Revista U 14

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A REVISTA SEMANAL D´A UNIÃO

www.auniao.com

Açores: RTP Quem Vê? A alegria do futebol PÁG. 06

edição 34.773 · U 14 · 18 de junho de 2012 · preço capa 1,00 € (iva incluído)


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E-mail: clipraia@gmail.com • Telefone: 295 540 910 • Fax: 295 540 919

Área Clínica Análises Clinicas Anestesiologia Cardiologia Cirurgia Geral

Médicos Laboratório Dr. Adelino Noronha Dr. Pedro Carreiro Dr. Vergílio Schneider Dr. Rui Bettencourt

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Dr. Fernando Oliveira

Cirurgia Plástica

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Clínica Geral

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Dr. Domingos Cunha Dr.ª Ana Fanha Dr.ª Joana Ribeiro Dr.ª Rita Carvalho Dr. Rui Soares Dr.ª Lurdes Matos Dr.ª Isabel Sousa Dr. José Renato Pereira Dr.ª Paula Neves Drª Paula Bettencourt Drª Helena Lima DrªAna Fonseca Dr. Lúcio Borges Dr. Miguel Santos Dr.ª Cristiane Couto Dr. Eduardo Pacheco Dr. Cidálio Cruz Dr. Rui Mota Dr. Fernando Fagundes Dr.ª Andreia Aguiar Dr. João Martins Dr. Rocha Lourenço Dr.ª Paula Gonçalves

Doenças de Crianças

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Reumatologia

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Terapia da Fala

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Urologia

Dr. Fragoso Rebimbas


EDITORIAL / SUMÁRIO

O que é ter esperança? TEXTO / Marco de Bettencourt Gomes | director@auniao.com

A esperança não é uma coisa que se tenha. Não é uma carteira ou um telemóvel, um passe social ou um fato de mergulho. A esperança não é algo que se tenha porque não é uma posse. Pelo contrário. A esperança é o relento. A esperança é aprender a lidar com o desespero. Só no desespero se aprende a esperança. Só no desespero, depois de esgotados todos os recursos, todos os meios, todas as possibilidades, todas as hipóteses, só aí se abre caminho à esperança. Só quando a carteira fica vazia e não se enche, só quando o telemóvel fica sem bateria, só quando o passe social caduca, só quando o fato de mergulho perde a estanquicidade, só aí é que se deixa de esperar em si. E começa-se a desesperar, porque já nada se espera. O princípio da esperança é esperar, e só se começa realmente a esperar quando se perdeu tudo. Deixar de lado – desistir – das esperançazinhas manhosas e ilusórias. E abrir-se ao absolutamente inesperado, à novidade inédita, ao que é todo outro. Aprender a lidar com o desespero. Só quando se deixa de esperar, quando se entra no lugar do desespero, então aí surge a possibilidade. O lugar do desespero é o único lugar esperançoso. A frase mais triste que já li é mesmo esta: “nós esperávamos!” Gente que chegou ao fim da linha. E, no entanto, esse lugar transformou-se no único lugar possível. Quando todas as respostas se transformam em perguntas. A esperança não é uma coisa que se tenha. A esperança é o lugar do encontro consigo próprio sem aldrabices nem truques.

SUMÁRIO poema

turismo à procura de rumo

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entre o céu e a terra

06

a alegria do futebol

06

07

garmin approach s3

13

angra e dublin

a nuvem do não saber

la speranza non costa niente

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25

porque queremos mudar?

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viagem às fontes de sal i

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musica tradicional açoriana

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apologia da banalidade

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fast, faster, and away food

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morar no deserto

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NA CAPA... RTP AÇORES / pág. 16

Apesar das críticas e pressões do Governo Regional, partidos políticos e trabalhadores da empresa, a RTP Açores diminuiu mesmo a sua emissão para seis horas diárias. A administração defende o novo modelo dizendo que vai permitir aumentar os conteúdos próprios, aparecendo sondagens que colocam o canal no topo das preferências dos açorianos. Fala-se e discute-se o papel da televisão regional como há muito não se via. Agora, quem, de facto, vê a RTP/A está ainda por contabilizar. 18 junho 2012 / 03


REVISÃO

TURISMO À PROCURA DE RUMO Falta “algum profissionalismo e organização” Foram várias as perguntas colocadas pelo “I Seminário sobre Turismo Rural e Natureza “Diferenciar o Produto, Qualificar a Oferta, Internacionalizar o Sector”, no decorrer da 1.ª Feira de Turismo Rural e de Natureza, a EXPOTur, que decorrer , em Santarém. “Afinal que Turismo temos? Falta empreendedorismo sustentável? Falta formação qualificada? Para empresários e colaboradores? Faltam empresários motivados? Falta Inovação? Faltam parcerias em rede?” constituíram algumas das perguntas que encabeçaram as conclusões do seminário. Uma vez que “turismo é a palavrachave nos discursos dos nossos responsáveis, autárquicos, institucionais, governamentais”, a eficácia e a pertinência dos investimentos financeiros no sector, referirem os promotores, “não se revela suficiente” e “dependem” dos “bons exemplos”, ou seja, uma resposta a “não” e a “sim”: “não, porque falha o estabelecimento de sinergias, necessárias, entre o sector privado e quem administra, perdendo-se oportunidades de aproveitar boas práticas de quem está no terreno a trabalhar arduamente em prol do sector; sim, porque também temos bons exemplos. Ouvimos os testemunhos, durante este seminário, e nunca é demais enumerá-los e neste caso um que foi o mais referenciado, o das Casas Açorianas”, associação

de turismo em espaço rural que esteve em destaque no certame que decorreu em paralelo com a Feira de Agricultura de Santarém. Segundo os participantes do seminário, subordinado ao turismo em espaço rural, falta “algum profissionalismo e organização”, além da “ausência de ferramentas marcadamente competitivas para apoiar os proprietários, operadores e empresários” e da organização do que já existe: “é necessário pensar os negócios, organizar os produtos, integrálos e envolvê-los na comunidade e nos territórios, porque, turismo rural e de natureza, sem o envolvimento local, sem as pinceladas rústicas que o caracterizam, sem proporcionar experiências para posteriormente serem partilhadas, não é turismo rural, nem tão pouco é o que está a ser alvo de procura”. “Perceber como comunicar os respectivos alojamentos, que ferramen-

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REVISÃO

tas utilizar, que parcerias desenhar, são processos tão ou mais fundamentais neste mundo globalizado, competitivo, onde todos procuram o mesmo: captar visitas, vendas e conquistar e se possível fidelizar esses mesmos clientes e ganhar notoriedade”, refere o relatório das conclusões do encontro que durou dois dias. AÇORES COMO EXEMPLO O seminário dedicado ao turismo rural e de natureza enfatizou o “excelente” exemplo vindo da associação “Casas Açorianas”: “todos os elogios são merecidos. O exemplo desta associação deve ser seguido, deve ser apoiado, deve ser estudado. O segredo do sucesso deste projecto, dirão alguns, que foram, os apoios subsidiados, mas, não foi apenas isso. Houve também trabalho dos associados e das respectivas comunidades. Decidiram agarrar a oportunidade, arregaçaram as mangas e «atacaram» com tudo que tinham ao seu dispor, com todas as suas armas e começaram a ganhar a guerra dos mercados”. “Fornecendo experiências, mostrando nacional e internacionalmente as potencialidades, a «autenticidade» do produto e daí à conquista de números agradáveis de taxas de ocupação, foi um passo naturalmente esperado. Agora é continuar o bom trabalho e se possível partilhando e contribuindo para replicar esse exemplo melhorando o sector fazendo-o crescer”, preconiza.

O SEMINÁRIO DEDICADO AO TURISMO RURAL E DE NATUREZA ENFATIZOU O “EXCELENTE” EXEMPLO VINDO DA ASSOCIAÇÃO “CASAS AÇORIANAS”

MUITOS ELOGIOS E POUCOS TURISTAS TEXTO / João Rocha / jrocha@auniao.com

POR ESTAS PARAGENS HÁ CADA VEZ MENOS TURISTAS

Os elogios às potencialidades turísticas dos Açores são constantes e oriundos dos mais díspares quadrantes. Em termos teóricos, o sector tem tudo para dar certo no arquipélago e criar mais valias económicas. É a paisagem deslumbrante (em terra e no mar), a variedade gastronómica, a riquíssima cultura e a simpatia natural das nossas gentes. A grande questão passa pela prática não corresponder a tão atraente teoria. Apesar da construção de novas unidades hoteleiras (a ilha Terceira é um bom exemplo), a verdade é que por estas paragens há cada vez menos turistas. A crise pode ser uma das causas para a quebra de dormidas e visitante, mas, obviamente, não servirá de explicação única do desfalecimento turístico. Os transportes, além de caros, apresentam inúmeras carências, enquanto que crescimento harmónico não passa de utopia também no turismo.

