ÍNDICE
4 6 8 12
PASSATEMPOS Queres ganhar um destes prémios fantásticos?
AE DO MÊS
Vai a www.maissuperior.com, visita a secção Passatempos e vê o que temos guardado para ti. Só tens de entrar no artigo, preencher o formulário e enviar a melhor participação. Boa sorte!
FAIPL
MEGA NEWS Uma viagem a Punta Umbria e dois concertos
1 LUGAR NUMA FORMAÇÃO DE TOP SOBRE EMPREENDEDORISMO
LER PARA CRER
Gostavas de mergulhar na cultura empreendedora da Califórnia? Há uma formação de top prestes a acontecer na Universidade Nova de Lisboa, e a Mais Superior tem um lugar para ti.
O Ensino Superior em 2016
PLAYLIST
PA RT I C I PA AT É : 31 D E M A R Ç O
Deolinda PVP: SOB CONSULTA . Informação cedida pelo departamento comercial . FOTO: Portuguese Entrepreneurs
14
MANUAL DE INSTRUÇÕES
GANHA 2 PARES DE PAEZ
Porquê pagar quando podes ter grátis? As alpercatas mais trendy deste verão podem ir parar-te aos pés, a custo zero. Ganha um dos 2 pares de Paez que estamos a dar!
EDITORIAL
PA RT I C I PA AT É : 30 D E M A R Ç O
O ano de 2016 não é, no que ao Ensino Superior diz respeito, um ano igual aos outros. Com um novo Governo e um novo Ministério dedicado às questões relacionadas com o Ensino Superior, há sempre coisas a mudar nas políticas adotadas. O quê, concretamente, é algo que fomos tentar perceber junto dos responsáveis das Federações Académicas de Lisboa e Porto, e da Associação Académica de Coimbra. Quanto ao Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, ainda não há qualquer posição oficial sobre o assunto. Nesta edição da Mais Superior lê ainda uma entrevista a uma banda que diz muito aos universitários, e que tem disco novo: a Deolinda! Tiago Belim, Diretor Editorial
PVP: SOB CONSULTA . Informação cedida pelo departamento comercial . FOTO: Paez
GANHA 2 PLANOS DETOX DA DRINK6! Gostavas de experimentar um plano detox, composto por sumos e sopas? Tens a tua oportunidade neste passatempo, com a oferta de 2 Planos Detox da Drink6. PA RT I C I PA AT É : 24 D E M A R Ç O
PVP: SOB CONSULTA . Informação cedida pelo departamento comercial . FOTO: Drink6
VAI AO CONCERTO DO C4 PEDRO! Neste passatempo estamos a dar 5 bilhetes para o concerto do C4 Pedro no Campo Pequeno (Lisboa), no dia 8 de abril, e mais 5 bilhetes para o espetáculo dele no Pavilhão Multiusos de Guimarães, no dia 16 de abril.
FICHA TÉCNICA
PA RT I C I PA AT É : 4 D E A B R I L
Proprietário/Editor: Young Direct Media, Lda PVP: SOB CONSULTA . Informação cedida pelo departamento comercial . FOTO: Divulgação
NIPC nº 510080723 | Empresa jornalistica inscrita com o nº: 223852 ADMINISTRAÇÃO E DIREÇÃO GERAL DA EMPRESA Graça Santos, gracasantos@youngdirectmedia.pt | DIRETOR ADJUNTO DA EMPRESA Paulo Fortunato, paulofortunato@youngdirectmedia.pt | Sede de redação: Rua António França Borges, nº 4A loja Dta. 2625-187 Póvoa de Santa Iria Tlf: 21 155 47 91 Fax: 21 155 47 92 Email geral: geral@youngdirectmedia.pt
www.maissuperior.com Revista de conteúdos educativos para os alunos do Ensino Secundário REDAÇÃO DIRETOR EDITORIAL Tiago Belim, tiagobelim@youngdirectmedia.pt; JORNALISTA Beatriz Cassona, beatrizcassona@youngdirectmedia.pt DEPARTAMENTO COMERCIAL DIRETOR COMERCIAL E DE PUBLICIDADE Duarte Fortunato, duartefortunato@youngdirectmedia.pt; ACCOUNT Gonçalo Pires, goncalopires@youngdirectmedia.pt; Marco Sampaio, marcosampaio@youngdirectmedia.pt COLABORADORES EDITORIAIS Guilherme Ferreira da Costa, Susana Albuquerque, MEGA HITS DESIGN Patrícia Fernandes, patriciafernandes@youngdirectmedia.pt COMUNICAÇÃO Cláudia Silva, comunicacao@youngdirectmedia.pt RECURSOS HUMANOS Samuel Fortunato, samuelfortunato@youngdirectmedia.pt ESTATUTO EDITORIAL A Mais Superior é uma revista mensal de informação geral e de âmbito nacional, que pretende fornecer aos jovens estudantes do Ensino Superior conteúdos sobre as suas áreas de interesse, como educação, cultura e tecnologia, entre outros. A Mais Superior pretende incentivar o gosto pela leitura e pela escrita, e contribuir para a informação e formação dos jovens. A Mais Superior rege-se, no exercício da sua atividade, pelo cumprimento rigoroso das normas éticas e deontológicas do Jornalismo, bem como pelos princípios de independência e rigor editorial. É interdita a reprodução, parcial ou integral, de textos, fotografias ou ilustrações desta revista, sob quaisquer meios e para quaisquer fins, sem a autorização escrita da Mais Superior. Tiragem: 15.000 exemplares Distribuição: Gratuita Periodicidade: Mensal Registo na ERC nº 126168 Depósito legal: 339820/12 Tipografia e Morada: Lidergraf, Rua do Galhano, n.15 4480-089 Vila do Conde, Portugal Banco de imagens: Todas as imagens utilizadas nesta publicação, salvo as que estão creditadas, são retiradas do depositphotos.com.
