Já estamos no ar! Em papel, no site e agora também no ouvido. A Mais Educativa e a SJ Rádio juntaram-se e prometem dar-te a melhor música e informação. Entra já em www.maiseducativa.com e liga-te! Texto: Bruna Pereira e Bruno Barbacena
TPC: Tempo para Comunicar A Opinião Pública da SJ Rádio chama-se TPC. Tempo para Comunicar é o programa que vai dar resposta a muitas das tuas perguntas. Todas as quintas-feiras às 21h a professora Teresa Costa e os convidados discutem os temas da tua geração. Participa no programa através do facebook da SJ Rádio ou então envia um email para tpc@sjradio. com a tua opinião conta e muito! Horário da emissão: Estreia – quinta-feira às 21h | Repete – sexta-feira às 13h e domingo às 17h.
Host Me Como publicação distribuída em colégios, escolas secundárias e profissionais de todo o país, a Mais Educativa não podia passar ao lado deste projeto e associou-se à SJ Rádio como parceira. Agora, e através de ligação direta, podes ouvir a SJ Rádio no site da Mais Educativa, em www. maiseducativa.com, além de estar igualmente disponível no seu site oficial, em www.sjradio. com. Ultrapassadas as fronteiras do Agrupamento de Escolas de São João do Estoril, a SJ Rádio pode agora ser ouvida por qualquer jovem estudante ouvinte, independentemente do espaço geográfico onde resida ou estude, sendo que uma programação variada não vai faltar durante as 24 horas do dia. Ora repara:
Bloco de Notas Às segundas-feiras à noite a Rosária Casquinha dá-te uma lista de sugestões de atividades para preencheres a tua semana da melhor forma. Concertos, teatro, cinema, TV, exposições entre muitas outras atividades passam pelo “Bloco de Notas”. Não percas! Horário de emissão: Estreia – segunda-feira às 21h | Repete – terça às 13h e sábado às 15h.
Pedidos para jantar Lembras-te de quando os nossos avós ligavam para as rádios a pedir para passar as músicas que gostavam com aquela dedicatória especial? Pois bem, aqui na SJ Rádio, só precisas de passar pelo nosso site em www.sjradio.com e pedires a tua música. Às segundas à hora do jantar, o Luís Alves transforma esses pedidos num programa e serve-te os ‘Pedidos para Jantar’. Horário da emissão: Estreia – segunda-feira às 22h | Repete – terça-feira às 19h e sábado às 16h.
Descobre a restante programação em www.maiseducativa.com
Magazine Mais Educativa Às terças-feiras à noite chega à emissão da SJ o magazine mais irreverente e engraçado da rádio. O João Diogo Correia e a Bruna Pereira vão trazer-te as notícias mais importantes da semana do site da Revista Mais Educativa. O último programa do mês é sempre dedicado aos destaques da revista do mês seguinte, para saberes em primeira mão o que vais poder ler na tua escola. Horário da emissão: Estreia – terça-feira às 21h | Repete – quarta-feira às 13h e sábado às 17h.
Plano Z das Mulheres Existe um alfabeto inteiro de conversas para se ter e quem melhor do que as mulheres para o fazer! A Mariana Almeida e a Raissa Grossi passam a pente fino o alfabeto e quando as 23 letras não servem elas encarregam-se de inventar mais umas quantas só para continuarem com a conversa. Os temas como a moda, acessórios, saídas noturnas, prendas, restaurantes e tudo o que faz parte da vida de uma mulher passam por aqui. Rapazes, se querem ficar a conhecer melhor o sexo oposto e meninas, se quiserem ainda mais algum conselho, não podem perder este programa! Horário da emissão: Estreia – terça-feira às 21h | Repete – quarta-feira às 19h e sábado às 18h.
Playlist A Revista Mais Superior escreve a rubrica e a rádio transforma-a em programa. Todas as semanas o Samuel Alves chega à emissão da SJ Rádio com o Playlist. Por este programa vão passar os destaques da música que se faz cá dentro e além-fronteiras, os lançamentos mais recentes, a cobertura dos melhores concertos, Entrevistas com músicos nacionais e internacionais. Fica a par de tudo o que se faz no mundo da música! Horário da emissão: Estreia – quarta-feira às 22h | Repete – quinta-feira às 13h e domingo às 15h.
Este é o Late Night Show que faltava! Dois jovens, um convidado, um local, são os ingredientes deste programa. O convidado escolhe o local, eles escolhem o convidado e assim é dado o mote para uma conversa descontraída, em que o lugar terá um papel fundamental para criar o ambiente e tornar a conversa ainda mais rica. Horário da emissão: Estreia - quinta-feira às 22h | Repete – sexta-feira às 19h e domingo às 16h.
ADN Programa dedicado às profissões e tudo o que seja necessário saber para seguir um determinado caminho depois do Secundário! Entrevistas a profissionais, os melhores cursos, os melhores locais para trabalhar, etc. Um autêntico gabinete de orientação vocacional! Horário da emissão: Estreia – sexta-feira às 21h | Repete – sábado às 14h e segunda-feira às 19h.
Rota no Ar O programa da Associação Juvenil Rota Jovem passa aqui pela SJ. O Rota no ar traz todas as sextas-feiras a partir das 22h à emissão da tua rádio toda a multiculturalidade desta associação. Na emissão a cabo do Pedro Cisneiros vão passar jovens do mundo inteiro que estão em Portugal a participar em programas de intercâmbio. O programa mais multicultural da SJ Rádio! Horário da emissão: Estreia – sexta-feira às 22h | Repete – sábado às 13h e segunda às 13h.
Top do Patrocínio A SJ Rádio é a patrocinadora oficial do teu intervalo e dá-te a música que podes escolher, para ficar em primeiro lugar do Top do Patrocínio. Todos os domingos das 13h às 15h ouves, com a Cristina Freitas, a música que votaste em www.sjradio.com para ser a número um do top. Vota durante a semana em www.sjradio.com e conhece a campeã todos os domingos, aqui na SJ Rádio! Horário da emissão: Estreia – Domingo das 13h às 15h
ÍNDICE | PASSATEMPOS Pôs-te a escrever como achavas que só os brasileiros podiam fazer. Trouxe dúvidas, mas instalou-se nas escolas, de onde queres sair com certezas. Das 'acções' às 'ações' até aos factos que ainda o são, contamos-te o que precisas de saber acerca do novo Acordo Ortográfico.
