Estudos Bíblicos para o Consolo do Cristão
VOLUME 55
ÍNDICE Lição nº 01 – Lamento de um crente difamado. .......................................03 Arival Dias Casimiro
Lição nº 02 – Proteção durante a Viagem. ...............................................08 Arival Dias Casimiro
Lição nº 03 – A alegria de ir à Casa de Deus ...........................................11 Arival Dias Casimiro
Lição nº 04 – Olhe para Deus com esperança ..........................................15 Arival Dias Casimiro
Lição nº 05 – Deus é por nós .................................................................19 Arival Dias Casimiro
Lição nº 06 – Confiança inabalável .........................................................23 Arival Dias Casimiro
Lição nº 07 – Restauração necessária .....................................................27 Arival Dias Casimiro
Lição nº 08 – Deus, o construtor de famílias ............................................31 Arival Dias Casimiro
Lição nº 09 – A verdadeira felicidade ......................................................35 Arival Dias Casimiro
Lição nº 10 – Preservados na perseguição ...............................................40 Arival Dias Casimiro
Lição nº 11 – Anseio pelo perdão de Deus ...............................................44 Arival Dias Casimiro
Lição nº 12 – Humildade e Exaltação ......................................................48 Arival Dias Casimiro
Lição nº 13 – União e adoração na Igreja ................................................52 Arival Dias Casimiro
REVISTA 55 • CANÇÕES
DE
UM PEREGRINO
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APRESENTAÇÃO Os Salmos de romagem são textos que falam diretamente ao nosso coração. Parecem escritos hoje e para cada um de nós. Expressam alegria, lamento, confiança, anseio pelo perdão divino, esperança de restauração. Estes são sentimentos que vivenciamos cada dia de nossas vidas. Diante das dificuldades que o viver nos apresenta, ao estudar estes Salmos poderemos aprender que Deus é quem nos dirige e nos regenera para uma viva esperança. Sem Deus ao nosso lado seríamos totalmente destruídos pelos nossos inimigos. Deus protege o seu povo com soluções simples e maravilhosas. Ele faz isto por você, porque lhe ama. Estamos seguros porque Deus cerca-nos por todos os lados (Salmo 125). Proclame que Deus é o seu protetor! Bom estudo. Os Editores
Revista Educação Cristã • Volume 55
Copyright © 2020 - Z3 Editora Ltda.
Canções de Um Peregrino
1ª Edição - Janeiro/2020
13 Lições - Um Estudo dos Salmos de Romagem para o Consolo do Cristão
EDITORES RESPONSÁVEIS: Alberto José Bellan Arival Dias Casimiro
Fica explicitamente proibida qualquer forma de reprodução total ou parcial desta revista, sem o expresso consentimento da editora.
PRODUÇÃO E DIAGRAMAÇÃO:
Ideias Transformando Vidas
COORDENAÇÃO: Zezina Bellan REVISÃO GRÁFICA: Juana del Carmen C. Campos
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PUBLICAÇÃO: Z3 EDITORA LTDA. Rua Floriano Peixoto, 103 - Centro - Tel/Fax: (19) 3454.4798 CEP 13450-022 - Santa Bárbara d’Oeste - SP E-mail: vendas@z3ideias.com.br Site: www.z3ideias.com.br
REVISTA 55 • CANÇÕES
DE
UM PEREGRINO
LIÇÃO
Lamento de Um Crente Difamado
01
Data do Estudo:
Texto Básico:
Objetivo da Lição:
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Salmo 120.
Encorajar o aluno a conviver em meio à difamação.
