meu primeiro torneio. Sempre tive essa ambição de participar em torneios porque queria saber o meu nível neste mundo competitivo. Procurei vários torneios na Internet, e depois do primeiro nunca mais parei! Muito rapidamente conseguiste um 3º lugar, e depois um título, em Campeonatos do Mundo. Foi aí que a tua carreira disparou? Em que momento é que decidiste fazer dos eSports a tua atividade profissional? Infelizmente ainda não consigo ter um retorno financeiro que me permita ser profissional de FIFA. No entanto é um hobby que gosto muito, ao qual dedico muito tempo e que já me fez conhecer muitas cidades, nomeadamente Los Angeles, onde me sagrei campeão do mundo! O que andavas a fazer quando o Sporting te foi buscar? Como é que esse contacto aconteceu? Ando a tirar o curso de Economia na Universidade do Porto, e era esse o meu principal foco na altura em que o Sporting me contactou. O contacto surgiu com alguma naturalidade, pois sou o único jogador português com um título internacional.
or de Queres ser um jogad
Explica-nos como é o dia a dia de um jogador de eSports profissional e, neste caso, do Sporting. Praticas no clube, viajas para jogar contra jogadores de outros clubes, participas em torneios? Como funciona? Não é muito diferente de um jogador normal. Pratico em casa, o máximo de horas diárias possíveis. Tento ter conhecimento do maior número de torneios, e participar para tentar ganhá-los. Relativamente ao treino, tento jogar contra os melhores jogadores do mundo, pois assim elevo o meu nível. Que razões encontras para o “boom” dos eSports, ao ponto de termos um clube como o Sporting a criar essa modalidade? Na tua opinião, onde vai chegar este desporto? Este desporto vai chegar muito longe, sem dúvida! Esta geração dedica-se muito aos videojogos e cada vez mais participa em competições. No curto/médio prazo, os eSports vão crescer significativamente e nós, jogadores, estamos expectantes por esse crescimento! Não é incrível que, jogando o teu videojogo de futebol de eleição, já tenhas conhecido alguns dos melhores jogadores do mundo? Nalguns casos até fizeste um jogo com eles… É o que se pode chamar um sonho de criança tornado realidade… Sim, tive oportunidade de conhecer o Messi, o Rooney, o Xavi, o Iniesta, o Piqué, o Vidic, o Neymar, o Guardiola e outros, tudo graças ao FIFA. Estive presente na gala da FIFA no ano em que me sagrei campeão do mundo, e era inacreditável a naturalidade com que as grandes estrelas do futebol passavam à minha frente. Foi surreal!
elite?
Pedimos à Grow uP Gaming e ao Quinzas para dar uns conselhos a quem tem a ambição de ser um gamer profissional. E o jogador do Sporting não tem dúvidas: “A prática leva à perfeição!” Para ele, “o treino” é essencial “a quem quer chegar ao topo”. Depois? Bom, depois, “tenta jogar com os melhores e ver o que eles fazem para ter sucesso”. O Quinzas aconselha-te ainda a “acrescentar as melhores técnicas deles ao teu jogo”, e “a ser inteligente”, porque o FIFA “é um jogo de estratégia, tal como o futebol real”! A Grow uP Gaming tem, por seu lado, uma palavra-chave para ti: trabalho. É ele “que realmente separa os bons jogadores dos excelentes”, e “a dedicação, o treino, a perseverança, a vontade de aprender, evoluir e fazer cada vez melhor são pontos necessários para se alcançar um patamar superior”, assegura o João “Ildurnest” Sobral. Para além disso, “uma estrutura de suporte ao nível da família e amigos é também bastante importante para a estabilidade emocional e mental de um jogador”, na opinião desta organização, e nos jogos de equipa, é “fundamental respeitar os colegas e os adversários e manter um ambiente coeso e robusto, capaz de debelar qualquer dificuldade”. É um processo complexo, onde nem todos podem chegar ao topo, mas se deres um passo de cada vez e se mantiveres os pés assentes na terra, tudo é possível!
NOVEMBRO | DEZEMBRO’16
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PALAVRAS CRUZADAS Será que tens o que é preciso para descobrir todas as palavras?