ESTA PUBLICAÇÃO JÁ SE ENCONTRA ESCRITA AO ABRIGO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO.
CONDIÇÕES GERAIS DOS PASSATEMPOS DA MAIS SUPERIOR 1. a) O passatempo “1 lugar numa formação de top sobre Empreendedorismo” termina às 12:00h de 31 de março de 2016. b) O passatempo “Ganha 2 pares de Paez” termina às 12:00h de 30 de março de 2016. c) O passatempo “Ganha 2 Planos Detox da Drink6!” termina às março 12:00h de 24 de março de 2016. d) O passatempo “Vai ao concerto do C4 Pedro!” termina às 12:00h de 4 de abril. | 2. Os vencedores serão anunciados até ao final do dia de fecho do passatempo. | 3. Das respostas recebidas, apenas serão consideradas válidas as que preencherem devidamente os campos solicitados no formulário de participação. | 4. Só é aceite uma resposta válida por endereço de e-mail e por concorrente. | 5. Do conjunto de respostas válidas recebidas, os premiados serão selecionados a cada dez participações, até a totalidade dos prémios estarem atribuídos. | 6. No caso do número de participações ser inferior ao número de prémios disponíveis, serão contemplados todos os participantes que responderem acertadamente. | 7. A lista dos premiados será publicada online, na área de Passatempos, sendo os vencedores ainda notificados via e-mail ou telefone, pelo que os participantes deverão facultar sempre os seus contactos corretos e atuais. | 8. Todas as demais dúvidas e questões podem ser endereçadas para o e-mail passatempos@maissuperior.com. | 9. Só são permitidas participações de residentes em Portugal Continental. | 10. A Mais Superior reserva-se o direito de excluir participações que sejam consideradas fraudulentas ou ofensivas.
4
AE DO MÊS REPORTAGEM: Tiago Belim | FOTOS: FAIPL
No Instituto Politécnico de Lisboa, cada escola e cada Associação de Estudantes tem o apoio de uma Federação que procura, cada vez mais, estreitar a relação entre toda a comunidade académica. A FAIPL tem um programa ambicioso para 2016, no qual o desporto é a principal prioridade, e nós contamos-te tudo.
O CARTÃO DE SÓCIO DA FAIPL
Reduzir os custos das Associações de Estudantes, criando um produto mais barato e que vá de encontro ao que elas pretendem, e dar descontos aos estudantes. São estes os objetivos do Cartão de Sócio da FAIPL, que inclui ainda outras vantagens, que são responsabilidade da própria FAIPL: descontos em ginásios, escolas de inglês, entre outros. Quanto aos descontos definidos por cada uma das Associações de Estudantes, são afixados nas respetivas páginas de website e Facebook.
TRABALHAR POR DESPORTO
Enquanto federação académica afeta às 8 escolas do Instituto Politécnico de Lisboa, a Federação Académica do Instituto Politécnico de Lisboa (FAIPL) tem como objetivo melhorar a ligação entre elas, servir todos os seus estudantes, e posicionar cada vez melhor este instituto politécnico no seio da comunidade estudantil de Lisboa. Com isso em mente, a grande aposta para 2016 centra-se nas atividades desportivas. Luís Castro é o atual Presidente da FAIPL, e começa por destacar a primeira organização de um evento desportivo, a cargo desta federação: O Campeonato Nacional de Tiro. De resto, também os Campeonatos Nacionais Universitários de 2016 serão realizados em Lisboa, e a FAIPL está “a trabalhar em conjunto com a Federação Académica de Lisboa nesse sentido”, assegura Luís Castro.