3 | ÍNDICE . PASSATEMPOS
10 | DÁ QUE FALAR
4 | TOQUE DE ENTRADA
14 | MÁQUINA DO TEMPO
6 | PÁGINA A PÁGINA
15 | CONSULTÓRIO ESCOLAR
7 | PLAYLIST 8 | TAKE 1
PASSATEMPOS Temos
ÍNDICE
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para oferecer! Mostra-nos quem és Diana Chaves, Miguel Sousa Tavares, Júlio Magalhães, Fernando Mendes, Nuno Markl, Andreia Rodrigues, Jorge Palma, Eusébio, Mariza, Luís de Matos e José Hermano Saraiva e Cristiano Ronaldo são apenas alguns dos entrevistados presentes no mais recente livro de Daniel Oliveira: “Alta Definição - A Verdade do Olhar”. Para te habilitares a um dos 3 exemplares que a Mais Educativa, a Guerra & Paz Editores e o Clube do Livro SIC têm para oferecer, apenas terás de responder à seguinte pergunta:
Os melhores textos (que não deverão ultrapassar os 3 mil carateres) recebem um livro “Alta Definição - A Verdade do Olhar”. Envia-nos a tua participação através do formulário existente no texto referente a este passatempo, em www.maiseducativa.com (procura na secção Passatempos). Boa sorte! PVP: 13,99 euros
Quando te vês ao espelho, o que dizem os teus olhos? Dá-nos a conhecer a tua pessoa, como se duma entrevista se tratasse.
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Já que falamos de futebol, conta-nos qual a tua melhor tática para Portugal sair da crise. Aqui a melhor jogada vai ser a tua imaginação, por isso esforça-te e chuta para ganhar neste passatempo. Entra em www.maiseducativa.com, procura este passatempo na secção de Passatempos e envia a tua resposta através do formulário. Boa sorte! PVP: 49,99 euros
Esta informação foi cedida pelo Departamento Comercial
Ficha Técnica Proprietário/Editor: Young Direct Media, Lda
Empresa jornalistica inscrita com o nº: 223852 NIPC nº 510080723 ADMINISTRAÇÃO Graça Santos, gracasantos@youngdirectmedia.pt DIRETORA GERAL DA EMPRESA Graça Santos, gracasantos@youngdirectmedia.pt DIRETOR ADJUNTO DA EMPRESA Paulo Fortunato, paulofortunato@youngdirectmedia.pt Sede de redação: Rua António França Borges, Nº 4 Edíficio, 4A loja Dta. 2625-187 Póvoa de Santa Iria Tlf: 21 155 47 91 Fax: 21 155 47 92 Email geral: geral@youngdirectmedia.pt
www.maiseducativa.com DIRETORA EDITORIAL Bruna Pereira, brunapereira@youngdirectmedia.pt DIRETOR COMERCIAL E PUBLICIDADE Duarte Fortunato, duartefortunato@youngdirectmedia.pt REDAÇÃO Bruna Pereira, brunapereira@youngdirectmedia.pt João Diogo Correia, joaocorreia@youngdirectmedia.pt COLABORADORES EDITORIAIS Joana Gomes, Renato Paiva, Revista Empire e Bruno Barbacena DESIGN Mónica Santos, monicasantos@youngdirectmedia.pt e Ângela Miguel, angelamiguel@youngdirectmedia.pt NEW MEDIA André Rebelo, andrerebelo@youngdirectmedia.pt SJ RÁDIO Bruno Barbacena, brunobarbacena@youngdirectmedia.pt COMUNICAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO Samuel Alves, samuelalves@youngdirectmedia.pt Tiragem: 40.000 exemplares Peridiocidade: Mensal Registo na ERC nº 126169 Depósito legal: 341259/12 Tipografia e Morada: Lidergraf - Rua do Galhano, n.º 15 4480-089 Vila do Conde, Portugal
Condições gerais dos passatempos da Mais Educativa 1. O passatempo “Alta Definição - A Verdade do Olhar” tem como data de início a 7 de janeiro de 2013 e termina a às 23:59 de 7 de fevereiro de 2013. O passatempo Football Manager 2013 tem como data de início a 8 de janeiro de 2013 e termina às 23:59 de 8 de fevereiro de 2013. Qualquer participação fora desta data serão recusadas. | 2. Das respostas recebidas, apenas serão consideradas válidas as que preencherem devidamente os campos solicitados no formulário de resposta. | 3. Só é aceite uma resposta válida por endereço de e-mail e por concorrente. | 4. Do conjunto de respostas válidas recebidas, os premiados serão selecionados de acordo com o método de seleção e o número de prémios comunicados no respetivo passatempo. | 5. No caso do número de participações ser inferior ao número de prémios disponíveis, serão contemplados todos os participantes que responderem acertadamente. | 6. A lista dos premiados será publicada online, na área de Passatempos, sendo os vencedores ainda notificados via e-mail ou telefone, pelo que os participantes deverão facultar sempre os seus contactos corretos e atuais. | 7. Todas as demais dúvidas e questões podem ser endereçadas para o e-mail passatempos@maiseducativa.com. | 8. Caso os prémios não sejam levantados após 3 meses de serem anunciados os vencedores, esse vencedor perderá o direito a esse prémio.
Banco de imagens: Todas as imagens utilizadas na publicação, salvo as que estão creditadas, são retiradas do depositphotos.com ESTA PUBLICAÇÃO JÁ SE ENCONTRA ESCRITA AO ABRIGO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO.
Janeiro 2013 . MaisEducativa | 3
TOQUE DE ENTRADA
O meu
desenvolvimento
é diferente
do teu!
