Dinheiro para a Igreja - TM - Volume 4

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ÍNDICE Lição nº 01 – Deus e o Dinheiro ...............................................................3

Arival Dias Casimiro

Lição nº 02 – Cristo e Mamom .................................................................6

Onésimo Figueiredo

Lição nº 03 – O Espírito Santo e o Dinheiro .............................................10

Arival Dias Casimiro

Lição nº 04 – O Dízimo . ........................................................................13

Boanerges Ribeiro

Lição nº 05 – Ofertas Específicas ...........................................................17

Arival Dias Casimiro

Lição nº 06 – Riquezas Reflexas .............................................................21

Cleómines Anacleto Figueiredo

Lição nº 07 – A Comercialização da Fé I .................................................24

Arival Dias Casimiro

Lição nº 08 – A Comercialização da Fé II ................................................27

Arival Dias Casimiro

Lição nº 09 – O Compromisso com Deus .................................................30

Arival Dias Casimiro

Lição nº 10 – A Alegria do Contentamento ..............................................34

Vagner Antônio Sanaiote

Lição nº 11 – O Dinheiro e a Sorte .........................................................38

Ralph Boersema

Lição nº 12 – O Dia do Senhor ...............................................................41

Ralph Boersema

Lição nº 13 – O Consumismo .................................................................45

Hilton Figueiredo de Oliveira

Revista 04 • Dinheiro

para a Igreja

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Apresentação No Brasil hoje, Igreja virou sinônimo de grande negócio. Alguns até brincam dizendo “Pequenas Igrejas, Grandes Negócios”. Amparado pelo princípio constitucional de liberdade de culto, e a situação de sofrimento em que se encontra a maioria da nossa população, surgem a cada dia novas “igrejas”, que trocam bem estar espiritual por dinheiro. Não podemos negar que a prática da comercialização da fé está presente em todos os ramos religiosos. Entretanto, o mais criticado pela “mídia” é o evangélico. A principal consequência disso é que as igrejas que não praticam a comercialização da fé, se sentem constrangidas em falar em dinheiro e oferta. Algumas igrejas já tiraram do seu ato de culto o “momento do ofertório”, temerosas de serem mal interpretadas. Faz-se necessária uma palavra de esclarecimento. O volume 4 da Revista Educação Cristã – “Dinheiro para a Igreja” é uma série de treze estudos para o reino de Deus. Esperamos que a igreja estude corajosamente o assunto e não se acovarde em praticar aquilo que é ensinado pela Palavra de Deus. Os Editores

Revista Educação Cristã •

Volume 04

Dinheiro para a Igreja

10ª Edição - Julho/2013

13 Estudos Bíblicos acerca da Contribuição Financeira

Fica explicitamente proibida qualquer forma de reprodução total ou parcial desta revista, sem o expresso consentimento da editora.

EDITORES RESPONSÁVEIS: Alberto José Bellan e Arival Dias Casimiro REVISÃO GRÁFICA: Ademar de Oliveira Godoy FOTO DA CAPA: iStockPhoto IMPRESSÃO E ACABAMENTO: Associação Religiosa Imprensa da Fé

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Copyright © 1997 - Z3 Editora Ltda.

PRODUÇÃO E DIAGRAMAÇÃO:

PUBLICAÇÃO: Z3 EDITORA LTDA. Rua Floriano Peixoto, 277 - Centro - Tel/Fax: (19) 3464.9000 CEP 13450-022 - Santa Bárbara d’Oeste - SP E-mail: vendas@z3ideias.com.br Site: www.z3ideias.com.br Filiado à ASEC - Associação de Editores Cristãos

Revista 04 • Dinheiro

para a Igreja


Deus e o Dinheiro Texto Básico 1 Crônicas 29.10-20

Segunda: Terça: Quarta: Quinta: Sexta: Sábado: Domingo:

Leitura Diária

O Dono do Mundo........................................ Sl 24 O Filho do Dono........................................... Gn 1.26-31 Não te Esqueças......................................... Dt 8.11-20 O Cuidado Divino......................................... Ne 9.5-37 Duas Coisas te Peço.................................... Pv 30.7-9 A Validade Humana..................................... Sl 49 Tributo a Deus............................................. Sl 96

Objetivo da lição:

Conscientizar-se de que os bens que possui pertencem a Deus.

