ESCANEIE E OUÇA A PLAYLIST INSPIRADA NO RIO DE JANEIRO NO 29HORAS PLAY 29H SP vire e leia a OUTUBRO/2022 distribuição gratuita no aeroporto santos dumontRJ Cantor e compositor comenta as suas novas parcerias, anuncia sua chegada ao metaverso e até fala de futebol Nando Reis
Há 29 ANOS embarcamos nessa jornada, combinando modernidade e tradição. Essa história só foi possível com você!
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redação Paula Calçade (editora de redação); Kike Martins da Costa (editor contribuinte); Rose Oseki (editora de arte), Helena Cardoso (repórter)
Colaboradores André Hellmeister, Chantal Brissac, Didú Russo, Felipe Morais, Fernanda Meneguetti, Georges Henri Foz, Greg Estrada, Gustavo Rodrigues, IMS, Juliana Simões, Luiz Toledo, Patricia Palumbo, Pro Coletivo, Tecla Music Agency
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equiPe: Rafael Bove (rafael.bove@29horas. com.br), Eduarda Delacalle (eduarda. delacalle@29horas.com.br), Felipe Passos (felipe.passos@29horas.com.br), Giulia Barbastefano (giulia.barbastefano@29horas. com.br)
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Capa
Hora Rio
Foto da capa: Carol Siqueira
FOTO CAROL
Chefs Roland Villar e David Mansault renovam o menu da Casa Marambaia
No ano em que completa 40 anos de carreira, Nando Reis se lança no metaverso e investe alto em parcerias com artistas da nova geração
FOTO LEO GUIMARÃES
Publisher Pedro Barbastefano Júnior
Conselho editorial Chantal Brissac, Clóvis Cordeiro, Didú Russo, Georges Henri Foz, Kike Martins da Costa, Luiz Toledo, Paula Calçade e Pedro Barbastefano Júnior
SIQUEIRA 13
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Jornalista resPonsável Paula Calçade MTB 88.231/SP 29HORAS é uma publicação da MPC11 Publicidade Ltda. A revista 29HORAS respeita a liberdade de expressão. As matérias, reportagens e artigos são de responsabilidade exclusiva de seus signatários. Av. Nove de Julho, 5966 - cj. 11 — Jd. Paulista, São Paulo — Cep: 01406-200 Tel.: 11.3086.0088 Fax: 11.3086.0676 11 Dá o Play Músicas que representam bem o sentimento de ser brasileiro FOTO SHUTTERSTOCK Sumário4 OUTUBRO 2022 #153 OUTUBRO 2022 A TIRAGEM E DISTRIBUIÇÃO DESTA EDIÇÃO SÃO AUDITADAS PELA BDO. @29horas @revista29horas WWW.29HORAS.COM.BR
OUTUBRO CLASSIFICAÇÃO 14 CLASSIFICAÇÃO 14 CLASSIFICAÇÃO QUINTA 06 DE OUTUBRO 21h SECRETARIA ESPECIAL DA CULTURA, MINISTÉRIO DO TURISMO APRESENTAM: PROMOÇÃO: VENDA DE INGRESSOS:PARCEIROS DE MÍDIA: REALIZAÇÃO: PARCEIROS: GASTRONOMIA: ESCOLA DE INGLÊS OFICIAL TEATRO CASA GRANDE: CUIDADOS E HIGIENE:REALIZAÇÃO: 12 de outubro Única Apresentação 16h ÚLTIMAS SEMANAS
“Não dou para ficar só”
POR HELENA CARDOSO
NANDO REIS NÃO COMPÕE TODOS OS DIAS. Pelo contrário, a religiosidade do hábito dessa craliza seu processo. “O jeito como eu faço música não obedece a uma rotina. A vida me nutre, e é do tempo dela que nasce o que eu quero dizer”, explica. Nesses momentos fortuitos em que, espo radicamente, o tempo da vida e o tempo da arte se encontram, ele se mune de papel, caneta e um violão, se senta em meio ao silêncio absoluto de um quarto de hotel ou de uma sala de estar vazia, e deixa as palavras e melodias fluírem, naturalmente. “A calmaria é meu ritual. Gosto do silêncio porque ele me permite ser atravessado, exclusivamente, pelo ruído de minhas ideias.”
