Coragem para Viver - TM - Volume 45

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ÍNDICE Lição nº 01 – A Teologia do Encorajamento................................................3

Arival Dias Casimiro

Lição nº 02 – Os Segredos do Encorajamento.............................................6

Arival Dias Casimiro

Lição nº 03 – Barnabé: o Filho do Encorajamento.......................................9

Arival Dias Casimiro

Lição nº 04 – Encorajando as Ovelhas de Jesus........................................12

Arival Dias Casimiro

Lição nº 05 – Jesus é o Refúgio para o Homicida......................................16

Arival Dias Casimiro

Lição nº 06 – Não se Turbe o Vosso Coração............................................20

Arival Dias Casimiro

Lição nº 07 – Encorajando a Gratidão......................................................24

Arival Dias Casimiro

Lição nº 08 – Encorajando os Entediados.................................................27

Arival Dias Casimiro

Lição nº 09 – A Eficácia da Oração..........................................................30

Hernandes Dias Lopes

Lição nº 10 – O Glorioso Plano de Deus para sua Vida..............................34

Hernandes Dias Lopes

Lição nº 11 – A Mulher Corajosa.............................................................38

Hernandes Dias Lopes

Lição nº 12 – Uns aos Outros..................................................................42

Hernandes Dias Lopes

Lição nº 13 – A Jornada Triunfal de um Homem de Deus...........................45

Hernandes Dias Lopes

Revista 45 • Coragem

para

Viver

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Apresentação Encorajamento é o ato de ser encorajado, animado e consolado, principalmente, nos momentos difíceis da vida. Ser encorajado por nossos familiares, irmãos e amigos é muito bom, porém ser encorajado por Deus, que é a fonte inesgotável de consolo para toda e qualquer necessidade, é inexplicável. Todos nós precisamos de encorajamento em nosso dia a dia, porém, precisamos aprender a confiar plenamente em Deus, pois somente Ele pode nos dar o encorajamento e o consolo que precisamos para enfrentar os sofrimentos da vida. Esta revista traz um estudo trimestral sobre o ensino bíblico acerca do encorajamento. Esperamos que o mesmo o ajude a entender e a desfrutar da ajuda divina. Os Editores

Revista Educação Cristã •

Volume 45

3ª Edição - Outubro/2013

Coragem para Viver 13 Estudos sobre encorajamento bíblico EDITOR RESPONSÁVEL: Alberto José Bellan

Copyright © 2011 - Z3 Editora Ltda. Fica explicitamente proibida qualquer forma de reprodução total ou parcial desta revista, sem o expresso consentimento da editora.

PRODUÇÃO E DIAGRAMAÇÃO:

AUTOR DAS LIÇÕES: Arival Dias Casimiro

s

PUBLICAÇÃO: Z3 EDITORA LTDA. Juana del Carmen C. Campos Rua Floriano Peixoto, 277 - Centro - Tel/Fax: (19) 3464.9000 CEP 13450-022 - Santa Bárbara d’Oeste - SP FOTO CAPA: Shutterstock Images E-mail: vendas@z3ideias.com.br Site: www.z3ideias.com.br IMPRESSÃO E ACABAMENTO: REVISÃO GRÁFICA:

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Revista 45 • Coragem

para

Viver


A Teologia do Encorajamento Texto Básico

Segunda: Terça: Quarta: Quinta: Sexta: Sábado: Domingo:

1 Tessalonicenses 5.14

Leitura Diária

Promessas consoladoras............................ Gn 28.10-17 Deus anima seus escolhidos............................. Js 1.1-8 Tem bom ânimo......................................................Sl 27 Provai a bondade do Senhor...................................Sl 34 Maravilhoso Conselheiro................................... Is 9.1-7 Consolai o meu povo..................................... Is 40.1-11 O Espírito Consolador.................................. Jo 14.16-31

Objetivo da lição:

Conhecer a teologia bíblica da consolação.

