A REVISTA SEMANAL D´A UNIÃO
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A CARREIRA DE MICKAEL GASTOS A MAIS EM VIAGENS GOVERNAMENTAIS PÁG. 04
edição 34.779 · U 15 · 25 de junho de 2012 · preço capa 1,00 € (iva incluído)
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EDITORIAL / SUMÁRIO
O barulho das luzes TEXTO / Marco de Bettencourt Gomes | director@auniao.com
A bela Angra está ao rubro. A pacata urbe fervilha, festeira. Engalanada a preceito para receber quem a visita. E ainda bem. A hospitalidade é não só uma boa prática de cidadania como acima de tudo uma arte. A festa ritualiza a vida e devolve significado ao quotidiano rotineiro. As gentes, as tradições, as cores, os cheiros, as coreografias, os eventos, tudo concorre para confeccionar o cartaz turístico maior. Mas há a outra Angra. A de todos os dias, a de quem cá vive. Angra cheia de elefantes brancos. Parece que as obras municipais são feitas apenas para mostrar obra feita com dinheiros públicos e sobretudo com fundos comunitários e pouco mais. Cria-se o monstro e depois deixa-se ao deus-dará. O Porto das Pipas não funciona e os empresários estão descontentes. A envolvente da Marina não funciona e os empresários estão descontentes. O edifício dos Corte-Real não funciona e os empresários estão descontentes. O parque de estacionamento subterrâneo não funciona porque é utilizado como armazém municipal. O Centro Cultural e de Congressos é o peso-pesado, já acusando falta de vitalidade em diversas valências. O Teatro Angrense está triste, esvaziado de conteúdos. A baixa está cheia de edifícios fantasmas, casas devolutas, ruínas. A população da freguesia da Sé diminuiu drasticamente e há ruas em que não mora vivalma. Casas de comércio que estão às moscas, outras que já fecharam a loja. Má gestão ou megalomania ou despesismo? Talvez apenas incúria. Não precisamos de inventar mais. Eu não quero ser turista para gostar de Angra.
SUMÁRIO 06
o novo jornalismo
07
a guerra começou!
sanjoaninas a metade
08
tive um sonho..... falatório passageiro
o corno do toiro e eu
21 23
25
tutal melhora alunos
10
o primeiro derechazo
26
da linguiça, tasquinhas
11
i´m a fan of brand spirit
28
baía
13
a camuflagem
29
vendas ambulantes
14
shelterbox
31
NA CAPA... RITA CARMO / pág. 16
Viver o presente, o dia a dia, é a temática central do novo álbum de Mickael Carreira. “Viver a Vida” quer-se romântico à semelhança dos seus três trabalhos anteriores. O jovem cantor, filho de Tony Carreira, consegue mobilizar milhares de fãs com a sua música, a cada espectáculo, num género de fenómeno crescente que já arrecadou tripla platina. O artista regressa a Angra do Heroísmo como um dos cabeça-de-cartaz das Festas Sanjoaninas, cinco anos depois de cá ter estado. Em entrevista à revista “U”, no dia em que actua no Cerrado do Bailão, por volta das 23H00, Mickael Carreira diz ter “excelentes” recordações dos Açores. 25 junho 2012 / 03
REVISÃO
Deslocações do Governo sem dotação orçamental
GASTOS A MAIS SEM CONSEQUÊNCIAS Foram “assumidos compromissos para os quais não existia dotação disponível”. O Tribunal de Contas detectou várias irregularidades no pagamento de despesas de deslocação, estadias e ajudas de custo dos membros do Governo dos Açores em 2010, ano em que estas despesas totalizaram mais de 600 mil euros. O relatório de auditoria conclui que, em algumas situações, se registou “falta de formalização do cabimento” de verba e, noutros casos, foram “assumidos compromissos para os quais não existia dotação disponível”. Estas irregularidades terão sido corrigidas posteriormente pela administração regional através de um “reforço de verbas”, o que, segundo o Tribunal de Contas, “consubstancia uma situação irregular” que pode ser punida com multa, embora não tenha aplicado nenhuma. O Tribunal de Contas analisou também a deslocação ao Canadá de Luísa César, mulher do presidente do Governo Regional, a convite da Liga Solidária da Mulher Portuguesa de Manitoba. A deslocação custou cerca de 27 mil euros e foi adjudicada, por ajuste directo, a uma empresa contratada pelas autoridades regionais. O Tribunal de Contas questiona algumas despesas incluídas na factura, contestando também a ausência de consulta a outras empresas, que não terá permitido comparar os custos totais da deslocação, num processo que considera ter sido “pouco transparente”.
O relatório de auditoria, disponível no site www.tcontas.pt, questiona também o pagamento de ajudas de custo a alguns membros do governo quando “deslocados” na sua ilha de residência. Um dos casos referidos é o do secretário regional da Agricultura e Florestas, Noé Rodrigues, que, apesar de morar em S. Miguel, mudou a residência para o Faial, onde está sediado o departamento governamental que dirige. Segundo o Tribunal de Contas, o Governo pagou 136 dias de ajudas de custo a Noé Rodrigues (quando se encontrava deslocado em S. Miguel), quando podia ter pago apenas 44 dias de ajudas de custo, referentes ao tempo que esteve deslocado no Faial. Neste relatório há ainda referência a despesas pagas pelo Governo Regional relativas a deslocações a Lisboa, que divergem entre os membros do executivo. O tribunal divulgou uma lista onde revela que as estadias do vice-presidente do Governo dos Açores, Sérgio Ávila, no Hotel Altis (250 euros por noite), são mais caras do que as de outros membros do executivo regional na mesma unidade hoteleira, incluindo as de Carlos César (224,78 euros por noite) e as do subsecretário regional das Pescas, Marcelo Pamplona (99 a 130 euros por noite). COORDENAÇÃO DE PROCEDIMENTOS O chefe de gabinete do presidente
Estadias hoteleiras a 250 euros por noite
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REVISÃO
do Governo dos Açores desvalorizou ontem as conclusões do Tribunal de Contas relativamente às despesas de deslocação de membros do executivo, considerando que são “matérias ligadas à coordenação de serviços e procedimentos”. “A tramitação processual das despesas envolvidas monitorizadas ultrapassa, como é óbvio, as incumbências do presidente do Governo Regional e dos membros do Governo, constituindo responsabilidade dos seus respectivos serviços de apoio”, refere Luís Soares, numa nota divulgada pelo gabinete de comunicação do Governo dos Açores. Esta nota surge depois de ter sido divulgado um relatório de auditoria do Tribunal de Contas onde são referidas várias irregularidades no pagamento de despesas de deslocação, estadias e ajudas de custo dos membros do Governo dos Açores em 2010. Luís Soares frisou que as “recomendações de melhoria de procedimentos” feitas pelo Tribunal de Contas “serão aceites naturalmente”, assegurando que “não é verdade que as deficiências apontadas quanto à formalização do cabimento de verba tenham obrigado a administração regional a efectuar qualquer reforço de verbas”. “As situações apontadas traduzem apenas a insuficiência da verba disponível em determinada rubrica, supridas por reafectações de verbas dentro do orçamento dos serviços, não resultando daí qualquer aumento da despesa global orçamentada”, esclareceu.
AS “RECOMENDAÇÕES DE MELHORIA DE PROCEDIMENTOS” FEITAS PELO TRIBUNAL DE CONTAS “SERÃO ACEITES NATURALMENTE”.