A investigação científica recente valida o que os pais têm vindo a suspeitar ao longo dos tempos – o cérebro de um adolescente é diferente do cérebro de um adulto. Estas novas descobertas mostram que as mudanças mais significativas que ocorrem em zonas do cérebro responsáveis por funções como o autocontrolo, a tomada de decisão e as emoções, surgem entre a puberdade e a idade adulta. Deste modo, certos comportamentos adolescentes que os adultos consideram desadequados e até mesmo pouco convencionais como a dificuldade em fazer escolhas, a despreocupação perante assuntos relevantes como a escola ou as constantes variações de humor podem hoje ser explicados com base não só nas oscilações hormonais mas também nas alterações cerebrais. Texto: Joana Gomes Durante a adolescência, o desenvolvimento físico altera-se a uma maior velocidade do que comparativamente ao que ocorre no período da infância. Estas transformações incluem um rápido aumento de peso e crescimento em altura, o desenvolvimento de caraterísticas sexuais secundárias e um desenvolvimento contínuo do cérebro. Deste modo, e como consequências destas modificações, os adolescentes necessitam de dormir mais (nove horas e meia de sono) para permitir que os seus corpos desempenhem o trabalho interno necessário para este crescimento tão rápido; podem parecer desajeitados e descoordenados dado que durante esta fase as partes do corpo não se desenvolvem ao mesmo ritmo; podem ainda manifestar alguma preocupação quanto às diferenças de desenvolvimento físico entre o grupo de pares e, especialmente as raparigas podem tornar-se demasiado sensíveis em relação ao seu peso que, durante esta fase, pode aumentar consideravelmente.
O que vai na cabeça do adolescente? As modificações ao nível do pensamento conduzem a repercussões nas atitudes e comportamentos dos adolescentes, tornando-os detentores de uma autoconsciência muito elevada, a qual lhes leva a acreditar que toda a gente está preocupada com os seus pensamentos e comportamentos, presumindo que têm um 'público imaginário' que está constantemente a observá-los. Acreditam igualmente que ninguém alguma vez experienciou sentimentos e emoções similares às deles e podem tornar-se excessivamente dramáticos ao descrever as situações que os perturbam. Tendem ainda a demonstrar atitudes do género “isso a mim não me acontece”, levando-os muitas vezes a iniciar comportamentos de risco como beber e conduzir, relações sexuais desprotegidas, ou fumar. Numa perspetiva de caráter intelectual, defendem causas de uma forma muito empenhada estando o seu ativismo relacionado com a sua capacidade de pensar em conceitos abstratos. Podem, por exemplo, tornar-se vegetarianos, após lerem sobre a crueldade animal. Demonstram igualmente um sentido de orientação para a 'justiça', tornando-os mais aptos para apontar inconsistências no discurso de um adulto e manifestam alguma dificuldade em tolerar o erro.
Como 'educar' o cérebro?
Dicas para uma adolescência saudável Para que os adolescentes sejam orientados a estimular os seus cérebros, em vez de permanecerem no sofá a ver televisão ou a enveredar por caminhos que conduzem a comportamentos de risco, existem algumas estratégias específicas que os adolescentes podem implementar: Evita comparações com os teus colegas. Dorme o suficiente e um pouco mais aos fins de semana. Cria hábitos alimentares saudáveis. Pratica exercício físico. Envolve-te em desportos radicais supervisionados como montanhismo, paraquedismo ou canoagem. Participa em serviços de voluntariado ou comunitários e conversa acerca dessas experiências.
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MaisEducativa . Janeiro 2013
De acordo com Giedd, ao contrário do que acontece com as crianças cuja atividade cerebral é completamente determinada pelos pais ou educadores e pelo ambiente, os adolescentes podem realmente serem capazes de controlar o modo como as suas ligações neuronais se estabelecem. Ao exercitarem o cérebro para aprender a ordenar pensamentos, para compreender conceitos e para controlar impulsos, os adolescentes estão a criar as suas bases neuronais necessárias para o seu desenvolvimento ao longo da vida. Reconhecer que estas alterações e comportamentos são comuns na adolescência ajuda tanto os jovens como os adultos a gerir esta fase de transição.
Quem é a autora do texto? Joana Gomes é Psicóloga no Instituto de Desenvolvimento e Estimulação do Potencial Humano (IDEPH).
O que faz o IDEPH?
Nascido em 2011, o IDEPH recorre aos mais recentes avanços nas áreas das Neurociências, Tecnologia e Educação, intervindo junto de crianças, adolescentes e também adultos. A par da intervenção individualizada com o aluno e com a família, a sua atuação estende-se ainda às instituições educativas (creches, jardins de infância, escolas, instituições de reeducação, centros de atividades de tempos livres, etc.) no desenvolvimento e implementação de programas que permitam, em conjunto com os educadores, tornar o processo de aprendizagem mais efetivo e significativo para cada criança e cada jovem. Sabe mais em www.ideph.pt.
PUBLIREPORTAGEM
PÁGINA A PÁGINA
Ele ressuscitou os clássicos! Jorge Filipe Subtil tem 18 anos e frequenta o curso de Línguas e Humanidades na Escola Secundária Santa Maria do Olival (Agrupamento Nuno de Santa Maria). Este mês, estivemos à conversa com o jovem autor já um fenómeno de popularidade, devido ao lançamento da sua primeira obra, que ressuscita clássicos da literatura portuguesa do século XIX e dá pelo nome “Herança de Traição”. Texto: Bruna Pereira Foto: J. F. Subtil e jfsubtil.blogspot.pt
Críticas do passado aplicadas aos dias de hoje De onde vem o teu gosto pela escrita? É uma pergunta deveras interessante, pois a maior parte dos escritores são-no acidentalmente, contudo, eu desde os meus 15 anos que o desejo ser, por exatamente escrever poemas, contos ou mesmo textos ao acaso. Já tentara muitas vezes escrever um livro, mas as ideias fracassavam, o que não aconteceu com "Herança de Traição". Mas este é apenas o gosto prático, e como defendo que também deve existir um gosto teórico, também o tenho: leio imenso e tudo o que posso para melhorar na escrita. Como é que se deu o salto da escrita do livro para a sua publicação numa editora? Tiveste algum caça-talentos que te ajudou? "Herança de Traição" começou quase como que um desafio, não só para mim próprio, para me provar que conseguia o que tanto ambicionava, ou seja, começar a ser escritor; como também para todos os outros, que pretendo que me aceitem como escritor. O facto é que não existem propriamente caça-talentos no mundo da literatura. Quando acabei "Herança de Traição", mandei para inúmeras editoras, sendo que apenas uma abriu a porta à minha história. Como tal, qualquer pessoa que tente enveredar por este ramo tem de estar preparado para muitos 'nãos', mas há que lutar, pois na verdade é um processo que deixa um certo sabor agradável na boca. 'Fala-nos um pouco do enredo do "Herança de Traição" e das pessoas e lugares reais que te inspiraram para elaborares o enredo desta ficção… O enredo de "Herança de Traição" leva-nos ao lugar que, mais que gostar, quase o amo, mais me inspirou para escrever este livro, ou seja, a Quinta da Cardiga. A sua ruína, a ruína dos "Cardiga", família inventada para dar movimento à história, representa a verdadeira destruição deste país que é Portugal. Há escritores portugueses que te inspiraram nesta missão literária? Quando andei a criar o enredo inspirei-me bastante em literatura do século XIX, para assim conseguir criar um ambiente do género dessa época. Dentro dessa literatura, destaco Eça de Queirós, Júlio Dinis, Camilo Castelo Branco e até
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"A nossa herança de traição, a de simples mortais portugueses, é a de herdar um país falido que já não faz sentir amor patriótico". É este o mote para o enredo que conta com os protagonistas Rosa e João - um casal que tenta lutar pelos seus sonhos, tantas vezes sem sucesso devido a altos valores. Se ficaste curioso, fica ainda a saber que, “Num Portugal que deixa muito a desejar, as críticas de século XIX podem ser usadas nos dias de hoje, pois este país continua a ser a trapalhada de sempre”.
