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29H SP
RJ
AGOSTO/2021
distribu iç ã o g ratu ita n o aeroporto santos du mo n t
Letícia Colin A atriz empresta sua beleza e intensidade a personagens complexos no cinema e no streaming ESCANEIE E OUÇA A PLAYLIST INSPIRADA NO RIO DE JANEIRO NO 29HORAS PLAY
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Sumário
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AG OSTO 2 02 1
#139 AGOSTO 2 02 1 WWW.29HORAS.COM.BR
@revista29horas @29horas Publisher Pedro Barbastefano Júnior Conselho editorial Chantal Brissac, Clóvis Cordeiro, Didú Russo, Georges Henri Foz, Kike Martins da Costa, Luiz Toledo, Paula Calçade e Pedro Barbastefano Júnior redação Paula Calçade (editora de redação); Kike Martins da Costa (editor contribuinte); Rose Oseki (editora de arte), Helena Cardoso (estagiária) Colaboradores André Hellmeister, Chantal Brissac, Didú Russo, Georges Henri Foz, Greg Estrada, Juliana Simões, Luiz Toledo, Patricia Palumbo, Procoletivo, Tecla Music Agency P U B L I CI DADE CO M E RCI AL comercial@29horas.com.br equiPe: Rafael Bove (rafael.bove@29horas. com.br), Angela Saito (angela.saito@29horas. com.br)
11 Hora Rio
Gerente reGional Giovanna Barbastefano (giovanna.barbastefano@29horas.com.br) CaMPinas – Marilia Perez (marilia@ imediataonline.com.br), Mariana Perez (mariana@imediataonline.com.br)
Boteco Boa Praça apresenta o melhor do universo dos petiscos
rio de Janeiro – Rogerio Ponce de Leon (rogerio.leon@viccomunicacao.com.br) Jornalista resPonsável Paula Calçade MTB 88.231/SP
Av. Nove de Julho, 5966 - cj. 11 — Jd. Paulista, São Paulo — Cep: 01406-200 Tel.: 11.3086.0088 Fax: 11.3086.0676
FOTO SHEROLIN SANTOS
A revista 29 HOR AS respeita a liberdade de expressão. As matérias, reportagens e artigos são de responsabilidade exclusiva de seus signatários.
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Foto da capa: Sherolin Santos 2 9 HO RAS é uma publicação da MPC11 Publicidade Ltda.
06 Letícia Colin A TIRAGEM E DISTRIBUIÇÃO DESTA EDIÇÃO SÃO AUDITADAS PELA BDO.
Atriz vive momento de entrega na carreira
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da cidade
Lugares para tomar bons drinques na Cidade Maravilhosa
AGOSTO EM CARTAZ
A sanitização do Teatro Casa Grande é realizada pela
Parceiros:
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A luz e a sombra de
Letícia Colin VIVENCIANDO UM MOMENTO DE CRIAÇÃO INTENSA EM SUA CARREIRA, A ATRIZ MERGULHA SEM MEDO NAS PRÓPRIAS VULNERABILIDADES E ENCARA PERSONAGENS SENSÍVEIS NO STREAMING E NO CINEMA
POR
L
PAULA CALÇADE
ETÍCIA FICA À VONTADE PARA FALAR SOBRE TUDO. A respeito de
assuntos ainda tabus ou sobre o que precisa ser gritado e escancarado. E também para dar voz a uma personagem nova, com questões que não são só dela. Mas engana-se quem pensa que
a fala é o único ou mais importante recurso de uma atriz e de um ator. A escuta é essencial, por meio dela a sensibilidade entra, chega às extremidades do corpo, à mente e ao coração. Um trabalho que se assemelha ao de um terapeuta ou cientista, de verdadeira pesquisa humana com afeto. “É revolucionário enxergar um personagem assim, como olhar para um paciente”, diz. A saúde mental é tema, inclusive, das mais recentes produções que a atriz protagoniza. No papel da estilista Manu, em “Sessão de Terapia”, no GloboPlay, Letícia interpreta uma mulher que está se tornando mãe, com as dores e delícias desse caminho. Na mesma plataforma de streaming, em “Onde Está Meu Coração”, a atriz, nascida em Santo André, vive Amanda, médica e dependente química, personagem que é a grande heroína da carreira de Letícia. Com 20 anos de carreira, a atriz também encarnou outros personagens marcantes na TV, como a princesa Leopoldina na novela “Novo Mundo”, a baiana Rosa de “Segundo Sol” e a Marylin, de “Cine Holliúdy”, todos na Globo. Também cantora, brilhou em musicais como “O Grande Circo Místico” e “Hair”. A seguir, os principais trechos da conversa com a reportagem da 29HORAS.
