29HORAS - janeiro 2021 - ed. 132/06 - Campinas

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Rafa

Kalimann Ícone de beleza e solidariedade, a ex-BBB agora é atriz da Globo

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JANE I RO 2 02 1

Sumário

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# 1 3 2 /06 JANEIRO 2 02 1 WWW.29HORAS.COM.BR

Hora Campinas

@29horas

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Passeios de balão em Boituva, no interior de São Paulo

@29horas PUBLISHER Pedro Barbastefano Júnior CONSELHO EDITORIAL Chantal Brissac, Clóvis Cordeiro, Didú Russo, Georges Henri Foz, Kike Martins da Costa, Luiz Toledo, Paula Calçade e Pedro Barbastefano Júnior REDAÇÃO Paula Calçade (editora de redação); Kike Martins da Costa (editor contribuinte); Rose Oseki (editora de arte) COLABORADORES Alberto Takaoka, André Hellmeister, Chantal Brissac, Georges Henri Foz, Greg Estrada, Júlia Storch, Juliana Simões, Karen Suemi Kohatsu, Luiz Toledo, Nadhine França, Pro Coletivo, Tecla Music Agency P U BL I CI DADE CO M E RCI AL comercial@29horas.com.br EQUIPE: Rafael Bove (rafael.bove@29horas.com. br), Angela Saito (angela.saito@29horas.com.br) GERENTE REGIONAL Giovanna Barbastefano (giovanna.barbastefano@29horas.com.br) CAMPINAS – Marilia Perez (marilia@ imediataonline.com.br), Mariana Perez (mariana@imediataonline.com.br)

JORNALISTA RESPONSÁVEL Paula Calçade

2 9 H OR AS é uma publicação da MPC11 Publicidade Ltda. A revista 29 HOR AS respeita a liberdade de expressão. As matérias, reportagens e artigos são de responsabilidade exclusiva de seus signatários.

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Vozes da cidade

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Dicas gastronômicas de um morador de Campinas amante da cozinha

Kalimann

Ex-BBB consolida popularidade e se prepara para estrear como atriz

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ASSISTÊNCIA COMERCIAL Hanna Mercaldi (hanna.mercaldi@29horas.com.br)

Foto da capa: Guilherme Lima FOTO RENAM CHRISTOFOLETTI

RIO DE JANEIRO – Rogerio Ponce de Leon (rogerio.leon@viccomunicacao.com.br)

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Agora é agro Relatório do IBGE revela perfil agrícola do país MISTO

A TIRAGEM E DISTRIBUIÇÃO DESTA EDIÇÃO SÃO AUDITADAS PELA BDO.

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Av. Nove de Julho, 5966 - cj. 11 — Jd. Paulista, São Paulo — CEP: 01406-200 TEL.: 11.3086.0088 FAX: 11.3086.0676


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CA PA

FORA DA

casinha FINALISTA DO BBB20, A INFLUENCER MINEIRA RAFAELLA KALIMANN SEGUE ARREGIMENTANDO NOVOS SEGUIDORES, SE PREPARA PARA ESTREAR COMO ATRIZ E DÁ UMA DICA BÁSICA PARA QUEM QUISER SE DAR BEM NO REALITY-SHOW

POR

N

KIKE MARTINS DA COSTA

ASCIDA EM 1993 NA PEQUENA CAMPINA VERDE, no Triângulo Mineiro, Rafaella Freitas Ferreira de Castro cresceu, se transformou em Rafaella Kalimann, ganhou o mundo e hoje tem quase 20 milhões de seguidores no Instagram. Segunda colocada na edição 2020 do “Big Brother Brasil”, ela ficou nacionalmente conhecida como fada sensata e como ferrenha defensora dos direitos da mulher durante o período em que esteve confinada na Casa do reality-show. Senhora de seu destino e dona de seu corpo, Rafaella é uma referência para garotas do país todo com seu visual turbinado por silicone, botox, apliques capilares e tatuagens. Em seu ombro esquerdo, tem gravada na pele a frase: “Espalhe a luz”. É isso o que ela faz: ilumina o cotidiano de suas seguidoras com fotos e mensagens inspiradoras. A influencer mora em Goiânia, mas tem também um apartamento em São Paulo e, em breve, deve ganhar um endereço no Rio de Janeiro – em maio do ano pasado, ela foi contratada pela Globo para eventualmente atuar no remake da novela “Pantanal” e protagonizar uma produção na plataforma de streaming Globoplay. Em conversa com a reportagem da 29HORAS, Rafa fala de sua trajetória, da preparação para sua estreia como atriz na TV e ainda aproveita para dar algumas dicas a quem quiser ter uma boa performance em um reality-show.


