Revista U Nº26

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A REVISTA SEMANAL D´A UNIÃO

www.auniao.com

FAZER ACONTECER: Nesta Magazine Privatização da RTP: Mais um disparate? PÁG. 06

edição 34.844 · U 26 · 10 de setembro de 2012 · preço capa 1,00 € (iva incluído)


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Médicos Laboratório Dr. Adelino Noronha Dr. Pedro Carreiro Dr. Vergílio Schneider Dr. Rui Bettencourt

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Dr. Domingos Cunha Dr.ª Ana Fanha Dr.ª Joana Ribeiro Dr.ª Rita Carvalho Dr. Rui Soares Dr.ª Lurdes Matos Dr.ª Isabel Sousa Dr.ª Ana Santos Dr. José Renato Pereira Dr.ª Paula Neves Drª Paula Bettencourt Drª Helena Lima DrªAna Fonseca Dr. Lúcio Borges Dr. Miguel Santos Dr.ª Cristiane Couto Dr. Eduardo Pacheco Dr. Cidálio Cruz Dr. Rui Mota Dr. Fernando Fagundes Dr.ª Andreia Aguiar Dr. João Martins Dr. Rocha Lourenço Dr.ª Paula Gonçalves

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Reumatologia

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Terapia da Fala

Dr.ª Ana Nunes Dr.ª Ivania Pires

Urologia

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EDITORIAL / SUMÁRIO

Empreender TEXTO / Humberta Augusto | haugusto@auniao.com

É de empreendedorismo que falamos hoje. Expressão que, no caso em apreço, se materializa numa publicação, uma revista, dinamizada por açorianos através de um projecto que se desenvolve no continente, em Lisboa. Empreendedorismo que nos seca na boca na hora de o falarmos de tão necessário que é à região, a cada uma das ilhas, e em cada uma das empresas açorianas. É palavra que veio para ficar, mas que não tem ficado para vingar. Ao empreender-se fica-se para obrigado ao dever do profissionalismo, à incansável procura pela inovação, à adaptação aos mercados, ao repensar de metodologias, ao controlo permanente da qualidade do produto/ serviço, ao conhecimento, à dedicação e ao apreço. “Intentar; levar a efeito; dar princípio a (uma empresa)” é o significado que os dicionários dão à palavra. Coisa que o empreendedorismo não pode fazer é ficar parado, de boca seca e a secar. Só os bons exemplos constituirão empreendimentos. Onde se empreende e se é empreendedor.

SUMÁRIO na rua e no parlamento

05 06

um projeto que nasce

a nova china

14

ir a tribunal

15

marcas de café

20

a dignidade da política i

21

07

4g obrigatório!

somos todos super-heróis

08

arquivos religiosos nos açores

10

speedy, runner e villa na terceira

11

ilha da pedra

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vindimas

13

portuguese wine cellar

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aurora

NA CAPA... pág. 16

A “Nesta Magazine” diz que “há empreendedorismo” em Portugal e, por isso, o seu conteúdo trata isso mesmo, em formato de plataforma noticiosa on-line. O projecto nasceu em Março deste ano, pela iniciativa do Clube de Empreendedores da Universidade Nova de Lisboa, com o princípio de tornar-se uma relevante ferramenta de suporte e inspiração para futuros empresários. A U esteve à conversa com o director da revista, Pedro Sampaio, um jovem terceirense licenciado em Gestão. 10 setembro 2012 / 03

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REVISÃO

Próxima sessão, próxima legislatura

O último plenário PSD promoveu debate de urgência sobre Situação Financeira da Região; PS requereu interpelação ao governo sobre Entendimento assinado com a República. A Assembleia Legislativa dos Açores perfez, na semana passada, a última sessão plenária desta legislatura. Uma sessão que foi dominada pela situação financeira da região, mas que também assinalou o regresso da líder regional do PSD, Berta Cabral, ao parlamento açoriano. A sessão plenária de Setembro, que foi inicialmente marcada apenas com o objectivo de aprovar um conjunto de iniciativas legislativas que estão pendentes, acabou por ter dois debates sobre a situação financeira da região que podem assumir particular importância a pouco mais de um mês das eleições regionais. Esta sessão plenária foi também a primeira e a única vez nesta legislatura em que estiveram frente a frente no parlamento Vasco Cordeiro e Berta Cabral, candidatos do PS e do PSD à presidência do Governo dos Açores. Vasco Cordeiro assumiu o seu lugar na bancada socialista na sessão plenária de Maio, logo depois de ter abandonado o cargo de secretário regional da Economia, mas Berta Cabral apenas assumiu o lugar de deputada, depois de ter abandonado no final de Julho as funções de presidente da Câmara de Ponta Delgada. Nessa sessão, o presidente do Governo dos Açores, Carlos César, proferiu a sua última intervenção na Assembleia, defendendo que o acordo assinado com o Governo da República não implica qual-

A posição

quer perda de autonomia regional. VANTAGENS? Da ultima sessão, ficou o registo do Governo dos Açores e do PS a reafirmaram o acordo com o Governo da República e que este não coloca em causa a autonomia regional, que acabou por não convencer a oposição, para quem os socialistas “venderam” a autonomia a Lisboa. “Quem não deve não teme e o PS não tem medo dos termos do memorando de entendimento”, afirmou Vasco Cordeiro na intervenção que abriu o debate sobre aquele acordo na Assembleia Legislativa dos Açores, na Horta. Para o deputado e candidato do PS/Açores à presidência do executivo regional, o acordo “não é um resgate à região” e que “as propostas de Plano e Orçamento dos Açores não vão a qualquer visto prévio do Ministério das Finanças”.

A oposição

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REVISÃO

No mesmo sentido, o vice-presidente do Governo dos Açores, Sérgio Ávila, afirmou que o acordo “defende os Açores porque salvaguarda a região de qualquer tentativa centralista da República de fazer com que os açorianos paguem os problemas que o país vive”.Uma visão diferente foi apresentada pelo líder parlamentar do PSD/Açores, Duarte Freitas, para quem “até parece que foi o Governo Regional que assinou o memorando para ajudar o Governo da República”. “Se o Governo Regional não estivesse em dificuldades, não teria hipotecado a autonomia por 135 milhões de euros”. Por seu lado, Zuraida Soares, do BE, criticou o facto de o executivo ter “sonegado” ao parlamento regional informação sobre este acordo, recordando que, em Fevereiro, o presidente do governo, Carlos César, prometeu que o assunto seria debatido na assembleia legislativa antes da assinatura do acordo. As críticas vieram também de Paulo Estêvão, do PPM, para quem o Governo Regional negociou este acordo “porque os cofres já não chegavam até 14 de Outubro”, data das eleições regionais, acusando o executivo de ter cometido um “crime grave” contra a autonomia. “O acordo não dignifica a autonomia”, frisou Artur Lima, do CDS-PP, alertando os socialistas e o governo para a necessidade de terem “alguma humildade” já que foram pedir dinheiro a Lisboa. Aníbal Pires, do PCP, também se juntou às críticas, acusando o PS e o Governo Regional de tentarem “transformar a água em vinho”.

Governo e PS não convenceram oposição sobre vantagens do acordo com Governo da República

Na rua e no parlamento TEXTO / Humberta Augusto | haugusto@auniao.com

voto escrutinará leituras

Internet difunde em directo jeitos e trejeitos dos parlamentares

Na rua e no parlamento, os partidos açorianos fazem campanha eleitoral. Ataques, contra-ataques, explicações e acusações – de quatro em quatro anos, repete-se o ritual se de fazer da sessão plenária que antecede qualquer momento eleitoral um púlpito para reafirmação de interesses político-partidários. A sessão de Setembro da Assembleia Legislativa Regional dos Açores em relação às eleições de 14 de Outubro, foi disso mais um exemplo que, creio, já não poderá deixar surpreso o eleitor. A difusão em directo dos jeitos e trejeitos, entradas e saídas, de governantes, deputados e líderes dos partidos com assento parlamentar através das novas tecnologias de informação, via internet (www.alra.pt), ou mesmo indirectamente, com a profusão de notas de imprensa dos mesmos que saltam e enchem as páginas dos jornais, já têm uma leitura melhor escrutinada por quem, em última análise, decide: o cidadão.