Parece curioso que um processo criativo tão solitário esteja nas gênesis de um artista de tantos encontros. Em quatro décadas de carreira, Nando compartilhou suas letras com vozes que não eram suas e viu seus acordes se multiplicarem entre o público quando divididos com outros artistas – da imortalizada amizade com Cássia Eller, com quem viu nascer o “Segundo Sol” em 1997, ao match recente com os moderninhos Jão, Anavitória e Melim.
Para celebrar essa trajetória de colaborações, no dia 8 de outubro, Nando pisa com seu All Star no palco da novíssima casa de shows Qualistage,
na Barra da Tijuca, para a estreia carioca da turnê “As suas, as minhas e as nossas”. Ao lado da roqueira Pitty, ele performa um repertório recheado de canções suas, dela, dos dois e de outras pessoas.
Sujeito low profile e pouco afeito às regras sociais da internet, Nando só se aventura no mundo digital se for para continuar promovendo esses encontros. Em agosto deste ano, lançou seu “Nandoverso”, espaço onde fãs de todo o mundo podem se encontrar, interagir e ter acesso a NFTs, shows, documentários e outros conteúdos produzidos para circularem, exclusivamente, no metaverso. Enquanto descobre esse novo mundo, também prepara, a papel e caneta, mais um álbum, com lançamento previsto para o segundo semestre de 2023. Se der tempo – e há de dar –, ainda planeja reservar “algumas horas de desin cumbência" para torcer pelo Brasil na Copa do Mundo do Catar, em novembro.
Nesta entrevista para a 29HORAS, Nando Reis revive parcerias célebres, expõe os desafios da vida artística em tempos digitais, relembra seu tempo como jogador e colunista de futebol e medita sobre o futuro político do país. Confira os principais trechos dessa conversa a seguir:
Suas canções versam sobre os mais diversos assuntos, da beleza dos encontros à efemeridade da vida. Qual temática mais te inspira? O que move suas letras? Engraçado, eu nunca me agarrei muito às temáticas. Não sei dizer sobre o que escrevo, a vida é tão múltipla que a cada dia me pede algo diferente. Gosto de falar sobre amor, encontros, desencontros, chegadas e partidas, e sobre todo o resto. Os assuntos são detalhes. Me interessa mais a forma como as coisas são ditas. É o desenho das palavras que me atrai, o invólucro do sentimento. A música é estimulante porque permite que embalemos nosso abstrato interior e o apresentemos ao mundo. E aí pouco importa o que foi dito, mas que está lá, vivo.
NO ANO EM QUE COMPLETA 40 ANOS DE CARREIRA, NANDO REIS CELEBRA OS ENCONTROS E SUAS MUITAS PARCERIAS NA ARTE - COM TURNÊ ESPECIAL AO LADO DE PITTY - E O LANÇAMENTO DE UM CANAL DE INTERAÇÃO COM FÃS NO METAVERSO
FOTO CAROL SIQUEIRA | DIVULGAÇÃO
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Como é um dia de composição na vida de Nando Reis? Como funciona o seu processo criativo? Algum exercício para manter a mente sempre em um turbilhão de ideias?
Eu não tenho exatamente um processo, o jeito como eu faço música não obedece a uma rotina. Acho que meu exercício diário é viver. Estar atento, absorver as coisas ao meu redor. A vida me nutre, e é do tempo dela que nasce o que quero dizer. Quando o momento chega, gosto de trabalhar com violão, papel e caneta, invariavelmente. Escrever manual mente me permite criar uma relação visual com a obra, além de me impedir de incorrer em um erro típico de quem se acostumou à lógica do computador. No papel, não fico tentado a apagar o que, à primeira vista, desagrada. Num processo de composição, nem sempre o que você substitui é melhor do que o que veio antes. E o que desagrada pode ser o que instiga.
E como é compor dessa maneira, livre, nos dias de hoje? Nesses tempos digitais, abarrotados de referências estéticas, remixes e hits do TikTok surgindo e desaparecendo em poucas horas, imagino que haja certa pressão sobre a arte…
O mundo digital tem essa coisa do ime diatismo e da finitude. É um universo
dispersivo, que nos rapta a atenção e os sentidos e nos faz perder tempo pre cioso com inutilidades. Eu não me dou muito com essa coisa volátil das redes sociais. Gosto de fazer discos, de apostar nas embalagens de ideias que duram.
