Vitória na Adoração - TM - Volume 38

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ÍNDICE Lição nº 01 – A Guerra da Adoração ............................................................... 3 Arival Dias Casimiro

Lição nº 02 – O Que Significa Adorar? ........................................................... 7 Arival Dias Casimiro

Lição nº 03 – A Adoração no Antigo Testamento ......................................... 11 Arival Dias Casimiro

Lição nº 04 – A Adoração na Lei Cerimonial ................................................ 15 Arival Dias Casimiro

Lição nº 05 – A Adoração nos Salmos ......................................................... 18 Arival Dias Casimiro

Lição nº 06 – A Adoração na Nova Aliança .................................................. 22 Arival Dias Casimiro

Lição nº 07 – A Adoração que Agrada a Deus .............................................. 25 Arival Dias Casimiro

Lição nº 08 – Os Elementos do Culto Cristão .............................................. 28 Arival Dias Casimiro

Lição nº 09 – A Música no Antigo Testamento ............................................. 31 Arival Dias Casimiro

Lição nº 10 – A Música no Novo Testamento ............................................... 35 Arival Dias Casimiro

Lição nº 11 – Da Luta à Vitória ..................................................................... 38 Hernandes Dias Lopes

Lição nº 12 – A Alegria de Fazer Parte da Igreja .......................................... 42 Arival Dias Casimiro

Lição nº 13 – Dança no Culto ....................................................................... 45 Arival Dias Casimiro

REVISTA 38 • VITÓRIA NA ADORAÇÃO

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Apresentação Adorar a Deus. Esta é a nossa razão de ser como cristãos e igreja. A essência da adoração é o amor. Deus quer ser adorado de forma amável, consciente e alegre. O culto oferecido a Deus deve ser único, inédito, inigualável e exclusivo. O conceito de adoração na Bíblia envolve a vida do adorador e não apenas o momento do culto. A guerra da adoração consiste na luta espiritual para se cultuar a Deus, do meu jeito ou da maneira que Ele deseja. É a tentação de substituir a adoração que agrada a Deus, por aquela que me agrada. A vitória na adoração é conquistada através da luta pela preservação do amor e da lealdade exclusiva a Deus. O curso apresentado nesta revista tem dois objetivos: Primeiro, motivar a reflexão sobre os princípios bíblicos da adoração, principalmente por parte da liderança da igreja e das pessoas envolvidas no ministério da música; segundo, incentivar todos os adoradores a que busquem a verdadeira adoração. Os Editores

Revista Educação Cristã •

Volume 38

3ª Edição - Fevereiro/2013

Vitória na Adoração 13 Reflexões sobre os princípios bíblicos da adoração EDITORES RESPONSÁVEIS: Alberto José Bellan e Arival Dias Casimiro

Copyright © 2008 - Z3 Editora Ltda. Fica explicitamente proibida qualquer forma de reprodução total ou parcial desta revista, sem o expresso consentimento da editora.

PRODUÇÃO E DIAGRAMAÇÃO:

REVISÃO GRÁFICA: Juana del Carmen Cornejo Campos PUBLICAÇÃO: Z3 EDITORA LTDA. FOTO DA CAPA: Rua Floriano Peixoto, 103 - Centro - Tel/Fax: (19) 3464.9000 iStockPhoto CEP 13450-022 - Santa Bárbara d’Oeste - SP E-mail: vendas@z3ideias.com.br IMPRESSÃO E ACABAMENTO: Site: www.z3ideias.com.br Associação Religiosa Filiado à ASEC - Associação de Editores Cristãos Imprensa da Fé - São Paulo

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Revista 38 • Vitória

na

Adoração


A Guerra da Adoração TEXTO BÁSICO Mateus 4.8-10

LEITURA DIÁRIA SEGUNDA: TERÇA: QUARTA: QUINTA: SEXTA: SÁBADO: DOMINGO:

Caim e Abel ........................................... Os Quatro Mandamentos do Culto .......... Deus ou Baal ......................................... Fogo Estranho ....................................... Adoração Verdadeira .............................. A Diferença Fundamental ....................... Sede de Deus ........................................

Gn 4.1-7 Êx 20.1-11 1 Rs 18.20-40 Lv 10.1-7 Jo 4.19-30 Ml 4.13-18 Sl 42

OBJETIVO DA LIÇÃO: Conhecer os princípios que devem dirigir a adoração cristã.