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CA PA

FOTOS ARQUIVO PESSOAL

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Da adolescência, quando só pensava em desfilar, à maturidade, com seu trabalho junto a crianças na carentes na África, Rafa mostra sua evolução como ser humano

Desde pequena você queria ser modelo, estar sob os holofotes? Quais as primeiras manifestações desse desejo que você deu em casa ou na escola? Sempre se achou bonita? Que parte do seu corpo não gostava? Isso nasceu comigo, não é algo que a certa altura despertou em mim. Desde os 6 anos de idade já colocava os meus pais sentados no sofá e desfilava para eles, como se eles fossem uma plateia que estava ali para me ver. Na adolescência, achava que as minhas pernas eram muito grossas e que não estavam dentro do “padrão”. Depois cresci, desisti de me encaixar nesses padrões e passei a aceitar o meu biotipo. Não queria mais ser como fulana ou sicrana. Decidi ser a Rafa. Você veio para São Paulo bem jovem, para modelar. Que memórias você tem desse tempo? Vim para São Paulo com 14 anos, após ser selecionada em um concurso que recrutava jovens modelos para bookers e agências do Brasil e do exterior. Foi uma fase muito difícil, com pouco trabalho, baixa remuneração e uma vida cheia de privações. Sou de uma família humilde, e o dinheirinho que o meu pai conseguia mandar para eu me sustentar não era

suficiente nem para as coisas mais básicas. Deixei de participar de castings porque não tinha a grana da condução. Um dia, quando percebi que o meu sonho não estava evoluindo e que eu estava apenas lutando para sobreviver, resolvi dar um passo para trás e voltar para a casa dos meus pais.

De volta a Minas, passou a dedicar seu tempo para se tornar uma influencer. Quem eram as suas ídolas naquele momento? Sua conterrânea Thássia Naves foi uma inspiração para essa guinada? Assim que voltei, entrei na faculdade de Psicologia. Mas eu ainda adorava desfilar, então comecei a postar meus looks no Instagram. Meu melhor amigo fazia as fotos e eu modelava. A Thássia foi, sem dúvida, uma grande inspiração. Ela e outras poderosas blogueiras, como a Camila Coelho. Notei que havia um potencial nessa comunicação pelas redes sociais. Me aprofundei, estudei e tentei achar um nicho para mim. Me encontrei quando comecei a trabalhar no segmento de moda no atacado. Aí meu perfil no Instagram decolou tanto na quantidade de seguidores como no número de marcas interessadas em se associar ao meu nome.

Em 2013 você começou a atuar como embaixadora da ONG Missão África. Como você se envolveu com esse bonito trabalho? Quando retornei à casa dos meus pais, não estava feliz. Mas estabeleci uma conexão muito forte com a fé, com o divino, com a palavra de Deus. E aí surgiu no meu coração um desejo de missionar. Um dia, uma conhecida postou que estava indo para a África fazer um trabalho humanitário. Entrei em contato com ela e fui muito bem recebida na ONG da qual ela fazia parte, a Missão África. Promovi um bazar para juntar os recursos necessários para financiar a minha viagem e, poucos dias depois, embarquei para Moçambique, para ajudar as populações carentes de lá. Chegamos a uma comunidade devastada por um ciclone. As pessoas estavam famintas e saquearam o nosso caminhão, que estava levando comida, remédios e água potável para eles. Todos estavam desesperados e não aguentaram esperar. Vi que precisava fazer mais por aquela gente, e armei uma vaquinha no meu Instagram, na expectativa de levantar R$ 400 mil em quatro meses. Nos primeiros três dias, angariamos mais de R$ 700 mil! Mais uma vez, ficou claro para mim que as redes sociais não são apenas um espaço


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para vaidades e negócios, é também uma poderosa ferramenta de mudança social. Ela ajuda a promover o bem, quando as intenções são boas e o trabalho é sério.