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3 O que tens de colocar na cara para jogares em realidade virtual. 5 O tema principal da Lisboa Games Week. 8 A banda que canta a nova música do Cartão Jovem. 9 O nome que se dá a quem faz Cosplay. HORIZONTAL
1 As estrelas do livro escrito pelo Nelson Nunes. 2 O nome do primeiro jogador do Sporting CP eSports. 4 A tua rádio que está sempre na tua revista. 6 Os novos desportos eletrónicos. 7 Quem te dá bons coselhoss para fazeres Cosplay em segurança.
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DIFERENÇAS
Consegues encontrar as 8 diferenças no nosso cosplayer?
#SECAS Onde é que os fantasmas fazem piqueniques? Assombra. Porque é que as vacas fecham os olhos quando estão a ser ordenhadas? Para fazer leite concentrado. Porque é que a empregada da limpeza não luta karaté? Porque luta CA POEIRA. Porque é que os palhaços moram sozinhos? Porque não conseguem ter um relacionamento sério. Como é que chama um pato que não se dá bem com os outros? Anti-pático. O que diz um prédio para o outro? Tens um andar tão lindo... O que diz uma zebra para uma mosca? Tu estás na minha lista negra. Qual a personagem dos Simpsons que está sempre à beira do rio? É a Marge.
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30 LIMITE DE VELOCIDADE TEXTO: Hugo Espírito Santo | FOTOS: Razão Automóvel
MERCEDES-BENZ 600
(1963 – 1981)
Durante décadas, este Mercedes era um clássico entre presidentes, reis e ditadores. Disponível nas versões berlina de quatro portas, limousine e descapotável, este carro alemão era fabricado à mão e tinha um motor 6.3 litros V8 com um fantástico (e complexo) sistema hidráulico que controlava tudo, desde a suspensão, passando pelo fecho automático das portas, até à abertura das janelas. No total, saíram da fábrica 2677 unidades, sendo que 70 destas foram entregues a líderes mundiais – um exemplar foi entregue ao Papa Paulo VI, em 1965.
LINCOLN CONTINENTAL LIMOUSINE (1961) O Lincoln Continental Limousine será sempre relembrado como o carro em que o Presidente Kennedy foi assassinado. Depois da sua morte, este modelo retornou à Casa Branca para servir vários presidentes, até 1977. Atualmente, o Lincoln Continental está exposto no Museu Henry Ford, em Dearborn, Michigan.
ZIL 41047 O modelo 41047 da marca russa ZiL foi produzido para ser o carro oficial da União Soviética, e sofreu poucas alterações estéticas ao longo dos anos. Foi um carro polémico, porque ao mesmo tempo que a USSR usava esta limousine como carro oficial, Fidel Castro também a usava, mas como táxi nas ruas de Havana.
Se queres fazer um brilharete na próxima aula de história, ou envergonhar aquele teu amigo que pensa que é um “ás” dos automóveis, fica atento à lista que se segue. De um Mercedes-Benz 600 a uma Renault 4L, selecionámos uma lista de 6 carros (e mais um…) que de alguma forma possam ter assistido a eventos de carácter mundial ou que transportaram figuras históricas. Estas foram as nossas escolhas:
RENAULT 4L A Renault 4L, também conhecida como “o jipe dos pobres”, foi oferecida ao Papa Francisco por um padre italiano, para as suas deslocações no Vaticano. Este exemplar de 1984 contabiliza mais de 300 mil quilómetros.
CADILLAC ONE
(2009)
O Cadillac One, o carro presidencial de Barack Obama, está longe de ser um modelo convencional da marca. Por exemplo, as portas blindadas desta limousine (à prova de fogo) são mais pesadas que as portas de um Boeing 747, e para além disso conta com um sistema de oxigenação em caso de emergência, e potência suficiente para atravessar uma zona de guerra, o que explica a alcunha: The Beast.
MERCEDES-BENZ 770 K O Mercedes-Benz 770K foi o sucessor do Mercedes-Benz Typ 630, e à época recorria a um motor de 8 cilindros em linha com 7.655cc e 150 cv. Para além disso, era também conhecido por ser o carro preferido de um dos homens mais odiados da história, Adolf Hitler.
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E AINDA…
O IMPROVÁVEL UMM Cavaco Silva não é nem foi um dos homens mais poderosos do mundo, mas a bordo de um UMM nem a Besta de Barack Obama lhe fazia frente. Que grande máquina!
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