Luz Quilombola - Comunidade Quilombola do Castainho

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Luz Quilom bola Comunidade Quilombola do Castainho


Participantes da oficina

adriana dos santos tavares antônio da silva miranda bruna barbosa martins diana dos santos tavares ducilene goes pereira fabrício pereira dos santos giovanna de lima guilherme mendes da silva joyce dos santos julianE gomes ferreira layna leticia miranda góes livia viana pereira maria gabriele miranda lopes maria isabel martins mendes maria izadora martins mendes mikaelle gonçalves mendes natalia de oliveira silva rayane de sousa silva sabrina de lima fifirino thaina pereira dos santos thayná vitória de paula mendes



oficina de fotografia Luz Quilombola

Introdução e... ... por falar em luz... que luz é essa que estamos construindo aqui? Que luzes são essas? Com certeza não é aquela luz iluminista, ilustrada, do “Século das Luzes”, aquela que dizia que alguns tinham mais luz que outros e, para fazer andar a história seria necessário que os “mais iluminados” iluminassem os “sem luz”. Então seria “luz física”? Essa que vemos no amanhecer e no anoitecer, na lâmpada quando apertamos o interruptor? É, essa também entra no nosso proces-

so criativo. Mas tem outra luz... na verdade vamos tirar esse “mas” e colocar o “também”, porque o foco da luz que queremos construir não se contrapõe à “luz física” que mencionamos, logo a frase mais adequada é: tem outra luz também. É a luz das diversidades, das diferenças, das diferentes formas de viver e compreender a realidade... luzes. São essas diferentes luzes que apontam os caminhos do diálogo coletivo, da luta e resistência para que a humanidade/natureza/cultura existam, vi-


vendo e transformando suas realidades a partir de seus conhecimentos, suas pessoas, suas formas de organização social, suas histórias... Nessas longas estradas luminosas as comunidades quilombolas de Castainho (no município de Garanhuns) e Conceição das Crioulas (em Salgueiro) compartilham seus olhares na construção de um projeto fotográfico que toma como vias as perspectivas de seus moradores. Seus olhares iluminados focam numa percepção acurada da realidade por meio

da arte e, se a luz perpassa as lentes das câmeras e dos nossos olhos, é o toque de mestrx dx fotógrafx que define o que é e o que não é uma boa fotografia... portanto, são essxs mestrxs quilombolas que nos enchem os olhos numa construção fotográfica e audiovisual riquíssima. Esperamos que esses olhares enriqueçam o universo da fotografia e do audiovisual e agradecemos a todxs xs moradorxs das comunidades quilombolas de Castainho e Conceição das Crioulas por nos deixar fazer parte desse processo.

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Marco Dantas








Entre mangas verdes e olhares

“...todo mundo come manga com sal!”... olha a manga, joga a pedra, apanha a manga, prepara o sal com vinagre (e outros temperos), comem a manga com a mistura preparada. O conhecimento está de forma mais sutil do que imaginamos. A autonomia e os saberes sobre o território e seus habitantes sobressaem num ato de compartilhar uma manga com sal. Saber quem são xs sabedorxs, xs mais velhxs, que carregam/ ressignificam a história em seus corpos

em sua rotina ao passo que xs mais jovens também a carregam/ressignificam. O debate sobre o que deve ser conhecido e o que é conhecimento é antigo entre nós. De uns 400 anos para cá fomos impugnados a pensar que existia uma única forma mais legítima de conhecer: a ciência moderna. De lá para cá participamos de uma maneira de aprender que separava a mente do corpo, apostando na razão científica moderna como o único meio de nos tornarmos pessoas


sensatas e, para isso, nos sentamos durante horas imobilizando e apartando o corpo dos diversos convívios sociais para “ativarmos” a mente (classificada como redentora da humanidade). Mas... ...quem conhece sabe que seu corpo existe. Não existe conhecimento sem corpo. Esse corpo pode ser uma planta ou um rio (como nas tradições de alguns povos ameríndios e afro-brasileiros), pode ser seres humanos ou então estre-

las. A separação entre conhecimento e corpo foi uma falácia na qual aprendemos a acreditar, enquanto sempre existiram pessoas que criticavam fortemente esse tipo de separação. Os olhares por trás (e nas) câmeras revelam o viver da comunidade quilombola de Castainho. Conhecimento que se crava no corpo porque não nega seus sujeitos, corpos que conhecem porque não negam seus saberes: comer uma manga verde com sal é marcar a história.

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Marco Dantas













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iezu kaeru concepção coordenação facilitação das oficinas produção

Marco Dantas assessoria pedagógica textos

Zianne Torres Design Gráfico

Oia Coletivo

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Comunicação edição de catálogo e peças de divulgação criação de blog e redes sociais montagem da exposição

Gratidão! Primeiramente ao amigo José Carlos Lopes da Silva (Presidente da Associação Quilombola do Castainho). Também a Dona Nena, Sr. Ivanildo, Dona Quitéria, Ninho, Sr. José Bernardo da Silva. À Secretaria de Educação de Garanhuns (PE) e às parceiras e parceiros da Escola Virgília Garcia Bessa, em especial José Regilvam de Barros Lima, Neide, Morgana Pessoa e Cleide. E a todos as moradoras e moradores da Comunidade Quilombola do Castainho, que, com seu luminoso exemplo de resistência e dignidade, muito nos ensinaram e contribuíram para a realização desse projeto.


Paulo Câmara

Raul Henry

Governador de Pernambuco

Vice-Governador

Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco – Fundarpe

Secretaria de Cultura

Antonieta Trindade

Tarciana Portella

Márcia Souto

Secretária de Cultura

Gerente de Projetos Especiais

Diretora-Presidente

Silvana Meireles

Luciano Moura

Guido Bianchi

Secretária Executiva

Gerente Geral de Articulação Social

Vice-Presidente

Chefe de Gabinete

Fernanda Laís de Matos

Chefe de Gabinete

Diego Santos

Gerente de Planejamento

Célia Campos

Gerente de Políticas Culturais

Manoel Araújo

Gerente Geral de Preservação do Patrimônio Cultural

Severino Pessoa

Márcio Almeida Coordenador de Artes Visuais

Jarbas Araújo Jr. Assessor de Fotografia

Gerente de Administração e Finanças

Michelle de Assunção e Tiago Montenegro Gestores de Comunicação

Marcela Torres

André Brasileiro Gerente de Equipamentos Culturais

Gustavo Duarte de Araújo Superintendente de Gestão do Funcultura

André Cândido Superintendente de Planejamento e Gestão

Marcus Sanchez Gerente de Produção

Jacilene Oliveira Gerente de Administração e Finanças


Instagram

@luzquilombola Blog

luzquilombola.wordpress.com Contato

luzquilombola@gmail.com


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