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OPINIÃO

Entre o Céu e a Terra TEXTO / Carmo Rodeia

Vivemos dias diferentes. Bafejados pelo império do amor e da partilha que singulariza o povo dos Açores, entre bodos e santos populares, escutamos com incredulidade as notícias que nos vão chegando, cientes de que amanhã tudo será diferente. Essa é a esperança que, apesar de tudo, ninguém nos pode tirar, seja qual for o sentido dessa mudança. A banca espanhola acaba de ser resgatada financeiramente em condições que terão sido francamente mais vantajosas do que as observadas para os três países da União já ajudados: a Irlanda, a Grécia e Portugal. Segundo informações vindas a público, Espanha não terá necessidade de impor aos seus compatriotas mais medidas de austeridade. O desemprego é altíssimo; há cada vez mais espanhóis a viverem abaixo do limiar da pobreza, sem casa, sem emprego e sem comida. Mas a Espanha é grande demais para ser resgatada. A Europa sabe disso. Estará disposta a arriscar sem que se tomem medidas verdadeiramente emergentes para evitar o descalabro do pouco que permanece da União? Em Portugal, a situação piora todos os dias. Sacrifícios em nome da crise, explicados como se apenas houvesse um caminho certo, sem curvas nem desvios. Mas, todos os dias sabemos dos desvios que nos conduziram a esta situação: obras megalómanas sem consequências reprodutivas, parcerias público privadas que comprometeram o presente e o futuro, opções políticas que se traduziram em erros avassaladores para o país. Numa palavra: a ruína. Hoje somos, como sempre, nós e as nossas circunstâncias, como dizia Gasset. Teremos condições para arrepiar caminho? Quando um Governo é eleito é porque o povo acredita nas suas opções. Quando elas se materializam e se revelam nefastas, os políticos devem ser sancionados. Nas urnas escolhem-se outros. A isso se chama Democracia. E a factura que fica, é paga apenas pelos eleitores? E os eleitos merecem apenas a sanção política? Mesmo quando tomaram opções com base em erros ruinosos? Como disse Cavaco Silva a propósito do desemprego no dia de Portugal “é preciso passar das palavras aos actos”.

A alegria do futebol TEXTO / José Tolentino Mendonça

“Às vezes o futebol é uma alegria que dói”. Sábado à noite não houve português que não sentisse na carne esta verdade que o escritor Eduardo Galeano assinou, mas esse é apenas um dos sentidos possíveis que a frase tem. O futebol ganhou, de facto, a função representativa que, em outros períodos da história, pertenceu, por exemplo, também ao teatro ou às artes, conseguindo, no estilhaçado panorama das nossas sociedades, convergências que se diriam improváveis. Tornou-se habitual o encontro de despedida da equipa com o presidente da República, numa espécie de investidura civil: eles são os nossos, eles somos nós. Em raros momentos simbólicos se sentem os países assim em uníssono, revendose completamente no esforço e no génio de uns poucos, galvanizados pelo seu sucesso ou solidários nas suas derrotas. Mas seria injusto reduzir a festa do futebol à matemá-

tica imediata dos resultados. Ele é “uma alegria que dói” por que é uma alegria verdadeira. Para lá desse papel de polarizador das paixões (e das frustrações) sociais, o futebol vale por si. Ele dá a ver o jogo, a surpresa do movimento, a cartografia rápida do encontro e do contraste, o avanço, a finta ao obstáculo, a estratégia dos passes, a dança inteligente dos corpos, a leveza que pode ter a alegria. Dá a ver a relação criativa entre o indivíduo e o grupo, entre os talentos individuais e a mecânica do conjunto, instituindo práticas de cooperação onde a disciplina e o improviso frequentemente se aliam. Ele dá a ver a força e a vulnerabilidade, o cálculo e o risco, a solidão e o júbilo. Nestes dias tem-se também falado da riqueza e dos estilos de vida de alguns profissionais do futebol. O que se diz sobre eles não pode ser senão o que se aplica a todos, em iguais circunstâncias. Lembrando que tão mau como a exibição exorbitada da riqueza é o sacrifício do escasso tempo que lhes resta à sociedade de consumo, vendendo carros, roupa ou bancos. Dá que pensar o que Galeano escreve: “ao fim e ao cabo, isso só prova que este mundo é tão absurdo que tem até escravos milionários”.

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FERRAMENTAS

Garmin Approach S3 TEXTO / Paulo Brasil Pereira

Com ecrã táctil à prova de água e luvas!

Na passada semana falei-vos de um relógio itech que vê mensagens, mails, ouvir música e que é um apêndice do seu telefone. Hoje apresento-vos o Garmin Approach S3, um relógio ideal para golfistas. Os Açores também são conhecidos pela prática do golfe, e a Terceira é considerada a ilha mais democrática desta modalidade, pois as excelentes condições do campo faz com que qualquer um possa dar umas tacadas. Se é mais exigente no green, nada como ter este relógio como parceiro. Não dispensa um caddy, mas dá uma valente ajuda. É dotado de um receptor GPS de alta sensibilidade e tem armazenado as informa-

ções de mais de 27 mil campos de golfe em todo o mundo (sem assinaturas ou downloads). Consegue saber, através dele, a distância no início, ao final e a meio dos greens. O Approach S3 informa-lhe ainda a distância média em metros percorridos em cada tacada, actualizando permanentemente a informação de acordo com a sua localização. A sua opção “Green View” o golfista pode ver a imagem real do campo onde se encontra a jogar e ajustar manualmente a sua posição para mais facilmente localizar a bandeira. Estatísticas do jogo, tempos médios são ainda muitas das opções que este relógio lhe oferece. Existe em Branco e Preto e custa 299 euros, com muito style incluído!

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CIÊNCIA / OPINIÃO

motivação é principal motor da mudança

Porque queremos mudar? Para quê?

TEXTO / CIPP*

Quem faz esta pergunta tem no seu íntimo uma centelha da resposta. A mudança é uma inevitabilidade universal. Não só a psicologia o constatou, como também artistas, políticos, religiosos… Porque queremos mudar? Se a cada indivíduo cabe a respectiva resposta, existem razões gerais passíveis de explicar algumas das causas fundamentais para o desejo de mudar. Diminuir sofrimento, sair de uma situação dolorosa, incrementar a qualidade de vida, fugir ao marasmo rotineiro, melhorar a saúde, ajudar outra pessoa, vontade de explorar diferentes afectos e locais... Mas do pensamento à acção vai uma árdua distância que pode ser percorrida. Sendo a motivação o principal motor da mudança é importante focar a energia de quem tem um objectivo a alcançar, mas não sabe como chegarlhe. A estratégia da Entrevista Motivacional foca essa energia criando na pessoa o ambiente mental perfeito para a concretização da mudança. A Entrevista Motivacional faz parte de uma estratégia de aconselhamento desenvolvida pelos psicólogos William Miller e Stephen Rollnick, depois de acolhida a teoria do ciclo de mudança desenvolvida por Prochaska e DiClemente. Esta ferramenta não anula a dificuldade em mudar, antes prepara

um caminho muitas vezes tortuoso em que convém prever obstáculos para posterior ultrapassagem. Não diminui a importância da pessoa que quer mudar, antes aumenta a capacidade de tomada de decisão, facilitando uma responsabilidade informada e desejada. A Entrevista Motivacional tem um raio de acção limitado, mas experiências recentes vêm comprovando o aumento da eficácia em conjugação com estratégias terapêuticas diferentes. No CIPP a diversificação na aplicação desta estratégia atende não só às idiossincrasias humanas, mas também ao reconhecimento de práticas aplicadas e avalizadas pela comunidade científica. O Projecto de Investigação COMBINE (University of New Mexico), tem demonstrado a validade de diversas direcções, avaliando e partilhando práticas que podem ser usadas na tarefa de motivar pessoas para a mudança. Vamos a isso? Aguardamos os vossos comentários, sugestões e achegas para o correiodoleitor@cipp-terceira.com, bem como uma visita à nossa casa na Internet em www.cipp-terceira.com. Até à próxima! * Equipa Técnica do Centro de Intervenção