Na realidade, enquanto José Fernando Gomes dos Reis (minha pessoa física), só uso o Instagram e olhe lá. A questão é que para o artista Nando Reis toda essa lógica digital se tornou necessária. A internet é uma importante ferramenta de trabalho, que me ajuda a divulgar minhas mídias e mantê-las circulando. Então eu lido com ela. Lanço singles, faço o que o fluxo me pede. Mas do ponto de vista da composição, acho que nada muda. Minha vida está muito mais fora das telas e, enquanto for da vida que me saírem inspirações, minha arte seguirá na mesma essência.
Ainda assim, você tem mergulhado fundo no universo digital ultimamente.
Em agosto deste ano, lançou o “Nandoverso”, seu próprio canal no metaverso. Quais são suas impressões sobre esse novo mundo? Você é ou pretende ser usuário assíduo do metaverso?
Por essa vertente específica do mundo digital, eu tenho me encontrado parti cularmente atraído. Essa ideia de existir um espaço virtual capaz de promover encontros muito me encanta. Através
da “Nando Reis Wallet”, minha loja de NFTs, e do Nandoverso, tenho conse guido levar minha arte a pessoas de todo o mundo e aproximá-las ainda mais do que eu produzo. É uma sensação semelhante à de se estar distribuindo filipetas de divulgação de um show nas ruas de São Paulo, só que por den tro de uma tela de computador e com um alcance inestimavelmente maior. Em agosto, comemorei os 22 anos do meu álbum “Para Quando o Arco-Íris Encontrar o Pote de Ouro” com um show virtual e o lançamento do docu mentário “Cordas de Aço - Em Busca do Pote de Ouro” (dirigido por Raimo Benedetti e realizado pela Relicário Produções, que revive os bastidores da gravação do álbum), em um evento exclusivo no Nandoverso. Fãs de todos os cantos puderam acompanhar esses e outros conteúdos em primeira mão. Foi algo realmente fascinante! Mas, ainda não me considero um usuário do metaverso, estou mais para um agente em aprendizado.
E por falar em encontros, você é um artista de muitas parcerias. Da saudosa Cássia Eller aos jovens Jão, Anavitória e Melim, a coleção de “feats” é extensa e tem crescido ainda mais com seu projeto NandoHits, em que você apresenta regravações de grandes sucessos da
Show virtual do cantor no Nandoverso, em agosto de 2022
FOTO REPRODUÇÃO
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carreira ao lado de artistas da nova geração. O que mais te atrai nessas trocas? O que significa dividir uma música com alguém? Eu amo o inusitado. Novas interpre tações me emocionam. Acho muito interessante observar como outros artis tas, de outras gerações, outros estilos e outras referências conseguem reima ginar e ressignificar meu trabalho. Ver como a voz deles traz novos ângulos para as minhas letras e novos caminhos para as minhas melodias é algo que me rende muito aprendizado. Me unir a essas pessoas, além de me permi tir alcançar públicos diversos que vão muito além do meu, é uma maneira de
manter o que faço atualizado, fresco e sempre em movimento. Por mais que eu goste de compor sozinho, sou um cara apaixonado pelas trocas da vida. Nasci artista no meio de bandas, cresci vendo minhas letras ganharem vida na voz de outras pessoas. Acho que, no fim, o barato da arte é que ela deixa de ser só sua quando ganha o mundo.
Uma dessas parcerias, com Pitty, rendeu uma turnê duo especial, que tem rodado o país e agora em outubro passa pelo Rio de Janeiro. O que o público pode esperar desses shows? Como é trabalhar com Pitty?
Pitty tem uma voz autêntica e autônoma,
não se amarra a nada que não seja sua crença na liberdade para o ser, na sin gularidade do suingue, no barato da universalidade. Esse gerúndio que criamos, o “Pittynando”, é uma sim biose do que construímos e acreditamos enquanto artistas. Eu a vi cantar uma versão de “Relicário” no programa 'Saia Justa' (GNT), e me emocionei muito com aquela presença fortíssima. Daí nasceu nosso primeiro “feat”, “Tiro no Coração” (2021) e, agora, essa turnê.
