Revista U Nº19

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A REVISTA SEMANAL D´A UNIÃO

www.auniao.com

AO RITMO DO DJ CASO RELVAS Dá licença? Está “licenciado”! PÁG. 06

edição 34.803 · U 19 · 23 de julho de 2012 · preço capa 1,00 € (iva incluído)


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E-mail: clipraia@gmail.com • Telefone: 295 540 910 • Fax: 295 540 919

Área Clínica Análises Clinicas Anestesiologia Cardiologia Cirurgia Geral

Médicos Laboratório Dr. Adelino Noronha Dr. Pedro Carreiro Dr. Vergílio Schneider Dr. Rui Bettencourt

Cirurgia Vascular

Dr. Fernando Oliveira

Cirurgia Plástica

Dr. António Nunes

Clínica Geral

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Medicina Interna Medicina do Trabalho Nefrologia Neurocirurgia Neurologia Neuropediatria Nutricionismo Otorrinolaringologia Pediatria

Dr. Domingos Cunha Dr.ª Ana Fanha Dr.ª Joana Ribeiro Dr.ª Rita Carvalho Dr. Rui Soares Dr.ª Lurdes Matos Dr.ª Isabel Sousa Dr. José Renato Pereira Dr.ª Paula Neves Drª Paula Bettencourt Drª Helena Lima DrªAna Fonseca Dr. Lúcio Borges Dr. Miguel Santos Dr.ª Cristiane Couto Dr. Eduardo Pacheco Dr. Cidálio Cruz Dr. Rui Mota Dr. Fernando Fagundes Dr.ª Andreia Aguiar Dr. João Martins Dr. Rocha Lourenço Dr.ª Paula Gonçalves

Doenças de Crianças

Dr.ª Patrícia Galo

Pneumologia

Dr. Carlos Pavão

Podologia

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Psicologia

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Psiquiatria

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Imagiologia (TAC/ECOGRAFIA/Ressonância Magnética) Neuroradiologia (TAC/Ressonância Magnética)

Dr.ª Ana Ribeiro Dr. Miguel Lima Dr. Jorge Brito Dr.ª Rosa Cruz

Reumatologia

Dr. Luis Mauricio

Terapia da Fala

Dr.ª Ana Nunes Dr.ª Ivania Pires

Urologia

Dr. Fragoso Rebimbas


EDITORIAL / SUMÁRIO

Trabalho, logo férias TEXTO / Humberta Augusto | humberta@auniao.com

Férias. Seria suposto serem tempo de relaxamento, de quebrar rotinas, de descanso do trabalho e da rotina laboral. Mas não. Pelo contrário, este será provavelmente o Verão menos relaxado dos portugueses e dos açorianos, pela falta, já rotineira, de dinheiro, de ameaça de desemprego e de preocupação com o precário, injusto e ofensivo mercado laboral. Subsídios de férias, de Natal, sobretaxas, taxas, impostos, iva´s … viver no nosso país é um exercício de contabilidade, sempre a subtrair, do esforço do trabalho humano. O Tribunal Constitucional já disse da ilegalidade do cortes dos primeiros, resta aguardar pela reposição generalizada desses direitos consagrados na lei. Exige-se seriedade. Exige-se a aplicação da lei e o que é de direito. Que as férias sejam somente para quem, depois de trabalhar, as merece.

SUMÁRIO 05

matar a galinha dos ovos de ouro

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licenciaturas

a mãe de deus

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r. araújo pereira

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obstáculos entre o aqui e o ali

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o terceiro dia de verão

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07

partilha automática

vamos falar de dinheiro

08

marcos portugal

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quem tem medo de sophia andersen?…

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i am a fan of clients from hell

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eva surrealista

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insectos por baptizar

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sintra - vila de encanto

NA CAPA... HISTÓRIAS CONTADAS NA PISTA DE DANÇA / pág. 16

A terminar o Curso de Música Electrónica na ETIC, em Lisboa, com os olhos postos nos estudos de engenharia de som em Amesterdão, Souza, jovem Dj, natural da cidade da Praia da Vitória, soma e segue nas suas actuações musicais na capital portuguesa e nos Açores, marcando presença nesta edição das Festas da Praia. Espanha também faz parte da sua lista e marca o pontapé de saída fora de portas. À “U” revela o sonho maior de criar na Região um cenário de resort de Verão com as cores de Ibiza. 23 julho 2012 / 03

26


REVISÃO

ELEIÇÕES A 26 DE JULHO

MORDOMOS ELEGEM PRESIDENTE “Projectamos desenvolver protocolos com mordomos, comissões, impérios e irmandades” Reduzir taxas de licença das festas tradicionais e populares. É esta a prioridade dos promotores da Associação de Mordomos das Festas Tradicionais da Ilha Terceira (AMFIT), uma vez oficializados os seus corpos sociais, os quais, até agora, apresentam lista única para este primeiro mandato. O acto eleitoral tem data prevista a 26 de Julho, na Associação Cultural do Porto Judeu, concelho de Angra do Heroísmo, e, a partir de então, além de instalar os corpos sociais, concretizará a tomada de posse dos respectivos titulares; a aprovação final do Regulamento Geral Interno e a aprovação do Plano Geral do Primeiro Mandato entre outros assuntos afectos à nova colectividade. “A resolução de algumas questões práticas é a nossa prioridade, nomeadamente a alteração dos valores previstos nas tabelas de taxas de licenças camarárias para a realização das festas tradicionais e populares da ilha. Pretendemos reduzir a maior parte dessas licenças que, no nosso entender, estão elevadíssimas”, contextualiza Rui Nogueira, ao nosso jornal, cabeça de lista. E continua: “Pretendemos também angariar sócios e reunir com as entidades envolvidas na realização dos eventos em questão”. Assim, as câmaras municipais, a Polícia de Segurança Pública (PSP) e os representantes de direitos autorais, do fogo de artifício, de touradas à corda e de seguros pessoais e colectivos são algu-

mas das entidades a manter contacto nos próximos meses. “Queremos arrancar com o trabalho prático ainda este ano. Projectamos desenvolver protocolos com mordomos, comissões, impérios e irmandades”, adianta o actual presidente da Junta de Freguesia da Vila Nova e futuro presidente da direcção da AMFIT, sendo Arnaldo Ourique o rosto da assembleia-geral, a par de José Henrique Pimpão como suplente. Estes são aliás os promotores mandatados pelos mordomos da Ilha Terceira, cujo cargo foi formalizado a 4 de Julho do corrente ano. A cota anual da AMFIT terá o custo de 5 euros. EXCESSO DE TAXAS O protesto contra o elevado montante cobrado em taxas de licenciamento para a realização de festas está na origem da criação da Associação de Mordomos da Ilha Terceira. Rui Nogueira, que é presidente da Junta de Freguesia da Vila Nova e já foi mordomo das festas tradicionais desta localidade em várias ocasiões, conhece bem os problemas que enfrenta quem integra voluntariamente as comissões que organizam as festividades. “No ano passado, fizemos um peditório e juntámos 3.000 euros, mas depois, quando fomos pagar o policiamento e as taxas, ficámos sem o dinheiro”, afirmou, alertando que as pessoas co-

REVER TAXAS E LICENÇAS

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REVISÃO

meçam a ficar “revoltadas” com este excesso de taxas. As despesas de uma festa tradicional envolvem o seguro, a caução para a limpeza da estrada, os serviços prestados pela PSP e pelos bombeiros, licenças autárquicas e licenças para o lançamento de foguetes. A soma varia consoante a dimensão do arraial e a duração da festa, mas, no caso da Vila Nova, o montante total oscila entre 2.600 e 3.000 euros. “Se são os mordomos que fazem as festas, se são eles que trabalham para que a nossa economia ganhe com as festas, penso que é um absurdo cobrar esse dinheiro todo”, afirmou, apontando o exemplo da licença para o lançamento de foguetes, que passou de 5 para 105 euros, e é obrigatória até para quem se limita a acolher os símbolos do Espírito Santo durante uma semana. Rui Nogueira defendeu também que seja revisto o montante pago à PSP, através da redução do número de agentes que se deslocam às touradas à corda, realizadas na estrada, que, dependendo do número de ruas envolvidas no arraial, pode variar entre seis e 12 elementos. “As pessoas da ilha são avisadas atempadamente pelos jornais, até há um folheto com as touradas que se realizam nas freguesias. Todos sabem que, se forem a uma tourada, vão ter de esperar ou escolher caminhos alternativos”, afirmou, considerando que a presença policial, apesar de importante, pode ser em menor número.