INTRODUÇÃO Há na Bíblia um ensino precioso e necessário para a alma humana: a teologia do encorajamento. A sua origem é divina, a sua natureza é sobrenatural, o seu caráter é espiritual e o seu objetivo é animar as almas cansadas. O encorajamento bíblico não pode ser comparado às filosofias de autoajuda e nem às terapias da psicanálise. Ele é único, inigualável e exclusivo. A ausência do ensino da teologia do encorajamento em nossas igrejas tem levado muitos a buscar orientação em manuais de autoajuda e psicoterapias. A tese principal é que podemos achar a solução dos nossos problemas dentro de nós mesmos. Tal pensamento é refutado pela Bíblia (Jr 19.9,10; Rm 7.1425). O que precisamos mesmo é da ajuda do Alto (Sl 121.1). Iniciaremos hoje um estudo trimestral sobre o ensino bíblico acerca do encorajamento. Esperamos que o mesmo o ajude a entender e a desfrutar da ajuda divina. Lição 01 • A Teologia

do

Encorajamento

EXPOSIÇÃO 1. O QUE É ENCORAJAMENTO? Encorajamento é o ato de ser encorajado, animado e consolado, principalmente, nos momentos difíceis da vida. O conceito bíblico de encorajamento pode ser entendido a partir de três palavras: (1) Animar-se ou ter bom ânimo (grego – tharreô ou tharseô). Significa “ter coragem”, “animar-se” e “ter confiança” (Mc 10.49; Mt 9.2; 14.27; Jo 16.33). É o consolo que vence o medo e confia nas promessas de Deus. Trata-se de uma expressão usada na Bíblia para combater o medo (Êx 14.13; 1Rs 17.13). (2) Confortar (grego – paramytheomai) com o sentido positivo de “consolar” (1Ts 2.12). Este era um dos objetivos da profecia ou do ensino da palavra de Deus hoje: edificar, exortar e consolar (1Co 14.3). Todo cristão pode consolar aqueles que estão desanimados (1Ts 5.14). Refere-se também ao consolo a pessoas enlutadas (Jo 11.19,31). (3) Consolar (grego = “parakaleo”) significa “consolar”, “exortar”, “confortar”, “incentivar” e “animar”. Denota o ato de 3


ficar ao lado de uma pessoa para encorajá-la. No Novo Testamento, o termo Consolador aplica-se especialmente a Jesus e ao Espírito Santo (Jo 14.16; 1Jo 2.1). O objetivo é destacar a necessidade que temos da ajuda sobrenatural de Deus (Jo 14.26; 15.26; 16.7). 2. DEUS É A FONTE DO ENCORAJAMENTO A doutrina bíblica do encorajamento fundamenta-se na pessoa de Deus, ou nas três pessoas da Trindade. O Pai é o “Deus de toda consolação”, fonte inesgotável de consolo. O Filho é o nosso “Advogado justo” que está ao nosso lado para defender a nossa causa perante Deus e os homens. O Espírito Santo é “o outro Consolador” que habita conosco e está em nós. Ele nos convence do pecado e nos guia à verdade. A característica fundamental do encorajamento bíblico é que ele é pessoal. Somente a pessoa de Deus pode compreender e suprir as necessidades das pessoas, principalmente de seus filhos. No meio da sua crise, lembre-se de Deus e busque a sua ajuda. 2.1. Deus, Pai de Toda Consolação Paulo diz: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação!” (2Co 1.3). Ele diz “Bendito seja o Deus”. Por qual razão? Neste verso há três destaques para Deus: • Ele é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo Nas cartas de Paulo, a paternidade de Deus é vista de três maneiras: Ele é Pai de Jesus, Pai dos cristãos e Pai de toda a criação. Aplicada aos crentes, a paternidade de Deus indica que Ele é a fonte de sua vida e do seu crescimento espiritual (v.3). De maneira eterna e divina, Deus é o Pai de Jesus, o Filho amado (Cl 1.16). “Deus é o Pai da natureza divina de Cristo pela geração eterna. Ele 4

é também o Pai da sua natureza humana pela concepção miraculosa no ventre da virgem, e de Cristo como Deushomem, e nosso Redentor, pela relação de aliança, e nele e por meio dele como Mediador e sua descendência espiritual (Gl 3.16)” (Matthew Henry). • Ele é o Pai de misericórdias Deus é o pai de misericórdias, isto é, o autor ou a origem de todas as misericórdias (Sl 51.1; Lm 3.22). Ele é a fonte inesgotável de toda a compaixão que precisamos. E Ele tem prazer em derramar misericórdia (Mq 7.18). A sua misericórdia está ligada de forma inseparável à sua graça e ao seu amor (Rm 11.30-32; 1Tm 1.16). • Ele é o Deus de toda consolação Somos filhos de Deus e recebemos dele um cuidado todo especial. Para o judeu, a expressão pai significa “aquele que dá origem” (Gn 4.21). Deus é a origem da nossa vida e de toda misericórdia que necessitamos. Dele recebemos todo conforto e consolação paternal. Trata-se de um conforto pessoal e poderoso, por isso Ele veio habitar conosco por meio do Espírito Santo, o Consolador (Jo 15.26). Em síntese, bendito seja Deus porque Ele é o pai de Jesus, é o pai de misericórdias e a origem de toda a consolação. 2.2. Jesus, o Advogado Perfeito Advogado (parakletos) é um substantivo que significa “ajudador” ou “aquele que nos defende”. No Evangelho de João, o substantivo aplica-se ao Espírito Santo (14.16, 26; 15.26; 16.7). Aqui, Jesus é o advogado do crente que peca. Ele é o nosso defensor no tribunal divino. Podemos extrair da figura do advogado, algumas características da pessoa de Jesus. • Primeiro, Ele foi constituído pelo Juiz. Todo réu tem direito à defesa. Caso o réu não tenha recursos para constituir Lição 01 • A Teologia

