SP
MAIO/2022
distribu iç ã o g ratu ita n o aeroporto de cong on h a s
Gilberto
M A I O / 2 0 2 2 distr ibuiç ão gr at uita em viracopos
Gil
Às vésperas de completar 80 anos, o mais novo imortal da Academia Brasileira de Letras celebra a música e a família com shows do Festival MITA no Rio e em São Paulo
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Imagens meramente ilustrativas. Consulte as condições no site. Produto destinado para pessoa física. Período mínimo de contrato 30 dias.
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Sumário
FOTO YVA SANTOS
MAI O 2 022
#148 MAIO 2 022 WWW.29HORAS.COM.BR
@revista29horas @29horas Publisher Pedro Barbastefano Júnior
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Conselho editorial Chantal Brissac, Clóvis Cordeiro, Didú Russo, Georges Henri Foz, Kike Martins da Costa, Luiz Toledo, Paula Calçade e Pedro Barbastefano Júnior redação Paula Calçade (editora de redação); Kike Martins da Costa (editor contribuinte); Rose Oseki (editora de arte), Helena Cardoso (repórter)
CO M E RCI AL comercial@29horas.com.br
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30 Viagem
Atlanta, capital da Geórgia, é destino diferente e surpreendente nos EUA
equiPe: Rafael Bove (rafael.bove@29horas. com.br), Bruno Gardini (bruno. gardini@29horas.com.br), Giulia Barbastefano (giulia.barbastefano@29horas.com.br), Gustavo Weiss (gustavo.weiss@29horas.com. br)
Capa
Gilberto Gil celebra seus 80 anos com turnê em família
Gerente reGional Giovanna Barbastefano (giovanna.barbastefano@29horas.com.br) CaMPinas – Marilia Perez (marilia@ imediataonline.com.br), Mariana Perez (mariana@imediataonline.com.br) rio de Janeiro – Giovanna Barbastefano (giovanna.barbastefano@29horas.com.br) Jornalista resPonsável Paula Calçade MTB 88.231/SP Errata: o autor das fotografias da Gloria Groove da edição anterior é Rodolfo Magalhães
A revista 29 HOR AS respeita a liberdade de expressão. As matérias, reportagens e artigos são de responsabilidade exclusiva de seus signatários. Av. Nove de Julho, 5966 - cj. 11 — Jd. Paulista, São Paulo — Cep: 01406-200 Tel.: 11.3086.0088 Fax: 11.3086.0676
FOTO MARIO MIRANDA FILHO | AGÊNCIA FOTO
2 9 HO RAS é uma publicação da MPC11 Publicidade Ltda.
COLUNAS
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Agenda 29h
A TIRAGEM E DISTRIBUIÇÃO DESTA EDIÇÃO SÃO AUDITADAS PELA BDO.
Foto da capa da edição CGH: Divulgação | FernandoYoung; capa da edição VCP: Divulgação | Marcelo Hallit
Dicas para todos os dias do mês
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INSTANTE FOTOGRÁFICO Gravações raras de Chico Buarque
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HORAS DE VOO Companhias alteram rotas para evitar a Rússia
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BOM DE COPO Rum é protagonista de coquetéis clássicos e autorais
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RÁDIO VOZES Bandas "paz e amor" para retornar os anos 1980
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BON VIVANT Baladas para curtir a volta da vida noturna paulistana
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HORA LIVRE Viagem de avião para Londrina com Luiz Toledo
FOTO DIVULGAÇÃO | DANI PAIVA
P U B L I CI DADE
Selo musical Rockambole abre casa de shows própria na Vila Madalena
FOTO GENE PHILLIPS
Colaboradores André Hellmeister, Anelise Zanoni, Didú Russo, Felipe Morais, Georges Henri Foz, Greg Estrada, Gustavo Rodrigues, IMS, Juliana Simões, Luiz Toledo, Mário Oliveira, Patricia Palumbo, Procoletivo, Tecla Music Agency
Hora H
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INSTANTE FOTO G R Á FICO
CHICO BUARQUE SELEÇÃO RENATO VIEIRA E JENNIFER DE PAULA
FOTOS ACERVO INSTITUTO MOREIRA SALLES
Referência da música popular brasileira, Chico Buarque possui uma ampla e consagrada carreira. Neste mês, o público tem acesso a mais um material do compositor: uma série de gravações raras, reunidas pela Batuta, rádio de internet do Instituto Moreira Salles (IMS). Os áudios, cuja maior parte não está disponível em nenhuma plataforma digital, podem ser ouvidos gratuitamente no site da rádio. Intitulada “Chico Buarque – Raridades Analógicas”, a playlist traz 17 músicas gravadas pelo cantor em compactos, trilhas sonoras e projetos especiais lançados no Brasil e no exterior. Os registros não foram incluídos em álbuns da carreira de Chico e não entraram nas coletâneas montadas para os boxes do compositor.
1 "A Banda" (com acompanhamento de banda, diferente da incluída no álbum Chico Buarque de Hollanda) (Chico Buarque). Do compacto duplo RGE 80.232, 1966. 2 "Tão Bom que Foi o Natal" (Chico Buarque). Compacto promocional distribuído aos clientes da imobiliária Clineu Rocha no Natal de 1967. 3 "Apesar de Você" (Chico Buarque, diferente da incluída no disco Chico Buarque, de 1978). Do compacto Philips 365.315. Faixa produzida por Manoel Barenbein. 4 "Bom Tempo" (Chico Buarque) do álbum Discomunal, 1968, Museu da Imagem e do Som – 007. Com Quarteto 004 e Tom Jobim (piano). Direção de produção de Quarteto 004. Regência de Eumir Deodato. 5 "Quadrilha" (Francis Hime e Chico Buarque), da coletânea Seleção Nacional de Sucessos, 1977, Polygram - 6349 354. Faixa produzida por Sérgio de Carvalho. Arranjo de Francis Hime. 6 "Tanto Mar" (letra original, diferente da incluída no disco Chico Buarque, de 1978) (Chico Buarque). Lançada em Portugal no compacto Philips 6069.144.
�F RÁDIO BATUTA www.radiobatuta.com.br
Mostra fotográfica, aventura transoceânica, literatura LGBTQIA+ e sushi bar flutuante
hora
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FOTO GLAUBER BASSI | DIVULGAÇÃO
P E S S O A S | I N O VA Ç Ã O | E X P E R I Ê N C I A | T U R I S M O
Resistência em preto e branco
FOTOGRAFIA Escapando às referências tradicionais, o fotógrafo Glauber Bassi prefere se autotitular um “criador de imagens impactantes”. “Gosto dos retratos que captam almas e recriam passados”, explica. Radicado em Milão há 25 anos, onde se formou em fotografia de moda pelo Istituto Europeo di Design, ele agora volta a mirar suas lentes para o Brasil no projeto visual “Black Soul” – série de registros em preto e branco que resgatam símbolos da cultura, da arquitetura e da resistência periférica afro-soteropolitana, como o Pelourinho e os terreiros de candomblé do sul da capital baiana. Idealizado em parceria com o modelo e ativista Carlos Cruz, o trabalho ocupa a Galeria Roberto Camasmie, em São Paulo, até 3 de junho – e logo mais deve partir para casas de arte em Portugal e nos Estados Unidos.
“BLACK SOUL”, NA GALERIA ROBERTO CAMASMIE – RUA BELA CINTRA, 1992, JARDINS. ENTRADA GRATUITA.
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PESSOAS E IDEIAS
Os cantos de
Laila Garin Metade baiana, metade francesa, a atriz reverencia sua brasilidade em musical inspirado na obra de Clarice Lispector e com trilha sonora composta por Chico César
POR HELENA CARDOSO
SOBRE UM PALCO À MEIA LUZ, a atriz Laila Garin conta, nas palavras
dela, “a história dos invisíveis”. Após quase 30 anos de carreira vivendo personagens ilustres nos palcos e nas telas – de Elis Regina a Edith Piaf, nas séries “Elis, A Musical” e “Hebe” –, ela agora experimenta o frescor do desconhecido no musical “A Hora da Estrela”. Com direção de Marcelo Caldi, trilha sonora de Chico César e enredo inspirado na obra homônima de Clarice Lispector, a peça narra a trajetória da migrante alagoana Macabéa, quando exposta a um Rio de Janeiro cruel e preconceituoso. “Este é um canto que poderia ser meu, de minha mãe e de tantas outras nordestinas que caminham por aqui, despercebidas”, reflete a multiartista que, filha de mãe baiana e pai francês, revela ter emprestado muito desse seu DNA híbrido à personagem. “Eu me sinto, na mesma proporção, solar como a Bahia e melancólica como os dias na França. E Macabéa é exatamente isso: o equilíbrio singelo entre o penar e o sorrir.” Na voz de Laila, essa tragédia clariceana ganha a musicalidade do samba, do xote, do rock e do maracatu, e extravasa dos palcos às plataformas digitais no álbum “O Canto de Macabéa”, lançado em março deste ano e já com mais de 50 mil visualizações no YouTube. “O sonho é, no futuro, transformar o CD em show ao vivo e percorrer o Brasil em turnê duo com o gênio e compositor da peça, Chico César.” Neste mês, Laila viaja, na pele de Macabéa, em curtíssima temporada pelo sul e sudeste do país. “Vamos passar por Porto Alegre nos dias 14 e 15 de maio, e, depois, seguimos para apresentações únicas nas cidades de Taquara (RS), Belo Horizonte e Florianópolis. A ideia é espalhar essa joia literária que Clarice colocou em nossas mãos e que diz tanto sobre empatia e amor, ensinamentos tão necessários nestes tempos de intolerância.”