NOVOS PROJETOS E O ESTATUTO DO ESTUDANTE DO IPL
No ano passado, a FAIPL lançou com sucesso dois novos projetos desportivos – o voleibol masculino e o râguebi – e neste ano a oferta já chegou também “ao andebol, ao basquetebol feminino e ao voleibol feminino”, de acordo com o Luís Castro. Para o próximo ano, está já prometida “uma nova equipa de futsal feminino”, refere também. Podem participar, em qualquer uma destas equipas, todos os estudantes do IPL, a não ser que a escola onde estudam tenha uma equipa própria na modalidade em questão. Outra das medidas da FAIPL relativas ao desporto passou pela entrega de novos equipamentos a todas as suas Associações de Estudantes, e está perto “o anúncio do estabelecimento do Estatuto do Estudante do IPL, que será um aliciante extra para quem quiser praticar desporto”, segundo Luís Castro. Todas estas ações têm como objetivo último “o aumento do número de alunos do IPL inscritos na ADESL, dos atuais 400 para os 500, já no próximo ano letivo”, conclui o Presidente da FAIPL. Marcada para o mês de maio está também a primeira edição da Night Run no IPL, que irá decorrer ao longo de toda a zona envolvente às escolas do instituto, e ainda um torneio de Padel, criado enquanto momento de confraternização entre os membros das várias Associações de Estudantes do IPL.
MARÇO’16
maissuperior.com
OS PRINCIPAIS EVENTOS DE 2016
São quatro os grandes eventos que a FAIPL está a preparar:
> A 18 de março, a Festa da Cerveja – o conceito é simples: tentar juntar todos os estudantes do IPL. É uma festa com bar aberto de cerveja e sangria, vai ter lugar no ISEL, e custa entre 10 e 15 euros (para estudantes); > A 2 e 3 de junho, o Arraial do IPL; > Em setembro, o Welcome IPL; > Em novembro, a Gala de Natal do IPL. A FAIPL vai organizar ainda o Encontro de Tunas do IPL, no qual as 7 tunas do IPL, podem dar a conhecer o trabalho que desenvolvem. Em novembro, este evento traz-lhes um palco e uma noite para atuações, no fundo, uma montra para divulgarem o que fazem ao longo do ano, e para que os estudantes conheçam melhor o que é uma tuna.
faipl.pt faipl federação-académica-do-instituto-politécnico-de-lisboa
6
MEGA NEWS
A Primavera é tempo dos primeiros raios de sol com calor, de arrumares as botas e as golas altas e tirares a roupa gira e leve do armário, é tempo de flores e é, também, tempo de te apaixonares… A paixão deixamos contigo, mas criamos as condições para que ela aconteça!
A MEGA HITS vai levar-te a ti e a mais 3 amigos até Punta Umbria, nas férias da Páscoa, para o Festival Village Resort Edition! Junta os 3 amigos que queres levar contigo, faz um vídeo de 15 segundos (no máximo) onde entres tu e os teus amigos e onde nos mostres como é que seria a tua semana bem comportada em Punta Umbria. Sim… nós gostamos de ficção ;) Junta os hashtags #umbriaémega e #nuncatantostiveramtaoproximos e envia tudo até dia 15 de março para passatempo@ megahits.fm. O dono do vídeo mais original vai “receber” um apartamento com tudo pago (para ti e mais 3 amigos) no Festival Village Resort Edition em Punta Umbria!* O Festival Village fez um upgrade e este ano vais ficar instalado num Resort, frente a uma praia selvagem, e à noite vais ter 5 palcos com música diferente. Quando chegares, vais ser recebido pela MEGA HITS Welcome Party e durante os dias que lá estiveres vais poder ver e participar nas emissões da MEGA HITS em direto do Festival Village Resort Edition com os teus MEGA Animadores. E já sabes… o que acontecer em Punta Umbria… fica em Punta Umbria ;)
Queres mais? Queres pois. E a MEGA HITS não te falha! Por estes dias há concerto de BOYCE AVENUE, a 2 de março no Coliseu dos Recreios, que depois de quase 2 milhões de views e mais de 7 milhões de subscritores no YouTube, chegam pela primeira vez a Portugal pela mão da MEGA HITS, para fazer o Coliseu vibrar com os irmãos Alejandro, Fabian e Daniel Manzano. Se estás a ler a revista depois de 2 de março, não queremos que chores, mas fica a saber que perdeste um concerto do fim do mundo! Sem dar descanso à mais emblemática sala de espetáculos de Lisboa, a MEGA HITS prepara-se para trazer outro grande concerto ao Coliseu de Lisboa. Virámos o planeta do avesso e fomos até aos nossos antípodas buscar os Fat Freddys Drop. Da Nova Zelândia para Lisboa, a banda de dub, reggae, soul e jazz chega a Portugal depois de em janeiro ter “deitado abaixo” a Ópera de Sidney, e de ter esgotado o Alexandra Palace em Londres. 12 de abril é o dia para “deitar abaixo” o Coliseu de Lisboa! A MEGA HITS tem muitos motivos para deitares muitas coisas abaixo nesta Primavera! Dizem que a Primavera é tempo de arrumações, por isso arruma o que não queres mais na tua vida e faz uma geral! Por estas e por
outras, temos a certeza que a MEGA HITS fica entre as coisas que vais escolher para ficar contigo :) *Vê o regulamento completo do passatempo Festival Village Resort Edition em megahits. sapo.pt.
