PARAZÃOHEBDO ANO 4 - NÚMERO DOIS / 21V DE FEVEREIRO DE 2016 / BELÉM - PARÁ
FUTEBOL, HUMOR, ARTE E POLÍTICA
O gladiador
Equipe do PH Paulo Emman
Elihu Duayer
Walter Pinto
Marcos Moraes
Ítalo Gadelha
Valcir Santos
João Bento
Raimundo Sodré
Brahim Darwich
Suelén Becker
Fernando Vasqs
Érico San Juan
BRAHIM DARWICH
ítalo gadelha
PARAZÃOHEBDO Dono da bola Paulo Emman Dona do campo Lu Hollanda Dono do apito Walter Pinto Dono do placar Harold Brand Dono das bandeirinhas Junior Lopes Dono da maca Paulo Mashiro Dono das camisas Ricardo Lima Gandulas especiais Luiz Pê/ Sodré/ Ítalo Gadelha/ Edra Amorim/ Elihu Duayer/ Fernando Vasqs Edil Ribeiro Custódio Rosa Timaço Goleiro: Regina Coeli Lateral direito: Elias Pinto Lateral esquerdo: Brahim Darwich Zagueiro central: João Bento 1º Volante: Tomaz Brandão 2º Volante: Ricardo Harada Meia direita: Helena Beatriz Meia esquerda: Versales (SP) Ponta direita: Regina Damasceno Ponta esquerda: Anna Maria Linhares Centroavante: Márcio Couto Administração e internet Alícia e Ana Paulainha Leva e traz: Pablo Galvão Administração Trav. nove de janeiro,2383 Bloco B 1001- S. Brás - 66060585 Fones: (91) 3199.0472 99223.6464 Redação e contatos: pauloemman@yahoo.com.br hollandaluciane@yahoo.com.br
Metendo a fulhanca
Walter Pinto
FUTEBOL EM RUINA Alguns indícios deixam mais que evidente o momento de ruína pelo qual passa o futebol brasileiro. O mais recente demonstra perfeitamente a inversão de valores existente há muito tempo na relaçã o entre federações e clubes, aquelas só existindo por causa destes. Refiro-me ao que vem acontecendo no futebol de Alagoas. Lá, o estádio Rei Pelé, construído ao tempo da Ditadura Militar, com capacidade para 35 mil pessoas, está apresentando uma rachadura de cerca de um metro numa das arquibancadas, comprometendo sobremaneira a presença de torcedores no estádio. Pois bem. Preocupado com esta situação, que passa inclusive pela
integridade física dos jogadores em caso de desabamento em pleno jogo pelo campeonato alagoano, o técnico do Clube Sociedade Esportiva, o CSE, clube da pequena Palmeira dos Índios, botou a boca no trombone. Publicou nas redes sociais fotos da rachadura e alertou público e autoridades para o risco de realização de qualquer
evento no Rei Pelé. Atropelando a sensatez, a Federação Alagoana de Futebol decidiu manter os jogos para o estádio, apenas restringindo a capacidade, com o isolamento da arquibancada fissurada. Se ficasse só aí, tudo bem. Mas, em total abuso de autoridade, a FAF pressionou o CSE para que punisse o técnico, no
Liga Independente O episódio acima me remete à prepotência da CBF, agora presidido pelo atabalhoado Coronel Nunes, que tentou impedir a formação de uma liga independente por clubes do Rio, Minas, Rio Grande , Paraná e Santa Catarina. Quem a CBF pensa que é para assim proceder? Ela é apenas uma entidade que organiza as suas competições e nada mais. Não tem o poder de mandar nos clubes. Não pode ser contra qualquer forma de organização deles. Os clubes
possuem histórias próprias, surgiram independentes, e podem, sim, formar quantas ligas desejarem. Pode, inclusive, se assim lhes for conveniente, abandonar a CBF. Se um dia isto vier acontecer – a saída dos clubes da CBF – eu queria ver como esta Confederação de Bandidos iria sobreviver. Ô CBF, você precisa mais dos clubes do que os clubes precisam de você! Acorda, coronel.
que foi absurdamente atendida pelo clube, que o demitiu. Parece que estamos retrocedendo em todos os aspectos no futebol Brasileiro. Penso que cabia à federação tão somente acolher a denúncia suficientemente comprovada pelas fotos publicadas e procurar uma solução, principalmente quando se trata de algo que põe em risco a integridade física de torcedores, mas também de jogadores, profissionais de imprensa e de todos os demais segmentos que integram o futebol. É para isso que a federação foi criada e é mantida com o dinheiro dos clubes. Não deixa de ser asquerosa e pusilânime a complacência da diretoria do CSE ao abaixar a cabeça para a federação. O CSE abaixou-se tanto que deixou exposta a bunda.
