Revista U Nº25

Page 1

A REVISTA SEMANAL D´A UNIÃO

www.auniao.com

150 anos: serreta à vista Açores: autonomia de entendimento PÁG. 05

edição 34.838 · U 25 · 03 de setembro de 2012 · preço capa 1,00 € (iva incluído)


PUBLICIDADE

E-mail: clipraia@gmail.com • Telefone: 295 540 910 • Fax: 295 540 919

Área Clínica Análises Clinicas Anestesiologia Cardiologia Cirurgia Geral

Médicos Laboratório Dr. Adelino Noronha Dr. Pedro Carreiro Dr. Vergílio Schneider Dr. Rui Bettencourt

Cirurgia Vascular

Dr. Fernando Oliveira

Cirurgia Plástica

Dr. António Nunes

Clínica Geral

Medicina Dentária

Dermatologia Endocrinologia Fisiatria Gastroenterologia

Ginecologia/Obstetícia

Medicina Interna Medicina do Trabalho Nefrologia Neurocirurgia Neurologia Neuropediatria Nutricionismo Otorrinolaringologia Pediatria

Dr. Domingos Cunha Dr.ª Ana Fanha Dr.ª Joana Ribeiro Dr.ª Rita Carvalho Dr. Rui Soares Dr.ª Lurdes Matos Dr.ª Isabel Sousa Dr.ª Ana Santos Dr. José Renato Pereira Dr.ª Paula Neves Drª Paula Bettencourt Drª Helena Lima DrªAna Fonseca Dr. Lúcio Borges Dr. Miguel Santos Dr.ª Cristiane Couto Dr. Eduardo Pacheco Dr. Cidálio Cruz Dr. Rui Mota Dr. Fernando Fagundes Dr.ª Andreia Aguiar Dr. João Martins Dr. Rocha Lourenço Dr.ª Paula Gonçalves

Doenças de Crianças

Dr.ª Patrícia Galo

Pneumologia

Dr. Carlos Pavão

Podologia

Drª Patrícia Gomes

Psicologia

Dr.ª Susana Alves Dr.ª Teresa Vaz Dr.ª Dora Dias

Psiquiatria

Dr.ª Fernanda Rosa

Imagiologia (TAC/ECOGRAFIA/Ressonância Magnética) Neuroradiologia (TAC/Ressonância Magnética)

Dr.ª Ana Ribeiro Dr. Miguel Lima Dr. Jorge Brito Dr.ª Rosa Cruz

Reumatologia

Dr. Luis Mauricio

Terapia da Fala

Dr.ª Ana Nunes Dr.ª Ivania Pires

Urologia

Dr. Fragoso Rebimbas


EDITORIAL / SUMÁRIO

o valor TEXTO / Humberta Augusto | haugusto@auniao.com

Estimar o valor do que quer que seja é difícil. Mas nos tempos que actualmente correm essa parece ser uma tarefa completamente confusa, e, nalguns casos, impossível. O valor das pessoas, o valor do trabalho, das acções e das relações – está em crise. À semelhança da actual sociedade descapitalizada, empobrecida, precária, receosa e descrente, também a escala de valorização de tudo e de todos baixou. No espaço de poucos anos, retrocedemos em valor. Financeiro, económico e, temo, social. Sentimos na pele, na carteira, e na mente, um dos piores momentos de valorização das capacidades, sobretudo, profissionais, da pessoa. Dizem-nos para olharmos tudo pelo lado da oportunidade. Mas mesmo o discurso optimista adensa-se e faz calar a boca a quem o apregoa. As fatalidades conseguem ser desconstruídas. Para sairmos destes que serão os piores anos ao nível da desvalorização social, demanda-se integridade e respeito pelo valor das pessoas, pelo valor do trabalho, das acções e das relações.

SUMÁRIO 05

as dívidas da dívida

06

regresso a “casa”

la dame du saint esprit

14

mania de cinema

15

aplicações para smartphones

20

“communio” sobre democracia

21

07

digi b&w

um pouco de arte por dia

08

aproveitar resíduos do leite

10

hocus pocus, trá lá lá lá lá

11

todas as vezes que entristeceres

25

deolinda

13

infância em angola

26

alterando rotas

NA CAPA... pág. 16

Descentralizar ou suprimir os feitos históricos e sociais cujas marcas são únicas? É uma das perguntas que surgem perante a reorganização administrativa que prevê a extinção, fusão ou agregação de freguesias em todo o território nacional. Na ilha Terceira, a Serreta, no concelho de Angra, é exemplo do que poderá acontecer ou não fosse uma freguesia rica em história e cultura mas pobre em número de habitantes. Este ano assinala o seu 150º aniversário e a U assim quis retratar a sua realidade. 03 setembro 2012 / 03

23


REVISÃO

Memorando em www.portugal.gov.pt

Autonomia de entendimento Escrutinado o acordo de entendimento entre os governos da República e dos Açores, o estado da autonomia na região é agora tema que preocupa a vida partidária açoriana. Primeiro ficou-se a saber que o memorando de entendimento assinado entre os governos da República e dos Açores determina que o executivo regional dê conhecimento prévio dos documentos previsionais, não aplique medidas compensatórias relativas às remunerações e elabore um boletim mensal de execução orçamental. Depois, foi a vez de um relatório da Inspecção-geral de Finanças (IGF) referir que a dívida global da Região Autónoma dos Açores, incluindo a administração directa e indirecta, empresarial e local, ultrapassava 2,3 mil milhões de euros a 31 de Dezembro de 2011, que leva o IGF a prever que a Região necessite, entre 2012 e 2018 (data em que vence o último empréstimo em carteira), mais cerca de 436,7 milhões de euros para satisfazer “obrigações decorrentes da sua dívida pública directa (capital e juros)”. O relatório refere ainda que o orçamento aprovado para 2012 “não assegura o cumprimento do princípio do equilíbrio orçamental”, prevendo um défice de 15,6 milhões de euros, além de contemplar uma previsão de receitas fiscais “pouco consentânea” com a evolução do quadro macroeconómico nacional. Por essa razão, a IGF entende que o orçamento regional para este ano corre “efectivos riscos de derrapagem orçamental”, situação que poderá implicar uma “reavaliação permanente e criteriosa da efectiva capacidade de cobertura orçamental”.

Região sai em defesa da Autonomia

Troika no país Troika nos Açores O presidente do Governo dos Açores, Carlos César, já veio dizer que a região “não perdeu autonomia” com o acordo celebrado com o Governo da República, antes “ganhou a integração num contexto mais global”. Para Carlos César, “sendo o país assistido pela ‘troika’, tem que prestar informação sobre a situação financeira a quem lhe emprestou dinheiro”, acrescentando que, como os Açores se inserem no contexto nacional, “é importante que haja uma consolidação da informação, que reportem num contexto de transparência a sua situação financeira”. O vice-presidente, Sérgio Ávila, reitera que os Açores “cumprem globalmente as metas orçamentais definidas e os compromissos assumidos” e que as contas públicas açorianas “não con-

Acordo financeiro assinado

03 setembro 2012 / 04


REVISÃO

tribuir para o défice do Estado, tendo, aliás, dado um contributo positivo para a redução do desequilíbrio orçamental da País”. Autonomia? As críticas da oposição foram imediatas. O CDS-PP nos Açores, Artur Lima, considerou que a autonomia regional “pode estar em causa” com o memorando de entendimento celebrado entre os governos regional e nacional para permitir um financiamento estatal de 135 ME. Artur Lima, o líder do partido, disse que se “trocou a autonomia por um prato de lentilhas”. Zuraida Soares, do Bloco de Esquerda Açores acusou o executivo açoriano de “entregar a autonomia nas mãos de burocratas do Terreiro do Paço”. O coordenador regional do PCP nos Açores, Aníbal Pires, disse que o memorando “formaliza a suspensão da autonomia”, tratando-se do “reconhecimento público da falência das políticas do governo do PS” e da “perpetração” de uma “traição ao povo açoriano e que os protagonistas desta insídia foram o PS, o PSD e o CDS”. Por seu turno, Berta Cabral, do PSD – Açores garante que “nunca” irá permitir que “os Açores fiquem reféns de Lisboa”: “mesmo indo contra o meu partido, isso não é uma questão de ir contra ninguém. É uma questão de ir a favor dos Açores”, relembrando que os Açores “são uma região autónoma”, com “competências” e “órgãos de Governo” próprios e com uma Assembleia Regional, pelo que “tem que ser respeitada”.

O executivo açoriano refere que a autonomia açoriana não está em causa com o acordo com a República. A oposição contesta e anuncia o fim da mesma.

as dívidas da dívida TEXTO / Humberta Augusto / haugusto@auniao.com

Autonomia endividada?

resta saber que dívidas políticas e democráticas ficarão por pagar?

Demorou, mas finalmente chegou ao conhecimento público o escrutínio de todas as condições em que a ajuda financeira aos Açores, por parte do Governo da República, será efectuada. Serão 135 milhões de euros que nos emprestarão para que se possa abater na dívida regional a ser paga numa década. Entre regras, documentos previsionais, prazos, boletins mensais, obrigações e afins, a pergunta que todos fazem, e em particular os partidos, juntando o útil ao agradável na guerra pré-eleitoral, vai para autonomia. A política e a administrativa. A da grande luta açoriana que aos órgãos e aos representantes institucionais açorianos tem sido (e será) tão cara. Contas feitas à ajuda financeira para a dívida da região, resta saber que dívidas políticas e democráticas ficarão por pagar.