Em um setlist com aproximadamente vinte músicas, cantamos composições minhas, dela e nossas, em versões que conectam nossos estilos e histórias. Tem sido lindo. Até o fim do ano, ainda
Em sentido horário, Nando Reis e Titãs, em 1983; com o duo Anavitória, na miniturnê "Juntos", em 2021; em show da turnê "PittyNando"; e ao lado do cantor Jão
FOTO CAROL SIQUEIRA
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FOTO CAROL SIQUEIRA
passamos por Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Belém… E no dia 8 de outubro, estaremos no palco do Qualistage, no Rio de Janeiro.
Ainda nessa onda de parcerias, recentemente você se reuniu em São Paulo com Peter Buck, Barrett Martin, Alex Veley, Walter Villaça e Fernando Nunes, colegas de trabalho de longa data. Fizeram shows comemorativos na capital paulista e no Nandoverso, e agora estão gravando um novo álbum juntos. Depois de tanto tempo, muita coisa mudou no trabalho em conjunto? Ou se reencontrar é como se o tempo não tivesse passado?
Com a gente é sempre tudo igual e, ao mesmo tempo, sempre tudo diferente. Nós trabalhamos muito bem juntos, sempre saem frutos memoráveis. Foi assim nos anos 2000, quando gravamos “Para Quando o Arco-Íris Encontrar o Pote de Ouro”, álbum que me rendeu tantas recordações e conquistas pro fissionais, e desta vez não foi diferente. Igualmente frutífero. Tanto que nossa ideia era que esse reencontro gerasse uma ou duas músicas, e, no fim, aca bamos com 15 canções gravadas e um
álbum duplo em mente. O lançamento está previsto para o segundo semestre de 2023 e é uma celebração desse nosso quinteto.
Você também gosta muito de futebol, já escreveu músicas sobre o esporte… O que espera do Brasil na Copa, que está chegando?
Para falar a verdade, eu não espero nada.
O futebol tem seguido uns caminhos estranhos, a camisa verde e amarela foi contaminada por um ideal ao qual sou avesso. Essa coisa toda de “patrio tismo” a mim não diz nada. Hoje, vestir a camisa da seleção significa carregar simbolismos que vão além do futebol e que não me representam. Mas, falando sobre bola na rede, eu sigo torcendo. Sou louco por futebol, já joguei, inclusive. Também mantive, por anos, uma coluna sobre o esporte no jornal 'Estado de São Paulo'. Isso sem falar da minha alma são paulina, hereditária, que me levou inúmeras vezes ao Estádio do Morumbi e me inspirou músicas que chegaram a virar trilha sonora de documentá rios sobre o clube. Acho que no futebol brasileiro eu ainda tenho esperanças. Há alguns meses, assisti a um jogo da
seleção e me surpreendi com a quali dade técnica. Pode ser que tenhamos chance de comemorar vitórias no final do ano.
Falando em fim de ano e recomeços, no single “Espera a Primavera”, lançado no auge da pandemia, você versa sobre a vida, a diversidade, o amor, a mudança e o futuro. Para além da estação, o que Nando espera da primavera? Nesta canção, a primavera é mais que as flores: é uma metáfora para “transfor mação”. A primavera de que falo repre senta a superação desse obscurantismo em que nos encontramos. Em vias de superação do vírus da Covid, ainda precisamos aniquilar o vírus da igno rância que ronda esse governo inepto e negacionista. Estamos vivendo um inverno enquanto nação, reduzidos a patriotismos e significados vazios. Não sei exatamente quando nossa prima vera virá ou exatamente como ela se manifestará, mas sei que trará de volta as cores, a diversidade, a liberdade e a riqueza que é, de fato, o Brasil. Para o país e para nós, espero a liberdade. Um primeiro de janeiro que traga de volta quem somos.
Da esquerda para a direita, Walter Vilaça, Nando Reis, Peter Buck, Barrett Martin, Alex Veley e Fernando Nunes, em estúdio em São Paulo para gravação do novo álbum
FOTO CAROL SIQUEIRA
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Dá o play
Verdadeiros hinos nacionais
Algumas músicas representam tão bem sentimentos de tantos brasileiros, que poderiam ser cantadas antes dos jogos da seleção
É inegável dizer que toda boa conversa deste segundo semestre passa pelo assunto Copa do Mundo. Os álbuns de figurinhas já chegaram e ganham o coração de crianças e adultos, e algumas ruas começam a ser pintadas. E se o clima vem de mansinho para dominar todo mundo, aqui na Tecla iniciamos um papo para lá de divertido e que queremos compartilhar: quais músicas trazem aquele arrepio na pele e poderiam ser – se já não são – hinos do Brasil? Separamos, então, dez canções que são clássicos da música brasileira para você se envolver de vez nesse espírito!