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OPINIÃO

Mais um disparate? TEXTO / Carmo Rodeia

A proposta de privatização da RTP só pode ser novidade para quem andou este tempo todo a sacudir a poeira para debaixo do tapete, fingindo que ela estaria esquecida. Pedro Passos Coelho apresentou as suas intenções claramente e os portugueses deram-lhe o voto. E, embora a questão tivesse ficado de fora do acordo de coligação, por discordância do PP, que era contra (e bem!) a privatização do canal de serviço público de rádio e televisão, mais cedo ou mais tarde acabaria por vir ao de cima, conhecidas que são as opções ideológicas do primeiro ministro sobre a intervenção do Estado nas empresas. Posto isto, o que é que esta proposta, que tanto alarido tem suscitado, nos traz de novo? Algo inusitado: o encerramento do Canal 2 e a concessão a um operador privado do Canal 1, estando este obrigado a prestar serviço público e continuando a usufruir da taxa do audiovisual. Importam-se de repetir? Esta concessão é muito mais do que uma privatização. O novo operador privado não só receberia de graça toda uma empresa devidamente montada e equipada como ainda receberia do estado verbas que outros canais privados não recebem e, bem vistas as coisas, até prestam em muitos casos mais serviço público do que a própria RTP. Não faz qualquer sentido. Além de absurda, a proposta só pode estar mal explicada, a não ser que seja mesmo uma “negociata” daquelas que não têm sustentação racional ou ideológica. Defendo, como sempre defendi, que o serviço público de rádio e televisão deve ser assegurado pelo estado através de um canal público. E que nas regiões autónomas esse canal público deve ser inteiramente financiado por dinheiros públicos, sejam da república, em jeito de indemnizações compensatórias, sejam da região. Qualquer ideia de privatização da RTP deve ter isso em conta. De resto, além de não se perceber o que está em causa também se ignora o que acontecerá aos centros regionais dos Açores e da Madeira. Não esqueço a situação em que o país se encontra e os custos elevados que um canal de televisão impõe. Mas a fatura que hoje estamos a pagar deve-se ao fato dos diferentes governos terem autorizado desmandos de sucessivas administrações para concorrer com os privados. Isso sim, foi um péssimo serviço público.

UM PROJETO QUE NASCE TEXTO / Sandra Costa Saldanha

Ainda em tempo de férias, novos “Caminhos da Fé” se delineiam. Proposta integrada de fruição do património cultural religioso, articula elementos singulares, de expressiva preponderância devocional, cultural e artística, concebidos como instrumentos de Fé e memórias vivas das comunidades. Projeto assente na promoção de destinos de motivação de-

vocional, centrado nas diversas dinâmicas e vivências religiosas, pretende converter itinerários turísticos em experiências únicas e contextualizadas, espiritualmente mais profundas, muito além da simples dimensão formal da obra de arte religiosa, como mero instrumento de apreciação estética. Como já noutro local se disse, compete-nos potenciar a sua fruição legível, oferecer meios de acesso à sublimidade das formas, a crentes e não crentes, comunicantes de uma experimentação única.

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FERRAMENTAS

4G Obrigatório! TEXTO / Paulo Brasil Pereira

Flores e Corvo são as ilhas mais privilegiadas pela medida

As férias acabaram e, embora o Sol só agora chegou, já estamos a pensar nas férias do próximo ano. Se teve dificuldade em partilhar as suas fotos nas redes sociais em determinadas freguesias dos Açores, não se preocupe pois parte da solução está já a caminho. A ANACOM (Autoridade Nacional de Comunicações) acaba de divulgar uma lista com 480 freguesias em que os operadores com licenças para a quarta geração (TMN, Vodafone e Optimus) terão que obrigatoriamente instalar tecnologia 4G. Esta obrigatoriedade existe devido ao regulamento da ANACOM que através da compra de um lote de banda, era associada uma obrigação de cobertura associada a 80 freguesias escolhidas pela

Autoridade Nacional de Comunicações. Como cada operadora comprou 2 lotes (2 x 5 MHz), é obrigada a cobrir 160 freguesias, que no total equivalem à lista, agora divulgada, de 480 freguesias do todo nacional, que têm em comum o facto de não terem banda larga móvel. A lista é encabeçada pelas freguesias: Calheta do Nesquim e S. João (Lajes do Pico); Norte Pequeno (Calheta); Rosais (Velas); Lajedo, Mosteiro, Fajãzinha e Fajã Grande (Lajes das Flores); Ponta Delgada (Santa Cruz das Flores); Vila Nova do Corvo (Corvo). A lista está em consulta pública mas depois os operadores têm um mês para escolher as freguesias e depois... Mãos à obra!!

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CIÊNCIA / OPINIÃO

diagnóstico precoce necessário

Queratoses actínicas E cancro da pele II TEXTO / Rui Oliveira Soares

(Dermatologista)*

a aplicação de líquido ácido que efectua um “peeling”, a destruição com LASER ou, ainda, a terapêutica fotodinâmica tópica cujo efeito terapêutico resulta da associação de fotossensibilizadores e luz vermelha. Em lesões mais evoluídas pode ser efectuada uma excisão cirúrgica. Nos últimos foram desenvolvidas novas terapêuticas em creme, dirigidas para alvos moleculares implicados na evolução das queratoses actínicas para carcinoma espinocelular, como o mebutato de ingenol. Estas novas armas terapêuticas poderão, no futuro próximo, revolucionar o tratamento das queratoses actínicas por associarem eficácia, redução dos efeitos secundários e comodidade para o doente. Estes métodos não excluem o cumprimento das recomendações de protecção solar como o cuidaA solução O tratamento das queratoses ac- do com o horário solar, o uso de tínicas inclui diferentes técnicas, vestuário protector e a aplicação realizadas em Consulta de Der- regular de protector solar. matologia, como a destruição da lesão pelo frio do azoto líquido, * Clínica Médica da Praia da Vitória A queratose actínica é um marcador de exposição cumulativa excessiva à radiação ultravioleta sendo a lesão inicial na generalidade dos carcinomas espinocelulares invasivos. No entanto, a maioria das queratoses actínicas não progridem para carcinoma espinocelular invasivo. Actualmente, não é possível prever clinicamente quais as queratoses actínicas que evoluirão para carcinoma espinocelular. A taxa de progressão de queratose actínica para carcinoma espinocelular invasivo varia, dependendo dos estudos, entre 0,1% a 6,5%. Atendendo ao risco de progressão da queratose actínica a carcinoma espinocelular invasivo com o potencial de metastização, é mandatório que se proceda ao seu diagnóstico precoce e tratamento adequado.

Somos todos Super-Heróis TEXTO / Pedro Sampaio

Desengane-se quem pensa que a capacidade de criar é exclusiva dos chamados espertos. O potencial que reside na mente de qualquer um é impressionante. Basta pensarmos no nadador Michael Phelps, atual atleta olímpico mais medalhado da história. Um feito impensável para muitos, mas no fundo, resultado de largos 10 setembro 2012 / 08


MONTRA / OPINIÃO

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anos de trabalho e muita persistência. Ora, pode pensar-se que sem talento nada se faz ou que nem todos possuem esse talento para chegar mais longe. Errado. O sucesso não é alcançado apenas com talento e nem todo o talento resulta em sucesso. Na verdade, todos somos capazes, ou não fossemos humanos, dotados de razão e diferenciados da raça animal, fruto da seleção natural ao longo de milhões de anos de evolução. Então refletamos. Juntando vontade, capacidade de sacrifício, resiliência

im dit, veniendae simaximod molorpo e uma sensibilidade para estar semressund igendis non conessit reperae pre a aprender, somos ou não capacuptatur? Siminte voluptur? Poreium zes de mudar o mundo? Certamente. am, quasé mi, voluptus,pois as porrorenis Arriscar obrigatório, o que depra dolut quam, quia derum, natibustermina um verdadeiro talento não é to illa nonecea cusdam alignimporro o fato de ele nunca cair, mas sim de que ex etumsempre ut lam lam aut de laborias levantar-se diante uma pedignimenis excea volorro ma derderrota. natquam molesequata dis repudae É precisoaut dinamizar, acrescentar sam resera voleceriae inovar. Assim também idsemagnimpos constrói a sum sincit quas et ipsundifelicidade. E paraalitemod isso é preciso tertium explabo. Ebit fugit, sitiae eicim mos um sonho, um plano, e nunca dem simus aut aut as perder esseeicit foco,qui saltar foraexpelit da nossa et porio. Offictur? Illaut quatur sa a zona de conforto e “apalpar terreno”. lendam Aniatur aut modi cuptat Só aí é que a magia acontece.