Aí, no final de 2019, quando você já tinha 2,9 milhões de seguidores, surgiu o convite para participar do “Big Brother Brasil 2020”. O que a fez aceitar? Ficou com medo de “sujar” a sua imagem? Quando recebi o convite, minha primeira reação foi sentir muito medo. Sempre amei o “Big Brother Brasil”, mas a exposição que ele provoca é algo assustador. Por um bom tempo, fiquei pesando os prós e os contras. Decidi aceitar porque aquele era um sonho que acalentava desde a minha infância. Não seria correto correr da raia. Eu queria muito vivenciar aquela experiência! E não me arrependo de nada. O programa é muito bem-feito, a produção é muito cuidadosa. É isso que faz a gente se soltar, se entregar. Eu aceitaria passar por tudo aquilo de novo, quantas vezes me chamassem. A certa altura, você passou a liderar a ala das “Fadas Sensatas” lá na casa do “BBB20”. Quando foi que você teve o clique para assumir esse papel? O que te impeliu a confrontar aqueles machinhos tóxicos? O clique veio de longe, lá de quando eu cheguei a São Paulo ainda menina e tive de enfrentar um universo machista e opressor. Desde essa época eu passei a

exigir respeito. Naquela situação específica, a treta dos meninos nem foi diretamente comigo, mas todas nós demos as mãos e fomos para cima. Mexeu com uma, mexeu com todas! Não dá para admitir aquele tipo de comportamento. Ensinamos para eles o significado das palavras empatia e sororidade.

Quando a pandemia chegou ao Brasil, você estava confinada na casa do “BBB20”. Quais pensamentos vieram à sua mente quando soube do que estava acontecendo aqui fora? Percebemos que estávamos literalmente em uma bolha, isolados mesmo de todo o resto do planeta. A produção foi muito cuidadosa, nos sentimos muito protegidos, mas não tínhamos noção da gravidade da situação. Fiquei muito preocupada com meus pais, com meus avós e com as pessoas que ajudamos lá na África. Mas eu só entendi mesmo a real dimensão do problema quando saí da casa. Até aquele dia, a Covid havia matado menos de 5 mil pessoas no país. Hoje, já são quase 200 mil vidas perdidas! O que você aprendeu no "BBB"? Vivemos em um mundo absolutamente polarizado e dividido. A convivência lá dentro era pior do que aqui fora? Vocês descobriram da pior maneira a importância da tolerância? É transformador. Aprendi a importância da tolerância desde que vivi em repúblicas de modelos, com tanta gente diferente em um mesmo lugar. Lá dentro da casa do “BBB20” eu cresci muito. Me conheci melhor, senti o quanto é necessário ter fé, descobri o quanto eu gosto da minha família, adquiri muita inteligência emocional e aprendi a lidar melhor com a pesada pressão psicológica. Me diverti,

Com o namorado Daniel Caon: amor! Com a cantora Manu Gavassi: amizade! E com Thelma Assis, a campeã do "BBB20": admiração!


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vivi intensamente cada momento e tirei lições positivas até das situações mais desagradáveis. A polarização do mundo atual estava lá dentro também. E a convivência lá na casa é complicada porque ninguém está ali a passeio. Existe uma competição, existem os egos, existem as provocações, as estratégias, os segredos...

Quais dicas você pode dar para quem quiser ganhar o “BBB”? Se posicionar é importante? Sempre? Minha dica é óbvia, mas é absolutamente verdadeira: seja quem você é. Não dá para enganar o público quando sua vida é acompanhada por dezenas de câmeras 24 horas por dia. Lá dentro até dá para você eventualmente iludir algum dos brothers, mas quem está assistindo aqui de fora fica sabendo de tudo. Se você encarna um personagem, fala uma coisa e faz outra, as câmeras te desmascaram e você logo é tachado de falso. E é importante também ser leal. Quem joga sujo logo é julgado e condenado pelo público. Ah, e por último, eu acho que é primordial se posicionar. O público fica desconfiado se você se omite e fica em cima do

muro. Quando vai votar, o telespectador quer saber de que lado você está.