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FOTO TV GLOBO | DIVULGAÇÃO
FOTO TV GLOBO | FABIO ROCHA
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FOTO DESIREE DO VALLE
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De cima para baixo, Letícia Colin como Amanda, em "Onde Está Meu Coração"; interpretando a estilista Manuela, em "Sessão de Terapia"; e com o elenco do longa "A Porta ao Lado". Na outra página, a atriz no papel da princesa Leopoldina, na novela "Novo Mundo"
Suas mais recentes personagens, a Amanda de “Onde Está Meu Coração” e a Manuela de “Sessão de Terapia”, são atravessadas pela depressão e pela dependência química, que as paralisam e as desconectam das relações. Como a saúde mental se relaciona com o seu trabalho? O sofrimento psíquico é um sofrimento na carne. Tendemos a separar a mente do corpo, mas na verdade somos um só ser. Se acolhemos as nossas dores emocionais, que são comuns, democraticamente de todos nós, isso nos convoca para outro nível de diálogo. Quando olhamos para essas personagens com respeito e amor, alteramos nosso ambiente. É como diria Nise da Silveira (psiquiatra e pioneira na terapia ocupacional) – que é uma das minhas mentoras artísticas, não separo arte da vida – somos seres criativos e políticos. Falando sobre saúde mental, ela valorizou a singularidade do outro. Com seu sofrimento, teve um olhar de dedicação e muita escuta. É revolucionário olhar para um personagem assim, como olhar um paciente. Artistas e cientistas têm muito em comum, é sobre praticar a pesquisa humana com afeto. A doença expressa algo, a dor tem um imenso aprendizado e é uma manifestação da alma. Acho que as pessoas gostam dessas duas séries por isso se interessam e acompanham. Eu sempre me investiguei desde pequena e sou atriz desde muito nova. Ter o teatro e a poesia na minha vida são possibilidades de dar conta do que sinto, é abraçar o desamparo, que também é meu lugar de criação.
Como o público recebe essas temáticas hoje, em meio à pandemia? Vivemos um abismo como nação, enfrentamos um vírus mortal, é muito violento para nossos corpos e nossa alma. Somos verdadeiramente torturados pelo governo federal. Precisaríamos ter uma sensação de segurança e não temos. É um momento coletivo de muita dor. “Sessão de Terapia” traz uma diversidade incrível de sofrimento, são diferentes personagens que representam camadas da população brasileira, e mostra histórias de superação dessas dores. Quando vemos esses arquétipos no divã do analista Caio (personagem de Selton Mello), nos emocionamos e nos curamos também. É um estímulo para cada um buscar ajuda, nunca se procurou tanto por terapia. O audiovisual encoraja as pessoas a falarem sobre si. O trabalho do
FOTOS ALEJANDRO GUTIÉRREZ MORA
ator é pela palavra e eu acredito muito na cura pela linguagem. Na pandemia, o brilho desses dois trabalhos é mostrar o sofrimento de forma muito humana, mostrando exemplos sem moralismos, com profundidade e cheios de facetas.
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A Manuela é uma estilista, que acaba de se tornar mãe, e você também é mãe. Como foi o processo de imersão para viver essa personagem? Em que ela mais te tocou? “Sessão de Terapia” é uma série feita por muitas mulheres, a roteirista Jaqueline Vargas, a autora Ana Reber, a assistente de direção Vera Haddad, a figurinista Tica Bertani, então todas nós colocamos um pouco de nossas histórias na produção. Todas tínhamos um carinho especial pela Manu. Há um aspecto muito dolorido em tornar-se mãe, e é importante falar. Existem muitas mentiras sobre a maternidade. Nós nos questionamos sim, temos medo dessa tarefa de ser mãe. E parte importante também dessa personagem foi o figurino, que sempre conta uma história. A Manu é uma estilista que faz roupas para durarem mais tempo, que pensa sobre peças e suas texturas e cores, um jeito próprio de olhar o mundo. E agora ela tenta vestir essa roupa de ser mãe, acho que costuramos muito bem tudo isso.