MÃE MODERNA TEXTO / Marlene Fernandes Silva*

Sempre pensei que o tempo não era suficiente para a dedicação a uma licenciatura. Por trabalhar, e lidar com os afazeres domésticos necessários à boa prestação de esposa e mãe, pensei que não teria disponibilidade para frequentar o ensino superior. O primeiro semestre foi desastroso. O cansaço destruía a monotonia dos meus dias. As saudades do meu filho deixavam-me angustiada e cheia de vontade de sair para presenciar 18 junho 2012 / 08

Psicológica e Pedagógica


MONTRA / OPINIÃO

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os seus primeiros passos, as suas primeiras palavras. No segundo semestre já não havia monotonia para destruir. O meu filho continuava a sorrir… e embora estivesse pouco tempo com ele, o pequeno Daniel sabia quem era a mãe e até já me tratava como tal. Depois vieram as férias de Verão! Recuperei a energia para mais um ano de aulas. Ainda íamos em Agosto e já sentia saudades de estudar. No início do segundo ano estava cheia de energia. Após todos os reencontros chegara a hora da reali-

im dit, veniendae simaximod molorpoe dade: a bibliografia foi entregue, ressund igendis non conessit reperae o programa curricular esclarecido. cuptatur? Siminte voluptur? Poreium Já não estava no primeiro ano da Liam, quas mi, cenciatura emvoluptus, Filosofiaase porrorenis “sentia na pra dolut quam, quia derum, natibuspele” a exigência. to nonecea seguinte cusdam alignimporro Noilla semestre tudo recoque ex etum ut lam lam aut laborias meçava. Tudo havia começado de pedignimenis excea volorro ma dernovo, mas estava quase no fim do natquam repuda segundo aut ano.molesequata Agora o anodis terminou sam resera voleceriae id magnimpos e o impulso de estabelecer objectisum sincit quas alitemod ipsundivos continua. Eis mais umetdesafio: o tium explabo. Ebit fugit, sitiae eicim mestrado. dem simus eicit qui aut aut expelit as et porio. Offictur? Illaute quatur sa a *Aluna do Curso de Filosofia Cultura Portulendam Aniatur aut modi cuptat guesa na Universidade dos Açores

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CIÊNCIA

Musica Tradicional Açoriana TEXTO / Wellington Nascimento* FOTOS / Ricardo Laureano

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A música tradicional açoriana tem a sua génese nos primeiros povoadores, em sua maioria portugueses, que trouxeram consigo seus costumes e que aqui, com o isolamento e características peculiares das ilhas, moldaram uma maneira própria de vida. A música estava presente na maioria das manifestações populares, serviam para atenuar o labor do trabalho e estavam presente nas festividades profanas e de carácter religioso. Manuel Tavares Canário efetuou a primeira recolha de música tradicional açoriana (1901- Balhos Micaelenses) mas só em meados do século XX (1954), com a formação do Grupo Folclórico Tavares Canário (uma iniciativa do Padre José Luís de Fraga o grupo de carácter radiofónico, era constituído por dois tocadores de viola da terra, Constantino Amaro e Manuel Libório Raposo e três vocalistas, Herculano Silva, António Armando e Manuel Inácio de Melo) é que tem início o processo de revivificação da cultura tradicional açoriana. Em 1955 nasce o Grupo Folclórico de São Miguel composto por individualidades micaelenses (Armando Cortes-Rodrigues, Francisco Carreiro

Grupos de folclore do arquipélago mantêm vivas as manifestações musicais tradicionais dos Açores. da Costa, Luísa Athaide da Costa Gomes, Margarida Moura e João da Silva Jr.) que procederam à recolha musical e coreográfica dos cantares e balhos que ainda eram executados em algumas freguesias da ilha de São Miguel. Outra iniciativa importante foi o levantamento etnomusicológico efetuado por Artur Santos entre 1952 e 1960 nas ilhas de Santa Maria, São Miguel e ilha Terceira. Outras iniciativas, tão importantes como as expostas acima, continuaram no deambular do século XX e foram fulcrais para a preservação da Música Tradicional Açoriana. Atualmente os diversos grupos folclóricos existentes no arquipélago dos Açores continuam mantendo viva as manifestações musicais tradicionais dos Açores. * CHAM-Centro de História de Além-Mar-UNL/UAC Centro De estudos Gaspar Frutuoso - UAC wwellingtonn@gmail.com


MESA

Fast Faster And away Food TEXTO / Joaquim Neves

Repara em detalhes. Sabe quem está a comer o quê…

DalÍ, de lÁ, ali, acolÁ, mas aqui

Ou para a língua de Camões “pisca pitiscas isca aqui”, que não tem nada a haver com o inglês, mas desde quando o “fast food”, comida rápida, faz sentido? Detesto o conceito, apesar de na década de setenta, ir ao McDonalds ser muito cool. (Veja o filme “Super size me” um idiota que durante um mês só come no McDonalds). Depois, como cogumelos, vieram outros e mais outros, em que há cada vez menos tempo, em que é cada vez mais rápida a ingestão de comida, de tempo poupado que quase cientificamente irá usar num centro de saúde mais próximo. Depois veio o microondas e a comida pré-fabricada e depois de muitas outras coisas surge o Pestiskaky. Disseram-me que era um “fast” bom. Bem, se é “fast”, é um “slow fast food” que me agradou. Afinal, depois do pedido cozinham. Interessante é oferecer diversos tipos de comida, “kebab”, hambúrgueres, saladas, pratos do dia cozinhados. Ambiente interior e exterior em esplanada coberta, dominado durante os dias de semana por estudantes, fim-de-semana

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MESA

e noite variado. Pessoas que querem comer “fast” mas com tempo para comer melhor. Eu comi uma francesinha. Estava boa. O molho não sofrera a redução que é necessária para um bom molho de francesinha. Mas estava próximo. Também o pão não estava devidamente selado, para não empapar, mas aceitável como o resto, como as batatas fritas do costume, e como as carnes e salsichas do comum. Como estava sozinho, deu para apreciar os empregados. Os empregados, não tenho nada a dizer sobre a simpatia, atenção e o esforço demonstrado, mesmo em alguns o “extreme fast smile”. Mas saliento só umas breves coisinhas. Um empregado leva a louça suja de outros assim que puder e não deixa indeterminadamente na mesa, durante quase toda uma refeição, de outrem. Leva louça vaga para dentro, se vier cá fora fazer entregar alguma coisa e não anda de mãos a abanar e a ver se está tudo bem, não vendo. Repara em detalhes. Sabe quem está a comer o quê, e quando alguém termina sua refeição não se põe a fazer outras coisas, esquecendo-se de reparar e levantar um prato terminado. Outra coisa, que não tem a ver com este momento mas em geral, é a seguinte: não preciso de saber, se reclamo ou chamo à atenção de alguma coisa, todos os possíveis intervenientes e motivos familiares, domésticos e laborais como justificação de seja o que for. Basta um “desculpe” e “obrigado”. Aliás, fica mal e desculpas são insegurança e falta de profissionalismo e agradecimento arruma qualquer incongruência. Gosto da esplanada meio terrário, solzinho de almoço, vai e vem dos clientes, vento lá fora, o violeta da buganvília, verde fresco do “logo”, tranquilidade da hora, caneca de cerveja, do largo em volta.

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Fast À la carte

Receita

Receita Rápida

A minha sugestão para uma receita rápida esta semana é batidos. Atire tudo o que lhe apetecer para uma misturadora com copo. Tem que ser com copo, senão não tem a mesma piada. Click e pelo vidro do copo vê tudo a misturar-se. Nhamm! Água ou leite se for daqueles mamíferos que ainda o bebe em estado adulto. Batidos bem equilibrados com cereais, fibras como a linhaça ou gergelim, fruta e alguns legumes como beterraba e cenoura, combinam bem com muita da fruta disponível. Eu tenho preferência de ir por cores. Frutos de cores semelhantes, por base com sabor quase neutral uma maçã ou pêra e brinco com os sabores da fruta e legumes de época. Temperos: gosto de hortelã, canela, anis em pó. Pimenta preta, moída, activa e potencializa os nutrientes. Açucar? Se estiver mesmo viciado e já ter perdido as suas papilas gustativas ao doce e sabor natural da fruta, ponha pelo menos açúcar mascavado. A sua provável futura diabetes agradece. Seja simplesmente criativo, pode ser que descubra que bacalhau com morangos é muito bom com mais qualquer coisa do seu toque especial. Se comer bem, também evita as exageradas ofertas estonteantes de produtos para emagrecimento. Como diz um amigo meu, nunca viu pessoas subnutridas gordas. Talvez só deva fechar mais a boca comer sensatamente o que precisa. A “segurança” social o “ministério” da saúde e o dinheiro que se poupa aos “contribuintes” agradecem.


