Revista U Nº24

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A REVISTA SEMANAL D´A UNIÃO

www.auniao.com

MÚSICA EM tons DE AZURE Eleições à vista: listas e candidatos PÁG. 05

edição 34.832 · U 24 · 27 de agosto de 2012 · preço capa 1,00 € (iva incluído)


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Dr. Domingos Cunha Dr.ª Ana Fanha Dr.ª Joana Ribeiro Dr.ª Rita Carvalho Dr. Rui Soares Dr.ª Lurdes Matos Dr.ª Isabel Sousa Dr.ª Ana Santos Dr. José Renato Pereira Dr.ª Paula Neves Drª Paula Bettencourt Drª Helena Lima DrªAna Fonseca Dr. Lúcio Borges Dr. Miguel Santos Dr.ª Cristiane Couto Dr. Eduardo Pacheco Dr. Cidálio Cruz Dr. Rui Mota Dr. Fernando Fagundes Dr.ª Andreia Aguiar Dr. João Martins Dr. Rocha Lourenço Dr.ª Paula Gonçalves

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Terapia da Fala

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Urologia

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EDITORIAL / SUMÁRIO

o retomar TEXTO / Humberta Augusto | haugusto@auniao.com

Fim de Agosto à vista. Será igualmente, para muitos, o fim das férias, para outros não. Mas o calendário escolar, apesar da decrescente natalidade, ainda marca os ciclos de descanso da classe profissional. É, por isso, tempo de retomar a rotina do trabalho. De acertar ponteiros, projectos, afazeres e deveres. Vários pensamentos, à mistura com muitas preocupações, mantêm-se porventura na mente de todos neste arranque laboral: a precariedade, a insegurança, a perda do valor do trabalho. A crise. Crise que antes de Verão existia e que depois dele se mantém. O Estado endividado já veio dizer que 2013 será melhor. Vai repor subsídios que tirou aos funcionários públicos, mas já disse também que vai criar mais impostos e que nada será igual a antes. Pois, então, cá estaremos a aguardar por justiça e pelas consequências. Que 2013 venha depressa. Mas antes, pelos Açores, outro pensamento estará nas eleições legislativas regionais. Outubro é o mês para escolhermos quem queremos para governo do arquipélago, numa escolha que o eleitor joga além-ilhas, a olhar para o Estado. Lá e cá. Retomemos, assim, e o quanto antes, a normalidade: laboral, governamental, estatal.

SUMÁRIO 05

baralhar cartas espectáculo não justifica a existência

06

envelhecer em segurança

14

pecado não original

15

livrarias online

20

pura poesia

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07

três vezes full hd passemos para a outra margem

08

ansiedade influencia dor aguda

10

jantar fora de casa

11

por cada pedaço de pão que como

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ler doce ler

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noites encarnadas

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adágios de benquerença

NA CAPA... RENATO GONÇALVES / pág. 16

É já no próximo fim-de-semana que arranca o Festival Azure. A 6.ª edição é explicada, em entrevista à revista U, por Miguel Linhares, um dos organizadores e fundadores do festival de Verão que junta música, preocupações ambientais e descontração na zona de lazer de São Braz, na Praia da Vitória. O evento já tem espaço próprio não só no calendário dos festivais açorianos, como do país. 27 agosto 2012 / 03

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REVISÃO

OS CÍRCULOS DO PARLAMENTO

Eleições: listas e candidatos Gradualmente, têm sido conhecidos os principais nomes que se candidatam às eleições regionais açorianas. Até final da primeira semana de Setembro, as listas dos partidos que disputam o eleitorado açoriano serão entregues. A revista “U” faz a revisão do que, até fecho da presente edição, foi publicado e apurado no que às listas de candidatos pelos círculos eleitorais diz respeito. Por parte do PS, e já entregue no Tribunal de Ponta Delgada, foi a lista candidata às eleições regionais de 14 Outubro pelo círculo de S. Miguel, liderada por Vasco Cordeiro, que é o candidato do partido à presidência do executivo regional. A lista socialista integra na segunda posição a professora universitária Pilar Damião, surgindo em terceiro lugar Pedro Moura, apresentador de um dos programas mais vistos da RTP/Açores, dois candidatos que até agora não tinham relação pública com a vida política. O quarto da lista do PS por S. Miguel é José Contente, actual secretário regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos, seguindo-se outra novidade, Graça Silva, líder da CGTP nos Açores, à frente de André Bradford, actual secretário regional da Presidência. Pela ilha Terceira, a lista do PS é composta da seguinte forma: Sérgio Ávila, o actual vice-presidente, seguindo-se Lara Martinho, até agora secretária-geral da Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo, o professor universitário Paulo Borges,

ASSENTO PARLAMENTAR EM DISPUTA

Francisco Coelho (presidente do parlamento açoriano), Berto Messias (líder do grupo parlamentar do PS/A), Cláudia Costa, Domingos Cunha, Isménia Alves, Joaquim Pires e António Parreira. O PS entregou também a lista candidata ao círculo eleitoral regional de compensação, também liderada por Vasco Cordeiro, que apresenta nos lugares seguintes Rogério Veiros e Arlinda Nunes, e as da Graciosa (José Ávila) e de São Jorge (arquitecto André Rodrigues). O principal partido da oposição, o PSD, também já tem firmados os nomes, com Berta Cabral, a disputar a presidência do Governo regional, acompanhada por António Cansado e Humberto Melo, entre outros, pelo círculo de São Miguel. Na Terceira, a lista é encabeçada por

ELEIÇÕES A 14 DE OUTUBRO

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REVISÃO

António Ventura, seguindo-se os nomes de Judite Parreira, Luís Rendeiro, Paulo Ribeiro e Mónica Seidi. Nas restantes ilhas ficou assim decidido: Flores: Bruno Belo; Faial: Jorge Costa Pereira; Pico: Duarte Freitas; São Jorge: António pedroso; Graciosa: João Bruto da Costa; Santa Maria: Aida Amaral; e no Corvo, o PSD não apresenta lista e apoia a candidatura de Paulo Estêvão, pelo PPM. Por seu turno, CDS/PP-Açores, que já excluiu qualquer cenário de coligação com PS ou PSD nas eleições apenas anunciou alguns nomes, casos de Graça Silveira como cabeça de lista do CDS-PP pelo Faial, e de Jorge Ferreira por Santa Maria, sendo o mandatário do partido o professor da Universidade dos Açores João Pedro Barreiros. Hoje, conforme apurou a revista “U”, serão divulgados os nomes dos candidatos pela ilha Terceira e ao longo desta semana, a maioria dos restantes nomes pelos círculos em falta. Já a Plataforma de Cidadania, formada pelo Partido Popular Monárquico (PPM) e pelo Partido da Nova Democracia (PND), vai apresentar o jornalista Rui Simas como cabeça de lista pelo círculo de S. Miguel, e Tomás Dentinho, docente universitário, como cabeça de lista pelo círculo da Terceira.

Um a um, os partidos açorianos vão apresentando as listas dos seus candidatos aos círculos eleitorais que configurarão a matemática dos lugares a ocupar na Assembleia Legislativa Regional.

Baralhar cartas Com eleições à vista TEXTO / Humberta Augusto / haugusto@auniao.com

AS CARTAS DO BARALHO

faço votos para que o eleitorado não se deixe baralhar

Com mais ou menos certeza, os partidos fecham os baralhos das cartas com que vão jogar as eleições regionais açorianas de Outubro próximo. Alguns ases, reis, valetes e damas são jogados de forma automatizada – são nomes que encabeçam as listas partidárias por diversas ilhas, já anunciados, firmados, com caminho e experiência feitos – outros são jokers que, a ver vamos, se vingam e trazem pontos para a casa. Mas poderá ainda existir novas surpresas nas mãos apresentadas. Esta semana será a derradeira, imposta pelos prazos legais, para conhecermos todo o jogo. Mas esta é uma importante partida, não esqueçamos, que necessita de audiência, do eleitorado. Não podem ser só os jogadores a ganhar e a perder. Isto porque os receios de uma sala semivazia, ou seja, da persistente abstenção podem acabar por se tornar numa cartada por si. A pior de todas, por traduzir desinteresse, falta de participação cívica e mesmo posição política de contestação. Apesar de baralhadas, cortadas e dadas as cartas, faço votos para que o eleitorado não se deixe baralhar, e sobretudo, para que não deixe de apostar no jogo democrático.