A depressão pós-parto, apesar de afetar muitas mulheres, não costumava ser tema de discussões até pouco tempo. O que mudou? Nós começamos a falar e percebemos que não estamos sozinhas. Sem medo de nos mostrar vulneráveis e mergulhar nisso. É a partir do momento que sentimos a vulnerabilidade que criamos e encontramos soluções. A internet ajudou muito na união e no compartilhamento de relatos de diferentes mulheres. Antes, o audiovisual se restringia às narrativas de quem estava sob os holofotes, mas nos últimos tempos houve uma democratização do palco. Todos nós colocamos nossas questões
para o mundo e para fora. Quando só os homens estavam no protagonismo, o tema não aparecia. As mulheres começaram a falar mais, isso é o feminismo, que avança.
que a região tenha mais projetos de arte e fomento à cultura, tenho orgulho da cidade, ela me constitui. Hoje vivo no Rio de Janeiro, uma cidade bonita, mas que vive um momento difícil com a contaminação das milícias na política.
Não sei se é porque sou paulistana, mas gostei muito de “Onde Está Meu Coração” também pela ambientação. O que você mais gosta em São Paulo? A nossa revista está na ponte-Aérea, qual é a sua relação com o Rio de Janeiro?
Ainda sobre a série, surpreende que Amanda é uma médica que acaba se viciando em crack. A dependência química atravessa todas as classes sociais, mas por que falamos pouco sobre isso?
Gosto muito de São Paulo e tenho muita saudade. A vida faz com que a gente se desloque, e é bom isso, poder ir e vir. Essa, inclusive, é uma das maiores dores da pandemia. Tenho vontade de voltar a morar na cidade. Na série, São Paulo é uma verdadeira personagem, onde tudo é possível, mas também o lugar que te engole, de frustrações. A cidade mimetiza a Amanda, ela se perde, quase se torna invisível na imensidão urbana. Onde estão as pessoas que sofrem? Nasci em Santo André, e vivi por lá até meus 8 anos, torço para
Esse estigma é real. Quando a série coloca em primeiro plano uma protagonista que é médica, branca, rica, mas está no fundo do poço, isso causa uma inversão na cabeça das pessoas. Como essa menina chegou até ali? A resposta é simples: as drogas e a dependência química são questões de saúde, de médico, terapeutas, e não de polícia. Acontece em qualquer lugar e o tempo todo. Tem a ver com o ser humano. Temos que tratar com respeito e paciência todos de maneira igual. É sobre isso que o Estado deveria se interessar.
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Como foi interpretar Amanda? Em que a personagem te mudou?
um personagem, é sempre um processo desafiador e até incômodo para nosso corpo. Também foi muito bom levantar um filme em plena pandemia, colocar o barco para navegar nessa travessia, com todos os cuidados e assistências. O filme é um pensamento sobre as tentativas de se relacionar no mundo contemporâneo. Como desenvolver uma relação duradoura e ter uma família? Os desejos são muitos diversos e o momento é de liberdade. Tudo é dinâmico e fluído, mas ao mesmo tempo precisamos de raiz e apego. São dois polos opostos, e o longa mergulha na tentativa desse equilíbrio.
A Amanda é alguém muito próximo de cada um de nós. Cada um tem um amor, um amigo, que está em alguma fase do tratamento de uma dependência química. É muito lindo ver como as rodas de partilha, os acompanhamentos terapêuticos, funcionam e são curativos. É o poder de ouvir cada experiência humana. A Amanda é uma personagem que tem muita coragem, que recomeça muitas vezes. Ela consegue se tratar e lidar com a sua vulnerabilidade. Diante de tudo isso, insiste na vida, no seu trabalho. Para mim, ela é a grande heroína da minha carreira, os personagens ficam como amigos e conhecidos, sou muito fã da Amanda.