1021setembro 2012/ /09 09 janeiro 2012


CIÊNCIA

Arquivos religiosos nos Açores. Quo Vadis? TEXTO / Cristina Moscatel

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Temos assistido, ultimamente, a reportagens sobre os arquivos do Vaticano. A recente disponibilização pública de parte dessa documentação teve alguma culpa nesse súbito interesse geral pelos metros cúbicos de informação lá contida. Ora, e nós por cá? Bem, sabemos que os registos paroquiais (batismos, óbitos e casamentos) foram obrigatoriamente incorporados nos (futuros) Arquivos e Bibliotecas Distritais/Regionais após 1910; e também que após a extinção dos Ordens Religiosas, em 1834, as livrarias conventuais foram igualmente incorporadas nessas instituições. Não obstante, mais de metade dessa documentação (excetuando os registos paroquiais) está ainda por tratar arquivisticamente, pelo que o seu acesso é ainda uma matéria de “santa” paciência. O mesmo se poderá dizer do arquivo da Diocese de Angra. De livre acesso, sem dúvida, mas de acesso tão condicionado pela ausência de guias e inventários que nos guiem pelo geral da documentação existente. Não nos esqueçamos

Arquivo da Diocese de Angra, de livre acesso, condicionado pela ausência de guias e inventários que os documentos são o registo/memória das instituições. Naqueles metros cúbicos de papel ou pergaminho estão cerca de 500 anos da nossa história. Minha alma fica, pois, pasma quando se perde tempo a discutir a localização da Diocese ou se deveriam existir duas dioceses, etc. Entretanto, e enquanto não expiamos esta síndrome de rixa entre ilhéus, ficam por debater e resolver questões primordiais: a sua missão, recursos, meios e a manutenção do seu património, onde se incluem não só os bens imóveis, mas também os bens imóveis. Seja o seu suporte em ouro, prata, madeira ou papel e pergaminho. Tomemos atenção ao que se está a perder por falta de recursos e ao que não chega ao público em geral por falta de interesse. Interesse público, particular, institucional e político.


MESA

Speedy, Runner e Villa na Terceira

TEXTO / Joaquim Neves

… menos o picante que parecia xarope para a tosse que se dá aos bebés…

Novo “Arriba” em Angra

Quando Speedy Gonzales e o Papa Léguas e Sancho Villa resolveram visitar a Terceira e depois de tanta alcatra, peixe, sopas e até cozidos, as saudades de uma tortilha, nachos, guacamole, tacos, burritos ou um chilli, eram desesperantes. Imaginese um açoriano no México por exemplo. O México possui uma gastronomia muito variada, com diferentes pratos típicos, doces e bebidas tradicionais para cada estado, região e povo. A base da cozinha mexicana está em três produtos: milho, feijão e chili, um tempero feito com pimenta arbol ou passila, cominho, orégão e alho, usado para condimentar carnes, frutos do mar, cozidos e hambúrgueres. Mas é nas tortilhas que está a alma da cozinha do México. Tão antigas quanto o próprio país, são feitas de forma quase artesanal. No processo, os grãos de milho são cozidos, triturados e amassados até formarem uma massa consistente. Após modelada, é

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MESA

colocada sobre uma chapa quente até que fique dourada e flexível. Uma vez prontas, as tortilhas podem ser servidas das mais diversas formas possíveis: frias, quentes, fritas ou tostadas. Bem… o Papa Léguas que pedira uma tortilha de trigo com queijo só estranhou que a massa não estivesse bem passada, mas aqui não é México e talvez aqui se goste assim. Pancho Villa achou tudo bom, menos o picante que parecia xarope para a tosse que se dá aos bebés, enquanto nós personificamos locomotivas a vapor, corredores de maratona ou Madalenas em vale de lágrimas, com o piri piri deles, o nosso é refresco deles. Speedy Gonzales não se queixa de nada. Petisca, prova e fica satisfeito, desde que haja queijo. Tudo regado com tequila por entrada, digestivo intermédio e posterior. Pessoalmente não resisto a enfrascar-me com margueritas se me lembrar do dia nacional do México a 5 de Maio ou mais significativamente o Dia dos Mortos a celebração de origem indígena, que honra os defuntos no dia 2 de novembro, que Começa já no dia 31 de outubro e coincide com as tradições católicas do Dia dos Fiéis Defuntos e o Dia de Todos os Santos. Por isso este ano nada como celebrar México aqui na Terceira por fortes motivos “troikos”. Eu só pediria as tortilhas mais bem passadas. O pessoal é Speedy e Runner com atitude Villa sorridente disponível. Cores, cores, madeiras, esplanada (pst onde servem refeições, apesar de confusões de sim ou não, poder ou não poder, mas comemos e bebemos, pagamos e fomos embora). Nota: restaurante mexicano Arriba no Hotel Caracol de em Angra.

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Tortilhas: a alma da cozinha

Receita

Tortilhas de milho

Com 3 chávenas de farinha fina de milho (branco) tipo fubá; 1 colher de chá de sal. 2 chávenas de água morna. Numa tigela grande junte todos os ingredientes, acrescentando água de pouco em pouco até formar uma massa compacta, que se descole facilmente com as mãos, amasse por mais 5 minutos e deixe descansar por 1 hora, cobrindo a tigela com um pano; Divida a massa em 24 bolinhas do tamanho de um limão pequeno; Em uma superfície enfarinhada (farinha de trigo) com um rolo, desenrole cada bolinha até formar uma massa fina e redonda. Numa frigideira quente e sem óleo, a fogo alto, ponha a tortilla e deixe até que fique dourada dos dois lados. (4-5 minutos por unidade); Obs: Só comer a tortilla quente, as que sobrar guarde no frigorifico. Deve manter cobertas tortillas quentes com um pano de prato limpo. Somente utilize a massa que vai comer porque pode guardar as bolas de massa que restaram no congelador até três meses. Depois espete em cima o que desejar, nós por cá como somos do mundo qualquer coisa que nos saiba bem certamente cairá bem.


PALAVRAS

VINDIMAS TEXTO / Dias de Melo*

Ó Setembro das vindimas, Vindimas da uva escura! Não há, não, em todo o Pico Um mês de maior ventura! Bom Povo da minha aldeia, Povo da Terra e do Mar, Deixa os botes, deixa o gado, Neste mês é só gozar! Na Manhenha, no Calhau, Na Feiteira, nas Canadas, Há risadas nas adegas De bom mosto perfumadas. Sol que brilha…Cesto de uvas A passar pelo caminho… -Amigos! Nossa Alma é franca! Vinde comer um cachinho! De dia, festa das uvas - como são lindas as moças!— À noite, folga de estalo Junto à Canada das Poças.