“Herança de Traição” J. F. Subtil Ramalho Ortigão. Quanto às personagens em si, fui criando conforme me vinham à cabeça - claro que as do enredo central tiveram de ser melhor preparadas e cuidadas. Mas, no final, tudo encaixou e nasceu o romance e a vida de "Herança de Traição". Já pensaste no curso superior que gostavas de tirar? O teu talento na escrita vai pesar nessa decisão? Sem dúvida que a escrita é um peso máximo na minha decisão para o curso superior - é por isso que desejo ir para Estudos Portugueses. Que conselho dás a todos os alunos que acreditam possuir talento literário, mas são tímidos e preferem esconder o que escrevem? Se é um sonho, sigam que os sonhos, mas que estejam preparados para nem tudo correr como esperado ou planeado. Não é fácil, e se fosse, provavelmente saberia a pouco, e publicar um livro não teria o prestígio que tem. Já tiveste algum feedback sobre a tua obra: pessoas que já leram e vieram dar-te os parabéns, colegas, escritores…? De facto já tive, mais por parte de colegas ou amigos e conhecidos. Dizem que a história está divertida, e ainda bem, é bom ouvir que as minhas personagens provocam as pessoas na sua maneira de ser.
Edição: 2012 | Páginas: 372 | Editor: Chiado Editora | Coleção: Viagens Na Ficção PVP: 13 euros
demasiado "William não queria uma violência rde a sua cova de ras palav las grande, mas àque es do jormão fechou-se e foi embater nos dent pela palmeiu rrego esco que nda segu de ta nalis João levantou ra, embatendo de traseiro no chão. desgraçado a bengala e deu com ela na perna do sso. O suce sem mas r, grita va tenta a que agor uma grande inglês atirou o seu pé, calçado com à barriga bota de montar a cavalo, de encontro de costas chão no elado estat cou fi de Limão, este João vez uma Mais para cima, cuspindo sangue. essante inter algo ndo acha e ala, beng a eu ergu iro do coitade se fazer, bateu com esta no trase r-se durante do, que decerto não iria poder senta na. uma sema m ter sujado - Então meus cavalheiros, não devia as mãos, ou a bengala, nesse traste!" J. F. Subtil Excerto de "Herança de Traição", de
Diz-m e o qu dir-te e ouv -ei qu es, em és Imagina uma biblioteca de música, que em vez de prateleiras carregadas de discos, se forma numa lista à distância de uns quantos cliques. A Last.fm começa por ser isso. Aqui não há utilizadores especiais e cada um tem a sua própria biblioteca, que pode ser configurada como bem entenderes: mostrando as bandas que ouviste nos últimos sete dias, no último mês, nos últimos três, seis ou 12 meses ou desde que descobriste a Last.fm. O mesmo se aplica às músicas que mais vezes rodaram no teu perfil. Tudo isto fica registado através do “Scrobbler”, um aplicativo que rapidamente podes instalar no computador e que deixa na tua página pessoal o rasto do que vais ouvindo. O Windows Media Player, o iTunes ou o Winamp são alguns dos dispositivos que te permitem fazer o Scrobble, de entre mais de 600 opções.
Mais d é um o que um a form h levas a de obby, ou tador no mp3, n estar, e a p vir música o que pode diz iPod ou laylist que im n surgi aginas. er mais s o compu u um Por i obre sso, h da m a esp ti do ú os p sica, pro écie de r á 10 ano s r n e de 20 oblemas ta para a de socia l d c 0 a e 3 b ar co ident de 73 , a Las m id t signi mil milh .fm já reg ade. Des fica a ões d istou anos proxi e tem mais m d não o e música adamen as, o que t e vê o fizeste, ju sem para e 570 mi l nta-t r. Se que a e Texto à com ainda ndas : João a u p n erder idade Diogo . Corr
PLAYLIST
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'Escreve' o teu diário musical É quase universal: há músicas que servem de banda sonora para determinados momentos da nossa vida. Há dias que nascem para que lhes demos uma música alegre e solarenga, há outros que gritam melancolia. E depois há vícios musicais que duram uma semana, um mês, um ano ou uma vida. Na Last.fm tudo isso fica registado para memória futura. No final, vais surpreender-te (ou não) com a música que te foi acompanhando ao longo do tempo, desde as batidas suaves que marcavam o ritmo no estudo pré-testes às baterias que te ajudavam a acelerar o passo durante o treino no ginásio (isto se tiveres a sorte de ter um iPod touch ou um iPhone, dois dos aparelhos móveis compatíveis com a Last.fm).