A Manu Gavassi se tornou a sua inseparável parceira lá no “BBB20”. Aqui fora, vocês mantêm a amizade pelo que podemos ver nas redes sociais. Como você define o “match” que deu entre vocês duas? A Manu foi o maior presente que o BBB20 me deu. Ela é uma mulher única, especial, inteligente, uma artista completa! Sem ela eu não teria suportado muita coisa que aconteceu lá dentro da Casa. A gente se apoiava muito. Encontrei nela alguém que me ouvia, me respeitava, me dava muito carinho. E sinto que essa admiração é recíproca. Aqui fora essa amizade continua, cada vez mais forte – sempre que podemos, estamos juntas. Agora contratada da Globo, quais serão os seus próximos trabalhos na emissora? Como vem sendo a sua preparação para essa nova carreira? A preparação é puxada e a evolução, contínua. Todo dia tenho sessões de fonoaudiologia e aulas de interpretação. Respeito muito o ofício do artista, que toca fundo o coração das pessoas. Esse é um trabalho que demanda muito cuidado e profissionalismo. A pandemia paralisou meus projetos, eles ainda estão muito embrionários, tanto na TV Globo como na GloboPlay. Por causa disso, ainda não tenho muita coisa para adiantar. E 2021 vai ter casamento também? Você e o músico Daniel Caon já haviam ficado há alguns anos, não é? Como é esse novo namoro, com os dois mais maduros? Estamos vivendo um momento gostoso, leve, sem rótulos. Nos reencontramos da maneira mais improvável: eu na casa do “BBB20” e ele na Casa de Vidro, disputando uma vaga no programa. Resolvemos dar uma segunda chance à paixão que vivemos no passado. Ele tem um jeito cativante de me colocar para cima, de fazer com que eu me sinta segura, amada e feliz. Não temos planos de casamento no horizonte. Queremos curtir esse amor sem pressa. Um passo de cada vez!


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Muito sol em família

CAMPINAS

O MELHOR DA REGIÃO

HOSPEDAGEM O Royal Palm Plaza, em Campinas, espera os hóspedes para o verão 2021 com todos cuidados e segurança, com ocupação de 40% dos quartos. O resort conta com sete opções de piscinas para toda família se refrescar e curtir um dia de sol juntos. São quatro climatizadas, duas infantis e uma jacuzzi ao ar livre. Para as crianças, há toboáguas e brinquedões, áreas temáticas e atividades com monitores. Os adultos podem intensificar o descanso no Aflora Spa, que oferece terapias energizantes e desintoxicantes, além de tratamentos faciais e corporais. ROYAL PALM PLAZA – Avenida Royal Palm Plaza, 277 G - Jardim Nova California, Campinas


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FOTO RODOLFO TREVISAN

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PA S S E I O

Domingo no parque

Lugares para passar momentos bucólicos com uma farta cesta de piquenique em família

POR JÚLIA STORCH

COM 20 MIL HABITANTES, SOUSAS é o distrito mais antigo de Campinas.

Desde sua fundação em 1896, a região abriga fazendas de café que foram transformadas em charmosos sítios para aluguel de temporada, restaurantes, bares e cafés – e muitos oferecem deliciosos piqueniques em meio à natureza. O casarão do primeiro hotel do distrito hoje é o restaurante Fazenda Floresta Park. Aos finais de semana e feriados, 26 pontos do jardim são reservados para que adultos e crianças possam desfrutar de um piquenique. Com reserva online e muito espaço, os locais possuem distanciamento de 30 a 40 metros – com mesas e redes – e podem ser escolhidos entre as opções: na mata, perto da horta, com vista, para adultos e para pessoas com dificuldade de locomoção. Selecionado o espaço, a cozinha começa a preparar os quitutes. A cesta inclui delicioso pão caseiro, mini pães de queijo, geleia, manteiga da fazenda, rosca doce, frios, bolinhos de chuva, doce de abóbora, bolo de cenoura, maçã, café orgânico, suco de laranja e água. Os pequenos podem brincar com os animais da fazenda, participar das atividades com monitores, e colher verduras na horta – tudo incluso no valor do piquenique. Todos os meses são introduzidas novas atividades, basta ficar de olho no Instagram @fazendafloresta_1830 para saber das novidades.