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* Escritor e poeta natural da ilha do Pico (1925-2008)


CONSUMO/OPINIÃO

Envelhecer em segurança III TEXTO / Direcção Geral do Consumidor

Concluímos hoje a publicação de uma série de conselhos que a Direcção Geral do Consumidor (DGC) compilou na brochura “Envelhecimento Activo e em segurança”. Hoje, destacamos os cuidados a ter no quarto: “mantenha uma luz de presença no quarto e uma lanterna perto da cama; certifique-se de que tem

e s paço suficiente para s e movimentar à volta da cama; prefira tapetes antiderrapantes ou fixos ao chão para evitar quedas; tenha uma cadeira estável onde se possa apoiar ou sentar em caso de necessidade. Na casa de banho: coloque barras de apoio na casa de banho e instale pegas na banheira para se apoiar em caso de desequilíbrio; utilize na banheira um banco que seja devidamente apropriado para esse equipamento; coloque protecções autocolantes na base da banheira ou polibã para não escorregar. A DGC aconselha a instalação de corrimãos em ambos os lados das escadas; a não utilizar tapetes e passadeiras soltas, a colocar fita antiderrapante na extremidade dos degraus; a mantenha as escadas desobstruídas; e a aplicar interruptores no topo e na base das escadas. No que à alimentação diz respeito, os idosos devem fazer uma dieta equilibrada seguindo as recomendações da nova Roda dos Alimentos e a andar diariamente. As refeições devem ser pouco volumosas, equilibradas e variadas, servidas à temperatura adequada e de fácil digestão. Privilegie a sopa, os cozidos e os grelhados sem gordura, com pouco ou nenhum sal, acompanhados de legumes. A sobremesa deve ser constituída por fruta variada da época. Beba água com frequência e evite a ingestão em excesso de bebidas alcoólicas ou com gás.

VIAGENS Ao cerne das coisas XVII

A nova China TEXTO / Antonieta Costa * / antonieta_c@hotmail.com

MONUMENTOS A MANTER

Em 1994 estive em Guangzhou (antiga Cantão), terceira maior cidade chinesa (cerca de 13 milhões de habitantes), situada a pouco mais de 100km de Hong Kong e antigo porto comercial, cedido aos Portugueses no regime de monopólio de comércio em 1511, mas passando pouco depois, no sec. XVII, a outras mãos (Ingleses, Holandeses e Franceses). Apesar da aparente importância desta presença de estrangeiros (também em Macau e Hong Kong) na existência de uma China Imperial, ela seria insignificante, não fora o modo de ser dos chineses, habituados a respeitar profundamente a história: a do seu passado, de milhares de anos, e a que se vai construindo no dia a dia. Esse empenho salta aos olhos, mesmo de uma turista fortuita como era o meu caso, evidentes na integração do passado que se processa (rituais e festas), num comportamento natural e espontâneo. Assim aconteceu também com várias religiões (Islamismo, Cristianismo, Judaísmo, Budismo) para lá levadas. Nem mesmo o comunismo estatal que proíbe a religião conseguiu apagar esse entusiasmo do chinês pelo espiritual, onde se enquadra todo o seu passado multimilenário e que é incorporado no crescimento económico, através de uma curiosa síntese. A manutenção de monumentos como a Igreja do Sagrado Coração de Jesus ou a Mesquita de Huaisheng, não obstante a repressão religiosa que os coloca na clandestinidade, é testemunho da vontade popular. *Historiadora

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OPINIÃO

Ir a tribunal TEXTO / Pe. Teodoro Medeiros

Ao fim, consegue ser ilibado. Apesar disso, é um filme sobre perder o que se tem de mais precioso. Hitchcock usou várias vezes o tema do homem inocente que, sendo acusado, inicia uma aventura para se defender. Aqui, em O Falso Acusado, uma história verídica proporcionalhe mais uma instância do género. Henry Fonda é o protagonista deste drama de tribunal. Na realidade, a ação versa muito mais sobre a degradação da sua vida, a todos os níveis, do que propriamente o julgamento em si. Escolha acertada porque o ator carrega na fisionomia triste o peso da amargura existencial. Poucas vezes o cinema proporciona um rosto tão expressivo como aqui e os diálogos reduzidos abonam e muito a performance. Mais conhecido é Doze Homens Fechados com, cá está ele, Henry Fonda. Aqui acompanhamos o júri que tem de decidir sobre a culpa de um provável assassino. Tudo acontece: a destruição das certezas voláteis, a construção de um ambiente tenso, a desconstrução da identidade de personagens estabelecidos e o pathos necessário para comover um tigre adormecido. Com a fome de remakes e sequelas que anda por Hollywood nos dias que correm, admira não terem aberto os olhos para esta mina. Uma história que arrebata; a opinião da assistência que é desafiada e os twists necessários para criar emoções fortes. Deveria haver um prémio para o cinema introspectivo. Verdade que os anos cinquenta popularizaram a psicanálise e era a moda do dia. Verdade que a moralidade simples desses anos soa hoje a condescendência. O Facto é que nada disso interessa quando o drama arrebata e agita. Nota máxima. Philadelphia será o título mais difundido. Tom Hanks é advogado doente de sida

lavandarias

que luta, em tribunal, pelos seus direitos. Alguns desempenhos competentes mas uma certa lamechice previne resultados mais decisivos. Trata-se de um clássico dos tempos modernos mesmo assim. É muito mais pobre do que qualquer outro dos filmes falados neste artigo. Porquê? Porque tem óbvio, em letras maiúsculas, em cada frame da película. E quem não gosta de humor? Pois também aí Philadelphia se intimida facilmente. E é o próximo que redime todos os aspetos de um drama de tribunal e esse também: trata-se de Anatomia de Um Crime de Otto Preminger, uma obra interessante a vários níveis. E digamos já de partida que é uma espécie de percursor da série James Bond. Bogart já tinha estabelecido a imagem clássica de descontração e charme mas isto aqui é diferente. James Stewart, o colaborador de Hitchcock (não é inocente que ele já tivesse participado em A Janela Indiscreta). E este é um filme com muito tempo perante o juiz. Está tudo lá: o juiz que reprime os excessos, a antipatia quase visceral que a acusação atrai sobre si, as perguntas interrompidas, os especialistas convidados, as contradições geradas pelos mesmos elementos. Desde o início, o retrato do próprio advogado evita a economia de ter uma narração que se reduza à história do crime; é assim que se cria mais que um epílogo no mesmo filme. Não é em 007 que o beijo final é sempre tão importante como a ameaça desmontada? Antigamente sim. Anatomia assinalou também uma mediatização do tema da violação: Preminger não brincava e equilibrou os vários elementos. Um certo desconforto era compensado pela técnica narrativa (sempre em crescendo) e a intensidade dos atores. O trabalho da câmara tem detalhes sublimes.

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EMPREENDE DORISMO: FAZER ACONTECER


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O empreendedorismo, o trabalho por conta própria e a capacidade de gerar um negócio pessoal com base nos seus próprios recursos e nas suas próprias competências técnicas e académicas têm sido destaque neste século como matrizes de um novo modelo de inserção social e económica. Para o efeito, há que aprender a lidar com as mudanças que o mundo de hoje, por um lado, oferece e, por outro, impõe nas áreas profissional e pessoal. A U esteve à conversa com Pedro Sampaio, director da “Nesta Magazine”, que defende a criação de incubadoras de empresas nos Açores e refere a importância do papel activo das universidades nesse campo. Esse jovem angrense com residência fixa em Lisboa, recém-licenciado em Gestão, explica o conceito do empreendedorismo no sentido de “pequeno negócio” visto sobretudo “como objecto de realização pessoal”. Contudo, o sucesso para desenvolver um verdadeiro comportamento empreendedor passa por dominar duas grandes vertentes: a tecnológica e a experiência no estrangeiro. Assim, o futuro prevê-se auspicioso em matéria de crescimento económico, de desenvolvimento sustentável, e, quem saberá, de redução da pobreza.