PALAVRAS

Impressões sobre a ordem do diálogo TEXTO / Marina Huxley

A percebida impossibilidade de algo gera em mim, em nós talvez, uma necessidade de saída, uma fresta. Procuro, procuramos…, na busca da continuidade, um diálogo. Que intérpretes fabulosos somos para nós mesmos, buscando em sobressaltadas memórias dos sonhos, sinais premonitórios ou fraudulentos avisos, reconhecendo ordem nos encontros e nas sequências diárias, buscando em nós mesmos o reencontro da possibilidade. A música é nesta significância, um maravilhoso transporte, entre mim e o outro, ainda suficientemente ambíguo e único, vadio de palavras, raro de planos objectivos… edificada ela mesma em estruturas, harmonias, pautas e todos os determinantes, válidos ou não para a arte de sentir.

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Ecoa?


CONSUMO/OPINIÃO

Rótulos Para invisuais TEXTO / ACRA

Portugal publicou a Lei n.º 33/2008, que estabelece as medidas de promoção da acessibilidade à informação sobre determinados bens de venda ao público para pessoas com deficiências e incapacidades visuais. De acordo com o estipulado nesta Lei, deverá ser assegurada, no acto da compra, a impressão em

braill e , numa etiqueta p o r produto, d a informação tida como necessária, nomeadamente a relativa a denominação e características principais e a data de validade. Esta Lei é (especialmente) dirigida às sociedades que detenham mais de cinco estabelecimentos de comércio misto, funcionando sob insígnia comum, com área superior a 300 m2 cada um. Ainda de acordo com o diploma (Artigo 3.º), essas sociedades passam a estar obrigadas, a dispor de serviços de acompanhamento personalizado para as pessoas com deficiências e incapacidades visuais, no acesso aos produtos que se encontrem expostos que poderão ser complementados por um sistema de informação adequado a essas pessoas. Estas sociedades deverão, no prazo de seis meses após a entrada em vigor da presente lei, concluir a selecção e adaptação dos estabelecimentos comerciais, tendo o prazo legal para a implementação destas medidas terminado no passado dia 22 de Janeiro. A lei não obriga que estes serviços sejam prestados em todos os supermercados e hipermercados da cadeia, mas sim em pelo menos um, existente em cada Concelho. *Associação de Consumidores da Região Açores

VIAGENS Ao cerne das coisas VI

Angra e Dublin TEXTO / Antonieta Costa * / antonieta_c@hotmail.com

celebrações Solsticiais

As festividades tradicionais populares estão a tornar-se uma área cada vez mais sensível da cultura de qualquer país. Isto porque o turismo “esbarrou” nelas (provavelmente por mera coincidência) e ao “esbarrar” começou a influenciá-las. Talvez ainda por mero acaso, começam a aparecer marcações de hotéis e passagens, em simultâneo com datas especiais, celebradas de modo específico, em determinados locais. Todas estas “coincidências” colocam pressão sobre os organizadores dessas celebrações e certamente contribuem para as alterar, mesmo que muito pouco, ou então, no “melhor sentido”. Nos Açores ainda pensamos que nada disso influencia e que tudo se mantém inalterado perante os olhares dos turistas. Mas convém ver o que se passa nesses lugares de grande densidade de visitantes. Por exemplo, “Newgrange” e “Tara” na Irlanda, onde têm lugar as celebrações Solsticiais mais famosas da actualidade. Como estive lá em 2009 e nos autorizaram filmagens de interiores (caso inaudito), achei-me com cacife para lhes propor, há dois dias, uma troca de imagens das celebrações do Solstício de Verão, com as das Sanjoaninas (que eles também já conhecem). Responderam muito delicadamente que não, para as celebrações “verdadeiras”, e um “talvez” para outras que são organizadas na forma de espectáculo (para turistas). Esta reserva e este respeito pela autenticidade, são pormenores que nos falham mas que ainda espero, venham a tornar-se imprescindíveis. *Historiadora

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OPINIÃO

A nuvem do não saber TEXTO / Pe. Teodoro Medeiros

Parece que começaram já os nevoeiros de S. João: um destes dias estava Angra mergulhada na sua sombra simples e o Monte Brasil estava cortado ao meio. Mas o que dizer sobre as nuvens? Que mensagem traz o nevoeiro? A Bíblia tenta ver aí a presença de Deus: o Monte Sinai estava envolto em nuvens, fumo e trovões quando Ele dá a lei a Moisés; o Filho do Homem voltará sobre as nuvens, no fim dos tempos. As nuvens são sinal do fim do mundo que, bem se sabe, há de chegar, pelo menos dentro de alguns milhares de anos. É caso para não se perder a fé e, por Deus, a linguagem apocalíptica serve para isso mesmo, para prometer que a fé há de trazer recompensa no fim: a apocalíptica é um ato de otimismo no meio da tempestade metafórica da história humana. Até os ateus são causa de otimismo no nosso tempo: tem-se falado muito de Alain de Botton, o autor que promoveu um projeto de templo para não crentes em Londres. Dentro do pouco que sei, é uma novidade esta simplicidade do discurso ateu. Em geral, o que fazem é crítica a todas as religiões: a religião é má e os crentes são pessoas pouco esclarecidas. Se é bem real que muitos crentes estudam pouco sobre a sua condição, isso não justifica fundamentalismos contrários: muitos ateus exibem os mesmos traços de intransigência que pretendem denunciar. Os Dawkins e Hitchens deste mundo constroem certezas absolutas para abalar outras... Não será um sinal de Deus? Botton admite que a imagem de um Deus bondoso é reconfortante e que o acesso a ela está-lhe vedado pela sua condição. Pode-se perguntar se a necessidade que o homem tem de Deus é argumento contra Ele... olha,

lavandarias

os campos precisam de chuva e ela existe, se bem que a Ele não se possa reduzir a uma necessidade. No filme de Bresson baseado no célebre “Diário de um Pároco de aldeia” de Bernanos, o padre afirma que Deus não é mestre de amor: Ele é o próprio amor. Mas fiquemos por aqui porque falar de Deus é perigoso... muitas vezes se esquece que o conhecimento de Deus é uma experiência e não um saber... não será que quando se tenta provar a existência de Deus já se cedeu a um falso pressuposto? O caminho para o Ente Supremo não será a superação do que temos todos os dias? Talvez seja essa a razão principal para se perguntar por Ele e tentar percebê-lo: acrescentar algo mais ao que já se encontrou mas não para encher o cérebro. O responder sobre Deus é um responder sempre passageiro, sempre incompleto e à espera de mais... isso fará sentido? Sim se se pensa que é aí que se cria afeto e relação: a fé precisa das perguntas novas que lhe dão alento... e o que é a existência senão um repetir das mesmas ações? O outro filme de que me socorro aqui é o “Wordet”, “Palavra” de Dryer. Vale ainda mais que a ingenuidade bem intencionada mas verborreica do padre anterior: a história é a de um louco que acredita na ressurreição e nos milagres. Vai daí e alguém que tinha morrido ressuscita mesmo depois de ele fazer oração. Essa, parece-me, é a maior lição de que precisamos hoje: despir as nossas razões afinadas e eloquentes e confiar como só os loucos confiam. Ao fim do filme de Bresson o padre moribundo também chega lá... não se tinha confessado mas responde a si mesmo, de forma memorável: para quê? Tudo é graça...