FOTO NANA MORAES
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FOTOS ALEXANDRE SOCCI E MARISTELA COLUCCI
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Em sentido horário, Beto velejando em Port Townsend, nos Estados Unidos; percorrendo o Rio Pinheiros em um catamarã; e ao lado de seu parceiro, o italiano Igor Bely EXPEDIÇÃO
Desafio polar O velejador Beto Pandiani se aventura pelas águas e pelos ventos em ousada travessia nos mares congelados do Ártico
POR HELENA CARDOSO
COM QUASE 30 ANOS DE VIVÊNCIA nos mares e sete viagens
transoceânicas no currículo, o velejador Beto Pandiani se prepara para enfrentar, aos 64 anos, a travessia mais ousada de sua carreira. Ao lado do também velejador Igor Bely e a bordo de um barco portátil à vela, ele parte em uma viagem de aproximadamente 100 dias pelas águas congeladas do Ártico. A intitulada “Rota Polar” tem saída prevista para o dia 30 de maio, com trajeto partindo do Estreito de Bering, no Alasca, em direção à Groenlândia, em uma jornada de cerca de três milhas náuticas margeando as calotas polares. Imprevisível, o sucesso da viagem depende do degelo espontâneo da lendária Passagem Noroeste, via atlântica conhecida por seu caráter traiçoeiro. “Muitos navios já naufragaram nesse caminho. Ultrapassá-lo só é possível uma vez por ano, durante os dois meses de verão – e, ainda assim, o descongelamento completo pode não acontecer. A última vez que a passagem se abriu plenamente foi em 2019, e torcemos para que ela esteja livre quando a alcançarmos, em meados de julho. Estamos jogando com o risco”, comenta.
Para acrescentar doses de aventura, o trajeto será enfrentado a bordo de um catamarã – embarcação com dois cascos, sem cabine e sem motor, movida apenas pela força dos ventos. Nos dias de calmaria, sem o impulso da brisa marítima, pedalinhos acoplados ao navio permitirão que a dupla siga viagem. Na mala, apenas o estritamente necessário: alguns pacotes de alimentos desidratados e mudas de roupa com isolamento térmico, para caso seja necessário nadar pelo mar congelado. “Nem água poderemos levar, não há espaço. Vamos usar dessalinizadores manuais para transformar a água oceânica em potável, em um procedimento diário de quase 1h30 de trabalho braçal.” A ousada travessia será rastreada em tempo real pela marinha canadense, e sistemas de comunicação via satélite permitirão que a dupla se mantenha conectada e alimentando as redes sociais com vídeos, fotos e atualizações de bordo. Ao final do trajeto, todo o material coletado será compilado em um documentário, que deve chegar aos cinemas no segundo semestre de 2023. “Mais que um diário de viagem, estamos comprometidos a produzir um conteúdo educativo. Vamos conversar com cientistas e geluítes do Hemisfério Norte para entender os efeitos das mudanças climáticas na região, e todas as informações que colhermos serão encaminhadas a um grupo de professores brasileiros que as transformará em material didático para alunos do ensino médio. Se minhas outras viagens foram fruto da paixão pelo mar, essa eu quero que seja agente de uma conscientização necessária”, finaliza.
MINISTÉRIO DO TURISMO, GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, POR MEIO DA SECRETARIA DE CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA, FUNDAÇÃO OSESP, KLABIN E BANCO RABOBANK APRESENTAM
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Com obras de Vivaldi, Piazzola, Nielsen e Villa-Lobos
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FOTO YVÃ SANTOS
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MÚSICA
B E M - E S TA R
Chá verde e amarelo Especializada em blends gourmet de ervas nacionais, Casa Infusiva propõe jeitinho brasileiro de tomar chá POR HELENA CARDOSO
e costume vespertino na Inglaterra, o consumo de chás tem tímidos adeptos no Brasil. Para inspirar a nacionalização desse hábito, a alquimista e tea sommelier Juliana Zannini se dedica à criação de blends autorais com frutas, flores e raízes que remetem ao clima, aos aromas, às cores e aos sabores daqui. Essas infusões, 100% naturais, podem ser degustadas quentes ou geladas na Casa Infusiva, charmoso espaço na Vila Madalena. Entre as criações, destaque para o blend cítrico “Apidae”, uma versão brasileira do earl grey britânico que leva chá preto, casca de laranja e cupuaçu; e para o mix digestivo “Brilha”, com coloração azulada natural, feito com capim-santo, clitória, anis estrelado e jasmim. Há ainda opções ousadas, como a cerveja com chá preto, goiaba e alecrim; os temperos culinários feitos à base de ervas; e o blend “Bom Pra Cachorro”, pensado para a digestão dos pets. TRADIÇÃO MILENAR NA CHINA
Selo musical Rockambole inaugura espaço híbrido com bar, estúdio de gravação e casa de shows
POR HELENA CARDOSO
MUITO ALÉM DE UM CLÁSSICO REDUTO
para a boemia paulistana, a Vila Madalena tem se firmado como um dos principais points artísticos da cidade. Exemplo desse florescer cultural é a recém-inaugurada Casa Rockambole, um mix de casa de shows, bar e estúdio, instalado no número 119 da rua Belmiro Braga. Com programação eclética e ambientes versáteis, o espaço herda o imóvel que, por 14 anos, abrigou o tradicional Centro Cultural Rio Verde, conhecido por servir de palco para estrelas como Arnaldo Antunes e Nando Reis. “Quando assumimos a casa, optamos por manter toda a estrutura original intacta, queríamos preservar a história desse centro que foi referência na noite paulistana”, conta o empresário e produtor Gabriel Dantas, que, ao lado dos sócios Fernando Cescon, Luiza Gonçalves, Ygor Alexis
e Felipe Machado, tomou a frente do espaço em março de 2022 e o transformou em sede oficial do selo musical assinado pelo grupo. Em maio, além de apresentações ao vivo das bandas assessoradas pelo núcleo – entre elas, O Grilo, Dingo Bells e Pluma –, a casa recebe artistas independentes de fora do selo e abriga, no dia 7, a Festa Punga!, com sets ao vivo dos DJs Minizu, Beans, Kler Milo, Nyack e Fábio Lafa a partir das 18h. “No futuro, o plano é receber, também, workshops de produção musical, rodas de conversa com profissionais da área e festivais de rock, samba e R&B.” Para além do salão principal, com capacidade para acomodar 500 pessoas, a casa Rockambole conta ainda com um terraço com fumódromo, um jardim de inverno, um coreto para apresentações mais intimistas e um bar com drinques e petiscos, que fica aberto de quarta a domingo, mesmo em dias sem shows marcados. Casa Rockambole Ingressos em www.rockambole.com.br. Entrada mediante apresentação de comprovante de vacinação.
Casa Infusiva | www.infusiva.com Rua Harmonia, 314. Vila Madalena FOTO DIVULGAÇÃO
Boemia artística
HO RA H
FOTOS RYK BRAGA @CLICKGASTRONOMICO
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DOCES
Pedacinhos de eventos únicos Loja oferece doces, cafés e cestas que fazem parte da essência de menus degustação apresentados em celebrações de marcas premium POR PAULA CALÇADE
Partager Alameda Itu, 1.485, Jardim Paulista De segunda a sábado, das 10h às 18h
FOTO HELENA CARDOSO
Doces selecionados da Partager, do chef mineiro Gustavo Pereira
CONHECIDO POR PENSAR a experiência gastronômica de eventos de marcas de luxo, como Dior, Qatar Airways e a Swarovski, o chef Gustavo Pereira inaugura uma boutique, no Jardim Paulista, que funciona como café, cozinha industrial, sede da empresa, a Partager, e loja física de seus produtos. “As pessoas entram e não sabem bem o que esperar do espaço, mas logo descobrem que podem se sentar, tomar um café e experimentar um de nossos
brigadeiros, e é aqui que acontecem as primeiras reuniões para elaborarmos os buffets especiais”, conta. A Partager é um buffet de alta gastronomia focado em atender a um storytelling baseado na memória afetiva de uma marca ou cliente – o que o chef, inclusive, aplica na elaboração de seus menus degustação, que têm como referência ancestral o livro de receitas de sua avó, que fica exposto na loja. A gastronomia de Gustavo Pereira une elementos da tradicional culinária francesa ao sabor da cozinha mineira – ele cresceu na fazenda da avó, em Três Corações (MG), e se formou na escola de Gastronomia Ferrandi, em Paris. É possível comprar brigadeiros, cafés selecionados, cestas de presentes exclusivas, bolos, além da rotisserie, também no e-commerce da marca (www.partagergastronomia.com.br).
ARTE
Literatura com todas as letras Recém-inaugurada dentro de um bar, a Livraria Pulsa tem catálogo de obras escritas por autores LGBTQIA+
POR HELENA CARDOSO
PARA A EDITORA TEXTUAL Caroline Fer-
nandes, é representativo que o local escolhido por ela e sua sócia, Fer Krajuska, para abrigar a recém-inaugurada Livraria Pulsa seja tão ruidoso quanto um botequim. “Quem nos visita, tem uma palhinha do que estamos tentando fazer no mercado editorial: barulho.” Funcionando desde o início de abril em uma minúscula sala dentro do constantemente lotado Bar Das – conhecido por ser point de mulheres lésbicas e bissexuais na Vila Buarque, no centro de São Paulo –, o espaço revoluciona, também, pela curadoria obstinada de seu catálogo literário. Colorindo as prateleiras, estão
mais de 40 títulos – entre romances, biografias, HQs e coletâneas de contos e poesias –, todos eles escritos exclusivamente por autores LGBTQIA+ ou com enredos que refletem as múltiplas vivências dessa comunidade. O acervo, que deve se renovar regularmente, prioriza textos de pessoas trans, não-binárias e de fora do eixo sudeste do país. A livraria foge ao tradicionalismo, inclusive, no horário de funcionamento, e fica aberta de quarta-feira a sábado, apenas das 20h às 23h, acompanhando
o movimento da boemia da região – mas, ainda assim, é possível visitá-la sem abrir uma comanda no bar. Além de livros, a Pulsa também expõe à venda gravuras eróticas, assinadas pela artista plástica Mariana Dias, e impressões fotográficas de nus artísticos capturados pela retratista Débora Machado. Livraria Pulsa Rua Fortunato, 133, Vila Buarque www.livrariapulsa.com.br
FOTOS DIVULGAÇÃO E ISTOCKPHOTO
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Vitor Torres, CEO da Contabilizei
NEGÓCIOS
Contabilidade
na palma da mão
Startup brasileira desburocratiza a jornada de empreendedores e regulariza negócios com serviço contábil online
POR PAULA CALÇADE
COLOCAR EM PRÁTICA o desejo de abrir o próprio
negócio pode ser desafiador e esbarrar em burocracias. Por isso, toda a empresa precisa de um contador. A startup brasileira Contabilizei, que começou a operar em 2014, disponibiliza uma solução de contabilidade online para facilitar a adesão de diferentes profissionais e reduzir os custos desse tipo de serviço. A empresa oferece primeiro a abertura gratuita do CNPJ e, depois, vende a contabilidade. “Cuidamos das rotinas contábil e financeira após a formalização da empresa. Dessa forma, os empreendedores ganham tempo para pensar no que é mais importante para eles: planejamento, estruturação e crescimento do negócio”, explica Vitor Torres, fundador e CEO da Contabilizei. A startup começa com um atendimento humano, tendo uma equipe própria de contadores e registro no Conselho Federal de Contabilidade, e os processos como o cálculo de impostos devidos e a elaboração de balanços financeiros são feitos
de maneira automatizada. O foco é atender micro, pequenas empresas e profissionais liberais – aqueles que podem trabalhar de maneira autônoma, mas precisam estar registrados a uma ordem ou conselho profissional, como médicos, advogados e engenheiros. “Os clientes podem escolher como preferem ser atendidos, seja pelo WhatsApp e telefone até às 22h, chat ou e-mail. Há também três pontos de atendimento físico, sendo dois localizados em São Paulo e um no Rio de Janeiro, e temos um projeto de expansão para mais cidades do Brasil.” Com custo 70% a 90% menor do que o de um escritório de contabilidade tradicional e mensalidades que começam em R$ 96, a Contabilizei também dispõe de assessoria especializada em gestão empresarial e auxilia para que os empreendedores encontrem o melhor plano de saúde empresarial, emitam cobranças e recebam pelos seus serviços sem precisar de um site ou de uma maquininha.