Mas as vantagens não acabam? Nesta página, que podes utilizar de forma gratuita (mas que recentemente deixou de disponibilizar música livre, exceto na Alemanha, Reino Unido e EUA), basta clicares no nome de uma banda ou artista para teres acesso a uma panóplia de informação que rapidamente te transforma num crítico de bancada. Desde fotos, vídeos e notícias a biografias e espetáculos agendados, passando por sugestões de artistas semelhantes ou, nalguns casos, pela assinatura da newsletter da banda, não há nada que te
, ter os s sobre a Last.fm Para saber mai a par de r ca fi e r ea m se links à mão de eita s musicais, espr outras novidade . m co a. tiv ca du o www.maise pender! Não te vais arre
possa escapar. E, se o mealheiro andar com umas gorduras extra, podes aproveitar para comprar os álbuns à disposição - na Last.fm encontras toda a discografia organizada por anos e com direito a link para compra online. As recomendações da Last.fm também têm de ser tidas em conta. Consoante aquilo que mais ouves, e comparando com outros utilizadores com gostos semelhantes, a página vai-te sugerindo outras bandas que talvez gostasses de conhecer. Porque todos sabemos que, para além da falta de tempo para procurar música nova, há normalmente dois problemas maiores - onde e o que procurar? -, a Last.fm adiciona tags com os géneros musicais mais percorridos pela banda que procuras. Do hip-hop ao blues, do indie rock ao experimental, da eletrónica ao psicadélico. A compatibilidade musical na Last.fm permite-te perceber se os teus gostos musicais são ou não parecidos com os dos teus amigos. E ajuda-te ainda a fazer amigos virtuais, a que a página chama "vizinhos". Uma rede social a unir as pessoas de todo o mundo através dum prazer comum: a música. PUB
TAKE 1 Texto: Revista Empire Fotos: Cedidas pelos estúdios A Empire é a revista de cinema mais vendida no mundo. Todas as novidades do cinema, entrevistas exclusivas, acesso privilegiado aos estúdios e grandes especiais são apenas alguns dos ingredientes que todos os meses vais poder encontrar nas bancas e em www.empire.com.pt.
NOTÍCIAS RICKY GERVAIS EM CONVERSAÇÕES PARA OS MARRETAS 2 Ricky Gervais está em conversações para participar na sequela de “Os Marretas”. O comediante irá ocupar o papel de Jason Segel como o humano que contracena com os bonecos. Cantando, saltitando, juntamente com os improvisos típicos de Gervais? Sem dúvida, embora não tenhamos a certeza de que a Miss Piggy leve de bom grado algo mais extravagante. Gervais já contracenou com os marretas no passado, nomeadamente Elmo, portanto seria fácil imaginá-lo a contracenar com as personagens de Henson. A sequela de Marretas terá James Bobin novamente na direção, que irá também trabalhar no argumento, juntamente com Nicholas Stoller. Ainda é tudo muito recente, mas esperem notícias para breve em relação ao elenco.
DISNEY VOLTA AO PAÍS DAS MARAVILHAS Embora as reações críticas tenham sido mistas, o filme “Alice no País das Maravilhas”, de Tim Burton, fez mais de mil milhões de dólares mundialmente e ainda conquistou dois Óscares! Portanto, é de esperar que a Disney queira criar uma sequela. Neste momento só ainda está uma pessoa confirmada: a argumentista Linda Woolverton, que se prepara para escrever o guião. No entanto, o primeiro filme abordou dois livros de Lewis Carroll, “Alice no País das Maravilhas” e “Alice do Outro Lado do Espelho”, e não há sinais do que possa ser a história deste novo filme. A argumentista já trabalha com a Disney desde “A Bela e o Monstro” e tem estado ocupada a trabalhar em “Maleficent” com Angelina Jolie, que deverá estrear em 2014. A ver vamos o que se segue.
CRÍTICA CINEMA Título Original: Red Dawn Realização: Dan Bradley Argumento: Carl Ellsworth e Jeremy Passmore Elenco: Chris Hemsworth, Isabel Lucas e Josh Hutcherson Sabe mais em: www.reddawnfilm.com/mobile
PREPARA-TE PARA O GRUPO DE GUERRILHA Uma pequena cidade do estado de Washington é o alvo principal de uma invasão aos EUA por militares estrangeiros, em “Amanhecer violento”. Depois de ocupada a cidade, um grupo de jovens locais assume a missão de salvar a sua cidade e o mundo, procurando refúgio nos bosques vizinhos, treinando e reorganizando-se num grupo de guerrilha. O remake do clássico homónimo de 1984 não consegue triunfar em vários aspetos, como a história um pouco forçada e incompleta. Já as interpretações de um elenco que inclui Chris Hemsworth (“Thor”) e Josh Hutcherson (“Jogos da Fome”) também não se colocam ao nível de uma nomeação para Óscar, mas, mesmo assim, o filme salvaguarda-se na ação. A mesma não consegue ser comparável aos gigantes blockbusters mais recentes, mas é genuinamente engraçada e divertida, fazendo deste filme – apesar de todas as suas falhas – algo bem-disposto e perfeitamente capaz de entreter.
À DERIVA COM UM TIGRE Título Original: Life of Pi A história começa na Índia, onde Piscine Patel vive num zoo com a sua Realização: Ang Lee família. Quando o negócio entra em declínio, a família Patel decide emigrar Argumento: David Magee, Yann para o Canadá, vender os seus animais e começar uma nova vida. Mas uma Martel tempestade afunda o navio que os transportava para a sua nova casa e deixa Elenco: Suraj Sharma, Irrfan Pi à deriva num barco salva-vidas com um tigre, Richard Parker. Khan, Rafe Spall O filme lança questões mas não pretende ter as respostas. A religião é muitas Sabe mais em: vezes referida, mas aqui não se trata de acreditar num deus em particular; www.lifeofpimovie.com trata-se de acreditar em algo. Há várias cenas em que é impossível não perguntar como foram criadas, mas depois, ficamos apenas contentes por terem sido. “A Vida de Pi” está no auge da tecnologia. É um filme a apresentar tanto o mundo à nossa volta como as possibilidades do cinema em apresentá-lo, e a perguntar: não é fantástico? PUB
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MaisEducativa . Janeiro 2013
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DÁ QUE FALAR
Acorda para Até aqui, os teus ‘fins-de-semana’ eram ‘óptimos’. A partir de agora, os teus fins de semana passam a ser ótimos. As regras do novo Acordo Ortográfico ainda provocam um arrepio na espinha a muitos defensores da língua portuguesa, mas um ano após a adesão das escolas e entidades públicas, há que colocar os pontos nos ii, com ou sem acento. Os factos ainda não passaram a ser fatos e, por isso, o melhor é teres as regras na ponta da caneta. Texto: João Diogo Correia O ano letivo 2011/2012 foi o escolhido para a introdução de uma nova grafia da língua portuguesa, “diz o Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE)”, com o objetivo de a unificar nas várias partes do mundo em que é falada. No entanto, a decisão não colheu simpatizantes e nem o passar do tempo atenuou as críticas. O Acordo Ortográfico (AO) vai resistindo e até 2015 há o chamado período de transição, em que as duas formas de escrever vão coexistir.