Voltando um pouquinho no tempo, me fale de um papel seu bastante marcante na TV, que foi a princesa Leopoldina da novela “Novo Mundo”. É diferente encarnar um personagem histórico? Se o ponto de partida é o texto, a construção do passado, presente e futuro de um personagem acaba sempre sendo histórico, por mais que ficcional. No caso da Leopoldina, há muito material sobre ela, muitas cartas, pinturas e muitos livros. É incrível, porque foi uma mulher muito importante, mas que eu conhecia pouco. Foi muito interessante, para mim, ler as cartas que ela escrevia para a irmã, ler sobre a saudade que ela sentia da Áustria, essa distância toda que ela viveu. Passei a ter muita admiração pela figura dela, era uma amante das Artes e da Ciência, Leopoldina patrocinou a vinda de cientistas para o Brasil, foi uma das
primeiras vezes que isso aconteceu na história do país. Apesar de ser uma princesa, ela tinha um coração feminista, e isso me encanta. Leopoldina deixou um legado de protagonismo. Foi bonito contar essa história.
Você terminou recentemente as gravações do longa “A Porta ao Lado”, da diretora Julia Rezende. O filme aborda diferentes acordos nas relações românticas, os conflitos desses modelos... Estamos em um momento de ruptura das relações como conhecemos? Trabalhei com a Julia no filme “Ponte Aérea”, e é bacana falar disso justamente numa entrevista para a revista que é distribuída nesses aeroportos. Foi mais uma vez uma experiência linda, um set de muita amizade. É bom trabalhar em um espaço assim, me sinto acolhida. A Júlia é essa diretora! É muito belo sentir segurança para entrar em
Você teve covid-19. Como enfrentou a doença? Na sua opinião, como o Brasil está enfrentando o vírus? E como a arte está nessa trincheira? Até hoje lido com a covid, tive sequelas e o que se chama “covid longa”. Ainda estou em tratamento e investigando as consequências em meu corpo. É um desafio para mim, mas estou me recuperando. O Estado brasileiro matou muita gente, pela insistência em medicamentos sem eficácia e por não ter acolhido as medidas corretas, então o governo federal carrega a responsabilidade dessas mortes todas. Perdemos muito! Vidas, histórias, almas, o Brasil perdeu um pouco a graça com esse descaso todo. Em alguns estados, os governadores conseguiram atuar, legislar sobre máscaras, mas poderíamos estar mais vacinados, tudo isso é uma grande ferida na nossa alma. A arte está resistindo, sobrevivendo. Temos a necessidade de nos manter próximos do pensamento crítico.
FOTO SHEROLIN SANTOS
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Gastronomia, coquetelaria, hotelaria, arte, teatro e música
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FOTO TADEU BRUNELLI | TBFOTO
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Pedacinho da Ásia no Posto 3
COPACABANA O restaurante asiático Mee, instalado dentro do Belmond Copacabana Palace Hotel e detentor de uma estrela Michelin, agora tem sua cozinha comandada pelo chef sansei Cassio Hara. Com duas viagens ao Japão e passagens pelo balcão de sushis dos paulistanos Huto e Jun Sakamoto em seu currículo, Cássio – neto de imigrantes japoneses – tenta trazer sempre alguma memória ou lembrança afetiva de sua infância para as suas criações gastronômicas. “Minha ideia, no Mee, é proporcionar cada vez mais experiências autênticas para os clientes, com pratos típicos e pouca mudança de identidade das receitas originais”, avisa o chef. Exemplo disso é esse espetacularmente macio e suculento steak de carne bovina da raça wagyu servido com aspargos e cogumelos shitake, shimeji e eringy.
MEE: Avenida Atlântica, 1.702, Copacabana, tel. 21 2548-7070.
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HO R A R I O P OR KIKE MA RTIN S DA COSTA
J O AT I N G A
Hotel com cara de casa Com apenas cinco exclusivas suítes, Le Chateaux Joá funciona em uma residência dos anos 1970 com um lindo jardim e a poucos passos da praia Estrategicamente instalado bem no meio do caminho entre a Zona Sul e a Barra, o Le Chateaux Joá é um pequeno e exclusivo hotel que funciona em uma residência projetada na década de 1970 pelo renomado arquiteto Zanine Caldas em um terreno de cerca de 3 mil m2. Com apenas cinco suítes (Gávea, Joatinga, Barra, São Conrado e Joá), a casa é adornada com esculturas dos séculos XVIII e XIX assinadas por discípulos de Aleijadinho e pinturas de Hélio Pellegrino. O Le Chateaux Joá oferece conforto, aconchego, privacidade, atendimento diferenciado e experiências gastronômicas surpreendentes. Tem ainda uma quadra de Tennis Paddle, piscina com raia de 20 metros e um fantástico jardim com cerca de 1.000 m2 que abriga palmeiras imperiais, coqueiros e uma antiga fonte de pedra – com vista para o mar de São Conrado, para a Praia da Barra da Tijuca e para a Pedra da
Gávea. Para acessar a praia da Joatinga, basta fazer uma breve caminhada de apenas 100 metros. O valor referente a duas diárias (estadia mínima) para casal é de R$ 1.800.