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OPINIÃO

O espetáculo não justifica a existência TEXTO / Carmo Rodeia

A informação é um bem precioso. É dela que depende a nossa capacidade de escolha. E, mesmo que por vezes seja dada em doses sensacionalistas, com uma prolongada e até inusitada dramatização é benvinda. Como diz o povo, é sempre melhor a mais do que a menos. Dominique Wolton, a este propósito, diz mesmo que o excesso pode funcionar como alerta e o público é inteligente para saber interpretar esse exagero. A questão não é nova e coloca-se, sobretudo, na ótica da televisão onde os jornalistas portugueses há muito que passaram para o lado da hipérbole, criando continuamente mega acontecimentos, com sucessivos diretos em que a atualidade nem sempre é sinónimo de informação. A multiplicação de reportagens sem conteúdo relevante ou sequer atual, o recurso a repórteres no terreno que dramatizam e antecipam (às vezes para além do limite!) a tragédia (ou a mera suposição de que ela possa vir a ocorrer) transformam a notícia num folhetim “vendido” em episódios repartidos no tempo que podem ser geradores de pânico e de uma angústia desnecessária. A informação da RTP Açores no passado fim de semana, suspensa pela passagem do furacão Gordon, foi um exemplo disto. A direção de informação fez o que lhe competia. Decidiu e bem a abertura da antena a especiais informativos que deram conta da evolução da situação, com recurso aos diretos com os repórteres nos locais, com entrevistas a especialistas e às autoridades que têm por missão zelar pelo nosso bem estar. A RTP fez, tal como as autoridades, o trabalho de casa e justificou porque vale a pena lutar por uma televisão regional, de proximidade. Mas a dada altura fiquei com a sensação de que além do objetivo de informar havia um outro: o de justificar a sua existência e mostrar que, à semelhança de outros canais, é capaz de fazer uma cobertura ao jeito nacional. E, neste capítulo pecou. O grau de saturação era grande, a começar pelo pivot e pelos repórteres que repetiam à exaustão informações dadas previamente, sem acrescentar nada de novo e a mensagem passou a ser apenas espetáculo, como que a justificar aquilo que está justificado por natureza. E quando assim é perdemos todos!

Saltar de nível TEXTO / Paulo Rocha

Serve de rótulo em muitas ocasiões, mas a certeza tantas vezes dita de que a juventude está arredada de opções de fundo, de propostas formativas ou espirituais e, sobretudo, de conselhos da religião não corresponderá à verdade. Cresce mesmo a errada ideia que distancia o perfil juvenil da dimensão institucional, determinante para a construção social em qualquer tempo. À resistente – e sempre louvável – militância sénior que se evidencia em qualquer grémio é necessário acrescentar o crescente pulsar juvenil, em ambientes rurais como os urbanos, quando se trata de revitalizar associações, grupos e tradições. É junto das camadas mais novas que heranças culturais e populares encontram novos fôlegos, sempre e bem sustentados

pela maturidade de outros, mais velhos. E este não será um fenómeno exclusivo destes tempos. Talvez o seja de todos os tempos, repetidamente desconhecido porque escondido no ciclo de cada geração. A relação dos jovens com a Igreja Católica acontece nesta afinidade, em sintonia com a tensão gerada por sentenças genericamente formuladas, reveladoras de desconhecimentos, e o compromisso real, próximo e concreto que muitos jovens e numerosos grupos levam por diante, independentemente do que deles se diz. A mobilização juvenil em torno do voluntariado missionário, a persistência em valorizar a música cristã que se apresenta em cada Festival Jota, ou a reunião de milhares de adolescentes e jovens de todo o país em acampamento nacional em torno da metodologia escutista são exemplos destes dias. E sucedem-se a muitos outros projetos que um ano escolar e pastoral incluiu, em iniciativas de âmbito nacional ou diocesano, de secretariados ou movimentos juvenis. Entre todos, é fundamental assumir discursos inclusivos, que não se fixam no “meu grupo”, mas no nosso caminho, na opção comum. E fazer de todos os eventos, de todas as propostas uma oportunidade para saltar de nível na configuração de cada pessoa com o programa de vida de todos os tempos: o Evangelho.

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FERRAMENTAS

Três vezes Full HD TEXTO / Paulo Brasil Pereira

Como é novo em folha custa desde 2349 euros

Também não é bem assim, mas garanto-lhe que terás dificuldades em distinguir os pixéis quando te aproximares do ecrã de 15’’ do novo MacBook Pro. São apenas 5,1 milhões de pixéis “presos” em 15’’ de ecrã. É muita areia para esta camioneta (mais 3 milhões que uma TV HD), mas aguenta-se e bem este Retina Display. É uma experiência visual até agora impossível num portátil. Com a inclusão deste tipo de monitores nos portáteis, o mundo web também terá que se actualizar nas resoluções das páginas. Há que acompanhar a evolução tecnológica ou então o ecrã servirá apenas para os filmes. O novo MacBook Pro desta vez vem artilhado com 2 portas USB 3.0 e 2 portas Thunderbolt (até 10Gb/s).

Como há poucos periféricos com este tipo de portas, que tal ligar 2 monitores externos com uma resolução até 2560X1600? Uma das novidades deste modelo é a ausência de unidade óptica, ou seja, bye bye disco rígido. É substituída por memória flash, que tem melhores velocidades do que os discos rígidos convencionais. Um passo em frente que antevê os próximos modelos da marca. Para completar aqui vai: Intel i7 Quad Core a 2,3 ou 2,6GHz; Memória 8 ou 16Gb; Memória Flash 256 ou 768Gb; Gráficos Intel HD4000 + Nvidia GT650M; HDMI + leitor cartões SDXC; Câmara Facetime HD720p; Autonomia até 7horas navegação; Dimensões: 359 X 247 X 18mm/2,02Kg

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CIÊNCIA / OPINIÃO

Velhos e novos desafios

Parentalidade Os pais são constantemente desafiados pelo processo de crescimento e evolução dos seus filhos. Por vezes, deixam escapar desabafos que nem sempre correspondem à verdade. Veja se reconhece estes… Já experimentei tudo. Mas nada funciona! Duvidoso. Ninguém desconfia que muitos pais já tentaram de tudo para obter mudanças de um comportamento problemático do seu filho. Na verdade, é comum já terem (aparentemente) esgotado todos os “cartuchos”, entre prémios, privação de privilégios, castigos ou até mesmo punição física. Mais duvidoso é que nada tenha funcionado. Há estratégias que são adequadas e justas, que até produziram resultados pontuais, mas que acabam por ser abandonadas. Porquê? Normalmente, porque se instala a crença de que uma estratégia para ser eficaz tem de dar resultados imediatos e na esmagadora maioria das situações problemáticas. Ora, o fator crucial que distingue as estratégias eficazes das ineficazes é o tempo. Por um lado, quanto mais tempo estiver instalado um problema de comportamento, mais tempo também uma estratégia levará a ser eficaz. Depois, muitas das vezes, certas estratégias educativas necessitam de um prazo mais dilatado para serem eficazes não apenas de forma pontual, mas sim de forma consistente. Abreviando: muitos pais usam estratégias adequa-