TEXTO / Sónia Bettencourt sonia@auniao.com FOTOS / Sónia Bettencourt e Pedro Sampaio

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DESTAQUE


DESTAQUE

“Estamos a assistir a uma fase de mudança e há pessoas neste país que querem mostrar outro Portugal”. A afirmação é de Pedro Sampaio, director da nova revista on-line sobre empreendedorismo – “Nesta Magazine” ou, por extenso, “Nes Talking About”, surgiu em Março último, pela mão do Clube de Empreendedores da Univer-

Brasil, a Polónia, a Espanha e, ainda, os Estados Unidos da América. “Portugal é muito bom para testar por ser barato. Muitos jovens vêm até cá, permanecem por quatro meses, por exemplo, a testar negócios, e depois prosseguem o seu caminho e o seu trabalho noutras paragens”, explica Pedro Sampaio. E acrescenta: “Neste

Pedro Sampaio defende a criação de incubadoras de empresas nas ilhas

sidade Nova de Lisboa (UNL) – a Nova Entrepreneurship Society. Tem como slogan “há empreendedorismo” e como suporte uma plataforma noticiosa que pretende mostrar o que se vai fazendo nesse campo em terras lusas. “Porque existe empreendedorismo dentro de todos nós, porque todos somos capazes de criar e temos o direito de acreditar nos nossos sonhos e torná-los realidade”, considera o jovem natural de Angra do Heroísmo mas radicado em Lisboa há sete anos, à conversa com a U. E, portanto, uma vez que o empreendedorismo está ao alcance de qualquer indivíduo, engane-se quem julga que a prática do conceito mostra dificuldades em singrar no seio de povos cuja tendência, por norma, é (sobre) viver erradamente à custa do subsídio financeiro público. A propósito, Pedro Sampaio, licenciado em Gestão pela UNL e co-fundador do Clube de Empreendedores do mesmo estabelecimento de ensino superior, aponta a crise e a fase de mudança sentida de momento, à escala mundial, como “uma altura perfeita para lançar negócios”. Neste sentido, as novas gerações revelam-se pessoas bastante proactivas substituindo o habitual “queixume de tudo e todos” por “fazer acontecer” ao mesmo tempo que aprendem com os erros dos outros, diz o director da “Nesta Magazine”. Mudança de tempos e de vontades. O sonho passa por cunhar as ideias “made in Portugal” e fazer delas verdadeiras referências internacionais. Para o efeito, adianta, torna-se inevitável o estudo e o trabalho no estrangeiro. Predominam as ligações com o

momento verifica-se a afluência de indianos no nosso país; o Brasil revelase um mercado emergente. Está tudo a fervilhar”. CLICAR PARA EXISTIR Entretanto, a própria “Nesta Magazine” nasce por obra de jovens igualmente empreendedores, fazendo do seu produto o primeiro exemplo de quem procura parceiros para seguir percursos profissionais semelhantes. A partir dessa publicação de periodicidade mensal, e salientando que a equipa de trabalho cresceu de três para 14 elementos, Pedro Sampaio diz que todos procuram também ganhar competências na área; obter novos contactos; criar a sua própria carteira de clientes; entre outras aprendizagens e novos desafios profissionais e pessoais. “A revista pretende servir como fonte de inspiração e ferramenta de suporte, consulta e apoio para quem se interessa pelo tema e sonha ter um projecto próprio. Porque é realmente essa a grande mensagem que procura transmitir”, reforça.

Grupo de trabalho da plataforma

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Neste contexto, adverte, revela-se imperativo ter sensibilidade para as novas tecnologias, incluindo a interacção em redes sociais e o registo em várias plataformas reconhecidas como listas de menções. “Quem não aparece lá inscrito é porque não existe”, adianta Pedro Sampaio. Quanto ao estudo de mercado da “Nesta Magazine” e a sua perspectiva a curto e longo prazo, o jovem é peremptório: “Há mercado em Portugal e ao final do ano queremos ter a revista também em suporte físico”. “CHOCAR É VENDER” Questionado sobre os meios utilizados para melhor captar a atenção do público numa época em que a informação e as mensagens de entretenimento assumem variadas formas para invadir o quotidiano das pessoas, o director da “Nesta Magazine” responde de imediato: “Chocar é vender”. Em traços gerais, Pedro Sampaio explica que “a polémica e o marketing de guerrilha ficam na memória e tornamse virais” alcançando assim elevadas taxas de sucesso económico e social. Porém, salienta, “o choque situa-se na linha limite da ofensa”, e, portanto, “há que saber chocar”. “As campanhas devem ser muito estudadas e é preciso haver identificação por parte do público. Mas mais do que conseguir elogios ou críticas acerca de algo, o importante é falar”, considera. INCUBADORA No entender de Pedro Sampaio as ilhas dos Açores ocupam um lugar de pouca acção no campo do empreendedorismo. Reclama mais espírito de iniciativa e menos pessimismo quando o assunto é sobretudo “fazer acontecer”. Em primeiro plano, o director da “Nesta Magazine” considera fundamental o reconhecimento da “falta de sensibilidade para criar e para entender o que necessita de melhoramentos”. “Há falta de mecanismos e infraestruturas para as pessoas podem juntar-se, debater ideias, organizar tertúlias…O Governo não vai fazer por isso”, critica. Esse género de espaço, explica, denomina-se por “incubadora de empresas” e, na prática, através de associações e parcerias, servem de “laboratório” de potenciais projectos cujos utilizadores são os seus próprios autores. Não menos importante, ressalva, é a estrutura e o plano traçado para garantia a concretização dos seus propósitos. “A incubadora não é só para existir, tem de ter objectivos e deadlines a cumprir. Caso contrário não resultará”, remata Pedro Sampaio.

Edições da “Nesta Magazine”


LOJAS

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Revista U Rua da Rosa, 19 9700-144 Angra do Heroísmo tel. 295 216 222 / fax. 295 214 030 Email u@auniao.com Director Marco Bettencourt Gomes Editora Humberta Augusto Redacção João Rocha, Humberta Augusto, Renato Gonçalves, Sónia Bettencourt Design gráfico Frederica Lourenço Paginação Ildeberto Brito

Colaboradores desta edição Adriana Ávila, Adriano Moreira, Antonieta Costa, Bruno Ázera, Carmo Rodeia, Dias de Melo, Ethel Feldman, Frederica Lourenço, Joaquim Neves, João Aguiar Campos, Luís Filipe Cristóvão, Marisa Leonardo, Marisa Vieira, Paulo Brasil Pereira, Pedro Sampaio, Rildo Calado, Sandra Costa Saldanha e Teodoro Medeiros. Contribuinte nº 512 066 981 nº registo 100438 Assinatura mensal: 9,00€ Preço avulso: 1€ (IVA incluído) Tiragem desta edição 1600 exemplares Média referente ao mês anterior: 1600 exemplares

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ENSAIO

A dignidade da política I TEXTO / Adriano Moreira*

O tema da dignidade na política, tal como acontece em relação a todas as intervenções na vida social, tem em primeiro lugar relação com a definição do fenómeno identificador da política, e depois com a escala de valores que é variável, não apenas ao longo dos tempos, mas também na área cultural que estiver em exame. Quanto à primeira referência, a do fenómeno identificador, talvez possa admitir-se que é o que mais interliga todas as concepções, passadas ou vigentes: trata-se da conquista, conservação, e exercício do poder de governar a comunidade. A conquista pelo exercício da violência e força militar, quer em processo de expansão no sentido de submeter territórios e povos, quer no sentido de submeter a comunidade originária, tem essa referência identificadora, que celebrizou a obra de Maquiavel, o qual se limitou mais a descrever o processo do que a doutrinar sobre condicionamentos éticos dos agentes. Deste modo, o maquiavelismo ficou como uma corrente, de narrativa histórica volumosa, abrangente de procedimentos já não necessariamente militares e violentos, mas do exercício de enganos públicos e privados, de quebras de lealdades, em suma, de falta de autenticidade, isto é, de coerência entre o discurso e a ação. O século XX teve e sofreu exemplos devastadores desta atitude, que tem o êxito como valor, e o desastre ético como resultado final: o nazismo e o sovietismo foram molduras de conceitos estratégicos exercidos por homens que cultivaram minuciosamente o maquiavelismo. Foram essas tragédias, marcadas pelas guerras chamadas mundiais, mas de facto ocidentais, de 1914-1918 e 19391945, que fizeram regressar a importância do condicionamento do poder político, na conquista, no exercício, e na defesa, pela ética, e a tentar condicionar o processo da globalização pela ética internacional. Não se trata apenas de exprimir essa exigência em normativismos jurídicos, como são a Carta da ONU e a sua Declaração de Direitos Humanos.