É SÓ COMPARAR COM os DOENTES DESLOCADOS TEXTO / João Rocha / jrocha@auniao.com
Governo desvaloriza relatório do Tribunal
A ONDA DE PROTESTOS TORNOU-SE INEVITÁVEL
O relatório do Tribunal de Contas (TC) referente às deslocações, estadias e ajudas de custo dos membros do Governo dos Açores em 2010 detectou várias irregularidades financeiras. Num bolo total de 600 mil euros, o relatório de auditoria conclui que, em algumas situações, se registou “falta de formalização do cabimento” de verba e, noutros casos, foram “assumidos compromissos para os quais não existia dotação disponível”. Apesar de situações sujeitas a sanções financeiras, o TC acaba por não aplicar qualquer multa. Num cenário de vincada crise económica, a onda de protestos tornou-se inevitável. Lisboa cobra os custos autonómicos e, por cá, as críticas ao executivo açoriano dão jeito à oposição em ano de eleições regionais. Sem aproveitamentos políticos, o cidadão comum pode apenas questionar (protestar também não irá alterar grande coisa…) a justiça dos gastos sumptuosos numa unidade hoteleira de luxo em Lisboa tendo como contraponto as taxas diárias que os doentes deslocados recebem. É a velha questão: o sol só é para todos quando nasce…
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OPINIÃO
O Novo Jornalismo e a urticária do poder TEXTO / Carmo Rodeia
Assinalaram-se estes dias os 40 anos do caso Watergate, que viria a mudar a forma de fazer jornalismo, iniciando um novo paradigma, com repórteres mais agressivos, mais jovens e, sobretudo, melhor preparados. Este caso, protagonizado pelos jornalistas do Washington Post, Bob Woodward e Carl Bernstein, institui um mito sobre a natureza e a qualidade das fontes pretensamente não oficiais e o real poder do jornalismo, tantas vezes equivocamente tratado como o quarto poder. A investigação jornalística e judicial sobre a campanha de escutas e de corrupção montada contra o partido democrata nos EUA para assegurar a reeleição de Richard Nixon em 1972, deitou abaixo o presidente de uma das potências mais poderosas do mundo. Nesse tempo, os media tiveram poder e exerceram-no. O desempenho da imprensa durante o caso Watergate foi mantido como espelho a reflectir o melhor que o jornalismo poderia oferecer à democracia: manter o poder responsável. Nelson Traquina, Professor Jubilado da Universidade Nova de Lisboa, não hesita em considerá-lo um marco fundamental na alteração dos modelos de actuação dos repórteres, tornando-os mais hostis, numa cultura de ‘cães de guarda’ do sistema. Pena é que a sua evolução mais recente o tenha aproximado do jornalismo “cão vira lata”, na expressão do politólogo Larry Sabato. Neste mundo de conformismo e de apatia dos media, importa equacionar o papel que os seus profissionais conseguem ter, que é mais reduzido. O campo dos media alterou-se e o jornalista é asfixiado por uma avalanche de dados, de relatos, de processos que o mobilizam e ocupam. De resto, o poder do jornalismo é apenas uma parcela do poder mediático, dominado por tantos outros poderes e interesses. Mark Felt – o Garganta Funda dos repórteres do Post – era director associado do FBI. Hoje, os jornalistas são bombardeados diariamente por fontes organizadas pelo poder. Ontem como hoje, o discurso jornalístico consegue disfarçar ou eliminar as marcas do promotor da notícia e o trabalho aparece aos olhos do leitor como informação procurada pelo próprio jornalista. Citando Martin Amis “este quarto poder está numa fase peculiar da sua evolução: cada vez mais satisfeito com o poder que o corrompe e com uma impotência elefantina relativamente a todas as questões que realmente interessam”. É pena!
DIAS DE FESTA TEXTO / Tomaz Dentinho
Este ano as festas dos Açores vão ser mais açorianas. Sobretudo porque os das ilhas tiveram de encontrar novas formas de emigração para sustentarem a pintura das casas, o alinhamento das pedras mais a classe de enraizados que dá pelo nome de vinculados. Para manterem cores, pedras e vinculados multiplicamo-nos em trabalhos de além-mar. Uns para venderem gado e lacticínios por esse mundo fora, outros para procurarem mais um subsídio perdido nos cofres da Europa, outros tantos para tentarem vender cores e pedras já que ninguém procura vinculados,
uns poucos para prestarem serviços em terras para lá do sol-posto e do sol-nascente e tantos no aprofundamento do capital humano que tal vez as ilhas venham a integrar quando se libertarem do peso escravizador do vínculo. São assim de prever muitas histórias entre os que vierem de fora ao som das várias músicas que os arruamentos conseguem orquestrar. Uns pegaram touros em Évora, outros cavalgaram no vale de São Joaquim, uns tantos soaram nos congestionamentos de Luanda e tantos outros tiveram frio nos parques da Alemanha. Tenho alguma pena que as teias de vínculos não consigam complementar estas ligações ao mundo. A Festa é um espaço único para explorar todas as alternativas de sonhos e projectos para um ano de crise e torna-se um grande desperdício de distração se serve apenas para lembrar as festas anteriores e as que hão-de vir. É preciso beber para falar a sério da Região, do País e da Europa. É preciso sujar a toalha para rasgar a alma de choro e de alegria.
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FERRAMENTAS
A guerra começou! TEXTO / Paulo Brasil Pereira
Teclado físico e o Microsoft Office é o trunfo deste tablet
É um ponto de viragem do gigante norte-americano. A Microsoft tem-se concentrado há três décadas no desenvolvimento de software e deixado para outras marcas o fabrico de hardware. Mas só até agora! Pretende-se que o Microsoft Surface dê novo folgo à empresa apesar da Apple, desta vez, ser novamente o grande alvo a abater por parte da empresa fundada por Bill Gates. E o que é esse Surface? Pois é mais um tablet que, pelas suas especificações técnicas, pode cativar muitos utilizadores, pois a sua conectividade é feita através de portas USB, desejos ainda não satisfeitos pelo iPad da Apple. Steve Ballmer, CEO da Microsoft, na apresentação em Los Angels esta terça-
feira, num evento cheio de secretismo, (que mais parecia um evento da Apple) já levantou a ponta do véu relativamente às características deste tablet. Aqui vamos nós: Ecrã de 10,6 polegadas (um pouco maior do que o do iPad) e equipados com portas USB. Há dois modelos. Uma versão mais fina e leve e equipada com o Windows RT que será vendida com 32GB e 64GB. Um modelo superior tem um ecrã de mais qualidade três portas USB em vez de duas, surge em 64GB e 128GB e está equipado com o Windows 8 Pro e processador Intel. Se existem câmaras ou não, só para depois do Verão, no seu lançamento. Do preço também nada, o que se sabe é que para Portugal não deverá ser muito atractivo.
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CIÊNCIA / OPINIÃO
tratar problemas de comunicação
Terapia da Fala O que é?