Le Chateaux Joá - Rua José Pancetti, 70, Joatinga, tel. 21 3593-2731.
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I PA N E M A
Point com tradição boêmia Boteco Boa Praça inaugura nova unidade em Ipanema, no icônico ponto onde funcionaram em outros tempos o Jazzmania e o Astor O Boteco Boa Praça agora tem uma unidade em Ipanema, ocupando o icônico imóvel que, no passado, abrigou o Jazzmania e o Astor – ou seja, um lugar que já tem uma longa tradição na trinca descontração-gastronomia-cultura. Em seu amplo e arejado ambiente, dotado de um pequeno palco para apresentações ao vivo, funciona uma chopeira com nove torneiras e sistema de refrigeração especial. Da cozinha, saem petiscos típicos da chamada “baixa gastronomia” (também conhecida como “alta botecagem”), como os bolinhos de bacalhau ou de abóbora com carne seca e os envoltine de camarões VG. Para quem busca pratos mais elaborados, tem peixes e frutos do mar preparados em uma parrilla exclusiva. Aposte nas cavaquinhas grelhadas com legumes na manteiga ou na reconfortante moqueca baiana de cação. O bar é uma iniciativa do empresário Flávio Sarahyba em parceria com o Grupo Alife (com sede em São Paulo e especializado na operação de bares e restaurantes). Boteco Boa Praça - Avenida Vieira Souto, 110, Ipanema, tel. 21 3507-7000.
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I PA N E M A
BARRA
Muito além do pão de cada dia Nascida durante a pandemia, Padaria Kangaia inaugura sua 1ª loja, com pães, focaccias e pizzas de fermentação natural Misto de padaria artesanal e deli, a Kangaia Pães agora tem uma lojinha no Città Office Mall. As especialidades da casa são os pães de fermentação natural, as focaccias e as pizzas, além de produtos garimpados de pequenos produtores brasileiros, como azeites, geleias, queijos, embutidos e kombuchas. Todos os trabalhos são coordenados por Karan Cabral, que nasceu em Visconde de Mauá e cresceu vendo seus pais preparando pães para o consumo da família. Com a pandemia, ele começou a produzir pães e focaccias de fermentação natural na cozinha de sua casa, na Ilha Primeira, na Barra da Tijuca. Ao lado
Festas de casamento sem noivos Já que as grandes celebrações matrimoniais foram adiadas, Louzieh Doces lança bolos de casamento vendidos em fatias
Depois de um ano e meio de pandemia, muita gente está com saudades de um gostoso bolo de casamento. De olho nesse sentimento motivado pelo adiamento desses eventos, a Louzieh Doces identificou uma oportunidade e lançou uma linha de bolos de festa – aqueles recheados com várias camadas – para ser consumida e degustada em fatias. Tem bolo de baunilha com recheio de damasco, baba de moça, nozes, coco e ameixa (R$ 23 a fatia) e bolo com massa de chocolate e recheio de coco, brigadeiro e doce de leite (R$ 23 a fatia). Há mais de 28 anos criando bolos e doces que são verdadeiras obras de arte, a confeiteira Louzier Lessa é especializada em casamentos, mas oferece doces originais e inusitados para qualquer tipo de ocasião. No cardápio da marca, é possível encontrar também camafeus de nozes, balas de coco, flores de Romeu & Julieta, cestinhas de lavanda, trouxinhas de brigadeiro e tentadoras tarteletes de gianduia.
da esposa Tati Nunes colocou a mão na massa e, em pouco tempo, não estava mais dando conta da fila de espera para atender a todos os pedidos e encomendas. Aí o casal adquiriu equipamentos profissionais, abriu vendas on-line e estruturou a primeira loja da marca Kangaia. Vale muito a pena provar o pão de queijo provolone com tomilho, a foccacia de alecrim, tomate-cereja, azeitona e flor de sal ou ainda o Tortano (rocambole de massa de pão com linguiça calabresa artesanal). Kangaia Pães Avenida das Américas, 700 (Cittá Office Mall), Barra da Tijuca, tel. 21 97256-4102.