Acentos, ter ou não ter?
Se em português existem palavras que se escrevem do mesmo modo, até aqui diferenciadas pelos acentos, a perda da acentuação pode trazer-te confusões. Por isso, lembra-te que apesar de ‘pára’ passar a ser igual a ‘para’ (atenção ao contexto) e ‘pêlo’ ficar como ‘pelo’, mantêm-se obrigatórias as distinções entre ‘pôde’ e ‘pode’ e entre ‘pôr’ e ‘por’. Passas também a desenhar cada vez menos o chapeuzinho, como gostamos de chamar ao acento circunflexo, uma vez que as palavras acabadas em ‘eem’ (como deem, veem ou leem) o perdem para sempre. No entanto, esta regra não pode servir de desculpa para dar erros nos verbos ‘ter’ e ‘vir’, que continuam a precisar do circunflexo: todos ‘têm’ de estar atentos ao acento, caso contrário ‘vêm’ as más notas. Também quanto a acentos, há margem para escrever de duas formas na 1ª pessoa do plural do pretérito perfeito dos verbos da 1ª conjugação – ‘passámos’ e ‘passamos’ podem então significar a mesma coisa.
Na escola a margem é menor e com as regras já em vigor, pede-se a máxima atenção:
As mudas não entram “Privação da fala”, “Qualidade do que é mudo”, “Silêncio, quietação, sossego”. O dicionário diz-nos o que é a mudez e nós encontramo-la no vocabulário, em algumas letras não pronunciadas. A ideia é que essas letras desapareçam do papel, o que ao final de alguns textos deve dar uma boa poupança. Assim sendo, ‘c’ e ‘p’ dizem adeus a palavras como ‘projecto’ ou ‘redacção’. Mas continuam a fazer companhia às palavras em que se fazem ouvir, por ‘convicção’ ou por mera ‘opção’. Nalguns casos, o ‘m’ vai transformar-se no irmão ‘n’, quando a sequência assim o obrigar – ‘peremptório’ é afinal ‘perentório’. Nas palavras em que podemos ou não ler as chamadas consoantes mudas, aceitam-se as duas formas de escrever: é uma ‘característica’ curiosa deste novo AO. Ou será uma ‘caraterística’?
De Janeiro a janeiro
As novas regras aplicam-se mesmo durante todo o ano e dão mais protagonismo às minúsculas. Os meses e estações do ano vão aparecer com letra pequena, tal como os pontos cardeais. Mas não é preciso perderes o norte: disciplinas como físico-química ou direito admitem maiúsculas, o mesmo servindo para títulos de livros ou monumentos e locais públicos (a avenida da liberdade pode ser grande, mas vai bem com minúscula).
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Diz adeus ao hífen O hífen também tem direito a alcunha (quem nunca disse ‘tracinho’ atire a primeira pedra) e vai ser dispensado sempre que os prefixos acabarem numa vogal e a terminação começar com um ‘s’ ou ‘r’. Nesse caso, dobra-se essa consoante. Exemplos? Há alguns e não são propriamente ‘ultrassecretos’. Estão à vista em dicionários e prontuários da língua portuguesa. Quando a terminação começar também numa vogal, ficamos com uma ‘autoestrada’ de novas grafias. O verbo ‘haver’ junto com a preposição ‘de’ fica assim sem a sua muleta, o que ainda ‘há de’ suscitar algumas dúvidas. Locuções de uso geral, como fim de semana ou cartão de visita, ficam assim mesmo, despidas de mais traços. Noutros casos, os hífenes ficam, como quando as vogais são iguais ‘anti-inflamatório’ ou ‘micro-ondas’ – ou quando são usados prefixos como ‘ex’ (ex-namorada), ‘vice’ (vice-presidente) ou ‘pré’ (pré-escolar).
o Acordo!
Tenho uma dúvida. Onde confirmar?
Deixamos-te com as principais mudanças, mas sabemos o quão complexa é a língua de Camões. Por isso, sempre que as dúvidas te assaltarem o espírito, espreita um destes espaços:
Portal da Língua Portuguesa (www.portaldalinguaportuguesa. org). Aqui encontras o Lince, um conversor para o novo AO, que podes descarregar gratuitamente. Para um estudo mais aprofundado das caraterísticas de cada palavra, há ainda o Vocabulário Ortográfico do Português e uma série de outras opções. Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (www.priberam.pt). O livro “Prontuário Ortográfico e Guia da Língua Portuguesa”, de Magnus Bergström e Neves Reis, editado pela Casa das Letras, muito apreciado entre os especialistas.
O “Prontuário da Língua Portuguesa, Acordo Ortográfico”, editado pela Porto Editora em 2010. E o livro de João Malaca Casteleiro, o “Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa”, também da Porto Editora.
Menos convencional foi a forma que a Delta Cafés encontrou para deixar todos melhor informados. Por cada café, um pacote de açúcar com regras do novo AO. Ao todo, a campanha de 2011 teve 10 saquetas diferentes e fez com que os colecionadores procurassem ainda mais os açucarados papéis. Frases como "O comboio que vai para o Porto não para no Entroncamento" circularam por cafés e esplanadas durante cerca de três meses.
DÁ QUE FALAR O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi assinado em 1990 e recuperado, com dois Protocolos Modificativos pelo meio, cerca de duas décadas mais tarde, para instalar as mudanças e as polémicas. Para Orlando Martins, professor de Português e colaborador da Associação Nacional de Professores (ANP), o problema é “não resultar de um processo natural e participado”. Ainda que considere que a ortografia fica “simplificada” nalgumas palavras, “a verdade é que ninguém pediu nada, ninguém exigiu simplificação nenhuma”. Opinião semelhante tem Luzia Silva, professora do Ensino Profissional, que diz que faltou “diálogo entre todas as partes para se inferir sobre este assunto”. Ainda assim, e visto que o AO chegou para ficar, o melhor é “encarar tudo isto como um processo natural”. É o que tem feito, apesar das dificuldades iniciais: “no início, parece tudo confuso, porque estamos a alterar a grafia que aprendemos e isso causa algum desconforto, sobretudo porque já a memorizámos automaticamente e agora temos de refletir conscientemente sobre estas modificações”. A professora diz que os recursos à disposição, como dicionários e corretores ortográficos, podem ser os melhores amigos nesta altura. Para Orlando Martins, “a falta de consenso resulta ainda de alterações que são difíceis de entender/aceitar e que mesmo entre os linguistas estão longe de ser pacíficas”, mas as possíveis confusões já se verificavam antes deste AO: “a ortografia, tal como estava, também comportava as suas incoerências e muitos erros ortográficos derivavam e derivam disso mesmo”.
