Estudos Bíblicos Mateus - Capítulos 14 a 28
A Vitória do Rei
Índice 01 O Isolamento do Rei ................................................................. 3 02 A Igreja do Rei.......................................................................... 7 03 A Glória do Rei........................................................................ 12 04 Virtudes no Reino.................................................................... 17 05 Ensino e Exigências do Rei....................................................... 21 06 A Rejeição do Rei.................................................................... 26 07 O Rei Questionado.................................................................. 31 08 O Rei e os Falsos Mestres......................................................... 35 09 O Sermão Profético do Rei....................................................... 40 10 O Rei Virá Outra Vez................................................................ 45 11 A Preparação do Rei................................................................ 50 12 Sofrimento e Morte do Rei....................................................... 55 13 Vitória do Rei e a Grande Comissão.......................................... 60 Autor das lições: Arival Dias Casimiro Aluno Professor
Classe
Apresentação
Estudos BíBlicos
Mateus - Capítulos 14 a 28
Esta revista traz os estudos da segunda parte do evangelho de Mateus. Apresenta uma nova fase do ministério de Jesus, quando Ele realiza muitos milagres que demonstram a sua autoridade como Messias, e ensina novas lições aos seus discípulos, mostrando que a vida sob o seu reinado vale a pena ser vivida. Jesus passou por muitas aflições e sofrimentos até a sua morte, porém, na sua ressurreição foi exaltado como o Rei vitorioso e deixou uma tarefa muito importante a todos nós, a mais importante a ser realizada na história da humanidade, que é espalhar o seu evangelho até aos confins da terra. Somos de Jesus, por isso, devemos ir atrás de todos aqueles por quem Ele morreu e ressuscitou. Que Ele nos capacite! Os Editores
T EXTO B ÁSICO Mateus 14-15
1ª Lição ::
O Isolamento do Rei :: OBJETIVO :: Reconhecer o poder e a compaixão de Jesus
TEMOS QUE TER PÃO DO CÉU PARA OFERECER ÀQUELES QUE ESTÃO COM FOME ESPIRITUAL :: LEITURA DIÁRIA :: Segunda-Feira Salmo 111 Terça-Feira 1 Reis 17.1-16 Quarta-Feira Atos 27 Quinta-Feira Isaías 1.10-20 Sexta-Feira Jeremias 23 Sábado Lucas 7.11-17 Domingo Salmo 93
Iniciamos hoje, o estudo da segunda parte de Mateus: a vitória do Rei. Ele foi escrito antes do ano 70 a.C. O seu público alvo foi o povo de Israel. O livro leva o nome do seu autor. Mateus significa “dom ou presente de Deus”. Ele foi um dos doze apóstolos (Mt 10.3; Mc 3.18; Lc 6.15; At 1.13). Jesus começou o seu ministério público logo após a prisão de João Batista por Herodes (Mt 4.12). E, meses mais tarde, depois da morte João Batista (Mc 6.14-29; Lc 9.7-9), Jesus inicia uma nova fase do seu ministério. Uma fase isolada, longe de Jerusalém. Herodes pensava que Jesus era João Batista ressuscitado dentre os mortos (vv.1,2). Ele matou João, por causa de um juramento ridículo que fez à filha de Herodias (vv.3-11). Os discípulos de João sepultaram o seu corpo e depois deram a notícia para Jesus (v.12). A partir desse fato, Jesus se isola no deserto e foge de confrontos com os escribas e fariseus. Ele realizará alguns milagres e ensinará algumas lições para os seus discípulos.