03 setembro 2012 / 05


OPINIÃO

Regresso a “casa” TEXTO / Carmo Rodeia

Maria nome de mulher, de mãe e de ilha. Quando lá estou sinto-me em casa. Este ano voltei a cumprir a tradição apenas interrompida nos últimos dois anos. Voltei à Maré. Aos encontros programados e ocasionais que surgem por estes dias, de gentes e cheiros diferentes. Santa Maria é, sem dúvida, a ilha dos cheiros. Da giesta, da macela, do poejo, da murta, da cal e do barro. Entre outras coisas, Santa Maria cheira! Desde que conheci os Açores que aprendi a gostar da ilha descoberta por Diogo Silves e que serviu de abrigo a Cristóvão Colombo. Pelo sol, pelas casas caiadas de branco com barras vistosas e chaminés que anunciam o pão quente que está a ser feito, pela secura de algumas zonas áridas e planas, mas, sobretudo, por causa dos marienses. Gente simples, de conversa fácil e sentimentos genuínos que à volta da mesa partilha a amizade com a intimidade e sinceridade que outras paragens açorianas nem sempre proporcionam. O verão devolve à pacatez destas terras atlânticas orientais o cosmopolitismo outrora perdido. Dos tempos em que Santa Maria contava realmente: a maior pista aérea dos Açores, a presença das grandes companhias americanas, o Centro de Controlo Aéreo do Atlântico. Num momento em que a coesão entrou no léxico dos políticos, seria bom que Santa Maria fosse olhada de maneira diferente pelas suas potencialidades e pela sua história. A Maré pode ser um começo. Realiza-se há 28 anos e nunca foi interrompida. Ganhou, por isso, o estatuto de festival de música do mundo mais antigo de Portugal, a par de Paredes de Coura. Gostei de algumas coisas que ouvi este ano mas julgo que há novos desafios que devem ser agarrados pela Associação que finalmente vai ter uma sede condigna. Além da internacionalização dos artistas sempre bem conseguida, com simpáticas surpresas, a Maré precisa de internacionalizar o seu público, colocando-se no roteiro dos festivais de juventude que arrastam multidões de jovens, durante o verão pelo território nacional.

Episcopado recorda “caráter forte” de D. Aurélio Granada Escudeiro O secretário da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) elogiou o “carácter forte e decidido” do antigo bispo de Angra, D. Aurélio Granada Escudeiro, que morreu no passado sábado, 25 de Agosto, aos 92 anos, em São Miguel. O padre Manuel Morujão assinala à Agência ECCLESIA que o prelado juntava a essas características a “amabilidade e cordialidade”. “Foi um pastor de zelo incansável, na diocese mais dispersa de Portugal, com fiéis em nove ilhas, separadas por um mar em que facilmente há «mau tempo no canal» (título de um romance de Vitorino Nemésio, escritor nascido nos Açores)”, refere o porta-voz da CEP. “Impressionava-me a fidelidade e interesse com que participava nos encontros da Conferência Episcopal, apesar da sua fraca saúde

nestes últimos anos”, acrescenta. D. Aurélio Granada Escudeiro é ainda recordado como “grande dinamizador” da Acção Católica Portuguesa, “tanto a nível da sua diocese de origem (Portalegre Castelo Branco) como a nível nacional”. “Recordo que a minha professora primária, natural de Viseu, me falou, há poucos anos, com grande estima e admiração de D. Aurélio pelas suas acções de formação na Acção Católica”, conclui o padre Manuel Morujão. Natural de Alcains, Castelo Branco, D. Aurélio Granada Escudeiro nasceu a 29 de Maio de 1920 e fez os seus estudos nos Seminários de Gavião, Alcains e Olivais. Ordenado padre em Portalegre, a 17 Janeiro de 1943, foi escolhido pelo Papa Paulo VI para bispo coadjutor de Angra a 18 de Março de 1974 e recebeu a ordenação episcopal a 26 de Maio desse ano. A 30 de Junho de 1979 foi nomeado bispo residencial da diocese açoriana, tendo precedido no cargo a D. António de Sousa Braga. O 37.o bispo de Angra recebeu o Papa João Paulo II, em Abril de 1991, na visita às ilhas Terceira e de São Miguel. D. Aurélio Granada Escudeiro apresentou a renúncia ao cargo em Abril de 1996; regressou à sua terra natal, mas viria a fixar residência na Casa Sacerdotal de Ponta Delgada em Maio de 2011.

03 setembro 2012 / 06


FERRAMENTAS

Digi B&W TEXTO / Paulo Brasil Pereira

O corpo desta jóia custa 7011€

A Leica é um nome grande da história da fotografia, mas a empresa não quer ficar pelo seu passado, a vanguarda e a originalidade fazem parte da sua estratégia de futuro. Leica M Monochrom é a primeira câmara digital do mundo exclusiva para a fotografia a preto e branco com sensor Full Frame de 35 mm. Os mais nostálgicos podem ver nesta máquina o bom dos dois mundos: o antigo e o moderno. No exterior as suas linhas clássicas com acabamentos em pele guardam o grande sensor especificamente desenhado para preto e branco. A combinação do sistema Leica M com este sensor de 18Mp que é “daltónico” (só vê a preto e

branco), gera fotografias monocromáticas de uma qualidade irreal. Os controlos tonais podem ser controlados, e ainda permite uma visualização do histograma dos dados em bruto, ou seja, sem processamento nem modificação. No caso de querer dar um toque mais Leica, pode usar o sistema telémetro da marca e aplicar directamente nas imagens efeitos de tonificação dos filmes a preto e branco (sépia, frio ou selénio). Se for usuário de Leica, pode usar as lentes Leica M, numa máquina com ecrã de 2,5” com cristal de safira, aviso de sobre/subexposição configurável, ajuste manual de ISSO (100 – 3200). Não é para todos os bolsos mas é uma jóia apetecível.

GADGETS DA SEMANA LEGENDA \\\ 01// mealheiro labiríntico 10,95€ 02// Massa jador de pressão - 10,95€ 03// Carregador isqueiro USB X 2 - 20€

02//

03//

PUBLICIDADE

01//


CIÊNCIA / OPINIÃO

problema e janela de oportunidade

Queratoses actínicas E cancro da pele I TEXTO / Rui Oliveira Soares

(Dermatologista)*

O problema O carcinoma espinocelular é o segundo tipo de cancro da pele mais frequente depois do carcinoma basocelular. Atinge, sobretudo, os grupos que estão cronicamente expostos ao Sol. Além do Sol, podem estar implicados outros factores cancerígenos como os hidrocabonetos do tabaco, os raios X, a cobalto terapia e o vírus do papiloma humano (HPV). Tem origem na camada superficial da pele e das mucosas. Surge habitualmente nas áreas do corpo mais expostas ao Sol (face, lábio inferior, pescoço, dorso das mãos e pernas) e manifesta-se sob a forma de um nódulo, de crescimento rápido, com tendência para ulcerar e sangrar facilmente ou de uma ferida que cresce e não cicatriza apesar do tratamento. O carcinoma espinocelular é localmente invasivo e pode, se abandonado à sua evolução natural, dar origem a metástases à distância (fígado, pulmões) e provocar a morte. O desenvolvimento do carcinoma espinocelular na pele lesada pelo exposição solar é um processo gradual que se manifesta por um espectro de lesões de malignidade crescente, que vão desde a lesão precursora pré-neoplásica, denominada de queratose actínica, passando pelo carcinoma espinocelular in situ (limitado à epiderme), carcinoma espinocelular invasivo (quando atinge a

derme) até, no extremo oposto, ao carcinoma espinocelular metastático. A janela de oportunidade Como anteriormente referido, a queratose actínica é uma lesão da pele induzida pela radiação ultravioleta que pode progredir para carcinoma espinocelular invasivo. É, de longe, a lesão cutânea com potencial maligno mais comum. O seu diagnóstico e tratamento pode evitar a ocorrência de carcinoma espinocelular. A queratose actínica é mais frequente em indivíduos com idade superior a 55 anos, de pele e olhos claros, principalmente em áreas submetidas a longos períodos de exposição solar (face, lábio inferior, área de cálvice do couro cabeludo, dorso das mãos e pernas. Na Austrália, o país com a maior taxa de cancro de pele no mundo, a prevalência de queratose actínica em adultos com idade superior a 40 anos varia entre 40 a 60%. O seu aspecto inicial é uma mancha rosada áspera de cerca de 2-10 mm coberta por escama aderente na sua superfície. Na prática, as queratoses actínicas identificam-se melhor passando um dedo na pele e sentindo a sua rugosidade característica. Se não forem tratadas, podem tornar-se mais infiltradas e com escama mais espessa de cor esbranquiçada ou acastanhada.

Um pouco de arte por dia, não sabe o bem que lhe fazia! TEXTO E FOTO / Phillipa Silveira Cardoso*

A cada um, folhas de papel e bicos coloridos iam sendo atribuídos. Admiração, medo e marasmo! Espalhados por tapetes e soalhos almofadados, (por esta é que não esperavam) os amigos, aos poucos, o desafio abraçaram. Incessantes “Não tenho jeito p’ra isso!” eram proferidos acolá e aqui... transfor03 setembro 2012 / 08


MONTRA / OPINIÃO

MONTRA “na AMAZON” TÍTULO dignim aut Doomed nullamet Crystal Skull landit er sis doShot Glass lortis nulla con

16,20€ www.website.com amazon.com

TÍTULO dignim aut nullamet landit er sis dolortis Post-it watch nulla con 16,20€ www.website.com amazon.com

TÍTULO dignim aut nullamet Covete landit erde sisgelo dolortis nullaLEGO con 12,20€ www.website.com amazon.com