Raimundo sodré
Tavinho e a Casa do Bife Raramente ele aparecia para a pelada da tarde, na piçarra da Marquês. A ocupação diária, quebrando pedra para encher o baldrame do prédio da casa do Bife, em construção na Pedro Miranda, não deixava. Não alcançou ser nem ajudante de pedreiro. Não tinha acesso aos segredos dos traços e das composições da massa. Não dominava o prumo nem o esquadro. O negócio dele era sentar no chão com a perna aberta, receber uma peça deste tamanho de pedra e, marreta em punho, reduzir o bloco em pedaços menores; depois, pôr os pedacinhos num balde, carregar até à pilha dos pedreiros, voltar e sentar a marreta de novo. Era essa, a prenda do Tavinho, o dia todo que Deus dava. Na obra da Casa do Bife, era um nome lá no finzinho da lista do mestre de obras, na hora do pagamento semanal. Mas na ponta direita do Internacional da Mauriti, era o pri. Insuperável. Inigualável. Boa parte da nossa onzena mantinha a forma
e o entrosamento, nas peladas da Marquês. Os jogos ali eram disputadíssimos. Dez minutos, um gol e em caso de empate, cara ou coroa. No período de férias chegava a ter 6 grades, com moleques vindos dos quatro cantos. E era racha na vera, só no ferro. Do pescoço pra baixo podia sentar a sola e mandar o bossinha pra vala comer girino. Um ou outro feriado da construção civil trazia Tavinho para as tardes na Marquês. Numa dessas aparições, Tavinho deixou escapar um segredo chocante
para todos nós moleques da Mauriti. Estávamos na grade, sentados no muro de um sobrado antigo que ficava de confronte a uma estância. Inventamos de brincar de ler os anúncios. Quando chegou na hora do Tavinho, ele engatou. Se arrastou, soletrou, engasgou e arriscou um “sexo e tal e coisa”. Tentando passar que entendera a primeira palavra, mas chutava as outras que completavam a frase. Era uma estância. Vendia material de construção. O anúncio era de uma carrada de
EMMAN
seixo.
Aos sábados, Tavinho tinha folga e era peça garantida na escalação do Internacional da Mauriti nas suas jornadas pelos campos da Augusto Montenegro. Toda bola que caía no pé dele tinha o endereço certo do gol. Nos deu muita alegria, Tavinho, escrevendo a história do Imbatível Internacional da Mauriti. Mesmo sem saber ler e escrever direito, Tavinho deixou o nome marcado nos títulos do nosso time e no baldrame da Casa do Bife.
Ă?talo Gadelha
Marcos Moraes
ESTE É, um País Sério! Esta semana estive na Gráfica Guttemberg do amigo Marcos Moraes e na conversa ele lembrou que havia encontrado dois exemplares da revista “ Este É... um país Sério”. Revista de charges lançada no início dos anos noventa que reunia toda uma geração de chargistas entre os veteranos e os novos. Foi um projeto ousado mas que, como tudo nesta cidade, acaba deixando só a saudade (P.E) “ Sempre fui um apaixonado por charges e cartuns. Acompanhei grandes publicações das décadas de 70 e 80 como os alternativos O Pasquim, Coojornal, Movimento, além de grandes revistas e jornais diários que exploraram o máximo o talento de artistas como Caulos, Henfil, Carlos Estevão, Laerte, Millôr, Glauco, Fortuna, Ziraldo e muitos outros que se for enumerar aqui, com certeza o espaço vai ser pequeno. Aqui no Pará, digo que tem duas coisas que só fazem crescer em talento: cantoras e chargistas/cartunistas. Acompanho desde o início dos 80 nomes como Walter Pinto, Luis Pinto, Biratan, J. Bosco, Paulo Emanuel, Félix, Ropi e muitos outros que com talentos, sensibilidade e a fineza do traço, fazem parte da história política,
jornalística, cultural e artística da cidade de Belém. Vendo que parte deles não estavam nos jornais diários, tive a idéia de criar uma revista que aproveitasse o momento político do país e com no máximo uma crônica e um editorial, cobrisse um mercado
totalmente escancarado no cenário jornalístico paraense. Foi aí que criei a revista semanal Este É, um País Sério!, em preto e branco e em formato um pouco mais que o 16, e lancei. A primeira tinha apenas uns seis chargistas, que foram J. Bosco,