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DESTAQUE

RTP/AÇORES MUITO SE FALA POUCO SE VÊ


Segunda-feira, 4 de Junho de 2012. A RTP Açores (RTP/A) começa a funcionar com novo modelo de emissão com produção própria concentrada entre as 17h30 e as 23h30. A mudança, segundo os responsáveis da televisão pública, pretende “concentrar pessoas e reduzir gastos”, declarou na altura Sidónio Bettencourt, recentemente empossado como subdirector do canal. Em termos práticos, o popular “Bom Dia” de Pedro Moura terminou, tendo nascido “Açores Hoje” do mesmo apresentador, que abre a emissão de segunda a sexta-feira e desapareceu o jornal regional emitido pelas 13h00. No entanto, a nova grelha de produção própria só irá para o ar na totalidade no próximo Outono. A contestação à medida surgiu de forma prática com a instauração, por parte do Governo Regional, de uma providência cautelar contra a implementação deste modelo, posição que teve o apoio de todos os partidos políticos com assento na Assembleia Regional. O poder político açoriano contesta a medida da República por considerar que a redução de emissão é o primeiro passo para o desmantelamento e incumprimento das responsabilidades do Estado no âmbito do serviço público de rádio e de televisão na Região, tendo como suporte a crise económica e a necessidade de reduzir custos.

TEXTO / Renato Gonçalves renato@auniao.com FOTOS / Ricardo Laureano

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S ALA Ê?

DESTAQUE


DESTAQUE

A subcomissão de trabalhadores da empresa tem sido outra das vozes contestatárias desde a primeira hora, ponderando igualmente utilizar a via judicial para contestar o novo modelo e defender a RTP/A enquanto “instrumento fundamental da afirmação da açorianidade. Em Agosto de 2011 o ministro Mi-

Realçando que o cenário ideal seria sempre manter uma programação de manhã à noite, o subdirector lembrou que este modelo não é uma “janela” pois o controlo da programação continua nos Açores. O responsável declarou igualmente que a produção local vai aumentar em relação ao passado, bem como a

EMISSÃO DE QUATRO PARA SEIS HORAS

guel Relvas anunciou que a emissão da RTP-Açores seria reduzida para uma janela de quatro horas de emissão. Em Novembro, o grupo de trabalho para a definição do serviço público de comunicação social publicava um relatório onde se podia ler que a missão histórica das televisões regionais estava terminada. O Governo da República mostravase intransigente na intenção de reduzir custos e apesar dos protestos das forças politicas regionais, trabalhadores da empresa e de alguma sociedade civil que através de grupos de apoio e petições procurou manter “tudo na mês”, a RTP Açores entrou, no início deste mês, numa nova etapa da sua vida, que em muito se assemelha a um regresso aos primórdios, funcionando num horário reduzido a partir do final da tarde. Com um orçamento para 2012 que ultrapassa os oito milhões de euros, dos quais uma verba superior a cinco milhões de euros se destina aos salários dos 140 funcionários, cerca de um milhão de euros é gasto com a grelha e 1,5 milhões com despesas de funcionamento, a diminuição de emissão é vista pelo Governo da República (e pelo recém reformulado Conselho de Administração) como essencial para reduzir os custos de funcionamento da empresa. Sidónio Bettencourt, subdirector de conteúdos, em entrevista ao telejornal da RTP/A no dia em que teve início o novo horário, afirmou que na actual conjuntura “é o melhor que se pode fazer de forma a termos os nosso recursos humanos na máxima força e produção diversificada”.

inclusão de material proveniente da RTP/A nos canais nacionais e internacional da televisão pública. “Temos a porta aberta e vamos fazer um esforço enorme para termos mais conteúdos dos Açores nos outros canais da RTP “. “TODOS” CONTRA Em contraponto a esta defesa e realce das qualidades da “nova” RTP/A para o futuro do canal regional, subcomissão de trabalhadores e todos os partidos políticos, estão contra o que entendem ser uma acção concertada da Republica para acabar com o canal e a sua missão na defesa da Autonomia. O Governo Regional avançou com uma acção na justiça para combater a implementação do novo horário de emissão, passo que está a ser estudado pela subcomissão de trabalhadores. Os argumentos são os mesmos desde que Miguel Relvas anunciou a intenção de “mexer” no canal regional, ou seja, o desmantelamento e incumprimento das responsabilida-

ORÇAMENTO ULTRAPASSA OITO MILHÕES

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des do Estado no âmbito do serviço público, fruto de uma “estratégia” no do poder central para condicionar as autonomias regionais tendo como suporte as dificuldade económicas e orçamentais que o país atravessa. Em nota conjunta de todos os partidos com representação parlamentar, a RTP/A é considerada “ pilar fundamental para a afirmação da autonomia” desempenhando uma função “de grande e insubstituível importância”. Mais um argumento nesse sentido, será, provavelmente, o relatório do grupo criado pelo Parlamento Regional para a definição do serviço público audiovisual na Região, cujas conclusões serão apresentadas no próximo dia 22 de Junho. MODERNIZAÇÃO Na sua intervenção, Sidónio Bettencourt deixou bem claro que, mais do que o próprio modelo, a sobrevivência da RTP/A passa pela modernização tecnológica e das suas instalações. O responsável afirmou que o canal “perdeu a corrida tecnológica” e necessita urgentemente de encontrar soluções para fazer face a instalações sem condições para um canal de televisão moderno. Eduardo Cintra Torres, conhecido crítico televisivo nacional, visitou este mês o centro de produção de Ponta Delgada e num artigo publicado no Correio da Manhã lança duras críticas às condições de trabalho dos profissionais da RTP, dizendose “aterrado” com várias situações, desde uma emissão com qualidade VHS a equipamentos “que já não se fabricam”. A TELEVISÃO DOS AÇORES? Os tempos em que a RTP/Açores era “A televisão dos açorianos” estão já a repousar no baú das memórias. A real implementação do canal na região encontra-se no reino da subjectividade fruto da falta de números públicos e credíveis sobre as suas audiências. João Duque, líder do grupo de trabalho encomendado pelo Governo da República, declarou no final de 2011 que a audiência local dos canais “não justifica o investimento”, mas no inicio do mês uma sondagem encomendada pelo Governo Regional dava a RTP/Açores como o canal televisivo com mais notoriedade entre os açorianos O mesmo estudo apontava que 79% dos inquiridos era contra a redução do horário de emissão. Quanto às preferências de conteúdos, o extinto “Bom Dia” de Pedro Moura era o programa mais visto, seguido do “Telejornal”e dos “Açores VIP”.

Sidónio Bettencourt: “é o melhor que se pode fazer”


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Revista U Rua da Rosa, 19 9700-144 Angra do Heroísmo tel. 295 216 222 / fax. 295 214 030 Email u@auniao.com Director Marco Bettencourt Gomes Editora Humberta Augusto Redacção João Rocha, Humberta Augusto, Renato Gonçalves, Sónia Bettencourt Design gráfico Frederica Lourenço Paginação Ildeberto Brito

Colaboradores desta edição Adriana Ávila, Alex Borges, Antonieta Costa, António Camões Gouveia, António Lima, Carlos A. Moreira Azevedo, Carmo Rodeia, Frederica Lourenço, Joaquim Neves, José Júlio Rocha, José Tolentino Mendonça, Marina Huxley, Marlene Silva, Melânia Pereira, Paulo Brasil Pereira, Paulo Homem, Ricardo Laureano, Rildo Calado, Teodoro Medeiros e Wellington Nascimento. Contribuinte nº 512 066 981 nº registo 100438 Assinatura mensal: 9,00€ Preço avulso: 1€ (IVA incluído) Tiragem desta edição 1600 exemplares Média referente ao mês anterior: 1600 exemplares

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HISTÓRIA

A solenidade do Corpus Christi em Portugal

TEXTO / D. Carlos A. Moreira Azevedo e António Camões Gouveia *

A instituição da festa do Corpo do Senhor situa-se no movimento desejoso de ver a hóstia e a adorar, que valorizou o momento da celebração em que se faz a narração da Ceia, assinalado pelo toque de campainha e com solenização ritual. A festa do Corpus Christi, mal traduzida por «Corpo de Deus», mas chamada «Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo», foi instituída na Bélgica em 1246 e aprovada para toda a Igreja latina em 1264, na quinta-feira após a oitava do Pentecostes. Constitui uma resposta de fé e de culto a doutrinas heréticas sobre a presença real de Cristo na Eucaristia, ao mesmo tempo que coroou um movimento de devoção ardente ao Santíssimo Sacramento do altar. Em 1318 já o papa João XXII lhe acrescentava a procissão solene, que a caracteriza por levar em triunfo o «Santíssimo Sacramento». Portugal não esperou a determinação papal e acolheu a festa pouco depois da sua criação belga. Já há referências para o Porto (em 1294) e para Coimbra ainda no século XIII. O título de «Corpus Christi» aparece em livros da Colegiada de Guimarães (1302), foi dado ao convento dominicano de Gaia (entre 1348 e 1352) e para reparar um ultraje (1361 e 1362) à eucaristia acontecido em Coimbra foi erguida a Capela do Corpo de Deus, cerca de 1367. Em Évora dá o nome a uma travessa (1385). A Confraria do Corpo de Deus da Igreja de São João Bartolomeu (Guadalupe), em Braga, em 1403 já tinha uma centena de irmãos. Todas as cidades e vilas do reino realizavam com brilho a mais espantosa das procissões. A procissão dava lugar a representações, como se conhece no tempo de D. Manuel. As manifestações teatrais e os jogos de