Mega Hits! 45 minutos de música sem parar! Os maiores Hits e as melhores músicas novas!
5 megahits.sapo.pt f MegaHits T megafmhits megahitstagram Ouve a MEGA HITS em
MARÇO’16
maissuperior.com
LISBOA 92.4 FM | PORTO 90.6 FM | COIMBRA 90.0 FM | SINTRA 88.0 FM | AVEIRO 96.5 FM | BRAGA 92.9 FM
8
LER PARA CRER REPORTAGEM: Tiago Belim
Portugal tem novo Governo, mas que Ensino Superior terá neste ano e nos próximos? Foi isso que tentámos saber junto do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e do movimento associativo estudantil, que fazem aqui um raio-x ao presente e ao futuro do sistema. No início deste ano, o movimento associativo estudantil reuniu com o Ministro do Ensino Superior, Manuel Heitor, para a definição de uma estratégia conjunta para o Ensino Superior para os próximos anos. Daí resultou um entendimento em várias áreas, e são várias as medidas anunciadas pelo executivo com o propósito de começar a inverter a tendência de desinvestimento dos últimos tempos.
UM ORÇAMENTO DE MUDANÇA PARA O ENSINO SUPERIOR MARÇO’16
maissuperior.com
A Mais Superior foi ouvir alguns dos principais intervenientes nesta discussão, e reflete sobre os principais temas para que saibas o que esperar no futuro próximo. O Ministro do Ensino Superior dá-te conta dos planos do Governo, enquadrado pela visão dos responsáveis máximos de três das principais organizações estudantis do país: Daniel Freitas da Federação Académica do Porto, André Pereira da Federação Académica de Lisboa, e José Dias da Associação Académica de Coimbra.
Um aumento de 138 milhões de euros na despesa com o Ensino Superior, num total de investimento no valor de 1885 milhões de euros. São estes os dados avançados pelo novo Governo português, e pelo recém-criado Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), que se autonomiza assim do Ministério da Educação. Manuel Heitor é o Ministro responsável pela pasta e defendeu, em entrevista à Mais Superior, que este é de facto um Orçamento do Estado que marca uma mudança na política de desinvestimento dos últimos anos, no que ao Ensino Superior diz respeito. E explica-te em que consiste o Orçamento.
LER PARA CRER “O Ensino Superior é um investimento, e este é um orçamento de mudança em 3 grandes linhas: > No reforço da autonomia das instituições de Ensino Superior: depois de um período que castrou a sua atividade e onde não foi possível contratar docentes e investigadores, este Orçamento facilita este processo, aumenta a autonomia e altera radicalmente a articulação da lei nesta matéria; > No reforço da dotação orçamental para esta área – longe ainda do que todos desejamos – mas que aumenta o investimento na Ciência e no Ensino Superior, concentrado em duas grandes áreas: > Na Ciência e Tecnologia, concretamente na formação avançada de recursos humanos, e no apoio à atividade de inovação nas empresas; > No Ensino Superior, nas dotações para a Ação Social Escolar, para apoiar as famílias mais carenciadas. > Na corresponsabilização das instituições de Ensino Superior no desenvolvimento do país, uma vez que os novos apoios favorecem a captação de receitas próprias, e tendo em conta a sua capacidade única de relação com a sociedade, com as empresas e com as instituições económicas e sociais.” Estes são indicadores positivos relativamente à abordagem do Governo ao Ensino Superior, de acordo com os representantes do movimento associativo com quem falámos. Daniel Freitas, Presidente da Federação Académica do Porto (FAP), lembra que “o valor empregue para manter o sistema de Ensino Superior a funcionar – incluindo o
OBJETIVO #1: AUMENTAR O INVESTIMENTO NA CIÊNCIA
BOLSAS DE ESTUDO: MAIS AÇÃO SOCIAL
9
das instituições – mantém-se igual ao do ano passado, o que acaba por ser um indicador positivo, uma vez que estavam previstos cortes”. Para além disso, acrescenta, “existe um reforço do valor para a reposição dos salários que tinham sido cortados, e um aumento do investimento na área da Ciência – com mais fundos para as bolsas de doutoramento na Fundação para a Ciência e Tecnologia – e é aí que está concentrado o aumento da despesa no Ensino Superior”. José Dias, Presidente da Associação de Coimbra (AAC), prefere destacar desde logo “a existência de um Ministério dedicado às questões do Ensino Superior, algo que a AAC já vinha reivindicando há algum tempo, visto que os últimos quatro anos demonstraram que o Ministério da Educação tinha relegado o Ensino Superior para segundo plano”. Uma opinião corroborada por André Pereira, Presidente da Federação Académica de Lisboa (FAL), que destaca este Orçamento como “um ponto de viragem sobre a política de austeridade, que teve um forte impacto no financiamento e no investimento no Ensino Superior. Aquilo que agora é tratado por um Ministério, no anterior Governo estava a cargo de uma Secretaria de Estado, um dado preocupante e que felizmente foi resolvido”, sustenta ainda. O líder do movimento estudantil de Lisboa refere ainda que este “não é o Orçamento que queríamos”, mas assume-o como “um momento de mudança e que vai potenciar o Orçamento de 2017, esse sim já com uma variação orçamental muito significativa para o Ensino Superior”.