alunos do Secundário”. Para a professora do Ensino Profissional, os problemas são fácies de encontrar, por exemplo, em anúncios ou nas redes sociais. “É irónico pensar-se que, numa sociedade tão virada para o registo escrito, se escreva tão mal”, diz Luzia, que acrescenta que os problemas não são só ortográficos, mas ao nível da própria construção frásica. Orlando Martins não vê motivos para dizer que hoje se escreve pior que antigamente, mas admite que, “no que toca à ortografia, há novos erros que decorrem do uso das novas tecnologias, como as SMS”. Para ambos, a língua é um processo dinâmico e em constante atualização pelos falantes e deve, por isso, ser respeitada. “As mudanças impostas são outra coisa”, lembra Orlando, que não vê uma uniformização da língua neste AO, onde encontra “apenas uma aproximação” entre os países lusófonos. Ainda assim, “provavelmente, a Língua sairá reforçada em termos internacionais se se apresentar menos fragmentada pelo uso que cada país lusófono faz dela”. Já Luzia Silva prefere a autenticidade de cada grupo de falantes: “a língua tem vários registos que têm que ver com a cultura de cada país”. “A uniformização empobreceria a língua”, conclui.
quem Fala sabe...
Alunos a aprender depressa
Na escola, o primeiro ano letivo de AO trouxe algumas boas novidades. Parece que a queda do ‘c’ e do ‘p’ não te têm trazido grandes problemas, a avaliar pela opinião dos dois professores. Diz a também membro da Comissão Pedagógica do Centro de Formação Contínua Leonardo Coimbra da ANP, Luzia Silva, que “a maior dificuldade é o fenómeno da hifenização, que é de facto bastante complexo e com algumas incongruências”. Orlando Martins reforça a ideia, lembrando que há alterações que “exigem mais de cada um”. No caso da dupla grafia, que permite que a mesma palavra possa ser escrita de duas maneiras diferentes, há enorme dificuldade de compreensão. Luzia Silva justifica: “esta norma parece-me despropositada, sendo a lista das palavras de dupla grafia bastante extensa”. “Damos por nós a hesitar qual das grafias devemos usar, instalando-se a confusão e equacionando-se, mais uma vez, a pertinência de tal regra”, alerta. Orlando Martins vê a questão como “um mal menor” e defende que esse é o poder da oralidade – “para duas formas aceitáveis de pronunciar, há duas formas de grafar”. E acrescenta outro exemplo da prevalência da oralidade: “sempre tivemos palavras homógrafas, como por exemplo sede (de água) e sede (do clube), que apresentam um som diferenciado para uma grafia idêntica”.
Tecnologias podem ajudar a escrever… Pior As vantagens das novas tecnologias são inegáveis e é até na Internet que podes encontrar vários apoios no que toca à aplicação do AO. No entanto, é também na web que se facilita a utilização de abreviaturas e de formas de escrita que por vezes resvalam para outras deficiências.
Luzia Silva sente que os jovens “apresentam graves lacunas na
expressão escrita e mais preocupante se torna quando falamos de
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Acordo, mas não entre todos Se houve tema que gerou desacordo na sociedade portuguesa, o AO foi certamente um deles. Petições no Parlamento e na Internet, movimentos de cidadãos, de professores e de estudantes puseram em causa o consenso. Um professor universitário, Ivo Miguel Barroso, fez mesmo uma argumentação de 275 páginas acerca dos problemas do Acordo e a Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico em Lisboa avançou com uma petição, mostrando-se completamente contra.
Estudantes do Secundário no Brasil estão confusos Se pensas que as trocas, adiamentos, entradas em vigor, mitos ou verdades sobre o AO só acontecem por cá, esquece essa ideia. No Brasil, depois de a maioria das Escolas Secundárias aderirem à nova grafia, o Governo decidiu adiar a entrada em vigor por mais três anos. Daqui até 2016, dizem alunos e professores, as confusões vão minar a cabeça de todos, até porque muitos livros já estão adaptados. A decisão foi conhecida em dezembro de 2012 e “é um desrespeito à população”, diz uma professora de Português, Deise Franco, citada pelo portal brasileiro Tribuna Hoje. “É preciso levar as coisas mais a sério”, conclui, mostrando que não é só por cá que o AO provoca dores de cabeça nas escolas.
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MÁQUINA DO TEMPO
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anos a gastar uros
Porquê uma moeda única para a União Europeia (UE)? O Euro nasce com o objetivo de fortalecer a economia europeia e aumentar a sua competitividade internacional. Entre as principais vantagens da moeda única estão a possibilidade de comprar mais facilmente em toda a Europa; viajar sem necessitar de trocar dinheiro e fim da oscilação no valor do dinheiro, por alterações da taxa de câmbio.
Qual a origem do símbolo do Euro? O símbolo € surgiu a partir da letra épsilon do alfabeto grego, numa clara referência à civilização grega - berço da cultura europeia. Além de fazer lembrar a primeira letra da palavra Europa, o símbolo contempla duas linhas retas que pretendem transmitir a estabilidade da moeda única.
O que é a Zona Euro? Também conhecida por Eurozona ou Eurolândia, a Zona Euro designa a união monetária de todos os países que têm como moeda oficial o Euro. Atualmente, dos 27 estados-membros da UE, 17 adotam o Euro como a moeda oficial: Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos e Portugal (desde 1999); Grécia (desde 2001); Eslovénia (desde 2007); Chipre e Malta (desde 2008; Eslováquia (desde 2009); e Estónia (desde 2011).
O que representam as pontes apresentadas nas notas? Existem sete notas de Euro diferentes e todas elas reproduzem diferentes estilos arquitetónicos da história europeia: 5 euros (Clássico), 10 euros (Romântico), 20 euros (Gótico), 50 euros (Renascentista), 100 euros (Barroco e Rococó), 200 euros (era da Arquitetura em Ferro e Vidro) e 500 euros (Arquitetura Moderna do século XX). A escolha das pontes é uma metáfora sobre a comunicação e cooperação entre os povos da Europa e entre a Europa e o resto do mundo.
