Revista U 17

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A REVISTA SEMANAL D´A UNIÃO

www.auniao.com

Pelos Caminhos… Das ilhas Universidade: A crise Financeira PÁG. 06

edição 34.791 · U 17 · 09 de julho de 2012 · preço capa 1,00 € (iva incluído)


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E-mail: clipraia@gmail.com • Telefone: 295 540 910 • Fax: 295 540 919

Área Clínica Análises Clinicas Anestesiologia Cardiologia Cirurgia Geral

Médicos Laboratório Dr. Adelino Noronha Dr. Pedro Carreiro Dr. Vergílio Schneider Dr. Rui Bettencourt

Cirurgia Vascular

Dr. Fernando Oliveira

Cirurgia Plástica

Dr. António Nunes

Clínica Geral

Medicina Dentária

Dermatologia Endocrinologia

Gastroenterologia

Ginecologia/Obstetícia

Medicina Interna Medicina do Trabalho Nefrologia Neurocirurgia Neurologia Neuropediatria Nutricionismo Otorrinolaringologia Pediatria

Dr. Domingos Cunha Dr.ª Ana Fanha Dr.ª Joana Ribeiro Dr.ª Rita Carvalho Dr. Rui Soares Dr.ª Lurdes Matos Dr.ª Isabel Sousa Dr. José Renato Pereira Dr.ª Paula Neves Drª Paula Bettencourt Drª Helena Lima DrªAna Fonseca Dr. Lúcio Borges Dr. Miguel Santos Dr.ª Cristiane Couto Dr. Eduardo Pacheco Dr. Cidálio Cruz Dr. Rui Mota Dr. Fernando Fagundes Dr.ª Andreia Aguiar Dr. João Martins Dr. Rocha Lourenço Dr.ª Paula Gonçalves

Doenças de Crianças

Dr.ª Patrícia Galo

Pneumologia

Dr. Carlos Pavão

Podologia

Drª Patrícia Gomes

Psicologia

Dr.ª Susana Alves Dr.ª Teresa Vaz Dr.ª Dora Dias

Psiquiatria

Dr.ª Fernanda Rosa

Imagiologia (TAC/ECOGRAFIA/Ressonância Magnética) Neuroradiologia (TAC/Ressonância Magnética)

Dr.ª Ana Ribeiro Dr. Miguel Lima Dr. Jorge Brito Dr.ª Rosa Cruz

Reumatologia

Dr. Luis Mauricio

Terapia da Fala

Dr.ª Ana Nunes Dr.ª Ivania Pires

Urologia

Dr. Fragoso Rebimbas


EDITORIAL / SUMÁRIO

Vende-se mar TEXTO / Marco de Bettencourt Gomes | director@auniao.com

Podemos vender o mar? Se é nosso, se não nos faz muita falta, se não nos entendemos com ele, se é nosso rival, se é uma fonte de dor de cabeça, se há quem o queira, se render bom dinheiro, então por que não? Temos mar quanto queira. Temos mar a mais. Não sabemos o que fazer com tanta abundância. Nem empresas marítimoturísticas, nem centros de mergulho, nem oceanografia e nem pescas, nem energia das marés e ondas, nem talassoterapia, nada disso nos diz nada. Nem barcos, nem construção naval, nem cais. Se a nossa zona económica exclusiva tem uma área superior à do território nacional continental, imagine-se lá o que isso representa vistas as coisas em três dimensões. Vendamos, pois, essa massa líquida salgada. Houve já uma tentativa fracassada, alguns anos atrás, de um visionário que pelas bandas da ilha de Gonçalo Velho encetou a empresa de vender o mar, mas em seco. Construiu salinas sobre a escarpa da vila. Bombeava o mar costa arriba. E lá deixava o mar em salmoira, à espera que o sol da ilha fizesse o resto do trabalho. Quis vender o sal sem mar; deu-se mal. Sei ainda de um senhor que numa das ilhas do grupo central inventou um submergível. Sonhos sem barco. Não sabemos levantar a ponta do mar a ver o que tem lá por debaixo. Apenas ilhas sem ser arquipélago. Vivemos de costas voltadas para o mar. Já não vamos ao mar colher laranjas. O marulho já não nos encanta. Leviatã não faz parte do nosso credo. Já não ensinamos os barcos a nadar. Já não somos do mar. O mar já não é nosso. E isso é falta de respeito. Enchei e dominai a terra firme e sem mar.

SUMÁRIO 05

capitalizar a boa cidade

06

as duas caras do euro

culturas

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propósito de não ler

15

o moinho e a cruz

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como usamos o nosso olhar?

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07

o primeiro da sony

comportamentos de risco

08

açores, uma matriz em comum…

10

esplanada no atlântico

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mudar de vida

26

blues da morte de amor

13

festival das tradições

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o primeiro dia de verão

NA CAPA... Açores A pé / pág. 16

Nuno Ferreira, jornalista de profissão, meteu-se à estrada, a pé, por terras continentais. Queria conhecer o chamado “Portugal profundo” de mochila às costas, e assim o fez entre os anos 2008 e 2010. Este ano, traçou os primeiros percursos nas ilhas dos Açores. Já visitou São Miguel e Santa Maria, e, agora, foi a vez de conhecer os caminhos da ilha Terceira. Mas a viagem continua. 09 julho 2012 / 03

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REVISÃO

As seis melhores cidades

ANGRA E P. DELGADA PARA SE VIVER Angra é a segunda e P. Delgada a quinta melhor cidade para se viver, segundo inquérito realizado pela DECO. Angra do Heroísmo e Ponta Delgada estão entre as cinco melhores cidades do país para se viver. O estudo, divulgado pela Associação de Defesa do Consumidor – a DECO, junta-se ao das suas congéneres de Espanha, Itália, Bélgica e Brasil que analisaram vários parâmetros de qualidade de vida, entre eles, o emprego, a segurança e a saúde. As cidades de Angra do Heroísmo e de Ponta Delgada ocupam o terceiro e o quinto lugares, respectivamente, na lista de melhores centros urbanos para se viver em Portugal. Estas são as conclusões da associação de defesa do consumidor - DECO que lançou, junto de 21 cidades, mais de três mil inquéritos. Segundo referiu ao jornal “A União” a técnica da DECO, Ana Almeida, coordenadora do estudo, as urbes açorianas estão no “grupo da frente” em termos de qualidade de vida: “são duas cidades que obtiveram muito bons resultados em quase todos os critérios e encontram-se no grupo das melhores cidades, no índice de qualidade de vida que construímos”. No topo nacional está Viseu, seguindo-se o Funchal, depois Angra do Heroísmo, Castelo Branco, Ponta Delgada, Bragança e Viana do Castelo. Pela negativa, a lista elenca as cidades de Setúbal, Lisboa e Portalegre.

Angra avaliada pela segurança

com as suas congéneres de Espanha, Itália, Bélgica e Brasil: “Bruges, na Bélgica, é a melhor cidade para viver, enquanto Salvador, no Brasil, é a pior”, concluiu. Em termos europeus, em Espanha, Pamplona/Iruña é a melhor cidade, enquanto que Trento em Itália e Curitiba no Brasil ocupam os lugares cimeiros. Apesar de tratar-se da segunda análise do género que a DECO realiza, é, contudo, o primeiro a incluir os Açores. O trabalho de pesquisa ocorreu entre Setembro e Novembro de 2011, através do envio de questionários “a uma amostra representativa da população de cada capital de distrito de Portugal continental. Incluímos ainda Funchal, Angra do Heroísmo e Ponta Delgada, das regiões autónomas da Madeira e dos Açores”. “No total, obtivemos 3055 respostas para avaliar 21 cidades”. BRUGES A MELHOR Ao todo, foram avaliados onze critérios SALVADOR A PIOR O estudo da DECO foi feito em parceria no apuramento dos melhores centros ur-

Ponta Delgada com BOA habitação

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REVISÃO

banos: nomeadamente: emprego, segurança e criminalidade, saúde, mobilidade e transportes, habitação, planeamento e gestão municipal, educação, ambiente, cultura, lazer e desporto, comércio e serviços, paisagem urbana e património histórico. “É com base nesses onze critério que foi construído o índice de qualidade de vida que faz este ranking. Foi pedido aos inquiridos o que, na sua opinião, mais influencia a qualidade de vida numa cidade: 19 por cento, e em primeiro lugar, responderam o emprego, em segundo lugar, a segurança e a criminalidade com 16 por cento, a saúde em terceiro lugar, a mobilidade e os transportes em quarto e a habitação em quinto”, elencou. O BOM E O MAU Numa análise ao pormenor do estudo da DECO, e por categorias, a avaliação feita pelos inquiridos ao mercado de trabalho da sua cidade destaca-se “em geral” pela “negativa”: “Ponta Delgada é a melhor avaliada, seguida por Leiria, Castelo Branco, Viseu, Aveiro e Angra do Heroísmo”, sintomas da actual crise no mercado do trabalho em Portugal. “Quanto ao tráfico e uso de drogas, os piores locais são Porto, Setúbal, Ponta Delgada e Angra do Heroísmo. Mas tal não impede os inquiridos desta cidade da ilha Terceira de considerá-la segura, ao ponto de ocupar a primeira posição da nossa classificação”, pode ler-se no estudo.