TEXTO / Ana Nunes*
A comunicação constitui a base social de qualquer ser humano, seja ela através da oralidade, da escrita, ou mesmo de informação não-verbal. Atendendo à importância que poderá representar na progressão linguística e/ ou comunicativa do utente, tem-se verificado um crescente interesse pelas áreas de intervenção do terapeuta da fala, com o despoletar da sensibilidade não só de pais, educadores e professores, mas também de outros profissionais de saúde. Como tal, considerando que esta é uma área de intervenção relativamente recente, tomei a liberdade de divulgar o papel e o trabalho do terapeuta da fala, na tentativa de elucidar o leitor e de contribuir para o despertar de uma realidade que continua bem presente no nosso quotidiano – as dificuldades e perturbações da comunicação. O terapeuta da fala é o profissional de saúde responsável pela avaliação, prevenção, diagnóstico e tratamento de todas as perturbações relacionadas com a fala, linguagem e com alterações ligadas às funções cognitiva, auditiva, visual, oromuscular, vocal, respiratória e da deglutição. Para além disso, estuda e intervém em todos os problemas da comunicação humana, englobando a compreensão e a expressão da linguagem oral e escrita, assim como todas as formas de comuni-
cação não-verbal. Este intervém em inúmeras patologias e trabalha com todas as faixas etárias. As perturbações infantis mais prevalentes em contexto terapêutico ocorrem sobretudo devido a dificuldades ao nível da aquisição e desenvolvimento da linguagem, a perturbações articulatórias, do espetro do autismo e de consciência fonológica (Dislexia e Perturbação Específica do Desenvolvimento da Linguagem). Já nos adultos e idosos, o Terapeuta intervém maioritariamente em patologias relacionadas com a voz (Disfonia), fluência (Gaguez), com alterações da deglutição (Disfagia) e com sequelas decorrentes de lesões resultantes de AVC’s ou de TCE’s. A sua intervenção poderá ser direta ou indireta, dado que, por vezes, envolve não só a terapia, mas também a reabilitação e a reintegração na vida social, bem como a intervenção precoce e o encaminhamento. Em suma, a Terapia da Fala tem como objetivo primordial a optimização máxima das capacidades funcionais e comunicativas do utente, enquadrando-se no seu ambiente social e educacional, para que este alcance ou mantenha um modo de vida autónomo. *Terapeuta da fala Colaboração da Clínica Médica da Praia da Vitória
SANJOANINAS A METADE TEXTO / Júlio Ávila
Não, não tenho um artigo de 1300 caracteres a falar das Sanjoaninas pronto. Faz-se um, em cima da hora. Meio artigo, com essa longevidade de tamanho tem de ser só pela metade, a juntar à outra condicionante de não ter feito nada antes e agora inventar às três pancadas, temos a coisa resolvida. Uma crónica a falar das Sanjoaninas não se arranja, agora metade... Como a festa em si, que 25 junho 2012 / 08
MONTRA MONTRA//OPINIÃO OPINIÃO
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vai sendo reduzida no número de dias, de touradas, de foguetes, de cervejas bebidas, de dinheiro gasto, de visitantes das américas. Vamos ficando pela metade. Metade da diversão, que metade da gente só dá para metade da festa, metade do calor, que isto do tempo tem vindo a virar. Andamos a viver pela metade ultimamente. Parece que se pôs o mundo em suspenso enquanto se decide entre voltar por inteiro ou deixar esta metade morrer, porque a metade cumpre só uma parte do
im dit,eveniendae simaximod molorpo todo, deixa sempre a desejar. ressund igendis non conessit reperae Enquanto não chega essa hora de cuptatur? Siminte voluptur? Poreium decidir dá para adiar por mais um am, quas mi, mais voluptus, porrorenis bocadinho, umaas‘vezinha’, pra dolut quam, quia derum, enquanto tivermos meia natibusselecto illa nonecea cusdam alignimporro ção a jogar meio futebol, meio que ex etum lam ar lamdeaut nublado com ut meio sol,laborias meia pedignimenis excea volorro ma cerveja meia morna no copo, derennatquamder aut molesequata dis repuda quanto para aguentar mais sambocadinho resera voleceriae magnimpos um faz-seid meia fessum sincit quas alitemod et ipsundita que o ano já vai a meio e nem tiumpor explabo. Ebitisso fugit, sitiae dei isso, por bota deeicim ir à dem simus eicit qui aut aut expelit as cidade, ver metade das marchas et porio. Offictur? Illaut até à meia-noite, que quatur amanhãsa aa lendam Aniatur aut modi cuptat vida continua pela metade.
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CIÊNCIA
TUTAL MELHORA ALUNOS TEXTO / Humberta Augusto haugusto@auniao.com
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As conclusões do projecto de tutoria escolar TUTAL, aplicado em cinco escolas açorianas entre 2005 e 2009, por iniciativa da Cáritas da Ilha Terceira com o apoio das direcções regionais da Educação e Formação e Solidariedade e da Segurança Social, evidenciam melhorias no desempenho e assiduidade dos alunos envolvidos. Os resultados preliminares da análise feita ao projecto, que consistiu na comparação entre os alunos envolvidos na Metodologia TUTAL e um grupo de controlo equivalente, revelou existiram “diferenças significativas entre os grupos que corroboram um impacto positivo deste programa”, refere documento dos promotores. “Os alunos evidenciam um resultado escolar médio superior relativamente ao grupo de controlo, após a frequência do programa, no final do ano lectivo. Por outro lado, enquanto os alunos do grupo de controlo registaram um aumento do número de faltas injustificadas entre o final do ano lectivo 2009/2010 e o final do ano lectivo 2010/2011, os alunos que estiveram inseridos na Metodologia TUTAL evidenciaram uma diminuição em 50%
Modelo de intervenção TUTAL foi concebido entre 2005 e 2009, no âmbito do projecto Itineris, financiado pela Iniciativa Comunitária EQUAL (Fundo Social Europeu) ao nível do absentismo injustificado, durante o mesmo período”. De realçar que “enquanto o número médio de faltas injustificadas dos alunos abrangidos pela Metodologia TUTAL apresentou uma forte diminuição, no caso grupo de controlo assistiu-se ao inverso, durante o ano lectivo transacto”. Foram, também, observadas diferenças entre os grupos estudados a outros níveis. Verificouse que os alunos que beneficiaram da intervenção tutorial oferecida pela Metodologia TUTAL registaram melhorias no que diz respeito ao seu bem-estar psicológico, integração na escola, sentido de competência na aprendizagem e esperança/optimismo, entre o início e o fim do programa. Comparativamente ao grupo de controlo, os alunos inseridos no programa na Metodologia TUTAL denotaram uma evolução superior em todos estes parâmetros.
MESA
Da linguiça Tasquinhas E outras iguarias
TEXTO / Joaquim Neves
Quero os sabores da minha avó, o vinho do meu avô
O REGIONAL EM PRATO
“Berço das Tradições,” pois espero que seja desta que nos consciencializemos, que podemos ter tudo e fazer quase tudo o que há no mundo. Senão qualquer dia estou a ver inhames e linguiça da China nas bancadas do mercado e talhos da ilha. Não quero bananas do Equador, nem cebolas de Espanha. Quero o que é nosso, sem micro-ondas, nem molhos em garrafas, enlatados, rotulados com conservantes e corantes, que não tenham sido feitos em casa. Quero os sabores da minha avó, o vinho do meu avô. Depois de saber e conhecer tudo isso, experimento com coisas que o mundo tem de bom também. Festa Brava, pressupõe povo heróico. Angra é o berço das rotas, sabores, especiarias, e tradições, sejamos também bravos em preservar e perpetuar o que os nossos antepassados criaram, cultivaram, aprenderam e elevemos, com o conhecimen-
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MESA
to que temos do mundo, as nossas Ilhas ao centro do Atlântico Norte. Dias grandes aguardam, nada melhor que começar com um café abatanado e scones do Marquês, ler o jornal A União, inspirar pronto para marchar. Tendas e barraquinhas, germinam na cidade, com os restaurantes cheiros de linguiça, morcela sarapatel e com algum inhames, iscas e polvo guisado, vindos duma esquina, para que noutra o chicharro, a moreira frita que contrasta com as alcatras de carne, aromatizam a cidade. Música, sons, risadas conversas, alegrias, devoção, acrescentam o tempero final. Quase parece carnaval e a cidade é um parque de diversões. Para pipocas coloridas de milho transgénico e algodão doce pródiabético e a outras parafernálias alimentares tentadoras também há espaço, não esquecer outro veneno, e além de outros acessórios, sais de fruto na carteira. Mais umas lapas e uns camarões. Para ensopar farturas e pão doce ou massa sovada, Dona Amélias e overdose de alfenim. Aceito um hamburger às quatro da manhã se o pão for caseiro, redondo e fofo com sementes de sésamo, e perdoem-me sonhar de um dia querer provar em pão lêvedo, e bebo vinho das ilhas, sangria e cerveja nos concertos se for Sagres. Do Alto das Covas ao Pátio da Alfândega é escolher e esperar, não abusar, que há uma semana para tudo degustar. Uma aguardente ou angelica até ajuda a digestão. Viva as Sanjoaninas e perpetuem a tradição.