“SE SÃO OS MORDOMOS QUE FAZEM AS FESTAS, SE SÃO ELES QUE TRABALHAM PARA QUE A NOSSA ECONOMIA GANHE COM AS FESTAS, PENSO QUE É UM ABSURDO COBRAR ESSE DINHEIRO TODO”

MATAR A GALINHA DOS OVOS DE OURO TEXTO / João Rocha / jrocha@auniao.com

MORDOMOS COM DIFICULDADES

O TEMPO NÃO ESTÁ DEFINITIVAMENTE PARA BRINCADEIRAS

Matar a galinha dos ovos de ouro com as próprias mãos. É este o cenário que ensombra actualmente as festas tradicionais do Espírito Santo na ilha Terceira. As festas de império não podem servir exclusivamente para pagar taxas sem fim. Ser mordomo, nos dias que correm, começa a ser uma função repelida pela maioria das pessoas. Doar imenso da vida pessoal/familiar/ profissional e ficar com “dívidas às costas” é a penitência dos muitos mordomos que dão o corpo ao manifesto festivo. O tempo não está definitivamente para brincadeiras e, sendo assim, o mais lógico é a desistência das gentes com boa vontade mas sem paciência para a santidade. Fazer entender a importância das mais valias económicas geradas pelas festas do Divino é tarefa deveras facilitada e que dispensa, em absoluto, o recurso à forma desenhada. Taxas elevadíssimas para os foguetes e touradas com 12 polícias? Há que pedir juizinho à Terceira Pessoa da Santíssima Trindade…

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OPINIÃO

Dá licença? Está “licenciado”! TEXTO / Carmo Rodeia

As últimas duas semanas têm sido pródigas em investigações, artigos, opiniões e “boutades” sobre a licenciatura do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas. Os casos particulares só são importantes se contribuírem para uma avaliação mais geral de práticas e costumes impostos por lei. E, este em particular, deve aconselhar a esse debate. A Universidade é, por definição, a casa do saber e do conhecimento. Todos, independentemente da idade, do sexo ou da sua condição social, devem ter a oportunidade de a frequentar, seja ela pública ou privada. Serve esta introdução para dizer que nada tenho contra as pessoas que chegam aos bancos das universidades tardiamente e com a vida praticamente feita. Terão o seu valor e devem ser respeitadas por isso. Muitos fazem-no em busca de um reconhecimento social porque, em Portugal, como em todos os países onde a escolaridade é baixa, o “canudo” ainda dá algum status, Mas outros fazem-no porque querem legitimamente aprender mais, aprofundar conhecimentos e desenvolver as suas competências analíticas. Nada mais louvável. Por isso, frequentam com dificuldade as aulas; procuram manter a assiduidade possível; empenhadamente problematizam com os professores e partilham experiências. Uns e outros devem ser merecedores de crédito e devem ser estimulados. Mas, também, é preciso dizer que Universidade não é uma escola de formação profissional onde se reconhecem competências, ainda que a lei o preveja. Na Universidade ensina-se o saber saber e dão-se ferramentas decisivas para o saber fazer. Não confundo a exigência que se deve ter numa licenciatura com a que se tem no mestrado ou num doutoramento. Sobretudo, neste último, em que se produz ciência. Mas, também, não posso aceitar que uma universidade, seja ela qual for, possa sequer equacionar a possibilidade de atribuir um certificado de habilitações a alguém que não a frequentou por ser uma figura pública ou pela avaliação de um currículo recheado de cargos públicos. Além de se estar a afastar da sua missão, que é ensinar conhecimento e estimular o gosto pelo conhecimento, está a desvirtuar-se e a contribuir para o seu descrédito.

Licenciaturas TEXTO / Tomaz Dentinho

Miguel Esteves Cardoso tem toda a razão ao dizer que a prática de uma actividade qualquer não deve dar equivalência a um grau universitário cujo fundamento se enraíza em conhecimentos científicos passíveis de explicarem e aconselharem todas as práticas. As instituições que fazem isso não são Universidades e devem deixar de ter licença para passarem cursos universitários ou, numa visão menos reguladora, deveriam ser abandonadas pelos alunos e pelos docentes que gostam da actividade universitária. A razão pela qual isso não acontece é preocupante. A política, as empresas, a administração

pública e as famílias portuguesas não precisam e não querem colaborar com universitários e algumas universidades deixaram mesmo de se preocupar em os formar. Basta terem um canudo e uma indumentária a condizer: fatos de economistas, batas de médicos, togas de juristas, cabedais de engenheiros e trapos de arquitectos. As famílias preferem desenhadores a arquitectos, passadores de receitas a médicos, empreiteiros a engenheiros, solicitadores de subsídios a economistas, argumentadores a juristas. As empresas julgam poder sobreviver no mundo global apenas com práticos experientes quê dificilmente conseguem perspectivar atempadamente soluções novas para desafios inesperados. A administração pública prefere submissos aos políticos partidários em vez de responsabilizar universitários a apresentar alternativas fundamentadas. Para que é que precisamos de políticos com licenciaturas universitárias quando nenhum português quer universitários? Nem mesmo agora, quando o país está de pantanas.

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FERRAMENTAS

Partilha automática TEXTO / Paulo Brasil Pereira

Não há ainda nem preço nem data de lançamento.

Quando pensamos que está tudo inventado, é quando surge algo novo e pensamos: como é que eu não me lembrei disto? A Samsung não pensou em nada de extraordinário, mas realmente são dos pequenos pormenores que se fazem as grandes obras. E a marca coreana criou a EX2F que além de tirar fotos de uma qualidade soberba, partilha automaticamente as fotos para as redes sociais. Como? Simples. Através de Wi-fi ou Bluetooth fazemos o upload da foto e “tchan tchan”, lá temos os likes e os comentários no nosso perfil do Facebook. Mas o melhor da máquina até não é só isto. O modelo incorpora uma objectiva de 24mm com abertura de F1.4 que garante a oferta de fotografias e vídeos de eleva-

da luminosidade. Para além dos mais variados modos de fotografia, a EX2F tem um sensor reforçado com a tecnologia BSI CMOS de 12MP de 1/17 que permite imagens nítidas e sem névoas ou ruídos em condições extremas. O vídeo em 1080/30p com som estéreo e possibilidade de fazer vídeo e tirar fotografias em simultâneo devido à tecnologia Dual Capture são outras das características. A lente grande angular é aproximadamente 4X mais luminosa que a sua antecessora F2.8 o que permite um ganho de 20% em qualidade de imagem e quantidade de luz. Muito mais há a dizer mas resta-me rematar com a sua dupla estabilização de imagem e fotografias em formato RAW!

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CIÊNCIA / OPINIÃO

MORREM DEZ PORTUGUESES POR DIA DE CANCRO COLO-RECTAL

Cancro Colo-rectal

TEXTO / Enfermeiras Ana Luísa Silva e Lisete Silva*

O cancro que se desenvolve no cólon ou no recto, pelas suas numerosas características comuns, é usualmente designado de cancro colo-rectal (CCR). Apesar de ser de fácil prevenção, o CCR é a segunda causa de morte por doença do foro oncológico no mundo ocidental. Em Portugal constitui a 1ª causa de morte por tumor maligno, tendo-se verificado em 2005 (Direcção Geral de Saúde) um total de 3.319 óbitos por esta patologia, morrendo cerca de 10 portugueses por dia. Assim sendo, é considerado um problema de Saúde Pública. A causa dos tumores malignos do intestino grosso é desconhecida, mas acredita-se que a idade, história familiar, alterações genéticas, hábitos alimentares, sedentarismo, obesidade, álcool e o tabaco, constituem os principais factores de risco do CCR. Mais de 90% destes tumores ocorre em pessoas com mais de 40 anos, sendo a maioria diagnosticada entre os 50 e os 70 anos de idade. Relativamente à alimentação, uma dieta com elevado teor de gordura animal e pobre em fruta ou em fibras, pode levar o organismo a desenvolver tumores. Outro factor a ter em conta e que aumenta a probabilidade do desenvolvimento de cancro é a polipose, que se caracteriza pela presença de projecções ou elevações no revestimento interno da parede abdominal, comummente designadas de

pólipos. Doenças inflamatórias crónicas, como a doença de Crohn e a Colite Ulcerosa, são também factores de risco a ter em consideração, pelo que, os indivíduos por elas atingidos devem estar sujeitos a vigilância médica mais apertada. Normalmente, a doença é detectada quando o indivíduo nota alterações nos hábitos intestinais, seja obstipação ou diarreia, apresenta dor abdominal constante ou em cólica, emissão de sangue e/ou muco pelo ânus misturado ou não com as fezes, perda de peso e cansaço constante sem razão aparente, bem como náuseas e vómitos. Contudo, se o diagnóstico for estabelecido numa fase inicial, a taxa de sobrevida aos 5 anos poderá ser superior a 90%, no entanto, só aproximadamente 35% dos casos de CCR é diagnosticado num estadio inicial. Neste sentido tem grande importância a realização do rastreio, o qual deve assentar na Pesquisa de Sangue Oculto nas Fezes (PSOF), na Sigmoidoscopia Flexível (SF), ou através de Colonoscopia Total. Embora a Colonoscopia Total seja considerada o meio de rastreio “gold standart”, a melhor forma de diagnóstico a adoptar deve ser decidida caso a caso, mediante as indicações do seu médico. Lembre-se que o funcionamento regular dos seus intestinos é essencial para o bem estar geral do organismo. * Colaboração Clínica Médica da Praia da Vitória