Apesar de estarem entre o melhor grupo, o estudo indica também os aspectos que os inquiridos açorianos apontam como os piores, no caso de Angra, o desemprego, e no de Ponta Delgada o da criminalidade.

Capitalizar A bOa cidade TEXTO / Humberta Augusto / haugust@auniao.com

publicitar referências positivas

O BOM E O MAU DAS CIDADES

Seja ao nível do turismo, do património natural, da morfologia geo-vulcanológica, há que capitalizar todas as boas, e fundamentadas, referências aos Açores. Uma das mais recentes, feita pela Associação de Defesa do Consumidor, a DECO, coloca Angra do Heroísmo e de Ponta delgada entre as cinco melhores cidades para viver em Portugal. Mesmo para quem pensa que o universo de cerca de três mil inquéritos feitos em apenas 21 cidades, é pouco para consolidar tal certificado de qualidade de vida urbana, fica a publicidade. A boa, com a divulgação da segurança dos nossos meios, e, infelizmente, a má, com o tráfico de estupefacientes. Mas, em ano de crise, há que capitalizar o positivo de toda e qualquer referência aos Açores. Pode já não servir para trazer turistas às ilhas, mas, ajudará a manter quem cá vive.

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OPINIÃO

As duas caras do Euro TEXTO / Carmo Rodeia

Vivemos praticamente durante um mês anestesiados pela bola. O Europeu de futebol, onde as equipas se digladiam dentro de campo, onde os nossos “esmagam” os outros sem que ninguém morra, afastounos por momentos do outro euro que faz agonizar a Europa, que devolve todos os dias às ruas milhares de desempregados, sem esperança nem fé num amanhã melhor. E ficamos contentes quando vemos alguns dos “nossos” “esmagar” os outros que todos os dias censuramos por serem autoritários, pouco condescendentes para com os indisciplinados e pouco submissos à ordem de Berlim. Torci por Portugal, mas como não sou melhor que o resto do mundo, quando fomos afastados, mudei de equipa para poder continuar a odiar à vontade. Rejubilei quando a Itália, aquele país “desleixado”, como todos os do Sul, derrotou impiedosamente a responsável e poderosa Alemanha. Gostei, particularmente, de ver Pirlo e Balotelli mostrarem que o talento natural e a vontade determinam a vitória. À hora do jogo realizava-se mais um Conselho Europeu. A senhora Merkl avisou que a magia do Futebol não se sobreporia à austeridade pré determinada por ela! Ciente de que a sua poderosa e disciplinada equipa iria triunfar esqueceuse da história. Em 2008, outro grupo displicente do Sul tinha deixado a Alemanha para trás na final do Euro da Áustria. Fernando Torres, el niño, marcou frente à Alemanha e sagrou a Espanha campeã europeia. Dois anos mais tarde, com outro homem ao leme, criticado por não fazer escolhas certas, La Roja, com o génio de Iniesta, marcou contra a Holanda e tornouse campeã mundial. No domingo passado, Portugal não foi finalista mas senti-me representada pelas duas seleções, ambas do sul da Europa, daquele canto que a senhora Merkl tanto hostiliza. Gostei da vitória espanhola. Fabregas, Iniesta, Xavi, Silva, Casillas, são talentos formados nas escolas de dois grandes clubes europeus que, por acaso, são espanhóis. Têm talento natural que até enjoa. Jogam com bola e sem ela com a sagacidade e a inteligência dos melhores. Porque é que os políticos do sul não se inspiram neles?

A crise financeira da Universidade TEXTO / Tomaz Dentinho

A crise financeira da Universidade dos Açores, como todas as que estão a explodir na administração pública, manifesta-se nas contas de 2011. Um deficit efectivo de 5 milhões de euros (1,5 de deficit + 3,5 de provisões), num total de 30 milhões de custos (Pessoal 20; Amortizações 5; Outros 5) sendo as receitas de 25 milhões (20 de Transferências do Estado, 4 milhões de Propinas e 1 milhão de projectos). Para além do problema estrutural, o facto de ser difícil recorrer ao crédito e de se terem esgotado as reservas - por pressão do deficit estrutural criou-se um problema grave de tesouraria que se tem resolvido

recorrendo às verbas que deviam estar cativadas para a execução de projectos de investigação, de prestação de serviços e também de ensino. Para além disso conseguiram-se verbas do Pro-Convergência para saldar dívidas de projectos de infraestruturas e, mais recentemente, a aprovação de um empréstimo para pagar outras dívidas e que terá se ser pago ao longo dos próximos anos agravando um pouco mais o deficit estrutural. A solução que defendo desde há muito é a redução dos custos estruturais da Universidade e o estímulo dos docentes e investigadores para aumentarem as receitas. Bastaria reduzir os custos estruturais em 5% (menos 1 milhão de euros) e aumentar as receitas em propinas e projectos em 4 milhões (estimulando e não destruindo os projectos de investigação) para solucionar o problema. No entanto não tem sido essa a posição da maioria dos docentes, alunos, funcionários e da sociedade representados nos órgãos de poder da Universidade que respeito democraticamente embora com grande discordância. Em democracia os colapsos são de facto de responsabilidade colectiva.

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FERRAMENTAS

O primeiro da Sony TEXTO / Paulo Brasil Pereira

Dimensões a mais para Ultrabook: 216 X 323 X 18 / 1.6Kg

Este é o novo e primeiro ultrabook da marca Japonesa, o VAIO T13. Apesar de ser um ultrabook com mais de 1.5kg, ele convence pela sua elegância e pela sua estrutura que não peca por fraqueza (aluminio e magnésio). O T13 permite escolher a RAM (4,6 ou 8) e a unidade principal de armazenamento (do tipo SSD flashy até 512GB ou um disco rígido de 320 ou 500Gb). Tem processador i3 a 1,4Ghz, ecrã de 13,3 polegadas, USB 2.0, USB 3.0, entrada de auriculares, entrada SD/MS, HDMI, VGA e Ethernet. Vem equipado com WiFi, Bluetooth 4.0 e Webcam HD. Possui tecnologia xLOUD e Clear Phase que assegura realce do volume sem distorções. O Vaio T tem instalada por 90 dias a in-

teligente função de segurança que pode detectar um potencial roubo e bloquear o equipamento ao acesso dos dados. Deixando as características para trás, um dos sonhos deste ultra é os 90 dias que a Sony permite de início quase instantânea a partir do estado de repouso. Abre a tampa e após 1 segundo está pronto a utilizar. Fechas a tampa e ele ficará repousadamente a “dormir”. Eficiência energética que dura até 90 dias pois a sony garante 9 horas de autonomia nos seus modelos. Quanto ao preço foge um pouco à regra, pois os seus 900€ iniciais foge da filosofia de que se rege os ultrabook’s: computadores portáteis a preços acessiveis para o grande público.