1. Dependência Para Fazer a Obra (14.13-21) O milagre da multiplicação, além de satisfazer as necessidades das pessoas envolvidas, tem como propósito principal ensinar para os discípulos o princípio da dependência. Quatro lições: (1) Na obra de Deus, os obreiros são responsáveis em alimentar as ovelhas (v.16). Os discípulos quiseram despedir as pessoas famintas. Sempre temos que ter pão ou alimento do céu para oferecer àqueles que estão com fome espiritual. Por isso, todo obreiro deve ter vida intensa de meditação na Palavra e oração (Js 1.8; Lc 11.5-8). (2) Na obra de Deus as necessidades das pessoas são maiores do que recursos dos obreiros (v.17). O que significam cinco pães e dois peixes para uma multidão com mais de cinco mil A Vitória do Rei ::
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A Vitória do Rei
APLICAÇÕES
PRÁTICAS
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• Aprendemos que
somos totalmente dependentes de Deus. • Aprendemos que a nossa vida de oração e de meditação na Palavra de Deus deve ser intensa. • Aprendemos que
devemos adorar a Deus em todas as circunstâncias.
homens fora mulheres e crianças? (v.21). Esse é um fato incontestável na obra de Deus. Os obreiros jamais poderão com os seus próprios recursos suprir as carências das ovelhas aflitas e famintas (Mt 9.35-38). (3) Na obra de Deus dependemos dos seus milagres (vv.19,20). Somente o milagre de Jesus poderia fazer com que cinco pães e dois peixes alimentassem aquela grande multidão. E o milagre aconteceu. (4) Na obra de Deus, realizada da maneira de Deus, nunca faltarão os recursos celestiais (v.20). Se faltam os recursos humanos, os celeiros celestiais estão repletos (2Rs 6.15-17; Fp 4.19,20). Sem Jesus, nada podemos fazer (Jo 15.5).
2. Conhecendo Jesus na Tempestade (14.22-33) Logo após o milagre da multiplicação, Jesus conduz os seus discípulos a uma nova experiência (Mc 6.45). Jesus se despede das multidões, sobe ao monte para orar e envia os seus discípulos para enfrentar uma tempestade ou uma provação. Nesse milagre aprendemos três lições muito importantes: (1) É na tempestade que conhecemos o quanto Jesus é poderoso (v. 25). Após nove horas de oração ao Pai, Jesus vai ao encontro dos seus discípulos (quarta vigília é das 3h às 6h da manhã). Jesus vai “andando sobre o mar” revolto como se estivesse andando em terra seca. Ele é o Deus Onipotente Criador e Senhor do universo. As ondas do mar não o podem afogar (Sl 93.4). (2) É na tempestade que Jesus confere o seu poder aos seus servos (vv.28,29). Pedro andou sobre as águas à semelhança de Jesus. Deus pode fazer grandes coisas por intermédio daqueles que o ouvem e o obedecem (Jo 14.12). (3) É na tempestade que experimentamos o poder do Salvador (vv. 30,31). A tempestade revela como somos fracos, medrosos e desanimados. Podemos morrer. Quantas tribulações atraímos por causa da nossa incredulidade. A experiência termina com adoração (vv.32,33). Jesus desembarca com os seus discípulos e vai para Genesaré (vv.34-36).
APLICAÇÕES
! PRÁTICAS 3. Cuidado Com a Falsa Espiritualidade (15.1-20) Jesus se afastou de Jerusalém, mas autoridades religiosas foram atrás dele (v.1). E eles vieram com o intuito
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1ª Lição :: O Isolamento do Rei
de confrontar a Jesus com questões teológicas. E com eles, Jesus apresenta as marcas da falsa espiritualidade.