TEXTO / CIPP *

das. O problema resume-se a não estarem atentos a pequenas mudanças ou a alterarem a sua linha educativa demasiadas vezes. Quando chegares a casa é que vais ver como é… Vai mesmo? Muitos pais servem-se da ameaça para conter comportamentos dos seus filhos. O problema desta forma de regulação do comportamento é que a curto prazo. Ponderando a ameaça de que perde a possibilidade de ter acesso a algo de que gosta muito como um brinquedo ou o treino do desporto que pratica, a criança até refreia o seu comportamento. Pelo menos uma boa parte delas o fará. Sucede que muitas ameaças são inconsistentes. Significa isto que muitos pais ameaçam, mas depois não cumprem. Outros até começam por cumprir. Mas depois de decidirem que a criança não joga computador durante duas semanas, ao fim de três dias ou uma semana abandonam a decisão inicial. Pior que não agir para conter o comportamento inadequado de uma criança é prometer sem cumprir ou não fazer cumprir na totalidade uma decisão. Aguardamos os vossos comentários e sugestões para correiodoleitor@cippterceira.com, bem como uma visita a www.cipp-terceira.com. Até à próxima! * Equipa do Centro de Intervenção Psicológica e Pedagógica

Passemos para a outra margem TEXTO / José Tolentino Mendonça * FOTO / Marta Cabral

Penso muitas vezes na sugestão que Jesus faz aos discípulos, mais do que uma vez: «Passemos para a outra margem» (Mc 4,35). Há um sonho do qual não podemos desistir: o sonho de que a Igreja, em cada uma das suas comunidades, se pareça também com uma família alargada em gozo de férias e não apenas a um laborioso centro de prestação de serviços, sobretudo se anónimo ou impessoal. Nessas férias seria diferente! Saberíamos o nome uns dos outros e mais: daríamos tempo para saborear a história e a presença que cada um é. Não seria o relógio a presidir aos nossos encontros, nem a utilidade imedia27 agosto 2012 / 08


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dit, veniendae simaximod molorpo ta a emprestarim justificação às nossas procuras. Pelo ressund igendis non conessit reperae contrário: estar em comunidade seria como caminhar junto ao mar, sem nenhuma pressão de horários (excuptatur? Siminte voluptur? Poreium teriores e interiores), entregues ao prazer da conam, quas mi, voluptus, as porrorenis templação e da companhia. Ou como passear pela pra dolut quam, quia derum, natibusmontanha, entusiasmados por visões alargadas onde to illa numa nonecea cusdam alignimporro a paisagem refulge transparência que quase que ex etum ut lam lam aut laborias havíamos esquecido. Nessas férias seria diferente!excea Aboliríamos rotineipedignimenis volorrooma derro fast food religioso, que apenas serve para enganar natquam aut molesequata dis repuda a fome, deixando a alma se alimente e revitalize samque resera voleceriae id magnimpos como precisa: no silêncio e na palavra, no encontro e no sum sincit quas alitemod et ipsundidom, na escuta e na prece. Buscaríamos juntos, como tium explabo.a abundância Ebit fugit, sitiae eicim peregrinos experimentados, ainda intacdem eicitsentindo-nos qui aut aut depois expelitreas ta das fontes que nossimus irrigam, conciliados e gratos pela fantástica delas. et porio. Offictur? vizinhança Illaut quatur sa a lendam Aniatur aut modi cuptat

* Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura 21 agosto janeiro 2012 2012 // 09 09 27


CIÊNCIA

Ansiedade Influência Dor aguda TEXTO / ARP/LUSA

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As mulheres que têm maior probabilidade de sofrer dor aguda severa depois de uma cirurgia são jovens com problemas de dor crónica e têm níveis elevados de ansiedade, segundo um estudo divulgado pela Universidade do Minho. A investigadora Patrícia Pinto avaliou mais de 200 doentes submetidas a remoção cirúrgica do útero e criou um modelo para identificar as mulheres em risco de desenvolver níveis mais elevados de dor aguda. Com este modelo prático, a investigadora pretende criar estratégias personalizadas para ajudar a ultrapassar a dor pós-cirúrgica. Os resultados vêm mostrar uma relação entre a ansiedade e a dor, vindo assim complementar outros estudos internacionais que apontam no mesmo sentido. A investigação, que incluiu uma amostra de 203 mulheres avaliadas 24 horas antes e 48 horas depois da cirurgia, foi publicada recentemente na revista norteamericana “Pain”. O estudo permitiu perceber que as mulheres com maior probabilidade de sofrer dor aguda severa após a cirurgia são jovens, têm proble-

Estudo desenvolvido pela Universidade do Minho comprova relação entre a ansiedade e a dor.

mas de dor crónica, níveis elevados de ansiedade e dificuldade de lidar com a dor. “É possível evitar o sofrimento, que aumenta o risco de morbilidade e mortalidade, o tempo de internamento hospitalar e os custos inerentes aos cuidados clínicos”, indica Patrícia Pinto, da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho. Segundo a investigadora, quanto mais os doentes encaram a situação como catastrófica, mais pode ser a intensidade da dor após a cirurgia: “A catastrofização envolve a exacerbação do valor da ameaça da dor e generalização do seu impacto negativo, bem como sentimentos de desamparo e pessimismo em relação à capacidade para lidar com esse sofrimento”.


MESA

Jantar fora de casa TEXTO / Joaquim Neves

No intervalo, entre pratos, não dispenso um gelado de menta simples com hortelã.

O QUE APETECE EM CASA

Há dias em que não apetece sair de casa mas não apetece ir a nenhum restaurante. Querer ter para entrada uma sopinha de meloa com camarão cozido em nuances de limão e piripiri, polvilhado com salsa picada e pimentas moídas na hora, decorado com chagas de Cristo e flores de alecrim, já que o meu jardim está florido. Para segunda entrada sobre endívias uns cogumelos shiitake em molho de mostarda com cubinhos salteados de pimentos coloridos. Alguém havia deixado um balde cheio de pimentos, cebolas e espinafres ao portão. A seguir para primeiro prato peixe, cherne ou pescada dependendo do que o meu pescador tiver, mas branco e que combine para ser cozido com alecrim, cebola e jamaicas, acompanhado com puré de feijão verde com alho e azeite, húmus com cebola e salsa picada e molho holandês para o peixe, decorado com funcho. Questionei-me se esta mescla de ervas pudesse resultar, mas apetecia-me.

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MESA

No intervalo, entre pratos, não dispenso um gelado de menta simples com hortelã. Para a carne apetece-me um tornedó acompanhado com bratkartoffeln*, molho bernaise, em cama de rúcula e folhas de beterraba e batata-doce previamente temperadas tradicionalmente e uns rabanetes laminados. Sem cair em grandes exageros atrevo-me ainda a um terceiro prato, um tortilini médio recheado com quark batido com natas, nozes e espinafres picados só temperado com sal e pimenta preta, regado com molho cremoso de redução de tomate e cubinhos de cenoura refogada. Para o jantar chega. Nas sobremesas, apetece-me gelado e opto por Häagen Dazs único que presta e não tenho mais máquina de fazer gelados, tentador de mais. Mas não me escuso de servir o gelado blueberry crumble** em profiteroles e com molho de chocolate e crocante de avelãs. Só para terminar, com o café, uns petit fours de laranja, pistácio e coco. Pensei para poder pôr tudo em marcha, precisaria de ajuda, além de precisar sugestões para as bebidas, aperitivos, vinhos e digestivos. Nada como amigos para comer e beber e que se encarregam dos detalhes, fazer o que se mande fazer, pôr a mesa, decorar o espaço, rir, conversar, pôr música, fazer baboseiras. Servido no terraço, já que me apeteceu comer fora de casa. Funcionou, nem os mais cépticos e tradicionalistas barafustaram muito. Nota: As vezes o melhor restaurante é a casa onde estou com amigos e para amanhã apetece-me sushi, vou ter que saber quem vai ao mar e o que traz.