INTRODUÇÃO Deus é o criador de todas as coisas. Logo, somente Ele tem direito absoluto de propriedade sobre qualquer coisa. “Ao Senhor pertence a terra e tudo que nela se contém, o mundo e os que nele habitam” (Sl 24.1). “Pois o que está debaixo de todos os céus é meu” (Jó 41.11). A relação do homem com as coisas criadas é apenas de mordomia, isto é, de administração (Gn 1.26-29). “Mordomo” é a tradução do grego “Ecônomo”, que significa, literalmente, aquele que é responsável pela direção ou administração da casa (Gn 24.2; 39.4; 1Co 4.1). É aquela pessoa a quem é entregue tudo quanto o senhor possui para ser cuidado e desenvolvido. O texto escolhido para explicar a relação DEUS – DINHEIRO – MORDOMO, é 1 Crônicas 29.10-20. Este é o registro de uma oração feita pelo rei Davi. Estava ele no fim de seu reinado e da sua vida, já havia designado Salomão para sucedêlo, e desejava que este construísse o Lição 01 • Deus

e o

Dinheiro

templo para o qual já havia, segundo instrução divina, preparado a planta e solicitado ao povo ofertas voluntárias para a sua construção (1Cr 28.1-21). A resposta do povo foi positiva excedendo a expectativa do rei, pois o tesouro da Casa do Senhor se encheu de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de pedras preciosas, e todos se alegraram porquanto de coração íntegro, deram liberalmente esses bens ao Senhor.

EXPOSIÇÃO 1. QUEM É O DEUS DE DAVI? “Pelo que Davi louvou ao Senhor perante a congregação toda, e disse: Bendito és tu, Senhor, Deus de nosso pai Israel, de eternidade em eternidade” (v.10). “SENHOR” é a tradução do hebraico JAVÉ, nome que foi revelado pelo próprio Deus, na ocasião da teofania da sarça ardente: “Disse Deus a Moisés: Eu sou o que sou. Disse mais: assim dirás aos filhos de Israel: Eu sou me enviou a vós outros” (ex 3.14). Davi portanto, se dirige 3


ao Deus da revelação, EU SOU, isto é, o único que de fato existe. EU SOU também representa a Deus como uma pessoa que se relaciona com outras personalidades. Davi portanto se dirige ao Deus vivo e pessoal (Sl 115.8). “Deus de nosso pai Israel” relembra o patriarca de quem descendeu toda a nação e também a aliança feita pelo Senhor com este patriarca (Gn 28.13-15; 33.20). Esta expressão se encontra pela primeira vez em Juízes 5.3, no Cântico de Débora, e frequentemente era utilizado pelos profetas (Is 17.6; Sf 2.9). Davi portanto se dirige ao Deus da História. “De eternidade em eternidade”, ressalta um atributo de Deus. Na classificação dos teólogos reformados, eternidade é um atributo incomunicável de Deus, isto é, uma virtude divina que não tem nenhuma analogia com a criatura humana. L. Berkhof a define como “aquela perfeição divina por meio da qual Ele se eleva sobre todas as limitações temporais, todas as sucessões de momentos e goza da plenitude de sua existência num presente indivisível”. Portanto, para Davi, a eternidade divina, colocar Deus em contraste com todos os deuses efêmeros das nações (Sl 90.2 e 102.12). 2. O QUE PERTENCE A DEUS? “Tua, Senhor, é a grandeza, o poder, a honra, a vitória e a majestade...” v.11. Estas expressões formam uma antífona que atribui valores pessoais: 2.1. Grandeza Emprega-se de modo predominante nas expressões de grandeza e poder superlativos de Deus. Deus é maior o que todos os deuses (Sl 77.13; Ex 18.11), e consequentemente todos os seus atos são grandes e poderosos (Dt 11.2; Sl 106.21). 4