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FOTOS DIVULGAÇÃO
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E S C A PA D E L A
Guarujá ganha sushi bar flutuante Funcionando em um barco com 60 pés, o Macamamu é uma excelente opção para um almoço al mare, com direito a delícias da culinária japonesa e bons drinques
POR KIKE MARTINS DA COSTA
QUE TAL PASSEAR A BORDO de um barco
de 60 pés pelas praias de Iporanga, Branca e São Pedro degustando sushis? É para isso que o empresário Aloisio Christiansen criou o restaurante flutuante Macamamu, que tem capacidade para receber até 20 clientes com todo conforto. O passeio começa na Marina Guarujá, no km 10 da estrada para Bertioga. É lá que fica ancorado o barco, que pode sair já com os clientes a bordo ou conquistá-los enquanto atravessa águas do Canal de Bertioga ou singra pelo mar, ao longo da paradisíaca orla da ponta da ilha de Guarujá. O barco funciona normalmente aos sábados, domingos e feriados, sempre das 11 às 17h, mas pode ser contratado para tours privativos a qualquer dia da semana, com um mínimo de
6 adultos e máximo de 12 pessoas. Nesse caso, a locação tem duração de 6 horas, o itinerário é definido com antecedência e no valor por pessoa (R$ 1.000) estão incluídos os sushis e sashimis, água, refrigerantes, cervejas e destilados nacionais. O restaurante é uma ótima opção não só para almoços preguiçosos, mas também para celebrações familiares, despedidas de solteiro ou até mesmo reuniões corporativas mais informais. Se bater o cansaço, o iate tem ainda uma suíte para quem quiser dar uma relaxada para recarregar as energias. A cozinha é comandada pelo jovem sushiman Toni Araújo, que durante anos trabalhou no Iate Clube de Santos. O cardápio oferece combinados de sushis e sashimis, hossomakis, uramakis, temakis, usuzukuris, pokes
Embarcação do Macamamu e prato de sushis e sashimis servidos a bordo
e ceviches. Do bar, saem boas caipirinhas e drinques como gim-tônica, Aperol Spritz ou Negroni. “A ideia futuramente é chegarmos até Ilha Bela”, conta Aloísio, que em São Paulo trabalha com investimentos e administração de ativos e começou a literalmente navegar por esse universo da gastronomia e da hospitalidade em fevereiro, durante feriado de Carnaval. As reservas podem ser feitas pelo telefone/whatsapp 11 97850-1169 e é necessário fazer um pagamento adiantado de 30%. A agenda do barco-restaurante está disponível no perfil @macamamu_sushi_ocean do Instagram.
Cuide do seu sentido mais precioso com estilo. Alameda Tietê, 118 | (11) 3062-6740 greenoptica
FOTO LUCAS MOHALLEM
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FOTO LUCAS MOHALLEM
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FOTO NELSON MIRANDA
FOTO DIVULGAÇÃO
Nas fotos, quadra de beach tennis e suíte da Pousada Figueira da Serra, e pratos servidos no restaurante Puriman, do chef João Izar
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EXPERIÊNCIA
Sabores de Campos Entre quadras de beach tennis e confortáveis suítes, pousada Figueira da Serra se destaca por restaurante com ingredientes locais e pratos elaborados na Mantiqueira
POR PAULA CALÇADE
FALTAVA UMA EXPERIÊNCIA assim em
Campos do Jordão – já tão conhecida e admirada por paulistanos e moradores da região. Conforto, alta gastronomia, responsabilidade socioambiental e, principalmente, privacidade se evidenciam no recente Puriman, localizado na pousada Figueira da Serra e comandado pelo chef João Izar, que valoriza pequenos produtores e tem como conceito a exploração consciente da natureza da Serra da Mantiqueira em seus pratos. No menu enxuto, destaque para a bochecha de porco defumada por 12 horas e cozida em baixa temperatura por mais 12 horas, servida com pera
laqueada com um caramelo de baunilha do cerrado, que é o carro-chefe da casa. O pato laqueado com laranja, mandioquinha e café (foto) e o arroz mar e montanha também encantam entre os principais. A espuma de chocolate branco, grapefruit e lírio do brejo finaliza bem a noite de diferentes e sutis sabores. E há a possibilidade de harmonizar tudo isso com a seleta carta de vinhos do local. Por ali, hóspedes e visitantes podem desfrutar ainda de um delicioso café da manhã em etapas (R$ 70 por pessoa), composto por duas bebidas, uma fria e uma quente, cesta de pães de
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fermentação natural com manteiga da casa e pasta do dia, ovos, iogurte com geleia e granola, salada de frutas e bolo do dia. Com uma arquitetura aberta, o Puriman é invadido por luz natural e uma linda vista das araucárias da região, que cercam o ambiente contemplativo do restaurante. Para além da experiência gastronômica, a Figueira da Serra, com apenas 18 suítes para casais, oferece quadras de beach tennis, com equipamentos liberados para os hóspedes – o único local na Serra da Mantiqueira para essa prática esportiva – além de um spa com massagens relaxantes e ayurvédicas, e uma localização próxima ao centrinho do Capivari, mas distante o suficiente para um descanso privativo nas montanhas. Pousada Figueira da Serra e Restaurante Puriman Rua Embuia, 190. Jardim Embaixador Campos do Jordão. Tel. (12) 99619-9689 Diárias a partir de R$ 865
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kikecosta@uol.com.br
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Horas de voo
POR
FOTO DIVULGAÇÃO
Kike Martins da Costa
Radar Luxo a bordo
Para evitar Rússia, Cathay terá voo mais longo do mundo Oficialmente, empresa diz estar desviando sua rota por causa dos ventos do Pacífico, mas a verdade é que ela, assim como outras companhias internacionais, quer que seus aviões fiquem longe do espaço aéreo russo A companhia aérea Cathay Pacific, de Hong Kong, começou a operar em abril o voo de passageiros mais longo do mundo, entre Nova York e o seu hub principal, no Mar da China Meridional. A rota já existe há anos, mas agora está tendo de fazer um desvio para não sobrevoar a Rússia. Em vez de passar sobre o Ártico, cruzará o Atlântico, a Europa e a Ásia Central para evitar os céus da Rússia. O novo trajeto tem quase 9 mil milhas náuticas (16.668 quilômetros) percorridas em algo em torno de 17 horas, informou a empresa Anteriormente, essa era uma viagem de 7 mil milhas náuticas (cerca de 12.900 km), percorrida em pouco mais de 13 horas, cruzando a Sibéria e a Groenlândia. O novo percurso cria o voo mais longo do mundo em distância, embora não em tempo, pois fica ligeiramente abaixo da rota da Singapore Airlines
entre a cidade-estado asiática e Nova York, que percorre 15.343 km em 18 horas. O voo da Cathay Pacific é operado por um moderno A350-1000, com capacidade para aproximadamente 330 passageiros distribuídos em três classes. Assim como a Cathay, várias companhias aéreas cancelaram suas conexões com a Rússia ou evitam seu espaço aéreo desde o início da invasão da Ucrânia. Já o governo de Moscou fechou seus céus para vários países europeus e todos os voos ligados ao Reino Unido. Oficialmente, a Cathay Pacific alega a opção pelo tráfego transatlântico em virtude dos fortes ventos sazonais no Oceano Pacífico nessa época do ano. Tanto que, no sentido inverso (de Hong Kong para Nova York), o voo continua sendo operado pelo Oceano Pacífico, passando também pelo Canadá e pelo Alasca.
A La Première, o serviço de Primeira Classe da Air France, volta a ser oferecido no Brasil a partir do dia 9 de maio, em três dos 14 voos semanais que conectam São Paulo a Paris. Cada suíte privativa La Première conta com um assento que se transforma em uma cama de mais de dois metros de comprimento, menus assinados por chefs Michelin, vinhos e champanhes da melhor qualidade, entretenimento com telas HD de 24 polegadas e amenities da grife de cosméticos de luxo Carita.
Cordilheira A Gol adiou mais uma vez o retorno dos voos de São Paulo (Guarulhos) para Santiago. A companhia aérea voltará a operar no país chileno somente no final de outubro. Já a ligação de Brasília com Orlando e Miami será retomada neste mês de maio, respectivamente nos dias 13 e 17. Inicialmente, cada rota terá quatro voos semanais.