INTRODUÇÃO O conflito entre culto tradicional e culto contemporâneo, nos Estados Unidos, tem sido chamado de “guerra da adoração” (Worship Wars). Paul Basden expõe uma síntese deste conflito em seu livro Adoração ou Show? Críticas e defesas de seis estilos de culto (2006): adoração litúrgica formal, adoração tradicional com hinos, adoração contemporânea, adoração carismática, adoração combinada e adoração emergente. No Brasil, a situação não é muito diferente, principalmente nas igrejas históricas. A secularização da Igreja, o mercado da música gospel, a pressão dos modelos neo-pentecostais e a implantação de novos modelos eclesiológicos, geram muitas discussões e práticas esquisitas de adoração. Entendo que mudanças são sempre bem-vindas, principalmente se elas estão baseadas na Bíblia e nos aproximam mais de Deus. Precisamos, entretanto, de muito discernimento espiritual. Paulo nos ordena: julgai todas as coisas, retende o que LIÇÃO 01 • A GUERRA DA ADORAÇÃO

é bom; abstende-vos de toda forma de mal (1Ts 5.21,22). O eixo do conflito da adoração é teológico e não cultural, musical ou de estilo litúrgico.

EXPOSIÇÃO 1. PRINCÍPIOS GERAIS Antes de começar este estudo sobre o culto, preciso estabelecer alguns parâmetros que serão utilizados como base para o nosso ensino. 1.1. Deus é quem define como quer ser adorado. Cremos que a Palavra estabelece a maneira como Deus quer ser cultuado. A Bíblia regulamenta o culto, na sua forma e no seu conteúdo. Qualquer culto elaborado por conta própria e que não esteja de acordo com as normas de Deus, é falso e inaceitável a Deus (Êx 20.1-6; Dt 6.1315). Quando Israel resolveu por conta própria cultuar a Deus, o profeta Jeremias protesta: Edificaram os altos de Tofete, que está no vale do filho de Hinom, para 3


queimarem a seus filhos e a suas filhas; o que nunca ordenei, nem me passou pela mente (Jr 7.31). O povo de Judá quis inovar o culto, introduzindo o sacrifício de crianças. Tal prática foi expressamente proibida por Deus (Lv 18.21; 20.2-5). O Senhor rejeita a Israel, pois a sua maneira de adorar nunca foi ordenada por Deus ou jamais passou pela mente do Senhor. 1.2. O culto a Deus é totalmente diferente do culto pagão Cremos que o culto a Deus é uma antítese da vida e do culto pagão. Deus exorta a Israel: Quando o SENHOR, teu Deus, eliminar de diante de ti as nações, para as quais vais para possuí-las, e as desapossares e habitares na sua terra, guarda-te, não te enlaces com imitá-las, após terem sido destruídas diante de ti; e que não indagues acerca dos seus deuses, dizendo: Assim como serviram estas nações aos seus deuses, do mesmo modo também farei eu. Não farás assim ao SENHOR, teu Deus, porque tudo o que é abominável ao SENHOR e que ele odeia fizeram eles a seus deuses, pois até seus filhos e suas filhas queimaram aos seus deuses. Tudo o que eu te ordeno observarás; nada lhe acrescentarás, nem diminuirás (Dt 12.29-32). O culto a Deus é único, inédito, inigualável e exclusivo. Ele não é uma imitação do culto pagão. Há muitos cultos hoje que parecem com programas de auditório ou shows de auditório. Outros cultos são tão formais e ritualísticos que parecem cerimônia fúnebre. 1.3. A adoração a Deus envolve a vida do adorador Entendemos que o conceito de adoração na Bíblia envolve a vida do adorador e não apenas o momento do culto. A vida é o culto e o culto é a vida. Deus diz ao 4

seu povo: Agora, pois, ó Israel, que é que o SENHOR requer de ti? Não é que temas o SENHOR, teu Deus, e andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração e de toda a tua alma, para guardares os mandamentos do SENHOR e os seus estatutos que hoje te ordeno, para o teu bem? (Dt 10.12,13). Jesus combateu a adoração hipócrita (Mt 5.23,24;15.8,9). Não adianta elogiar a Deus chamando-o de Senhor, se o adorador não obedece aos mandamentos divinos (Mt 7.21). Leia também: Is 1.1017; Am 5.21-27. 1.4. A adoração a Deus é centrada em Cristo Cremos que o ensino do culto na Bíblia revela uma simultaneidade com a revelação progressiva de Deus, culminando com Jesus Cristo. Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade (Jo 4.23,24). Logo, ao estudarmos acerca do culto, precisamos considerar as diferenças entre o culto no Antigo Testamento e no Novo Testamento, isto é, o culto antes de Cristo e depois de Cristo. Jesus Cristo é o sacrifício final e definitivo contra o pecado, cumprindo e encerrando todos os sacrifícios de animais do Antigo Testamento (Hb 10.1-18). Ele é o mediador da Nova Aliança, o “novo e vivo caminho” à presença de Deus (Hb 10.19-22). 1.5. A Bíblia estabelece princípios de adoração e não um ritual de culto A nossa motivação para este estudo não é a defesa de um estilo de culto: LIÇÃO 01 • A GUERRA DA ADORAÇÃO