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petiscos e iguarias
Receita
Receita Prática e dispendiosA
Para as Sanjoaninas minha receita é: Ingredientes: Cartão de Crédito Ou Multibanco Modo de preparação: Comodamente, livre de eventuais preocupações, dirija-se ao Multibanco mais próximo. Introduza cartão na máquina e o seu código pessoal e saque dinheiro (ou siga os passos orientadores do aparelho de extração monetária controlada). Depois de guardar o dinheiro, mais apropriado numa carteira e mediante a quantidade de dinheiro que sacou, que não cause excessivo remorso, gaste em comidas e bebidas, transversalmente. Isto é aqui e ali. Deixe-se seduzir pelos aromas, cheiros, cores para ter bons sabores. Caso não se sinta satisfeito, recomece a operação. Seja comedido, dentro em breve há as Festas da Praia. Bom Apetite
PALAVRAS
BAÍA TEXTO / Álamo de Oliveira
Não temos barcos na baía: O cais come a sua inveja no cimento E povoa o seu deserto Com o silêncio dos peixes. Os guinastes lembram dedos sem mãos Que apontam ferreamente a cidade Pela ausência de movimento.
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Todos sabemos que é verdade: - não temos barcos na baía. Vamos oferecer o cais Ao primeiro bando de gaivotas.
CONSUMO/OPINIÃO
Vendas Ambulantes TEXTO / Cristiano Melo / ACRA*
Estamos nas festas mais populares dos Açores, as Sanjoaninas. Visto que a festa também se concretiza em “comes e bebes”, a vertente da gastronomia é um dos pontos altos e talvez o mais procurado todos os dias em que decorre. Assim sendo, os comerciantes da nossa ilha, bem como os oriundos das outras ilhas e do continente português, preparam as mais variadas comidas e petiscos tradicionais. De novo, a ACRA, como Associação de Defe-
sa do Consumidor, vê-se no dever de alertar todos os consumidores que vão, certamente, percorrer as vendas ambulantes da nossa cidade. A euforia do povo esconde o perigo da distracção! Do ponto de vista do vendedor, aqui vão alguns conselhos para garantia da qualidade/segurança não só a nível alimentar como da própria área de venda: As condições de higiene dos locais de venda, das viaturas de transporte e dos próprios géneros alimentícios, o seu acondicionamento e respectiva rotulagem são algumas das medidas a ter em conta pelos comerciantes. Os vendedores devem moderar-se de actos que, por qualquer forma, impeçam ou embaracem o trânsito ou comprometam a segurança ou a comodidade dos utentes das vias públicas. Para finalizar, uma palavra ao Consumidor – é importante ter em atenção a forma como o vendedor se apresenta e manipula os alimentos que serão consumidos. As Boas Práticas de Higiene são um dever de todos para a saúde pública. A ACRA acredita que este assunto nunca se esgota e, para conseguir mudar as mentalidades e os costumes já há muito enraizados, tem que se insistir na informação e defendemos o conceito da “melhoria contínua”, crucial quando se trata dos alimentos que vamos consumir. Subscrevo, a todos umas boas festas * Técnico de Higiene e Segurança Alimentar.
VIAGENS Ao cerne das coisas vii
Ainda Angra e Dublin TEXTO / Antonieta Costa * / antonieta_c@hotmail.com
valorizar Sanjoaninas e Cavalhadas
Pode parecer exagerada a comparação entre estas duas cidades, com base nas celebrações dos Solstícios. Mas isso deve-se ao facto de ainda não nos termos habituado a valorizar o que temos, nomeadamente celebrações como as Sanjoaninas de Angra ou as Cavalhadas de S. Miguel. Observando o modo como os Irlandeses entendem a memória de um passado longínquo ligado aos Solstícios e como integraram na actualidade uma crença que (para muita gente) já não tem razão de ser, poderíamos, tal como eles, usufruir melhor esse bem, por exemplo, no caso das Sanjoaninas. A integração da espiritualidade inerente ao que se acreditava passar nesse dia (particularmente, nessa noite) do Solstício de Verão, foi conseguida na Irlanda, não obstante a natureza da sua Cristianização, desde o início reconhecida como exemplar. O respeito pelas crenças ancestrais (que teimaram em manter) rende-lhes hoje em dia um turismo cada vez mais fidelizado a essas origens, ao contrário do que sucedeu com o passado das Sanjoaninas em Portugal, que foram forçadas a uma adaptação ao Culto de S. João (inexistente), para além da comemoração do dia natalício de um Rei (D. João III ?). São atropelos a mais para tal evento, isto para não falar da emigração para os Açores e respectiva ambientação. Ainda assim seria possível restaurar parte das suas memórias, se para isso houvesse vontade, sensibilidade e conhecimentos (mas infelizmente, desse conjunto tudo falta!) *Historiadora
25 junho 2012 / 14
OPINIÃO
Ensaio para Hitch em Angra TEXTO / Pe. Teodoro Medeiros
O filme Jesus desce a rua da Sé. Confesso que entendo que alguns possam achar o projeto estranho, especialmente depois de «Vertigo» e o sucesso que atingiu. Muitos dos meus filmes são sobre homicídios: é um tema que me compraz bastante filmar. Assim sendo, fará sentido filmar alguém como Jesus? Foi o argumentista Woods que me convenceu: trata-se da vítima de assassinato mais famosa da História humana. O projeto é, mais do que indicado, necessário. Pense-se na ironia de ler na primeira página do Times: “Estúdio recusa um homicídio a Hitchcock”. Risível, de facto. Além de que há pessoas que pensam que eu só sei fazer filmes em que alguém inocente morre! Por dinheiro, por amor, porque alguém achou que essa pessoa estaria melhor de boca fechada. É fácil ver que Jesus corresponde a todas essas situações. A cena Não filmarei nenhuma morte: Jesus está sozinho e desce a rua. Cá em baixo está um mendigo numa cadeira de rodas e que é apresentado desde o início. O movimento tem de ser o de descer e não subir e por razões muito simples: se subisse isso evocaria o calvário e a vida de Jesus que conhecemos. Desta forma evitamos essa associação e apresentamos uma imagem de descida, como um regresso dos céus depois de 2000 anos. Perspetivas Serão dois pólos separados: nenhum sabe da existência do outro e é esse o elemento de suspense que será instalado desde o início. O ponto essencial é que a assistência sabe da existência dos 2 neste espaço próximo; é isso que vai criar uma emoção em crescendo. Muitos pensam que suspense é algo que acontece improvisadamente mas não:
lavandarias
porque a assistência sabe algo que os personagens não sabem, ela fica na expetativa de quando se aperceberão eles daquilo que ela própria já sabe. Esta é a diferença entre uma cena ser aborrecida ou a mesma cena ser bastante intensa. O personagem Jesus será filmado quase exclusivamente pelas costas: será assim que se estabelece que ninguém o reconhece. Saberemos que passa despercebido porque os olhos dos que por ele passam estarão fixados em outras coisas de forma despreocupada. As sandálias de Jesus serão um elemento importante: cada degrau que subirem tê-las-á em primeiro plano e teremos de incluir planos vários, à retaguarda, até ângulos de 45 graus à direita e à esquerda. Darei indicações mais precisas no programa das filmagens. Quanto ao mendigo, um homem sem pernas que pede esmola, ele será apresentado naquelas que são as suas tarefas normais: pedir e receber uma moeda pequena, sem uma palavra; não receber nada. Estabelece-se um paralelo entrecortado entre dois momentos simples: quando o Filho de Deus se detém a ver uma montra comercial o mendigo é mostrado a receber uma esmola silenciosa. É nesse paralelo que se afirma que ambos são ignorados, cada um à sua maneira, por aqueles que passam. Final Não quero dizer que só o mendigo O reconhece. Também não quero dizer que só Jesus fala com aquele homem incómodo; quero apenas mostrar que precisam um do outro, que têm tempo um para o outro. A emoção do suspense será resolvida assim, eles fazem o que têm a fazer e que os outros por coincidência inversa, estão impedidos de fazer. Parece-me essa a maneira melhor de ligar a assistência quer a um, quer a outro.