Maquiavelismo fez corrente

O encontro de todas as áreas culturais em liberdade, que levou Kofi Annan a procurar, desde 2001, instituir o diálogo entre elas, tornou evidente a necessidade de formular uma Ética global, a que se dedica a Global Ethic Foundation, actualmente presidida pelo notável Hans Kung. Este, tendo sobretudo em vista a questão do Islão, vai propondo soluções pragmáticas, de modo a passar da imagem hostil à imagem da esperança, tema de que se ocupou o Parlamento Mundial das Religiões, reunido em 1999 na cidade do Cabo. O confronto das duas percepções, a maquiavélica e a ética, tem imediato reflexo no conceito normativo da dignidade na política. Exemplos contemporâneos são, designadamente, Mandela e Václav

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ENSAIO

Havel, o primeiro com o significado especial da trajectória entre a violência revolucionária e a santidade laica. E pondo em evidência que a dignidade na política implica a total devoção ao bem comum da comunidade, agora a tender para mundial, a autenticidade traduzida na coerência entre o discurso e a ação, a coragem de manter o eixo da roda, que são os valores, perante a adversidade, como fizeram líderes da guerra de 1939-1945, com destaque para Churchill e Roosevelt. O relativismo que atingiu severamente o ocidente, que colocou o credo do mercado no lugar do credo do civismo, o preço das coisas no lugar do valor das coisas, os valores instrumentais acima dos valores fundamentais, multiplicou os casos de fortalecimento da corrente maquiavélica, feriu severamente a relação de confiança entre governantes e governados, levou os povos a tratar os responsáveis políticos na terceira pessoa (eles), e afastou os melhores do exercício da política. O regresso à autenticidade como atitude dominante é, para além dos inevitáveis erros e fracassos, a mais urgente necessidade de restaurar a dignidade na política, e a relação de confiança entre povos e governantes. Quando João Paulo II proclamou Thomas Morus santo patrono de parlamentares e governantes, não ignorou que fora Chanceler da Inglaterra, assim como, ao elevar aos altares D. Nuno Alvares Pereira, não esqueceu que foi condestável do Reino de Portugal, e exerceu o poder militar contra os inimigos da independência do reino. Tratou-se, como escreveu Francesco Cossica a respeito do primeiro, de reconhecer os valores que serviram de cânone a toda uma vida, e, naquele caso, dando testemunho com a perda da vida. Esse cânone foi chamado virtude por Cícero e por Aristóteles, uma moral que se manifesta na política com a flexibilidade exigida pelos interesses a servir. Isto significa, no conceito, que, tal como

João Paulo II fez de Thomas Morus patrono de parlamentares

é evidente na esfera militar, é compatível com danos infligidos às pessoas (não só materiais), porque também o homem virtuoso é condicionado pelas circunstâncias. Muitos entenderam que o melhor discurso sobre a virtude se deve a Aristóteles, o qual, entre mais detalhes, a considera como a disposição de obedecer à razão contra quaisquer oposições, definir os objetivos da ação e não apenas os meios de agir, dando como exemplo a coragem prudente, que não evita o risco por ceder às tentações de evitar o dever, tomando a honra como motivo sejam quais forem as circunstâncias. *Presidente da Academia das Ciências de Lisboa, Prémio Árvore da Vida-Padre Manuel Antunes 2009 In Communio, 2012/1.

A virtude segundo Aristóteles

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FOTÓGRAFO

AURORA TEXTO / Ethel Feldman* FOTO / Bruno Ázera

Aurora tinha descoberto o infinito, onde as paralelas encontram-se, estreitando o intervalo da existência. Todos os dias, Aurora procurava encontrar a razão que a impedia de voltar a escrever. A mesa encostada à parede? A janela longe do olhar? Os dias que eram cada vez mais estreitos? De madrugada acordava suada, com falta de ar. O médico avisava: - A senhora tem uma doença respiratória obstrutiva. Com apneia do sono, tem de dormir com o auxílio de uma máquina… - Já durmo … - É um CPAP ou um BiPAP? - Não faço a menor ideia. Sei que deita tanto ar que me sufoca. Antes, o medo de morrer era o incentivo para colocar a máscara, ligar o aparelho e

ouvir a sua respiração. Quando a morte deixou de ser assunto interno, passou a rezar para que o passado regressasse ao tempo em que respirar era fácil. Quase um ano sem ter nada para dizer, senão tentar manter-se inteira entre paredes opostas. Aurora tinha descoberto o infinito, onde as paralelas encontram-se, estreitando o intervalo da existência. Escreveria todos os dias, se não ocupasse o tempo a refletir sobre quantas pessoas teriam sapatos. Quantos descalços no mundo? Passava os dias à janela para descobrir quantas pessoas caminhavam com sapatos azuis. Em cada meia-hora, quantos foram aqueles que não passaram pelo seu olhar? - Traga a máquina que a enfermeira Carla acerta a pressão… Distraída, deixou que a cabeça sugerisse o sim. Deixou cair a carteira. Quatro sapatos brancos ocuparam a sua atenção. - Dona Aurora, só tenho 15 minutos por consulta… Neste lugar onde a poeira faz cama e rouba o ar, Aurora morreu devagar.

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*Escritora


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OPINIÃO

Onde o tempo É Outro TEXTO / João Aguiar Campos

As férias trouxeram-me à serra. É certo que, por razões familiares, por aqui passo com muita frequência; mas as férias permitiram duas semanas de presença, traduzidas em conversas mais longas e observação mais paciente. Vi o óbvio: uma população envelhecida, passeando achaques e olhares tristes. Muitos, procurando na memória nomes e acontecimentos para alimentar diálogos. Num passeio a meio da manhã, o cenário é o mesmo todos os dias: do interior das casas escorre o som das rádios ou televisões. O volume demonstra as dificuldades de audição dos moradores. Alguns assomam ao patamar das escadas, para ver se passa vizinho com quem possam trocar frases doridas. Fui, nestes dias, ouvinte disponível; e confesso que, de tanto ouvir, sinto uma neblina incómoda a perturbar-me o olhar. É que estas pessoas sentem-se afastadas de tudo e esquecidas por quem as devia lembrar...Mas confessam-no com a resignação de quem parece ter abdicado de todos os direitos. “Que é que a gente há de fazer? Eles é que mandam!” No pronome estão todos os que governam; do mais próximo ao mais distante e decisivo escalão do poder. Mal lhes sabem os nomes e não percebem que mal lhes fizeram para “não ligarem nada à gente”, nem explicarem porque “levam tudo cada vez para mais longe”. Uma senhora, que quase andou comigo ao colo, faz a declaração mais agressiva: “O diabo carregue essa gente, que só nos deixa o cemitério!...” Quem me lê pode estar tentado a afirmar que carrego nas tintas. Olhem que não; olhem que não. Pelo contrário, respeito o pudor da maioria que faz do encolher de ombros a forma mais visível de manifestar o que lhe vai na alma. Estes idosos - mas é de idosos a aldeia - estão sem agenda nem calendário, como se lhe tivessem alterado os dias. “Até o domingo passou para o sábado à tarde”, comenta o ti António, que não vê modo de se habituar ao novo horário das missas que o pároco teve de adotar, para servir diversas paróquias. Quando converso com ele, a televisão da cozinha mostra o “Verão total” em Lousada e um carpinteiro artesão explica trabalhos expostos sobre uma mesa. “Está a ver aquilo ali? Vai uma aposta em como mais de metade dessa malta que para aí anda a mandar na gente não acertava dois nomes seguidos de uma alfaia agrícola? E nós é que somos os parolos!” Vou regressar a Lisboa, com a neblina que acima confessei. Com a certeza de que, daqui a uns meses, nada terá mudado para melhor. Mas também com uma outra certeza: a resistência e o orgulho desta gente ofereceunos um país que era bom preservar... Por isso lhes dedico este texto, escrito encostado a um bloco de granito, num pedaço de terra onde o tempo é outro. 10 setembro 2012 / 25