Vamos falar de dinheiro TEXTO / Júlio Ávila

Com isto da crise o dinheiro ganhou mais valor. Vale menos quando o gastamos, logo vale mais ganhá-lo e tê-lo. O dinheiro está mais caro, o trabalho mais barato por ser escasso, é a lei da oferta e da procura, dos mercados livres, do dinheiro. A lei do dinheiro é cruel e vesga dum olho, que cega é a justiça que a deixa ser aplicada. A lei do dinheiro tem o problema de ser gulosa. É que o 23 julho 2012 / 08


MONTRA / OPINIÃO

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dinheiro tem a peculiar particularidade de, podendo ser suficiente, nunca ser demais. Não há dinheiro a mais. Desde o que, vencimento após vencimento, o gasta até ao último cêntimo, passando pelo que faz mealheiro, ao que não precisa de fazer contas, nunca vi um dizer recebo demais, tenho de me desfazer deste dinheiro todo, aumente-se os impostos. Nunca vi propor que se nivelasse os vencimentos para que o chefe não ganhasse um número muito grande de vezes o que ganha o subordi-

im dit, veniendae simaximod molorpo nado, adicionando assim na mulressund igendis non conessit reperae tiplicação a sua superioridade cuptatur? Siminte voluptur? numeral para além da dePoreium posto. am, quas mi, voluptus, as porrorenis A ideia de um ordenado mínimo pra dolut quam, derum, natibusé aceitável masquia a de máximo um to illa nonecea cusdam alignimporro verdadeiro ultraje ou anedota. O que ex etum ut lam lamEuaut laborias dinheiro é irracional. acho que pedignimenis excea volorro ma derninguém tem razão quando se fala natquam aut molesequata de dinheiro, ele fala pordissirepuda e nós sam resera voleceriae id magnimpos por ele quando andamos há anos sum sincit quas aalitemod ipsundiamedrontados repetir et crise, detium explabo. Ebit fugit, sitiae eicim semprego, pobreza, preocupação, dem simus eicit qui aut aut expelit as impotência e resignação todos os et porio. Offictur? Illaut quatur dias, quer seja boca fora ou sósacáa lendam Aniatur aut modi cuptat para dentro.

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CIÊNCIA

Marcos PORTUgal TEXTO / Luís C. F. Henriques *

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Marcos Portugal, de quem se comemoram este ano os 250 anos do nascimento, nasceu em Lisboa a 24 de Março de 1762 e morreu no Rio de Janeiro a 7 de Fevereiro de 1830. Portugal foi admitido como aluno no Seminário da Patriarcal, a 6 de Agosto de 1771, onde estudou composição com João de Sousa Carvalho, como também canto e órgão. Terá ainda tido como professores Borselli e Orao, tendo trabalho em Madrid. Aí teve o patrocínio do Embaixador português para ir para Itália, embora esta assumpção não esteja provada documentalmente. Em 1785 é nomeado maestro do Teatro do Salitre, escrevendo uma série de farsas e entremezes para esse teatro desde a sua nomeação até 1792. Nesse ano vai para Nápoles, com patrocínio da coroa, a fim de continuar os estudos, tornando-se rapidamente num compositor de ópera. La Confusione della Sominglianza (Florença, 1793) foi uma das várias óperas buffa e farse que escreveu e que foram levadas à cena em Itália e por toda a Europa. Regressou a Portugal

ALÉM DE MÚSICA OPERÁTICA, MARCOS PORTUGAL TAMBÉM ESCREVEU MÚSICA SACRA, ENTRE ELAS VÁRIAS OBRAS FORAM ESCRITAS PROPOSITADAMENTE PARA A UTILIZAÇÃO DOS SEIS ÓRGÃOS DA BASÍLICA DE MAFRA em 1800, sendo nomeado mestre da Capela Real e do Teatro de S. Carlos. Em 1807, aquando das invasões francesas e tendo-se a família real mudado para o Brasil, Portugal mantém-se em Lisboa. Muda-se para o Brasil com o irmão Simão Portugal no início de 1811, assumindo o posto de mestre da Capela Real e do Teatro de S. João no Rio de Janeiro. Para além de música operática, Portugal também escreveu uma quantidade substancial de música sacra. Várias obras foram escritas propositadamente para a utilização dos seis órgãos da Basílica de Mafra. Estilisticamente a obra de Marcos Portugal segue a tradição napolitana, com influências de Domenico Cimarosa, misturando linhas melódicas com algumas mudanças de frase características da música de Rossini. * www.luiscfhenriques.com


MESA

Quem tem medo de Sophia Andersen?

TEXTO / Joaquim Neves

…e comer demais à noite dá pesadelos.

Sophia e eu...

Conheci a Senhora Dona Sophia Andersen há uns valentes anos. Desde então, tenho pesadelos que aquando sonho sei lá porquê com os títulos e seus livros, a Senhora Andersen obriga-me a agarra-los com luvas, limpá-los e usar um protector de plástico para lê-los. Diz-me que é por causa dos borbotos de cuspo que podem manchar as páginas. Por muito lindo que seja o poema “Açores” do livro “Nome das Coisas” inquieta-me, prevejo pesadelos. “Moinhos”, restaurante em S. Sebastião, a 10 km de Angra, mudou isso, não tive pesadelos, só comi demais, e comer demais à noite dá pesadelos… disseram-me. Na capa do cardápio, muito bem apresentado, Li o poema de Sofia e fiquei desconfiado. Palavras doces e lindas mas assépticas na recordação, Espero por perdão e ser neutral, dois copos de vinho nada mal para elaborar um plano racional. Estou bem acompanhado, comigo não

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MESA

preciso de me inquietar Há este orgulho que tento dominar Por ser Açoreano e ter o mar maior, Mas saber se como novilho ou telha marisco, É como uma amplidão escolha navegação. Até o chão do restaurante é terra escura Cheio de alfaias e prado da agricultura. Mas no prato veio depois da lavrada sopa Peixe pescado por navegadores ou agricultores. Notei que havia um aprumo do prato Bem apresentado talvez sonhado. Mas nos brancos pratos alguém os pintou, Afinou e temperou, misturou antigo e novo, Que gosto muito é brilho que renova. Se olhar para o espaço, deste lugar, Poderia com imaginação ser compartimento Debaixo do convés. O próprio Moinhos não só do mar mas da terra também Traz na sua mão propostas que podem vir a ser Maravilhosas e deslumbrantes. É quem em plena aptidão descobre do seu conhecimento como é criar nove pratos, como quem navega na proa. Ambiente média luz mas de luz de lés a lés, Coisa que povo cindido de tanta aventura gosta. Peso e medida, tino e atenção, pois não vale a pena Com tanto sermão eu também sou lambão. Não esquece quem no paladar sabor e cheiro Embala os sentidos e antes de amanhecer, sonhar e acordar, Preciso de ir dormir.

Se Sophia fizesse sopas

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seria em caldeirÃo...