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CIÊNCIA / OPINIÃO

redobrar cuidados na gravidez

GRÁVIDA E BEBÉ: SAÚDE ORAL

TEXTO / Rita Paim Carvalho*

Actualmente persiste o mito da impossibilidade da grávida visitar o médico dentista, no entanto este não se enquadra na realidade, logo existe a necessidade de o desmistificar. A GRAVIDEZ ENFRAQUECE OS DENTES E PROVOCA MAIOR RISCO DE CÁRIE? Não. Durante a gestação pode haver um agravamento das condições da má saúde oral, mas a gravidez não aumenta a incidência de cárie dentária. EXISTE PERDA DE CÁLCIO NOS DENTES NA GRÁVIDA? Não. O cálcio continua a existir nos dentes da mãe de forma estável, ou seja, não está disponível na corrente sanguínea e não é transferido para o bebé. QUAL A MAIOR MANIFESTAÇÃO ORAL NAS GRÁVIDAS? O sangramento gengival. Devido a alterações hormonais, a gengiva pode doer e sangrar facilmente. A grávida deverá ter cuidados redobrados de higiene oral. SE UMA GRÁVIDA TIVER DORES DE DENTES PODE TOMAR MEDICAÇÃO? A melhor opção será recorrer ao Médico Dentista para que seja prescrita a medicação mais adequada. NÃO SE AUTOMEDIQUE! UMA GRÁVIDA PODE FAZER QUALQUER TRATAMENTO DENTÁRIO? Depende do tipo de tratamento, no entanto pode ser anestesiada e ser submetida a vários tratamentos. Uma infecção oral é mais prejudicial para o bebé do que o tratamento dentário. O ideal será ter uma consulta antes da gravidez, no caso de não ser possível,

pode sempre consultar o médico dentista para este proceder da melhor forma a proporcionar-lhe uma boa qualidade de vida, durante a gestação. DE QUE FORMA A HIGIENE ORAL DA GRÁVIDA PODE INFLUENCIAR A SAÚDE DO BEBÉ? A higiene oral é a medida preventiva mais eficaz para evitar uma infecção oral. A transmissão de microrganismos provenientes de doenças infecciosas é transmitida de mãe para filho. QUANDO É QUE SE DEVE INICIAR OS CUIDADOS DE HIGIENE ORAL À CRIANÇA? Antes de erupcionarem os dentes decíduos ("dentes de leite") deve-se limpar as gengivas do bebé com uma gaze humedecida em água, pelo menos uma vez por dia, preferencialmente à noite. COM QUE IDADE A CRIANÇA DEVE IR AO DENTISTA? A Academia Europeia e Americana de Odontopediatria recomendam a 1ª visita ao dentista até ao primeiro ano de idade. DEVEM-SE TRATAR OS "DENTES DE LEITE"? Sim. Os dentes decíduos podem ser afectados por cárie e a evolução desta é mais rápida do que nos dentes definitivos e pode afectar a formação destes, bem como a saúde geral da criança. A saúde oral deve ser estimada e cuidada como qualquer outra área da saúde do individuo... *Médica Dentista Colaboração da Clínica Médica da Praia da Vitória

Comportamentos de Risco TEXTO / Carina Fortuna

George Steiner, um dos grandes pensadores da atualidade, considera que “vivemos num dos períodos mais selvagens da História”. Considera ainda que “os dois grandes produtores de dinheiro são a droga e a pornografia. A condição humana tornou-se, hoje, profundamente problemática.” A toxicodependência e o alcoolismo são uma realidade que se tem afirmado cada vez mais, um problema 09 julho 2012 / 08


MONTRA / OPINIÃO

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que existe em diferentes contextos socioculturais, sendo preocupantes as implicações humanas, sociais e económicas que esse problema causa. Encontrar uma solução, é algo cada vez mais difícil. É de congratular o empenho e dedicação de todas as associações/entidades que promovem campanhas de sensibilização e de luta contra comportamentos de risco, mas é preciso que o Homem queira realmente essa informação, lutando contra a degradação e alienação. A família tem um papel fundamental, é muito impor-

im dit,que veniendae simaximod tante esta esteja atentamolorpo a todos ressund igendis non conessit reperae os sinais e que não se deixe cegar; cuptatur? Siminte voluptur? Poreium negligenciar é contribuir para esse am, quas mi, voluptus, as porrorenis flagelo. pra quam, quiaquer derum, natibusQuerdolut o alcoolismo a toxicodeto illa nonecea alignimporro pendência são cusdam um problema social que ex etum ut lam lam aut laborias que envolve todas as camadas da pedignimenis excea volorro ma derpopulação, o vício dá lugar a um denatquam molesequata dis sua repuda terminadoaut consumo que por vez sam resera voleceriae id magnimpos troca o bem-estar por uma ilusão e sum quas et ipsundifalsossincit valores dealitemod felicidade. tium Ebit onde fugit, existe sitiae eicim “Em explabo. um mundo uma dem simus eicit qui aut aut expelitfreas riqueza de informação, existe et porio. Offictur? quatur sa a quentemente uma Illaut pobreza de atenlendam Aniatur aut modi cuptat ção” (Ken Mehlman).

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CIÊNCIA

Açores, uma matriz em comum... TEXTO / Sérgio Rezendes

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Na sequência do que referi no último artigo publicado na U, irei optar por debater temáticas caras a todas as ilhas, sendo, neste caso, a baleação. Ao longo das minhas pesquisas tornou-se evidente a presença de um outrora grandioso património relacionado com a caça à baleia, quer de origem imaterial como material e, dentro deste, móvel e imóvel. Já em 1946, o Dr. Mousinho Figueiredo o atestara: “para afirmar esta afirmação basta reparar que […] são apenas duas ilhas […] dos nossos arquipélagos adjacentes (Porto Santo e Corvo) onde esta atividade marítima não está ainda firmemente estabelecida…”1. Contudo, os moldes com que este património tem sido tratado desde os anos oitenta do século XX deverá ser alvo de uma profunda reflexão no início da segunda década do século XXI. Temos um pouco de tudo: desde o excelente papel realizado pelo nosso museu dos baleeiros na ilha do Pico, até ao total abandono e ruína da fábrica em Santa Maria; desde o aproveitamento da fábrica do Faial, transformada em museu e Observatório do Mar dos Açores, ao monumento dedicado ao

Estado atual da fábrica da Baleia em São Miguel atentado ao Património, que constitui a fábrica nos Poços de São Vicente na ilha de São Miguel. O caso da Flores, cuja fábrica se encontra em processo final de musealização, contrasta com o material que se encontra a granel em ilhas como São Jorge. Estruturas como as três vigias do Corvo comprovam a existência de sistemas de apoio e de sinergias inter-ilhas que colocavam duas ou mais ilhas em ação. O que perdura hoje? Tirando as referências, existe muitas ruínas, muito património abandonado, esquecido e desaproveitado num século que se espera inteligente e proveitoso na defesa da nossa Identidade Cultural comum. Cabe-nos a nós defendê-lo, em especial aos órgãos de poder, a começar pelo local. 1

Figueiredo, J., Introdução ao

estudo da Indústria Baleeira Insular, Museu dos Baleeiros, 1996, p. 217.


MESA

A mais pequena esplanada no Atlântico

TEXTO / Joaquim Neves

… num “remake” de “A Dama e o Vagabundo”…

Português com cozinha benfiquista

Foi, ou será num dia, comum o dilema de jantar com a namorada e querer ver o jogo do Benfica. Iniciava-se a temporada de futebol e o tempo convidativo, noites de suaves brisas, travadas pela grelha das ruas. Jogo às 19 horas, pela razão da minha história, levou o Afonso, o meu personagem, a ter a brilhante ideia de jantar na mais pequena esplanada que existe nas imediações do Atlântico, estrategicamente localizada, frente às portadas do restaurante e ângulo visual para o jogo no televisor e olhos da Maria que iria ficar sentada à sua frente. Maria não era propriamente uma menina e moça que gostasse de se ver onde não chamasse propriamente atenção. Problemas de ego, que o seu querido Afonso se encarregava de lhe fazer consciencializar. A ementa do Venâncio é a de quem cozinha para o dia a dia, tal qual como qualquer português, gosta de ter o almoço ou jantar na mesa de sua casa. Tradicional, com o que sabe bem, com o que se tem em casa. Afonso, previamente havia pedido e ex-

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MESA

plicado a situação ao sr. Venâncio, num “remake” de “A Dama e o Vagabundo,” toalha branca, um jarrinho com flores, vela em candelabro de vidro para proteger da brisa marítima, garrafa de vinho branco em gelo como recepção. Chicharros fritos decorados com finas rodelas de limão e polvilhado com salsa picada para entrada, que duraram 25 minutos do jogo que não teve grande emoção a assinalar. Maria havia ficado surpresa quando chegara ao local, mas o entusiasmo do Afonso ao apresentar-lhe a mais pequena esplanada do Atlântico, achou assim ao seu jeito de “sei lá” de alguma maneira muito querido. Seguiu-se uma taça de morangos. Só para entreter 15 minutos, mudança de vinho, jogo sem nada a assinalar. Maria e o bife de novilho, acompanhado de batatas fritas caseiras, arroz de tomate e saladinha mediterrânica com os ovos e linguiça do Afonso, ocupariam mais 35 minutos do jantar e Maria respondia exaustivamente a algumas questões que o namorado havia colocado. No quinto minuto da segunda parte e o jantar a cinco minutos de terminar esta etapa o golo interrompeu Maria da animada explicação das inter-relações laborais, intercolegiais, e multi-sociais. Dentro do restaurante pelo alarido, até a águia de barro parecia fazer gritaria. Maria, surpresa pela expressão de alegria do namorado, pela gritaria do golo, olhou para Afonso mas o súbito beijo, fechou-lhe os olhos e fê-la esquecer-se de ficar chateada pelas coisas do costume. Depois, houve sobremesas e cafezinho. Tempo, beijinhos e final ganho. Despedidas um obrigado ao senhor Venâncio e ao empregado com a atitude de “tá-se” bem. Passeio pela marina. Grandes emoções que só a mais pequena esplanada nas imediações do Atlântico pode suscitar.