Decolagem Com a retomada gradativa das viagens, graças a certo controle da pandemia, o tráfego aéreo teve forte recuperação em 2021. No ano passado, cerca de 4,5 bilhões de pessoas viajaram de avião pelo mundo todo, representando um aumento de quase 25% em relação a 2020 - mas ainda inferior aos totais de 2019. O Aeroporto de Atlanta, no sul dos Estados Unidos, recuperou o posto de mais movimentado do planeta. Por lá, passaram 75,7 milhões de passageiros em 2021.
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mariorafaeloliveira@gmail.com
CO LUNA
Bom de copo
POR
FOTO TALES HIDEQUI | @TAHLAO
Mário Oliveira
Muito mais do que bebida de pirata A cada dia, o rum ganha mais destaque nas cartas de drinques dos bares, que servem não apenas coquetéis clássicos como o Mojito e a Cuba Libre Primo distante da nossa querida cachaça e com seu nascimento creditado aos caribenhos do século 17, o rum – famoso destilado geralmente feito a partir do melaço da cana-de-açúcar – vem atraindo mais e mais adeptos no Brasil, tanto de forma pura, como em coquetéis clássicos e autorais criados e replicados país afora. Apesar de sua imagem ainda muito ligada ao Caribe, a bebida pode ser produzida em qualquer lugar do mundo, pois não exige um certificado de denominação de origem como a cachaça, o Cognac e o Champagne. Um exemplo interessante sobre essa produção globalizada é que já temos marcas brasileiras, inclusive, reconhecidas! Um dos fatores importantes para o aumento na procura e no consumo deve-se à inserção do rum em uma grande gama de menus de drinques da safra de bartenders atuais, com técnicas, estilos e harmonizações que o colocam como protagonista, coisa que até pouco tempo não havia sido tão explorado.
Para sair da mesmice Por ser um destilado versátil com estilos desde o mais clássico, passando por um envelhecido até um mais amadeirado, o rum é a base de drinques clássicos reconhecidos no mundo todo, como o Daiquiri, a Cuba Libre e o Mojito. Para se diferenciar, seguem duas receitas de drinques para ousar em casa ou no seu bar favorito.
1
Kingston Negroni FEITO EM MIXING GLASS.
40 ml rum jamaicano 30 ml vermute tinto 30 ml Campari (Releitura do Negroni, mas tendo o rum como base)
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Brado FEITO NA COQUETELEIRA E COADO DUPLAMENTE.
50 ml rum Bacardí Añejo Cuatro 30 ml chá preto 15 ml xarope de hortelã 10 ml licor Cynar (Coquetel representante do Brasil no Bacardí Legacy Global 2020-2021)
MÁRIO OLIVEIRA é bartender e responsável pela consultoria dos bares do Grupo Obicà e do Grupo Tokko&Tokkotai, em Portugal
Faça um vôo sem escalas entre o sabor e o seu paladar.
São Paulo Rio de Janeiro Brasília Porto Alegre Curitiba Belo Horizonte Recife Goiânia Campinas Alphaville
pobrejuan.com.br
/ restaurantepobrejuan
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Patricia Palumbo
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Rádio Vozes
POR
Nostalgia da liberdade A paz e o amor, lema cantado e difundido no mundo e no Brasil afora no século passado, volta repaginado em bandas e produções que são pura poesia
O outono já invade os dias e as nossas vidas. Isso quer dizer que as praias estão lindas e desertas, esperando por nós, como na música “As Praias Desertas”, de Tom Jobim. Ao mesmo tempo, sabemos que a vida segue com suas dificuldades habituais e que a liberdade de estar no mar e na folia com os amigos não é para toda hora. O mundo vive simultaneamente uma pandemia e algumas guerras. E que saudade que dá do nosso amor na paz, não é? Já ressoa aos ouvidos “A Paz”, de João Donato e Gilberto Gil. Lembro do movimento hippie paz e amor contra a guerra do Vietnã, lembro de Ella Fitzgerald cantando “Let’s Do It” de Cole Porter (“Vamos Amar”, na versão de Carlos Rennó com Elza Soares). E recordo dos nossos anos 1960 e 1970 com as maravilhas cantadas por Gal Costa, Luiz Melodia, Marina Lima. Plena ditadura e a música sempre indicando a saída. Ou pelo menos fazendo mais fácil existir. Nesse verão de 2022 vimos duas bandas muito jovens com o espírito odara enchendo praias e teatros pelo Brasil. Sim, praias! Vejam que delícia. Bala Desejo (foto) é um quarteto formado meio sem querer no princípio da quarentena. Foram morar juntos Julia
Vargas, Zé Ibarra, Dora Morelenbaum e Lucas Nunes. Fizeram lives da escadaria do prédio, compuseram, tocaram e, agora, espalham esse amor por aí. O primeiro trabalho já está nas plataformas e é uma delícia. Nas fotos parece que estamos vendo os doces bárbaros do século 21, cariocas, jovens, talentosos e livres – ou, ao menos, pregando a liberdade, a paz e o amor. A outra banda, ainda que não more junto, convive desde o berço. São os Gilsons. Nome dado por Preta Gil para juntar o som e os três meninos de mesmo sobrenome: José, João e Francisco. O álbum “Pra Gente Acordar” é um tremendo sucesso e a agenda está lotada até o próximo semestre. Como a Bala Desejo, o repertório é autoral e a plateia canta tudo. Fico com a impressão de que é esse desejo de ar que traz a nostalgia da liberdade, a vontade de cantar o amor geral em um acorde perfeito maior. A arte salva, regenera, nutre e cura. E Gal Costa, musa desses anos incríveis, das dunas do barato, a maior cantora do Brasil para João Gilberto e
Torquato Neto, está virando filme. Parte de sua história, da chegada ao Rio até o histórico e fundamental “Fa-Tal” (dirigido pelo também fundamental Waly Salomão) ganhou roteiro de Lô Politi. Fiquei encantada quando li. Estou louca para ver o longa! Lô divide a direção com Dandara Ferreira, que já fez um documentário incrível sobre Gal. Sophie Charlotte, que canta lindamente, aliás, é nossa personagem principal. “Nossa” porque Gal é patrimônio, certo? Já soube que as filmagens reproduzem o clima da época, inclusive nos bastidores. Será que é um sinal de que a nostalgia vai trazer de volta a paz e o amor para esses nossos tempos brutos? Tomara! Porque eu prefiro mesmo é dançar para ficar odara e dizer que sou amor da cabeça aos pés. Como dizem por aí, vamos fazer poesia! Porque eles detestam...
ESCANEIE E OUÇA A PLAYLIST BY PATRICIA PALUMBO NO 29HORAS PLAY
PATRICIA PALUMBO é jornalista especializada em música e criadora da Rádio Vozes. Acesse www.radiovozes.com e ouça o podcast "Peixe Voador" nas principais plataformas de streaming de áudio
mú.si.ca
s.f. 1. Palavra singular que só faz sentido no plural. 2. Combinação de ondas sonoras que causa arrepio, nos faz dançar, chorar e transbordar. 3. Afetos e experiências viscerais traduzidas em som.
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Bon vivant
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Georges Henri Foz
Festa da D.Edge, na Barra Funda
O retorno das baladas Com os perigos da pandemia afastados, a cena noturna paulistana volta a oferecer opções de clubes e pistas para todos os gostos No começo de abril de 2020, o setor de bares, restaurantes e baladas sofreu como nenhum outro os prejuízos da pandemia. As casas noturnas foram obrigadas a suspender totalmente as atividades e não tiveram nem a alternativa de trabalhar em formato reduzido. Agora, com a situação recentemente controlada, as noites de São Paulo voltam com tudo. Basta filtrar pelo tipo de som para escolher onde você pode curtir até de manhã. Não importa se a levada é sertaneja, samba-rock, black music, house, eletrônica ou até mesmo música latina, alguma pista animada aguarda quem quer se divertir e dançar, regado a drinques autorais, antes reservados aos bares de esquenta. Das casas que bombavam antes da
pandemia, algumas conseguiram manter seus endereços e outras tiveram que se mudar, mas continuam firmes e fortes. Vários investimentos estão sendo feitos na área e podemos esperar grandes novidades para o segundo semestre. Por enquanto, quem gosta de sertanejo segue frequentando o Vila JK (antigo Villa Mix, na Vila Olímpia) e o Villa Country, na Água Branca. As duas casas trabalham com esquema parecido, mesclando shows de bandas sertanejas e emendando com pistas lotadas. As reclamações sobre a demora para entrar são mais frequentes no Vila JK, talvez por ser um lugar com capacidade menor. Já quem quer curtir um rock estilo underground, vai se acabar no
GEORGES HENRI FOZ é publicitário, restaurateur e empresário franco-brasileiro.
Madame, na Bela Vista, bem ali onde funcionou o Madame Satã, desde 1983. A casa é muito boa, toda no estilo gótico e com um som maravilhoso. Já se você gosta de black music – desde o funk anos 70, rap e até hip hop raiz – o DJ Puff e seu time comandam o som no Up Club, na Vila Madalena. O local é super bem equipado, com música e luzes de primeira. Quem gosta de house music vai para a velha e boa Disco, no Itaim. Essa balada, que é uma das mais chiques e caras de São Paulo, já recebeu personalidades internacionais ao longo dos seus quase 30 anos. Camarotes e outros espaços privilegiados devem ser reservados com muita antecedência. A nova onda entre os jovens endinheirados é fechar a casa para festas particulares. Por fim, os clubbers loucos por música eletrônica não pensam duas vezes na hora de escolher. Há mais de 20 anos, a D.Edge, na Barra Funda, é sinônimo internacional de meca da música eletrônica. Em constante evolução, tanto na programação quanto no design do clube e na estética musical, é mundialmente reconhecida como integrante das top 5 do planeta. A programação é repleta de noites conceituais e apresenta os melhores DJs do mundo. Aproveite!