Um dos principais desígnios deste Governo é o investimento no conhecimento. A afirmação é do Ministro do Ensino Superior, num momento em que “são os próprios estudantes a reclamar e a exigir mais investimento científico”, refere ainda Manuel Heitor. A importância central da Ciência para o sistema de ensino significa que esta é a grande meta da atual legislatura: “garantir que todos os estudantes universitários em Portugal, qualquer que seja o tipo de instituição ou a área científica, se envolvam nas atividades científicas, de forma sistemática e em relação estreita com o tecido produtivo, social
e artístico, e com isso diminuir também o abandono escolar, aumentar o rendimento e a empregabilidade dos jovens”. André Pereira da FAL acrescenta ainda que, na área da Ciência, “a reversão do último processo de avaliação das unidades de investigação é extremamente positiva para que estas possam beneficiar de uma nova lógica de financiamento, e assim atrair mais estudantes”. O representante máximo dos estudantes de Lisboa vê com satisfação “a variação orçamental positiva para a Ciência, e o aumento substancial do número de bolsas de doutoramento”.
Este ano há mais 138 milhões de euros para a Ação Social, mas a opinião do movimento associativo é clara: a questão das bolsas joga-se no seu regulamento, e esse não foi modificado. Daniel Freitas da FAP defende que esta é uma alteração fundamental para que existam “mais estudantes elegíveis para receber uma bolsa, e para que o valor dessa bolsa seja maior”. Para o movimento estudantil do Porto, o sistema de Ação Social deve permitir às famílias com menos posses colocar os seus filhos a estudar no Ensino Superior, e a grande mudança que tornaria o regulamento mais justo seria “a alteração do cálculo dos rendimentos, passando a ser considerados os rendimentos líquidos, em vez dos ilíquidos. Isso traria mais justiça ao sistema, e permitiria a existência de mais e melhores bolsas”, conclui Daniel Freitas.
Esta é uma visão partilhada pela FAL, que olha para este regulamento como algo “imperfeito e com um desvio grave relativo aos rendimentos, uma vez que não contabiliza o que as famílias têm efetivamente para gastar. Até passarmos a considerar os seus rendimentos líquidos, não faz sentido estarmos a falar da existência de mais bolseiros. Isso sim seria uma grande vitória para os estudantes, e uma forma de trazer justiça e critério ao sistema”, conclui André Pereira.
MARÇO’16
maissuperior.com
10 LER PARA CRER
AS CRÍTICAS DO MOVIMENTO ASSOCIATIVO
NAS PROPINAS, TUDO IGUAL A primeira “polémica” a afetar a pasta do Ensino Superior do atual Governo estalou há umas semanas, com algumas notícias a darem conta de um aumento das propinas no ano letivo 2016/2017. Confrontado com isso, o Ministro Manuel Heitor mostra-se tranquilo: “Não existe, a meu ver, polémica alguma nesta matéria. O assunto está perfeitamente regulado, há uma Lei do Financiamento que prevê que são as instituições quem fixa o valor das propinas, com base em valores mínimos e máximos regulados por lei”. Ainda segundo o responsável máximo pelo Ensino Superior, “atualmente apenas cerca de 30% das universidades/politécnicos fixaram o valor das suas propinas no máximo previsto pela lei”. Relativamente à alteração dos tetos limite para as propinas, “cabe ao Parlamento fazer a proposta de revisão da lei”, alega. Na Academia do Porto, por exemplo, “quer a Universidade do Porto quer o Politécnico do Porto têm conseguido, nos últimos quatro anos, manter o valor das propinas congelado, algo que é cada vez mais uma raridade”, de acordo com a FAP. O movimento estudantil da cidade entende que “o reforço das verbas tem de ser feito via Orçamento do Estado, e não através da sobrecarga das famílias e dos alunos, e há indicadores que nos fazem acreditar que brevemente isso será possível. Por isso, acreditamos que no próximo ano letivo não haverá qualquer aumento de propinas no Ensino Superior”. Em Coimbra, a Associação Académica aponta que “foi feita uma atualização dos limites mínimo e máximo da propina, e cada universidade e instituto politécnico deverá decidir, em abril ou maio, se aumenta ou não o valor”. Os estudantes da cidade do conhecimento esperam que “as instituições de ensino, tendo sobrevivido com os constrangimentos do ano letivo passado, no mínimo mantenham agora inalterado o valor das propinas”. Quanto à alteração dos limites ao valor das propinas, a AAC assegura que “a discussão será mantida em Assembleia Parlamentar, até porque um dos Grupos Parlamentares propôs o congelamento da subida do valor das propinas”, garantindo ainda que “tudo fará para virar a página nesta questão das propinas, com o objetivo de travar os aumentos”. Segundo José Dias, o alerta “é sempre o mesmo: as propinas são um fator enorme de desigualdade social”.