2.2. Poder Sugere a capacidade inerente de Deus para realizar qualquer atividade material ou espiritual. Para Deus, tudo é possível. (Mt 19.26). 2.3. Honra Significa o reconhecimento da obra de outra pessoa, dando-lhe a posição e as honras que merece. Deus é merecedor de toda a honra pela posição e obra que executa (1Tm 1.17). 2.4. Vitória Traduz palavras afins derivadas da raiz “salvar” (cf. o nome Jesus ou Josué). Em contexto de batalha, a vitória era encarada como uma intervenção salvadora de Deus (Sl 20.5,9; 144.10). A Deus pertence a vitória! Ou, a Deus pertence a salvação! 2.5. Majestade Indica elevação, superioridade, excelência, magnificência, nobreza. Deus, como rei supremo, exerce o seu governo envolto em majestade e glória (Sl 93.1 e 96.6). Por possuir os valores pessoais supracitados, atribuem-se a Deus agora, valores globais: “Teu é tudo quanto há nos céus e na terra” (v.11). Toda propriedade pertence a Deus por direito de criação, mas também de preservação e de redenção (Gn 1.27; At 17.22-28; Ap 5.9). “Teu, senhor, é o reino e tu te exaltaste por chefe sobre todos” (v.11). Deus é Todo-Poderoso, que tem em suas mãos o domínio universal e que conhece o fim desde o princípio e os meios que utilizará para alcançar esse fim. Tudo, sem exceção, está sob o seu controle e sua vontade é a razão fundamental de tudo o que acontece (Dn 4.35; Jr 32.17; Mt 28.18; Sl 115.3; 135.6; e Rm 9.20). Lição 01 • Deus

e o

Dinheiro


A conclusão óbvia a que chega Davi é, que, se tudo pertence a Deus, tudo que o homem é e possui procede de Deus. “Porque tudo vem de ti” (vs.1214). 3. QUEM É DAVI E QUEM É O SEU POVO? “Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas?” (v.14). Referia-se às ofertas feitas por ele e por toda a nação para a edificação do templo de Jerusalém, como se acham catalogadas nos versos de 1-9, no capitulo 29. Além do adquirido às custas do erário público, Davi mesmo tinha oferecido 171 toneladas de ouro puro de Ofir e 400 toneladas de prata. O povo tinha ofertado 255 toneladas de ouro, 310 toneladas de prata, 1026 toneladas de bronze e 5700 toneladas de ferro. Pelo tamanho da oferta e pelo alto privilégio de ofertar é que Davi agradece: “Agora, pois, ó nosso Deus, graças te damos e louvamos o teu glorioso nome” (v.13). Mas, quem somos nós? – indaga Davi. Somos MORDOMOS – responde o mesmo. Nada temos que não proceda do Senhor e somos administradores dos bens de Deus: “Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos” (v.14). Quem somos nós? “Somos estranhos (...) peregrinos (...) como sombra os nossos dias (...) não temos permanência” (v.15). 4. O QUE É A NOSSA OFERTA? O ato de ofertar a Deus é um privilégio imerecido concedido por Deus a nós.

Lição 01 • Deus

e o

Dinheiro

É uma GRAÇA. Leia 2Co 8.1-4. Ali Paulo descreve a participação dos crentes macedônios na coleta para os pobres da Judeia como uma graça concedida por Deus. Davi também entendia assim e por causa disso ele pede a Deus: “conserva para sempre no coração do teu povo estas disposições e pensamentos, inclina-lhe o coração para contigo” (v.18). Ofertar é uma disposição interna produzida por Deus no coração e na mente do cristão. Consequentemente, a oferta é voluntária (v.14), abundante (v.16), sincera e dada com alegria (v.17).

conclusão “Minha é a prata, meu é o ouro, diz o Senhor dos Exércitos”. (Ag 2.9). Toda a riqueza que existe no mundo pertence ao Senhor. Ele é o dono de tudo. Tudo que temos nos foi dado por Deus e deve estar a disposição d’Ele. “Não digas, pois, no teu coração: A minha força e o poder do meu braço me adquiram estas riquezas. Antes te lembrarás do Senhor teu Deus, porque é ele o que te dá força para adquirires riquezas...” (Dt 8.17,18). PONTOS PARA DISCUTIR 1. É Bíblico fazer campanha financeira (ofertório) para construir e reformar templos? 2. Será que o conceito que tenho de Deus influenciará a minha maneira de contribuir na Igreja? 3. “Não contribuo porque sou pobre ou sou pobre porque não contribuo”?

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