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VIAGEM
Descobertas na Geórgia Pouco visitada por turistas que percorrem os Estados Unidos, Atlanta oferece interessante contraste entre áreas verdes, prédios modernos e design criativo que toma conta das ruas vivas da cidade
POR ANELISE ZANONI
POUCOS MINUTOS ANTES de aterrissar,
um tapete de verde intenso surge no canto da janela do avião. No horizonte, milhares de árvores se destacam em primeiro plano e, por curiosidade, nos fazem esquecer que o Aeroporto Internacional de Atlanta Hartsfield-Jackson, na Geórgia, nos Estados Unidos, é um dos mais movimentados do mundo. O contraste entre a natureza e o tom frio do concreto dos prédios é comum em Atlanta. Ponto frequente para escalas de voos que percorrem o país, o destino recebe milhões de passageiros por ano, mas boa parte segue viagem sem ao menos dar uma chance para a cidade. Não sabem que, a menos de 20 quilômetros do aeroporto, está um lugar que faz parte da história dos direitos civis americanos, incluindo a trajetória de Martin Luther King, e hoje é vibrante, criativo, inovador e com gastronomia efervescente. Para os brasileiros que retomam as viagens aos Estados Unidos, é uma grande oportunidade. Em especial porque agora, além de a companhia aérea Delta Airlines conectar Atlanta ao
Brasil, a panamenha Copa Airlines tem quatro voos semanais para a capital da Geórgia e uma ligação rápida a quase uma dezena de cidades brasileiras. O cenário verde próximo ao aeroporto é replicado em lugares como Botanical Garden e o charmoso bairro Buckhead Village District, onde estão grifes mundiais, como Hermès, Dior e Christian Louboutin. No jardim botânico, esculturas com plantas, estufas de orquídeas e horta com vista para os altos prédios permitem esquecer que a metrópole tem empresas inovadoras. Outro ponto é o Atlanta History Center, um grande museu dentro de um complexo com mais de 133 mil metros quadrados. Ali estão detalhes históricos e culturais, um extenso jardim, exposições de arte e um antigo casarão de 1928, a Swan House. No lado agitado de Atlanta, o legado dos Jogos Olímpicos de 1996 permanece vivo. O Centennial Olympic Park exige tempo para ser contemplado, já que tem história por todos os lados. É lá onde ficam a obra com os anéis das
Olimpíadas e a roda-gigante Skyview, que permite vista ampla do famoso quarteirão. Duas outras importantes atrações habitam a região: o Georgia Aquarium é uma delas e é onde você encontra uma das maiores concentrações de espécies marinhas do mundo, incluindo tubarões baleia. No fim do percurso, o World of Coca-Cola também faz bonito e permite, além de uma imersão na história do refrigerante mais famoso do mundo, degustação de dezenas de refrigerantes vendidos em diferentes países.
Criatividade urbana Um exercício interessante para conhecer as inovações no design e na gastronomia de Atlanta é perambular sem pressa por Westside Provisions District e Colony Square. Em ambas é comum encontrar corredores e escadarias que levam a cenários modernos, com mobiliário colorido e criativo. Isso porque a cidade vem se renovando nos últimos anos e se apropriou de áreas abandonadas – que incluíam prédios
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FOTO GENE PHILIPS
FOTO GENE PHILIPS | ATLANTAPHOTOS.COM
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cervejarias e lojas bem iluminadas. Para quem conhece Nova York, é impossível não o comparar com o Chelsea Market.
Hospedagem cosmopolita O crescimento criativo de Atlanta é proporcional à variedade de hotéis, principalmente de luxo. A poucos passos do Centennial Olympic Park, o Omni Atlanta Hotel tem quartos confortáveis com vista para o parque e tarifas a partir de US$ 229. Entre as regalias estão um amplo e disputado
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de antigos frigoríficos e fábricas – para criar espaços de lazer, compras e gastronomia. Na área de Westside, entre as lojas de decoração, está uma disputada sorveteria com aroma de caramelo, a Jeni’s Splendid Ice Creams, e descolados restaurantes de street food como Little Trouble, que trabalha com culinária asiática, e o Brown Bag, especializado em frutos do mar. A poucos passos do centro gastronômico, é possível jogar golfe indoor, beber drinques e competir com os amigos no bar de esportes Puttshack. Ainda nessa pegada de renovação, um dos projetos mais ousados é a Beltline – antiga área de passagem de trens que se transformou em um calçadão, que é usado como pista de caminhadas e ciclovia. Nas margens estão pequenos restaurantes, cafeterias e bares, e o Ponce City Market – uma instalação contemporânea no antigo prédio da loja de departamentos Sears. O estilo industrial, com barras de ferro que atravessam paredes, contrasta com pisos coloridos e dezenas de bares,
Na outra página, a badalada região de Atlanta Midtown; em sentido horário, murais da Beltline Eastside Trail, fachada do Ponce City Market, mini-golfe no Puttshack, e suíte Lenox do JW Marriott Atlanta Buckhead
bar de esportes, fitness center e cafeterias. O hotel fica dentro do CNN Center. Com vista para um cenário que mescla vegetação intensa e prédios do centro da cidade, o JW Marriott fica no bairro nobre de Buckhead e é um dos hotéis mais exclusivos. Há pouco tempo passou por repaginação, o que deixou a hospedagem mais moderna. O local tem tarifas a partir de US$ 238, piscina com raia, passeios privativos e tem passagem direta para o shopping Lenox Square.
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CAPA
Luz imortal
em meio à escuridão GILBERTO GIL ESTÁ TENDO UM 2022 AGITADO, COM AS CELEBRAÇÕES DOS SEUS 80 ANOS, SUA CHEGADA À ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS, SHOWS NOS FESTIVAIS MITA E ROCK IN RIO, E UMA NOVA TURNÊ PELA EUROPA, TOCANDO E CANTANDO ACOMPANHADO POR SEUS FILHOS E NETOS
POR
KIKE MARTINS DA COSTA
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C
OMEÇOU A CIRCULAR O EXPRESSO 2022! No mês que vem, mais pre-
cisamente no dia 26 de junho, Gilberto Gil completa 80 anos de vida. E as celebrações desse marco começam neste mês, com a participação desse gênio tropicalista no festival MITA (Music Is The Answer), que acontece nos dias 14 e 15 na Spark Arena, em São Paulo, e nos dias 21 e 22 no Jockey Club do Rio. Após passar a maior parte da quarentena isolado com sua família em Araras, no interior do estado do Rio, o cantor e compositor se apresenta num esquema “Refamília”, cercado por sua prole: ele será acompanhado pelos filhos Bem Gil (guitarra e voz) e José Gil (bateria e percussão), e pelos netos João (guitarra) e Flor (teclados e vocais). Com mais de 60 álbuns, 7 Grammys, quase 4 milhões de discos e CDs vendidos e uma carreira que extrapola a música – com sua atuação como Ministro da Cultura, como embaixador da Boa Vontade das Nações Unidas e como Artista da Paz da Unesco – Gil é um patrimônio nacional. E, grande letrista que é, tornou-se um imortal, ao assumir em abril a cadeira nº 20 da Academia Brasileira de Letras. Dono de uma poética melodiosa e nem tão esotérica assim, em seu discurso na cerimônia de posse, Gil aproveitou para mandar um recado direto para uma certa pessoa nefasta. “A Academia Brasileira de Letras é a Casa da Palavra e da Memória Cultural do Brasil. E tem uma responsabilidade grande no sentido de fortalecer uma imagem intelectual do país que se imponha à maré do obscurantismo, da ignorância e da demagogia de feição antidemocrática. Poucas vezes na nossa história republicana o escritor, o artista, o produtor de cultura, foram tão hostilizados e depreciados
FOTO DIVULGAÇÃO | IRAKERLY SANTOS
como agora. Apesar dos tempos politicamente sombrios que vivemos, aposto na esperança. Contra a treva física e moral, que haja ao menos a chama de uma vela, até chegarmos a toda luz do luar. Permitam-me recordar: ‘Se a noite inventa a escuridão, a luz inventa o luar’. Essa é nossa aposta, na vida e na alegria”, disse. Nesta entrevista que concedeu à 29HORAS, Gil fala de família, do “novo normal” e de paz. Confira a seguir os principais trechos dessa conversa:
CAPA
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Como será seu show no MITA Festival? O que podemos esperar dessas suas apresentações em São Paulo e no Rio? FOTO DIVULGAÇÃO | RITA CARMO
O repertório do show é o que vem da turnê Gil in Concert, que fizemos na Europa no final de 2021. Tem umas duas músicas lá de trás, do meu primeiro LP, tem alguma coisa da época que voltei do exílio e outros sucessos de 1980 prá cá. É um repertório, do ponto de vista de fases, abrangendo mais ou menos três dessas quatro épocas da minha carreira.
Como vem sendo trabalhar em parceria com seus filhos nos palcos? O primeiro filho que veio para o palco comigo foi Nara, fazendo backing vocal lá atrás, nos anos 1980. De lá prá cá, teve o Pedro, como baterista, num período curto até 1990, quando ele morreu. Depois vieram Bem e José: Bem numa função como músico integrante da banda e cuidando, ajudando na escolha de repertório, criando arranjos, arregimentando colegas para tocar conosco; e José, que herdou um pouco de Pedro a vocação para bateria e percussão. Recentemente, veio a Flor, uma neta, e depois o João, um neto, que se juntaram a nós. Esses têm sido os familiares que têm compartilhado comigo vários momentos de shows e de gravações nesses últimos tempos. É sempre gostoso trabalhar em família.
E como você enxerga o futuro de sua neta, a Flor, que tem apenas 13 anos, mas recentemente fez um show aqui em São Paulo? Podemos dizer que estamos acompanhando o surgimento de uma nova estrela?
A partir do alto, logomarca das celebrações dos 80 anos de Gilberto Gil; o cantor ao lado de seus filhos (Bem e José) e neto (João); e no palco com a neta Flor Gil
É bem possível que sim, pois ela é multitalentosa, tem vários interesses no mundo das artes, em variadas manifestações. Ela gosta de cinema, de televisão, de novas mídias, da internet, das redes sociais. E um material muito bom, pois ela tem uma bela voz, tem talento no sentido de compreensão dos ingredientes que fazem a música, como ritmo, harmonia, e tem muito interesse em instrumentos – começou com o ukulelê, depois veio o teclado e agora está gostando do baixo. É possível que ela fique na música. Ela tem facilidade de cantar em outros idiomas (ela já cantou em italiano e inglês comigo). Enfim, na medida que ela sustente o
interesse por música, porque pode ser que ela vá se concentrar em outro aspecto artístico, acho que a música vai ficar sempre com ela, que vai desenvolver um trabalho musical relevante à altura do talento e do gosto que ela tem por música.