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* batatas cozidas e depois em pequenos cubos passadas pela frigideira ** crocante de mirtilos

Receita

Sopas Frias

Pessoalmente e no verão, para não me empanturrar com hidratos de carbono à noite, gosto de fazer sopas frias. Para lá do gaspacho, encontrei em meloas, melancias e melão alternativas. São da mesma família, refrescantes e saudáveis. Desfazem-se como água na boca. São uma fonte cheia de vitaminas e sais minerais. – Para as meloas, que trituro com sementes, depois coado, gosto de juntar essencialmente vegetais como aipo, beterraba, cenoura e tempero tal qual uma sopa. Também gosto com frutos cor de laranja. – As melancias, que nem sempre trituro com sementes, já que estas têm o mesmo efeito que um viagra, gosto com legumes entre beterraba com ou sem suas folhas e caules, rui barbo ou frutos vermelhos. – O melão privilegio com frutos verdes e brancos. Não costumo associar a legumes. Mas como sempre, são só dicas, a imaginação tempera o resto. Desde especiarias, sementes, ervas, nozes, gengibre a iogurtes, queijos cremosos, tudo serve para acrescentar, definir a direcção que quer ir, doce ou salgado, frutado ou mais leguminoso. Experimente. Para quem não resiste ou precisar de engordar mais uns quilitos, sugiro hidratos de carbono como a quinoa, previamente cozida que liga muito bem a qualquer uma das cucurbitáceas. Por amor à batata, que não tem mesmo nenhum amor por si, experimente sopas frias.


PALAVRAS

Ler Doce Ler TEXTO / Sérgio Luís

Agosto do freguês O mar… o mar perdidamente Quem torra por Agosto não cansa Quem vai amar avia-se em terra Há mares que vêm por bem Mar, doce mar… Quem não está bem…desnuda-se Fazer mar melado Quadro com vista para o mar Andar na corda gamba Iartistas Hortografias Há loiros na costa Bolsa de calores Música lixeira portuguesa Xatos e pontapés O Pato das Cantigas Dia de S. Rock Gin crónico Dar o porco ao manifesto

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A brindar com o fogo


CONSUMO/OPINIÃO

Envelhecer em segurança I TEXTO / Direcção Geral do Consumidor

a sensibilização e a protecç ã o d e consumidores vulneráveis como os idosos, as pessoas com deficiência, as crianças e os jovens. No âmbito desse protocolo foi lançada a brochura pela DGC que alerta para o facto de o “envelhecimento e o aumento da longevidade da população mundial serem já uma realidade incontornável pelo que, faz todo sentido falar em esperança de vida saudável e em segurança”. “Assim, será muito importante actuar na área da prevenção e na forma como a sociedade integra e trata os mais idosos”. Em termos de segurança geral, quando os idosos se encontrar sozinho em casa deve: colocar uma corrente de segurança na sua porta; não abrir a porta a pessoas desconhecidas; manter sempre um telemóvel perto de si; ter sempre à mão os números de emergência, preferencialmente, gravados na memória do telemóvel ou do telefone; instalar, sempre que possível, um interruptor de fácil accionamento à entrada de cada divisão; assegurar-se de que as instalações eléctricas estão em boas condições; não sobrecarregar as fichas múltiplas, nem as extensões; não colocar os cabos e fios eléctricos em locais de passagens ou corredores; deixar as portas e janelas fechadas sempre que sair de casa.

A Direção-Geral do Consumidor (DGC), União das Misericórdias Portuguesas, a União das Mutualidades Portuguesas e a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade assinaram um protocolo de cooperação com vista ao desenvolvimento de acções conjuntas para Nas próximas edições, daremos seguimento aos conselhos da promover a informação, brochura “Envelhecimento Activo e em segurança”.

Verão, hotelaria e crise

Quebra de receita efectiva

O secretário-geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) alertou que “o verão não vai ser a tábua de salvação” do turismo e que o terceiro trimestre vai agravar a situação do sector. “Temos de ter presente que, não obstante alguma movimentação em determinadas regiões do país, é reconhecido que esse fluxo turístico, embora em quantidade, está a consumir muito menos”, afirmou à Lusa o secretário-geral da AHRESP, José Manuel Esteves, salientando que há “uma quebra da receita efectiva”. Na semana passada, terminou o prazo para o pagamento do IVA do segundo trimestre, que a AHRESP espera que não tenha sido “tão doloroso como o primeiro”, ainda que o gabinete de crise da associação esteja “cheio de pedidos de ajuda”, estando para vir o terceiro trimestre que será “o pior de todos”. A associação encomendou um estudo sobre as quebras do sector, que deverá ser entregue ao Governo no início de Setembro, para “que se reconheça que o aumento da taxa do IVA foi ‘a gota de água’ sobre a queda do consumo e a crise que assola a economia”. Apesar da situação negativa, o secretário-geral da AHRESP disse-se confiante nas negociações que estão a decorrer com o Governo no sentido de tomar medidas para a defesa do sector do turismo, nas suas várias vertentes, incluindo o regresso do IVA para a taxa intermédia de 13 por cento. 27 agosto 2012 / 14


OPINIÃO

Pecado Não Original TEXTO / Pe. Teodoro Medeiros

As listas dos melhores filmes são o pecado original dos críticos: uma irresistível tentação que assegura tremendas injustiças e algumas surpresas e desilusões. Essa é a parte má; a parte boa é que obriga a pensar bastante e o empreendimento é muito divertido. Isto a propósito da nova lista da revista Sight and Sound, do British Film Institute. As listas começaram em 1952 e são publicadas de dez em dez anos; vamos concentrar-nos na deste ano e anotar as surpresas que contém. É forçoso reconhecer que muitos destes filmes são famosos mas figuram de forma exclusiva no percurso cinéfilo dos especialistas. Tentarei não falar do que não conheço, obviamente. O Vertigo de Hitchcock no cimo desta tabela: a cinematografia do mestre é intensa, claro, nada a lamentar na escolha; Citizen Kane em segundo é confirmação da perspetiva histórica como critério: o filme foi propulsor de vários avanços técnicos e costumava estar em primeiro lugar. Mantém-se no top da lista compilada pelos realizadores e que é apresentada em separado. Os realizadores colocam Vertigo em 6º lugar, atrás dos 2 primeiros O Padrinho, 8 e 1/2 de Fellini e Os ladrões de Bicicletas. Lá terão as suas razões mas contrastam com a lista geral (que inclui críticos de cinema). Nessa lista ocupam, respetivamente, as posições 21 e 31, 10 e 33. Vamos concentrar-nos nesta última que contempla 235 “películas”, contra apenas 41 dos homens das lentes. Surpresa número 1: 2001, Odisseia no Espaço em sexto. Um filme magnífico é certo, mas bem mais filosófico do que os críticos costumam mastigar... bom, não foram eles que o consideraram pretensioso quando saiu? Repôsse a justiça aqui. Surpresa número 2: Au Hasard Balthazar, 16. O burro que

lavandarias

passa de dono em dono entre os melhores? Ainda por cima, Bresson tem sete filmes na lista! A preferência por filmes existencialistas parece explicar estas escolhas: para isso aponta o surgir de um objeto tão complexo como Persona, 17 (ou Ordet, 24, ou Mulholland Drive, 28). Este último um herdeiro próximo daquele filme de Bergman. Ah, e o Stalker de Tarkovsky, 29. É curiosa a situação dos documentários: um no top ten, O Homem da Câmara de Filmar, 7 (mudo), e o registo de entrevistas que dura nove horas e meia com sobreviventes de campos de concentração (muitos alemães também), chamado Shoah, 29. Cinema com relevo civilizacional inquestionável. Interessante o caso de Tarkovsky: com quatro filmes na lista, o seu melhor trabalho tem o pior desempenho: Solaris, 154, quando Mirror é número 19. E não é que não haja filmes de ficção científica: além do que já se falou, Metropolis, 36, e Blade Runner, 69 (até porque Solaris é um filme filosófico-existencialista). Talvez a maior injustiça de toda a lista. O Leopardo de Visconti também não fez melhor que 57. É interessante notar que os grandes épicos históricos não ficam muito bem colocados. Lawrence da Arábia em 81 e E Tudo o Vento Levou em 235. Os filmes de guerra saem-se muito melhor: Apocalypse Now, 14; A Batalha de Algiers, 48. Ou os westerns: A Desaparecida, 7; Rio Bravo, 63; Era Uma Vez no Oeste, 78. Womg Kar Wai tem 2 filmes: Disponível para Amar, 24, e Chungking Express, 144. O sucesso do segundo terá ajudado o primeiro, mas é significativo que 2046 não esteja presente. Serenata à Chuva, 20, musical, pertence a um género praticamente não representado, o musical e bem pouca falta faz, diga-se de passagem.