CUSTÓDIA, TESOURA DA SÉ DE ANGRA

danças que se juntaram aos cortejos solenes davam lugar a abusos, que foram controlados por determinações diocesanas. A partir do final do século XV assistiu-se a uma vaga de fundo de ordenação e moralização das procissões católicas que atingiu acima de todas a do Corpus Christi, que na apresentação das diferentes corporações de mesteres ou determinados ofícios acabava por denotar a vida do concelho mas provocava crescimentos espectaculares de representatividade que procuravam fazer chamadas de atenção sobre o poder, económico em primeiro lugar, de alguns dos participantes.

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HISTÓRIA

As proibições desta procissão concelhio-religiosa foram muitas e atingiram sobretudo os seus elementos festivaleiros, como o São Jorge, o seu alferes, cavalo e sela, o Dragão, Serpe ou Conca, as danças e folias variadas. Além da particular exaltação eucarística na Quinta-feira Santa, os acontecimentos mais atribulados da vida social e política e ocasiões de profanações sacrílegas proporcionavam solenes e emotivos actos de desagravo. João Marques sublinha o momento da Restauração como particularmente propício ao recurso do imaginário eucarístico nos sermões e nas narrações de actos litúrgicos. Unia-se a defesa da pátria à comunhão eucarística. Esta sensibilidade foi contrariada pela separação da Igreja do Estado e pelas orientações do concílio plenário (1926), que conseguiram reduzir a procissão ao meramente religioso e nalguns lugares levaram mesmo à sua suspensão. Confrarias do Santíssimo Sacramento Conhecem-se entre nós, desde meados do século XV, as confrarias do Santíssimo Sacramento. O compromisso da existente na freguesia de Castro (Ponte da Barca) data de 1457. Para reagir ao abandono a que se viam destinados tantos sacrários sem veneração, alguns devotos decidiram criar, no convento dominicano de Santa Maria Sopra Minerva (Roma) uma confraria destinada ao culto do Santíssimo Sacramento, com diversos gestos e acções. O papa Paulo III aprovaria esta piedade para toda a Igreja em 30.11.1539. Vários opúsculos espalharam pelo mundo a mesma devoção. Os testemunhos portugueses são

Tapete de flores em Torre de Moncorvo

também precoces. Faculdades para criar congéneres são concedidas pelo papado ao cardeal D. Henrique, para Braga (1540) e para Évora, pouco depois. Caminha O alastrar da instituição é rápido durante o século XVI e sofre incremento tridentino (Concílio de Trento). Aos poucos todas as igrejas erigiram estas associações. Foram fundamentais para preservar muito património e zelar pela beleza dos espaços. O ímpeto lançado no povo católico à volta do culto eucarístico é fulgurante de realizações piedosas. * Diretório sobre a piedade popular e a Liturgia

Lisboa, 1908, com a presença do rei D. Manuel II

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FOTÓGRAFO

Perda de Horizonte TEXTO / Melânia Pereira FOTO / Alex Borges

A vida, às vezes, passa por este caminho, por este desencontro A praia que sonhamos e a praia a que chegamos nem sempre coincidem. A desproporção espacial ou temporal entre o projecto e a realização nem sempre são harmonizáveis. A vida, às vezes, passa por este caminho, por este desencontro. Este desvio à medida que o tempo passa ofusca a visão e compromete a perspectiva de projecção. Permitindo ao esquecimento a possibilidade de se infiltrar no sentir e no pensar, circundando o sonho cada vez com laços mais apertados. Perde-se a relação e a interacção com

a idealidade o que conduz à “cousificação” ou seja, como diria o filósofo Leonardo de Coimbra, o pensamento perde a acção transitiva de dinamismo; o medo e a insegurança instalam-se silenciosamente, criando estruturas petrificadas e impeditivas às trocas dinâmicas do eu com o fluxo cósmico. Chegamos à praia, mas no momento decisivo da partida, desviamos o rumo. As nossas âncoras transformam-se em correntes das quais ficamos prisioneiros. Voltamos as costas e começamonos a afastar, sabotamos a viagem. E o que podia ter sido uma grandiosa aventura não passou de um olhar que num ápice de ironia se desvia do seu destino. Perdemo-nos de nós próprios. Deixamos de ser uma manifestação de possibilidade eterna e desvanece-se o potencial imensurável da vida. A vida e a sua teimosia em retornar ao vazio… O espírito que dissipa-se, e nada mais resta que matéria e forma. O regresso à realidade existencial mumificada e a perda de horizonte é inevitável. O essencial ficou por viver, sobrevive apenas a saudade do que podia ter sido num coração petrificado.

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OPINIÃO

LA SPERANZA NON COSTA NIENTE TEXTO / Pe. José Júlio Rocha

O olhar meigo da Fernanda, doce como os ovos-moles, tinha sido o princípio da viagem do Vítor pelos caminhos de uma paixão tão insólita quanto podem ser as histórias de amor que já não acontecem hoje. E hoje, ou há dias, agarrado com as duas mãos a uma imperial, como dizem por lá, foi-me contando as narrativas mais belas, e também as mais tristes, do seu amor. Devo confessar que não me impressionaram tanto as suas histórias, mas a forma afectuosa, sem remorsos nem ressentimentos, como as contava. Conheceu a Fernanda em Fátima, num encontro de jovens, e ela já namorava outro. Mas o Vítor tinha uma queda inestimável para a música, sobretudo o violão e a guitarra, e ela sentava-se quase sempre ao seu lado, a acompanhar, com os olhos húmidos de doçura, os seus acordes. Ele sentia-lhe o olhar e a música ganhava corpo a ponto de as cordas do violão serem a extensão natural da alma do Vítor. Só que os seus olhos doces partiram para um lado e o violão regressou para outro, às costas dele. Escreveu-lhe uma carta, com a alma em franjas, a pedir perdão mas que não conseguia silenciar mais o seu amor. Esperou, com a alma aos pulos, uma resposta que, como sempre, levou muito tempo a chegar. Ela dizia-lhe que tinha uma grande admiração por ele, um carinho especial, e pedia desculpa por o fazer sofrer assim. Os pulos da alma em franjas deram lugar a uma queda brutal na realidade, mas – como acontece sempre que alguém ama – qualquer sinal, qualquer recordação acendia-lhe a esperança. Ela contava-lhe a sua vida, os seus altos e baixos, o fim do namoro, o início de outro e, durante muitos meses, a alma do Vítor dançou entre a esperança e a desilusão. Calejou. Tornou-se um artista da música. Encontrou-se várias vezes com a Fernanda e não soube senão amá-la. Foi estudar para Espanha. Foi então que um dia recebeu uma mensagem dela: convidava-o para tocar na boda do seu casamento e o coração deve ter-lhe parado durante mais de vinte e quatro horas. Acordou e disse que sim. Preparou cada música como se fosse um diamante. Escolheu o violão mais fiel, o infalível. Tratou as cordas como Miguel Ângelo terá cinzelado a Pietà. Na noite anterior ao casamento não dormiu nada e, ao vê-la entrar na igreja, feliz, com o seu olhar meigo e doce como ovos-moles todo para outro, sentiu que ia vomitar a alma. Deu tudo. Tocou como um príncipe, dobrou-se sobre o violão e arrancou-lhe sangue às cordas, alma à madeira. Mas toda a gente estava a olhar para a noiva e a noiva a sorrir para toda a gente. Até que alguém – que não conhecia – lhe veio agradecer, porque iam cantar karaoke. Deram-lhe um prato remoto numa mesa remota e ele, docemente, foi beijar a noiva e despedir-se. «Oh!!! Não ficas mais um bocadinho, Vítor?». Regressou a cair aos bocados. Anos mais tarde, com as duas mãos agarradas à imperial, recorda esse trágico acidente que foi o tudo dele embater de frente contra a indiferença dela. Esperou, ao menos, um agradecimento. Não a acusa de nada e é isso que me pasma. Diz que ela sabia que ele a amava, e que, no fundo, adoraria tocar outra vez para ela. Ele, sim, ele é que fora um parvo ao pensar que naquele dia – o dia do seu casamento – ela iria abraçar-se a ele, como se a canção do “Trio Odemira” fosse plausível! Agora, o silêncio e a distância amainaram-lhe a alma, mas continua a tocar para ela em cada nota. De cada vez que abre a sua caixa de correio electrónico, ainda espera ver uma mensagem, um desabafo, um longo lamento triste da mulher a quem, em silêncio, deu a alma tímida. O meu encontro com o Vítor deu-se em Fátima, num daqueles cafés cheios de absolutamente nada. Ele já lá não ia há alguns anos. E a Fernanda casou-se a poucos quilómetros dali. Talvez seja por isso que o Vítor agarra a imperial com as duas mãos. 18 junho 2012 / 25