O que faz bem para os seus ouvidos? Recentemente, você se apresentou com o pessoal do Baiana System. Quais intérpretes e bandas das novas gerações você tem ouvido e acompanhado com especial atenção? Eu tenho um modo de audição de música que não é muito seletivo, pois hoje temos música espalhada por todos
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Nos anos 1970-1980, você REvolucionou a música brasileira com obras-primas como “Refazenda”, “Refavela”, “Realce” e “Refestança”, fazendo um maravilhoso mix de ritmos brasileiros com uma pegada globalizada e bem dosadas pitadas de pop, rock e reggae. Você considera que esse período foi o auge da sua produção musical? Acho que é, sim, a fase mais interessante, mais importante do meu trabalho. Foi um período de intenso trabalho, de aproveitamento de muitas referências que eu tinha tido ao longo dos anos, desde as coisas iniciais como a da Bossa Nova, da música tradicional brasileira dos anos 30/40/50, a influência da música que veio de fora, a música americana, a música caribenha. Enfim, os álbuns foram surgindo em função desses referenciais. Em sequência, vieram “Refazenda”, “Realce”, “Banda Um”, “Extra”, “Raça Humana” – foi o momento em que todos esses ingredientes da coisa original brasileira, da coisa internacional, do pop, do rock, do reggae – tudo isso se funde numa produção muito grande e a maioria das canções vão para os discos e chegam até o público e estabelecem esse lugar, essa
impressão que o meu trabalho acaba causando junto ao público.
Este ano, outro álbum seminal de sua lavra, “Expresso 2222”, completa 50 anos. Está programada alguma celebração para festejar esse marco? Ouvi falar do desejo de todos que me cercam em fazer uma celebração. Tem interesse da [gravadora] Universal em fazer uma caixa sobre os 50 anos do “Expresso 2222”. É uma data cheia e vamos marcar esse trabalho: já celebramos os 40 anos do “Refavela” e agora os 50 do “Expresso”. Foi o disco que marcou a volta do exílio, pós-Tropicalista. Há um desejo natural de marcar o aniversário desses trabalhos.
Por falar em aniversário, agora em junho você completa 80 anos. Como será a celebração? Como você se sente, às vésperas de ser um octagenário? Como eu disse recentemente, em uma entrevista ao “Jornal Nacional”, minha alma ainda cheira a talco quando subo ao palco, como um bumbum de bebê. 80 anos é uma idade cheia, 8.0! Precisa ser celebrada, como os aniversários de “Expresso 222” e “Refavela”. As comemorações incluem uma nova turnê internacional, um show-homenagem no Rock in Rio e o lançamento de uma série-documentário dirigida por Andrucha Waddington, que em breve será exibida no streaming, pela Amazon Prime Video.
Mudando de assunto, há três anos você imaginava que o mundo e nossas vidas fossem paralisados por uma pandemia? Na sua opinião, qual a mudança mais importante que estamos vivenciando por causa da Covid: qual a maior diferença entre o “velho normal” e o “novo normal”? A pandemia trouxe impactos muito fortes nas condições psíquicas de cada um de nós. Em nós, todos os receios, os medos, foram intensificados. Veio o medo de adoecer, de morrer, de
FOTO DIVULGAÇÃO | TATIANA VALENÇA
os ambientes, desde a casa até os outros lugares aonde vamos, como casas de show, restaurantes e lugares do entretenimento. Esse repertório é muito variado desde a produção da minha própria geração (Gal, Caetano, Chico, Elis, Milton, Djavan), passando pelos pops todos (Lulu Santos, Cazuza), as bandas de rock dos anos 1980 (como Titãs, Paralamas), toda a coisa do reggae. E tem essa turma nova – a Preta, a Iza, a Larissa Luz, a Ludmilla, a Anitta – que faz essa junção de vários estilos, mas se concentra mais no hip-hop. A variedade é muito grande. E tem ainda o Baiana System, com quem me apresentei há dois anos. Acompanho também com interesse os rappers todos, como Emicida, Criolo – que é outra mistura também - e os Gilsons!
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inviabilizar uma vida plena saudável. O trabalho foi muito impactado – nós todos tivemos que nos confinar em nossas casas. O convívio amplo social ficou praticamente impedido durante quase dois anos. Só depois das vacinas a gente conseguiu voltar a um convívio restrito. Agora a gente começa a vislumbrar um retorno, mas já contaminado por todas as novidades a que fomos obrigados a ter nesses últimos anos. Aos poucos vamos voltando a uma vida normal, mas que não é mais o mesmo normal. Toda a vida online – a intensificação das redes sociais, a chegada muito forte das transmissões online com formação de plateias domésticas tendo acesso a shows, peças de teatro – muito disso vai desaparecer quando voltarmos ao normal, que não vai ser o normal que conhecíamos, mas um “novo”. Muitas dessas experiências vivenciadas durante a pandemia vão desaparecer, mas muitas vão ficar, e as que ficam vão estimular novas revisões no modo de tratar o consumo de arte, de cultura, convívio, elevando essas experiências a novos patamares.
Você sempre foi um entusiasta da internet e da conectividade entre as pessoas, mas ultimamente reviu alguns de seus conceitos. Vi até você dizer que “a internet virou um pandemônio, um estímulo a esse narcisismo individualista que se desdobra em política de ódio”. Como salvar a internet e fazer dela um instrumento do bem? Quem vai fazer essa mudança é o tempo e o uso mais exaustivo da internet. Na medida em que o homem vá se acomodando a um desejo mais nítido de uma inclinação para o bem, na medida que ele vá se livrando das coisas do mal e vá se afeiçoando mais aos modos benignos de estar na vida. Cada vez mais compartilhador, mais gregário. É isso que vai fazer com que a internet melhore. Se o ser humano não melhorar, a internet não melhora.
Você considera a canção “A Paz”, que você compôs com João Donato em 1986, como um hino atual nesses novos tempos de guerra, com líderes políticos tentando novamente estabelecer impérios e usando exércitos para expandir seus domínios? Essa é a questão: a gente ainda fica pasmo, surpreso, com essa insistência na coisa bélica, na guerra, na transformação de adversários em inimigos, de competidores serem desafiados a serem eliminados. Essa ideia de conquista de territórios é uma coisa que vem do mundo antigo e que acompanha o homem ao longo de toda sua
trajetória, mas desejo que tudo isso reflua um pouco e que o homem se dedique mais ao usufruto de todos os avanços da ciência e da tecnologia. Que o ser humano possa viver se beneficiando de tudo de bom que foi conquistado. E vá se livrando desse ativismo do passado. Essa falta de amor social. É preciso que a gente acredite cada vez mais na melhora da sociedade humana. É preciso dar um fim ao “lamento de tantos ais”, é cada vez mais urgente que a paz invada os nossos corações, como diz a canção. Só assim a gente vai evitar a guerra, a violência coletiva e a violência social.
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Simulação do palco carioca do festival MITA, que acontece no Jockey Club Brasileiro. Em São Paulo, os shows serão na Spark Arena
MITA é o festival da ponte-áerea Evento - que acontece este mês no Jockey Club do Rio e na Spark Arena de São Paulo - tem em seu line-up artistas nacionais e bandas gringas como Gorillaz, Rüfüs du Sol e Two Door Cinema Club A linguagem universal da música é a estrela e a inspiração da primeira edição do festival MITA - Music Is The Answer, produzido em parceria pelas empresas Bonus Track, de Luiz Oscar Niemeyer e Luiz Guilherme Niemeyer, e 30E - Thirty Entertainment. Os shows acontecem em São Paulo nos dias 14 e 15 de maio, inaugurando a Spark Arena, na Vila Leopoldina, e nos dias 21 e 22 de maio no Rio, no Pião do Prado do Jockey Club Brasileiro, na Gávea. A programação começa às 12h e termina por volta das 22h. O line-up do festival mescla atrações internacionais e nacionais, misturando nomes já consagrados do cenário musical e novos artistas e bandas que começam a despontar e conquistar públicos cada vez maiores. Os ingressos estão à venda pela plataforma Eventim e custam R$ 700. Spark Arena Avenida Manuel Bandeira, 360, Vila Leopoldina, São Paulo. Jockey Club Brasileiro Rua Jardim Botânico, s/ nº, Gávea, Rio de Janeiro.
PROGRAMAÇÃO SÃO PAULO
RIO DE JANEIRO
DIA 14
DIA 21
Rüfüs du Sol Tom Misch Gilberto Gil In Concert Luedji Luna Marina Sena Black Alien Xênia França Day convida Lucas Silveira
Gorillaz The Kooks Two Door Cinema Club Heavy Baile Liniker Black Alien Xênia França Coruja BC 1 convida Larissa Luz
DIA 15
Dia 22
Gorillaz Two Door Cinema Club Marcelo D2 Matuê Liniker Heavy Baile Letrux Coruja BC1 convida Larissa Luz
Rüfüs du Sol Tom Misch Gilberto Gil in Concert Marcelo D2 Jão Letrux Marcos Valle & Azymuth Alice Caymmi convida Maria Luiza Jobim
MAI 2022
agenda
29H
P R O G R A M A S PA R A TO DA S A S H O R A S D O M Ê S
BOLOVO EM VERSÃO ESTRELADA
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No bar Rabo di Galo, uma das novas atrações gastronômicas do recém-inaugurado Rosewood Hotel, o bolovo - clássico da baixa gastronomia - é finalizado com uma generosa colherada de caviar e custa R$ 135 . Pág. 42
MÚSICA
BOTECAGEM
CINEMA
GASTRONOMIA
Caetano Veloso traz o show “Meu Coco” a São Paulo Pág. 41
Bar Marola recria na calçada de Pinheiros o clima praiano Págs. 44
Tom Cruise está de volta em "Top Gun 2 - Maverick” Pág. 47
Marcelo Fernandes inaugura a Foglia Forneria Pág. 47
40
Age nd a 29h
POR KIKE MARTINS DA COSTA
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dom i n g o
Direto do forno O pizza bar Salt ZN, que tem entre seus sócios o ex-BBB Felipe Prior, está com novidades em seu menu. Como entrada, prove o Scamorza à Milanese (queijo empanado, molho de tomate e manjericão) ou a Carne Cruda (filé mignon cru picadinho e temperado com gema de ovo caipira). Entre as redondas, aposte na Escarolina, coberta com molho de tomate, mozzarella de búfala, escarola, linguiça artesanal e farofa de alho, e na pizza doce de Banoffee. �F Rua Augusto Tolle, 135, Santana, tel. 2959-2070.