Biratan,. Félix, D. Queiroz, Paulo Emmanuel e A. Torres. Sem modéstia, foi um sucesso. Feita artesanalmente, rodava na gráfica de um amigo, em papel jornal, com circulação semanal todos os sábados pela manhã. Cheguei até o número 9, não aguentei, cansei, porque tinha como máxima pagar pelo menos o mínimo aos artistas, já que a meta era vender uma quantidade boa e conseguir publicidade para que o projeto desses resultado e todos fossem felizes. Como a revista mesmo vendendo -chegamos a vender 350 exemplares semanais!- a publicidade não conseguia suprir os gastos, resolvi parar. Mas foi uma experiência muito boa, além de inédita. Consegui em uma só edição lançar 12 nomes, entre chargistas e cartunistas. Nomes como Walter Pinto, Biratan, A. Torres, Mauro, Jorge Laurent, Félix, Ropi, Márcio Pinho, J. Bosco, Paulo Emmanuel. D. Queiroz, João Bento e Rony, um leque de excelentes artistas talentosos, criativos e que até hoje brilham no cenário paraense e nacional. Reproduzi aqui dois exemplares de Este É um país sério!, na certeza de que os que curtiram essa publicação, vão lembrar das belas e importantes charges e cartuns da época.
Paulo Emman
Juízes na cadeira dos réus A arbitragem brasileira está à deriva. Os escândalos da CBF e os acertos da comissão de arbitragem geraram um desacerto sobre o que vale e o que não vale na regra do futebol. Como a arbitragem brasileira não é regulamentada e os arbitros passam por processos seletivos duvidosos, esse setor acaba ficando à mercê das negociatas de bastidores que atuam no futebol brasileiro. Muito se tem falado de acertos e acordos e até roubo mesmo. Um juiz cometer erros é, até certo ponto normal. Mas o que tem acontecido no futebol paraense é uma arbitragem favorecendo o Clube do Remo de uma forma até aciontosa. Vários jogos do ano passado deixaram claramante o posicionmamento da FPF quando um suspeito ex-diretor remista chamado Bororó assumiu a comissão de arbitragem . Foram uma sequência de conicidências no campeonato paraense, que cuminou num Remo campeão e de volta a ter série no campeonato brasileiro. É coisa de torcedor? Torcedor pode ser apaixonado ou cego, mas não é burro. O Sr. Dewson Freitas, arbitro FIFA, e seus assistentes, cometeram uma sequência feia de erros no primeiro jogo do Remo contra o Águia, que deixou o
WALTER PINTO
EMMAN
diretor do Paysandu deu entrada na FPF, pedindo o afastamento de dois árbitros neste campeonato, dentre eles Dewson de Freitas, o árbitro FIFA. Se não podemos confiar num árbitro da Fifa, o que esperar dos demais? Além disso, a própria Fifa, às voltas com denúncias de corrupção de seus dirigentes, tornou-se uma entidade absolutamente inconfiável, como, aliás, a CBF, dirigidas por bandidos, entre peso, como o velho Marin, e fugitivo, como o tal Del Nero. O futebol virou um caso de polícia. EMMAN
torcedor bicolor com a antena ligada. Nos jogos do Papão, a torcida remista insiste em nivelar os times, mas sabemos que tudo que rege o Clube bicolor tem sido feito às claras e com
integridade. Mas dois gols claros já foram anulados com “erros” duvidosos dos bandeirinhas. Um na Curuzu e outro em Santarém contra o São Raimundo. O fato é que o
Raimundo sodré
Tavinho e a Casa do Bife Raramente ele aparecia para a pelada da tarde, na piçarra da Marquês. A ocupação diária, quebrando pedra para encher o baldrame do prédio da casa do Bife, em construção na Pedro Miranda, não deixava. Não alcançou ser nem ajudante de pedreiro. Não tinha acesso aos segredos dos traços e das composições da massa. Não dominava o prumo nem o esquadro. O negócio dele era sentar no chão com a perna aberta, receber uma peça deste tamanho de pedra e, marreta em punho, reduzir o bloco em pedaços menores; depois, pôr os pedacinhos num balde, carregar até à pilha dos pedreiros, voltar e sentar a marreta de novo. Era essa, a prenda do Tavinho, o dia todo que Deus dava. Na obra da Casa do Bife, era um nome lá no finzinho da lista do mestre de obras, na hora do pagamento semanal. Mas na ponta direita do Internacional da Mauriti, era o pri. Insuperável. Inigualável. Boa parte da nossa onzena mantinha a forma e o
WALTER PINTO