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Na outra página e acima, família no piquinique do Fazenda Floresta Park. Cesta do Padoca do Vila e, abaixo, o restaurante Vila Paraíso

Charme familiar Vizinho ao Sousas, a apenas cinco quilômetros dali, está o Joaquim Egídio. Distrito ainda mais pequenino – com apenas 5 mil habitantes – abriga ruas de paralelepípedos e casas coloniais, que são cenário bucólico perfeito para um brunch em família. Dali é possível avistar o Pico das Cabras e o Observatório Municipal de Campinas, que cercam a região. Em datas comemorativas, as princesas Branca de Neve, Elsa e Ariel invadem o restaurante Padoca do Vila, e visitam as crianças em seus piqueniques particulares. Ao chegar, um trenzinho transporta a família, contornando o lago e a mata. Para ter energia para entrar no conto de fadas, são servidos dois tipos de cestas, o de café da manhã – que inclui café, leite, suco de laranja, pão de queijo, pão artesanal, manteiga de ervas, frios, requeijão de corte Atalaia e bolos de cenoura com brigadeiro e fubá com goiabada – e a cesta de brunch, que conta com pão rústico, queijos brie e Atalaia, presunto Parma, azeitonas, nozes, patês e tortas salgadas. É possível adicionar vinhos tinto, rosé ou branco e espumante à cesta. As duas opções são servidas para 2 ou 4 pessoas. Logo atrás da Padoca do Vila, em meio à mata, está o tradicional restaurante Vila Paraíso, que conta com um extenso menu de massas caseiras, peixes e carnes, assinado pelo chef Ricardo Barreira. Vale provar o Pirarucu da Amazônia com castanha de baru e farofa de pequi ou o Fetuccine Burrata, com o queijo gratinado sobre a massa ao molho de tomates pelados ao toque de pesto e camarões rosa puxados no vinho branco. Basta escolher sua sombra e desfrutar de um dia com ares interioranos no meio de Campinas.


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AV E N T U R A

Lá do alto

No céu, duas opções de passeio para quem visita Boituva, cidade a 120 km de São Paulo e 80 km de Campinas POR JÚLIA STORCH UMA EXPERIÊNCIA MAIS TRANQUILA e outra para quem gosta de adrenalina.

Boituva tem alternativas tanto para aqueles que desejam um dia mais contemplativo - como ver o nascer do sol a bordo de um balão -, como para o povo que curte emoções mais radicais - como os saltos de paraquedas.

FLUTUANDO NOS ARES Assim que o sol nasce, os maçaricos são ligados e os balões, inflados. É dessa forma que começam os sábados, domingos e feriados em Boituva, com os passeios de balão da Escola Brasileira de Balonismo (EBB). Por uma hora, os passageiros avistam – a mais de 500 metros de altitude – fazendas, o rio Sorocaba e as reservas da Mata Atlântica. Os cestos têm tamanhos diversos, para até 16 pessoas. Para quem prefere privacidade e exclusividade, há a opção de voo para apenas duas pessoas. Ao final do passeio, o receptivo leva os viajantes à sede da EBB para um brinde com espumante e um café da manhã completo. A Escola possui ainda a Pousada Boituva, que é uma boa dica para um pernoite, já que o passeio começa bem cedo. Os agendamentos são feitos pelo número (11) 95432-8854.

Acima, passeios de balão da EEB, e salto de paraquedas e túnel de vento da SkyRadical, em Boituva

SEM PENSAR DUAS VEZES São 20 minutos de voo para alcançar 4 mil metros de altitude. Já a descida demora pouco mais de cinco minutos. Após 50 segundos de queda livre e cinco minutos planando, você pousará em terra firme. Saltar de paraquedas pode ser do modo tradicional ou com muita adrenalina. Na SkyRadical – a escola de paraquedismo com o maior número de atletas em atividade e de instrutores credenciados do Brasil – são vendidos dois tipos de salto, o duplo convencional e o challenge. Com 10 minutos de preparação, na modalidade duplo convencional, você salta com um instrutor que controla todas as manobras do voo, além de registrar o momento. Mas, se quiser ainda mais emoção, é possível passar por um treinamento de uma hora, que te prepara para abrir o paraquedas, realizar manobras em queda livre e comandar o voo, tudo com a segurança de um instrutor acoplado a você. Para quem ainda não está com a coragem de saltar de um avião, há a opção de voar como observador, apreciando o céu de Boituva da janelinha, ou então ter a experiência por meio do túnel de vento, em um simulador de queda livre que permite todas as sensações de voar, mas a apenas alguns metros do solo.