As primeiras da lista são “País Tropi cal” de Jorge Ben Jor, “Aquele Abraço” de Gilberto Gil e “Brasil Pandeiro”, dos Novos Baianos – ou vai dizer que você nunca cantou por aí “Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor”, ou até mesmo “Moro num país tropical, abençoado por Deus e bonito
por natureza”?
E as histórias por trás desses clássi cos são muito interessantes! “Aquele Abraço”, por exemplo, foi composta por Gil em 1969, no momento de transição entre o tempo que ficou preso no Rio de Janeiro e sua ida para o exílio em Lon dres. Algumas histórias contam que o artista começou os acordes quando visitou a mãe de Gal Costa, e finalizou a letra em um guardanapo de papel, já no avião para a cidade inglesa.
Há ainda outras canções que não poderiam faltar nessa seleção. “Não Deixe O Samba Morrer”, da Alcione, “Que Beleza”, de Tim Maia e “Aquarela do Brasil”, cantada por Gal Costa. “Não Deixe O Samba Morrer” é, até hoje, uma das músicas mais tocadas no Brasil –ocupando, inclusive, o ranking de pri meiro lugar entre as canções que têm “samba” no nome.
Para encerrar, consideramos as
músicas “Odara”, de Caetano Veloso, “Vou Festejar”, da Beth Carvalho, e “Brasil”, de Cazuza. Já falamos sobre “Odara” anteriormente por aqui – a canção, de acordo com Caetano, carrega a palavra que significa alegria, certo e luminoso, em Iorubá. O cantor também explica que é um termo muito usado na Bahia e que define coisas boas, por isso o clássico “Deixa eu dançar pro meu corpo ficar Odara”.
A verdade é que poderíamos selecio nar outras canções em muitas páginas, como o protesto em forma de música do Cazuza, em “Brasil”. Mas se faltam pala vras, falamos em música! Confira a playlist que fizemos com outras possi bilidades de hinos nacionais no perfil da 29HORAS, no Spotify – é só buscar por 29HORAS Play.
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Rio de Janeiro
Gastronomia criativa, olimpíadas boêmias, peças teatrais
Estrela do Reggaeton no Brasil
JACAREPAGUÁ O colombiano J Balvin faz shows no dia 5 de outubro na Jeunesse Arena (no Rio) e no Allianz Parque, em São Paulo, no dia 8. Grande nome do reggaeton, ele chega para performances eletrizantes e dançantes, recheadas de hits como “Ay Vamos”, “Safari”, “I Like It”, “Ginza” e “Mi Gente”. Premiado várias vezes nos Billboard Music Awards, no Grammy e nos American Music Awards, Balvin é um dos maiores artistas globais da música latina, com mais de 35 milhões de discos vendidos. Recentemente, foi incluído na lista dos dez artistas mais ouvidos em todo o mundo. Aos 37 anos, ele já se apresentou com estrelas pop como Jennifer Lopez, Diplo e Maluma e já gravou com divas como Rosalia, Cardi B e Anitta.
JEUNESSE ARENA: Avenida Embaixador Abelardo Bueno, 3.401, Barra da Tijuca. Ingressos de R$ 155 a R$ 680.
O MELHOR DA CIDADE MARAVILHOSA
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hora
As cores e formas do povo brasileiro
Exposição que celebra os 125 anos de Di Cavalcanti revela a beleza e a energia das pessoas que o artista captou nas praias da Bahia e nas ruas do Rio
Descobertas em Paris, duas obras-primas de Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976) vistas pela última vez no século passado em Paris, serão exibidas na exposição “Di Cavalcanti – 125 anos”, que fica em cartaz até o dia 22 de outubro na Danielian Galeria. As telas “Carnaval” (da década de 1920) e “Bahia” (de meados da década de 1930), exibidas em 1936 na Galeria Rive Gauche, durante o exílio em Paris, poderão ser observadas de perto aqui no Brasil após quase 90 anos. Com seus paradeiros desconhecidos há décadas, elas foram encontradas recentemente na casa de uma família francesa e estarão expostas junto de outras 40 pinturas desse artista carioca que sempre foi um defensor das causas sociais e, por causa disso, acabou sendo preso duas vezes: em 1932, durante a Revolução Paulista, acusado de apoiar Getúlio Vargas, e em 1936, por ser
comunista. Após a segunda prisão, ele se mudou para Paris. Os trabalhos expostos traçam um percurso de Di através de seu tema favorito: o povo brasileiro.