Receita

Frikadellen

Dedicado a um bar num Areal de Praia de Areia Branca onde procuram sempre novos sabores. Frikadellen à Bávara faz-se com: 250 gr carne de vaca picada só uma vez (ou então só de um tipo de carne); 80 gr de pão de trigo; 120 ml de leite morno ou água; 1 pequena cebola picada; 1 cs de manteiga, sal, 1 cs de salsa picada fresca; ½ cc manjerona seca, 2 ovos, 1 cs de mostarda, pitada de nozmoscada, 1 raspa de limão, pimenta moída e óleo ou manteiga para fritar. Nota mesmo sendo bávaros, simpáticos e boas pessoas, eu não resisto a pôr bastante alho já na preparação com a cebola. Modo de fazer: demolhar o pão no leite morno ou água; alourar a cebola picada em manteiga; temperar a carne com sal, adicionar o pão (se demolhado em água espremer) a cebola alourada. Separadamente bata os ovos com os restantes ingredientes e depois envolva na carne. Amasse bem. Forme a partir de bolinhas espalmadas estes hamburguerzinhos. Ao fritar, sele primeiro em óleo ou manteiga (para os audazes até sugiro banha de porco) muito quente ambos os lados, em lume médio deixe fritar por 15 a 20 minutos, espera-se um crocante exterior bem louro. Sirva como hamburger. Pode variar na quantidade de pão. E se puser fiambre não se esqueça de o grelhar primeiro. Não há nada mais deprimente que receber um hambúrguer, já nem falar de tostas sem o fiambre previamente tratado. “Frike-se!”


PALAVRAS

eva surrealista TEXTO / Sónia Bettencourt

o teu corpo ossificado menina vaidosa, mulher precoce sem tempo para ser menina asfixia cosmopolita, vírus de silicone no cérebro menina beleza-agulha-e-destruição o teu perfil de náusea dourada menina cocaína - inferno calculado em gramas impotência cultural, desmaio sociológico saltos altos, claustrofobia da arte, mente dietética menina a morrer na pista de dança, balança, o corpo que avança, esqueleto epiléptico no calendário, na capa da revista na telenovela bioquímica a entreter a inteligência do povo

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o teu seio flor plástica, feminina menina mecânica, tripas neuróticas óculos escuros e deleites coxas lipoaspiradas o coito perfeito - tecnologia sofisticada eva, criança hábil golpe de beleza acelera o pedal da economia


CONSUMO/OPINIÃO

No Banco De Trás I TEXTO / ACRA / Angra do Heroísmo

O transporte de crianças em veículo automóvel encontra-se regulamentado pelo art.º 55 do Código da Estrada, dispondo que as crianças com menos de 12 anos de idade e menos de 150cm de altura, quando transportadas em automóveis que tenham cintos de segurança, devem ser seguras por um sistema de retenção homologado e adaptado aos seus tamanho e peso. Regra geral, a criança deverá ser transportada no

banco de trás. No entanto, se tiver idade inferior a 3 anos, se o sistema de retenção utilizado estiver virado para a retaguarda ou se a idade for superior a 3 anos e a viatura não tiver cintos de segurança no banco da retaguarda ou não existir banco traseiro (viatura comercial), o transporte poderá ser feito, excepcionalmente, no banco dianteiro. De salientar, ainda, que é proibido o transporte de crianças com menos de 3 anos, em viaturas que não disponham de cintos de segurança. O não cumprimento destas disposições é considerado uma infracção grave e, como consequência pode ser determinada a inibição de conduzir ou até mesmo a cassação da carta de condução. Para crianças mais crescidas que, embora com menos de 12 anos e de 150cm, excedam os 36kg de peso, é recomendado o uso de cinto de segurança a par de um banco elevatório que permita a utilização segura do referido cinto. Se ainda assim não for possível adequar a criança ao banco elevatório, ela poderá ser transportada apenas recorrendo ao uso do cinto de segurança desde que tenha, pelo menos 135cm. Confira dados junto da DireçãoGeral do Consumidor. A ACRA recomenda vivamente que conduza com prudência, de modo a evitar acidentes. *Associação de Consumidores da Região Açores

VIAGENS Ao cerne das coisas xI

A Mãe de Deus TEXTO / Antonieta Costa

Santuário em Eleusina, Atenas

A divinização da espiritualidade feminina é um conceito de difícil entendimento, no contexto das três grandes religiões monoteístas da actualidade: o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo. Destas apenas o Cristianismo abriu uma concessão ao aceitar a figura feminina da “Mãe de Deus” no domínio do transcendente, embora lhe tivesse custado muita discussão e alguns Concílios. É um facto que, nas religiões nascidas em culturas dominadas pela figura patriarcal, onde a mulher aceita secundarizar-se, desapareceu essa ligação entre o feminino e o divino, especialmente se este é separado da sexualidade/fertilidade. Para o reencontrar recomendo uma visita à Grécia, centrando as atenções na figura da Deusa Demeter. Num passeio pelos seus sítios arqueológicos absorvese através da poética do lugar, a essência dessa personagem mítica. Ela emana tanto das ruínas como do seu museu particular em Eleusis (agora “Eleusina”) como informação subliminar. Situada a 20 Km a Oeste de Atenas, Eleusis preserva por entre a degradada e péssima arquitectura industrial circundante, a poesia envolvente da lenda da Deusa/mãe. Transferidos para a filha (Perséfona), os cuidados com a fertilidade da Terra, os traços da personagem Demeter ficaram inscritos naquela paisagem, marcando a transição da humanidade, da bestialidade para a espiritualidade, até aos nossos dias. Ainda na segunda semana de Setembro é possível ingressar na peregrinação que, de todo o mundo, caminha até ela. 23 julho 2012 / 14


OPINIÃO

R. Araújo Pereira TEXTO / Pe. Teodoro Medeiros

Eu e o leitor estamos cansados... neste país em que muito se trabalha e estuda, é essa a situação mais comum, se bem que, no nosso caso, isso se deve à lei sociológica mais consistente em Portugal nos últimos 30 anos. Qual será essa lei, pergunta o leitor, subitamente interessado, esquecido momentaneamente de quão cansado realmente está. É simples, caro amigo: os nossos governantes estão, por causas naturais, impedidos de governar bem! Mais informo que a causa é a mesma para todos os casos; a identidade pessoal, tal como está expressa nos respetivos nomes, tem impedido as autoridades de desempenharem cabalmente as suas funções. Pois é caro amigo, quantas vezes ouviu críticas feitas com má fé contra estes ilustres compatriotas? Relaxe porque a partir de agora poderá defendê-los contra qualquer ataque; só tem de explicar porque, apesar do empenho e mérito pessoal indiscutível de cada um deles, é o nome pessoal a única mancha, a mácula isolada de cada um dos senhores. Comecemos pelo primeiro-ministro, Passos Coelho de seu nome: está, à partida, em posição de inferioridade porque a imagem dos passos de um coelho, inaudíveis e leves, vai colidir com a constatação de um governante levado a, e decidido a que todos sofram as passas do Algarve! Vê? É o nome que trai, na nossa perceção inicial, uma imagem pessoal que é completamente desajustada do que é a realidade... Miguel Relvas: o ministro é detentor de uma carreira académica invejável, todos o sabemos, mas será isso suficiente para contrariar a ideia de que deveria ser apenas jardineiro? Note-se que seria também uma espécie de profissional menor; alguém não habilitado para cuidar de flores, por exemplo.

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Pedro Mota Soares; antes de entrar para o governo, conduzia uma mota pouco aparatosa mas, assim que foi empossado, depressa mudou para um majestoso carro pago pelos seus impostos. Este é dos casos mais dramáticos, demonstrando que ser eleito é uma espécie de maldição portuguesa em que o próprio nome milita contra o titular do cargo. É real. É inexorável. Paulo Portas. Que mais há a dizer sobre um ministro dos negócios estrangeiros cujo nome sugere que trabalha como porteiro num hotel ou discoteca? Tem efeitos negativos a nível internacional! Imagine-se a horde de diplomatas mundiais receosos de que este membro do governo resista a encontros estipulados nas formas mais comuns, optando em vez disso por recorrer a métodos mais tradicionais, tais como ir bater às portas de cada um! Desastroso. Paula Teixeira Cruz. Pois, até parece de propósito; como acreditar numa Ministra da Justiça cujo nome é uma pena de morte caducada há quase 2000 anos e sem hipótese de ser ressuscitada? O oximoro embaraça até os seus defensores mais acesos. Este drama estende-se mesmo à oposição, onde um homem sem personalidade de líder vê essa limitação perpetuamente evidenciada pelo fato de se chamar de Seguro. Não desespere leitor: Deus é grande e fez com este mau desígnio se estendesse a todos os outros países da Europa. É ver como a bruxa da Europa se chama de Ângela, o presidente francês reclama um lugar na Holanda e o primeiro-ministro britânico está subjugado ao poder da Câmara dos Comuns até no próprio nome! E em Itália, chama-se Monti a um homem que vive à beira mar. Menos óbvio é o caso de Ricardo Rodrigues; mas o seu coração de leão fez com que tenha terminado esta crónica à mão (fiquei sem computador!).