PARTIDAS

VIAGEM ÀS FONTES DE SAL I TEXTO E FOTO / Paulo Homem

A ideia de viajar não me agrada e a viagem só se torna aprazível como memória daquilo que se acrescenta na minha vida: horizontes de entendimento sobre construções da vida humana. Por isso mesmo, tenho poucas memórias da terra e do asfalto que me trouxeram de Viena a Bratislava, na Eslováquia. Paramos junto à margem do rio que atravessa a cidade e o coração da Europa, o Danúbio, que de azul tem pouco. Sítio estratégico junto à entrada da cidade velha, com o majestoso castelo de Bratislava de sentinela. Entramos numa antiga praça, junto à Catedral de St. Martin e Casa do Bom Pastor. Existiam 4 portas que davam en-

trada na fortificação da cidade e esta é a única que ainda permanece. A praça tem um monumento que, segundo me lembro, recorda a morte de homens, mulheres e crianças refugiados numa antiga igreja destruída por uma bomba. Não sei de quem era a bomba e também não interessa. As bombas não têm pátria. A minha atenção prendia-se com uma árvore que, quanto a mim, fazia mais justiça ao local. De todas as fotos que tirei, a que permanece mais viva na memória é esta a que chamei “a árvore que chora”. O monumento é frio e dá um mero sentido iconográfico à tragédia. A lágrima da árvore é expressão da sua raiz, a raiz que fende a terra e bebe no subterrâneo da história humana. As memórias são selectivas, pois claro. Umas lembram os ornamentos a ouro, a imponência dos edifícios, a beleza e a riqueza das construções religiosas, a majestade da praça de armas onde se situa o belo edifício da antiga prefeitura, os sorrisos dos homens de bronze espalhados pelas ruas...belas arquitecturas da cidade. Outras dirigem o seu olhar para o pulsar do coração da cidade: o homem. Somos todos iguais e todos diferentes. O homem ou mulher que estende a triste mão – se tiver mão –, que toca um instrumento com um animal

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ao lado – não se sabe qual o olhar mais triste –, esvaece pela indiferença do fausto humano. Nas entradas das majestosas catedrais se revelam, paradoxalmente, os extremos da essência humana. Todas as objectivas sorriam muito. Sorrisos que se misturavam com os dos homens de bronze. Sim, esses também sorriam muito. Uma viagem, uma verdadeira viagem, é a que fazemos pelo músculo maior: um pulsar latente que fala e diz que as fontes de sal são iguais em todo o mundo.

Uma viagem, uma verdadeira viagem, é a que fazemos pelo músculo maior: um pulsar latente que fala e diz que as fontes de sal são iguais em todo o mundo. O monumento é frio e dá um mero sentido iconográfico à tragédia

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MARÇO

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21 28 22 29 23 30 24 31 25 — 26 — 27 —

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JUNHO

6 R 20 27 — S — 7 14 21 28 — T — 8 15 22 29 — Q 1 9 16 F 30 — Q 2 S 3 F 17 24 — — S 4 11 18 25 — — D 5 12 19 26 — —

SETEMBRO

5 12 S — 6 13 T — 7 14 Q — 8 15 Q 1 9 16 S 2 S 3 10 17 D 4 11 18

19 26 — 20 27 — 21 28 — 22 29 — 23 30 — 24 — — 25 — —

DEZEMBRO

5 12 19 26 — S — 6 13 20 27 — T — 7 14 21 28 — Q — Q F F 15 22 29 — 9 16 23 30 — S 2 S 3 10 17 24 31 — D 4 11 18 N — —

Desejamos Boas Festas e um Feliz Ano Novo

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PARTIDAS


ÓCIOS / OPINIÃO ENTRETENIMENTO / OPINIÃO

“A qualidade ée/ou a quantidade de aqui.” amanhã.” “Citação frase Henri Bergson

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F. S. QUESTIONÁRIO

CONCORDA A MAÇONARIA COM A REINFLU-DA DUÇÃO ENCIA A EMISSÃO DA POLÍTICA RTP/AÇOPORTUGUESA? RES? SIM SIM NÃO NÃO

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Frente de Libertação acusa: ESTADO ESCONDE Título Aqui QUANTO VALE A REGIÃO PARA PORTUGAL

I am a fan of

BOXETTI, BED IN A BOX TEXTO / Frederica Lourenço

ds Landsbergs, e tem sido um sucesso em tudo o que Adoro mobiliário que desafia a percepção habitual da forma aplicada à utilidade. Muito embora não tenha espaço cá em casa para trazer este “quarto compactado”, gostava muito de o ver no meio de um loft. Perfeito para quem tem pouco espaço, open spaces ou para a mania das arrumações, a colecção Boxetti (www. boxetti.com) é assinada pelo designer letão Rolan-

é eventos de design. A Murphy Bed (assim se chama este módulo) lançou mesmo uma tendência, de certa forma estranha, no design de quartos: sistemas modulares em altura, para aproveitamento de espaços. De certa forma, e à semelhança dos restantes módulos da colecção, o objectivo é conseguir compactar - da melhor forma possível - tudo o que é necessário para um compartimento confortável numa caixa branca, totalmente livre de excessos decorativos. Neste caso, temos uma cama dupla, um armário de roupa com gavetas, prateleiras e cabide tudo numa caixa só. A colecção Boxetti está assente em 3 princípios básicos do design: funcionalidade, tecnologia avançada e minimalismo. Cumpre todos na perfeição. 18 junho 07 maio 2012 / 28


CULTURA

JOANA MACHADO A”Blame it on my Youth Tour”de Joana Machado chega no dia 23 ao Coliseu Micaelense. Falamos de Pop, Rock e R&B, estilos em que a artista deu os

TEATRO seus primeiros passos. Aqui encarna os temas da sua juventude e as canções da actualidade, interpretandoos com incessante procura por beleza nas melodias, característica que a define.

MICAELENSE A educação que o jazz proporcionou e toda a experiência nesta área, servem como plataforma para a desconstrução das formas originais das canções, reconhecíveis ao ouvinte, mas com a sofisticação e a cumplicidade que só os músicos de jazz sabem conferir. Grandes canções de sempre, cantadas com a mesma emoção com que as viveu.