Louzieh Doces Rua Visconde de Pirajá, 444, lj. 119, Ipanema, tel. 21 3298-7213.
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L E B LO N
Feira moderna Rede Hortifruti Natural da Terra inaugura loja-conceito com muito conforto para os clientes, produtos diferenciados e espaço gourmet Há 32 anos vendendo frutas, verduras e legumes frescos, a rede Hortifruti Natural da Terra acaba de inaugurar sua primeira loja conceito no Rio. Instalada em um endereço já
conhecido pelos clientes, a renovada unidade tem 1.300 m2 tem, além da “feirinha” de vegetais, um açougue, uma peixaria, uma padaria com pães de fermentação natural e uma lanchonete – a Estação Natural, espaço com 74 lugares e que é um misto de cafeteria, salad bar, temakeria, buffet de pratos quentes, açaís e salgados. E ainda tem mais: uma adega e um wine bar com mais de 300 rótulos do mundo todo selecionados pela Grand Cru, a maior importadora de vinhos finos da América Latina. Para completar, seguindo os preceitos da sustentabilidade, a loja-conceito abriga um empório especializado na venda de temperos, cereais, chás, cafés moídos na hora, ovos, nuts e snacks saudáveis a granel, para evitar o excesso do uso de embalagens. Por fim, o espaço para os orgânicos nesta loja é o maior entre todas as unidades da rede.
Natural da Terra - Rua Adalberto Ferreira, 18, Leblon, tel. 21 2007-4450.
Simpatia pelo diabo Espetáculo “Capiroto” questiona a fama de mau do capeta e propõe uma “desdemonização” dessa interessante e mítica figura Entre os dias 6 a 15 de agosto, o Teatro Prudential apresenta o espetáculo “Capiroto”, escrito e dirigido por Rodrigo França. No palco, o ator Leandro Melo dá vida a essa criatura tão instigante. A peça explicita as apropriações religiosas ao longo do tempo que determinavam que alguns deuses eram personificações do mal. Desde que o mundo é mundo, pode-se observar que as culturas ocidentais e orientais elaboram formas de explicar as mazelas que nos afligem. Nas religiões cristãs, judaica e islâmica, o mal encarna a figura de uma criatura que se opõe a Deus e busca atormentar a vida de todos. O desenvolvimento da figura diabólica é fruto
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GLÓRIA
das várias dualidades que permeiam o cotidiano das pessoas. O belo e o feio, a sorte e o azar, o certo e o errado, a vida e a morte compõem jogos em que um lado assume significação positiva e o outro, necessariamente, uma posição 100% negativa. A peça aborda ainda a tendência do ser humano de terceirizar a maldade que faz. Afinal, quem perpetrou atrocidades por causa do poder econômico, financeiro e político não foi o demônio, foi a humanidade!
Teatro Prudential - Rua do Russel, 804, Glória, tel. 21 3554-2934. Ingressos de R$ 25 a R$ 80.
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Show musical com segurança e muito amor Casa de espetáculos Vivo Rio recebe a cantora Ana Carolina seguindo todos os protocolos de saúde, como o uso de máscaras e o distanciamento social A cantora Ana Carolina solta a sua voz este mês no palco da Vivo Rio. Nas noites de 27 e 28 de agosto, a mineira interpreta um repertório eclético e especial, que passeia por alguns dos principais hits de sua carreira, como “Garganta”, “Elevador”, “Quem de Nós Dois”, “Pra Rua Me Levar”, “É Isso Aí”, “Rosas”, entre outros. De seu mais recente álbum “Fogueira em Alto Mar”, ela apresenta “Não Tem no Mapa”. O público também poderá ver a cantora apresentar suas versões de sucessos de outros artistas como Rita Lee (“Agora Só Falta Você”), Seu Jorge (“Pequinês e Pitbull”) e Guilherme Arantes (“Um Dia, Um Adeus”), além
de uma pandeirada de tirar o fôlego entre Ana Carolina, o tecladista e pandeirista Thiago Anthony e o percussionista Leo Reis. “Vão ser duas noites de muita música e de muito amor”, avisa Ana Carolina. De acordo com o decreto municipal, os shows serão realizados com lugares pré marcados, ocupando apenas um terço da capacidade total da plateia. O uso de máscara é indispensável em todos os momentos.