TÍTULO dignim aut nullamet landit er sis dolortis Lexon Tykho Rubber Radio nulla con 54,30€ www.website.com amazon.com

mando-se em risinhos e silenciosos mergulhos em criativos mundos, registando o momento. Ao passear os olhos pelos projectos em progresso, pequenos profetas pareciam. Energias dançavam. Ar de maresia e incenso pela janela espreitavam. O espaço assim pintado, tão bem! Movimentos coloridos de olhos, de mãos, de corações abertos. Cada um levantou-se em esboço sorridente! Prendeu o registo na alva parede. Todos admiraram os riscos gerados e em colectivo contemplaram a amálgama de cores, desenhos e dizeres. Comentava-

im veniendae simaximod molorpo se, dit, dedos apontavam e risos brotavam. ressund reperae Tamanhaigendis luz, vidanon queconessit num instante se cuptatur? Siminte voluptur? Poreium criou. E, para isso... bom... para isso apeam, quas mi, voluptus, nas caneta e papel bastou!as porrorenis pra dolut quam, quia derum, natibusA Arte, a Arte tem destas coisas. É isto to illa nonecea cusdam alignimporro e tudo o mais. É expressão! Preenche, que ex etum ut lam lam aut laborias oferece e recebe. Retribui...transborda... pedignimenis excea volorro ma derrealiza! É viagem, é partilha. Impulso cósnatquam aut molesequata dis repuda mico, enlace. Assume-nos. Revela-nos. sam reseraune voleceriae id magnimpos Une almas, mentes! Lava a alma, misum sincit quas alitemod et ipsundinhas boas gentes! tium fugit, sitiae eicim A Arteexplabo. é Poder. ÉEbit Amor! dem simus eicit qui autdia, autnão expelit Um pouco de arte por sabeas o et porio. Offictur? Illaut quatur sa a bem que lhe fazia! lendam Aniatur aut modi cuptat *www.facebook.com/PhillipaDaSilveiraCardoso

0321setembro 2012 / 09 janeiro 2012 / 09


CIÊNCIA

Aproveitar Resíduos do leite TEXTO / EA / LUSA

PUBLICIDADE

Investigadores da Universidade do Minho desenvolveram uma solução para recuperar e valorizar resíduos da indústria de lacticínios, transformando soro de queijo em produtos usados na alimentação ou cosmética, e está prevista a instalação de uma unidade no Brasil. Uma informação do Departamento de Engenharia Biológica da Universidade do Minho refere que a biorrefinaria adopta um processo tecnológico que permite obter 11 novos produtos destinados aos sectores alimentar, farmacêutico e agrícola. O projecto, desenvolvido em parceria com a Biotempo – Consultoria em Biotecnologia, definiu uma tecnologia que recupera e transforma os restos em vários produtos de valor acrescentado, como concentrados proteicos para o sector alimentar, prébióticos, bioetanol, lactose refinada e água ultrapura para a indústria farmacêutica, bem como sais para a indústria agrícola.

Cientistas do Minho transformam resíduos de lacticínios em produtos úteis A biorrefinaria está em fase de testes e a Universidade do Minho prevê para este ano a construção de uma unidade à escala industrial, no Brasil. “Está previsto um investimento de cerca de 35 milhões de euros e, numa fase mais adiantada, alargar a tipologia de resíduos a tratar e a instalação desta biorrefinaria em outros países do mundo, incluindo Portugal”, avança o comunicado. A unidade terá capacidade para tratar diariamente um milhão de litros de resíduos, principalmente soro do queijo, mas também leite e iogurte estragados ou fora de prazo. As águas residuais resultantes da lavagem de máquinas e camiões e a biomassa produzida serão introduzidas numa unidade de digestão anaeróbia e transformadas em biogás utilizado para produção de energia eléctrica.


MESA

Hocus Pocus Trá lá lá lá lá

TEXTO / Joaquim Neves

O Pico foi escolhido para santuário de toda mítica criatura, que foge da loucura do homem dito civilizado.

Aldeia Da Fonte

Entre matas e rochas negras, que este Pico negro ergue do mar, há charme na Aldeia da Fonte, lugar de passagem de viajantes de todo o mundo. Casas de pedra, telhas da terra, antigo com moderno, diverso sereno. Jardins calmantes, terraços e restaurante. Cheiros temperos nuances do mundo misturam-se por arte e magia, nalgum caldeirão, varinha mágica, triturador, grelhador, fritadeira, forno e fogão, em do que há nesta ilha já se pode chamar de iguaria. Dos duendes, elfos e outros dados a magia, este é o restaurante que eu também escolheria. Não por não ser feiticeiro, mago ou druida, trol por vezes mas para isso nem preciso desta sabedoria. Basto ir a algum lugar, cear, cheirar, provar, mastigar e mil ideias imaginar. Como de todos é bem sabido, Pico foi escolhido para santuário de toda mítica criatura, que foge da loucura do homem dito civilizado. Perdeu a fantasia e reencontra-a aqui. Porque estão aí, só não aparecem, nem ajudam a laborar, caíam-lhes as finanças, ASAE e segurança social. Por isso deixam tudo por nossa conta a não ser num instante a pedido

03 setembro 2012 / 11


MESA

de algum nosso anjo, que participem no nosso encanto. Prefiro comer na esplanada abraçado por todo o verde que consigo visualizar, ainda cheirar o mar e a terra com chuva no ar. Hocu Pocus, trá lá lá lá lá, olhe o menu atentamente, escolha das especialidades ou da comida chinesa, indiana ou internacional, até da vegetariana, também há pratos novos todos os dias no menu, e pi pá plun, aparecem após alguns minutos, enquanto entretido a provar aperitivos e entreténs do palato, manteiga da Prainha, Verdelho, que têm que fazer parte do repasto. Pode ainda degustar um pouco do mundo, por isso sugiro que se for com amigos peça as especialidades seguintes e divida por todos. Como entradas: crepes chineses; camarão ao sal; tarteletes de queijo e fiambre; linguiça; gambas grelhadas com molho de manteiga. Ou uma sopa: de ninhos de andorinha; barbatana de tubarão; legumes. Seguido de um peixe ou um chop-suey de lulas; Talvez entre garfadas de marisco no ferro quente, gambas picantes e filetes de peixe à Aldeia da Fonte, paelha de marisco por encomenda, bacalhau à João Porto, espadarte com molho mordomo ou com molho de marisco, arroz de marisco, espetadas do mar à Aldeia da Fonte, polvo à moda do Pico, pargo assado no forno à Duarte por encomenda. Para a carne comece com pato à Pequim, porco agri-doce, galinha com amêndoas, linguiça caseira e torresmos, espetada de carnes mistas com ananás, escalopes de vitela com champignons, frango cordon bleu, bife à regional, cabidela de frango caseiro por encomenda. Nos doces não deixe de provar: maçã Fási, lichias, cassata de frutos secos, pudim de mel, crepes com gelado de baunilha e delícia de maçã. Possivelmente verá duendes, fadas e até madrinhas. Mas vai gostar.

PUBLICIDADE

Hocus Pocus

Receita

Redã e Redon´s

Restos do almoço e restos de ontem são quase norma na cozinha. “É preferível fazer mal que estragar” – lema da nossa sociedade poupada, mas criativa a novas coisas, como por exemplo, as bratkartoffeln que tanto gosto. Solução, geralmente, é passar restos por um refogado. Acrescentar um pacote de natas que mascara tudo muito bem, mais uns temperos, um novo acompanhamento com promessas de novas sobras. Saladinha acompanhante ou envolver tudo numa máscara de ovos também é uma solução muito praticada, senão não haveriam sido criadas as tortilhas, pataniscas e peixinhos da horta. Mais coisas boas: roupa velha e consequentes recheios para novas coisas. Carnes seja de que tipo for vão para refogados e recheios para empadão, strogonoff algo tipo bolonhesa. Folhados, crepes e empadas. Legumes incorporados em quiches e tartes. Salve-se da sopa ou pudim de legumes. Batata vira bratkartoffeln ou puré que por sua vez vira bolinhos ou pastéis panados e fritos para outra coisa qualquer ou tortilhas. Máscaras: ovos, natas, tomate, bechamel. Quanto a sopas: sopas requentadas chegam a durar uma semana. Consequências, fermentação, levemente azedo… Mas há que poupar. Que tal pensar em quantidades de alimentos certas, reais e realmente necessárias para uma refeição, já poupa nos absurdos da parafernália disponível para emagrecer. Para não haver desperdício, tanto no prato como aquele depositado no corpo, gordura é um investimento caro de mais, cujos resultados da poupança você fica sempre a perder. Moralidade: Coma fresco, só o suficiente, não desperdice, poupe-se você é capaz de merecer ser saudável.


PALAVRAS

deOlinda TEXTO / António Dacosta*

1. Tira as roupas rapariga Mostra as vergonhas Que isso Voa voa asa branca Não se faz vestida Tens pele de pão doce Seios do Pico Um ventre de baía Falta-te o navio E a caneca de vinho Mito mita Gruta grota O escaler vai partir Despacha-te rapariga Come e cala 2. Deolinda que de mim és rainha Move essa pedra e diz-me Por que fogem os peões De que servem estes ismos Sequestrada no teu reino Vê os ardentes cavaleiros Da janela onde os chamas Subir as escadas e escadas descer Rainha de rei sem trono As rendas que fazes e desfazes Os fios com que te enlaças São o ouro do teu pescoço Deolinda finda o teu tecer Vem comigo olhar o mar * Pintor e poeta açoriano

PUBLICIDADE

(n. 1914, Angra; m. 1990, Paris)


CONSUMO/OPINIÃO

Envelhecer em segurança II TEXTO / Direcção Geral do Consumidor

Retomamos na edição de hoje, novos conselhos da brochura “Envelhecimento Activo e em segurança”, lançada pela Direcção Geral do Consumidor (DGC). Assim, dentro do domicílio, mais em concreto na sala de estar, recomenda-se que sejam preferidas “as passadeiras e os tapetes antiderrapantes

ou fixos ao chão para evitar quedas”. M a s h á mais conselhos: certifique-se que a mobília onde eventualmente se apoia é estável e segura; não coloque fios elétricos debaixo de carpetes ou tapetes; não utilize os aquecedores para secar roupa e mantenha-os afastados de cortinas e móveis; e não utilize braseiras a carvão em salas fechadas ou pouco arejadas e mantenha limpas a chaminé e condutas de saída de fumos, de modo a evitar intoxicações por inalação de monóxido de carbono. Já na cozinha, a brochura alerta para que se ilumine bem a cozinha, especialmente nas áreas do fogão, lava-loiça e bancada; que se mantenha o chão seco para evitar quedas; para não se colocar materiais inflamáveis perto do fogão; para não se desligar o esquentador e apagar o fogão, sempre que se ausentar; para se utilizar as botijas de gás na posição vertical, fechando-as bem no final de cada utilização; para se limpar regularmente o exaustor e os filtros; e para se desligar a tomada aos electrodomésticos mais pequenos quando não estão a ser utilizados. “Não se esqueça de que a instalação e manutenção dos aparelhos de combustão devem ser feitas de acordo com as instruções do fabricante e, no caso dos aparelhos a gás, por profissionais credenciados”, recorda ainda a brochura.