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Mundo Azure


DESTAQUE

O Festival Azure assinala este fim-desemana a sua 6.ª edição. A “U” falou com Miguel Linhares, um dos organizadores e fundadores do evento, sobre a sua criação e como, ao longo destes seis anos, o festival foi ganhando espaço não só no cartaz açoriano mas também a nível nacional. Revista U – Como surgiu a ideia do Festival Azure? Miguel Linhares (M.L.) Todo o núcleo duro da organização do Festival Azure está ligado há música há muitos anos, desde o início dos anos 90. Sempre como músicos, no entanto, por volta de 2002, iniciou-se conversas e “tertúlias” sobre o que poderia ser um festival de verão que alia a música a outras actividades e ao contacto privilegiado com a natureza. Tudo isto resultou em variados eventos de pequena dimensão, catapultando-se para o Festival Abismo, em 2006, nos Biscoitos, e ao primeiro Festival Azure em 2007 e já em S. Brás. O espaço, assim que visitado por nós, tornou-se imediatamente como o de eleição para um evento deste género, o que com o apoio e aprovação da junta de freguesia tornou-se possível a sua utilização. Quanto ao nome, a história é curiosa e extensa para o pouco espaço aqui disponível, no entanto, resumidamente, algumas correntes ideológicas defendem que as rotas de genoveses e florentinos já tinham passado pelos Açores – e eventualmente desembarcado – muito antes dos Portugueses em 1427. Também crê-se que o nome que davam a estas ilhas era as ilhas Azzorro, ou Azzurre (ilhas azuis) que depois de um aportuguesamento originou o nome Açores (pois sabe-se que o nome não advém da presença destas aves de rapina, porque não existiam no arquipélago). Achámos que seria o nome adequado para o evento, pela sua originalidade e conceito e pela rápida associação a Verão, a natureza e a Açores.

TEXTO / Renato Gonçalves renato@auniao.com

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DESTAQUE

U – As primeiras edições não foram “fáceis” em termos das condições atmosféricas e presença do público. Passou pela vossa cabeça mudar as datas, o formato, ou mesmo desistir da ideia do festival? M.L. – Em variadas edições o Festival Azure foi fustigado por condições climáticas por vezes bastante

vente estética, decorativa e mesmo logística é baseada nesse lema. Diversas actividades têm sido abordadas no Azure, desde a pintura, cinema, fotografia, dança, a outras actividades como BTT, parkour, terapias alternativas etc. São mostras e workshops que completam e diversificam o programa, para além dos concertos.

descontração no festival

adversas, o que chegou a originar a destruição de muitas estruturas, alterações de horários de espectáculos e, obviamente, uma quebra inevitável e significativa de bilheteira. Tudo isto tem criado bastantes problemas à organização que tem tentado – a muito custo, mas sempre de boa-fé e com muita dedicação – resolver estes inconvenientes. Como somos muito persistentes nunca pensámos concretamente em desistir, embora por vezes seja desmoralizante, mas acreditamos que um dia o esforço será amplamente reconhecido. O formato é este, não pede uma mudança. Um festival de verão é isto, não é um evento num pavilhão ou num recinto fechado. Quanto à mudança de datas ela aconteceu por variadas vezes – embora por outras razões que não as climáticas – no entanto a chuva e o vento chegou a perseguir-nos mesmo assim, o que prova que nos Açores, seja Agosto ou Dezembro, quando é para chover, é mesmo para chover, nada a fazer. E já agora fica a previsão para este ano que é boa, todos os sites da especialidade indicam que a chuva não deverá visitar o Azure este ano. U – O Azure sempre procurou ser muito mais que um festival de música. A ligação à natureza e a outras artes está na base do projecto? M.L. – Completamente! Até porque a formação superior de alguns dos membros da organização é em áreas artísticas. Desde o seu início que a música é só mais um complemento a uma variedade de actividades. Uma ideologia muito forte e que originou aquele que ainda é o nosso lema “reutilização de materiais”, tem feito parte da estrutura do evento e toda a envol-

U – O Azure já tem o seu próprio espaço no calendário de Verão dos Açores? M.L. – Claramente. Sendo o único festival de verão no grupo central – e um dos poucos na região – e passados que estão 6 anos, é notório o crescente interesse do público, essencialmente num target entre os 16 e os 35 anos. Qualquer calendário ou agenda de festivais, mesmo a nível nacional, o Azure está lá e suscita interesse. A crescente aposta da organização na promoção tem resultado e as presenças em programas como o CurtoCircuito, na SIC Radical tem dado os seus frutos no que concerne a uma solidificação a nível regional e a um maior conhecimento a nível nacional. U – Quais os principais destaques da edição deste ano? M.L. – Pela primeira vez teremos músicos de quatro países diferentes: Estados Unidos, Alemanha, Cabo-Verde e Portugal e de correntes musicais muito distintas. Destaca-se obviamente a presença dos Amor Electro nesta edição, banda revelação de 2011 a nível nacional,

bilheteira de reciclagem

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mas também dos Beatbombers que foram em 2001 campeões mundial de scratch, tendo conseguido pela primeira vez este título para Portugal. O cabo-verdiano Dany Silva vem trazer ao Azure uma sonoridade mais “world music” que também tem sido aposta quase todos os anos. É um músico com uma carreira já muito longa e muito conhecido em Portugal e no estrangeiro. Consideramos todos os artistas de imensa qualidade, mas estes serão provavelmente os mais conhecidos do público em geral. Como tem sido também regra desde a primeira edição, os artistas regionais tem sempre lugar de destaque no programa, entre Dj´s, bandas e formadores. Devido também à parceria com a Burra de Milho, foi possível criar um leque de formações ainda mais interessante e variado. Aconselho a visitarem o nosso site – www.festivalazure. com – para se inteirarem de todas as actividades e inscreverem-se. U – Que planos para o futuro do Azure? M.L. – O projecto é este e funciona, mas tudo isto requer muito trabalho. Um festival de pequena-média dimensão em Portugal só pode ter a sua avaliação definitiva – no que concerne à sua viabilidade – ao fim de 6, 7 anos. Nos Açores não sei se a realidade será ainda diferente e mais ampla, mas de qualquer maneira estamos a chegar a este ponto fulcral e mediante os indicadores do ano passado – que foi a 5ª edição – tudo nos leva a crer que o sonho a que nos dedicamos há quase 10 anos é viável e funciona, mais ainda numa ilha como a Terceira que é de uma grande entrega a festividades e tem um conceito cultural relativamente apurado e histórico. Não nos esqueçamos que um dos festivais mais antigos do país aconteceu aqui e exactamente no concelho da Praia da Vitória, onde também ocorre o Azure. Acreditamos que este era um evento que faltava na Terceira e nos Açores e pretendemos torná-lo muito mais dinâmico, diversificado e estender a multiculturalidade do festival a patamares ainda não explorados por cá. Também a consolidação em termos logísticos e financeiros é algo imperativo para a boa saúde do Festival Azure. Algumas das lutas da organização tem-se centrado nestes dois aspectos e com a colaboração de todos os intervenientes – directos e indirectos – acreditamos ser possível. Para além disso os apoios e parcerias, privados e públicos – como os da Direcção Regional da Juventude, Direcção Regional da Cultura, Direcção Regional das Comunidades, Direcção Regional de Prevenção e Combate às Dependências e da Câmara Municipal da Praia da Vitória e Junta de Freguesia de S. Brás – são fundamentais e decisivos para a continuação do Festival Azure. É para estes também que vai o nosso reconhecimento e agradecimento.