Leitura Diária Segunda-feira: Terça-feira: Quarta-feira: Quinta-feira: Sexta-feira: Sábado: Domingo:
Um mandamento espiritual ................................................. Êxodo 20.16 Maledicência condenada .................................................. Tiago 4.11,12 Defesa da sua integridade ..................................................... Jó 13.1-28 O cidadão celestial ................................................................... Salmo 15 Obras da carne e fruto do Espírito ................................. Gálatas 5.16-26 Virtudes de um cristão autêntico ............................Colossenses 3.12-17 Amor ao próximo .............................................................Mateus 5.43-48
INTRODUÇÃO Lutero chamou o livro dos salmos de “uma Bíblia em miniatura”. Ele é o primeiro livro da terceira divisão da Bíblia hebraica (Lucas 24.44). O título hebraico é “Tehillim”, e significa “louvores” ou “cânticos de louvor”. O título em português vem da tradução grega Septuaginta. “Psalmoi” significa “cânticos” ou “cânticos sagrados”. Iniciamos hoje o estudo dos “salmos de romagem”. São quinze salmos (120-134) que eram cantados pelo povo de Israel durante as peregrinações para Jerusalém. Todo judeu deveria ir a Jerusalém três vezes ao ano para participar das festas Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos (Deuteronômio 16.16). São cânticos populares, com assuntos variados, texto curto para ser decorado facilmente. Dez salmos são de autores anônimos, quatro escritos por Davi (122, 124, 131 e 133) e um por Salomão (Salmo 127). LIÇÃO 03 • A
ALEGRIA DE IR À
CASA
DE
DEUS
O Salmo 120 é o primeiro dos quinze cânticos. Ele traz no título a expressão hebraica “Shir ha-maaloth” que significa “Cântico dos degraus”. Esse nome está relacionado com os degraus do templo de Salomão (1Rs 10.19,20). Mas, o termo “maaloth” significa também “subida” ou “peregrinação”.
EXPOSIÇÃO 1. ORAÇÃO POR LIVRAMENTO (VV.1,2) Você já foi alvo de difamação e maledicência? Você convive com pessoas falsas, mentirosas e hipócritas? Este salmo descreve a situação de uma pessoa que vive em meio à maledicência e à difamação. Trata-se de uma espécie de “lamento de um exilado”. Uma pessoa longe da sua terra e tendo que habitar com pessoas falsas e desagradáveis.
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Este salmo marca o início da peregrinação para Jerusalém. O peregrino judeu parte para cumprir a sua obrigação exigida por Deus no calendário sagrado. Primeiro, o salmista começa revelando o estado da sua alma: “Na minha angústia, clamo ao SENHOR, e ele me ouve”(v.1). Três detalhes: (1) O seu estado: “na minha angústia”. A angústia é um sentimento que acompanha o homem desde seu nascimento até a morte em todas as situações da vida. Ela é a nossa companheira inseparável. Ela é um estado emocional caracterizado por uma sensação penosa, é um mal-estar profundo. Enquanto estivermos nesta vida enfrentaremos angústias (João 16.33). (2) A sua atitude: “clamo ao Senhor”. De dentro da sua angústia, o salmista “clama”. O verbo hebraico significa “chamar”, “convocar” e “invocar”, em voz alta (Gênesis 12.8; Êxodo 31.2). Ao invés de reclamar aos homens, clamar ao Senhor. (3) A sua certeza: “e ele me ouve”. Deus escuta, entende, sente e responde ao nosso clamor. Ele jamais rejeita a nossa oração e despreza a nossa condição. Segundo, o salmista apresenta o conteúdo da sua oração: “SENHOR, livra-me dos lábios mentirosos, da língua enganadora” (v.2). Ele pede livramento. O verbo significa libertação da opressão de calúnias e difamações. Os ídolos e o poder humano são incapazes de libertar (1 Samuel 12.21; Salmo 33.16). Somente Deus é honrado por libertar o seu povo de inimigos terrenos (2 Samuel 22.1; Jr 1.8). As palavras “lábios” e “línguas”, “mentirosos” e “enganadora” referem-se