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Entrou em circulação a 1 de janeiro de 2002 e hoje mantém-se como a segunda moeda mais importante do mundo, logo depois do Dólar. Para celebrar da melhor forma este 11º aniversário do Euro, contamos-te 11 curiosidades sobre a moeda que te acompanha todos os dias. Texto: Bruna Pereira
Quem desenhou as moedas de Euro?
Para que serve o Banco Central Europeu (BCE)?
Existem moedas de Euro de 1, 2, 5, 10, 20 e 50 cêntimos e de 1 e 2 euros. Todas foram desenhadas pelo designer belga Luc Luycx e apresentam uma face comum e outra face nacional, que ostenta uma imagem relacionada ao país que a emitiu. No caso Português, o Euro possui três motivos diferentes, autoria do escultor Vítor Manuel Fernandes dos Santos. Os selos reais ilustrados nas moedas portuguesas são do tempo do reinado do primeiro rei Português, D. Afonso Henriques, apresentando os castelos e escudos de Portugal, que estão, por sua vez, rodeados pelas 12 estrelas da UE.
Se na era do Escudo quem 'mandava' era o Banco de Portugal, em tempo de euros, a instituição máxima é o BCE, cujas principais responsabilidades passam por regular as taxas de juro, procurar manter a taxa de inflação, supervisionar a emissão de moeda pelos bancos centrais nacionais ou até combater a falsificação de notas.
Como surgem as moedas comemorativas? De vez em quando, as moedas de Euro adotam novas faces, mas não penses que são moedas falsas – são apenas edições comemorativas! No caso português, já tivemos direito a três diferentes: em 2007 (durante a Presidência Portuguesa na União Europeia (UE); em 2010 (no âmbito das comemorações do centenário da I República) e em 2011 (a propósito dos 500 anos de Fernão Mendes Pinto).
As moedas e notas de Euro são fáceis de falsificar? As moedas de Euro possuem caraterísticas de alta segurança identificáveis por máquinas de venda automática em toda a Zona Euro, independentemente de onde foram emitidas. Nas moedas, foram utilizadas tecnologias altamente sofisticadas de cunhagem bimetálica e em sanduíche (moedas de 1 e 2 euros); inscrição no bordo da moeda de 2 euros; e liga única, difícil de fundir e utilizada exclusivamente na produção de moedas (moedas de 10, 20 e 50 cêntimos). Quanto às notas, estas estão dotadas duma impressão especial em relevo; marca de água (visível a contraluz); filete de segurança; registo frente/verso; e variação de imagem no holograma.
Como conseguem os deficientes visuais diferenciar as notas de Euro?
As notas de Euro foram concebidas com tamanhos diferentes, consoante o seu valor, e a impressão em talhe doce foi reforçada de forma a colocar em relevo alguns elementos do desenho, como o número correspondente ao valor na frente da nota. Além disso, as notas têm sempre uma cor dominante e foram escolhidas cores contrastantes para denominações sucessivas, de modo a tornar mais fácil a sua identificação por daltónicos; o valor das notas aparece em grande dimensão proporcionalmente ao resto da nota; e as notas de 200 e 500 euros contêm barras táteis para que possam ser rapidamente reconhecidas.
Posso fazer um pagamento de 1000 euros com moedas de 2 euros? Do ponto de vista legal, o aceitante pode recusar, pois só está obrigado a receber, num único pagamento, 50 unidades de moedas metálicas correntes. Isto quer dizer que o aceitante só é obrigado a receber, por exemplo, até 50 moedas de 2 euros (100 euros), podendo recusar-se a receber, em moedas, os restantes 900 euros.
Ainda posso trocar escudos? Atualmente já não é possível realizar a troca de moedas metálicas de escudo, já que o prazo para essa troca terminou a 31 de dezembro de 2002. Quanto às notas de escudo, o seu prazo de troca é de 20 anos, a contar da data de retirada de circulação da chapa a que a nota pertence. Para tal, os cidadãos deverão dirigir-se aos balcões de tesouraria do Banco de Portugal.
CONSULTÓRIO ESCOLAR
Um acordo difícil
Tinha uma suspeita, a de que o acordo traria um certo benefício. Ao eliminar as consoantes mudas, os textos ficariam mais curtos, com uma consequente poupança em papel e tinta. Vejo um programa de televisão transmitido em ‘direto’ e sinto um arrepio pela espinha acima! Não graças ao programa, os programas da televisão são sempre muito interessantes, mas graças ao ‘direto’ - pois é, o vírus do Acordo Ortográfico já contaminou as televisões lá de casa e, em breve, irá contaminar-me também! Consensos generalizados são sempre tramados de conseguir. O Acordo Ortográfico não está a ser pacífico e, para além de muitas vozes se pronunciarem sobre o tema, também muitos sofrem com a questão! Outros, curiosamente, não! Muitos disléxicos e disortográficos que escreviam com erros passaram a acertar, com alguma sorte, em muitas palavras! Aguardo com ansiedade o Agosto e o Verão, pois gosto de férias e do calor, mas o Acordo Ortográfico já despromoveu para verão e agosto!
Preocupado que sou com o futuro do planeta, fiz esta semana algo que planeava fazer há muito tempo: verificar qual é o impacto ambiental do Acordo Ortográfico — que não abreviarei por AO, por respeito à nossa língua. Texto: Renato Paiva
Como referia Miguel Esteves Cardoso “foto-reportagem passa a ser fotorreportagem (com um érre a mais, que não pertence nem a ‘fotor’ nem a ‘rreportagem’) e mini-saia exige, pela perda do hífen, um ‘ésse’ a mais: minissaia. Que artigo de vestuário é que é mini? É a ‘ssaia’, pois claro”. O Acordo Ortográfico é como querermos unir, à força, os verões e os climas brasileiros, portugueses e cabo-verdianos, procurando semelhanças superficiais e despromovendo diferenças profundas. Algumas alterações parecem fazer sentido, mas a obrigatoriedade do Acordo faz com que todos tenhamos de estar de acordo! Do que tenho lido, ainda não me convenci da bondade do Acordo que nos obrigaram e que tanta controvérsia tem suscitado. Eu ainda não escrevo sem o acordo. Sinto que perco cultura portuguesa para ganhar cultura internacional! Eu gosto de como aprendi, mas se não aprender outra vez parece que vou começar a dar erros nos ditados!
Aquele abraço,
Renato Paiva
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