vários grupos e dj’s sobem ao palco do festival azure


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Revista U Rua da Rosa, 19 9700-144 Angra do Heroísmo tel. 295 216 222 / fax. 295 214 030 Email u@auniao.com Director Marco Bettencourt Gomes Editora Humberta Augusto Redacção João Rocha, Humberta Augusto, Renato Gonçalves, Sónia Bettencourt Design gráfico Frederica Lourenço Paginação Ildeberto Brito

Colaboradores desta edição Adriana Ávila, Adriano Batista, Carmo Rodeia, Frederica Lourenço, Ivo Machado, Joaquim Neves, José Júlio Rocha, José Tolentino Mendonça, Marisa Leonardo, Mike Maciel, Paulo Brasil Pereira, Paulo Rocha, Rildo Calado, Ruben Tavares, Sara Leal, Sérgio Luís e Teodoro Medeiros. Contribuinte nº 512 066 981 nº registo 100438 Assinatura mensal: 9,00€ Preço avulso: 1€ (IVA incluído) Tiragem desta edição 1600 exemplares Média referente ao mês anterior: 1600 exemplares

A UNIÃO PARA SER ASSINANTE, RECORTE E ENVIE ESTA FICHA Nome _____________________________________________________________________________________________ Morada ___________________________________________________________________________________________ Telefone _______________________________________ Contribuinte nº ______________________________ Freguesia ________________________________________________________________________________________ Assinatura: Mensal (9,00€)

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Falando de Cinema

Pura Poesia TEXTO / Sara Leal * Produtora e realizadora cinematográfica | saraleal.films@gmail.com

drama coreano

Filme: Poesia (Poetry) Título Orgiginal: Shi (Coreia), 2010 Duração: 139 minutos Género: Drama Escrito e Realizado por Chang-Dong Lee Actores: Jeong-hie Yun, Da-wit Lee e Hira Kim Uma mulher de sessenta e seis anos (Jeong-hie Yun) é diagnosticada com Alzeimer. Ainda nos estágios iniciais da doença, depara-se com um crime em que um familiar próximo está envolvido e vê-se forçada a lidar com o conflito. Mas são as aulas de poesia que lhe dão o alento, força e propósito.

Este drama coreano, escrito e realizado por Chang-Dong Lee, ex Ministro da Cultura e Turismo da Coreia do Sul entre 2003 e 2004, foi galardoado em Cannes (2010) com o prémio de melhor argumento, tendo também integrado a selecção oficial de festivais como Toronto, Telluride e o NewYork Film Festival. Um dos aspectos mais interessantes a nível da fotografia e cenografia deste filme são os enquadramentos com profundidade, isto é, em primeiro plano decorre sempre a acção principal mas, ao fundo, uma acção complementa e situa a cena, quer com figurinos ou personagens que se movimentam e têm vida, quer a pers-

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ENSAIO

pectiva profunda do próprio espaço, o ambiente em que acção decorre e a relação desse espaço com os objectos que o integram e caracterizam ou complementam as personagens nesse meio. Os cenários são por isso credíveis, realistas e enquadram a audiência intrínsecamente na história. Nem a ausência de banda sonora se faz sentir, já que o som ambiente nos absorve no filme. Mas ainda mais do que o cenário e fotografia, a meu ver, o desempenho dos actores é o aspecto mais relevante de qualquer filme, só esse nos pode fazer viver a história e os momentos emocionais de um filme. Em Poesia, a actriz principal – Jeong-hie Yun – desempenha fenomenalmente o seu papel, com uma graciosidade e beleza comoventes. Ela guia-nos pela história, num caminho emocional que apesar de dramático não é tragicamente exagerado. É subtil e só ela consegue levar-nos na procura da beleza nos meadros da natureza humana, por vezes cruel e insensível. As palavras desvanecem da memória, mas o valor está na forma como se veêm as coisas, o poder da observação, mostrar interesse e ver de verdade. Se se consegue realmente ver uma coisa, consegue-se sentí-la e compreendê-la, naturalmente - como

Alzeimer inspira filme

água que se torna numa nascente. A proposta do próprio professor de poesia é que os alunos consigam ver, pois ver é o mais importante na vida. Só assim se consegue preencher uma folha de papel em branco, com o coração aberto, com a verdade, com o que é genuíno. Há que preparar um lápis e papel e esperar a chegada do momento. O filme vive do paralelismo de Mija em busca da inspiração, na fuga da sua frustração, do isolamento em que vive, as relações ausentes e o caminho que percorre na tentativa de escrever o seu primeiro poema, superando as dificuldades. A água inicia e acaba o filme, simboliza a ordem natural das coisas, que começam e têm um fim, tal como a vida. Pura poesia.

película busca inspiração

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FOTÓGRAFO

Adágios de benquerença TEXTO / Ivo Machado FOTO / Mike Maciel

Abrir as mãos Colher os orvalhos da memória nos jardins

Os Malmequeres Disseste: hoje rasguei os papéis Que escreveste Depois Como se faz às folhas De Outono Deixaste-as arder no esquecimento. Agora Entendo os malmequeres.

Música Códigos de madressilva Não escutamos as mãos mas sabemos serem elas

Abrir as mãos

Sabemos

Colher os orvalhos da memória nos

Quantos rios insinuam quantos silên- jardins cios sabem invocar

Depois

Porque a música

Entrar nos bosques e descodificar

Prolonga o riso das mãos

Os passos as folhagens

Se o não escutares é porque os lírios Regressar dormem

De pulmões abertos à cidade

De cansaço.

Do escárnio. 27 agosto 2012 / 23


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OPINIÃO

POR CADA PEDAÇO DE PÃO QUE COMO TEXTO / Pe. José Júlio Rocha

Aqui há uns anos, escrevi, numa das minhas “Cartas de Roma”, uma crónica sobre um sem-abrigo de Florença, Roberto, na casa dos trinta, que aparentava ser tudo menos sem-abrigo. Na altura expliquei como a sua história o tinha atirado para as ruas de Florença e como a sua maneira de ser, tão diferente, delicada e humilde, tinha implodido com as minhas concepções dos sem abrigo. E como sentia o dever de nunca olhar para ninguém sem ideias pré-concebidas, porque ser pessoa é ser único, não classificável, não catalogável. O que me impressionou mais na história de Roberto é que ele gostava muito de uma jovem mulher. E gostava dela pelo simples facto de ela lhe ter, um dia, dirigido palavras meigas a que o seu coração frágil não resistiu. Sabendo o percurso dela para o trabalho, e não ousando nem sequer dirigir-lhe a palavra, durante muito tempo ele sentava-se na soleira de uma porta na rua por onde ela passava todos os dias, quase à mesma hora. Lá estava, sempre à à hora em que ela passava. E isso dava sentido ao seu dia. Era um ritual. A beleza de um ritual é magistralmente descrita pela raposa ao Principezinho de Saint-Exupéry. Um ritual é um gesto aparentemente insignificante a que nós damos um valor desmedido. E é essa desmesura que o torna. Já Pessoa dizia que todas as cartas de amor são ridículas e ridículos os que escrevem cartas de amor. Mais ridículos do que os que escrevem cartas de amor só os que não escrevem cartas de amor. Conheci um rapaz que, 22 dias antes da amada celebrar 22 anos, começou a colocar uma rosa por dia debaixo da janela do seu quarto, às duas da manhã: 22 rosas em 22 dias até ao 22.º aniversário. Escusado será dizer que a amada não o amava. Eu próprio, enquanto estive em Roma, todos os sábados, às nove horas da manhã, ia comprar uma rosa sempre ao mesmo lugar, sempre branca, e colocava-a num pequeno vaso ao lado de um Ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. O tempo – ou melhor – a falta dele, é o grande assassino dos rituais que dão sentido e compasso às horas do nosso dia. Ausência de rituais entre pessoas significa, simplesmente, ausência de amor. Recordo-me de ir com o meu avô, nas manhãs das terças-feiras, à vinha podar as parreiras e trazer as vides em molhes. Chegar a casa e deitar os molhes ao sol ou à abrigada, conforme o tempo. Na quintafeira chegava o moleiro, empoeirado de branco, como o burro e a carroça, a deixar dois sacos, um de farinha de milho outro de trigo. A sexta-feira era o grande dia. Logo pela manhã, ajudava – como os olhos e a alma juntinhos – a avó a amassar religiosamente a farinha, a deitar-lhe fermento, naqueles alguidares tremendos, cosidos de gatos nas fissuras e a cheirar intensamente a um amor indizivelmente seguro. A seguir, toca a carregar a lenha, com uma religiosidade impagável, um molhinho de uma dúzia de gravetos às costas, o Avô atrás com dois molhes. Atirava-se a lenha para a garganta do forno que devorava ruidosamente a madeira e deixava um brasido tórrido que era afastado para os cantos. Ia dentro a massa e saía, quente, fumegante, delicioso, o pão sagrado. Pão que não se vendia, que se beijava se caía ao chão, que se guardava para o caso de aparecer um pobre de pedir a bater à porta. Que se dava. A panificação industrial é um grande avanço tecnológico. Mas só isso... 27 agosto 2012 / 25