entrosamento, nas peladas da Marquês. Os jogos ali eram disputadíssimos. Dez minutos, um gol e em caso de empate, cara ou coroa. No período de férias chegava a ter 6 grades, com moleques vindos dos quatro cantos. E era racha na vera, só no ferro. Do pescoço pra baixo podia sentar a sola e mandar o bossinha pra vala comer girino. Um ou outro feriado da construção civil trazia Tavinho para as tardes na Marquês. Numa dessas aparições, Tavinho deixou escapar um segredo chocante para todos nós moleques da
Mauriti. Estávamos na grade, sentados no muro de um sobrado antigo que ficava de confronte a uma estância. Inventamos de brincar de ler os anúncios. Quando chegou na hora do Tavinho, ele engatou. Se arrastou, soletrou, engasgou e arriscou um “sexo e tal e coisa”. Tentando passar que entendera a primeira palavra, mas chutava as outras que completavam a frase. Era uma estância. Vendia material de construção. O anúncio era de uma carrada de seixo. Aos sábados,
Tavinho tinha folga e era peça garantida na escalação do Internacional da Mauriti nas suas jornadas pelos campos da Augusto Montenegro. Toda bola que caía no pé dele tinha o endereço certo do gol. Nos deu muita alegria, Tavinho, escrevendo a história do Imbatível Internacional da Mauriti. Mesmo sem saber ler e escrever direito, Tavinho deixou o nome marcado nos títulos do nosso time e no baldrame da Casa do Bife.
Suélen Becker
A cartunista Suélen Becker Suélen Becker nasceu na cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul e atualmente reside no Rio de Janeiro. Começou sua carreira profissional aos 17 anos, trabalhando como chargista em jornais da sua cidade natal. Tem premiações em salões nacionais e internacionais de humor , sendo selecionada e premiada com o 1° lugar no VIII Concurso Internacional de humor gráfico Caracolero - Lérida/Espanha; prêmio iPod Touch - Salão de Humor Arte em Aids - Brasília/DF. Segundo Lugar no Concurso de Caricaturas Brasil - com o Jaguar ( foto) e 3° Lugar – Concurso de Caricaturas Brasil -Caricatura: Frida Kahlo - Salão Internacional de Humor gráfico Esportes/ 2015 - Espanha/Barcelona. Prêmio Super Heróis Urbanarts – 1° Lugar - HQ - Bonito/MS, tem seus trabalhos publicados em catálogos e participa de exposições. Atualmente trabalha como chargista no Jornal de Hoje/ RJ e como colorista de história em quadrinhos na empresa Otamix Produções Ltda.
David Bowie
Érico San juan
Érico San Juan : 25 anos O artista gráfico piracicabano Érico San Juan comemora neste ano de 2016, 25 anos de carreira como ilustrador,quadrinhista caticaturista e Designer. Além de atuar profissionalmente como radialista. Érico brinda esta data com o lançamento da série de álbuns “25 Anos de Humor”. A série contém quatro volumes temáticos: Caricaturas, Quadrinhos, Desenhos e Textos. No volume 1 com o tema CARICATURAS , os trabalhos foram produzidos entre 2002 e 2015. As caricaturas reproduzem a espontaneidade do desenho “à mão livre” do autor, que é canhoto. Embora sejam feitas no computador, com o mouse, com a mão direita. O volume 2 o destaque são os QUADRINHOS, que foram produzidos entre 1992 e 2005. Vida de Cão nasceu no suplemento infantil do Jornal de Piracicaba. Dito, o Bendito foi publicada durante 12 anos no jornal “adulto”. Os quadrinhos deste volume marcam um modo “artesanal” e “analógico” de criação. A maioria das tiras brotou em papel, lápis e nanquim. No volume 3, o destaque são os DESENHOS Os desenhos do album foram produzidos
entre 2008 e 2012. Os desenhos “de ninguém” são personagens que todos já viram em algum lugar. Só não enxergaram um desenhista inventando essa multidão, munido apenas de sulfite e canetas esferográficas. Volume 4: TEXTOS Os textos do album foram produzidos entre 2001 e 2012. Em paralelo à sua produção de quadrinhos, ilustrações e caricaturas para diversos veículos e suportes, o autor criou textos de humor, crônicas, perfis, contos e minocontos para jornais, revistas e internet. Enfim, a obra completa deste
DITO, O BENDITO
Caricaturas de Noel Rosa, Jorge Amado e Elis Regina artista que neste 25 anos de profissão mostra maturidade, competência e talento. Apresentando uma coleção comemorativa digna de colecionador.