PARTIDAS

Ilha da Pedra TEXTO / Luís Filipe Cristóvão FOTO / Marisa Vieira

Foi na Ilha da Pedra que aprendi a tornar poesia tudo aquilo que pertence ao mundo dos homens. O vinho, as conversas sérias, a comida feita num braseiro, à porta da adega. Por ali aprendi a olhar as árvores, ao longe, e entendi que o mar é uma linha imaginária que se escreve na distância. Foi tam-

bém por lá que me olhei, enfim, dentro de palavras que antes eram indizíveis num poema. Não se chega facilmente à Ilha da Pedra. A estrada é apertada e cheia de curvas. O muito que sobes e desces só se faz dentro de um carro que vai resvalando pelo caminho. Não se pára o carro ao chegar – antes se o arruma junto a um muro e para lá do muro está um dos lados do infinito. Se chovia, a Ilha da Pedra era uma gruta. Os homens, em volta do candeeiro de petróleo, a verter o vinho de pipas antigas para pequenos copos, canivetes cheios de história a recortar queijos secos, pães grandes a serem repartidos pelos cantos da mesa. Se fazia sol, a Ilha da Pedra era o topo do mundo. Acendiam-se as brasas e assavamse caracóis grandes, cobertos de sal, logo comidos com cuidado, para que não se queimasse as pontas dos dedos. E o vinho corria como festa pelas goelas de quem ensaiava rimas à desgarrada. Não se chega facilmente à Ilha da Pedra. Um lugar quase só memória. O muito que se sobe e desce só se faz fechando os olhos e todas as certezas se tornam rarefeitas no caminho. Não se pára

União Gráfica Angrense Unipessoal Lda. publicidade@auniao.com Rua da Rosa, 19 9700-171 Angra do Heroísmo Telefone: 295 214 275 Fax: 295 214 030

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ao chegar – antes se fica colado a um muro e para lá do muro tudo o resto é infinito. Foi ali que me olhei dentro de palavras que antes eram indizíveis num poema. A distância passou a ser uma proximidade e a proximidade algo que se inventa a cada passo, a cada trago. As paredes grossas, o animal feito alimento, as palavras e os sentidos, o vinho. Foi na Ilha da Pedra que aprendi a tornar poesia tudo aquilo que pertence ao mundo dos homens.

Não se chega facilmente à Ilha da Pedra. A estrada é apertada e cheia de curvas. O muito que sobes e desces só se faz dentro de um carro que vai resvalando pelo caminho

Um lugar quase só memória

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ENTRETENIMENTO ÓCIOS / OPINIÃO / OPINIÃO

“As dificuldades e obstáculos são matériaprima para o verdadeiro empreendedor.”

“Citação e/ou frase aqui.”

Carlos Hilsdorf

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QUESTIONÁRIO

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AS MAIS VISTAS A MACONCESSIOÇONARIA NAR UM CAINFLUNAL DA RTP ENCIA A A PRIVADOS POLÍTICA É BOA SOLUPORTUÇÃO? GUESA?

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808 vagas preenchidas Título Aqui MAIS PROFESSORES COLOCADOS EM 2012/2013

OPINION ARTICLE HEADLINE COVERAGE

ci piscit verro quibus repre magnat magnam sunt dis nam quo dolorum quature scitium quatesto mos alicti rendiae similibere, cus, simusant, sae cum as sam ipiende rfernam se pro eicatibea quosa nonsed evendamet maximpo reicabo ritibusci sequostia nobitae ctoribu sciaeca boratquatem arum re repudit voluptate sus quiasi apereri onsent aliquatem illiquis est, sam qui demporporpor as dolectis aut quisque molupti assincti sit, ut labo. Bis derchil ilitam sit ped mi, officab ipsant est veleseq uodiamus es ilibus, ommoluptatur aci andam et alit TEXTO / Frederica Lourenço aut volorep ellendaero dolore mod et I am a fan of Corat res et pore, siminis et debitas ulparum incias molorro to blaboria imporrundis dolorem denihil iundis simoluptate nostion sectene vent vid explacias am, seque dolupta tem- undam ium qui quide consed quisTEXTO / Frederica Lourenço qui quaspellandi debis a non eatur, im sequatus magnien imint, que re quo lam reped ut aliquo omnit aut quae- moditate volore laut asitatus, quiareconhecido e apreciado além-fronteiras e, consecea voles aut occus ut quatem diation temos veneto restia corunt. quentemente, “dar aque conhecer país quequia produz este poratem excearumquid que produto sequaere Ciendio con rehenis ipsunt ullupta si de qualidade, os seus produtores, as castas nonseque niet explitio blabo.nacionais, Bo. Nam, o enoturismo net dolore que nosexiste assitatqui rerrovi de norte a sul dido te sant exerit remodit volore nimod cidunt, quatur rectiumque rem que país” – pode ler-se no site da Portuguese Wine Cellar magnatat anit adi quo commolectur netur? Acerum eicae voluptiore miÉ uma nova aplicação, e (PWC). aut ium non pedignam invelenim vonihillabo. omnihicitate nihilit A PWC apresenta maisVitatus, de 500 vinhos, bem como inestá disponível para iPhone, luptat. Hillabor alibea con repremquid qui ut et volor audae quam essunti formação pormenorizada sobre a cultura, tradição e iPad e Android. endes sande dunt eaturibusdam aut ossum, omnim hic totat. Uga. Itatem Acessível em português e geografia associadas à sua produção. rest rernam quid eatem sunditasped alibus dolo tem. Lesciam evelectur inglês, de modo a chegar Está prevista a actualização regular da base de dados que mi, odion por arciae maio. Itatisanihiciae pos porum, si temporr ovi“ao maior número possível da aplicação, que tem ainda disponível uma versão bus, si odit ist, quae ditatemgrátis nos com nes 50dunt iatqui utenis nis et volupiene voreferências seleccionadas e funcionalide utilizadores”, esta nova dignatur, quaepro dustibus eatem lupta denduci llaces sinum, occus aut “app” foi desenvolvida com dades limitadas. É caso para dizer que um vinho portuquis auta aliatiatum net volorerum, volendi blaborem fugiaecupici o intuito de divulgar o vinho guês vai muito bem com as novas tecnologias. consed que rere occuptature experwww.portuguesewinecellar.com

PORTUGUESE WINE CELLAR

português, cada vez mais

maio 2012 / 28 1007 setembro 2012 / 28


CULTURA

TRIPLO SALAVIZA

Luxúria vs Bem-estar!

O pequeno auditório do Centro Cultural de Angra do Heroísmo recebe, a 12 de Setembro, mais um Amostra-me Cinema Português. The Simple Living Network, é um grupo electrónico que apela á simplicidade da vida, perante o estrondoso consumismo paralelo á quebra de rendimentos. Todos os estudos até hoje efectuados 12 SETEMBRO comparando a felicidade de quem tem Na edição deste mês serão uma vida luxuosa exibidas três curtas-mecom os que de pouco tragens de João Salaviza. vivem, nenhum estu“Arena”, premiada com do indica que quem a Palma de Ouro no 62º é mais rico têm mais Festival de Cannes, conta a felicidade. Existe, história da prisão domicilisim, facilidades, mas o resto advém do interior, da sinceridade, da partilha. Este ária de Mauro e a ligação com três jovens do seu bairro. grupo encontrou vá“Cerro Negro” narra um dia de visita na prisão de Santarios indivíduos que rém, pela perspectiva de Allison, o recluso, a sua mulher tiveram profissões e o filho. de elevado estatuto Finalmente, “Rafa” vencedora do Urso de Ouro no Festie abandonaram esval de Berlim, aborda a viagem do seu protagonista para sas vidas artificiais, Lisboa onde aguarda que a sua mãe seja libertada. trocando-as por vidas simples em vilas, dedicando-se ao exercício físico, á família, aos amigos, ao espiritualismo, e que essa modificação traduziu-se em saúde mental e física. Temos em nossa vida, a oportunidade de progredir como ser humano! Um olhar maroto, um obrigado, o vencer num jogo, a boa nota no teste, o beijo molhado, a imagem no espelho que reflecte a nossa beleza, o Encerra a 14 de Setembro no Museu Carlos Machado, pão acabado de sair em S. Miguel, a exposição da artista chilena Magaly do forno, a música Ponce, InSight-s: Uma Instalação em três Continentes. preferida, o livro da A exposição reúne o trabalho desenvolvido por Pon- nossa vida, recordar ce ao longo de dois anos em que esteve envolvida na um momento, tudo observação de baleias ao largo de Plymouth, Massa- isso é-nos dado grachusetts, contribuindo para a New England Coastal tuitamente! E sabeWildlife Alliance (NEWCA), uma organização sem fins nos para toda uma lucrativos que se dedica a proteger e conservar a fau- vida… momentos esna marinha. ses com nós próprios Inspirada no historial baleeiro das zonas costeiras, ou partilhados com Ponce, que reside há seis anos em Providence, Rhode alguém em especial. Island, concebeu uma exposição multimédia usando A simplicidade é a uma variedade de métodos de comunicação visual e chave da felicidade! auditiva, como o vídeo, a impressão, escultura e graComo “Amante da vações sonoras para incentivar o espectador a merguSociedade”, deixolhar na história, cultura e biologia do maior, e ainda em vos a pensar neste muitos aspectos, o mais misterioso dos mamíferos da tema com um novo Terra. olhar!