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DESTAQUE

HISTÓRIAS CONTADAS PISTA DE D


DESTAQUE

A questão é permanente: Pode o Dj ser considerado músico? Souza é Dj, jovem e terceirense, e, resposta à parte, compara a acção musical a uma história contada com princípio e fim que, sobretudo, quer levar o público a experienciar emoções no meio, à laia de viagem em montanha-russa. Os seus sons são ouvidos em espaços nocturnos nos Açores e continente. E, este ano, a sua primeira internacionalização levou-o a Espanha. À conversa com a U, Souza defende a criação de um resort de Verão nos Açores à semelhança de Ibiza. Por outras palavras, o expoente máximo da música electrónica em Portugal estaria representado na Região como acontece em terras de ‘nuestros hermanos’. Por cá, a sua próxima data de actuação está prevista a 11 de Agosto no âmbito da Summer Jam da TOP FM das Festas da Praia da Vitória, a sua cidade natal, ao lado de nomes conceituados à escala mundial como Tommy Trash e Cláudia Cazacu.

TEXTO / Sónia Bettencourt sonia@auniao.com FOTOS / Ruben Tavares

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AS AS NA DANÇA


DESTAQUE

U - O que é preciso para ser DJ? Souza DJ - Há duas décadas um dj era alguém que tinha de saber acertar batidas com discos de vinil, ter bom gosto musical, leitura de pista, e saber fazer um set consistente, ou seja, levar as pessoas num género de viagem. Um set de um dj é como uma história contada com princípio e fim, que pre-

às casas e produtoras de eventos. O meu sonho passa pela representação dos Açores em Portugal à semelhança do que Ibiza representa em Espanha: um autêntico resort de Verão para os amantes da música electrónica. Mas implantar a música electrónica na cultura açoriana não seria um processo fácil. Teria de haver vontade enorme

Os Açores têm potencial no panorama nacional da música electrónica

tende motivar um conjunto de emoções no meio de toda a acção. Actualmente, devido à grande variedade de suportes de reprodução musical, ao avanço da tecnologia e das diferentes abordagens que cada dj tem à frente de uma mesa de mistura, criou-se um leque enorme de dj’s. Eu diria que o dj é a figura que sobe para uma cabine, observa o público e pensa para si próprio: “O que posso fazer para estas pessoas terem a noite das suas vidas?”. É imperativo saber dar um grande espectáculo às pessoas e levá-las numa montanha-russa de emoções através da música. U - É natural da Praia da Vitória mas está radicado em Lisboa. O que o levou a deixar os Açores? Souza DJ - O que me levou a sair dos Açores foi sobretudo a continuação dos estudos. Após a conclusão de estudos secundários na Terceira e, agora, na ETIC em Lisboa, o próximo passo será o ingresso no curso de engenharia de som, em Amesterdão, já em Outubro. Viver em Lisboa permitiu assistir ao meu crescimento como Dj, ganhando nome no mercado nacional com presença num número considerável de casas, muitas de referência no país, tal como a Kapital ou o LX Factory, e como produtor de música electrónica. Resultados disso são as colaborações, os originais e o remix’s em curso nos últimos meses. U - Como se situa os Açores no panorama nacional da música electrónica? Souza DJ – Os Açores têm potencial no panorama nacional da música electrónica. Falta apoio aos nossos artistas e

do público em ouvir algo novo, não só a música mainstream. Isso deve-se ao facto de não existir uma forte cultura da noite, a mesma que, agora, está a sofrer com a conjuntura económica. Para além disso, o desenvolvimento local mostra-se prejudicado pelos custos elevados das passagens aéreas para os Açores. Caso contrário, a facilidade de trazer artistas aos Açores seria muito maior e também seria muito mais fácil levar os nossos dj’s locais para fora das ilhas, porque talento não lhes falta. U - Este ano fez a sua primeira aparição no estrangeiro, nomeadamente em Espanha. Quais as semelhanças e diferenças mais significativas entre os dois países em termos de música e de público? Souza DJ - Toquei três vezes em Espanha para um público maioritariamente português, mas com muitos espanhóis presentes. Apesar de serem países vizinhos, considero que existem diferenças significativas entre ambos os públicos. O público espanhol “vive” muito mais a música na pista de dança

O próximo passo será o ingresso no curso de engenharia de som, em Amesterdão

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e é muito mais aberto em relação aos diferentes estilos de música. Foi assim em Calpe, onde toquei, mas trata-se de um local que fica a 120 km de distância de Ibiza e que tem imensa cultura musical. U - Na sua nota biográfica lê-se que “está habituado a tocar para grandes multidões em recinto fechado ou ao ar livre, e ao mesmo tempo para pequenos clubs com públicos mais selectivos musicalmente”. Para qual dos casos o desafio é maior? Souza DJ - O trabalho de casa a fazer é mais exigente nos recintos com multidão, ou seja, tem de haver preparação e consciência acrescidas do que se vai fazer durante toda a actuação para evitar erros. Convém variar as escolhas musicais pois o público é vasto e nem sempre é fácil de agradar a todos. Tento manter o equilíbrio entre a escolha do público e a minha preferência naquele momento. Felizmente tem resultado e, claro, quando um artista começa a ganhar nome ganha também mais liberdade na medida em que as pessoas reconhecem o seu trabalho e o seu estilo. Nos pequenos clubs tanto há casas em que o público é completamente “open mind” como existe outro habituado a um certo estilo. Neste caso, o desafio está na adaptação à casa e na leitura prévia da pista. Mas como costumo dizer: primeiro há que conquistar a pista, depois disso levo-a para onde eu a quiser musicalmente. U - Por onde passam os seus cenários de eleição como DJ? Souza DJ - Tanto dentro ou fora da cabine os meus cenários de eleição passam por clubs ou eventos que ofereçam boa atmosfera. Refiro-me à maneira como as pessoas interagem umas com as outras na pista, incluindo o staff do estabelecimento. Para mim, um bom club vai desde a simpatia do staff, à entrada, até ao bom gosto da decoração, passando pela qualidade técnica do som e das luzes. Às vezes, os pequenos detalhes são suficientes para criar boa atmosfera. U - Qual o papel da TOP FM no seu percurso: a rádio é paixão ou é apenas mais um veículo de promoção do seu trabalho? Souza DJ - É uma mistura dos dois. Quando entrei em contacto com a TOP FM, pela primeira vez, a rádio havia acabado de nascer e já me despertava atenção pela sua frescura. Propus o “Electric Vibes by Souza” que se trata de um dj set onde divulgo o meu trabalho e de outros artistas. E isso é, sem dúvida, um veículo de promoção mas também paixão. Um dia gostaria de fazer algo na rádio, em estúdio, à conversa com convidados. São apenas ideias, quem sabe um dia.