ANOTAÇÕES
A substituição da Palavra de Deus pelo ensino de homens Os judeus criaram um conjunto de leis religiosas que não estavam na Bíblia. Lavar as mãos antes das refeições era uma tradição de homens e não um mandamento da Palavra de Deus. Na lei havia apenas uma orientação para os sacerdotes (Lv 22.6,7). É Jesus quem acusa agora os fariseus de transgredir a lei de Deus substituindo-a por tradição humana. O mandamento de honrar pai e mãe (Êx 20.12; Dt 5.16) era claro. Mas, os fariseus, para burlá-lo, diziam que os filhos poderiam ofertar dinheiro a Deus em detrimento de cuidar dos seus pais (vv.5-7). Tal tradição invalidava ou retirava a autoridade, cancelava a lei de Deus (Êx 21.17; Ef 6.2; 1Tm 5.8). O culto hipócrita O culto hipócrita é resultado de uma vida hipócrita (vv.79). O ritualismo ou cerimonialismo vazio não aproxima as pessoas de Deus. O culto é um ato de amor que envolve toda força, mente e coração (Dt 6.5; Mc 12.30). O combate apenas da aparência do pecado A contaminação do homem não é de fora para dentro, mas de dentro para fora (vv.18,19). O que contamina o homem é o pecado que reside no seu coração e não as mãos sujas antes das refeições (Lc 9.46,47; Rm 1.21; 1Co 3.20). O homem é pecador por natureza (Sl 51.5; Rm 3.918; 1Jo 1.5-10). É uma expressão do juízo de Deus Os discípulos disseram para Jesus que os fariseus se escandalizaram com as palavras dEle. O verbo “deixai-os” significa “entregar” ou “abandonar” o homem aos seus próprios desejos pecaminosos (Rm 1.24-27). É uma manifestação do severo julgamento de Deus.
4. A Compaixão de Jesus Pelos Carentes (15.21-39) Há no restante desse capítulo, três tipos de carentes: Carentes espirituais: uma menina endemoninhada Jesus se retira para um território gentílico de Tiro e Sidom. E uma mulher cananeia procura-o (v.22). Algumas
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A Vitória do Rei
APLICAÇÕES
PRÁTICAS
!
• “É impossível ser
verdadeiramente convertido a Deus sem ser através disso convertido ao próximo.” John Stott • “Nós somos as Bíblias que o mundo está lendo... Nós somos os sermões que o mundo está prestando atenção.” Billy Graham • “Muitos homens
ficam de mãos vazias porque não conhecem a arte de repartir.” Charles Spurgeon
lições: (1) Seu conhecimento acerca de Jesus. Ela o chama de “Senhor” (kúrios) e “Filho de Davi”, o Messias prometido (Mt 9.27; 21.9,15). (2) Sua grande necessidade: a sua filha estava possuída por demônios (Mc 7.25). Os discípulos pedem a Jesus para atendê-la, mas Jesus responde: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel (v.24). (3) Sua reverência (v.25). Ela se prostra aos pés de Jesus, em atitude de adoração. Ela se identifica com o problema da sua filha e suplica: socorreme! (4) Sua fé (vv. 26,27). Ela cria que uma migalha da graça de Deus é suficiente para suprir a sua carência. (5) Sua conquista: Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E, desde aquele momento, sua filha ficou sã (v.28). Carentes de saúde física: multidões de doentes Jesus retorna para o mar da Galileia. Chegando ali, sobe ao monte e assenta-se (vv. 29-31). Três lições: (1) Precisamos ir a Jesus crendo que Ele pode solucionar os nossos problemas. Leve e largue aos pés de Jesus todos os seus problemas. (2) Jesus está sempre pronto a exercer seu ministério de misericórdia. Ele é poderoso para fazer grandes milagres nas nossas vidas hoje. (3) Todos os milagres realizados por Jesus visam promover a glória do Deus de Israel. O Deus da Bíblia, único e verdadeiro. Carentes de alimentos: multidão faminta Observe a intensa “compaixão” (splanchnon) de Jesus. Por isso Jesus foi motivado a fazer uma segunda multiplicação de pães e peixes, para alimentar quatro mil homens, fora mulheres e crianças (vv.33-36,38). A compaixão de Jesus é superabundante (v.37).
APLICAÇÕES
! PRÁTICAS Jesus se isola dos religiosos judeus para evitar confrontos e discussões desnecessárias. Ele era Senhor da sua agenda e nada ou ninguém poderia atrapalhar os seus planos. Nesse período de isolamento ele se dedica a fazer o bem às pessoas. Jesus é o maior exemplo de generosidade e doação que existe na história. John Maxwell diz: “Doar é a coisa mais importante na vida”. Sua vela não perde luz ao acender outra.
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