A mais pequena esplanada

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no Atlântico

Receita

Gaspacho

Consiste numa sopa fria, de vegetais hortícolas, com destaque para o tomate, o pepino e o pimento, cortado aos cubos e no mundo hispânico triturado em puré. É típico na cozinha alentejana e brasileira. Nós por cá, temperamos com sal, pimenta preta, azeite e vinagre e adicionamos no final pão também aos cubos, por vezes até levemente torrado. (pessoalmente gosto de passar os cubos de pão por azeite com bastante alho alourar tudo na frigideira e polvilhar com orégãos). Basicamente faça assim: 5 dentes de alho, esmagados com o sal, numa terrina junte: • 4 tomates maduros 2 picados dos em puré (como preferir) e um copo de água bem fria. • Prepare 2 pimentos verdes, 1 pepino em cubinhos, orégãos (se não optar pelo pão frito) tempere com • 5 colheres de sopa de vinagre (escolha um bom vinagre envelhecido) • 1 dl de azeite • pimenta preta. • Junte o pão Como opção ao pão, use batata cozida. Ainda pode considerar aipo cru, repolhos crus, sementes picadas, hortelã… e recentemente descobri sementes de Chia: junto uma colher de sopa, que dão uma suave gelatina que liga bem os ingredientes. Mas então já não sei se se pode chamar ainda de gaspacho.


PALAVRAS

blues da morte de amor TEXTO / Vasco Graça Moura

já ninguém morre de amor, eu uma vez andei lá perto, estive mesmo quase, era um tempo de humores bem sacudidos, depressões sincopadas, bem graves, minha querida. mas afinal não morri, como se vê, ah, não, passava o tempo a ouvir deus e música de jazz, emagreci bastante, mas safei-me à justa, oh yes, ah, sim, pela noite dentro, minha querida. a gente sopra e não atina, há um aperto no coração, uma tensão no clarinete e tão desgraçado o que senti, mas realmente, mas realmente eu nunca tive jeito, ah, não, eu nunca tive queda para kamikaze, é tudo uma questão de swing, de swing minha querida, saber sair a tempo, saber sair, é claro, mas saber, e eu não me arrependi, minha querida, ah, não, ah, sim.

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há ritmos na rua que vêm de casa em casa, ao acender das luzes, uma aqui, outra ali, mas pode ser que o vendaval um qualquer dia venha no lusco-fusco da canção parar à minha casa, o que eu nunca pedi, ah, não, manda calar a gente, minha querida, toda a gente do bairro, e então murmurarei, a ver fugir a escala do clarinete: - morrer ou não morrer, darling, ah, sim.


CONSUMO/OPINIÃO

FIM DE CONTRATO TEXTO / ACRA / Angra do Heroísmo

Relativamente às vendas à distância é necessário ter em consideração o seguinte: • O consumidor pode sem qualquer justificação num prazo mínimo de 14 dias a contar da data da sua assinatura ou de 14 dias depois da entrega dos bens se esta for posterior àquela data para efectuar a rescisão do contrato; • Um prazo da resolução de 3 meses quando o fornecedor/prestador não fornece ao consumidor as informa-

ções atrás referidas; A rescisão deve s e r feita por escrito com prova de envio. Nas vendas pela internet, podem distinguir-se dois tipos de transacção: 1. As que se realizam unicamente por via electrónica (encomenda e entrega): por exemplo, as operações de telecarregamento de telemóveis, de software ou de bases de dados, assim como consulta de informações. Para se estar perante uma venda electrónica é necessário que os bens ou serviço mesmo que não corpóreos tenham um preço. 2. As que se encomendam por via electrónica mas se entregam por outra via, quer dizer, que implicam a entrega de bens ou de serviços: o arrendamento de um imóvel, a reserva de um quarto de hotel, compra de livros ou de CD’s, etc.. No caso dos bens corpóreos, é necessário um processo de entrega. O comércio electrónico oferecelhe uma escolha mundial de bens e serviços. Contudo, apesar das extraordinárias oportunidades oferecidas, deve estar atento, porque este comércio coloca algumas dificuldades no que respeita à protecção do consumidor e da segurança das transacções. Guarde toda a informação relativa à transacção, incluindo descrição do produto, condições de venda, preço, promoções, custos de transporte, seguros, e o correio electrónico trocado. *Associação de Consumidores da Região Açores

VIAGENS Ao cerne das coisas IX

CULTURAS TEXTO / Antonieta Costa * / antonieta_c@hotmail.com

Viajar pela pureza dos sentimentos

Um dos principais atractivos da viagem é (para mim) o confronto com outras culturas. E de todas as que tenho apreciado a que foi mais enigmática e apresentou mais questões foi a Indiana. No entanto, e paradoxalmente, essa foi também a que, no fundo, me pareceu mais familiar… Ao fim e ao cabo, somos Indo-Europeus. Não é usual procurar esses pontos de comparação, mas neste caso, eles surgem constantemente, atropelam-nos com as suas surpreendentes e obscuras semelhanças. Vejase por exemplo a de uma escola ao ar livre, com as crianças de uniforme, sentadas no chão, em filas, debaixo de uma frondosa árvore, alegres sem fazerem barulho, interessadas. Nada disto acontece agora na Europa, é certo. No entanto, existe um ténue fundo comum, inesperado. Uma saudade da pureza dos sentimentos, da ausência do cinismo e do boolismo, agora comuns entre nós. Ainda encontrei em Portugal (e na Terceira), no passado, crianças alegres e disciplinadas, ansiosas por aprender. Por essa razão tocou-me. Do mesmo modo se apresenta a questão da mudança. Como podem as crianças na Índia manter esse valor humanista da ânsia de crescer aprendendo, submetendo-se à disciplina (invisível) de uma classe numerosa, em ambiente pouco convidativo, se vivem num país enorme, cheio de diferenças, como e.g. as castas, as religiões e a vastidão do território? E porque razão perdemos nós esse sentido de viver? A pergunta pode não ter resposta, mas acho que devo continuar a colocá-la. *Historiadora

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OPINIÃO

PROPÓSITO DE NÃO LER TEXTO / Pe. Teodoro Medeiros

Que muita gente gosta deles? Acredito... que são bestsellers? É verdade. Que é só um passatempo? Também concordo; mas com muitas reservas. Pois então o tempo deve ser passado de formas menores? Olhar para o chão é uma distração aceitável? Para os arqueólogos sim! Paulo Coelho: o senhor batata frita da leitura. Li «As valquírias» e pareceme um logro: o que se lê é uma história medíocre revestida de pseudo profundidade. Está assim ao nível do «Comer, rezar, amar» e outras ideias de busca interior e auto ajuda que só servem só para lançar nas pessoas uma áurea de exotismo em relação a si mesmas. É aí que está a verdadeira fraqueza desses livros e «filosofias»: reconciliar-se consigo mesmo? Sim mas é preciso ir até à Índia vestir uns vestidos coloridos e cheirar uns fumos reverenciadores. Ganhar força interior? Sim, porque não, mas é preciso imaginar-se com uma espada na mão a afrontar as forças opostas que povoam a própria alma. A ideia é válida: a sua apresentação literal é ridícula. No fundo, os maus livros de espiritualidade e auto ajuda são um escape e uma fuga à realidade: a paz interior é imposta de fora, a profundidade da alma é resolvida em adereços roubados a culturas antigas ou símbolos mágicos que acentuam e perpetuam as inseguranças dos que buscam algo seguro. Haverá alternativas válidas? Felizmente sim mas não são coisas tão «poéticas», tão «arrebatadoras» como os tais bestsellers. Ora é pena que assim seja porque quem fica a perder é quem não lê Anthony de Mello, Kalil Gibran, Anselm Grun, Marco Rupnik, Hans Ur Von Balthasar, Tolentino Mendonça e tantos outros.