Levar as pessoas numa montanha-russa de emoções através da música


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Revista U Rua da Rosa, 19 9700-144 Angra do Heroísmo tel. 295 216 222 / fax. 295 214 030 Email u@auniao.com Director Marco Bettencourt Gomes Editora Humberta Augusto Redacção João Rocha, Humberta Augusto, Renato Gonçalves, Sónia Bettencourt Design gráfico Frederica Lourenço Paginação Ildeberto Brito

Colaboradores desta edição Adriana Ávila, Ana Luísa Silva, Antonieta Costa, Carmo Rodeia, Francisco Miguel Nogueira, Frederica Lourenço, João Paulo Costa, Joaquim Neves, José Júlio Rocha, Júlio Ávila, Lisete Silva, Luana Bettencourt, Luís C. F. Henriques, Paulo Brasil Pereira, Rildo Calado, Ruben Tavares, Rui Caria, Sónia Bettencourt, Teodoro Medeiros e Tomaz Dentinho Contribuinte nº 512 066 981 nº registo 100438 Assinatura mensal: 9,00€ Preço avulso: 1€ (IVA incluído) Tiragem desta edição 1600 exemplares Média referente ao mês anterior: 1600 exemplares

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ENSAIO

A imortalidade risível? (2) TEXTO / João Paulo Costa * FOTO / Auguste Rodin

Homo sentimentalis Aqui Kundera indaga sobre o amor, distinguindo o amor-sentimento do amor-relação. A personagem Bettina é o paradigma de um amor auto-suficiente, sem retribuição do outro, sem partilha: o amor é apenas uma ideia que se persegue e não a pessoa em si. O sentimento é apenas imitação que degenera em histeria sentimentalista? “Devemos definir o homo sentimentalis não como uma pessoa que experimenta sentimentos, mas como uma pessoa que os erigiu em valores. Porque “o sentimento, por definição, surge em nós sem disso nos apercebamos [...] A partir do momento em que queremos experimentá-lo, o sentimento já não é sentimento, mas a imitação de sentimento, sua exibição”. E como desvelar o amor que se esconde por detrás do sentimento? “Talvez seja necessário despojarmo-nos de muitas coisas e tornar a vestir as vestes da inocência para que o amor nos possa ser revelado” (António Alçada Batista, O riso de Deus). O Acaso O vazio da ocasionalidade das relações humanas é uma constante. As relações entre pessoas que nada têm em comum mas mesmo assim constroem uma falsa relação, em nome de uma ideia vaga de amor. A esperança de entrar no mundo próprio do outro desvanece-se quando se compreende que o ambiente onde cada uma das personagens se situa é totalmente oposto e inconciliável. “Nunca descobrimos como e em quê irritamos os outros, em que é que lhes somos simpáticos e em que lhes parecemos ridículos; a nossa própria imagem é para nós o maior dos mistérios”. Uma vida assim vivida não pode deixar de ser fruto do acaso porque é feita sempre a partir daquilo que o outro possa fazer. “Será pensável o amor sem uma perseguição angustiada

Deixar-se embalar pelo acaso

da nossa própria imagem no pensamento da pessoa amada? Quando deixamos de nos preocupar com a maneira como o outro nos vê, deixamos de o amar”. Tema este recorrente na escrita de Kundera (Insustentável leveza do Ser). É o desconhecido que marca as relações que se estabelecem entre os humanos e os acontecimentos que as envolvem. No tipo de relações em que predomina o domínio sobre o outro, o mundo, a vida, o ser vai perdendo o seu encanto. Despersonaliza-se. Deixa de haver razões para existir e o suicídio (exemplo de Laura) aparece como a solução mais plausível. É o desejo da imortalidade que transforma as pessoas em

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ENSAIO

suicidas. A única solução é deixarse embalar pelo acaso, pela quietude, pela passividade, pela eternidade do tempo. Uma vida assim vivida considera o outro como um estranho, sem hospitalidade, nem solidariedade. “O mundo perde a pouco e pouco a sua transparência, torna-se opaco, faz-se ininteligível, precipita-se no desconhecido, enquanto o homem traído pelo mundo se evade para o seu foro íntimo, a sua nostalgia, os seus sonhos, a sua revolta e, atordoado pela voz dolorosa que sobe dentro dele, deixa de saber ouvir as vozes que de fora o inter­pelam”. Um progressivo autofechamento que conduz progressivamente à morte, ao caos interior e à destruição da vida presente e futura. O Mostrador e a Celebração Nada é tão inútil como o desejo narcisista de esperar uma imortalidade vazia de sentido. Esta só se encontra na expressão máxima da Arte e do Belo. “A vocação da poesia não é deslumbrar-nos com uma ideia surpreendente, mas fazer com que um instante do ser se torne inesquecível e digno de uma insustentável nostalgia”. A frivolidade dos sentimentos, do amor, do não-gosto, do vazio relacional trazem consigo a dor, o caos e a indiferença perante o que é o verdadeiro amor. Kundera associa a este amor a importância do rosto do outro como algo que dá significado às relações. “Quando amamos alguém, amamos o seu rosto e tornamo-lo assim diferente dos outros”. O desejo de imortalidade, que de certo modo atinge a todos, só é perceptível quando encaramos a morte como uma possibilidade bem real. “Até certo momento, a morte é uma coisa demasiado distante para nos ocuparmos dela. É não-vista, é nãovisível. É a primeira fase da vida, a mais feliz”. Ao eternizar as nossas

Sentimentos erigidos em valores

acções nesta vida, porque vivemos com medo desse futuro que não conhecemos, tornamo-nos seres superficiais e acabados. O desejo de imortalidade resulta do tédio e da monotonia com que a vida é encarada. “Só temos uma vida! É preciso assumi-la! Apesar de tudo, devemos deixar qualquer coisa atrás de nós”. Ou como diz Bonhoeffer: “nós vivemos no penúltimo e acreditamos no último” (Cartas da prisão) ou ainda segundo a genialidade de Agostinho “o teu hoje é a eternidade” (Confissões XI). Quando sorrimos somos humanos e o humano é o que fica de nós como digno de ser testemunhado, agora e na posteridade! * Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

A morte é uma coisa demasiado distante

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FOTÓGRAFO

Obstáculos entre o aqui e o ali TEXTO / Luana Bettencourt FOTO / Rui Caria

É perante o obstáculo que nos erguemos e nos levantamos, mais altos do que uma vez estivemos Tantas são as vezes que nos deparamos com obstáculos nesta vida. Uns pusemo-los lá nós, outros os puseram lá, outros mais pequenos parece que cresceram sem ninguém dar por eles, até eles nos olharem nos olhos. A verdade, como bem sabemos, é que não existe nada completamente bom, nem tão pouco, algo completamente mau. Embora nos seja difícil perante os obstáculos, ver a beleza que neles se conserva, o bem da sua existência, a verdade é

que essa beleza e esse bem estão lá presentes, como pequenos presentes para nós. São presentes que nos transportam para o presente, para o aqui e para o agora. Que fazem com que a vida seja mais que uma repetição de pequeninas histórias. É o nosso momento de sermos heróicos e vitoriosos, de vencermos batalhas, de nos conquistarmos a nós próprios, sabendo que mesmo quando perante a derrota, ninguém nos tira a vitória de termos tentado. É perante o obstáculo que nos erguemos e nos levantamos, mais altos do que uma vez estivemos, seja num salto elegante, cheio de estilo, popa e circunstância, ou só mesmo com uma perna alçada no ar, com um ar meio atrapalhado, ainda meios inseguros que não vamos mesmo cair. O certo, é que nos elevou acima do que um dia estivemos. Aí, no dia em que a nossa noite chegar, regada de pequenas e constantes gotas, ficará para sempre o registo dos nossos pequenos e grandes saltos, dos elegantes e daqueles que nos fizeram rir.

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OPINIÃO

O TERCEIRO dia dE verão TEXTO / Pe. José Júlio Rocha

“Ó Porto Martins das uvas”. Fartas, negras, cheias e cheirosas, a desbordar das paredes, quando saltávamos os matos e atalhos em direcção à meca das nossas férias, a piscina do Porto Martins. Passávamos, canalha, putos na casa dos seis, sete, oito ou nove anos e mais, a rasar aquelas vinhas em Setembro, quando o cheiro das uvas em véspera de vindima arreganhavam as narinas e viravam a cabeça de pernas para o ar. A verdadeira tortura chegava ao fim da tarde, quando regressávamos, pelo mesmo atalho entre matos, cheios de fome. Alguns dos miúdos não resistiam e cumpria-se, como sempre acontece por essas idades, a profecia de Óscar Wilde: «A melhor forma de vencer uma tentação é cair nela». E vinham eles a chafurdar nos cachos de uva de cheiro e nós, num misto de inveja deles e de medo do dono, apenas cheirávamos mais intensamente. “Baga de faia cheirosa”. A seguir às vinhas vinham os matos, densos e misteriosos, onde a faia dava-nos a cheirar as suas bagas. Aí vinha o mistério. Naquele tempo falava-se da gruta da Madre de Deus. Alguns diziam que ela não tinha fundo, que ia até ao centro da terra. Outros, que não tinham fim, que dava a volta ao mundo. Mais comedidos, os mais velhos afirmavam que ela só chegava à Vila Nova ou à Lajes. Que Nossa Senhora aparecia lá, a quem se atrevia a atravessá-la e que havia rapazes que tinham entrado nela e nunca mais tinham saído. E ouvia-se gemidos deles. Debaixo das bagas cheirosas passávamos em silêncio, não fosse a gruta acordar e engolir-nos nas suas fauces cavernosas. “Minha maçã redondinha”. Chegados à canada do Serra, apareciam as maças. Ácidas, pequeninas, de um verde que se ia avermelhando. Um senhor, que não me recordo de ter visto mais, deu-me uma vez um saco delas, porque eu era neto do Ti José Libana, que estava muito doente. E a fama do Ti José Libana valeu-me um saco de maçãs redondinhas, mas não por muito tempo, porque o grupo era grande e tinha fome. E eu fiquei só com o saco e não disse a minha mãe. “Pedra negra preciosa”. Na Ponta Negra estendia-se a piscina. Era o mar pequenino. Ali molhei, pela primeira vez, os pés em água salgada. Aí aprendi a nadar. Entre a Fonte do Bastardo e o Porto Martins há uma harmonia que, julgo, vem em grande parte desse tempo em que, aos magotes, desciam os rapazes de cima a banharse naquelas águas cercadas por uma bela, preciosa, negra pedra. Hoje há muitas casas. Já não só dos «senhores da cidade» que ali passavam o verão. O Porto Martins cresceu. Já não é apenas, como sonhava Vitorino Nemésio, um presépio de uvas, bagas de faia, maçãs redondinhas ou pedras negras. 23 julho 2012 / 25


