Moda Consciente
Slow Fashion UM OLHAR MINUCIOSO PARA A CADEIA DE PRODUÇÃO E CONSUMO POR CAROLINA ALTAREJO
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Fotos: Divulgação
essignificar. Repensar. Reestruturar. Nunca se colocou tanto esse prefixo perante verbos que demonstram atitudes pré-estabelecidas. A pandemia e o isolamento social nos levaram a refletir sobre as ações e estruturas estipuladas de forma automática e inconsciente. Nesse cenário, a moda, que tanto sofreu com a redução do consumo, também passa a analisar suas origens e destinos de modo a considerar outro sistema de trabalho, mais lento, mais sustentável e significativo, que nos leva até mesmo de volta à sua origem como forma de arte e representação cultural. Estamos falando do slow fashion, um sistema que busca minimizar os danos causados pela moda ao máximo, com base em uma produção artesanal e totalmente consciente. De acordo com as autoras do livro “Moda e sustentabilidade: design para a mudança”, Kate Fletcher e Lynda Grose, o slow fashion representa uma nova visão para estimular o consumo regional, a diversidade de estilo, o “feito-à-mão” e a exclusividade. Elas apontam que um dos principais aspectos desse sistema é o ciclo de vida do produto, que respeita todas as sucessivas cadeias até ser produzido, consumido e descartado de volta para o meio ambiente. Dessa forma, trata-se muito mais do que definir a velocidade da moda, mas de consumir de forma responsável, conhecendo todo o processo que envolve uma única peça de roupa.
Para falar mais sobre esse movimento, convidamos a Diretora Executiva do Fashion Revolution no Brasil, Fernanda Simon. Confira!
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