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Que força interior existe mais genuína do que Etty Hillesum? Esta judia que viveu o milagre da vida e da própria alma no dia a dia de um campo de concentração e morreu muito feliz. É uma profetiza do nosso tempo mas não bestseller. O cidadão comum nunca ouviu falar dela e tem em casa, se calhar, uns símbolos Reiki que ele não percebe bem mas que estão a protegê-lo. O negócio que está montado nessas “espiritualites” fracas é o mesmo dos romances e trillers que vendem muito e são muito empolgantes: manipulam o espetador e concedem-lhe o máximo de recompensa com o menor esforço possível. São livros para se ler em férias, na praia, quase que enquanto se pensa em outra coisa. Quem se concentrar lê-os em dois dias e nas calmas: são muito acessíveis mas metem, aqui e ali, umas palavras mais rebuscadas ou uma descrição mais longa. O universo declarado está bem de acordo com um espírito superficial dos tempos... “CSIs”, “Big Brothers” de glória fácil, programas em que putos que cantam assim e assim se dirigem ao júri, esperando que eles se rendam às suas qualidades excelsas... é esse o leitor que compra livros e depois viaja para conhecer os locais sobre os quais leu: ele imagina-se, como o personagem do livro, um herói moderno, de telemóvel na mão, esforçado mas com o trabalho facilitado. A isto serve o entretenimento: a que se consiga projetar fora de si mesmo o que de si já se tinha recebido de fora. É um círculo vicioso tão bom como qualquer outro! Dá vontade de citar o surpreendente Millôr Fernandes: “a depressão é o preço total, com juros e multas, cobrados pela natureza, de uma vez só, a quem não pagou suas parcelas de auto critica”.

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Um dos propósitos é encontrar o caminho mais curto, não para o mar, mas para o homem. O projecto “Portugal a Pé”, do jornalista Nuno Ferreira, chega às ilhas dos Açores, após quatro anos de caminhos trilhados na procura do lado popular da cultura portuguesa. No chamado “Portugal profundo”, os habitantes parecem viver sobretudo em nome da natureza e da autonomia que contrastam com a cultura e liberdade das cidades. Esta talvez menos sentida do que a primeira se considerarmos o homem como parte da natureza e não tanto como um elemento da sociedade ou como um ‘animal político’. Nuno Ferreira esteve à conversa com a “U” e revelou as motivações que o levaram a meter o pé na estrada.

TEXTO / Sónia Bettencourt sonia@auniao.com FOTOS / Espólio de Nuno Ferreira

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U - A letra da canção “Pelos Ca- localidades. Basta que tenha haminhos de Portugal”, de Mário vido um roubo ou assalto há pouGil, diz “Eu vi tanta coisa linda, co tempo para as pessoas pareVi um mundo sem igual”. Que cerem mais desconfiadas. Nesse

esvaziamento do interior entristeceu-me

mundo ou que mundos tem visto nas suas viagens a pé por Portugal, desde 2008? Nuno Ferreira (NF) - No continente, comecei a caminhar em Sagres e depois fui atravessando lentamente o interior até terminar em Cevide, concelho de Melgaço, em Novembro de 2010. Atravessei regiões muito distintas, com culturas muito diferentes e em alturas do ano diversas. O que mais me entristeceu foi o esvaziamento do interior no continente. O melhor de tudo foi o contacto com os portugueses dos lugares mais remotos e a natureza em estado quase puro de muitos lugares. U - São viagens organizadas e pré-definidas ao máximo ou parte, na medida do possível, à aventura? NF - Quando comecei, foi em colaboração com a revista “Única” do “Expresso” e a única coisa que apresentei foi um roteiro do princípio da viagem pelo Algarve. Fui-me apercebendo que devia ir alterando o roteiro e o ritmo da viagem sempre que alguém me desse uma dica ou sugerisse algo. Interessa-me sempre que me sugiram pessoas para entrevistar ligadas à cultura popular, gosto de escutar essas pessoas. U - Como é recebido nesses lugares? NF - Fui muito bem recebido em 95 por cento dos lugares. A hospitalidade varia conforme as

aspecto, o meu trabalho é um desafio: aparecer de mochila às costas e falar com pessoas que não estão acostumadas a ver um jornalista a andar a pé. U - Disse numa outra entrevista que durante as viagens “passava por vagabundos, contrabandista ou peregrino a Fátima”. Tornase necessário omitir a verdadeira identidade? NF - Nunca omiti a minha identidade. O que aconteceu é que quem anda muito tempo na estrada passa por tudo. No Parque de Montesinho, a norte de Bragança, um senhor comentou que eu devia ser contrabandista. Em Vila Flor perguntaram-me se andava à procura de trabalho. Em Carregal do Sal perguntaram-me se ia em promessa para Fátima. Quando explicava que era jornalista as pessoas ficavam admiradas mas ao mesmo tempo contentes por poder falar comigo uma vez que no interior do

Sinto-me bem mais rico agora

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continente muita gente se sente abandonada, a viver em aldeias de três, quatro habitantes, longe dos filhos e dos netos que migraram. U - Já passou por situações complicadas? NF - A situação mais complicada que passei foi no Marão em Junho de 2010. Meti-me por um trilho de forma irresponsável e acabei a passar uma noite na serra à espera dos bombeiros que foram espectaculares. U - Esse Portugal a pé e essa voz portuguesa que tem vindo a conhecer ‘in loco’ acaba por influenciar o seu ‘modus vivendi’? NF - Acaba por influenciar a minha relação com o país. A partir do momento em que atravessas o país de ponta a ponta, e encontras os portugueses mais autênticos e mais genuínos, deixas de ter paciência para um Portugal pretensamente sofisticado e novo-riquista que nos tentaram impingir nos anos 90. U - Como era o jornalista e o viajante Nuno Ferreira antes do primeiro contacto no âmbito desse projecto? NF - Eu já sou jornalista desde 1986. Quando deixei o jornal “Público” ao fim de 17 anos, já tinha feito muitas reportagens no país e no exterior mas faltavame esta proximidade. Sinto-me bem mais rico agora. U - Em relação às ilhas dos Açores, podemos considerar um “outro” Portugal? Há sentimento de carácter telúrico? NF - Neste momento, ainda só percorri as ilhas de São Miguel e de Santa Maria. Já deu para encontrar realidades muito diferentes e isso é o que mais me fascina, é descobrir vários universos dentro de uma ilha. A vivência do Nordeste de São Miguel ou do interior de Santa Maria, por exemplo, é muito diferente da vivência nas zonas mais urbanizadas de São Miguel. Mas ainda faltam sete ilhas, sete mundos, ainda falta muito. U - Após a sua passagem pela Terceira, quais as ilhas que se seguem para concluir a viagem pelos Açores? NF - A ideia é atravessar a Terceira e depois continuar pelas outras ilhas do grupo central.

O que mais me fascina é descobrir vários universos dentro de uma ilha


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Revista U Rua da Rosa, 19 9700-144 Angra do Heroísmo tel. 295 216 222 / fax. 295 214 030 Email u@auniao.com Director Marco Bettencourt Gomes Editora Humberta Augusto Redacção João Rocha, Humberta Augusto, Renato Gonçalves, Sónia Bettencourt Design gráfico Frederica Lourenço Paginação Ildeberto Brito

Colaboradores desta edição Adriana Ávila, Ana Catarina Pimentel, Antonieta Costa, António Lima, Carina Fortuna, Carmo Rodeia, Filipa Toledo, Frederica Lourenço, Joaquim Neves, José Júlio Rocha, Margarida Ataíde, Mike Maciel, Paulo Brasil Pereira, Rildo Calado, Rita Paim Carvalho, Rúben Correia, Sérgio Rezendes, Teodoro Medeiros, Tomaz Dentinho e Vasco Graça Moura Contribuinte nº 512 066 981 nº registo 100438 Assinatura mensal: 9,00€ Preço avulso: 1€ (IVA incluído) Tiragem desta edição 1600 exemplares Média referente ao mês anterior: 1600 exemplares