CINEMA PORTUGUES

INSIGHT-S

10 setembro 2012 / 29


CULTURA

Cut Copy TEXTO / Adriana Ávila

Coletivo oriundo da Austrália, que conta com a presença de Dan Whitford, Tim Hoey, Mitchell Scott e Ben Browning. Este grupo nasce em 2001 e em 2004 lança o seu primeiro disco de originais “Bright Like Neon Love “ pela Modular Recordings, editora também de origem australiana. Já com quatro álbuns editados, os cut copy ainda se encontram a promover o seu último disco “Zonoscope” lançado no ano transato e também denominado o melhor álbum de música eletrónica nos Grammy Awar-

LOVER MOTION ds de 2012. No passado Março o baixista dos Cut Copy, lançou a solo o EP Lover Motion. Todas as informações sobre esta banda em. http://cutcopy.net/.

EU JOGO, TU JOGAS Tem lugar entre 10 e 13 de Setembro a última actividade das Oficinas de verão na biblioteca, em Angra do Heroísmo, desta vez dedicada a “Eu jogo, tu jogas, ele joga…” A iniciativa destina-se a crianças dos 6 aos 12 anos em torno de temas suscitados pelos livros patentes nas exposições de verão.

RAVEL E DEBUSSY A Temporada de Música dos Açores está de volta a Angra do Heroísmo com um recital de música de Câmara no dia 14 de Setembro, pelas 21h30, no Palácio dos Capitães-Generais em Angra do Heroísmo. Durante a noite serão interpretadas obras de Maurice Ravel e Claude Debussy, interpretadas por Aníbal Lima no violino, Paulo Gaio Lima no violoncelo António Rosado ao piano. O concerto repete-se nbo dia a seguir, no Palácio de Sant’Ana, em Ponta Delgada, a partir das 21h30.

LER EM CASA “50 poemas” de Tomas Tranströmer, “Europa : uma antologia” de Onésimo Teotónio Almeida, “Assassino sem rosto” de Henning Mankell, “Cosmópolis” de Don Delillo, “Os dissabores do verdadeiro polícia” de Roberto Bolaño e “O escritor-fantasma” de Zoran Živković; são as novidades de Setembro do empréstimo domiciliário da Biblioteca de Angra.

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OPINIÃO / AGENDA

To etur modioruptas dolorem aborehe niatin eum et esti bla qui cuscim lisi dolupta ectur? Am, vide estrupt atureped mos sus que voluptas dolor mi, omnihici consecum dolorectium ipsaper chitatet ommolup tiberci psumque doloreptas imusam faceseque volorru ptiant demquat ibernat. Fugitaquis dolorep udigend ucius. Intio omnis a volentur alitiorum escipsa ecuptatus iunt volupisqui beatemporrum et ut destibus alis sequibus destiis eost, saest ut que nonsequi TEXTO / Rildo Calado nes rem vollacc atecae rem solliatius sunto et Youth ium ad qui debit, veniasp O brOnks Theatre é composto por duas salas interligadas um eixo de isquament, que sequipor alitius restiae circulação central. Tem uma escadaria volupta ecepudis milicip sandus et em forma de dupla hélice com portas de facid tem volluptis dolentures batentemo (revestidas a espelho) em cada evelluptatur res sequi que occum rem-o um dos pisos intermédios, regulam uso das salas em múltiplas ped quat in parci re labo.perspectivas Ro intemdiferentes, dando-nos a ilusão que estas po rporem volorum videsto tet utem flutuam na luz. À parte da escadaria cenium rerum eium ipit, que tral, adolorro restanteium circulação no edifício faz-se através de rampas, que nos et dãoalitat uma sum a dolupic tem quodit sensação ptatqua virtual de eritinv infinito. endunt quia imoloru

WORLD ARCHITECTURE FESTIVAL 2012

©Filip Dujardim

OPINIÃO / AGENDA

OPINION ARTICLE HEADLINE

TEXTO / nome jornalista

doloreium est, offictur, eosantumene saerum, es maios voleceperum faci nectatur repedig enditibus modi cor sitatur, cum hil ipsae quias sapissunt. Obitatur recabor am harum fuga. Otatemque incil intur aspe verovitam WAF AWARDS 2012 iur moluptatur, con pelest maximil loShortlist 2012 rest, omnis re voloribea derum sinciis Categoria: Edifícios completos dis prem. Nam doloristrum aut harum Subcategoria: Culture dolorror si odis dit minum eumquia Projecto: brOnks Youth Theatre debis maximolores nonsed et qui Localização: Bruxelas, Bélgia blab imos aut omnisquam sectia pe Atelier MDMA Architects Ugia doluptur sum sequia aut et re, www.mdma.be quaersperum nia dolo occum

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PEDRA VULCÂNICA Lores aut quidebis dis nitatem et que pel ime nossequam, officae cesecto João etumFurtado rae quibus acesto O artesão terceirense expõe cerquaspiet faccum iligenimi, sam et, quidebitis ca de 300 trabalhos em pedra vulcânica, a antia partir de hoje e até ao final deste mês, na gale-

TITLE HERE

JOÃO FURTADO

dolorestibus consequate entus quo ria da int Delegação de doluptiatus dolo earum Turismo de Angra do rem arum volora vita Heroísmo. arum reictissi utatae. Na mostra estão peEt aborero cone etur, ças recolhidas por cuptatem quenacomJoão Furtado ilha moluptas quiae et, coveTerceira, numa liqui accusam facculp lecção que é, segundo o próprio, “a

TITLE HERE ANGRA do HEROÍSMO ariorum vel il es volor simus, core quistib eribus

voluptisdoearum vendae cum exerum arum quiant. maior pais deste género”. Ehendit, sinto verovitio. Ut est, ut incid polvos, quas inullor Cães, gatos, macacos, caranguejos, enestiusa picaboremque nonsed quibearum que est, tre outros são algumas das formas em pedra quiasped eos auditem poreptas doloriti omnimpovulcânica que se podem ver nesta exposição. riate Furtado invellaut já expediciis quiascolecção mos samnaalite quid João expôs a sua I Semaquas ella Lit et qui debis magnates dolupta erfe na Cultural das Lajes e no mês passado durante as Festas da Praia da Vitória.

Xeratem quost autemos dipsam ut imagnam, offic totatur? Quiditam alia iducidentia “Cinco dias sie tias millupis et ommeio” é o título do nim ex enis eost álbum de as estreia eosaper a solo deibeaquo Miguel ma del ipis ad Araújo e foidolor gravaeument, condias cordo em cinco e ectatiam dolorese meio, como o própratiant quam que prio título indica. volo molorro ex et O primeiro single vit disco, qui ditessundo “Os Madi unte nate ridos dasella Outras”, nobitatem tem atingido quis requossimodia quis sultados invulgadelisci psapedi res para um álbum beritem ilit inde estreia quis a solo. venis consequ unSenão veja-se: endignam aut most, contra-se, desde cum fugition eium a data de edição, eratur res ipsamus entre os 5 temas eatumvendidos etur sapitat mais nas iaecaep udaeraplataformas digitiatur notais emaditatis Portugal. bitib usante qui as Para (re) descobrir rersperae ex no dia 22 latis de Seexerae. Ipicipitium tembro no Teatro que et, quatur res Micaelense a partir das 21h30.

07 maio 2012 / 31 10 setembro 2012 / 31



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