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FENÓMEN CARREIRA
O amor poderá ser um lugar estranho para a maioria das pessoas. Mas para Mickael Carreira é o seu lugar na música e esta, por sua vez, é o seu modo de vida, ou não fosse um jovem cantor reconhecido a nível nacional e internacional pelas suas baladas românticas. Passados cinco anos, o filho de Tony Carreira, também cantor e igualmente artista de multidões, está de regresso ao palco principal das Festas Sanjoaninas. Na bagagem traz os novos sons que compõem o seu último álbum – “Viver a Vida”, o quarto no currículo cujo primeiro registo teve lugar no Olympia, em França, em 2001, aos 15 anos de idade, acompanhado pelo seu pai. Esse país, aliás o berço de Mickael Carreira, acompanhou o crescimento de ambos como homens e como compositores de “chansons d’amour” de alma lusa. A U esteve à conversa com o autor de “Dança Comigo” que nos garantiu um concerto “muito divertido” em Angra do Heroísmo.
TEXTO / Sónia Bettencourt sonia@auniao.com FOTOS / Rita Carmo
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MENO A
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DESTAQUE
U – O quarto álbum tem por título “Viver a Vida”. Como é viver a vida no entender de Mickael Carreira?
MC – Sim. Eu acho que quando nos propomos a um desafio, lutamos a acreditar que tudo é possível e o pensamento positivo ajuda a concretizar os sonhos.
Mickael Carreira (MC) – É viver um dia de cada vez, aproveitan- U – Convidou Jon Secada para um do cada momento ao máximo. dueto também incluído no seu Ninguém sabe o dia de amanhã, último trabalho. Como surgiu a
Sempre gostei de cantar baladas de amor
pois isso temos que viver o Pre- ideia de trabalhar com este cansente, com pensamento positivo tor cubano? e boas energias, acreditar sempre na felicidade. MC – Trabalhamos com a mesma equipa em Miami. Um dia, quando U – O Amor ocupa um lugar im- eu estava em estúdio, o Jon Secada portante no conteúdo das suas chegou, ouviu o “Dança Comigo” canções? e ficou rendido ao tema. Foi ele naquela altura que sugeriu graMC – Sim. Sempre gostei de varmos juntos, por isso o convite cantar baladas de amor e com nem surgiu da minha parte. Mas o passar do tempo mais ainda. obviamente que fiquei radiante e Uma boa balada sempre mexeu muito feliz com este dueto, pois o comigo! São as canções român- Jon Secada é um excelente artista ticas que ficam para sempre. Os e é sempre bom poder partilhar a maiores hits de todos os tempos minha música com grandes nomes são sobretudo as baladas. desta área. Além do seu talento e profissionalismo, ele é muito ‘boa U – O que une e o que distancia onda’ e a experiência não podia o novo álbum do anterior “Tudo ter sido melhor! o que Eu Sonhei”, além do dueto com uma voz feminina, Rita U – Ainda acerca de canções a Guerra e Anggun, respectiva- duas vozes. Tinha 15 anos quanmente? do subiu ao palco pela primeira vez para um dueto com o seu pai, MC - É um trabalho mais pessoal Tony Carreira. O que guarda na e foi o que mais gostei de gravar memória? até hoje. Tive o privilégio de trabalhar com uma equipa fantásti- MC - Foi sem dúvida um grande ca de produtores, com a qual já queria trabalhar há muito tempo e o ambiente que vivi em estúdio foi fantástico, estive sempre com uma energia muito boa. Na minha opinião existe uma grande evolução a nível de composição e produção e acredito que estes tenham sido factores que contribuíram para isso. O género é o mesmo, porque é o género com que me identifico e que sempre gostei de cantar. O pensamento positivo ajuda a U – Esses sonhos maiores concretizaram-se?
concretizar os sonhos
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momento. Poder estar com ele naquele palco, foi um dos momentos mais bonitos e que irei sempre recordar. U – E quanto a memórias do último concerto na ilha Terceira? MC – Muito bom! Foi em 2007 mas lembro-me perfeitamente. Estava um mar de gente e o público foi brutal. Tenho excelentes recordações nos Açores. Sempre fui muito acarinhado pelas pessoas e estou ansioso por regressar. U - O que o público pode esperar do seu espectáculo em Angra do Heroísmo nas Sanjoaninas? MC - Um concerto divertido! Para mim é essencial que as pessoas passem um bom momento durante o concerto, assim como eu acabo por passar com elas. U – Como se prepara para os concertos e para as tournées? MC – Essencialmente com muitos ensaios. Tenho uma grande equipa de profissionais que já me acompanham desde o início e em quem confio plenamente. Antes de iniciar as tournées, trocamos muitas ideias e opiniões até chegarmos à “ideia final”. Sei que posso contar com eles e gosto do trabalho de equipa. U - Após o período passado na estrada, nos palcos, entre holofotes, sessões de autógrafos, entrevistas e outros momentos próprios da área musical, o que lhe apetece logo fazer? MC - Estar com a família e com os amigos. U – O que traz dessas viagens constantes a nível sentimental? MC – Boas recordações. São momentos que ficam para sempre. Tenho oportunidade de conhecer locais diferentes, paisagens lindas, outras culturas e modos de vida… sinto-me enriquecido com as experiências que as viagens me proporcionam. U – Hoje em dia é fácil ser jovem cantor? MC – Não é fácil, mas é um esforço que acaba sempre por recompensar. É preciso ter muita determinação, força de vontade e continuar a sonhar sem nunca baixar os braços. Este é o conselho que dou a quem quer começar uma carreira nesta área.