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Cinema

O moinho Ea cruz TEXTO / Margarida Ataíde *

Em 1564 a Flandres sofre a brutal ocupação pela Espanha de Filipe II. Liderando o movimento da Contra-reforma, o monarca, católico devoto, procurava assim dominar o ímpeto crescente da corrente calvinista fortemente presente naquela região. É nesse mesmo ano, no contexto de profundas divisões na Europa, que o pintor Peter Bruegel, originário do então ducado de Brabante, cria “A Subida ao Calvário”. A pintura, resultado da encomenda de Nicholas Jonghelinck, banqueiro, coleccionador de arte e mecenas, utiliza de forma extraordinária uma alegoria para, a partir da paixão e crucifixão de Cristo, a contextualizar na situação da Flandres de então. Em 1996 o escritor e crítico de arte Michael Francis Gibson publica uma análise sobre o quadro de Bruegel, que virá a remeter ao realizador Lech Majewski. O visionamento de “Angelus” (2000) e a forma como este aborda uma trama apocalíptica numa comunidade da Silésia, sugerem ao escritor ser este o realizador indicado para dar corpo fílmico ao seu entendimento da obra de Bruegel. A colaboração começa logo na escrita do argumento e o filme é produzido em três anos. Centrado na vida de 12 das mais de 500 figuras representadas no original, “O moinho e a cruz”, resulta numa criação cinematográfica capaz de exprimir a composição intricada e pluridimensional de Bruegel e imprimir a vida, o movimento e a frescura necessárias à adesão do espectador. Ao longo da narrativa acompanhamos o trabalho e as premissas do pintor, assim entendidas, para cada um dos elementos determinantes da composição, permitindo seguir detalhadamente significante e significado, forma

Planos quase estáticos e tridimensionais

e conteúdo. Isto combinado com os diálogos que o pintor mantém com o seu mecenas à medida que compõe a obra, planos quase estáticos e tridimensionais do contexto que lhe serve de modelo e cenas da vida quotidiana a que reportam os diversos elementos pictóricos. Um resultado interessante que convoca ao aprofundamento, a vários níveis, depois da experiência cinematográfica em si. Corpo celeste Marta, treze anos, regressa com a família ao sul de Itália, após anos emigrada na Suíça. Além do início da adolescência enfrenta

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Cinema

dificuldades de adaptação ao meio e aos seus pares. A preparação para o Crisma, excelente oportunidade de comunhão e identificação sob uma mesma matriz cristã, em nada ajuda o seu processo de crescimento comunitário e espiritual, pois na paróquia local todos parecem mais empenhados em cumprir formalidades e agendas pessoais do que em ajudar os mais novos a descobrir o verdadeiro mistério da fé. Apesar de tudo Marta não desiste de procurar Deus em seu redor, trilhando o seu próprio caminho e desvendando-o, pouco a pouco, dentro de si. “Corpo Celeste” é a segunda obra de Alice Rohrwacher, jovem realizadora italo-germânica que se estreou no cinema na co-realização do documentário “Checosamanca”. Aí, através da breve história dum rapaz que recicla material duma lixeira na margem dum ribeiro, revelou o particular interesse pelo universo infantojuvenil e a sua enorme capacidade de renovação num mundo aparentemente agastado pela ausência de soluções que observem o bem comum. “Corpo Celeste” segue a mesma linha, centrando-se agora na demanda de uma adolescente que procura o seu lugar na comunidade em que vive, trilhando a todo o custo o caminho para que se sente interiormente interpelada. Um caminho doloroso quando não encontra naqueles que estão física e presumivelmente mais próximos de Cristo qualquer intersecção com o Seu genuíno apelo. Partindo da interessante premissa de explorar o terreno do crescimento físico e espiritual da pessoa humana na fertilíssima idade da adolescência, com

A obra de Bruegel revisitada

os seus medos e fascínios, interrogações e descobertas, Alice Rohrwacher com a sua jovem e fantástica Marta (Yle Vianello) conseguem atingir uma razoável dimensão do significado desse processo. No entanto um retrato excessivamente caricatural e maniqueísta da comunidade católica local, que do bispo ao pároco, passando pela inábil catequista do grupo de jovens, está minada de agendas pessoais e totalmente alheada do intrínseco amor ao próximo, desequilibra de tal forma a narrativa que, inevitavelmente, a descredibiliza. * Grupo de Cinema do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Uma comunidade que trilha um doloroso caminho

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FOTÓGRAFO

Como usamos o nosso olhar? TEXTO / Rúben Correia FOTO / Filipa Toledo

Devíamos fazer do nosso olhar a nossa maior arma de defesa e de inteligência Às vezes procuramos algo que, mesmo estando perto de nós, não encontramos. Mas porquê? Não basta olhar? Para alguns sim, mas para quem olha para tudo com tanta pressa, não. Não basta olhar! É preciso usar o nosso olhar com toda a liberdade. Imaginem uma borboleta. Quando definem um objetivo, só olham para ele e não perdem o seu olhar com nada sem ser aquilo! Porque é que não somos assim? A pressa está a cegarnos! Nós, que devíamos fazer do

nosso olhar a nossa maior arma de defesa e de inteligência, não o fazemos! O problema é que perdemos o alvo, ficamos além daquilo que queríamos alcançar. Para quê essa pressa toda? Se tivéssemos calma e cuidado, alcançaríamos pouco, mas alcançaríamos algo. Como diz o velho ditado “Quem tudo quer tudo perde”. Se definirmos o nosso olhar num único objetivo iremos conseguir. Mas se o definirmos num objetivo, mas que, enquanto estamos na luta para o alcançar, perdemos o olhar em outras coisas, para conseguir tudo de uma vez só, não alcançamos nada. Porque é que não fazemos como a borboleta? Só olha para aquilo que precisa e que sabe que vai conseguir. Usa o seu olhar para viver em liberdade! Podemos usar o nosso olhar desta forma e temos uma mais-valia para com ela. Sabem qual é? Temos coração! Assim, podemos olhar com os olhos e decidir com o coração. A borboleta não pode! Temos tudo do nosso lado, então porque é que não usamos o olhar como a borboleta?

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OPINIÃO

O PRIMEIRO DIA DE VERÃO TEXTO / Pe. José Júlio Rocha

A casa tinha seis divisões: a cozinha, o quarto de cama, o quarto de jantar, o quarto de costura, o quarto de banho e o corredor. E havia também o sótão, que, na altura, sabe-se lá porquê, se chamava “sótio” e abrangia tudo o que de misterioso podíamos imaginar. Na cozinha, por cima da “loiceira” branca, havia uma portinhola no tecto, que dava para esse poço sem fundo onde se guardavam todas as coisas que tinham existido no universo antes de nós. Tive a ideia que o “sótio” era para aí dez vezes maior do que a casa inteira. Eu e o meu irmão dormíamos no quarto de costura, uma divisão clara, assim chamada porque lá figurava a clássica máquina de costurar, outro mistério sobrehumano bem mais supremo que os nossos corriqueiros computadores, e que tinha um adereço absoluto: uma pequena almotolia de óleo para lubrificar as engrenagens da máquina, feita de metal e que, apertada no fundo acabava de nos besuntar para desespero da mãe. Uma das primeiras recordações que tenho é de ter acordado sozinho naquele quarto enorme, já dia claro. Tive a sensação de que não havia ninguém em casa, e desci da cama com uma ansiedade semelhante à dos meninos que são, de repente, tirados do colo da mãe. Meu irmão não estava, e isso tinha a dimensão de um drama indizível. A sensação primitiva de estar só deve ser um dos medos mais enraizados do homem. E ali estava eu só. Só e a cama, só e a máquina, só e a almotolia, só e o quarto de costura, só e aquela janela enorme a cujo parapeito não chegava e que me mostrava o céu e as nuvens. Só e o universo inteiro. Lembrome de me ter aproximado da janela com uma vontade irreprimível de chorar. Mas se não temos ninguém diante de quem chorar, se as lágrimas não são moeda de troca por mimos ou bombons, então o motor de arranque para o choro é mais lento, o chorar mais difícil, mais sincero, mais sério. Estava eu a meio caminho para as lágrimas sinceras quando, do lado de fora da janela, apareceu minha mãe, que vinha de prender roupa, olhou para dentro e rasgou um daqueles sorrisos salvadores. Começou a rir – e isso é o que me lembro melhor – e a dizer daquelas coisas numa linguagem que só mães e filhos entendem, tipo «quem é o meu amor, quem é, quem é?», «Meu biscoito de coco e manteiga» etc., etc., coisas ridículas como as cartas de amor de Fernando Pessoa. O efeito daquele sorriso e daquelas palavras maternas é o que ainda hoje eu considero a sensação mais próxima daquilo a que chamamos a Salvação Eterna! O medo apagou-se como se apaga a escuridão quando se acende uma luz. Uma incontrolável alegria tomou conta de mim e tenho a ideia de ter começado aos saltos e a rir. Felicidade em estado puro. Como diz Roberto Carlos, tenho às vezes vontade de ser novamente um menino. De reaprender que o sentido da vida não é uma questão apenas racional, intelectual ou moral. É uma questão de amor, que se transmite através dessas pequeninas atitudes a que chamamos muitas vezes contágio de emoções e que – temo – não esteja muito em voga. Nós, adultos, precisamos de tempo para conversar com essa criança que ainda habita cá dentro. E de lhe perguntar insistentemente o que a fazia feliz. Não foram as bonecas nem os triciclos – como não são as consolas nem as Barbies. Quarenta anos depois daquele sorriso, o sótão já não tem mistérios. É pequenino, cheio de coisas sem interesse, lugar onde dormimos anos a fio e que foi praticamente abandonado. Tornar-se adulto é desvendar os mistérios que estão fora de nós. E colocar esses mistérios no lado de dentro de nós. Acho que é mesmo só uma troca de posições. Menos mal que nos podemos ainda ancorar a sorrisos salvadores. Ah! Naquele dia, minha mãe trazia uma “pana” cor-de-rosa deslavada entre o braço esquerdo e a cintura. E tinha “prendedores” lá dentro. “Maçame” deles. 09 julho 2012 / 25