VIAGENS Ao cerne das coisas XVII

La Dame du Saint Esprit TEXTO / Antonieta Costa * / antonieta_c@hotmail.com

Esp.º Santo entusiasma psicólogo

Estava em Paris em trabalho mas tinha trocado correspondência com o famoso Psicólogo Social Serge Moscovici (“pai” das Representações Sociais) e mandara-lhe o meu endereço lá. Estávamos, eu e a minha colega, no restaurante do hotel ao pequeno-almoço quando me foi anunciada uma chamada telefónica de um sr. Moscovici. Combinámos encontro para falar do Espírito Santo e fui verificando o crescer do seu interesse! Percebi quão estranho lhe parecia ver a matéria que ele tinha criado em laboratório e que andara a estudar durante mais de dez anos (a influência das minorias activas), ali “ao natural”, nas minhas descrições do Culto do Espírito Santo! Mas o seu entusiasmo travou ao constatar as dificuldades, o desinteresse local (da própria Universidade), acabando a lamentar-se por “estar tão velho” para encetar novo trabalho, embora fosse o que maior gosto lhe daria… Fui à EHESS, Écolle des Hautes Études onde ele, já jubilado, ainda tinha um gabinete de atendimento, mais uma ou duas vezes e, tanto lá como em Portugal (no ISCTE, onde também colabora) falámos, discutimos e concordámos ser o Culto do Espírito Santo um campo de estudo extraordinário para as ciências sociais. Moscovici ainda tentou encarregar desta investigação um seu ex aluno, que estava em Espanha, mas ir para os Açores (onde para mais, não se esboça nenhum interesse) não é fácil. O certo é que, sempre que volta ao ISCTE, Moscovici pergunta pela “Dame du Saint Esprit”… *Historiadora

03 setembro 2012 / 14


OPINIÃO

Mania de Cinema TEXTO / Pe. Teodoro Medeiros

É como a montanha russa, quer se andar nela mais vez. E que tal escalpelizar mais uma lista de filmes? Desta feita a responsabilidade é da revista “Cinemanía”, do país de “nuestros hermanos”, número de maio. Os leitores votaram em massa no twiter, no face, por e-mail, além de alguns críticos de cinema. Surpresas? O Cavaleiro das Trevas em segundo lugar. Trata-se de uma velada declaração de intenções, a de atirar beijos a Hollywood. Ámen. O filme só se salva pelo Joker e o resto é pobrezinho, desde o argumento à voz forçada de Bale (só o Clint Eastwood sabe fazer voz de durão sem fazer rir). Pulp Fiction nº3? É um filme que trouxe ar fresco aos thrillers policiais: os heróis são fulanos que conversam desbragadamente sobre seja o que for e cruzamse histórias desligadas. Um marco do cinema mas será melhor que Sacanas sem Lei, 61? O problema é que este último foi vendido como produto de guerra quando é um filme sobre o amor ao cinema. A primeira cena dura 23 minutos que parecem 5 ou 6 apenas. It’s a bingo! O Império Contra-Ataca” da saga Guerra das Estrelas em sexto. Qualquer um dos 3 originais ficaria bem nesta lista: há um antes e um depois destes filmes em ficção científica porque, passe o cliché, Star Wars foi um universo que surgiu e um objeto de culto do cinema mainstream. Casablanca em sétimo? Uma boa surpresa e justiça ao filme que toda a gente cita (mal) de memória, uma vez que a voz nasalada de Bogart apenas diz: -play it Sam! Qualquer filme que misture géneros tão bem (será um noir? Uma história de amor? Guerra?) e em que uma simples frase (os suspeitos do costume) dê origem a outro filme é um peso pesado da sétima arte e sete aqui é mesmo perfeição!

lavandarias

A Origem nº 15? Vamos poupar as palavras e assim será menos doloroso para todas as partes envolvidas; senhores realizadores americanos; sabemos que gostam de efeitos especiais e que gostam de esposas falecidas, podem deixar de misturar as duas coisas por favor? Ah... Nolan nasceu em Inglaterra? Não se nota. Este parágrafo aplica-se também a Gladiador, nº 24. E Ridley Scott sabe o que é cinema: por cada Gladiador e Reino dos Céus há um Alien, 52 ou um Blade Runner, 16. Onde aqueles pecam por terem ornamento excessivo e conteúdo algo simplório, estes figuram entre a nata dos seus respetivos géneros. Como não vi o novo Prometeu não posso assegurar que a ficção científica seja a excelência do realizador, mas parece ser assim. Em Busca da Arca Perdida nº 56? Bem, numa lista de Hollywood, até devia ser mais alto... trata-se do início da comédia de aventuras em registo tecnologia de ponta. Deu origem a cerca de 3 milhões de imitações e uns clipes musicais dos Duran Duran; um James Bond mais culto e menos elitista ao mesmo tempo. Fórmula que se tornou genérica e isso conta a seu favor. Até porque Spielberg já fez um pouco de tudo, com resultados diversos. Surpreende a ausência da obra-prima de Almodóvar: Fala com Ela. Poucas vezes o subversivo Pedro revelou o seu mundo particular de forma apelativa: aqui faz-nos sentir que lhe devemos alguma coisa. Registe-se que Os Ladrões de Bicicletas fica aqui no lugar 196. Ora isso é simpático porque o filme é de 1948 e é italiano. Fora isso, é uma das experiências de cinema que vale para a vida e que não é possível sobrevalorizar: devia ser obrigatório em todas as escolas do mundo. Se ainda não o viu apresse-se: é para ontem.

D.A. - Lavandarias Industriais dos Açores, Unipessoal Lda.

ES A 25€

Rua da Palha, 25 • 9700-144 Angra do Heroísmo Telefone: 295 212 544 • Fax: 295 216 424

PUBLICIDADE

RECOLHA GRÁTIS PARA SERVIÇOS SUPERIOR


DESTAQUE

SERRETA À VISTA


DESTAQUE

Parte da história da freguesia da Serreta, concelho de Angra do Heroísmo, que completa este ano os seus 150 anos, é feita de Fé e Festa. O Santuário de Nossa Senhora dos Milagres, elevado pela Diocese de Angra em 2006, o tradicional piquenique na Mata, durante a chamada “Segunda-feira da Serreta”, no mês de Setembro, e a Sociedade Filarmónica Recreio Serretense, incluída nas mais antigas dos Açores, constituem as maiores referências daquela localidade no noroeste da ilha Terceira. Outra referência é o registo de uma erupção submarina entre os anos 1998 e 2001, na conhecida Baixa da Serreta. Para trás, a história regista igualmente uma erupção naquela área, mais perto da costa, mas em 1867, isto é, cinco anos depois da elevação da Serreta a freguesia, marcado como um período de intensa sismicidade. Mas, naturalmente, nem tudo são maravilhas da natureza ou do divino ou, ainda, convívios festivos. Dali há também o reconhecimento público da antiga Estalagem de arquitectura moderna, que albergou em 1971 George Pompidou e Richard Nixon, então presidentes da França e dos Estados Unidos da América, respectivamente. Nos dias de hoje, o edifício encontra-se em estado avançado de degradação e vandalismo. E, não menos importante, a futura Casa Mortuária, orçada em 200 mil euros, cuja obra de construção ficou pela metade. Pela metade poderá ficar agora a própria freguesia face à nova Lei Nº22/2012 promulgada pelo Governo da República, que prevê a possibilidade de extinção, fusão ou agregação de freguesias em todo o território nacional. Entretanto, a U fez-se à estrada não em peregrinação mas em passeio, por onde foi descobrindo uma paisagem de mar; o verde das serras; nevoeiro e cheiro a terra lavrada.