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aquilo que as pessoas falavam contra o salmista. Hershel Ford, um judeu convertido, disse certa vez: “O escorpião tem veneno na cauda, a serpente tem veneno no dente, o mentiroso tem veneno no coração e manda para a língua”. É por isso que Jesus disse que seremos julgados e punidos por toda palavra frívola que pronunciarmos. A nossa língua é tão poderosa que poderá nos colocar no céu ou no inferno, produzir vida ou morte. Cuidado com o que você fala! 2. RETRIBUIÇÃO AOS DIFAMADORES (VV.3,4) O salmista questiona aos seus perseguidores e diz que os mesmos serão punidos: “Que te será dado ou que te será acrescentado, ó língua enganadora? Setas agudas do valente e brasas vivas de zimbro” (vv.3,4). A punição divina cairá sobre os maledicentes. O julgamento de Deus é justo e apropriado. A língua é como uma flecha mortífera (Jeremias 9.8) e como fogo (Tiago 3.6). Tiago diz: “Sabeis estas coisas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar” (Tiago 1.19). Prontidão para ouvir e prudência no falar são marcas da verdadeira espiritualidade. Apesar de termos dois ouvidos e apenas uma boca, nós, normalmente, falamos muito e ouvimos pouco. Há muitas recomendações bíblicas sobre o perigo de se falar muito (Provérbios 10.19; 15.1; 17.27,28). Jesus disse que seremos julgados e responsabilizados por aquilo que falamos: “Digo-vos que LIÇÃO 01 • LAMENTO
DE UM CRENTE DIFAMADO
de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado” (Mateus 12.36,37). Tiago nos ensina acerca dos perigos da língua: “Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo” (Tiago 3.2). Todos nós tropeçamos ou pecamos de muitas maneiras e em muitas coisas. O crente maduro é aquele que não peca com a sua boca ou na sua maneira de falar. Quem consegue controlar a sua língua é capaz de controlar também o seu corpo. Ele usa seis figuras para falar sobre o controle da língua: o freio, o leme, o fogo, um animal venenoso, uma fonte e uma árvore. W. Wiersbe classifica as seis figuras em três categorias: (1) Poder de dirigir: o freio e o leme; (2) Poder de destruir: o fogo e o animal; (3) Poder para dar prazer: uma fonte e uma árvore. Vejamos cada figura separadamente:
• O FREIO
Tiago declara: “Ora, se pomos freio na boca dos cavalos, para nos obedecerem, também lhes dirigimos o corpo inteiro” (Tiago 3.3). O freio é usado para controlar o instinto selvagem do cavalo, um ato de adestramento. Assim como um cavalo, ou uma mula sem entendimento, o homem precisa refrear a sua língua (Salmo 32.8,9). O controle da pequena língua resulta no controle do corpo. Sabemos que para adestrar um cavalo, o cavaleiro precisa usar a
LIÇÃO 01 • LAMENTO
DE UM CRENTE DIFAMADO
força. Para controlar a nossa língua precisamos da força de Deus, de ajuda sobrenatural (Salmo 141.3-4).
• O LEME DE NAVIO
Tiago diz: “Observai, igualmente, os navios que, sendo tão grandes e batidos de rijos ventos, por um pequeníssimo leme são dirigidos para onde queira o impulso do timoneiro. Assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas” (Tiago 3.4,5). O navio e os grandes transatlânticos são guiados e dirigidos por pequenos lemes. É no controle do leme que o navio suporta as tempestades em alto mar e os ventos contrários. O que Tiago está dizendo, é que se nós não controlarmos a nossa língua, nós seremos como um grande navio desgovernado, sem leme, e arrebentaremos a nossa vida e a vida de quem está perto de nós, porque a língua tem poder de dirigir ou para o bem, ou para o mal.
• O FOGO
Tiago continua dizendo: “Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva! Ora, a língua é fogo; é mundo de iniquidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno” (Tiago 3.5,6). A ênfase de Tiago agora é sobre o poder destrutivo da língua. A morte e a vida estão no poder da língua (Provérbios 18.21). A língua é comparada a uma fagulha de fogo. Todo grande incêndio começa com uma pequena fagulha. Toda confusão
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começa com uma pequena palavra mal dita. Uma pequena língua contém todos os pecados do mundo, ou um mundo de iniquidade. Ela tem o poder de contaminar o corpo inteiro e destruir a carreira ou a vida de uma pessoa (Provérbios 10.8, 18; 12.18; 29.20).
• O ANIMAL
A língua é semelhante também a um animal perigoso, venenoso e indomável. Tiago diz: “Pois toda espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos se doma e tem sido domada pelo gênero humano; a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero” (Tiago 3.7,8). Alguém já disse que a língua é uma fera indomável, por isso Deus a colocou presa entre as paredes da boca e enjaulada pelos dentes. Tiago diz que o homem consegue domar as aves, os répteis e os peixes, consegue domar o que está no ar, na terra e na água. Mas, ninguém conseguiu domar a língua, e é por isso que se alguém conseguir dominar a língua é perfeito varão. O grande problema é que a língua é venenosa, pois trabalha de maneira sutil, oculta, lenta, mas letal.