Tenho excelentes recordações nos Açores
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LEGENDA \\\ 01// os balões de papel dos santos populares em : www. balonia.com 02// festas temáticas em: www.mascarilha.pt 03// manjericos de papel, também, em: www.misterius.pt
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Revista U Rua da Rosa, 19 9700-144 Angra do Heroísmo tel. 295 216 222 / fax. 295 214 030 Email u@auniao.com Director Marco Bettencourt Gomes Editora Humberta Augusto Redacção João Rocha, Humberta Augusto, Renato Gonçalves, Sónia Bettencourt Design gráfico Frederica Lourenço Paginação Ildeberto Brito
Colaboradores desta edição Adriana Ávila, Álamo de Oliveira, Ana Nunes, Antonieta Costa, Bruno Bettencourt, Bruno Walter Ferreira, Carmo Rodeia, Cristiano Melo, Frederica Lourenço, Joaquim Neves, João Costa, José Júlio Rocha, Júlio Ávila, Lino Borges, Mário Duarte, Marisa Leonardo, Paulo Brasil Pereira, Rildo Calado, Rita Carmo e Teodoro Medeiros. Contribuinte nº 512 066 981 nº registo 100438 Assinatura mensal: 9,00€ Preço avulso: 1€ (IVA incluído) Tiragem desta edição 1600 exemplares Média referente ao mês anterior: 1600 exemplares
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OPINIÃO
TIVE UM SONHO..... TEXTO / Bruno Walter Ferreira
Estava eu a pensar nas festas Sanjoaninas que se aproximam (molhadas!?) quando adormeci. Mas antes de vos dar conta do que sonhei deixem-me partilhar as minhas cogitações. Dever-se-ia de novo, como há alguns anos atrás, mudar o sentido da festa e deixar o Bailão (“vale depressionário” para a maioria dos seus moradores enquanto dura a mesma). Ficaria então para estacionamento dos milhares de pessoas que afluem a Angra nessa altura. A festa, tal como os desfiles, começaria no Alto das Covas e fluiria pelas ruas principais do centro histórico, Praça Velha, largos e jardim, Páteo da Alfândega e zona de mar com a envolvente à Marina e Porto das Pipas. Aqui, no outro extremo do “eixo da festa”, o palco grande, as novas tendas, os bares e esplanadas, tudo convenientemente vedado e seguro numa festa que se quer civilizada e bonita, a olhar a cidade. Assim, talvez se recomeçasse a valorizar uma zona que está descredibilizada, feia e terceiro-mundista, qual “faixa de Gaza” como às vezes digo, em tom de brincadeira. Tentar mudar, mesmo que em pensamento, deixou-me cansado e adormeci. Sonhei então: A Baía de Angra estava linda, um espelho de água fantástico, sem tetrápodes que tinham sido deslocados para os lados das baixas e do cais da Figueirinha onde es25 junho 2012 / 21
Berço de tradições
OPINIÃO
tava a Marina de Angra; o velho Clube Náutico, remodelado dava apoio aos barcos; fui andando pela marginal agora alargada e encontrei-me na zona da Prainha apoiada pelas estruturas plenas de dinamismo do Aquaemotion e jardins Corte-Real, com as suas esplanadas, pequenos hotéis, etc. Mais à frente sempre a pé pela marginal, que encontra a estrada Pero Botelho, as fachadas do velho casario estavam completamente preservadas e embelezadas com varandas floridas exalando um perfume maravilhoso; por detrás estruturas de comércio variado: boutiques, bares e até pequenas industrias tradicionais. O novo Hotel da Marina laborava em grande e circulavam pessoas elegantes nos passeios fronteiriços; um movimento de viaturas dirigia-se para a zona do cais, agora transformado e com muito movimento de navios das ilhas e continente e também um ou outro grande cruzeiro… tudo isso em estruturas bem pensadas, a partir do velho Porto das Pipas, perfeitamente integrado e balizado pelas duas magníficas fortalezas desta nossa histórica cidade de Angra-Património da Humanidade… Deixei a zona ribeirinha, subi a Rua da Sé e virei à direita na Rua do Mercado que dava agora acesso ao parque da Praça das Artes e do novo Centro Cultural e de Congressos de Angra ali paredes meias com o remodelado Teatro Angrense. Alimentei o espírito do muito que a Câmara Municipal oferecia aos seus munícipes em termos de arte, e mais rico saí para a Rua do Rego e subi a Santa Luzia. Parei no Museu do Toiro, ali onde era a antiga Praça de Toiros, e compartilhei com
Sanjoaninas são ex-libris de Angra
amigos vindos de fora uma visita e o ambiente de tertúlia que os verdadeiros aficionados sabem criar. No dia seguinte fui às compras de manhã ao novo Mercado da Cidade de Angra, situado no grande e arejado espaço do Bailão, com suas barracas de legumes e frutas, quase tudo produto regional, restaurantes populares, peixarias, talhos, etc., etc. Carreguei as compras no carro que estava estacionado ali mesmo ao lado e fui para casa, não sem antes dar uma passagem pela marginal para ver os barcos e sentir o cheiro maravilhoso do mar… o sonho podia continuar, mas, nisto acordei. E a vida continua…!
Urge repensar o eixo da festa
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FOTÓGRAFO
Falatório Passageiro TEXTO / Mário Duarte FOTO / Lino Borges
O caso foi falado em todas as casas da freguesia e deu volta à cidade A batota saltou de mesa em mesa, pulou pró chão e deu um grito de dor. Tinha sido descoberta a espreitar a jogada magistral de Pente Furado, um jogador exímio, alto, pouco falador e mulherengo. O caso foi falado em todas as ca-
sas da freguesia e deu volta à cidade até entrar na casa de Dona Escaldada que estudou bem o assunto, aproveitou todas as suas propriedades e fez um caldo que serviu a toda a família. Embruxados com a sopa começaram a saltar de mesa em mesa, pulavam pró chão e davam gritos de dor. O caso foi falado em todas as casas da freguesia e deu a volta à cidade até entrar na casa do pároco. Este chamou a empregada e deitou-se na cama com ela pra estudarem bem o assunto. Depois de saltarem de cama em cama e pularem pró chão e, na altura do grito, alguém bateu à porta. Assim se quebrou o feitiço e Pente Furado voltou a ser um jogador exímio, alto, pouco falador e mulherengo.
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Aviso n.º A/18/2012
A Câmara Municipal da Praia da Vitória avisa a população em geral que estará interrompido o trânsito, por ocasião dos festejos do Império de São Pedro de Santa Rita, a ter lugar na Rua de Cima no Bairro Novo de Santa Rita, freguesia de Santa Cruz, Concelho de Praia da Vitória, pelo período de 28 de junho a 03 de julho do corrente ano, entre as 19H00 e a 01H00, tendo como percursos alternativos o Caminho do Facho e a Rua de Baixo. Praia da Vitória, 05 de junho de 2012 O Vereador com competência delegada Paulo Manuel Silva Codorniz
OPINIÃO
O CORNO DO TOIRO E EU TEXTO / Pe. José Júlio Rocha
O que vos vou contar pertence à galeria dos momentos mais cómicos da minha vida, e mais assustadores também. É uma história com toiros, muitos toiros, gritaria quanta queira e eu, para ali, no meio daquilo tudo. No Verão de 2005 esteve cá o Pedro, um colega do Porto. Isto pelas Sanjoaninas. Éramos e continuamos a ser amigos, mas poderíamos ter deixado de o ser, ou de ser, não fosse um pequenino milagre desses que acontecem muitas vezes sem darmos por eles. Quem nunca viu um toiro em dias de sua vida, das duas uma: ou tem muito medo, ou não tem medo quase nenhum. Infelizmente, o meu colega dignou-se pertencer à segunda categoria, de modo que, no dia da espera de gado, ao pé da igreja de São Pedro, largou-se o Pedro a correr dez metros atrás da cauda da última das seis feras e eu, por arrasto, com a alma aos berros, atrás dele. Apanhei-o a meio da rua e disse-lhe das boas: que aquilo era perigoso, que, se um toiro virasse para trás, ele ia passar-se, que quem está no caminho deve ter sempre em vista um lugar para onde saltar, etc. Tudo em saco roto. Gozou com a minha medriquice e lá avançou, novamente, a par dos capinhas mais destemidos. Perdi-o, aterrorizado, de vista. Voltei a encontrá-lo ao pé da primeira árvore, ali na esquina da Rua da Sé com o Alto das Covas. Um pesado reboque tapava a rua e, naquele canto, lá estava ele a ver, quase impávido, um