PARAZÃOHEBDO 0416

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PARAZÃOHEBDO

ANO 4 - NÚMERO QUATRO / 12 DE MARÇO DE 2016 / BELÉM - PARÁ

FUTEBOL, HUMOR, ARTE E POLÍTICA

papão CAMPEÃO Nesta edição:

Do primeiro turno do Campeonato Paraense 2016. Remistas choram a perda do título e culpam Eduardo Ramos pela derrota. O returno começa hoje.

Paulo Emman Walter Pinto Ítalo Gadelha João Bento Ricardo Lima Brahim Darwich Márcio Couto Junior Lopes Elihu Duayer João Bento Edra

ELIHU DUAYER. Pág. 7

Junior Lopes. Pág. 14

Ricardo Lima. Págs. 10 e 11.

nDado Cavalcanti


capas antigas

BRAHIM DARWICH Brahim Darwich

PARAZÃOHEBDO Dono da bola Paulo Emman Dona do campo Lu Hollanda Dono do apito Walter Pinto Dono do placar Harold Brand Dono das bandeirinhas Junior Lopes Dono da maca Paulo Mashiro Dono das camisas Ricardo Lima Gandulas especiais Luiz Pê/ Sodré/ Ítalo Gadelha/ Volney Nazareno/ Elihu Duayer/ Fernando Vasqs Ondovato A.L.Paixão Timaço Goleiro: Regina Coeli Lateral direito: Elias Pinto Ala esquerdo: Brahim Darwich Zagueiro central: João Bento 1º Volante: Tomaz Brandão 2º Volante: Alvaro Andrade Meia direita: Pedro Maués Meia esquerda: Versales (SP) Direita: Regina Damasceno Ponta esquerda: Anna Maria Linhares Centroavante: Márcio Couto Administração e internet Alícia e Ana Paulainha Leva e traz: Pablo Galvão Administração Trav. nove de janeiro,2383 Bloco B 1001- S. Brás CEP. -66060-585 Fones: (91) 3199.0472 99223.6464 Redação e contatos: pauloemman@yahoo.com.br hollandaluciane@yahoo.com.br


Metendo a fulhanca

Walter Pinto


ÍTALO GADELHA


paulo emman


Márcio couto

Quem tem Cult, tem medo! Gosto de ficar espiando as pessoas Cult. A pessoa Cult tem extremo bom gosto. Gosta de cerveja artesanal. Prefere tomar açaí em points. Frequenta bar que lembra algo antigo, mas higienizado, clean. Vai à Festa de São Benedito, mas foca mais nas fotos editadas para postar no Facebook do que na festa em si. Cult valoriza (à distância) a cultura popular. Vai ao show dos Racionais Mc’s, mas apenas quando há “área vip”. Nas mãos de uma pessoa Cult, tudo que é vivo, vira espetáculo! A pessoa Cult pega o cardápio de restaurantes Cult e entende o significado de todos aqueles pratos Cult que ela vê no masterchef. Dá gosto de ver! A pessoa Cult adora cinema. Seus filmes preferidos são aqueles que ninguém entende nada. Nem ela. No vocabulário Cult não pode faltar: “tipo”, “assim”, “tipo assim”, “meio que”, “como que”, “super tendência”, “pegada”. Tudo que Cult toca, vira ouro! Sabe aquele boteco de bebida barata e tira gosto de calabresa e charque? Se uma pessoa Cult o

walter pinto

frequenta e convence seus amigos de que aquele é um bar Cult, o preço de tudo triplica. Eis que surge um belo bar! Belo, porque morto! A pessoa Cult tem o poder de ressuscitar artistas desaparecidos, que logo viram “vanguarda”, palavra que ela usa, mas geralmente não sabe o que significa. Cult adora responder

que em sua cidade não tem bar Cult, ela abre um Pub. A pessoa Cult se dá bem com palavras estrangeiras. Gosta de frequentar Brigaderie, Gelateria, Bomboniere... Ela gosta de ditar modas e acredita que está “à frente de seu tempo”. Se ela diz que pochete é brega, que não é Cult, ninguém mais usa. Mas, anos depois ela pode voltar atrás e dizer walter pinto que sim, que pochete é Cult, e todo mundo volta a usar. A pessoa Cult gosta de ser diferentona o tempo todo. Por isso digo que, tudo que é cult, se desmancha no ar. É bonito ser Cult. Mas, é feio. Bonito mesmo, é ser culto. Quem tem Cult, tem medo!

perguntas com uma não resposta: “esse quadro representa a angústia do ser em conflito com o tempo do não lugar”. Ela diz coisas assim com os olhos brilhando! Se a pessoa Cult é artista, ela não diz que se apresenta em barzinho, pois é feio. Ela diz que faz “ensaio aberto”. Mas, depois, cobra couvert. Se ela acha


Elihu duayer

EMMAN

EMMAN


ANTONIO CARLOS SALLES*

crônica

A história e a payxão bicolor Ao retornar á semi-elite do futebol brasileiro no próximo ano ao empatar 3 a 3 hoje com o Macaé (que foi o campeão da Série C), o Paysandu é um dos poucos times brasileiros que celebraram com seus torcedores uma conquista especial no mesmo ano em que chega ao seu centenário. Ao longo de sua trajetória, a vida do Papão da Curuzu sempre foi a da garra incansável e a de nunca ver limites. Quando o Peñarol era o senhor dos gramados nos anos de 1960, arriscou-se a conhecer o Norte do Brasil e enfrentar o time bicolor nos gramados da Curuzu. 3 a 0 foi pouco para o time comandado por Quarentinha e Ércio, que levaram a enlouquecida torcida a entortar os alambrados do estádio e assim ficaram por muito tempo. Durante os anos de chumbo, o time dos militares era o Clube do Remo, por conta da relação com então ministro Jarbas Passarinho. A influência era tanta que, mesmo sendo o campeão estadual com direito assegurado ao Campeonato Nacional, o

Em Breve nas bancas!