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segunda
Mix contemporâneo
q ua rta
Al mare
O restaurante Stella, instalado no térreo do hotel Canopy by Hilton e comandado pelo chef David Kasparian, acaba de renovar seu cardápio. Entre as novidades, tem o polvo grelhado com sopa fria de castanha de caju e vinagrete de feijão-fradinho, o carré de leitoa com purê de cenoura e alface grelhada ou a sobrecoxa de frango recheada com creme de estragão e escoltado por picles de quiabo e pamonha com requeijão de corte. �F Rua Saint Hilaire, 40, Jardim Paulista, tel. 3509-9610.
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terça
Voz & piano O palco da Sala São Paulo recebe hoje à noite um recital que tem como protagonistas o tenor polonês Piotr Beczala e o pianista alemão Camilo Radicke. Reconhecido internacionalmente por suas performances emocionantes, Beczala interpreta hoje e no dia 9 peças de Verdi, Rachmaninov, Tchaikovsky, Gounod e Rossini, sempre acompanhado pelo premiado pianista nascido em Dresden. Ingressos de R$ 50 a R$ 375. �F Praça Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos, tel. 3367-9500.
É em meio a um jardim decorado com limões sicilianos que funciona o restaurante Pippo Limone, que proporciona aos comensais uma viagem sensorial à ilha de Capri. No cardápio, pizzas de massa fina com a assinatura da grife Cristal e massas como a lasanha de polvo, o pappardelle ao ragu e o capellini na manteiga com escalope de mignon. Na hora da sobremesa, opte por um dos refrescantes e sedosos gelatos do dia. �F Rua Joaquim Floriano, 295, Itaim, tel. 99974-7443. FOTOS DIVULGAÇÃO | MARCELO BRUZZI
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sá ba do
kikecosta@uol.com.br
Universo Marvel
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FOTOS DIVULGAÇÃO
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Em “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”, que acaba de estrear nos cinemas, o mago supremo Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) e seu parceiro Wong (Benedict Wong) continuam suas pesquisas sobre a Joia do Tempo. Mas as artimanhas de um inimigo fazem com que Strange desencadeie um mal indescritível, obrigando-o a enfrentar uma nova e poderosa ameaça. A notícia boa é que, nessa missão, ele contará com a ajuda de Wanda (Elizabeth Olsen). O longa é dirigido por Sam Raimi (de “Darkman”).
quin ta
Globalization & biritation O bar SubAstor recebe importantes nomes da coquetelaria latinoamericana, como parte da edição 2022 do evento The Mission, projeto comandado por Fabio La Pietra e Alex Sepulchro para desvendar e difundir a biodiversidade do Brasil. Os convidados de hoje, que mostrarão suas habilidades no speakeasy, são os mexicanos Luis Allan Suarez López e Gina Barbachano García (foto), ambos do Hanky Panky, 12º colocado no The World’s 50 Best Bars. �F Rua Delfina, 163, Vila Madalena, tel. 3815-1364.
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A Bahia é aqui
Caetano Veloso apresenta hoje no Espaço das Américas o show baseado em “Meu Coco”, seu mais recente álbum. Além de novas canções como “Não Vou Deixar”, “Anjos Tronchos”, “Pardo”, “Enzo Gabriel ”, “GilGal”, “Autoacalanto” e “Sem Samba Não Dá”, o repertório inclui também clássicos das mais de cinco décadas de carreira do cantor e compositor baiano. Ingressos de R$ 300 a R$ 480. �F Rua Tagipuru, 795, Barra Funda, tel. 3868-5860.
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se xta
domingo
Sonoridade meridional Adriana Calcanhotto retorna aos palcos com um show em estilo “voz e violão”. A cantora e compositora gaúcha se apresenta hoje na Casa Natura Musical, interpretando um apanhado de canções que marcaram sua carreira, como “Devolva-me”, “Mentiras”, “Esquadros” e “Inverno”. Ingressos de R$ 60 a R$ 240. �F Rua Artur de Azevedo, 2.134, Pinheiros, tel. 3031-4143.
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Japan Pop Show
O recém-inaugurado Empório Daruma é uma megaloja com mais de 2.500 m2 distribuídos por cinco andares repletos de itens nacionais e importados – principalmente do Japão. Tem uma área de Grab & Go cheia de comidinhas prontas, um café, uma doceria, uma floricultura, uma mercearia e uma enorme adega com saquês, sochus, whiskies, vodcas, licores, gins, vinhos e muito mais. O local conta, ainda, com áreas dedicadas a perfumaria, papelaria, decoração e utilidades domésticas. �F Rua Augusta, 1.917, Jardins, tel. 3897-4200.
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Luxo à 6ª potência
Com a inauguração do hotel Rosewood, a região da Paulista ganhou 6 novas opções gastronômicas de qualidade, comandadas e supervisionadas pelo chef executivo Felipe Rodrigues. Além do já famoso bolovo de R$ 135 servido no bar Rabo di Galo, vale provar as ecléticas opções do moderninho Le Jardin, os elaborados pratos do agradável Blaise ou, ainda, os ceviches e as empanadas do latino Taraz, com cardápio assinado pelo carioca Felipe Bronze. �F Rua Itapeva, 435, Bela Vista, tel. 3797-0500.
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Embutidos & curtidos
A Ici Brasserie acaba de incluir em seu cardápio, assinado pelo chef Marcelo Tanus, uma seção dedicada à charcuterie. Tem Terrine Campagne, Boudin Blanc e Patê de Foie, perfeitos para serem degustados com picles e pão tostado. Tem ainda salmão curado com purê de avocado e wasabi, servido com salada verde. Todas as sugestões aparecem no cardápio identificadas por um ícone que indica a melhor harmonização com os estilos de cerveja da carta da casa. �F Rua Bela Cintra, 2.203, Jardins, tel. 2883-5063.
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Jazz acessível O Bourbon Street Music Club apresenta hoje à noite um show do cantor e violonista norteamericano John Pizzarelli, criador de um mix único de jazz com pop. Com sua guitarra jazzística, sua voz sussurante e todo o seu carisma, ele interpreta um repertório recheado de standards compostos por Gershwin, Johnny Mercer, Sammy Cahn e Cole Porter e versões personalíssimas de sucessos dos Beatles. Ingressos a R$ 290. �F Rua dos Chanés, 127, Moema, tel. 5095-6100.
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Pizza & Negroni
A recéminaugurada Rosso Cucina é a nova aposta dos mesmos donos da Osteria del Rosso, no Tatuapé, e da Rosso Burger, na Vila Formosa. Do forno pilotado por Mario Rosso saem pizzas individuais elaboradas com massa de longa fermentação e recheios para lá de saborosos. As massas são outras atrações do cardápio, assim como a Carne Cruda e o Vitello Tonato. A casa também conta com uma ótima carta de vinhos e de drinques – com ênfase nos Negronis. �F Rua Simão Álvares, 31, Pinheiros, tel. 3037-7304.
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Made in Germany
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Completando 33 anos, o restaurante alemão Die Meister Stuber serve clássicos como o prato de salsichas com salada de batatas, os bolinhos de carne com páprica, os croquetes de joelho de porco, o paprikaschnitzel com spätzle (filé suíno à milanesa com molho picante e nhoques típicos da Suábia), o goulash e o Schlachtplatte (combinado de kassler, eisbein, linguiças, chucrute e batatas cozidas). De sobremesa, peça o strudel de maçã. �F Rua Barão do Triunfo, 1.213, Brooklin, tel. 5536-4982.
Mocó do Mifano
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O Donna, novo restaurante do chef André Mifano, funciona em uma discreta casinha com apenas 30 lugares. O cardápio aposta em uma cozinha ítalo-paulistana, com receitas clássicas em preparos aprimorados. Este é o caso do spaghetti carbonara, do bucatini com lagosta e um toque de conhaque, do risotto de espinafre com stracciatella, e do polvo com grão de bico cremoso. Como sobremesa, prove a panna cotta de limoncello com crumble de pistache. �F Rua Peixoto Gomide, 1.815, Jardins, tel. 97593-9047.
Jap joias A Japan House apresenta até o dia 12 de junho a exposição “[ím] pares”, que reúne cinco importantes designers de joias japonesas contemporâneas: Emiko Suo, Mariko Kusumoto, Miki Asai, Naho Okamoto e Nahoko Fujimoto. Ao todo são 75 peças, incluindo colares, pingentes, anéis, pulseiras, braceletes e broches criados em metais, tecido, vidro, bambu, ratã, madrepérola, conchas, papel e até cascas de ovos. Entrada gratuita. �F Avenida Paulista, 52, Paraíso, tel. 3090-8900.
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Novidades suculentas A rede Outback lança delícias no menu de todos os restaurantes da marca espalhados pelo país. As novidades incluem o Double Truffled Burger, feito com maionese trufada; os Shrimp Sliders, um sanduíche com camarões e bacon; e a irresistível sobremesa Oreo Thunder, sorvete com creme Laka Oreo, acompanhado de bolachinhas. Os lançamentos também estão disponíveis pelo delivery via iFood e são por tempo limitado. �F Avenida Rebouças, 3970, Pinheiros.
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Pomba de pileque
Ora felice A Basilicata Trattoria, comandada pelo chef Rafael Lorenti, abre às quartas, quintas e sextas para happy hours, das 17h às 19h. O cardápio oferece 4 novos coquetéis (como o Gioia Del Bosco, preparado com gim, água tônica, compota de frutas vermelhas e limão siciliano), e quem pede um drinque ganha outro igual. Para petiscar, tem rabanadas salgadas, palitos de queijo meia-cura, iscas de mignon com gorgonzola e a clássica Pinsa Romana. �F Rua Joaquim Antunes, 197, Jardim Paulistano, tel. 3897-9660.