PARTIDAS

Sintra - Vila de encanto TEXTO E FOTO / Francisco Miguel Nogueira*

Estive recente­mente em Sintra, uma vila cheia de histórias de encanto e pude apreciar alguns dos ex-libris da nossa História. Este passeio realizou-se a convite do Dr. João Moniz Corte Real, que me recebeu e à minha irmã de forma entusiasmante. Nos primeiros passos que dei na Vila, a magia de Sintra tomou os meus sentidos e guioume pela História do local. O centro da Vila era muito bonito, além que o dia solarengo, ajudou a criar uma ambiência muito propícia para uma viagem no tempo. Visitamos o Castelo dos Mouros, símbolo da presença muçulmana em Portugal, que foi construído por volta do séc. VIII e que se encon-

tra em bom estado de conservação, mas está a sofrer recuperações no seu interior para se tornar ainda mais acessível ao público. O percurso até ao Castelo é longo, pois este se encontra num dos cumes da Serra de Sintra, com uma vista de tirar o fôlego, onde avistamos o nosso sempre adorado Oceano Atlântico. Eu e a minha irmã lembrávamos que Sintra, tal como Lisboa, fora conquistada aos mouros pelo nosso D. Afonso Henriques, por isso, brincámos que éramos guerreiros ao serviço do nosso Rei, que protegiam o Castelo de um possível ataque. De seguida, partimos até ao Palácio da Pena, obra do séc. XIX e símbolo do Romantismo. D. Fernando II, o ReiArtista, esposo de D. Maria II, preocupou-se em aproveitar os vestígios que havia na zona e mandou construir o Palácio. Este é duma beleza extrema, ficando num cume da Serra, com outra vista interessante, sobretudo sobre a serra. O Palácio está em muito bom estado, com várias recordações da presença dos últimos Reis de Portugal, sobretudo de D. Amélia, que deixou a sua marca nos quartos do edifício. De volta ao centro da Vila, visitamos o Palácio Nacional de Sintra, vulgo da Vila, que apresenta traços de

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Brincámos que éramos guerreiros ao serviço do nosso Rei, que protegiam o Castelo de um possível ataque Uma ambiência muito propícia para uma viagem no tempo

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Desejamos Boas Festas e um Feliz Ano Novo

Design & Impressão: UNIÃO GRÁFICA ANGRENSE

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PARTIDAS


ÓCIOS / OPINIÃO ENTRETENIMENTO / OPINIÃO

“São os sentimentos que conduzem as sociedades, não as ideias”

“Citação e/ou frase aqui.” Fernando Pessoa CARTOON

F. S. QUESTIONÁRIO

ONLINE

AS MAIS VISTAS A MAConcorda ÇONARIA com a reduINFLUção dos subENCIA A sídios aos POLÍTICA clubes desPORTUportivos? GUESA?

Bóia indica condições balneares - PRAIA DA VITÓRIA Título Aqui INTEGRA APLICAÇÃO “PRAIA EM DIRECTO”

SIM SIM NÃO NÃO

70 (87,50%) 10 (12,50%)

TOTAL: 80 (100%)

Artigo de opinião de João Rocha Título Aqui CANUDO DESENRASCADO

OPINION ARTICLE HEADLINE COVERAGE

ci piscit verro quibus repre magnat magnam sunt dis nam quo dolorum quature scitium quatesto mos alicti rendiae similibere, cus, simusant, sae cum as sam ipiende rfernam se pro eicatibea quosa nonsed evendamet maximpo reicabo ritibusci sequostia nobitae ctoribu sciaeca boratquatem arum re repudit voluptate sus quiasi apereri onsent aliquatem illiquis est, sam qui demporporpor as dolectis aut quisque molupti assincti sit, ut labo. Bis derchil ilitam sit ped mi, officab ipsant est veleseq uodiamus es ilibus, ommoluptatur aci andam et alit ITEXTO am a/ Frederica fan of Lourenço aut volorep ellendaero dolore mod et Corat res et pore, siminis et debitas ulparum incias molorro to blaboria imporrundis dolorem denihil iundis simoluptate nostion sectene vent vid explacias am,Lourenço seque dolupta tem- undam ium qui quide consed quisTEXTO / Frederica qui quaspellandi debis a non eatur, im sequatus magnien imint, que re quo Para quem - como eu - trabalha em áreas criativas, é bom saber que não lam reped ut aliquo omnit aut quae- moditate volore laut asitatus, quiaestamos sozinhos no mundo e que há quem nos compreende quando um cea voles occus ut quatem temos venet restia quia corunt. cliente ouaut potencial cliente nosdiation leva à beira de que um ataque de nervos. poratem excearumquid que sequaere Ciendio con rehenis ipsunt ulluptana si A “Clients From Hell” (em português Clientes do Inferno) é um espaço internet à publicação de citações e episódios, enviadosrerrovi por connonsequededicado niet explitio blabo. Bo. Nam, net dolore nos assitatqui ditribuintes anónimos de volore todo o mundo, os temas variam entre o absurdo, o te sant exerit remodit nimod ecidunt, quatur rectiumque rem que divertido e do mais irritante possível... magnatat anit adi quo commolectur netur? Acerum eicae voluptiore miBasicamente é a catarse que precisamos - sejamos criativos ou não - para aut ium non pedignam invelenim vo- nihillabo. Vitatus, omnihicitate nihilit colocarmos tudo no seu devido lugar, rirmo-nos das situações mais hilarianluptat. alibea conerepremquid qui ut envolver et volor demasiado audae quam essunti tes queHillabor nos acontecem não nos deixarmos com a esendes sande dunt eaturibusdam aut ossum, omnim hic totat. Uga. Itatem tupidez alheia. Normalmente concluímos isso quando vemos que - ao pé dos outros - não sofremos nada nas mãos do mais dolo infernal dosLesciam clientes.... rest rernam quid eatem sunditasped alibus tem. evelectur O sucesso do projecto tem sidoItatide talsanihiciae forma quepos já porum, têm umsilivro, à venda que mi, odion por arciae maio. temporr ovina Amazon www.amazon.com, intitulado “Clients From Hell: A collection bus, si odit ist, quae ditatem nos nes dunt iatqui utenis nis et volupiene voof anonymously-contributed client horror stories from designers” e não há dignatur, quaepro dustibus eatem lupta denduci llaces sinum, occus aut blogue ou twitter de arquitectura, design ou outra indústria criativa que não quis auta aliatiatum net volorerum, volendi blaborem fugiaecupici fale deles. consed que rere occuptature experhttp://clientsfromhell.net/

CLIENTS FROM HELL

23 maio julho 2012 07 2012 // 28 28


CULTURA

Visitas ao Espírito Santo “Festas do Espírito Santo - a contemporaneidade da herança açoriana”, assim se intitula a mostra no Museu de Angra do Heroísmo que está aberta a

Museu de Angra visitas orientadas. Nela, referem os promotores, são abordados os ideais, símbolos e rituais das festas em louvor do Divino, bem como a realização de oficinas de

Visitas orientadas flores de pano e papel, tradicionalmente utilizadas como elementos decorativos de coroas e altares. As actividades destinam-se a grupos e realizam-se mediante agendamento prévio, de terça a sextafeira. A frequência é gratuita, devendo as inscrições ser efectuadas pelo telefone 295 213 147 ou através do mail ana.ls.almeida@azores.gov.pt.