do

Encorajamento


um advogado, a corte designa um advogado gratuito para ele. Na condição de pecadores já estamos condenados pela lei de Deus, sem nenhuma condição de nos defender. Por isso Jesus foi constituído por Deus para ser o nosso advogado (Rm 8.33,34). Sabemos que Satanás exerce a função de um promotor iníquo acusandonos diante de Deus (Ap 12.10). Ele aponta para Deus os nossos defeitos e pecados. • Segundo, Ele é o advogado perfeito. João revela que o nosso advogado é Jesus Cristo, o Justo. O adjetivo justo qualifica o nosso advogado de três maneiras: (1) Ele é justo em sua natureza perfeita. Jesus não é pecador (At 3.14; 7.52; 22.14). É como advogado sem pecado que Ele nos representa no tribunal divino. (2) Ele é justo em seu comportamento. Jesus nunca praticou um pecado. Todo o seu proceder é correto e perfeito (Mt 27.19,24). (3) Ele é justo porque conhece a fundo a vida do cliente. Jesus conhece a natureza humana e sabe o que se passa no nosso interior (Jo 2.25; Hb 4.14-16). 2.3. O Espírito Santo, o Consolador Jesus chama o Espírito de o “Consolador” (Parakletos, no grego) (Jo 14.16, 25; 15.26; 16.7). A palavra grega traduzida por “Consolador” ou “Auxiliador” era usada na linguagem jurídica para o advogado de defesa (1Jo 2.1), isto é, alguém que ajudava ou apoiava um réu. O sentido ganha amplitude, pois o Espírito, assim como Jesus, não apenas foi um advogado, mas uma pessoa que provê encorajamento, conselho, força, entusiasmo, motivação e poder. O trabalho de encorajamento provido pelo Espírito é comparável ao apoio e ao carinho de um pai. Por isso Jesus diz “não vos deixareis órfãos” (Jo 14.18). A palavra “órfão” é encontrada exclusivamente neste texto e em Tiago Lição 01 • A Teologia

do

Encorajamento

(1.27), e o seu melhor sentido é “destituídos”. Era comumente usada para indicar filhos destituídos de seus pais e de tudo aquilo que uma paternidade responsável oferece. Jesus Cristo não nos deixou: sem amor (Jo 13.1); sem exemplo (Jo 13.15); sem lei (Jo 13.34); sem recompensa (Jo14.1); sem destino (Jo 14.6); sem serviço (Jo 14.12); sem paz (Jo 14.27); sem esperança (Jo 14.18). O Espírito é o Consolador, alguém que está conosco para nos ajudar. No ministério de confortar e encorajar o cristão, o Espírito derrama amor divino no coração (Rm 5.5), testemunha que são filhos de Deus (Rm 8.16), unge com alegria e discernimento (2 Co 1.21), derrama paz e esperança na mente e no coração (Rm 15.13), concede alegria na luta (Rm 14.17), assiste na fraqueza (Rm 8.26), produz a frutificação espiritual (Gl 5.22) e capacita para o serviço (1Co12.11).

conclusão A base principal da teologia do encorajamento é a sua origem divina. A nossa natureza humana pecadora precisa ser ajudada por Deus, para poder superar as suas limitações. Devemos recusar soluções humanistas e aprender a confiar em Deus, e no seu poder consolador. Apenas Deus pode nos dar o encorajamento e o consolo que precisamos para enfrentar os sofrimentos da vida. PONTOS PARA DISCUTIR 1. Qual o conceito bíblico de encorajamento? 2. Qual é a origem do encorajamento bíblico? 3. Qual o poder do encorajamento bíblico? 5



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