VIVO RIO - Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo, tel. 21 2272-2901. Ingressos a partir de R$ 105.
Farra com um espírito renovado Em novo endereço, o bar Macaco Caolho se reinventa, mas mantém sua pegada rock’n roll, servindo burgers, fish & chips, chopes especiais e caprichados drinques Por causa da pandemia, o Macaco Caolho teve de se reinventar. No fim do ano passado, o bar transferiu-se da orla de Copacabana para a região mais boêmia do Humaitá. E até mudou seu slogan. “Nosso lema ‘A Farra é a Cura’ precisou ser adaptado. Nossa essência é agregar pessoas e unir estranhos por meio do entretenimento de qualidade. Juntos na farra, curando as feridas, exaltando as alegrias e conhecendo novas pessoas para evoluirmos. Mas o coronavírus pede distanciamento social e aperfeiçoamos nosso espírito agregador”, explica o sócio Rômulo Xavier. No menu da nova casa, destacam-se petiscos com os Chicken Fingers (tiras de frango empanadas e servidas com molho barbecue) e o clássico Fish and Chips, além de caprichados hambúrgueres. Para beber, aposte em uma das 12 variedades de chope ou em drinques como o Proud Mary, feito com gim, chá de frutas vermelhas e alecrim. Com espírito e decoração Rock’n Roll, o macaco Caolho tem ainda uma ótima programação musical, uma agradável área externa e jogos de bar.
Macaco Caolho - Rua Capitão Salomão, 57, Humaitá, tel. 21 99525-3192.
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Vozes da cidade
As dicas de quem adora o Rio
POR *ARTURO ISOLA
Experiências inesquecíveis Ambientes para encontrar bons drinques, excelente conversa, harmonizações de respeito e detalhes que fazem toda a diferença
Quartinho Bar “O Botafogo concentra hoje as melhores propostas entre os bares no Rio, e o Quartinho tem tudo o que preciso. Good vibes, bom gosto em tudo, um Negroni de absoluto respeito e um balcão confortável para conversar sobre vida, onde o Gregg, o último bartender poeta, serve excelentes destilados.” Rua Arnaldo Quintela, 124 - Botafogo, Rio de Janeiro
Rua Jangadeiros, 10 - Ipanema, Rio de Janeiro
Cedilha “Junte a energia exuberante de uma jovem de talento (a Caetana Metsavath) à proposta de excelência de uma chef iluminada (a Morena Leite), à coquetelaria de altíssimo nível que aposta só nos melhores destilados locais, aos detalhes de serviço de um hotel que melhor representa o Rio (até no nome, o Janeiro Hotel), e você terá o lugar perfeito para qualquer ocasião e qualquer hora.” Avenida Delfim Moreira, 696 - Leblon, Rio de Janeiro
Gastromar “Experiência é uma palavra que doso com atenção, pois define algo inesquecível. Em Paraty, a proposta da Gisela, nova-velha amiga que o trabalho me deu, é a Experiência com 'E' maiúsculo. Não é um restaurante, não é um barco, não é um bar. É tudo isso junto com um contorno de detalhes e energia que surpreendem cada vez mais. É a minha terapia, imperdível.” BR101 km 578 - Boa Vista, Paraty *ARTURO ISOLA é italiano radicado no Rio de Janeiro, está à frente da Amázzoni
Gin, considerada a maior produtora de gin artesanal da América Latina.
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Le Pulê “Quem sabe, sabe, e no Pulê me sinto em casa quando estou em uma mesa na calçada, no meio das plantas, ou no balcão para um almoço executivo fora da curva. Os sócios são todos franceses, já largamente "brasilizados", e os drinques e os vinhos, ‘ça va sans dire’ (obviamente), harmonizam em grande estilo.”
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