Apesar da base de entendimento entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e os representantes dos estudantes, continuam a existir falhas a apontar. Deixamos-te as principais reivindicações da FAP, da AAC e da FAL:
FAP O ABANDONO ESCOLAR
É importante dar atenção ao abandono escolar, e àqueles que são, no nosso entender, os seus dois grandes problemas: por um lado, é difícil de aferir (pela falta de dados estatísticos) e é preciso perceber melhor este fenómeno; por outro, existirem boas práticas da parte das instituições de Ensino Superior, nomeadamente o acompanhamento e a proximidade aos estudantes, e os programas de tutoria, que no fundo permitam a prevenção do abandono escolar.
AAC A REFORMA DO SISTEMA DE ENSINO SUPERIOR
O Ensino Superior não pode ser visto como um sistema fragmentado em várias partes, e por isso alertámos para a necessidade de o encarar como um todo, para que possa ser feita uma verdadeira reforma. Isso envolve a organização do sistema, que atualmente se insere numa rede desarticulada e muito litoralizada, que prejudica os estudantes das zonas do Interior, do Sul e das Ilhas. O que gostaríamos era que se caminhasse para a uniformização da qualidade de todas as instituições de ensino, dando a todos os alunos as mesmas ferramentas para poderem ter sucesso, e isso só se consegue com o financiamento correto, mas também com cooperação entre as instituições, nas diversas regiões. Para além disso, defendemos também o aumento do poder estudantil dentro dos órgãos de governação das diversas instituições, e lançámos a discussão sobre a revisão do regulamento de atribuição de bolsas, e sobre a implementação e resultados do Processo de Bolonha, que nunca foram devidamente analisados e discutidos.
FAL A ATUALIZAÇÃO DAS BOLSAS DE DOUTORAMENTO
Criticamos a falta de abertura para a atualização das bolsas de doutoramento, algo que não é feito há mais de 9 anos. Este é um tema que tem de ser pensado, porque se queremos mais estudantes a trabalhar Ciência e com formação especializada, há que criar condições para adequar o valor das bolsas às suas necessidades.
Uma das medidas concertadas por Ministério e movimento associativo é a criação do Conselho Coordenador do Ensino Superior. Será composto por um conjunto de individualidades com a missão de pensar estrategicamente o sistema, trabalhar áreas mais abrangentes e matérias que tocam todas as instituições de Ensino Superior, como a organização do próprio sistema, que vai beneficiar de sinergias e de um trabalho conjunto entre os vários intervenientes.
MARÇO’16
maissuperior.com
The most valuable English hlXc`ÔZXk`fej `e k_\ nfic[
Your key to gifÔZ`\eZp in English Cambridge English: Key (Key English Test), nível A2 Preliminary (Preliminary English Test), nível B1 First =`ijk :\ik`ÔZXk\ `e <e^c`j_ , nível B2 Advanced :\ik`ÔZXk\ `e 8[mXeZ\[ <e^c`j_ , nível C1 GifÔZ`\eZp :\ik`ÔZXk\ f] GifÔZ`\eZp `e English), nível C2 =fie\Z\dfj ldX ^XdX [\ hlXc`ÔZX \j# hl\ líder mundial, para alunos e professores de Inglês.
www.cambridgeenglish.org/pt
12 PLAYLIST ENTREVISTA: Tiago Belim | FOTOS: Universal Music Portugal
Uma das mais bem sucedidas bandas portuguesas dos últimos anos está de volta com Outras Histórias, o novo relato dos costumes portugueses, como só a Deolinda sabe fazer. Este Outras Histórias continua a representar a Deolinda enquanto repórter dos costumes portugueses, ou é algo de diferente? As duas coisas, daí o título (risos). Histórias porque há essa marca continuada, que é a marca da banda; Outras porque, apesar de ser uma continuidade, há algumas diferenças que se podem notar desde logo no primeiro single, e depois na audição do resto do álbum. Esse olhar de cronista mantém-se, mas Portugal já não é o mesmo de 2008, e a Deolinda acompanha essa evolução, até porque a nossa experiência também atualizou a forma como olhamos para a sociedade.