CONCURSO de curtas A Azores Film Commission acaba de lançar o concurso “Curtas Açores”, que visa apoiar a produção de duas curtas-metragens, através da atribuição de um prémio para produção, no valor de catorze mil euros. Este concurso, tem como objectivo a promoção turística da região, e simultaneamente promover o desenvolvimento audiovisual nos Açores, incrementando, desde modo, a produção de curtas-metragens. As inscrições estão abertas até 31 de Agosto, através do website: www.azoresfilmcommission.org, onde está, de resto, disponível toda a informação necessária para concorrer. Os projectos submetidos em candidaturas deverão ter como conteúdo temático o arquipélago dos Açores e a sua rodagem deverá ser realizada também no arquipélago. Esta iniciativa, que conta com o apoio do Governo dos Açores, através da Secretaria Regional da Economia, Direcção Regional do Turismo, é co-financiada pela União Europeia, programa PROCONVERGÊNCIA, através do FEDER. 23 julho 2012 / 29

A Universidade dos Açores (UA), através do Centro de Estudos Sociais (CES-UA), em parceria com a Universidade de Toronto (Canadá), através do Departamento de Espanhol e Português, e com a colaboração da Associação Seniores de São Miguel (ASSM), leva a efeito o III Congresso Internacional A VOZ DOS AVÓS: GERAÇÕES E MIGRAÇÕES, dando destaque a questões da actualidade que são transversais na vida das gerações nos Açores e nas Comunidades da Diáspora. Com início no dia 26 de Julho – o Dia Internacional dos Avós, de 2012, e Ano Europeu do Envelhecimento Activo e da Solidariedade entre Gerações–, o III Congresso Internacional A VOZ DOS AVÓS: GERAÇÕES E MIGRAÇÕES, acontece numa “altura de mudança e de incerteza em que as famílias, as instituições e as sociedades são postas à prova nas suas funções e relações”. O Congresso vem criar, através de uma dinâmica intergeracional, um espaço de partilha, reflexão e debate, com especial destaque para as que desempenham o papel de avós. Para mais informações sobre o congresso consulte http://www. ces-ua.uac.pt/.


CULTURA

JAVELIN TEXTO / Adriana Ávila

Dois jovens primos nova-iorquinos George Langford e Tom Van Buskirk, formam a dupla artística e musical Javelin. Apesar de se conhecerem desde sempre, apenas em 2010 lançaram o primeiro álbum “No Más” pela editora Luaka Bop, com uma sonoridade difícil de catalogar e ao mesmo tempo muito doce e singular. Os Javelin exibem traços fortes de synth pop, electro, entre outros, e contam já com três discos editados lado a lado com a mesma editora. O seu mais recente projeto intitula-se “Canyon Candy” (2011), em formato 10”, MiniAlbum e Ltd, foi

CANYON CANDY também banda sonora de uma curta-metragem homónima do álbum, um western fortemente inspirado pelas paisagens do sul dos Estados Unidos. É possível aceder a esta curta-metragem através do sítio http://stereogum.com/.

TERRAMAR CULTURNATIVOS A 27 e 28 de Julho próximos acontece o Festival TerraMar Culturnativos Açores que vai reunir, em Ponta Delgada, um programa cultural que tem no seu programa música, poesia, artes performativas, entre outros.

MACAU A Arte na Filatelia

Macau na Filatelia Até ao dia 30 de Setembro, o Núcleo Filatélico de Angra do Heroísmo tem patente a exposição temporária “Macau – A Arte na Filatelia”. A mostra, que abriu portas ao público a 10 de Julho, pode ser visitada na galeria da Corporação de Bombeiros de Angra do Heroísmo, sede do Núcleo Filatélico angrense, localizada na Guarita.

Angra em festa

Exposição Temporária

De 10 de Julho a 30 de Setembro

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A programação da autarquia angrense “Angra em Festa” prossegue este mês de Julho com o seguinte programa: dia 24, pelas 22H00, no Prior do Crato: actuação de João Pedro Soares; dia 27, pelas 22H00, na Praça Velha: Filarmónica da Serreta; dia 28, pelas 22H00, no Prior do Crato: “Os Se7e da vida airada”; dia 29, com início pela manhã, pelas 9H00, no Tentadeiro da Florestal: Festa do Emigrante; e dia 31 de Julho, pelas 22H00, no Prior do Crato: “Jovens Talentos”.


OPINIÃO / AGENDA OPINIÃO / AGENDA

SERIE ARCHITECTS: PAVILHÃO OLÍMPICO BMW TEXTO / Rildo Calado

Após o evento realizado em parceria com o Museu Guggenheim e a edição do livro de design em parceria com o designer Stefan Sagmeister, a construtora alemã BMW está agora focalizada na sua mais recente iniciativa cultural. O Pavilhão BMW 2012 - que irá ser inaugurado em Londres a tempo da abertura dos Jogos Olímpicos. “Aquilo que os londrinos mais gostam no verão é estar rodeados de parques”, diz o arquitecto Chris Lee, cuja firma Serie Architects assina este projecto, após um concurso que juntou 6 outros ateliers de arquitectura, e que se baseou nessa tradição tipicamente londrina como ponto de partida para a concepção deste projecto. A pérgola exterior, no topo do edifício, será o showroom dos carros da marca, enquanto a estrutura interior - em baixo - será uma espécie de sala interactiva, com projecções vídeo, apresentações e lançamentos exclusivos da marca, incluíndo o BMW i. Situado no recentemente criado Parque Olímpico, nas margens do Rio Waterworks, é um edifício com a fachada completamente feita em vidro, disfarçada ainda por uma gigante cascata de água que cai do piso superior. Este é mais um dos edifícios a visitar durante este ano, em Londres. Serie Architects: www.serie.co.uk BMW: www.bmw.com

HEADLINE HERE

Insectos por baptizar Lores aut quidebis dis nitatem et que pel ime nossequam, officae cesecto etum rae projecto quibus do acesto “Chama-lhe Nomes” é o mais recente Gruquaspiet faccum iligenimi, sam da et,Universidade quidebitis antia po de Biodiversidade dos Açores, dos Açores, que, até final do ano, apela à participação do

TITLE HERE “Chama-lhe Nomes” dolorestibus consequate int quo público no entus “baptismo” doluptiatus earum de espécies dolo endémicas. rem 12 arum voloraentre vita São insectos arum reictissi utatae. carochos, escaravelhos aborero cone etur, eEt gorgulhos que, além cuptatem que comdo seu nome científico moluptas por quiae et, paveformado duas liqui accusam lavras em latim,facculp precisam de nome comum a

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ariorum vel il es volor simus, core quistib eribus voluptisno earum vendae cum exerum arum quiant. sugerir https://www.facebook.com/#!/Chama.lhe. Ehendit, sinto verovitio. Ut est, ut incid quas inullor Nomes. estiusa picaboremque quibearum est, Os nomes seleccionadosnonsed aparecerão no Portalque da Bioquiasped eos doloriti omnimpodiversidade dosauditem Açores poreptas (http://www.azoresbioportal. riate invellaut seguido expediciis quias dos mosseus samautores, alite quid angra.uac.pt/) do nome fiquas ella Lit et qui debis magnates cando assim o autor do nome para dolupta sempre erfe ligado à história natural dos Açores.

Xeratem quost autemos dipsam ut imagnam, offic totatur? Quiditam alia iducidentia sitias millupis et omnim ex enis as eost eosaper ibeaquo ma del ipis dolor ad eument, con corA Associação de ectatiam dolorese Mordomos das Fespratiant quam que tas Tradicionais da volo Terceira molorro elege ex et Ilha vitseuqui ditessuno primeiro predi untenaella nate sidente próxima nobitatem dia quis quinta-feira, 26 quossimodia quis de Julho. delisci psapedi A nova colectiviberitem ilit quis indade, sedeada na venis consequ unfreguesia da Vila dignam most, Nova, noaut concelho cum fugition eium da Praia da Vitóeratur res Terceira, ipsamus ria, ilha eatum etur vai assim sapitat eleger iaecaep udaeraos seus primeiros tiatur aditatis corpos sociais. nobitibacto usante qui as O eleitoral rersperae latis ex decorrerá nas insexerae. Ipicipitium talações da Assoque et, quatur ciação Culturalres do Porto Judeu.

07 maio 2012 / 31 23 julho 2012 / 31



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