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Estudo de A Negra, de 1923. Estudo para Operário e, abaixo, exposição no FAMA Museu

ARTES PLÁSTICAS

Fábrica de Arte em Itu expõe esboços de Tarsila Museu exibe 203 desenhos que revelam um pouco do processo de criação desta que, nos últimos anos, consolidou-se como a mais cultuada artista brasileira POR KIKE MARTINS DA COSTA

INAUGURADO EM 2019, a Fábrica de Arte

Marcos Amaro (FAMA Museu) ocupa 25 mil metros quadratos em Itu, onde funcionava a Fábrica São Pedro, de produtos têxteis. Seu acervo é composto por cerca de 1.300 obras, entre pinturas, desenhos, gravuras, esculturas e instalações de artistas como Aleijadinho, Carmela Gross, Cildo Meireles, Nelson Leirner e Tunga. Outra atração do centro cultural é a exposição de longa duração “Estudos e Anotações”, que reúne um raro conjunto de 203 desenhos de Tarsila do Amaral, artista nascida em Capivari, próxima a Campinas, em 1886, que foi um dos principais nomes do Movimento Modernista. Tarsila tinha o hábito de carregar consigo cadernos de anotações para desenhar. Com o lápis sobre um pedaço de papel, registrava as paisagens pelas quais passava. Produzidas entre 1910 e 1940, as obras agora expostas revelam as várias fases da artista e apresentam temas recorrentes em sua linguagem, como as vistas de viagens que ela fez pelo Brasil afora, desde as bucólicas cidades históricas mineiras, até suas andanças pela Europa e a passagem pelo deserto do Egito. Longe da vista do público há mais de cinco décadas, engavetado em uma coleção privada, esse conjunto de desenhos foi exibido uma única vez, em 1969, no Museu

de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Ao chegarem ao acervo da FAMA, com danos ocasionados pelo tempo e pela falta de cuidados museológicos, as obras foram submetidas a um minucioso processo de restauração. “Essa coleção, praticamente desconhecida, tem um valor inestimável para memória da cultura brasileira e vem contribuir, de forma efetiva e criteriosa, como ferramenta pedagógica da instituição para a formação de crianças e jovens estudantes que serão, no futuro próximo, o público de arte”, afirma Ricardo Resende, curador do museu. A mostra inclui esboços e estudos de obras como “A Negra”, “Operários” e “A Cuca”, em nanquim, grafite e aquarela. Após receber mais de 400 mil visitantes e quebrar todos os recordes de público do Masp com a exposição “Tarsila Popular”, em 2019, a modernista atualmente é a artista brasileira mais valorizada no mercado internacional. Sua obra “A Lua” foi adquirida pelo MoMA (Museu of Modern Art) de Nova York por aproximadamente 20 milhões de dólares – o equivalente a 110 milhões de reais. FÁBRICA DE ARTE MARCOS AMARO - FAMA MUSEU: Rua Padre Bartolomeu Tadei, 9, Itu, tel. 11

4022-4828. De quarta-feira a domingo, das 10h às 17h. As visitas devem ser previamente agendadas pelo site www.famamuseu.org. Ingressos a R$ 10.


HORA CAMP INAS

Vozes da cidade

POR DANIEL ARANOVICH*

Passeios gastronômicos Sugestões de um amante da cozinha para uma boa experiência nos melhores restaurantes da cidade

Théo Medeiros “Em uma agradável e tradicional rua do Cambuí, o chef Théo combina texturas, aromas e uma apresentação delicada para cada prato. O ambiente é casual e possui uma decoração alegre e divertida. As paredes prestam tributo aos mais de trinta anos de carreira do chef, de origem francesa, com livros de culinária, fotos antigas e parte das placas que registram prêmios recebidos.” Rua Dr. Sampaio Ferraz, 175 – Cambuí, Campinas

Jangada Cambuí “Com mais de 50 anos de história, o restaurante Jangada criou um conceito para a rede. A nova unidade Cambuí tem um cardápio super sofisticado e a área de sushis é assinada pelo chef Alex Iwamura, que já trabalhou no restaurante Kinoshita. O foco principal é a gastronomia, mas o espaço conta também com uma programação de música ao vivo e DJs, apresentando uma identidade audiovisual marcante. A inspiração que deu origem a este ambiente vem do que existe de melhor no mundo em gastronomia e diversão. Eu recomendo!”” Avenida José de Souza Campos, 575 - Cambuí, Campinas