PARTIDAS

HOJE TEXTO / Adriano Batista FOTO /Ruben Medeiros

Hoje foi mais um dia como os outros, mas diferente dos outros, vivido da mesma forma que os outros, mas sentido de outra forma, visto com os mesmos olhos, mas observado com olhos renovados e lĂ­mpidos. Hoje, senti necessidade de sair e de me afastar de tudo aquilo, que vejo, sinto e ouço a cada dia que me ĂŠ proporcionado. Precisei de me isolar no meio de outros que nĂŁo via hĂĄ algum tempo, precisei de almoçar sozinho com gente que tambĂŠm hĂĄ muito nĂŁo via, precisei de deixar o meu “habitatâ€? para ter um pouco de paz e pensar mais naquilo que ĂŠ essencial. Hoje consegui perceber que afinal nĂŁo sou sĂł eu que vejo determinadas

situaçþes como situaçþes catastróficas e sem resultado positivo aparente, percebi que outros têm a mesma opinião que eu, e que, afinal, não sou assim tão louco como dizem, compreendi que não sou só eu a ter medo de denunciar determinadas coisas, mas que os outros tambÊm sentem os mesmos medos que eu; compreendi que não sou o único a querer dar o måximo mesmo sabendo que sou frågil, mas que hå sempre alguÊm no meio da multidão disposto a fazer o mesmo, reconhecendo tambÊm as suas limitaçþes; percebi que não sou o único a querer mudar o mundo, mas que como eu existem imensas pessoas camufladas pelo medo e pela vergonha daquilo que os outros poderão pensar e dizer; entendi que na primeira abordagem a alguÊm nunca se percebe tudo como queríamos e que quase sempre retiramos conclusþes precipitadas. Hoje, redescobri o quão belo Ê ser louco pela vida, o quão belo Ê lutar pelas vitórias do dia-a-dia a todo o custo, o quão belo Ê sentirse preenchido total e verdadeiramente, dando tudo o que se tem sem esperar receber qualquer elogio ou homenagem, e sobretudo, o quão gratificante Ê ter aptidão de, perante as maiores dificuldades da vida, permanecer

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com um sorriso capaz de contagiar todo aquele que por mim passe, porque ninguÊm tem obrigação de saber que hoje o meu dia foi menos bom, mas eu tenho o dever de tornar melhor o dia daqueles que comigo se cruzam estrada fora. O meu hoje não foi igual ao ontem que passou, nem serå igual ao amanhã que virå. Contudo, ver cada dia com os olhos renovados Ê o desafio lançado para não cairmos na monotonia e na generalização de tudo e de todos.

Hoje foi... Hoje foi um dia daqueles‌ Hoje foi para (não) esquecer‌ Hoje precisei de‌ Hoje senti que‌ Ver cada dia com os olhos renovados

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2

FOTOS: JOĂƒO COSTA

NÂş

Director: Pe. Manuel

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GRĂ TIS

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Morada __________________________________________________________________________________________

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Data

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COM O PATROCĂ?NIO:

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IVA em regime de isenção

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Designação

referentes às Danças

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7 14 S — T 1 E 15 9 16 Q 2 Q 3 10 17 S 4 11 18 S 5 12 19 D 6 13 20

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SETEMBRO

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19 26 — 20 27 — 21 28 — 22 29 — 23 30 — 24 — — 25 — —

DEZEMBRO

5 12 19 26 — S — 6 13 20 27 — T — 7 14 21 28 — Q — Q F F 15 22 29 — 9 16 23 30 — S 2 S 3 10 17 24 31 — D 4 11 18 N — —

Desejamos Boas Festas e um Feliz Ano Novo

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PARTIDAS


ENTRETENIMENTO / OPINIÃO ÓCIOS / OPINIÃO

“A política baseia-se na indiferença da

“Citação e/ou frase aqui.” maioria dos interessados, sem a qual não há política possível.” | Paul Valéry

CARTOON CARTOON

QUESTIONÁRIO QUESTIONÁRIO

A MAQual o faÇONARIA vorito à INFLUconquista ENCIA A do título POLÍTICA de futePORTUbol? GUESA?

FC Porto: 43 (26,38%) | SL Benfica: 61 (37,42%) SIM SC Braga: 6 (3,68%) | Sporting CP: 53 (32,52%) NÃO TOTAL: 163 (100%)

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Aqui Gordon ATLÂNTICOLIDevidoTítulo à tempestade NE CANCELA VIAGENS ATÉ SEGUNDA-FEIRA

Título Aqui Segunda-feira TEMPESTADE TROPICAL PASSA PELOS AÇORES

I am a fan of

CÃES QUE CASAM... TEXTO / Frederica Lourenço

...os donos, claro. Ou então aqueles que, à canino faz as delícias dos convidados, e falta de um com carisma que chegue para torna-se no segundo elemento mais imestar à altura das escolhas dos noivos, os portante da festa: à parte da noiva, tudo alugam à hora.

parecem pormenores, e acho que até os

Ainda a propósito desta súbita moda ca- noivos não se preocupam com a súbita nina, descobri que os BFF´s das noivas despromoção de que são alvo, desde que são agora uma espécie de complemento isso traga um álbum fotográfico de faao vestido, e começam a fazer as vezes zer inveja ao mundo inteiro. E quem não dos tradicionais bouquets de flores. Noi- tem a sorte de ter um, aluga. Afinal, é o va atenta a estas coisas da moda não sucesso do casamento que está em jogo, abdica mais da fotografia do “happily e o cão errado ou a ausência do mesmo ever after” sem os dois seres mais impor- na hora de dizer o sim perante as centetantes da sua vida: o noivo e o cão (não nas de amigos, pode arruinar o vestido do necessariamente por esta ordem!). O melhor estilista. 07 maio 2012 / 28

27 agosto 2012 / 28


CULTURA

Cinema Digital A partir do próximo mês de Setembro a Culturangra E.E.M. passa a usufruir do equipamento necessário para a

e 3D exibição de filmes em 3D. A empresa municipal de Angra do Heroísmo informa que a sala de cinema do Centro Cultural e de

no centro cultural Congressos angrense vai disponibilizar, a partir de 1 de Setembro, de cinema digital e em 3D. Mais informam que os interessados deverão ficar atentos à programação a anunciar em breve. Mais informações em: http://www.culturangra.pt