Paysandu teve que ceder a vaga ao Remo, em silencio e sem discussão. O embate com o tradicional adversário é a vitamina permanente de ambos os clubes. E há uma espinha de pirarucu na garganta dos remistas desde os anos de 1940, quando sofreram a implacável goleada de 7 a 0. Outra grande vantagem do Papão sobre o Leão diz respeito á visibilidade. Quando o Paysandu trouxe Dadá Maravilha para jogar

JOÃO BENTO

em Belém, o noticiário do clube deixou a região para se tornar nacional, por conta dos apelidos curiosos e nomes que o artilheiro dava aos seus gols. Idem com os títulos, onde a Copa dos Campeões é dos mais expressivos. Na épica vitória contra o Boca Juniors em La Bombonera, com gol de Yarlei aos 23 minutos do segundo tempo, nem Carlos Amarillia, árbitro do jogo, foi capaz de atrapalhar a vitória bicolor. Fato que fez o Papão se juntar á ínfima galeria dos clubes brasileiros capazes de tal proeza, repetindo 40 anos depois o feito do Santos de Pelé. Fluminense e Cruzeiro também já venceram jogos no tradicional estádio argentino. O vicecampeonato da Série C diante de anunciados 37 mil torcedores, aumenta a responsabilidade do Clube diante de sua apaixonada torcida. Mas Papão é Payxão e disso sabemos nós. *Antonio Carlos Salles é executivo em São Paulo e combina gravata com a camisa do Paysandu.


walter pinto

A charge na História Esta semana fui convidado pelo cartunista e historiador Walter Pinto a assistir uma defesa de mestrado na Universidade Federal do Pará. O candidato era o colombiano Andrés Bolaños que defendia uma tese em que se tratava da imagem da revolução cubana através das caricaturas publicadas em dois jornais da Colômbia, o El Tiempo e La Semana na Revolução cubana nos períodos de 1958 a 1961. Nesta mesma pegada Walter realiza um trabalho no jornal Beira do Rio na UFPA denominado “A Charge na História”, onde Walter com muito humor trabalha o lúdico da charge numa história improvável, mas passivelmente acitável quando se trata da licença poética do artista. Obras que contarão a história com mais leveza onde se tira o ranço de uma história pretensamente cheia de floreios delirantes e fantasiosos.

Meu único ideal de agora em diante é passar uns meses morando no Grande Hotel de Belém e sentar naquele Terrasse em frente as mangueiras tapando o Teatro da Paz, chupitando um sorvete de cupuaçu, de açai.. (...) Mário de Andrade, 1927

nPaulo Emman, Andrés Bolaños e Walter Pinto


ricardo lima

O título do turno sob o com

nJogadores comemora o título do primeiro turno do Parazão 2016.

nAs “Bicolindas“ animaram a festa do título


ricardo lima

mando de Dado Cavalcanti O fotógrafo do PH Ricardo lima registrou a festa biclor. Com muita competência e talento, nosso fotógrafo nos brinda com belas imagens. em destaque o técnico Dado Cavalcannti, o grande comandante pelas belas campanhas depois de um ano no comando.

nO goleiro Marcão saiu do banco para a consagração.

nDado Cavalcanti. Cada vez mais com o time na mão.

nLeandro Cearense goza de prestígio com a torcida, mas anda devendo gols.


charges e chargistas

ÍTALO GADELHA

O momento pede reflexão e O tempo fechou. A situação política brasileira requer cautela e caldo de galinha. Apesar da galinha discordar totalmente disso, com muita razão. Curiosamente este momento é propício para criatividade dos cartunistas brasileiros. Esta leva de bons trabalhos se dá em função do desequilibrio instuitucional e acontece quando o poder começa a trocar os pés pelas mãos. Mas não é pra se fazer graça que se faz charges. Se faz charges pra se fazer história. E é isso que os artistas João Bento, Edra, Emman, Walte Pinto nos apresentam.

EMMAN

JOÃO BENTO

EMMAN


charges e chargistas

Elihu duayer

e porrada nas charges EMMAN

edra

walter pinto

walter pinto

edra


junior lopes

Um encontro com um Stone O cartunista, artista plástico e fundador do PH realiza o sonho de qualquer fã. A visita do grupo Roling Stones ao Brasil trouxe a oportunidade do Jr. Lopes não só estar lado a lado com o guitarrista Ron Wood como proporcionar ao artista o prazer de presentear o ídolo com um dos seus trabalhos em tecido. Momento histórico para o Junior como também Ron se deliciar com a obra deste grande artista brasileiro. Abaixo junior nos presenteia com um desenho inédito do grande músico brasileiro falecido esta semana , o pernambucano Naná Vasconcelos.

nRon Wood com Junior Lopes

nCaricatura premiada no Festival Internacional de humor e Quadrinhos de Recife em 2005.


João Bento

JOÃO BENTO

O cartunista paraense João Bento é um profissional atuando no mercado paraense há mais de 30 anos. Ilustrador, caricaturista e muralista realiza cursos e oficinas no

Espaço João Bento de Artes

Conheça e peça seu orçamento, “in box” no facebook ,ou wattsap pelo número

(091) 98056.1047 (TIM)

Caricatura do cartunista e artista plástico Jotha Mello.

nCaricatura premiada no Festival Internacional de humor da Coréia.



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