PUBLICIDADE

TEXTO E FOTOS / Sónia Bettencourt sonia@auniao.com


DESTAQUE

Para a Serreta, o ano de 1862 significa não só data de elevação a freguesia mas também de independência face às localidades limítrofes, nomeadamente Doze Ribeiras e Raminho. Passou-se um século e meio. E é isso mesmo que se assinala: o 150.º aniversário desde a sua existência na história e no tempo integrados nos registos do concelho de Angra do Heroísmo e

outra erupção na mesma zona mas mais perto da costa, o que terá provocado um período de sismicidade bastante significativo. O evento de há 14 anos foi relatado, primeiramente, pelos pescadores. A lava originou blocos que subiam à superfície. De acordo com os trabalhos de investigação científica, eram ocos, alguns de grande di-

Outrora Estalagem de renome

de toda a ilha Terceira. Contudo, antes dessa efeméride, o sentimento religioso já se fazia notar ou não estivéssemos a falar da devoção a Nossa Senhora dos Milagres. A partir da altura em que a imagem foi transferida da igreja das Doze Ribeiras para a sua ermida na Serreta, em 1842, e, mais tarde, para a igreja paroquial, a freguesia foi-se reconhecendo como tal através da veneração da sua actual padroeira. Hoje, e sabendo-se que a 10 de Setembro de 1849 teve lugar a primeira tourada à corda na Serreta, numa segunda-feira, a dita freguesia do Noroeste, localizada a 22 kms de distância do centro da capital da ilha, tornou-se sinónimo de Fé e Festa. Trata-se de uma interligação, portanto, que todos os anos levam àquela zona centenas de forasteiros dos quatro cantos da ilha Terceira, em peregrinação ou mesmo de transporte, para integrar um encontro de gerações e promessas. São círios queimados no tocheiro, no pátio exterior da igreja, e, a cada chama ao vento, uma nova esperança se forma no coração dos fiéis. Desde a constituição da Irmandade dos “Escravos da Senhora”, em 1764, por um grupo de fidalgos, passaram-se séculos até a Paróquia de Nossa Senhora dos Milagres da Serreta receber o estatuto canónico de Santuário Diocesano, em 2006, pelo Bispo de Angra, D. António de Sousa Braga. Um reconhecimento que detecta no progresso do caminho da Fé o maior dos seus milagres. DE PROFUNDIS Da geologia também se faz a história. No caso da Serreta, o último acontecimento trata uma erupção submarina, no baixio da Serreta, a cerca de 300 metros de profundidade, data dos finais de 1998 prolongando-se a actividade por três anos. Mas, anos antes, em 1867, há registo de

mensão, e libertavam gás do seu interior. Uma fumarola que, segundo os especialistas, surgia pelo contacto violento de diferentes temperaturas. As pedras mantinham-se por breves instantes sobre o mar, mas logo afundavam, algumas depois da sua explosão, as quais libertavam um odor forte a enxofre. Crê-se que o agora conhecido e reconhecido, pelo menos na comunidade científica, Vulcão da Serreta esteja menos perturbado. À primeira vista, embora sempre com as suas águas naturalmente agitadas, a zona em referência mantém-se tranquila. Haverá, um dia, novos fenómenos vulcânicos? É uma pergunta que reside no segredo das profundidades. NIXON E POMPIDOU A inauguração da antiga Estalagem da Serreta, obra de arquitectura moderna da autoria de João Correia Rebelo, remonta a 1969. Vista privilegiada sobre o mar, paredes-meias com o Parque Natural da freguesia, e uma envolvência que apela ao descanso e à tranquilidade. Mas não foi o suficiente para garantir a sua actividade. Talvez a distância do centro da comunidade e da metrópole; o isolamento entre a

Parque Natural para piquenique

03 setembro 2012 / 18


vegetação; ou, ainda, a escassez de meios de transporte público. Contudo, a unidade hoteleira agora em estado avançado de degradação e vandalismo, ficou na história por ter albergado os presidentes da França e dos EUA, George Pompidou e Richard Nixon, respectivamente, em 1971, por ocasião da Cimeira Atlântica. Pelo meio, após o encerramento, o edifício acolheu a “Association Le Patriarche” durante os anos 80, uma instituição vocacionada para o tratamento e recuperação de toxicodependentes, que estava representada em vários países da Europa. O projecto não se manteve ali e a Estalagem da Serreta, outrora projecto ambicioso, ficou-se apenas pelas referências históricas e arquitectónicas. Em 2007, a Assembleia Legislativa dos Açores, avançou com a classificação de interesse público. MÚSICA PARA TODOS A Sociedade Filarmónica Recreio Serretense é a mais antiga, em actividade, da ilha Terceira. Formada em 1873, e integrando uma escola de música a partir de 1994, a banda conta actualmente com 40 músicos entre 10 e 70 anos de idade. Representam cerca de 13% da população da freguesia da Serreta. É marco cultural e familiar. E já com trabalho gravado e registado em CD´s. Primam os pasodobles e os ritmos musicais contemporâneos. Menos ritmo tem o núcleo populacional. Segundo os Censos 2011, a Serreta regista um pouco mais de três centenas de habitantes. Não será por isso que deixará de ter certas valências, por um lado, como não será por isso que deverá usufruir de todos os espaços e infra-estruturas face a localidades onde a dinâmica social se revela superior. É exemplo a futura Casa Mortuária, cuja obra de construção parou em 2010, por falta de verba. São 200 mil euros totais traçados com linhas arquitectónicas modernas. Até ao momento, a Serreta não dispõe de espaço próprio para as exéquias. E, dado o “alto voo” financeiro em causa, a realidade é ainda uma miragem. Aliás, a realidade sempre que estimada costuma impor-se duas vezes mais. SUPRESSÃO A nova lei Nº22/2012 foi promulgada pelo Governo da República prevendo a extinção, fusão ou agregação de freguesias em todo o território nacional. Essa reforma da administração local poderá ser encarada como um novo desafio ou como uma supressão feita a régua e esquadro. Recorde-se que o Poder Local foi criado em 1976 com o objectivo de aproximar os cidadãos do representante máximo da sua própria comunidade. Há a realidade e esta, açoriana, contém características muito específicas na qualidade de Região Ultra Periférica. Descentralizar ou suprimir os feitos históricos e sociais cujas marcas são únicas?

Santuário de Nª Srª dos Milagres


LOJAS

Aplicações para smartphones \\\ 01// www.bing.com 02// axis.yahoo.com/ 03// www.google.com/ chrome

02//

01//

03//

04//

05//

04// www.opera.com/ mobile 05// www.ask.com 06// www.google.com/ mobile/search/

06//

Revista U Rua da Rosa, 19 9700-144 Angra do Heroísmo tel. 295 216 222 / fax. 295 214 030 Email u@auniao.com Director Marco Bettencourt Gomes Editora Humberta Augusto Redacção João Rocha, Humberta Augusto, Renato Gonçalves, Sónia Bettencourt Design gráfico Frederica Lourenço Paginação Ildeberto Brito

Colaboradores desta edição Adriana Ávila, Antonieta Costa, António Dacosta, Carmo Rodeia, Frederica Lourenço, Joaquim Neves, José Júlio Rocha, Leocádia Regal, Luís Filipe Miranda, Paulo Brasil Pereira, Pedro Caneco Costa, Phillipa Cardoso, Rildo Calado e Teodoro Medeiros Contribuinte nº 512 066 981 nº registo 100438 Assinatura mensal: 9,00€ Preço avulso: 1€ (IVA incluído) Tiragem desta edição 1600 exemplares Média referente ao mês anterior: 1600 exemplares

A UNIÃO PARA SER ASSINANTE, RECORTE E ENVIE ESTA FICHA Nome _____________________________________________________________________________________________ Morada ___________________________________________________________________________________________ Telefone _______________________________________ Contribuinte nº ______________________________ Freguesia ________________________________________________________________________________________ Assinatura: Mensal (9,00€)

Trimestral (27,00€)

Anual antecipada (91,80€)

Forma de pagamento:

Semestral (54,00€)

Anual Final (108,00€)

Transferência Bancária

Cobrador

Cobrança CTT

Local da Distribuição: Morada ___________________________________________________________________________________________ Freguesia ________________________________________________________________________________________ Código Postal ____________________________________________________________________________________ Rua da Rosa, 19 | 9700-171 Angra do Heroísmo | Tel: 295 214 275 | publicidade@auniao.com


Teologia

Revista “Communio” sobre Democracia TEXTO / Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

A primeira edição de 2012 da revista “Communio” é dedicada à “Democracia”, termo que segundo o texto de apresentação é difícil de precisar devido às «múltiplas apropriações que dele se têm feito». «A crise que presentemente vivemos e os novos modelos sociais e políticos que se anunciam levam-nos a analisar criticamente o conceito de democracia, perspectivando-o quer nas suas raízes, conquistas e possibilidades quer nas suas limitações e efeitos perversos. É esta a pretensão do presente número da “Communio”. Inicia-o um texto de José Pedro Serra, Atenas. A democracia na Grécia Antiga. Com ele remontamos ao país, na Antiguidade Clássica, onde o termo demokratia designava a soberania do povo, opondo-se ao domínio de um grupo de poderosos. A democracia tal como os gregos a entenderam e concretizaram é aqui analisada na sua génese, na sua prática, nas instituições que acolheu, nas teorizações políticas a que deu origem, nas críticas que ocasionou, sendo visíveis as diferenças no que respeita ao modo como hoje a encaramos. Trazendo-nos para um domínio mais vasto no qual se insere a práxis democrática, Adriano Moreira debruça-se sobre a actividade política, sublinhando a nobreza que lhe é inerente. Em A dignidade da política insere o exercício do poder governativo numa escala de valores, nela relevando dois paradigmas que designa por maquiavélico e ético. Se o primeiro se associa a um conjunto de procedimentos enganadores onde domina a falta de autenticidade, o segundo insere-se na procura de uma nova diplomacia global, destinada a conciliar o mundo e a restaurar padrões comuns de dignidade na política, assentes na concordância entre o discurso e a prática, numa permanente busca de paz para os nossos dias. Ainda no domínio da práxis democrática inscreve-se o artigo de Herbert Schlögel. Para assegurar, nos regimes democráticos, estabilidade e justiça social

Análise crítica da democracia

requer-se a prática das virtudes democráticas, entre elas as virtudes cardeais, defende o Autor em A democracia vive das virtudes e com as virtudes. No texto O povo é quem mais ordena?, José Manuel Pureza analisa a democracia do nosso tempo em função de movimentos pendulares nos últimos dois séculos. O Estado liberal foi o primeiro. Nele a democracia surge limitada diante da prevalência do mercado. Em segundo lugar temos a afirmação dos welfare states conferindo à democracia um entendimento amplo, assente num contrato social de camadas sociais até então arredadas do campo da decisão e implementação das políticas públicas. Hoje vivemos o auge de um terceiro movimento, marcado sobretudo pela