toiro que se debatia com vários capinhas. Num assomo inaudito de coragem corri para ele, agarreio pela manga da camisa e gritei para que ele viesse comigo, que tivesse cuidado porque, se tem um toiro à sua frente, tem cinco atrás… Zás!!! Meio dito... começam os gritos das mulheres... a gente olha e não vê nada. Um pânico do tamanho de uma baleia está dentro do estômago, só de ouvir os gritos. Aconteceu então. Do lado da escola, da banda onde estacionam os táxis, desciam velozmente quatro bestas na nossa direcção. Tive tempo de empurrar o Pedro contra a árvore, olhar de um lado e do outro e reparar que o grupo de toiros tinha abrandado a marcha e se dividia em dois, com dois toiros cada. O do lado direito desapareceu para as bandas da escola. O do lado esquerdo, com os toiros mais pesados do mundo, aproximava-se perigosamente, com um deles a empurrar o outro para a árvore – a árvore da vida – onde eu e o meu colega nos agarrávamos como náufragos. Aumentam os gritos. Oiço um «Oh! Sô padre! OH! Sô padre!» desesperado não sei de onde. A adrenalina aos tiros e eu agarrado à árvore, sem respirar. O corno! O corno apareceu! Vi-o com estes olhos que a terra há-de comer. Ali, do lado direito da cabeça do madraço do toiro, inexoravelmente direito às minhas ilhargas. Aquele corno sujo, com uma bola na ponta. Corno nojento, arrogante, a limitar para sempre a minha existência. Foram dois segundos. Pareceram-me para aí quatro meses a olhar, olhos nos olhos, o corno infame que me ia arrancar a uma risonha juventude. E o corno veio. Só que o final é feliz e resume-se a uma pedra – que eu amo – daquelas que rodeiam as árvores nas cidades, fazendo uma espécie de canteiro. A pata do toiro empeçou na pedra e o corno, na hora tormentosa, baixou, passou por mim sem me tocar, junto com o resto do toiro e todos os odores que um toiro arrasta consigo. Há fotografias e até um vídeo. Aí é que me dei conta da rapidez com que tudo aconteceu. Só gostava de saber quem foi o santo homem que colocou aquela pedra ali, a fazer canteiro para a árvore, a minha pedra angular. 25 junho 2012 / 25
PARTIDAS
O primeiro Derechazo TEXTO E FOTO / Bruno Bettencourt
O interior da ilha Terceira é o reflexo da alma de cada terceirense. O eterno contraste entre a alegria do verde e a agrura do terreno. A majestosa presença do toiro bravo, cuja nobreza e bravura nutrem a ilha e aquele que ela amamentou. Era uma manhã de Sábado. Ao percorrer o caminho até à Praça de Toiros “Ilha Terceira”, desenhavam-se faenas intermináveis no pensamento. Em breve, ali começaria outra aula da Escola de Toureio da Tertúlia Tauromáquica Terceirense. Haveria aula ou não? Afinal, os planos eram outros. “Hoje não é aqui na praça. Arranjem farnel para partilharmos e vamos para o Mato. Vamos treinar com vacas.”
Imediatamente acabaram as faenas imaginárias. O peito acelerou e agora havia um novo pensamento: “Hoje é a sério!”. A brisa fresca que corria por entre as árvores do Tentadero da Florestal não chegava para arrefecer as emoções. Almoço partilhado e depois um jogo de futebol que tentava fazer esquecer o porquê de ali estar. Quando a calma se estava a instalar, começou-se a ouvir o crepitar das pedras de bagacina sobre pneus: Eram elas! Tinham chegado! Com o abrir da porta saiu a primeira vaca para os capotes dos alunos mais experientes (hoje Bandarilheiros de alternativa). O peito, tal como os animais na arena, investia a galope. Chegou a vez de pegar na muleta e pôr em prática tudo aquilo a que as bancadas vazias da Monumental “Ilha Terceira” tinham assistido, fins-de-semana a fio. A caminho do centro da arena, o coração resolve acalmar e pulsar com temple. Estranho! Parece que tudo à volta parou. Ao longe, a voz do Mestre José Júlio corrigindo a colocação. No centro, apenas quem ia debutar, uma muleta na mão direita e aquela gigante com pouco mais de um metro de altura. Com o abanar da flanela vermelha ela avançou e a mão foi conduzindo a sua investida. Tudo
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parecia mágico. Tudo não! Os olhos pararam e não seguiram a viagem. Grande erro! Ainda não terminara o primeiro Derechazo e já havia a primeira voltareta. “Levanta-te e vai lá outra vez!” Palavras de incentivo do Mestre, histórico Matador português. Agora seria diferente. A calma mantinha-se e a mente clareou. Quatro ou cinco Derechazos rematados com Passe de Peito. Estava ganha a tarde! Terminou a faena que não o foi para quem assistiu, mas que marcou de forma triunfante quem a executou.
Tudo parecia mágico. Tudo não! Os olhos pararam e não seguiram a viagem. Quatro ou cinco Derechazos rematados com Passe de Peito
GUIA TRANSPORTE
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COM O PATROCÍNIO:
TOTAL . . . .
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os quais salvaguardaram,
IVA em regime de isenção
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pelos seus elementos,
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Importância
foram disponibilizadas
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e os Bailinhos de Carnaval
Designação
referentes às Danças
Contribuinte n.º Quant.
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MARÇO
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ENTRETENIMENTO ÓCIOS / OPINIÃO / OPINIÃO
“Em toda a festa existem dois tipos de pessoas - aquelas que querem ir para casa e aquelas que não querem. O problema é que elas normalmente são casadas umas com as outras.” Ann Landers
“Citação e/ou frase aqui.” CARTOON
F. S. QUESTIONÁRIO
PORTUGAL A MAÇONARIA PODE CONINFLUQUISTAR O ENCIA A EUROPEU POLÍTICA DE FUTEPORTUGUESA? BOL? SIM SIM NÃO NÃO
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Ordenações amanhã na Sé Título Aqui TERCEIRA COM TRÊS NOVOS PADRES
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Antigo modelo de volta Título Aqui FEIRA AGROTER 2012 EXPÕE MAIS GADO
I am a fan of
BRAND SPIRIT TEXTO / Frederica Lourenço
Um dos brinquedos presentes na última edição da International Tokyo Toy Show 2012, a maior feira do mundo de brinquedos, foi um puzzle de 1000 peças totalmente brancas. Por acaso até podia ter sido mais um projecto de Andrew Miller , o responsável pela “Brand Spirit”, mas por acaso até não foi. Basicamente a pergunta é: o que seria de nós se tudo o que utilizamos no nosso dia-a-dia deixasse de ter côr? Durante 100 dias Andrew comprou objectos por menos de 10 dólares, pintou-os de branco, fotografou-os e colocou-os no site dedicado ao projecto: brandspirit.tumblr.com. Diz-nos que ao eliminar a marca, reduz o objecto à sua forma mais pura. Possivelmente uma forma de nos fazer voltar à época em que éramos obrigados a imaginar o que as coisas poderiam vir a ser antes de serem o que são. Duvido da praticabilidade do projecto, e imagino que seja nenhuma. Mas, esteticamente, temos um conceito absolutamente extraordinário, que funciona. Numa altura de excessos, em que o kitch voltou em força, e em que somos inundados diariamente com imagens agressivas, faz bem olharmos para coisas que, de tão despretensiosas que parecem ser, se tornam viciantes e impositivas. I am a fan of! 07 junho maio 2012 / 28 25
CULTURA / OPINIÃO
CHARRUA Mari Lyn Salvador, antropóloga norte-americana e actual directora do Museu Emily Hearst de Antropologia da Universidade da Califórnia, apresentou no Museu de
POETA POPULAR Angra o DVD “Momentos com Charrua”. Este trabalho surge na sequencie de uma visita à Terceira, em Junho de 1989, onde entrevistou José de Sousa Brasil, popularmente conhecido
EM CONVERSA por Charrua. Essa entrevista àquele que é considerado o maior poeta popular açoriano e o mestre das cantigas ao desafio integra-se na exposição Festas do Espírito Santo: a contemporaneidade da herança açoriana, patente na Sala Dacosta até Outubro. Nesta são apresentados registos audiovisuais das Festas do Espírito Santo nos Açores e nas comunidades de emigrantes na Califórnia.