Atlântida Revista O Instituto Açoriano de Cultura colocará em breve nas livrarias, a Atlântida-Revista de Cultura, vol. LVI, referente ao ano de 2011. À semelhança dos anos anteriores, a revista sai em edição papel e CD-ROM que, para além do conteúdo da revista de 2011, integra também os fascículos do vol. VII, publicado no ano de 1963. Esta revista está organizada por quatro secções temáticas Estudos e Criação Artística; Estudos e Criação Literária; Ciências Humanas e Outros Saberes – conta com textos da autoria de António Barros, Filipa Bettencourt Picanço, José Luís Porfírio, Anabela Almeida, Onésimo Teotónio Almeida, J.A. David de Morais, Pedro Benjamim, Brígida Baptista, José Guilherme Reis Leite, Miguel Silvestre e Sérgio Fazenda Rodrigues – nos quais se apresentam alguns estudos científicos e se abordam temáticas relacionadas com literatura, arquitectura e história, entre outras. 18 junho 2012 / 29

Apologia da banalidade TEXTO / António Lima

“Por em evidência o que normalmente passa despercebido “ Reflexo de uma sociedade cansada e acultural, frase repetida vezes sem conta em diversos contextos sendo um deles o cultural; o artista que usa o seu esforço para por em evidência a trivialidade do Natural, a isso designo de moda, o insuflar de egos individuais oferecendo por momentos bálsamos para a vulgaridade. Permita-se e imaginese, por momentos, a comparação com uma companhia mineira que com muito esforço e penar se aventura nas entranhas da terra para encontrar e recolher simples pedras as quais poderiam encontrar na berma da estrada. Rídiculo, desnecessário, e perigoso, imagem clara dos tempos que vivemos, hipotecámos com irresponsabilidade amoral para com as futuras gerações o nosso esforço e vitalidade. Querer ocultar a nossa ânsia pela exelência, o nosso desejo de dignidade com a infinita oferta de banalidades, satisfazendo cada apetite individual e subjectivo é permissa de uma equação económica criada de propósito para sedução e controlo da liberdade individual, lembram-se do cão de Pavlov??, toda essa exposição ao trivial nunca nos permitirá alcançar o verdadeiro potencial divino de cada um, para quando uma criminalização da publicidade?? A única coisa a ser gerada pela apologia da banalidade é a mediocricidade, o empobrecimento da experiência individual e a prepositada dormência dos sentidos de forma a que o ferrão da verdade não cause danos á autoestima do vulgar. Resta saber se esta pseudo-sacralização da trivialidade se sustenta na passagem do crivo do Tempo, se mantém o mesmo vigor e emoção de quando foi concebida.


CULTURA

Mogwai TEXTO / Adriana Ávila

O grupo de post-rock da Escócia formado em Glasgow no ano de 1995, tem como elementos integrantes Stuart Braithwait (guitarra e voz), John Cummings (guitarra e voz), Barry Burns (guitarra, piano, sintetizador e voz), Dominic Aitchison (baixo) e Martin Bulloch (percurssão). Apesar de Mogwai significar “diabo” em mandarim, a sua sonoridade nada tem de diabólico, transmitindo uma estabilidade num contexto ambiental, apelando a um contraste aprazível entre as melódicas composições das guitarras/baixo e a intensa distorção. Os Mogwai, representam uma discografia consideráHARDCORE WILL NEVER DIE, BUT YOU WILL

vel, visto já lançarem álbuns desde 1997 com pouco tempo de intervalo entre cada lançamento. Ênfase no seu último trabalho, “Hardcore will never die, but you will.” lançado pela editora escocesa Rock Action Records com a qual se relacionam desde cedo.

LABJOVEM S. JORGE A MOSTRA LABJOVEM 2012 – JOVENS CRIADORES DOS AÇORES estará patente na Pousada da Juventude de São Jorge de 19 a 31 de Junho com a apresentação dos projectos seleccionados nas áreas de Arquitectura, Design de Moda, Design Gráfico, Ilustração + BD e Vídeo.

EXPOSIÇÕES Exposições em Angra no âmbito das Sanjoaninas 2012: Centro Cultural “Voo às Memórias” de Manuel d´Olivares; Multiusos – “Retratos do Norte”da Associação de Fotógrafos Amadores dos Açores; Teatro Angrense – pintura de José João Dutra; Museu “Tátaros: o som íntimo das cordas”; “Festas açorianas por Marilyn Salvador” e “Francisco de Lacerda: os legados do maestro”; Direcção Desporto – “Memórias do Desporto”; Direcção Turismo – “A arte de Moldar em Barro” de Paulo Silva; Centro de Ciência – “A volta à Física em 60 minutos”; Salão de cabeleireiro CCI – “Um dia único” de Gonçalo Simões; IAC “O máscara de ferro e outro desenhos negros” de Ana Tecedeiro.

Semana Hamhalo A Casa Descalça, em Ponta Delgada, acolhe até 21 de Junho a IV Semana Hamhalo com António Cunha, Teresa Valente, André Rebelo e Sandra Silva. No dia 19 de Junho, das 21h30 às 22h30, Workshop de danças sevilhanas e a 20 Trance Dance, no mesmo horário. Ao longo da semana tem lugar sessões de massagem tailandesa, Ayurvédica, Sacrocraniana, Relaxamento, Gongos e Taças Tibetanas e sessões de Reiki, com marcação prévia.

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OPINIÃO / AGENDA

MORAR NO DESERTO TEXTO / Rildo Calado

Por vezes, a forma mais simples com menor manipulação, pode oferecer amenidades visuais e soluções adaptadas ao contexto. “Califórnia roll” é uma casa pré-fabricada que passa do conceito à metodologia prática para criar a sua adaptação morfológica ao ambiente deserto quente para o qual é pensado. Com

acabamento exterior composto por fibra de plástico reforçado que confere um alto grau de eficiência energética pela capacidade de reflectir o calor do sol, cobre toda a superfície, assente numa estrutura de treliça em carbono, excepto nas zona de painéis de vidro, que são controlados electrnicamente para mudar a sua transparência consoante as necessidades térmicas e lumínicas do espaço interior. Cada peça da estrutura e acabamento foi desenhada de forma a maximizar a sua mobilidade permitindo uma rápida montagem e desmontagem no local. No interior, o espaço limita-se às necessidades básicas do uso, usando como auxílio sistemas hidráulicos para abertura e fecho automático das portas exteriores, reduzindo a perda de área com a abertura das mesmas. O controlo passivo e subtil da privacidade da área privativa é feita por sistemas cortina e estantes semi-translúcidas. A conjugação destas peças permite ao morador ter a sensação de semi-privacidade e proporcionar total abertura e iluminação aos espaços. http://violentvolumes.com

SANJOANINAS 2012 HEADLINE HERE “Angra,aut Berço de Tradições” é oettema 2012 Lores quidebis dis nitatem que da peledição ime nossedas Sanjoaninas têm o seu início dia 22 deacesto Junho quam, officae que cesecto etum raenoquibus com a abertura da iligenimi, gastronomia, e iluminaquaspiet faccum samexposições et, quidebitis antia

22 DE JUNHO TITLE HERE ção, tendo o ponto alto dolorestibus conseno desfile Rainha” quate int “da entus quo entre o Altodolo das earum Covas doluptiatus e a Praça a partir rem arumVelha, volora vita das 22h00. arum reictissi utatae. Nesse mesmo dia etur, têm Et aborero cone ainda lugar que actuações cuptatem comde Dj´s, orquestra Angra moluptas quiae et, veJazz e,accusam pela 1h30, uma liqui facculp

DESFILEHERE DE ABERTURA TITLE ariorum vel il es volor simus, core quistib eribus festa na Prainha. voluptis earum cum de exerum No sábado, 23 de vendae Junho, é noite S. Joãoarum com oquiant. desfile Ehendit, sinto verovitio. Ut est, utruas inciddaquas inullor de duas dezenas de marchas pelas cidade paestiusa nonsed quibearum que est, trimóniopicaboremque mundial, com início marcado para as 21h00. quiasped eos auditem poreptas doloriti omnimpoPela noite dentro teremos a actuação dos “Contrabanriate invellaut expediciis quias além mos das samtradicionais alite quid da”, “Os Mostardas” e “Ti-notas”, quas ella eLitsardinhas et qui debis magnates erfe fogueiras assadas na Rua dolupta de S. João.

18 junho 07 maio 2012 / 31

Xeratem quost autemos dipsam ut imagnam, offic totatur? Quiditam alia iducidentia sitias millupis et omnim ex enis as eost eosaper ibeaquo ma del ipis dolor ad eument, con corectatiam A Praia dadolorese Vitória pratiant no quam celebra diaque 20 volo molorro ex et de Junho a elevit qui a ditessunvação cidade di unte ella nate com uma sessão nobitatem quis solene nos Paços quossimodia do Concelho,quis a deliscidas 14h30. psapedi partir beritem ilit quis A educação seráino venis central consequ tema da uncedignam deste aut most, rimónia ano, cum fugition eium onde serão homeeratur res ipsamus nageadas pessoas eatum“que etur sapitat que muito iaecaep udaeracontribuíram para tiatur aditatisneste noa educação bitib usante qui as Concelho”, referiu rersperaeMonteiro, latis ex Roberto exerae. Ipicipitium presidente da Câque et,Municipal. quatur res mara



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