03 setembro 2012 / 21


Teologia

descoincidência entre o espaço da decisão política e o espaço da decisão económica. O que determina uma nova retracção do espaço democrático e mina o campo da representação política, esvaziando as orientações nacionais e substituindo-as por padrões globais de governação desenhados por entidades difusas e sem escala. É também sobre o nosso tempo e sobre o modo como este possibilita (ou impossibilita) uma vivência democrática que se situa o artigo de Guilherme Oliveira Martins, Uma crise com lições muito urgentes. A posição de Bento XVI na encíclica Caritas in Veritate é uma referência a partir da qual analisa a crise que actualmente vivemos, sublinhando as razões que a provocaram e frisando a desvalorização efectuada pela economia sobre uma ética da utilização dos recursos disponíveis. Na sequência de estudos anteriormente desenvolvidos, João Maria André alerta-nos para a importância do factor multicultural que nenhuma das actuais democracias poderá ignorar. Em Multiculturalidade, democracia e direitos humanos I (um ensaio cuja segunda parte será publicada no próximo número da Communio) lembra-nos a recorrência do factor multicultural ao longo da história dos homens, evidenciando os processos fecundos de interacção mas também os conflitos e guerras que dele derivaram. A multiculturalidade é apresentada como resposta a mundividências etnocêntricas e como desafio à tradição de um modelo de democracia inspirado numa matriz liberal, apelando para uma de direitos e exigindo o seu reconhecimento para que se possa concretizar uma noção justa de cidadania. Na perspectiva de que a democracia suporta diferentes olhares e interpretações, Hans Schelkshorn em A Europa e a revolta árabe analisa o fenómeno da “primavera árabe”, contrastando o entusiasmo e a coragem dos povos em que tal movimento ocorreu com a atitude de reserva letárgica (e por vezes também cínica) da política e da opinião

Nova retracção do espaço democrático

pública europeias. Tece também considerações sobre a possibilidade de os povos árabes serem capazes de construir um Estado de direito democrático, lembrando Camus (L’homme révolté, 1951), para quem “o escravo que toda a vida recebeu ordens, subitamente acha mais uma insuportável”. A concluir estes diferentes olhares sobre a democracia, um texto emblemático – o discurso do Papa Bento XVI ao Parlamento Federal Alemão em 22 de Setembro de 2011, durante a sua viagem apostólica à Alemanha. As questões que nos propõe este seu escrito – Os Fundamentos do Estado Liberal de Direito – levam-nos a reflectir sobre a necessidade de colocarmos no coração da política “um compromisso em prol da justiça e, assim, criar as condições de fundo para a paz”.

Prémio World Press Photo 2011, simbólico da Primavera Árabe

03 setembro 2012 / 22


FOTÓGRAFO

ALTERANDO ROTAS TEXTO / Leocádia Regalo FOTO / Pedro Caneco Costa

O centro a cratera o cerne de explosão sentidas no auge da fusão Concentrei-me num ponto Final faiscante de promessas Firmes de aventura. Firo o vértice da cúpula construída Em dias de suspensa duração No ápice da vertigem insegura. De súbito O centro a cratera o cerne de explosão sentidas no auge da fusão.

De onde vieste Pássaro do sul À procura deste ponto Inicial e vário? Sobrevoaste terra e mar Alterando rotas Previstas nas cartas interiores Da cativa consciência. Encontraste o rumo Sob o rumor da raiva - acesa na escura derrota Sempre vital – Inesperadamente Num sopro irreal De vida contingente Ocasional.

03 setembro 2012 / 23


PUBLICIDADE

Livraria

SEA

Livraria Obras Católicas

Rua Carreira dos Cavalos, 39 e 41 9700-167 Angra do Heroísmo • Telefone / Fax: 295 214 199


OPINIÃO

TODAS AS VEZES QUE ENTRISTECERES PELO ENTARDECER ADENTRO TEXTO / Pe. José Júlio Rocha

Não posso dizer que sou um mau condutor. O contrário também não. Gosto de automóveis e, por isso, acho-me, às vezes, um daqueles seres humanos masculinos com uma espécie anedótica de superficialidade, semelhante à dos que gostam de pesca, caça, dois jogos seguidos de futebol, etc. E que pensam que as mulheres são superficiais porque só pensam em novelas, perfumes, vida alheia e corpos danónicos. Em 1995 ainda rezava nos montes da nossa ilha Terceira, coisa que já não faço agora por puro comodismo: rezo nas capelas, na igreja, em casa. Rezei laudes na Serra do Cume. Hora Intermédia na Serra de Santa Bárbara. Ofício de Leitura na Rocha do Chambre. Vésperas no Pico Alto. Completas na Lagoa do Negro, num pico, duas da manhã, sobre uma paisagem iluminada pela lua onde nuvens e montes diziam que o céu era mesmo por ali. Amo com veemência todas as ervas da minha terra. E as pessoas que as cultivam ou que delas se esquecem. Ser terceirense é um dom imerecido. A 22 de Novembro de 1995 decidi rezar, junto ao mar, a Liturgia das Horas, num fim de manhã sedoso de Novembro. Estava nos Biscoitos, nas pedras encapeladas do Belo Abismo. Uma onda mais alta decidiu estragar-me a oração e molhar o livro e eu regressei, com uma dose intrínseca de frustração, para casa. No caminho, como quase sempre acontecia, aumentei a velocidade que os meus 26 anos permitiam. Tinha os óculos molhados dos salpicos da água do Abismo. Procurei, no porta-luvas, um qualquer pano que me limpasse os óculos. 70 ou 80 à hora (perdoem-me). Perdi o controle do meu queridíssimo Starlet AN-61-10. Embateu violentamente contra uma rocha, não sem antes desbravar uns pés de hortênsia no desespero de controlar a inofensiva viatura. Antes do embate, prevendo o iminemtíssimo futuro, agarrei-me, com as forças que não tinha, ao volante. Não me lembro do embate. Lembro-me de voar para trás, numa explosão de vidros, de fumo e de barulho. De levantar a cabeça. O volante disforme. O pedal da embraiagem em cima do pedal do travão, que, por sua vez, estava por cima do pedal do acelerador. A camisa rasgada pelo cinto de segurança. Saí do carro e rezei. Porque não havia outro modo de dizer fosse o que fosse: “Saí nu do ventre da minha mãe, nu para ele voltarei. O Senhor deu, o Senhor tirou... Bendito seja o nome do Senhor”. Foi isso que decorei, de coração, do 3º capítulo do livro de Job. Uma paz imensa invadiu-me a alma naquele episódio. Como se Deus, naquela hora, me viesse dizer absolutamente nada: só me viesse apertar contra o Seu peito infinito. Não tinha nada naquele tempo. Era um puto entusiasmado com a força da juventude e dava tudo por isso. Não punha – nunca pus – reservas á minha fé peregrina. Valeu-me na altura, o padre Jorge Reis que não teve medo de nada. Esteve comigo e, no dia seguinte, obrigou-me a conduzir o seu velho carro cinzento para vencer o pânico que se sente depois de um acidente de automóvel. A amizade não se mede aos palmos. Muito menos aos centímetros. Uma pessoa mandou-me, secretamente, um cheque de 120 contos, para ajudar-me na minha inicial miséria. O seu nome é Aurélio Granada Escudeiro, Bispo de Angra. 03 setembro 2012 / 25


PARTIDAS

Uma Íntima Viagem à minha infância em Angola TEXTO / Luís Filipe Miranda

Esta noite, sonhei, pela enésima vez, com o meu pai. O costume: ele vivo, sempre vivo, muito vivo. Neste sonho, ele estava sentado no sofá maior, com o Tomás encostado ao seu ombro esquerdo, e a Filipa ao colo, a dar-lhe beijinhos e a oferecer-lhe gargalhadas. Elogiou-lhe a mãe. Quando acontece sonhar com ele, acordo sempre com túmidas saudades e uma aguda nostalgia. Saudades dele, muitas saudades, e a nostalgia provocada pela lembrança das coisas telúricas: os cheiros intensos, as cores garridas e dominantes, os sabores deliciosos e singulares dos frutos da terra, ou as imagens deslumbrantes do pôrdo-sol africano.

Depois de acordar, levei um longo tempo na cama, a recordar-me de momentos inesquecíveis: ele a levar-me, pequenino, pela mão, a fazer chichi durante a noite; ele a nadar comigo nas águas mornas da praia da Caotinha; ele a rir-se de mim, por me ver todo borrado de fuligem, a ajudar um mecânico da sua oficina; ele a ver-me matraquear na máquina de escrever do seu escritório, e a fazer comboios intermináveis de clipes; eu sentado nas suas pernas, muito cuidadoso, a manejar o volante do carro, durante os regulares passeios nocturnos; ambos nas exaltantes manhãs de caça, ele a ajeitarme a caçadeira no ombro, para eu atirar a uma perdiz; os dois a pescarmos, à beira-rio, com prazer e dolência, enquanto cheirávamos o odor inesquecível que o Sol provoca ao secar a terra, depois de uma chuva torrencial; a vermos, em família, os filmes em “super 8”, de quatro curtos minutos, com as imagens das férias de Março; os dois sentados na varanda, ao finalzinho da tarde, e eu a vê-lo fumar o seu cachimbo, intensamente perfumado pelo aroma da mistura de três tabacos; ele a explicar-me a estupidez do racismo ou da discriminação social; a visitarmos, aos domingos, as palhotas dos seus empregados pobres e negros, e ele

União Gráfica Angrense Unipessoal Lda. publicidade@auniao.com Rua da Rosa, 19 9700-171 Angra do Heroísmo Telefone: 295 214 275 Fax: 295 214 030

UNIÃO GRÁFICA ANGRENSE, UNIPESSOAL, Rua da Rosa, 19 | Apartado 49 9700-171 ANGRA DO HEROÍSMO Tel. 295 214 275 | Fax 295 214 030 E-mail: auniao@auniao.com www.auniao.com

L.DA

TAXA PAGA

PORTUGAL CONTRATO 200018151

tecidos p a r a cortinas cortinados estores interiores japonesas lâminas verticais r o l o varões calhas acessórios

comprimentos e larguras

Rua da Espera 9700-073 Angra d Telefone / Fax: 2

envelopes • papel de ca carimbos • convites • cas cartazes • flyers • folhe


a ouvir atentamente as queixas habituais das mulheres, enquanto eu brincava com o enorme rol de filhos; ou os dois a caminho de casa, eu com apenas doze anos, após ter feito a primeira greve às aulas no Liceu, e ele a ensinar-me, com uma serenidade e sabedoria iluminadas, os obrigatórios Deveres da Democracia e da Liberdade, depois de eu ter aprendido e aplicado primeiro e depressa demais apenas os Direitos. É uma glória ter tido um pai assim – ainda que por tão pouco tempo.