PARTIDAS

MUDAR DE VIDA TEXTO / Ana Catarina Pimentel FOTO / Mike Maciel

Todos nós chegamos a uma fase das nossas vidas em que sentimos que está na altura de mudar; simplesmente tudo aquilo que vivemos até então torna-se pouco, escasso, para nos sentirmos completos. Para uns passa pela saída de casa para prosseguir os seus estudos, outros simplesmente pretendem ganhar a sua independência e viver sozinhos, para outros será casar, e para alguns continuar a viver no seio da sua família é o suficiente para os preencher. É uma fase em que a nossa vida muda por completo: quem somos, nossos pensamentos, nossas atitudes, nossos desejos e até sonhos. Falando da minha experiência, a saída de casa para continuar os estu-

dos mudou-me imenso como pessoa: aprendi sem dúvida a olhar para a vida com outros olhos. Num momento temos tudo, amigos, família, o nosso quarto, ou seja, o nosso pequeno mundo que estávamos tão habituados, e de repente caímos noutra realidade totalmente nova. É necessário adaptarmos a tanta coisa até mesmo às mais insignificantes, como a cama, a cozinha, os vizinhos, o barulho da rua, entre tantas outras coisas. Surge a pergunta se realmente vamos aguentar até ao fim, se valeu a pena sair da nossa terra; e é aí que começamos a dar valor a tudo o que tínhamos até então. As saudades começam apertar e tudo o que nos passa pela memória causa-nos uma forte nostalgia: o som do relógio da Igreja da Sé, as pessoas apressadas na Praça Velha para apanharem os autocarros, o cheiro a maresia na Marina, o passear pela calçada na nossa cidade... Passei a ter um carinho muito especial pela nossa ilha. Vejo fotos da minha terra e sinto orgulho de ser de onde sou, das minhas origens...das touradas e até mesmo do nosso falar corridinho que alguns tanto gostam de fazer troça; o famoso “ hei pá ” ou mesmo o “eh home”; simples coisas que nos caracterizam. É necessário correr riscos, aceitar desafios, lu-

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É necessário correr riscos, aceitar desafios, lutar por sonhos para nos apercebermos que tudo o que acontece na nossa vida, apenas passa uma vez, e a correr Surge a pergunta se realmente vamos aguentar até ao fim

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Desejamos Boas Festas e um Feliz Ano Novo

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União Gráfica Angrense

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Rua da Rosa, 19 • 9700 Angra do Heroísmo Telefone: 295 214 275 • Fax: 295 214 030 Nome __________________________________________________________________________________________

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PARTIDAS


ÓCIOS / OPINIÃO ENTRETENIMENTO / OPINIÃO

“A crise de hoje é a anedota de aqui.” amanhã.” “Citação e/ou frase Henry Wells

CARTOON

QUESTIONÁRIO

As SanjoA MAÇONARIA ninas 2012 INFLUmerecem ENCIA A nota posiPOLÍTICA PORTUtiva?

ONLINE

AS MAIS VISTAS

Em 2013 Título Aqui Ricardo Matias lidera Sanjoaninas

GUESA?

SIM SIM NÃO NÃO

117 (68,02%)

55 (31,98%) TOTAL: 172 (100%)

Tomou café numa esplanada Título Aqui PRIMEIRO-MINISTRO CHINÊS VISITOU ANGRA

I am a fan of

CREATIVE MORNINGS TEXTO / Frederica Lourenço

Discussão de ideias com pessoas de mente aberta, de bem com a vida e que valorizam a opinião e forma de estar dos outros, mesmo que seja oposta à sua. Juntamos a isto a refeição mais importante do dia, o pequeno-almoço, e voilá!, sucesso. O conceito? Procuramos na nossa cidade um local onde alguém irá apresentar uma ideia / projecto, damos por lá uma passada antes de irmos para o trabalho, tomamos um café de borla e participamos em 20 minutos de troca de ideias. Depois continuamos o nosso dia, mais preenchidos e entusiasmados. O sucesso deste projecto é de escala mundial, e são cada vez mais as cidades que aderiram à ideia, nos 5 continentes. Em paralelo com as conversas reais, todos os participantes são convidados a publicarem os vídeos dos encontros no website www.creativemornings.com, utilizando a plataforma Vimeo. Desta forma vêem a sua ideia vista e comentada por centenas de pessoas em todo o mundo, o que torna o desafio entusiasmante. Por vezes são convidados palestrantes conhecidos, para falarem de temas em particular mas, na maioria das vezes são apenas talentos emergentes a sugerirem ideias e projectos. Sempre interessantíssimos. É caso para dizer que se o mundo estivesse mais atento ao que os criativos sugerem, isto seria um local bem mais fácil para se viver.

09 maio julho 2012 / 28 07


CULTURA

Music Resort 2012 Tommy Trash, Claudia Cazacu e Diego Miranda são os grandes destaques no cartaz de DJ’s no Music Resort nas Festas da Praia 2012, que decorrem de 3 a 11 de Agosto.

DJ’s O australiano, considerado um dos maiores nomes da música de dança do mundo actua no Music Resort, na Praia da Vitória, no dia 8, às 02H30, depois da actuação do DJ Albert. A ro-

Festas da Praia mena Claudia Cazacu, nomeada “Official DJ Mag World Nº1 Female DJ”, actua no dia 9, às 02H00, precedida por Nelson Lisboa. O português Diego Miranda actua no dia 6, às 01H30, depois de participar em alguns temas que a cantora Ana Free interpretará em palco no concerto musical dessa noite. Antes de Diego Miranda, o warm up fica a cargo de Primme Addiction.

GOUVEIA em lisboa O arquitecto Paulo Gouveira tem exposta na Sociedade Nacional de Belas-Artes, em Lisboa, a exposição “ A reinvenção do vernáculo”. Comissariada pelos arquitectos João Vieira Caldas e Sérgio Fazenda Rodrigues, esta mostra resulta da selecção de sete obras, escolhidas pelo seu significado no conjunto da produção arquitectónica e pela fiabilidade da documentação a elas respeitante existente no espólio. Essas obras são o Museu dos Baleeiros (Lajes, Pico), o Museu do Vinho (Madalena, Pico), a Fanfarra Operária Gago Coutinho e Sacadura Cabral (Angra do Heroísmo, Terceira), a Igreja de São Lourenço de Carnide, a Casa Margarida Leão, a Casa Godinho e a Casa Lacerda (Engrade, Pico). As obras apresentadas, constituem, de acordo com os comissários da exposição, exemplos maiores de “uma obra que reinventa a arquitectura vernácula da Região”. A mostra está disponível até 31 de Julho. 09 julho 2012 / 29

O enigma da pINTURA TEXTO / António Lima

“Pintar não é colocar “coisas” numa tela ou suporte primeiro é sentir, depurar os sentimentos e repetilos posteriormente. No entanto, a técnica também é fundamental e quem diz a técnica, fala da cor, dos materiais e muito mais. Para sermos pintores a sério temos de crescer muito, sentir o que nos rodeia e o que anda “no ar “, depois á um longo percurso desde a concepção até ao tempo de parir. Você tem hipóteses de vir a ser um pintor mas ainda falta um longo percurso. Não se deixe ficar por aqui, repense o que quer dar a ver e o que pretende registar. Não leve este reparo a mal, pelo contrário espero que ele sirva para repensar o que é pintar. Pequeno excerto escrito no meu livro de honra há já alguns anos por um apreciador de pintura atento e interessado como devem ser todos os que frequentem exposições de pintura. Este chamou peculiarmente a minha atenção por ser precisamente o que gostaria de dizer a todos aqueles que se iniciem nas lides pictóricas, resume de forma sucinta o que poderá ser um percurso artístico, feito de escolhas e compromissos que moldam o carácter da obra apresentada. O sentimento está bem próximo da intuição, guias espectrais que auxiliam na encruzilhada das escolhas onde a esfíngica pergunta se faz: qual a solução? Qual o desenlace do problema pictórico proposto? Pintar pode ser muitas coisas, a reflexão de casos únicos e originais da experiência humana que merecem ser partilhados para realçar e enriquecer um mundo onde sujeito torna-se subalterno, a cereja em cima do bolo, o principal objectivo será explorar e resolver elementos artísticos que de forma mais clara e completa respondem ao enigma da beleza.