elihu duayer
umberto eco WALTER PINTO
ÉRICO
EMMAN
Walter Pinto
valcir santos
Conselho de Cultura bri Ainda sob risco de ser revogada, o Conselho de Cultura vai em defesa da lei“Valmir Bispo Santos”, de 31/07/2012, que criou o Sistema Municipal de Cultura de Belém. O Prefeito Zenado Zero Porco, continua seus desmando tramando não só a extinção da lei como a criação de um modelo que caiba no seu bolso. A luta pela legitimidade do Conselho Municipal de Política Cultural - CMPC, que foi recentemente empossado no dia 14 de janeiro deste ano continua . Um ofício, assinado por vários conselheiros, foi encaminhado à presidente da Fumbel, Heliana Jatene, antes do Carnaval, no dia 29 de janeiro, cobrando a convocação imediata do CC, até agora nenhuma resposta foi dada. Um dos tópicos mais urgentes, acreditem, é o que ameaça a própria existência do Conselho, pois se refere à proposta de revogação por parte do Prefeito Zenaldo Coutinho da Lei “Valmir Bispo Santos”, de 31/07/2012, que criou o Sistema Municipal de Cultura de Belém. Caso aprovada essa proposta do Prefeito na Câmara Municipal de Belém, todas as conquistas e inovações contidas na Lei “Valmir Santos”, sobretudo no que se refere à democratização da gestão cultural e da política cultural e patamar mínimo de investimentos para a Cultura, terão sido revogados. A própria composição do Conselho Municipal de Política Cultural é profundamente alterada pela proposta do Prefeito Zenaldo Coutinho, o que significaria a
interrupção do mandato dos conselheiros recentemente empossados, que sequer, conseguiram se reunir até agora. Além disso, a proposta do Prefeito Zenaldo viola uma série de diretrizes do Sistema Nacional de Cultura, conforme denunciam
vários integrantes do Conselho Municipal de Cultura. A fim de discutir essa proposta de revogação e/ou alterações
na Lei “Valmir Santos” por parte do Prefeito, a Comissão de Cultura da Câmara Municipal de Belém – CMB promove uma sessão aberta na
valcir santos
iga por sua legitimidade próxima quarta, dia 24/02, às 15h, no auditório da OAB, sito na Praça Barão do Rio Branco, 93, na esquina das ruas Gama Abreu e Padre Prudêncio, bairro da Campina. A reunião, convocada pelo presidente da Comissão de Cultura da CMB, vereador Fernando Carneiro (PSOL), pretende ouvir artistas, grupos culturais e ativistas sociais e culturais sobre essa proposição do Prefeito, que ameaça todo o processo de construção do Sistema Municipal de Cultura de Belém, que conta com a participação social importante de grupos e movimentos culturais desde 2011. A proposta original da Lei “Valmir B. Santos” partiu de um Projeto de Lei de Iniciativa Popular, elaborada por vários grupos culturais que estavam abrigados no Fórum Municipal de Cultura de Belém. A elaboração da proposta contou com o acompanhamento do Ministério da Cultura – MinC, sobretudo da Regional Norte do MinC, inclusive com realização de seminários com participação de diretores e técnicos do MinC que estão ligados à gestão do Sistema Nacional de Cultura - SNC. Já a proposta de revogação da Lei “Valmir Santos” do Prefeito Zenaldo não teve a participação de nenhum movimento cultural ou
consultoria do MinC ou de pessoas ligadas à gestão do SNC.