O costume: ele vivo, sempre vivo, muito vivo. Neste sonho, ele estava sentado no sofá maior Os dois a pescarmos, à beira-rio, com prazer e dolência

GUIA TRANSPORTE

2

FOTOS: JOÃO COSTA

Director: Pe. Manuel

Carlos 2010

GrÁTIS

_____________________________

Morada __________________________________________________________________________________________

___________________________

Data

U. G. A. • Contribuinte nº 512 066 981 • Rua da Palha, 11-17 • Angra do Heroísmo

• Aut. Minist. 2-3-88 • 1 bl. c/ 50x3 ex. • 6-2008

Os bens/serviços foram colocados à disposição do cliente nesta data

hora. de alterações de última porém, a existência

AGUENTA VERDOS

Viatura nº __________ Matrícula ________ – ________ – ________ O Condutor _____________________ Data ______ /______ /______ Local de Carga ______________________________________ Hora ________ h ________ Recebido por ______________________________ Local descarga ______________________________________ Hora ________ h ________ Entregue por _______________________________

O Jornal a União e a União Gráfica AngrenseFAYAL SPORT deseja aos seus leitores e clientesFactos

um

e Figuras

Armando Amaral

Santo Natal eo Melhor 2011

carn al 2 0 av 1 0

0 1 1

Guerrilhas, N.º 34 – Terra-Chã • 9700-685 Angra do Heroísmo Telefone / Fax 295 331 469 • Telmóveis: 969 028 777 / 969 239 333 E-mail: cabral.luis@live.com.pt

JANEIRO

S — T — Q — Q — S — S F D 2

3 4 5 6 7 8 9

10 11 12 13 14 15 16

17 18 19 20 21 22 23

24 31 25 — 26 — 27 — 28 — 29 — 30 —

ABRIL

4 11 18 F — S — 5 12 19 26 — T — 6 13 20 27 — Q — 7 14 21 28 — Q — 8 15 F 29 — S 1 9 16 23 30 — S 2 D 3 10 17 P — —

JULHO

4 11 18 25 — S — 5 12 19 26 — T — 6 13 20 27 — Q — 7 14 21 28 — Q — 8 15 22 29 — S 1 9 16 23 30 — S 2 D 3 10 17 24 31 —

OUTUBRO

COM O PATROCÍNIO:

TOTAL . . . .

, , , , , , , ,

os quais salvaguardaram,

IVA em regime de isenção

. . . . . . . .

pelos seus elementos,

, , , , , , ,

Importância

foram disponibilizadas

P. Unitário

e os Bailinhos de Carnaval

Designação

referentes às Danças

Contribuinte n.º Quant.

S — T — Q — Q — S — S 1 D 2

3 10 17 24 31 4 11 18 25 — F 12 19 26 — 6 13 20 27 — 7 14 21 28 — 8 15 22 29 — 9 16 23 30 —

FEVEREIRO

7 14 S — 8 15 T 1 9 16 Q 2 Q 3 10 17 S 4 11 18 S 5 12 19 D 6 13 20 S — T — Q — Q — S — S — D F S T Q Q S S D

21 28 22 — 23 — 24 — 25 — 26 — 27 —

— — — — — — —

MAIO

9 16 23 30 2 3 10 17 24 31 4 11 18 25 — 5 12 19 26 — 6 13 20 27 — 7 14 21 28 — 8 15 22 29 —

AGOSTO

8 F 1 9 16 2 3 10 17 4 11 18 5 12 19 6 13 20 7 14 21

22 29 23 30 24 31 25 — 26 — 27 — 28 —

— — — — — — —

NOVEMBRO

7 14 21 28 S — 8 15 22 29 T F 9 16 23 30 Q 2 Q 3 10 17 24 — S 4 11 18 25 — S 5 12 19 26 — D 6 13 20 27 —

— — — — — — —

MARÇO

7 14 S — T 1 E 15 9 16 Q 2 Q 3 10 17 S 4 11 18 S 5 12 19 D 6 13 20

21 28 22 29 23 30 24 31 25 — 26 — 27 —

— — — — — — —

JUNHO

6 R 20 27 — S — 7 14 21 28 — T — 8 15 22 29 — Q 1 9 16 F 30 — Q 2 S 3 F 17 24 — — S 4 11 18 25 — — D 5 12 19 26 — —

SETEMBRO

5 12 S — 6 13 T — 7 14 Q — 8 15 Q 1 9 16 S 2 S 3 10 17 D 4 11 18

19 26 — 20 27 — 21 28 — 22 29 — 23 30 — 24 — — 25 — —

DEZEMBRO

5 12 19 26 — S — 6 13 20 27 — T — 7 14 21 28 — Q — Q F F 15 22 29 — 9 16 23 30 — S 2 S 3 10 17 24 31 — D 4 11 18 N — —

Desejamos Boas Festas e um Feliz Ano Novo

Design & Impressão: UNIÃO GRÁFICA ANGRENSE

arta • cartões • facturas • recibos • guias remessa samento • postais • autocolantes • calendários • livros etos • revistas • jornais • boletins • e muito mais . . .

PUBLICIDADE

União Gráfica Angrense

CONTRIBUINTE N.º 999 999 999

Rua da Rosa, 19 • 9700 Angra do Heroísmo Telefone: 295 214 275 • Fax: 295 214 030 Nome __________________________________________________________________________________________

Todas as informações

ança, 44-A do Heroísmo 295 213 302

PARTIDAS


ÓCIOS / OPINIÃO ENTRETENIMENTO / OPINIÃO

“O que vale a pena ser feito vale a “Citação e/ou frase pena ser bem feito.” aqui.”

Nicolas Poussin

CARTOON

QUESTIONÁRIO

A MA- DE O ACORDO ÇONARIA FINANCIAMENINFLUTO COM A REENCIA PÚBLICA ÉA POPOLÍTICA SITIVO PARA A PORTUREGIÃO? GUESA? SIM SIM NÃO NÃO

ONLINE

AS MAIS VISTAS

Pelo CDS/PP Título Aqui EDUARDA BORBA LIDERA LISTA NA GRACIOSA

22 (30,56%)

50 (69,44%)

TOTAL: 72 (100%)

Esta quarta-feira pelo funeral SINOS DOBRAM NOS Título Aqui AÇORES POR D. AURÉLIO GRANADA ESCUDEIRO

I am a fan of

YUP / PAULO ARRAIANO TEXTO / Frederica Lourenço

Na fluidez orgânica de linhas, persona- de positividade, uma exortação à vida de gens, formas, cores e composições que forma intensa, ao movimento primordial formam o universo visual de Paulo Ar- que é canalizado através dessas mesmas raiano, reside uma dualidade que funde o linhas, desses mesmos meridianos que natural e o artificial, natureza e urbanida- expressam o sujeito do desenho na sua de, emergência e criação. Na intersecção forma mais pura e essencial. entre estes dois mundos aparentemente Paulo Arraiano vive e trabalha em Cascais. opostos e exclusivos, conseguiu estabe- Vive a tempo inteiro como Artista Plástico lecer um novo equilíbrio que emerge da e Visual e tem exposto o seu próprio traenergia primitiva que flui entre um e o balho de forma regular, muitas vezes em outro e se encontra na raiz da linguagem projectos colectivos. Divide o seu tempo visual que criou e que expressa de forma entre o desenho, a pintura, o surf, o skate tão intensa. Neste universo, o abrangen- e a prática de Shiatsu e Qigong. te nom de guerre Yup é uma exclamação 0307 setembro 2012 / 28 maio 2012 / 28

www.pauloarraiano.com


CULTURA

World Press Cartoon As obras distinguidas com prémios e menções honrosas no World Press Cartoon 2012 vão estar expostas até 16 de Setembro nos Casinos Estoril e Lisboa.

ATÉ 16 SETEMBRO Os cartoons estarão patentes na galeria de arte do Casino Lisboa e no átrio do Casino do Estoril, entre os quais os desenhos do cubano Ares e do norueguês Egil Nyhus,

CASINOS LISBOA E ESTORIL que venceram, ex-aequo, o Grande Prémio. Arístides Guerrero foi premiado com um cartoon, “no qual se vê um bombardeamento com bombas em forma de tocha da estátua da Liberdade”. Egil Nyhus foi premiado na categoria Caricatura, com um retrato de Dominique Strauss-Khan, “apresentado como um porco-mealheiro atrás das grades”.