Lume “Uma antiga casa do bairro Cambuí reformada, onde a antiga garagem deu lugar ao ambiente aberto, clean e muito iluminado. O atendimento do Lume é fora de série e o chef detém o maior número de prêmios da ‘Veja Comer e Beber Campinas’. Atenção à carta de cervejas artesanais e aos drinques exclusivos da casa, que surpreendem!” Rua dos Bandeirantes, 66 - Cambuí, Campinas

*DANIEL ARANOVICH é fundador da Imovit Imobiliária

e da Mkt Square, e apreciador de gastronomia

As dicas e os segredos de quem adora a região

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kikecosta@uol.com.br

COLUNA

Agora é agro

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POR

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Kike Martins da Costa

Prosa rápida Para intolerantes A fazenda Santa Rita, em Descalvado, em São Paulo, é uma das raras que vendem leite tipo A2A2, livre de beta-caseína A1, proteína que causa alergia em parte das pessoas. A produção de leite só com beta-caseína A2 é definida por fatores genéticos. Vacas com genes “A2” sempre produzem leite “A2A2”. A fazenda tem 100% de seu rebanho certificado, e a ordenha do gado A2 é feita sempre antes do A1 – os leites nunca são misturados. O valor pago pelo litro do leite “A2A2” é 3 a 4 vezes maior do que o do comum.

Raio-X do setor agropecuário Atlas do Espaço Rural Brasileiro revela as características dos produtores e dos 5,6 milhões de estabelecimentos de todo o país que se dedicam à agricultura e à pecuária O IBGE lançou em dezembro a 2ª edição do “Atlas do Espaço Rural Brasileiro”, elaborado a partir dos dados do Censo Agropecuário de 2017. Em quase 250 páginas, a obra traz de mapas, gráficos, tabelas e textos que compõem um perfil do produtor e dos 5.073.324 estabelecimentos agropecuários do país. A pecuária é a principal atividade no campo, em especial nos maiores estabelecimentos, seguida pela lavoura temporária. Juntas, são praticadas em mais de 80% dos estabelecimentos do país. Na lavoura temporária, mandioca e soja retratam os contrastes: a primeira, fortemente marcada pela produção em propriedades de até 50 hectares (64,2%), e a segunda, pelo cultivo em estabelecimentos com mais

de 2.500 hectares (39,5%). Pela primeira vez, o Censo registrou dados sobre a cor ou raça do produtor dirigente dos estabelecimentos: 47,9% deles pertencem a brancos, enquanto os pardos comandam 42,6%, os pretos detêm 7,8%, os indígenas somam 0,8%, e os amarelos, 0,6%. Em 2017, 83% dos estabelecimentos agropecuários tinham acesso à rede elétrica. Se a eletricidade se consolidou, a internet ainda é escassa no meio rural. Ela está presente em menos de 30% estabelecimentos, mas evoluiu: em 2006, apenas 1,5% dos estabelecimentos tinham acesso à internet. A publicação pode ser acessada gratuitamente em formato digital no Portal do IBGE e na Plataforma Geográfica Interativa (PGI).

Doce colheita Estimada em 41,8 milhões de toneladas, a produção brasileira de açúcar na safra 2020/21 será a maior da história. O recorde era da safra 2016/17, com 38,7 milhões de toneladas. Segundo a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), a supersafra, após três anos seguidos de retração, se deve à alta do dólar no Brasil e à elevação do preço do açúcar no mercado internacional.

Veneno à deriva A região da Campanha, no Rio Grande do Sul, deve amargar uma perda de 40% na produção de uvas, segundo estimativa do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). Os danos nos vinhedos foram causados pelo perigoso herbicida 2,4-D, muito utilizado nas plantações de soja da região. Ele é levado pelos ventos e, além de comprometer a produção dos vinhedos, olivais e pomares de outras frutas, pode também contaminar os rios e afetar a saúde das pessoas.


A 29HORAS CONVIDA VOCÊ A GIRAR A REVISTA E VIAJAR PELAS NOVIDADES DE SÃO PAULO


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