MARÇO’16
maissuperior.com
E daí para cá, o que é que mudou no vosso olhar sobre o país? Aprende-se muito a viajar e a contactar com outras culturas e realidades, e também a ver as marcas de portugalidade que existem fora do nosso país, de onde é muito bom sair para poder sentir saudades, e perceber que apesar de tudo temos sorte em estar aqui e em ser daqui. É igualmente bom ouvir a opinião que as pessoas de fora têm sobre Portugal e sobre a cultura portuguesa, e sentir a valorização que lhe é dada. Isso faz-nos ter uma imagem mais crítica da nossa realidade. Ao mesmo tempo, também os próprios estudantes – e a geração Erasmus+ – têm contribuído para a divulgação do que é português, e concretamente da música portuguesa, e têm ajudado a descomplexar e a esbater a fronteira que existia. Para nós, e sobretudo para eles, o mundo é cada vez mais global.
Voltando às Outras Histórias, o mau tempo nas férias e a Corzinha de Verão são duas grandes preocupações nacionais... Então não são? Na conversa de circunstância, o tempo é quase sempre a regra e o quebra-gelo, e é um pilar fundamental das nossas interações.
E por isso é que este é o quebra-gelo para o vosso novo disco... Sim! (risos) “Olá, nós estamos aqui... como é que está o tempo? Epá o tempo está uma porcaria, queríamos ir para a praia...” Se calhar fomos induzidos subliminarmente a avançar com esta canção como a primeira por causa disto mesmo.
PLAYLIST
13
Porquê transformar algo tão caricato numa canção? Isso também é uma das premissas da Deolinda, que é pegar em situações do dia a dia, que nunca pensaríamos que pudessem redundar em canção, mas que depois nos contam muito bem. E são tantas! A Não Tenho Mais Razões fala de alguém que vai ao médico e se queixa de não ter queixas, e isto também é algo muito nosso... São estas idiossincrasias que fazem também aquilo que a Deolinda é, e elas também têm direito a ter uma voz e a serem cantadas! É o transportar dessa portugalidade aquilo que faz da Deolinda um caso de sucesso? A matriz portuguesa é importante, já a compreensão das letras (no estrangeiro) é mais subjetiva. Quando tocamos para portugueses, aí sim, vemos na cara das pessoas a alegria do contacto com Portugal através da nossa música. O que é engraçado é constatarmos que as coisas que temos tendência a achar muito nossas, por vezes acontecem exatamente da mesma forma noutros países e culturas. Por exemplo, os alemães também têm o problema do “vai, não vai”, do “deslarga-me que eu vou”, por incrível que possa parecer. Este disco tem participações que vão do Manel Cruz dos Ornatos Violeta, ao DJ Riot dos Buraka Som Sistema. Como é que se mistura dois universos musicais tão diferentes com a Deolinda? São as canções que pedem. Uma canção que se chama A Velha e o DJ pede de forma quase automática a contribuição de alguém, e o DJ Riot foi uma excelente escolha, porque entrou na onda “forte e feio”, com o seu pseudo-funaná. O desafio também é acomodar estas várias experiências, e tem sido muito bom receber o input musical de pessoas que também vêm servir as nossas canções, e que se preocupam com o conceito da Deolinda. Uma das músicas da Deolinda foi talvez a maior bandeira desta geração. Isso mudou de alguma forma quem ela é, e a relação que ela tem com os jovens? Nós fazemos Queimas das Fitas desde o início, e sempre fomos bem acolhidos. Achamos que a Deolinda chegou primeiro, e depois sim uma canção que disse muito a quem estava naqueles concertos. Não mudou quem é a Deolinda é, mudou a experiência. Vivemos muita coisa boa e má com a Parva Que Sou, com todo o circo mediático e todas as coisas que foram ditas, algumas que nos magoaram e que achámos incorretas. Mas precisamente por se ter transformado num circo, percebemos que não era a altura certa para falarmos sobre isso, e acrescentar ruído ao ruído. Passámos a entender melhor como é o jogo, mas a canção ficou, e não é preciso dizer mais nada. www.deolinda.pt deolinda.oficial deolindalisboa
Uma das premissas da Deolinda, é pegar em situações do dia a dia, que nunca pensaríamos que pudessem redundar em canção, mas que depois nos contam muito bem. E são tantas! Mas acabou por ser um risco para a Deolinda, ficar colada a um grupo de pessoas e a um protesto... Houve muita gente a tentar colar-nos à ideia de canção de protesto... A Deolinda tem canções que falam de casos específicos, sociais, políticos, etc., mas também tem canções que não espelham nada disso, por isso não faz sentido tomar a parte pelo todo. Por causa disto, ganhámos uma estaleca que ficou para a vida toda, e hoje em dia somos menos permeáveis ao que dizem sobre nós.