• A FONTE
“Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim. Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso? (Tiago 3.9-11). Tiago
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compara a língua com uma fonte de água. Ele fala primeiro da incoerência do nosso falar, pois a mesma língua que bendiz a Deus, amaldiçoa o homem. Ele então, roga aos irmãos que combatam esta incoerência. Use a sua língua ou as suas palavras como uma fonte de água para dar vida e satisfação a quem ouve. “A boca do justo é manancial de vida” (Provérbios 10.11). “O ensino do sábio é fonte de vida, para que se evitem os laços de morte” (Provérbios 13.14).
• A ÁRVORE
Tiago compara a língua com uma árvore frutífera: “Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Tampouco fonte de água salgada pode dar água doce” (Tiago 3.12). Cada árvore produz o seu fruto de acordo com a sua natureza (Mateus 7.16). Assim como a figueira não pode produzir azeitonas, da mesma forma um coração puro não pode produzir palavras falsas, amargas e destrutivas. O julgamento de Deus contra os maledicentes e difamadores será rápido como “setas” e demorado como “brasas” que queimam lentamente (Salmo 64.3-8; 140.9,10). Há uma lei que diz que tudo que semeamos também colheremos. Aqueles que caluniam serão caluniados (Mateus 7.1,2; Gálatas6.7). 3. A VIDA COMO ELA É (VV.5-7) O salmista cita a identidade de seus perseguidores: eles são de Meseque e Quedar (v.5). Tais nomes se referem a povos e não a lugares. O povo de LIÇÃO 01 • LAMENTO
DE UM CRENTE DIFAMADO
Meseque vivia ao norte do mar Negro. Tal território é citado na Bíblia (Gênesis 10.2; Ezequiel 32.26,27). O povo de Quedar viveu ao sul no deserto da Arábia. Quedar era um dos descendentes de Ismael, por isso o nome de uma tribo árabe (Gênesis 25.13; 1 Crônicas 1.29). O salmista, portanto, está cercado por pessoas ímpias que não têm o temor de Deus. E isso causa angústia e solidão: “ai de mim”. Apesar de ser um homem pacífico, o salmista é forçado a viver entre pessoas briguentas e guerreiras. O cristão vive no mundo, mas não pertence ao mundo. Somos odiados pelo mundo (João 15.19; 17.14-16). O salmista conclui falando do seu desconforto em viver num mundo decaído com pessoas que odeiam a paz. “Já há tempo demais que habito com
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DE UM CRENTE DIFAMADO
os que odeiam a paz. Sou pela paz; quando, porém, eu falo, eles teimam pela guerra” (vv.6,7). O mundo é hostil ao crente, pois os incrédulos odeiam a paz. Isso revela que a história é marcada por revoltas, conflitos e guerras. E no meio de um mundo hostil, o cristão anseia pela paz.
CONCLUSÃO O Salmo 120 é o começo da nossa peregrinação. Nele aprendemos que devemos clamar ao Senhor nas nossas angústias. Aprendemos também que uma das dificuldades que enfrentamos aqui é a maledicência e a difamação. Deus, porém, nos dá graça e punirá justamente os ímpios. Os justos não pertencem a este mundo e que, enquanto estivermos aqui, seremos perseguidos e angustiados.
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Lições
01
Lamento de um crente difamado.
02 Proteção durante a Viagem. 03 A Alegria de ir a Casa de Deus. 04 Olhe para Deus com esperança.
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Estudos Bíblicos para o Consolo do Cristão
05 Deus é por nós. 06 Confiança Inabalável. 07 Restauração necessária. 08 Deus, o construtor de famílias. 09 A verdadeira felicidade. 10 Preservados na Perseguição. 11 Anseio pelo perdão de Deus 12 Humildade e Exaltação. 13 União e adoração na igreja.
ISBN: 978-85-8283-112-0
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