14.º Angrajazz Jack DeJohnette e Jason Moran são os cabeças de cartaz do 14.º Festival Internacional de Jazz de Angra do Heroísmo - Angrajazz, que decorre de 4 a 6 de Outubro. O palco do Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo vai receber seis concertos em três dias. O festival arranca a 4 de Outubro com a Orquestra Angrajazz, composta por jovens músicos da ilha Terceira, seguindo-se a actuação do quinteto do trompetista polaco Tomasz Stanko. No dia seguinte, sobe ao palco o quinteto do saxofonista português Rui Teixeira, seguido do quinteto do baterista norteamericano Jack DeJohnette. O Angrajazz termina a 6 de Outubro com um concerto de Jason Moran and the Bandwagon. A Orquestra de Jazz de Matosinhos encerra o programa, numa actuação em que estará acompanhada pelo saxofonista norte-americano Chris Cheek. O Angrajazz está orçado este ano em 88 mil euros. Os ingressos mantêm os preços do ano passado, variando entre 12 e os 18 euros por dia e entre 25 e 45 euros para os três dias, havendo ainda descontos para jovens e idosos. 27 agosto 2012 / 29

Noites encarnadas TEXTO / Marisa Leonardo

Uma mulher virtuosa, quem a poderá encontrar? O seu valor é superior aos das pérolas. (Prov. 31 10-11) A religião para muitos, repudia as orientações sexuais!Há histórias bíblicas refutadas por exegetas, teólogos que apontam para a tese de que Jesus teve mulheres, entre elas, Maria Madalena (Dan Brown, O Código Da Vinci) e que esta era uma doidivanas! Certamente estão todos muito longe da história original e tão pouco, perto da realidade! Por que motivo se afasta a ideia de sexualidade da igreja? A sensualidade que se presencia numa noite quente está para além do explicável, na envolvência dos pares, algo que se esconde perante o quotidiano, porque… é proibido! Sabia que na Bíblia há a existência de cartas entre um casal apaixonado que se desejam arduamente num amor impossível de ser experienciado? Ora, procurem o Cântico dos Cânticos, (7, 1113 ); Não que a Igreja nos queira privar de prazeres, mas é uma autêntica simbologia de respeito humano onde apresentam histórias bizarras e outras de amor incondicional, onde o justo, e humilde prevalece! Recomendo-vos a consulta dos vastos trabalhos de Ariel Alvarez Valdés, assim como o recente livro de A. Cunha Oliveira, “Jesus de Nazaré e as suas mulheres”. Como “Amante da Sociedade”, deixovos a pensar neste tema com um novo olhar!


CULTURA

Lopazz TEXTO / Adriana Ávila

Stefan Eichinger ou Lopazz é um músico que nos chega de Zurich - Alemanha, dirigente de um editora multimédia 800achtspur, realizador de filmes e também é reconhecido por ser um “Mix-Mastering-Engineer”, inclusive misturou temas para séries televisivas como Miami Vice e Magnum. Sendo uma das grandes e mais importantes referências do espectro Minimal Tech House e apesar de ter somente um álbum editado «Kook Kook», a sua criação musical não fica aquém das expectativas, com uma vasta compilação sonora. Podemos contar com diversos EP’s e Singles lançado desde 93/94.

LOPAZZ NA TERCEIRA Lopazz encontra-se em tour pelo mundo, passando também por Portugal. É importante fazer alusão à presença deste artista no Festival Azure no dia 1 de Setembro, festival este, que irá decorrer como já é habitual na ilha Terceira (30, 31 Julho e 1 de Setembro) na freguesia de São Brás. O Azure, é uma oportunidade alternativa de conhecer música nova, conviver e ao mesmo tempo estar em sintonia com a natureza.

Dias de Melo Acaba de ser lançado mais um roteiro cultural dos Açores, desta vez dedicado ao poeta picoense Dias de Melo. A publicação, da responsabilidade da direcção regional da Cultura, inclui uma resenha histórica sobre este escritor e sugere um percurso pela ilha do Pico.

Bolsas artísticas Serão atribuídas oito bolsas para o apoio à criação artísticas em 2013. O regulamento pode ser consultado em www.azores.gov.pt. As áreas abrangidas são: artes plásticas, audiovisual e multimédia, criação literária, dança, dramaturgia, fotografia, música em composição erudita e música em composição para bandas filarmónicas. O valor de cada bolsa é de 10 mil euros.

Governo no YouTube

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Em http://www.youtube.com/GovernodosAcores o executivo açoriano disponibiliza diversos vídeos sobre eventos de iniciativa ou com o apoio do governo regional. Os mais recentes mostram imagens das últimas festas da Praia da Vitória, os discursos oficiais do Dia da Região, cerimónias de adjudicação de obras, spots de publicidade institucional, entre outros.


OPINIÃO / AGENDA OPINIÃO / AGENDA

WORLD ARCHITECTURE FESTIVAL 2012 TEXTO / Rildo Calado

O objectivo do projecto é o de apresentar novas ideias que permitam alterar a relação entre arquitectura e natureza: para os arquitectos responsáveis pelo projecto, estes têm de ser livres da imposição de modelos inflexíveis, devendo ter uma relação com as formas da natureza circundante. O processo de design deste hotel foi inspirado pelos igloos, os abrigos dos moradores nativos do Ártico, juntamente com as formas fluídas das montanhas envolventes.

WAF AWARDS 2012 Shortlist 2012 Categoria: Edifícios completos Subcategoria: Hotéis Projecto: Barin ski resort Localização: Irão Atelier RYRA Studio www.ryrastudio.com

HEADLINE HERE

FotoDigiSub 2012

Lores aut quidebis dis nitatem et que pel ime nosseRealiza-se a 8 de Setembro na Praiarae da Vitória proquam, officae cesecto etum quibusuma acesto va do 7º Troféu Nacional de Fotografia Subaquática. quaspiet faccum iligenimi, sam et, quidebitis antia O Clube Naval da Praia da vitória e o centro de

TITLE HERE na Praia dolorestibus consemergulho Octupus quate int entus quo organizam estaearum etadoluptiatus dolo pa FotoDigiSub na remdoarum volora vita ilha a pearumTerceira, reictissi utatae. núltima, de um Et aborero cone total etur, de cinco, que tiveram cuptatem que cominício emquiae Cascais e moluptas et, veque Seliqui terminam accusam em facculp simbra.

TITLE HERE a 8 de Setembro ariorum vel il es volor simus, core quistib eribus O FotoDigiSub quecum estáexerum na sua arum 7ª edição, é voluptis earum 2012, vendae quiant. uma competição única e original, disputada a nível Ehendit, sinto verovitio. Ut est, ut incid quas inullor nacional, tendo como objectivos a dinamização do estiusa picaboremque nonsed quibearum que est, mergulho e da fotografia subaquática, proporcioquiasped eos auditem poreptas doloriti omnimponando oportunidades competitivas todosalite os merriate invellaut expediciis quias mosa sam quid gulhadores que praticam Fotografia Digital Subaquas ella Lit et qui debis magnates dolupta erfe quática.

07 maio 2012 / 31 27 agosto 2012 / 31

Xeratem quost autemos dipsam ut imagnam, offic totatur? Quiditam alia iducidentia sitias millupis et omA poeta Marta Dunim ex enis as eost tra, naturalibeaquo da Horeosaper ta, lançou o seu ma del ipis dolor ad segundo livro corde eument, con poesia “de Viaectatiam dolorese gem”, noquam passado pratiant que dia 25 de Agosto volo molorro ex et no Parovit Centro qui ditessunquial de Castelo di unte ella nate Branco, no Faial. nobitatem quis O livro conta com quossimodia quis o prefácio do esdelisci psapedi critor açoriano beritem ilit quis inJoão de Melo. “O venis consequ unlivro fala do amor, dignam aut most, do tempo e da cum fugition eium morte. De carácter eratur res ipsamus intimista conduz o eatum etur sapitat leitor pelo existeniaecaep udaeracialismo poético, tiatur aditatis noprovocando a rebitib usante qui as flexão sobre a vida rersperae latis ex através da palavra exerae. Ipicipitium poética”, referem que et, quatur res os promotores.



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