A Deolinda provou ser maior que essa canção e que os rótulos que lhe quiseram colocar. Porquê? Porque queríamos continuar a fazer música com liberdade e com à vontade para dizermos o que queremos, sem ficarmos colados a nada. Para quem faz música com o prazer que nós temos, não é aliciante ser um fenómeno de popularidade circunstancial. Quem na altura viu o nosso comunicado e o nosso silêncio, percebeu o que queríamos dizer, e a música que já tínhamos para trás ajudou a balizar as coisas.
A Deolinda está, a partir de agora, na estrada a promover o novo álbum. Que datas podem desde já confirmar? Já temos mais de vinte concertos marcados, e podemos destacar o concerto no Tivoli, em Lisboa, no dia 22 de abril, e outro na Casa da Música, no Porto, no dia 6 de maio. De resto, vamos tocar de norte a sul do país, e vamos a Espanha, Bélgica e Brasil!
Para terminar, como é que apresentariam o vosso novo disco? São Outras Histórias. É a Deolinda em 2016, depois de um ressurgimento da música de raiz portuguesa e de uma nova força de estilos como o hip-hop, o rock e a música africana. Este disco reflete o espírito do tempo musical em que vivemos, e é assim que queremos que sejam sempre os discos da Deolinda.
MARÇO’16
maissuperior.com
14 MANUAL DE INSTRUÇÕES
Já pensaste na quantidade de coisas que existem a custo zero, e em que não é necessário investir um cêntimo? Hoje vou dar-te alguns exemplos, desde a formação à cultura, passando pelo desporto e pelo lazer.
Começando pelo desporto, fica a saber que não tens de gastar dinheiro para manteres a forma e um estilo de vida saudável. Aproveita os espaços gratuitos e preparados para o efeito, para praticares uma atividade física regular. Em Lisboa, podes encontrar o Estádio Universitário, que está aberto todo o dia. Mas se quiseres, também podes ir até Belém e correr lado a lado com o Tejo, contemplando uma das vistas mais bonitas da cidade. Já no Porto, encontras o Parque da Cidade para poderes desfrutar de ar puro dentro do ambiente urbano e fazer exercício físico. Estas duas cidades são apenas dois exemplos do que podes encontrar pelo país fora, e tu só tens de definir o que pretendes fazer e encontrar o espaço ideal.
Para os amantes da diversão noturna, há sítios muito agradáveis que não obrigam a gastos, mesmo durante o Inverno, já que no verão a oferta ao ar livre é maior. Em Lisboa, por exemplo, o Hard Rock tem todos os meses um programa de concertos gratuitos. E o mesmo acontece com o Casino de Lisboa!
Passando à formação, esta deve ser uma aposta e uma constante ao longo da vida. Diz o ditado popular que “o saber não ocupa lugar”. E tu? Sabias que existem vários cursos gratuitos em universidades prestigiadas, um pouco por todo o mundo? Línguas, Ciência Política, Marketing, Gestão, Direito e muito mais, está ao alcance de todos. Os sites Veduca.com ou coursera.com são pontos de visita obrigatória. Dentro ou fora da tua área de formação, a escolha é tua!
Como vês, só tens de estar atento e aproveitar as oportunidades!
Da formação à cultura, passando pelo desporto e pelo lazer, há muitas coisas que existem a custo zero, e em que não é necessário investir um cêntimo.
Por fim, e porque a cultura é essencial como fonte de lazer e inspiração, recordo que ao domingo de manhã há muitos museus com entrada grátis. E lembra-te que é possível ganhar bilhetes para toneladas de espetáculos. São muitos os sites, sobretudo de órgãos de comunicação social, que oferecem bilhetes.
Susana Albuquerque, coordenadora de educação financeira da ASFAC – Associação de Instituições de Crédito Especializado, é autora do livro “Independência Financeira para Mulheres”. A especialista em educação financeira e finanças pessoais colabora mensalmente com a Mais Superior para te dar dicas para melhor gerires o teu dinheiro.
Tens dúvidas? Queres saber mais? Envia um email para: s.albuquerque@asfac.pt
MARÇO’16
maissuperior.com
DIZ MUITO DE TI