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O wine bar Paloma funciona no térreo do icônico edifício Copan. Seu salão tem uma decoração básica e minimalista, mas sua carta de vinhos é extensa e cheia de boas opções de espumantes, brancos, rosés, tintos e até vinhos laranjas e vinhos fortificados, como Porto e Jerez. Para beliscar, tem porções de azeitonas e de corações de galinha empanados, além de vegetais tostados e servidos com molho de coalhada. �F Avenida Ipiranga, 200, Centro.
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Mãe & filha
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A peça “A Lista”, em cartaz até junho no teatro Renaissance, é protagonizada por Lilia Cabral e sua filha Giulia Bertolli, com texto de Gustavo Pinheiro e direção de Guilherme Piva. Lilia interpreta Laurita, uma aposentada que se vê obrigada a estabelecer contato com a vizinha, a jovem Amanda, vivida por Giulia. O encontro das duas detona um turbilhão de sentimentos, lembranças e descobertas que marcarão suas vidas para sempre. Ingressos a R$ 100. �F Alameda Santos, 2.233, Jardins, tel. 3069-2286.
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Praia de paulista
Com uma calçada adornada com mesas e plantas típicas da Mata Atlântica, o Bar Marola tenta trazer para a cidade o clima praiano, como explicam os sócios Eduardo Azevedo e Andrea Nathan, que também comandam o bar Exquisito e a Ciao Pizzeria, ali pertinho. Para bebericar, tem chope Tiger, cervejas da Praya, caipirinhas e coquetéis assinados pela premiada bartender Thatta Kimura. Prove o Drinque Marola, feito com caldo de cana gaseificado, rum, limão e hortelã. �F Rua dos Pinheiros, 1.293, Pinheiros.
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MUSICAL
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Ocupando até agosto uma área de 2.600m2 na Oca do Ibirapuera, a exposição “A Beleza Sombria dos Monstros: 13 Anos da Arte de Tim Burton” se divide em 14 salas que buscam explorar o imaginário poético do cineasta norte-americano com recursos audiovisuais diversos, incluindo projeções em tecido, teatro de sombras, anamorfose, espelho mágico, realidade virtual e cinema 3D. Ingressos de R$ 40 a R$ 100. �F Avenida Pero Álvares Cabral, s/ nº, Parque do Ibirapuera.
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No bar Bottega 21, os chefs Laura Oliveira e Alexandre Vorpagel cuidam dos petiscos, enquanto o bartender Michel Felício pilota o bar. O cardápio de comidinhas tem língua com manteiga e pistache e coraçõezinhos de galinha com alho e molho Cipriano. Na hora de beber, aposte no Nostro Gimlet (gim com cordial de grapefruit e cranberry) ou no Tutto Spritz (bourbon, vermute seco, Campari, espumante brut e flor comestível). �F Rua dos Pinheiros, 1.308, Pinheiros, tel. 99342-2332.
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Viagem soturna
Só na boteguinha
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A recém-inaugurada ORG Pizzas & Green tem um bar de saladas, um forno para o preparo das redondas, sorvetes da vizinha Nice Cream e vinhos orgânicos. Tudo é operado por uma equipe composta somente por mulheres e comandada pela chef Jacqueline Iwao. As estrelas do menu são os queijos paulistas. Prove a 4 Queijos do Brasil, que mistura muçarela Roni, Azul pardinho, Queijo Trilha e provola. �F R. Vicente Leporace, 1.060, Campo Belo, tel. 99342-2332.
Japan pop show Tsuyoshi Murakami é um artista. Adora cantar e declamar poesias, mas é na cozinha que ele mostra seus maiores talentos. No restaurante Murakami, apenas 12 felizardos por vez provam os incríveis pratos de sua delicada kapo cuisine. Ao lado da mulher e do filho, ele serve tasting menus com seis ou mais etapas, a preços que variam de R$ 470 a R$ 680 por pessoa, incluindo ingredientes fresquíssimos e muito bem manipulados, como lagostins e uni (ouriço). �F Alameda Lorena, 1.186, Jardins, tel. 3064-8868.
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Pizzas femininas
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Ação supersônica
Em “Top Gun 2 - Maverick” – sequência de “Top Gun: Ases Indomáveis”, de 1986 – o espectador segue acompanhando a história de Pete “Maverick” Mitchell (Tom Cruise), um piloto da Marinha que coleciona medalhas de combate, mas continua sendo um rebelde. Agora ele atua como instrutor e tem um talentoso e promissor pupilo interpretado por Miles Teller (de “Whiplash”). Nesta nova aventura, Maverick prova que o fator humano ainda é fundamental no mundo contemporâneo das guerras tecnológicas.
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Folha apetitosa
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O Foglia Forneria é a nova aposta do restaurateur Marcelo Fernandes. Com cardápio assinado por Franco Ravioli e cozinha comandada por seu filho Lorenzo (ganhador do “Master Chef Junior” em 2015), a casa tem ótimos panini, deliciosas pizzas (como a Sophia Loren, de mortadela com mozzarella), entradinhas apetitosas (como a berinjela à parmegiana) e excelentes massas, como o paccheri com molho de tomate e vodca. �F Rua Domingos Fernandes, 548, Vila Nova Conceição, tel. 3846-9695.
POR KIKE MARTINS DA COSTA
FOTO NEUTO ARAÚJO
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História na parede Até 5 de junho, o MASP — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand — apresenta a mostra “Luiz Zerbini: a Mesma História Nunca é a Mesma”, que reúne um conjunto de cerca de 50 trabalhos, entre pinturas, monotipias, gravuras e desenhos. As obras retomam narrativas apagadas das histórias brasileiras com o intuito de reconstruí-las a partir de novas imagens e protagonistas. Ingressos a R$ 50. �F Avenida Paulista, 1.578, Bela Vista, tel. 3149-5959.
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seg u n da Breja Biz
A Brasil Brau 2022 começa hoje no São Paulo Expo e vai até o dia 1º de junho. A Feira Internacional de Tecnologia em Cerveja chega à sua 16ª edição apresentando as mais recentes tendências em produtos, tecnologias e serviços do mercado. A programação de palestras, debates e degustações tem curadoria do Instituto da Cerveja Brasil (ICB), maior escola de capacitação cervejeira do país. Mais de 100 marcas estarão lá expondo seus lançamentos. �F Rodovia dos Imigrantes, km 1,5, Jabaquara.
FOTO FELIPE MAZZUCATTO
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Acaba de ser inaugurada a 4ª unidade da La Braciera, que já opera em Higienópolis, em Santana e no Jardim Anália Franco. Instalada no coração dos Jardins, a pizzaria tem como destaques de seu menu o Calzone de Burrata, servido com pesto de tomates secos, e a pizza Crapicciosa (pizza “bianca” com Fior Di Latte Bonfiore, presunto, shitake salteado no vinho, alcachofras grelhadas e tapenade de azeitonas). �F Alameda Lorena, 1.040, Jardins, tel. 98842-8338.
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Santas novidades
O Santo Grão acaba de renovar seu cardápio. A rede de cafeterias aposta em novas opções de saladas, pratos e itens para o café da manhã. Assinadas pelo chef Fabio Vieira, as novidades incluem o hashbrown com salmão defumado, a salada Niçoise (com alface romana, lâminas de atum selado, tomatinhos assados, ovo cozido, azeitonas Azapa e picles de cebola roxa), o Stir Fry de pupunha ou, ainda, a carne de sol com mousseline de batata turmalina. �F Rua Oscar Freire, 413, Jardins, tel. 3062-9294.
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Mobilidade
O PRO COLETIVO ajuda as pessoas a aproveitar a vida se locomovendo de forma inteligente.
POR
Pro Coletivo
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Hora livre
texto
Luiz Toledo
yestoledo@gmail.com arte
André Hellmeister andre@collages.com.br
OVERBOOK. Vivo com muitos amigos e com uns poucos inimigos. Todos necessários ou, pelo menos, inevitáveis. São pessoas diferentes, com diferentes idades, nomes e apelidos próprios. Diferem também no jeito de encarar e sentir as coisas. Uns eu conheço bem, outros nem tanto. Acordamos e dormimos juntos e, enquanto escrevo esta coluna, estamos todos ocupando o assento 4D de um avião. Um em cima do outro, sobrepostos. Felizmente pelo custo de uma única passagem. Somos eu, o Filho do meu pai, o Pai da minha filha, o Marido da minha mulher, o Dono da minha empresa, o Religioso, o Ateu, o Gozador, o Boêmio, o Rebelde, o Civilizado... contei uns 17. Estamos todos a caminho de Londrina, a trabalho. Nem todos queriam viajar. Duas horas antes, alguns não queriam fazer a barba. Tudo é resolvido em uma espécie de
reunião de condomínio. O prédio não tem síndico. O avião se prepara para decolar: o Religioso reza uma “ave-maria”, enquanto o Gozador pega o gancho da “ave” e vai trocando a letra “ave, Maria, cheia das garças, sabiá é convosco, bem-te-vi entre nós” e enche a prece de passarinhos – mesmo assim, é uma prece. Ele acha que Deus é humor. O avião ainda nem bem saiu do chão e o passageiro da frente deita a poltrona com violência. O Rebelde tenta se livrar das cordas, sem sucesso – o Dono da empresa e o Civilizado acham prudente amarrá-lo quando viajamos a negócios. Nós de marinheiro. Não conheço Londrina, mas ouvi muito
sobre a cidade na minha infância. O Sobrinho do meu tio é o mais animado com a viagem, começa a planejar programas, atrapalhando a concentração do Dono da minha empresa, que queria repassar os tópicos da apresentação. Os dois começam a discutir, para desespero do Boêmio, que queria dormir. A aeromoça passa oferecendo balas. O Neto do meu avô enche a mão. O colunista vai parando por aqui, porque o piloto acaba de avisar que vamos entrar em uma zona de turbulência. O comentário do Gozador sobre isso é impublicável.
PREPARADO PARA AS OPORTUNIDADES DESTE MOMENTO DE TRANSFORMAÇÃO? AUDIT | ADVISORY | TAX | BPO