Tó Teixeira e Ver-o-peso A Lei “Tó Teixeira”, de incentivo fiscal à cultura, também
está sendo muito contestados por vários artistas, coletivos e produtores culturais, também será pauta da reunião Outro tema que está na pauta dos agentes culturais e sociais é a propalada e polêmica reforma do Complexo
do Ver-o-Peso, que está sendo divulgada pela Prefeitura de Belém. Inclusive, integrantes do Conselho Municipal de Política Cultural vão se reunir na segundafeira, dia 22/02, às 15h, com a superintendente regional do IPHAN, Maria Doroteá de Lima. O propósito é conhecer a proposta (que só foi apresentada até o momento em apenas uma reunião pública), e propor a realização de uma Audiência Pública. O objetivo desta Audiência é de que a proposta de reforma seja apresentada e debatida abertamente com a sociedade, pois o Ver-o-Peso é um patrimônio cultural e histórico, tombado pelas três instâncias de governo, além de ser o principal cartão postal de Belém. Estas inciativas de debate sobre a proposta de reforma do Ver-oPeso se soma às que já foram promovidas pela “Frente em Defesa do Ver-o-Peso”, constituídas por diversas entidades, como o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), o Coletivo Cultural Ideias Aí e as Associações dos Feirantes do Vero-Peso, dos Agentes de Patrimônio da Amazônia (ASAPAM), dos Amigos do Patrimônio de Belém (AAPBEL), dos Amigos do Arquivo Público do Estado (ARQUIPEL), entre outras.
harold Brand
Tomara que chova três dias ... NOSSO CIRCO É O ETERNO CARNAVAL (índio quer apito) . “Chegou a turma do funil todo mundo bebe mas ninguém dorme no ponto”.Mais uma segunda feira de ressaca e cinzas, enquanto o trânsito em frente a Beneficiente permanecia com o fluxo emperrado falávamos o quê? Sobre a história da Europa, como se lutou para se conquistar dignidade e democracia, direitos humanos, políticos e civis não necessariamente nesta ordem, com o sacrifício dos povos colonizados pelos europeus. No rádio tocando “Tive sim” de Cartola. Pedro pensa em sair do país e eu digo: fosse eu mais jovem e dominando o inglês penso que seria uma opção plausível. Quantas inteligências desperdiçadas por conta do necessário estímulo e condição para florescer. “Quanto riso oh quanta alegria, mais de mil palhaços no salão..” A impressão é que nossa geração já deu uma grande contribuição mesmo assim a situação do Brasil é pasmosa. Cultivamos durante muito tempo a desigualdade e a ignorância, o que esperar
ENQUANTO AS MORENAS SAMBAVAM ( Pra Helena e Regina)
de um país em que os primeiros 40 anos de República significou governar para uma minoria que governava em causa própria, foi um tempo perdido, obviamente historiadores dirão que não, mas é claro que sim: a maioria (mulheres, negros e analfabetos) não votavam. Agora “Olha a cabeleira do Zezé”. Tudo era ato caridoso, benevolência, benemerência dos pais da nação. Os golpes ajudavam a moldar a cara do país. O resultado está aí: dificuldade em dividir, ojeriza a planejar, resistência em acatar e
ouvir a voz do cidadão. “Me dá um dinheiro aí” Não consigo desconectar a grave situação do país com a crise capitalista mundial a partir de 2008, e mais: o eterno fisiologismo, privilégios das elites nos três poderes, privataria, anões, promiscuidade entre público e privado, mensalão e petrolão. São tempos difíceis, tempos sombrios, tudo nublado de novo. “Tomara que chova três dias sem parar”. Ouvindo jazz cedinho: I’m getting sentimental over you de Ned Washington e George Bassman (1936) por Tommy Dorsey.
Triste Belém. O rainha das rainhas nem havia começado e eu, sedento da noite, metia os pés pelas mãos. O carro deslizava quase que automaticamente pelas ruas da Pedreira, bloqueadas para o desfile. A cidade limpa com a chuva (thank you Prefeito). No beco o menino dizia: “aqui todos são soldados”! O quê? Não é o que não pode ser já dizia Antunes mas, em terras brazilis o que não é possível? Seguindo sem secretos dentes a boca banguela teima em mostrar as gengivas. O balcão é o mesmo, o wisk honesto, então do que reclamar? A lira do delírio é o nosso eterno carnaval, enquanto os corruptos brindam com taças chiques em Paris os trabalhadores batem recordes sem emprego em um brinde espúrio (salve Ruy), a vida é o que acontece enquanto eu faço alguma coisa, o nada é sempre algo transbordante até a próxima linha. Lester Young precisava ver a morena sambar!
João Bento
O cartunista paraense João Bento é um profissional atuando no mercado paraense há mais de 30 anos. Ilustrador, caricaturista e muralista realiza cursos e oficinas no Espaço João bento de Artes. Conheça e peça seu orçamento, “in box” no facebook ,ou wattsap pelo número (091) 98056.1047 (TIM)
Vasqs
E o FHC entrou na roda...
PARAZテグ HEBDO pauloemman@yahoo.com.br (91) 3199.0472 - 92236464
PARAZテグHEBDO (91) 3199.0472 / 99223.6464