ATELIÊS no museu O Museu de Angra do Heroísmo promove, até 30 de Junho, um programa de ateliês dinamizados por artesãos terceirenses, nas áreas da olaria, cerâmica e “trabalhos loucos”. De 26 a 29 de Junho, terão lugar ateliês de olaria perspectivados para jardins-de-infância, atls e outros agrupamentos de natureza sociocultural. O ciclo dedicado à cerâmica e olaria terminará a 30 de Junho, com uma oficina de cerâmica, para adultos, orientada por Renato Costa e Silva. Este ciclo de artesanato insere-se num programa de valorização das artes e ofícios tradicionais, enquanto plataforma de afirmação de identidade e cultura, no âmbito do qual foi já promovida, em 2011, a oficina “Ponto de Açúcar”, que visava a divulgação do processo de confecção do alfenim. 25 junho 2012 / 29
A Camuflagem TEXTO / Marisa Leonardo
Temo até quando vamos fingir que o desemprego não nos bateu à porta? Que a prestação do automóvel do filho, já venceu pelo segundo mês? Agora é tempo de touradas, festas e futebol… e VIVA PORTUGAL!!! A 25 de Janeiro deste ano, na Ilha Terceira, através dum comunicado, o presidente da Câmara da Praia da Vitória, Roberto Monteiro, apresentou várias medidas para minimizar o desemprego local, promovendo o empreendedorismo. Inclui o alargamento da rede de creches e um mercado de produtos biológicos. Esperemos que promova postos de trabalho para tantos residentes desempregados! Em cada região deveriam aproveitar os recursos naturais e agrupar as poucas ferramentas que dispomos para se fazer pouco, mas BOM! Temos que circular os nossos produtos e exportá-los assim como “disciplinar” os cidadãos à educação (ao que chamo viver em cidadania)! Tão simples, certo? Espero que neste entusiasmo não se perca a atenção pelas dezenas de escolas primárias que por todo o país apenas lhe restam os musgos nos pátios! São espaços que deverão proporcionar outras actividades, como lares de acolhimento para crianças abandonadas ou para idosos! As casas de terceira idade não estão lotadas? E porque não, lojas e supermercados com mais produtos regionais e biológicos! Como “Amante da Sociedade”, deixovos a pensar neste tema com um novo olhar!
CULTURA
Flying Lotus TEXTO / Adriana Ávila
Steven Ellison que nos chega da Califórnia, também conhecido por FlyLo ou Juno Leed, está em destaque esta semana pelo seu pseudónimo mais marcante Flying Lotus . O registo musical deste artista está enquadrado no experimental multi-género , para além de músico e produtor elabora muitos dos seus vídeos. Em 2007 associou-se à “Warp Records” pela qual lançou os seus últimos três discos. O projecto Flying Lotus , tem vindo a ser reconhecido, nomeadamente o seu terceiro álbum “Cosmogramma” realizado em 2010, trabalho este premiado na categoria Dance/ Electrónica e na categoria de Short – Form Video pelo vídeo do tema “MmmHmm”, incluído no déci-
COSMOGRAMMA ALT TAKES mo Independent Music Awards /2011. Precisamente em 2011, lança o disco “Cosmogramma alt takes”, com sonoridades variantes entre o abstrato e o future jazz, este é um trabalho que conta com vários arranjos musicais alterando significativamente músicas anteriores mas não dissipando o seu registo pessoal.
FESTIVAL ORIGINAL Está a decorrer o primeiro festival de cinema no Youtube, o “Your Film Festival”. Serão apresentados 50 filmes, em qualquer género ou formato, com uma duração máxima de 15 minutos. O público irá votar até 13 de Julho para apurar os 10 finalistas cujas obras serão apresentadas Festival de Veneza, em Agosto.
JORGE AMADO A Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo associa-se às homenagens a Jorge Amado, com a exposição “Jorge Amado: Saveiro de longo curso”. A mostra pretende divulgar o nome do autor e a sua importância junto das gerações mais novas, através dos títulos e edições do escritor disponíveis nesta Biblioteca. A exposição estará disponível até 31 de Agosto, de segunda a sexta das 9H00 às 17H00.
MÁSCARAS e desenhos O Instituto Açoriano de Cultura tem patente na sua Galeria, no Alto das Covas, Angra do Heroísmo, uma exposição da artista Ana Tecedeiro intitulada “O máscara de ferro e outros desenhos negros”. A exposição estará disponível até ao próximo dia 31 de Julho e poderá ser visitada de 2ª a 6ª Feira das 10H00 às 12H30 e das 13H30-18H30. Ana Tecedeiro nasceu em Santarém em 1979. Vive e trabalha em Lisboa.
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OPINIÃO / AGENDA OPINIÃO / AGENDA
SHELTER BOX TEXTO / Rildo Calado
“Shelter Box” é o nome do projecto com o qual Guilherme Santos, um arquitecto português desempregado, ganhou o segundo lugar do concurso mundial Urban Collective Modular Building Design Challenge 2012 urbancollective.com.au. Foram apresentados a concurso 250 trabalhos de 55 países diferentes. O objectivo do concurso era o desenvolvimento de um conceito de habitações modulares para a cidade de Sydney, na Austrália, que tivesse em consideração a preocupação com o clima, acústica, a resistência e a qualidade ecológica. O conceito? A “Shelter Box” é uma grande estrutura em metal com um pilar de dez em dez metros entre os quais irão ser encaixados módulos habitacionais. É um conceito que permite comprar um lote e encaixar lá um módulo ou até mesmo deixar o espaço em aberto, dando total liberdade a quem compra já que os módulos são independentes entre eles. Ou seja, podemos retirar uma parte do edifício e levá-la para onde quisermos. Uma vez comprado o espaço, o cliente pode escolher entre 1 T0, T1 ou T2.
HEADLINE HERE PALCO DO BAILÃO Lores aut quidebis dis nitatem et que pel ime nossequam, éofficae cesecto raenoquibus acesto Como da praxe, muitaetum música palco do Baiquaspiet faccumdoiligenimi, samcomeçando et, quidebitishoje antiaà lão, em Angra Heroísmo, noite com Mickael Carreira.
TITLE HERE MÚSICA dolorestibus consequate entus quo No diaint seguinte é a doluptiatus dolo earum vez de Aurea ser a rem arumestrela volora vita grande da arum reictissi utatae. noite, e na quartaEt aborero etur, feira, 27, acone memória cuptatem que comde Zeca Afonso “inmoluptas quiae no et, esvevade” o Bailão liqui accusam facculp pectáculo dos Zeca Sempre.
TITLE HERE SANJOANINAS ariorum vel il es volor simus, core quistib eribus
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Xeratem quost autemos De 2 a 27 de dipsam Julho, o ut imagnam, offic município da Praia totatur? da VitóriaQuiditam promove alia iducidentia sio Campo de Férias tias millupis et om“Deporto e Lazer”, nim ex enis as para crianças eost com eosaper ibeaquo idades entre os seis ma ipis dolor ad e osdel dez anos. eument, condecorEste campo féectatiam dolorese rias oferece um pratiant quam que conjunto de activivolo molorro ex et dades desportivas vitde qui e lazer,ditessunque irão di unte ella nate decorrer durante nobitatemsemanas. quis quatro quossimodia quis As primeiras duas delisci destinampsapedi semanas beritem ilit quiscom inse a crianças venise consequ seis sete anosunde dignam aut most, idade. As duas últicum fugition mas semanaseium são eratur res ipsamus reservadas para eatum etur sapitat crianças com idaiaecaep udaerades entre os oito e tiatur noos dez aditatis anos. bitib usante qui as Estas actividades rersperae latis ex decorrerão de seexerae. Ipicipitium gunda a sexta, enque as et, 9H00 quatureres tre as 17H00.
07 maio 2012 / 31 25 junho 2012 / 31