ROTEIROS da baleação Serão lançados em breve cinco roteiros sobre o património baleeiro imóvel do arquipélago. Esta será uma das “consequências imediatas” da elaboração do Inventário do Património Baleeiro Imóvel dos Açores, que o Governo contratualizou no ano passado com o Observatório do Mar dos Açores (OMA. Através do OMA, e agrupando algumas ilhas, os roteiros vão permitir que qualquer visitante possa fazer um percurso ao longo da ilha e ter um contacto directo com os sítios e com os locais onde existiram actividades ligadas à baleação. O trabalho agora entregue ao Governo pelo OMA, na sequência do contrato celebrado em fevereiro do ano passado, inventaria 186 itens, maioritariamente localizados nas ilhas do Pico (43), São Miguel (30), Faial (24) e Flores (23). Os restantes itens estudados situam-se nas ilhas Graciosa (20), São Jorge (15), Terceira (15), Santa Maria (11) e Corvo (cinco). 03 setembro 2012 / 29

Localizada na Horta a “Casa Manuel de Arriaga” é um imóvel originário do séc. XVIII, classificado de Interesse Público, que foi a residência do 1O Presidente da República Portuguesa. Com projecto de arquitectura de Rui Pinto e Ana Robalo | Arquitetos, programa museológico do Museu da Horta e projecto museográfico de Rui Filipe e Claúdia Zimmermman, este equipamento cultural evoca a insigne figura faialense, Manuel de Arriaga, que ali nasceu e viveu grande parte da sua juventude, destacando-se as suas várias valências funcionais: espaços para a exposição de longa duração e projecção de filme, exposições temporárias, consulta de documentação digitalizada e biblioteca, sala polivalente e reduto verde. A Casa Manuel de Arriaga, para além de fixar a memória do primeiro Presidente da República e o seu tempo, projecta-se na substância dos seus ideais e valores republicanos, como um núcleo moderno de reflexão e de estímulo à participação cívica.


CULTURA

Grimes TEXTO / Adriana Ávila

Claire Boucher é uma jovem Canadiana de 24 anos, deu as primeiras pisadas na música quando ainda estudava na faculdade em Montreal onde se envolveu no parâmetro da música eletrónica. Em 2010 edita o seu primeiro álbum de originais Geidi Primes com um ímpeto toque de experimental e darkwave. No mesmo ano lança outro álbum intitulado Halfaxa também com uma sonoridade de certo modo abstrata, recorrendo à voz como instrumento principal. Esta artista, tem referências e influencias de nomes

VISIONS 2012 como, Cocteau Twins, How to Dress well, entre outros. No presente ano lançou o seu mais recente disco Visions, recheado de temas em muito adequados ao sabor de uma esplanada no verão. http://www.myspace.com/boucherville

A TEMPESTADE DYLAN “Tempest”, o 35.º disco de originais de Bob Dylan, vai chegar ao mercado português a 10 de Setembro. Produzido por Jack Frost, o disco inclui dez novas canções e tem em “Duquesne Whistle”, o primeiro “single” disponível. O novo álbum assinala os 50 anos do primeiro disco de Bob Dylan, lançado em 1962.

CAMINHOS DO CINEMA O festival Caminhos do Cinema Português está até 15 de Setembro de 2012 a receber inscrições de filmes e argumentos para selecção nas secções: Secção Competitiva, Ensaios Visuais e Coimbra Filmase. Do cinema de escola aos profissionais todos têm direito à exibição das suas obras num espírito de comunhão com os diferentes públicos. As inscrições dos filmes e a consulta dos regulamentos são feitas através do site oficial em www. caminhos.info.

PIANO a quatro mãos Irina Semenova e Diana Botelho Vieira deixam o convite para assistir a uma viagem através do tempo, com Rachmaninov, Barber e Gavrilin, deixar correr a imaginação e “dançar” uma Valsa e um Tango, “passear” de Barcarola, maravilhar-se com os sons dos Sinos, ou deliciar-se com um Romance, entre outros momentos. A 14 DE Setembro, pelas 21h30, no Salão Nobre do Teatro Micaelense.

MARCAMOS CONSULTAS DE OFTALMOLOGIA

PUBLICIDADE

CONSULTÓRIOS EM Angra

Praia

Velas

Madalena

295214980

295512025

295412538

292623321


OPINIÃO / AGENDA OPINIÃO / AGENDA

To etur modioruptas dolorem aborehe niatin eum et esti bla qui cuscim lisi dolupta ectur? Am, vide estrupt atureped mos sus que voluptas dolor mi, omnihici consecum dolorectium ipsaper chitatet ommolup tiberci psumque doloreptas imusam faceseque volorru ptiant demquat ibernat. Fugitaquis dolorep udigend ucius. Intio omnis a volentur alitiorum escipsa ecuptatus iunt volupisqui beatemporrum et ut destibus alis sequibus destiis eost, saest ut que nonsequi TEXTO / Rildo Calado nes rem vollacc atecae rem solliatius sunto et ium debit, veniasp Projectado para ad ser aqui maior loja de mobiliário e designque da Ásia, localiza-se ao lonisquament, sequi alitius restiae go de Bencoolen Street, a zona das artes volupta ecepudis milicip sandus et e do entretenimento de Singapura. Este facid mo tem volluptis dolentures “cubo de vidro” completa um conjunevelluptatur ressendo sequia única occumunidade remto de 3 edifícios, construída de parci raíz. Asregrandes marcas do ped quat in labo. Ro intemdesign contemporâneo (com a Kartell, a po rporem volorum videsto tet utem B&O ou Giorgetti) integram este projecium dolorro ium eiummuito ipit, mais que to, que permite aosrerum visitantes, do quea adolupic simples tem compra de mobiliário sum quodit et alitatexperiências inesquecíveis. imoloru ptatqua eritinv endunt quia

WORLD ARCHITECTURE FESTIVAL 2012

OPINION ARTICLE HEADLINE TEXTO / nome jornalista

doloreium est, offictur, eosantumene saerum, es maios voleceperum faci nectatur repedig enditibus modi cor sitatur, cum hil ipsae quias sapissunt. Obitatur recabor am harum fuga. Otatemque incil intur aspe verovitam WAF AWARDS 2012 iur moluptatur, con pelest maximil loShortlist rest, omnis2012 re voloribea derum sinciis Categoria: Edifícios completos dis prem. Nam doloristrum aut harum Subcategoria: New and Old dolorror si odis dit minum eumquia Projecto: Space Asia Hub debis maximolores nonsed et qui Localização: Singapura blab imos aut omnisquam sectia pe Atelier WOHA Architects Ugia doluptur sum sequia aut et re, www.woha-architects.com quaersperum nia dolo occum

HEADLINE HERE

MOBILE ART NA PRAIA

Lores aut quidebis dis nitatem et que pel ime nossequam, officae cesecto eetum rae da quibus acesto A Academia de Juventude das Artes Ilha Terceira, quaspiet faccum et, quidebitis antia em parceria com a iligenimi, Associaçãosam Cultural Burra de Milho, promove, de 3 a 6 de Setembro, o Workshop “Mobi-

III Encontro de Escaladores do Atlântico I Encontro de Montanhismo

7 a 10 de Setembro de 2012 Ilha Terceira - Açores 5 Sectores de escalada desportiva 2 Sectores de escalada de bloco 3 Percursos Pedestres para os caminheiros

CONTACTOS: montanheiros@montanheiros.com Telefone: 295212992

MUITA ANIMAÇÃO !!! Dia 07 -

Recepção aos participantes Escalada na zona do Chupa Chupa--Cabras (Escalada Desportiva e bloco) Escalada na sala indoor da associação Percurso Pedestre Monte Brasil

Dia 08 -

Escalada na zona da chanoca e Workshop de escalada Escalada na zona dos Biscoitos Jantar convívio, e visualização de video Percurso Pedestre

Dia 09 -

Escalada na zona de S. Barbara (Ponta Gorda)

Dia 10 -

Viagem de Regresso a Casa !!!

Jantar convívio e entrega de lembranças aos participantes Percurso Pedestre Desconto em viagens interilhas & Alojamento/Refeições no Regimento de Guarnição n.º 1

Organização:

Apoios:

TITLE HERE

WORKSHOP

dolorestibus consequate entusna quo le Mediaint& Art” ilha doluptiatus dolo earum Terceira. rem iniciativa arum volora vita Esta pretende arum reictissi utatae. recorrer a diferentes Et aborero etur, meios para acone captação cuptatem que comde imagem e sua edimoluptas veção, tendoquiae em et, conta liqui accusam facculp questões associadas à literacia nos média, à

TITLE HERE 3 A 6 SETEMBRO ariorum vel il es volor simus, core quistib eribus

voluptis earumdas vendae cumveiculadas exerum arum quiant.e desconstrução imagens na Internet Ehendit, verovitio. Ut est, incid quas inullor nos médiasinto tradicionais através daut criação artística. estiusa picaboremque nonsed quibearum que est, O workshop irá dividir-se numa sessão de conceitos quiasped eos auditem doloriti omnimpo-à base, exercícios práticosporeptas e posterior apresentação riate invellaut expediciis quias mos sam comunidade do trabalho realizado, atravésalite de quid uma quas ella Lit et qui adebis magnates dolupta erfe na mostra recorrendo ferramentas disponibilizadas Internet.

07 maio 2012 / 31 03 setembro 2012 / 31

A Secção de EscaXeratem quost lada da Associação autemos dipsam Os Montanheiros, ut imagnam, offic está a organizar totatur? Quiditam o III Encontro de alia iducidentia siEscaladores do tias millupis et conomAtlântico que nim ex enis as eost ta com o apoio eosaper ibeaquo da Atlânticoline, ma del ipis dolor ad do Regimento de eument, con O corGuarnição N 1 e da ectatiam dolorese Federação Portupratiant quam que guesa de Montavolo molorro ex et nhismo e Escalada vit qui ditessun(FPME). di evento unte ella O teránate lunobitatem quis gar entre os dias 7 quossimodia e 10 Setembro,quis em delisci psapedi cinco sectores de beritem ilit quis inescalada desportivenis consequ unva e dois sectores dignam aut most, de escalada em cum fugition eium bloco. eratur res ipsamus As inscrições estão eatum etur sapitat abertas até amaiaecaep udaeranhã e deverão ser tiatur aditatis nopor mail indicando: bitib usante qui BI, as nome completo, rersperae telefónilatis ex Contacto exerae. Ipicipitium co e indicação se que et, quaturalojares pretendem mento/refeições.



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.