“culto tradicional” ou “culto contemporâneo”, mas a exposição do ensino bíblico acerca dos princípios do culto a Deus. Entendemos que a Bíblia não apresenta estilos de culto e também não estabelece nenhuma liturgia fixa para o culto cristão. Esta é a posição da fé reformada, que orienta o culto por meio de “Princípios de Liturgia” (1 Co 10.31; 14.26). É preciso rediscutir, à luz do ensino de Jesus, quais são as “tradições humanas” que existem no culto ou na adoração, hoje (Mc 7.1-23; Jo 4.19-24). 1.6. A adoração reflete a vida espiritual Entendo que o crescimento espiritual da igreja e a sua influência espiritual fundamenta-se na sua prática de adoração. Antes de pensarmos em fazer qualquer coisa na igreja, precisamos restaurar o altar da adoração em nossas vidas pessoais, no nosso lar e na nossa igreja. Warren W. Wiersbe diz: “Adoração não é uma opção, é uma obrigação; não é luxo, é uma necessidade. Adorar a Deus e glorificá-lo é a única coisa que a igreja pode fazer e que nenhuma outra assembleia pode fazer. Não estou certo de que estejamos fazendo isto. William Temple disse: ‘A única coisa que pode salvar este mundo do caos político e do colapso é a adoração. A única esperança do mundo é a igreja e a única esperança da igreja é o retorno à adoração’. Deus precisa transformar o Seu povo e a Sua Igreja antes que Ele possa operar por meio de nós a fim de saciar as necessidades cruciais de um mundo perdido no pecado. Cada ministério da igreja deveria ser um subproduto da adoração. Ministério divorciado de adoração não tem raízes, portanto, não pode produzir frutos que permaneçam”. LIÇÃO 01 • A GUERRA DA ADORAÇÃO

2. A GUERRA DA ADORAÇÃO A guerra da adoração consiste na luta espiritual para se cultuar a Deus, do meu jeito ou da maneira que Ele deseja. É a tentação de substituir a adoração que agrada a Deus, por aquela que me agrada (1Pe 2.5; Hb 12.28,29). A guerra da adoração é também a luta pela preservação do amor e da lealdade exclusiva a Deus. O nosso texto básico diz que o próprio Jesus foi envolvido nesta guerra: Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isso te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto (Mt 4.8-10). O diabo está disposto a tudo para roubar a afeição exclusiva e a adoração única a Deus (1Rs 18.39; Mt 6.24). O apóstolo Paulo fala do julgamento divino para com aqueles que pervertem a adoração verdadeira: Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos, e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis. Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si; pois eles mudaram a verdade de Deus, em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém! (Rm 1.2225). Um importante princípio espiritual é ensinado aqui: a perversão do culto produz a perversão do adorador (Sl 115.4-8). O problema da decadência moral da igreja hoje pode estar relacionada com a perversão do culto. Nunca se celebrou tantos cultos a Deus, como se celebra hoje, 5


contudo, nunca a igreja viveu um momento de decadência moral como vive hoje.

CONCLUSÃO Finalmente, o curso apresentado nesta revista tem dois objetivos: primeiro, motivar a reflexão sobre os princípios bíblicos da adoração, principalmente por parte da liderança da igreja e das pessoas envolvidas no ministério da música; segundo, incentivar a todos os adoradores a que busquem a verdadeira adoração. O meu desejo é que você, irmão leitor, desenvolva uma fome e uma sede por

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Deus e pela Sua presença. Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus? (Sl 42.1,2).

PONTOS PARA DISCUTIR 1. O que é a Guerra da Adoração? 2. Quem define como deve ser o culto a Deus? 3. Como você avalia a adoração em sua igreja?

LIÇÃO 01 • A GUERRA DA ADORAÇÃO




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