CULTURA

Gold Panda TEXTO / Adriana Ávila

O londrino Derwin Schlecker, de 28 anos, passou pelo Japão onde residiu algum tempo, tendo posteriormente estudado na Escola de Estudos Orientais e Africanos na universidade de Londres. Desde cedo indagou pelo espectro musical quando em 2009 lançou “Quitter’s Raga” que é o seu primeiro trabalho enquanto Gold Panda. Schlecker constitui um género musical que oscila entre IDM e indietrónica, e já consta no seu currículo dois álbuns editados em 2010, “Companion” e “Lucky Shiner”, pelas editoras VARICOUNT

Mountain /Financial District ­ ecords e Notown/Ghostly International respetiR vamente. Destaque esta semana para o seu mais recente EP lançado este ano com dois temas que dão nome ao mesmo, Montain e Financial Dristrict.

ALGÉS ALIVE The Justice, Florence + The Machine, The Stone Roses, The Cure e Radiohead são os grandes nomes da edição 2012 do Optimus Alive, que decorre de 13 a 15 de Julho no Passeio Marítimo de Algés, naquele que é considerado um dos melhores festivais da Europa.

Cinema no Jardim A Culturangra promove um Ciclo de Cinema do Jardim para exibição de documentários premiados. A programação prevista é a seguinte: dia 11 Julho, pelas 22H00: “Best Newcomer Documentary Storyville: Afghan Cricket Club – Out of the Ashes” (85 minutos); dia 18, pelas 22H00, “Best Cinema Documentary: The Arbor” (94 minutos); dia 25, pelas 22H00, “Best Documentary on the Arts: Bird on a Wire” (106 minutos).

“TRATADOS”

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A Companhia das Ilhas organiza, sexta-feira 13 de Julho, pelas 18 horas, uma sessão de lançamento do seu livro “Tratados”, de Mário Cabral, no Coro da Igreja de Nossa Senhora da Guia do Museu de Angra do Heroísmo. Apresentação está a cargo de Sérgio Toste, com leitura de poemas por Dulce Brasil e pelo autor. Na Terceira, o livro estará à venda na livraria Infolio.


OPINIÃO / AGENDA

OPINION ARTICLE HEADLISHELTER NE BYGG

To etur modioruptas dolorem aborehe niatin eum et esti bla qui cuscim lisi dolupta ectur? Am, vide estrupt atureped mos sus que voluptas dolor mi, omnihici consecum dolorectium ipsaper chitatet ommolup tiberci psumque doloreptas imusam faceseque volorru ptiant demquat ibernat. Fugitaquis dolorep udigend ucius. In- TEXTO / nome jornalista TEXTO / Rildo Calado tio omnis a volentur alitiorum escipsa Há muitas esculturas espalhadas nas cidades, mas em ecuptatus iunt volupisqui beatem- doloreium est, offictur, eosantumene praticamente nenhuma podemos tocar e - menos ainda tação ao público do Shelporrum et ut destibus alis sequibus saerum, es maios voleceperum faci - entrar. Foi a pensar nisto que Gabriela Gomes criou a ter foi feita na Guimarães destiis eost, uma saestescultura ut queonde nonsequi nectatur repedig enditibus modi cor Shelter ByGG, podemos não só en2012 - Capital Europeia nes rem vollacc atecae rem solliatius sitatur, cum hil ipsae quias sapissunt. trar como dormir. da Cultura, na Plataforma Numa tentativa de qui fundir a escultura o designrecabor am harum fuga. sunto et ium ad debit, veniaspcom Obitatur das Artes e da Criatividade, (arte e funcionalidade), este incil intur aspe verovitam isquament, que sequia artista alitius plástica restiaeconcebeu Otatemque onde já é possível pernoitar conceito que se materializa neste “abrigo” itinerante e volupta ecepudis milicip sandus et iur moluptatur, porcon 100€. pelest maximil lodisponível para todos os que queiram passar uma noite A voloribea passagemderum da ideia ao facid mo tem volluptis dolentures rest, omnis re sinciis diferente. O Shelter tem um quarto duplo, com colchão conceito demorou ano evelluptatur sequi occum rem-halldis Nam doloristrum aut harume e almofadas deres massagem, um pequeno de prem. entrada meio, custo cerca de 70 mil ped in casa parciderebanho labo. com Ro intemdolorror si odis dit minum eumquia e umaquat “mini” água quente e duche. euros e contou com o apoio Mantendo tendênciavidesto da sustentabilidade, esta peça po rporema volorum tet utem debis maximolores nonsed Oetobjecqui de 20 parceiros. foi construída com materiais painés so-aut omnisquam sectia pe ium dolorro ium rerum eiumrecicláveis ipit, que eblab imos tivo agora é espalhar escullares que conferem autonomia energética à escultura. A sum a dolupic tem quodit et alitat Ugia doluptur turas móveis, onde sum sequia autseetpode re, dimensão da peça torna-a móvel, pois tem a mesma didormir, poroccum todo o mundo. imoloru ptatqua eritinv endunt quia quaersperum nia dolo mensão que um contentor para camião TIR. A apresenwww.shelterbygg.com

ANGRA EMHERE HEADLINE FESTA Lores A iniciativa aut quidebis “Angra dis em nitatem Festa” regressa et que pel aoime centro nosseda cidade património quam, officae cesecto mundial etum comrae umaquibus série de acesto concertos marcados quaspiet faccum para iligenimi, o mêssam de Julho et, quidebitis antia

TITLE HERE dolorestibus consequate int entus quo doluptiatus dolo earum rem volora vita Dia 13arum de Julho, na Praarum reictissi utatae. ça Velha, actuam os TiEt aborero etur, notas, pelas cone 22H00.No cuptatem que comdia seguinte, Domingo, moluptas quiae18H00, et, vequando forem liqui accusam facculp a Orquestra Angrajazz

TINOTAS

irá dar um espectáculo no jardim da cidade e à noite, pelas 22H00, é a ariorum vel il es volor simus, core quistib eribus voluptis earum vendae cum exerum arum quiant. Ehendit, sinto verovitio. Ut est, ut incid quas inullor estiusa nonsed que est, vez dos picaboremque Rock, Rhythm and Bluesquibearum actuarem no Largo quiasped eos auditem poreptas doloriti omnimpoPrior do Crato. riate invellaut expediciis mos sam alite quid “Angra em Festa” é uma quias organização da Culturanquas gra. ella Lit et qui debis magnates dolupta erfe

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ANGRAJAZZ

09 maio julho 2012 / 31 07

Xeratem quost autemos dipsam ut imagnam, offic A Feira das Traditotatur? Quiditam ções decorrerá de alia iducidentia si13 a 15 de Julho no tias millupis et omrecinto de especnim ex enis as táculos no Pauleost da eosaper Praia da ibeaquo Vitória, ma del ipis dolor ad colocando no coeument, corração da con cidade o ectatiam dolorese artesanato, o folpratiant que clore, a quam gastronovolo molorro ex mia tradicional et e vit qui ditessunexemplos das raídi ella nate zes unte do Concelho e nobitatem quis da ilha. quossimodia quis Fado, cantoria, delisci psapedi música tradicioberitem ilit quis innal e venda de venis consequ unprodutos da terdignam aut most, ra e exposições cum fugition são alguns eium dos eratur res ipsamus atractivos deste eatum etur sapitat evento, realizado iaecaep anualmenteudaerapela tiatur aditatis noCâmara Municipal bitib usante qui as da Praia da Vitória rersperae latise diex para celebrar exerae. Ipicipitium vulgar as tradições queconcelho. et, quatur res do



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