Danielian Galeria
Rua Major Rubens Vaz, 414, Gávea, tel. 21 2522-4796.
Clássicos da botecagem
em roupa nova
Comidinhas criadas pelo chef Pedro Mattos para o bar Casurca fazem harmoniosa mistura de inovação com as tradições boêmias
O chef Pedro Mattos é quem comanda a cozinha do Casurca, que tem um cardápio eclético com releituras de clássicos da alta botecagem – além, é claro, de bons drinques e daquele chope geladinho. Na bela varanda de frente para o mar e com vista para o Pão de Açúcar e para o Cristo Redentor, é possível degustar delícias como o Feijão Amigo (caldinho de textura aveludada finalizado com espuma de couve e farofa de bacon), os pastéis de panceta suína caramelizada, os croquetes de rabada, o Baião de Dois com espuma de queijo coalho defumado ou ainda a moqueca de banana e palmito (R$ 59), servida com farofa de dendê. O charmoso imóvel que hoje abriga o bar funcionou no passado como sede da rádio Tamoio, por isso é tombado pelo patrimônio histórico e mantém a sua arquitetura original, datada de 1945
Casurca Avenida Portugal, 96, Urca, tel. 21 98217-9213.
URCA
GÁVEA
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FOTO DIVULGAÇÃO 14 HORA RIO POR KIKE MARTINS DA COSTA
Tour vegetariano pelo Oriente Médio
Restaurante Medine oferece pratos em que as verduras e os legumes são enriquecidos pelos aromas e sabores dos temperos do Mediterrâneo Oriental
Festiva e colorida, a cozinha do Medine promove viagens afetivas e sensoriais ao Mediterrâneo oriental. A chef Amandine Izza, nascida no sul da França e casada com um francês de origem argelina, é apaixo nada pelos temperos do Oriente e pelo universo dos vegetais. Na cozinha do restaurante que ela comanda no Bossa Nova Mall, do ladinho do Aeroporto Santos Dumont, ela trabalha com verduras e legumes frescos e orgânicos. Além de pratos irresistíveis – como os
brócolis grelhados e servidos com queijo coalho, creme de alho e granola salgada da casa – o cardápio oferece também saladas e sanduíches “envelopados” em pão pita. Eles podem ser recheados com bolinhos de falafel, com berinjelas e ovo cozido ou ainda com legumes assados em molho de iogurte grego. Não deixe de provar o hommus feito com cogumelos assados.
Medine Avenida Almirante Sylvio de Noronha, 365, Centro, tel. 21 97093-8305.
Pizza criativas em dois novos endereços
Agora com quatro unidades da Ferro e Farinha, o chef Sei Shiroma fica ainda mais conhecido por suas redondas de massa de fermentação natural e coberturas surpreendentes
O Ferro e Farinha, que há tempos tem endereços no Leblon e em Botafogo, inaugurou nas últimas semanas mais duas unidades: uma na Barra – numa quadra que vem sendo chamada de “Off Olegário” – e outra na rua Maria Quitéria, em Ipanema, onde funciona o primeiro forno a lenha duplex do país. Os carros-chefe das quatro casas comandadas pelo chef Sei Shiroma são as pizzas com massa de fermentação natural e coberturas criativas. Elas refletem um pouco da origem multicultural do chef Sei, que nasceu em Nova York e é filho de mãe chinesa e pai japonês. Entre as variadas opções, vale muito a pena provar a Scampi (mozzarella, camarões, creme de alho, molho de tomate, salsinha e limão siciliano), a Classic NY (molho de tomate, mozzarella, orégano e pimenta calabresa), a Tokyo Style Atum (lâminas de atum cru, alho assado, tomates marinados e maionese com molho de ostras) e a Adobo Verde (molho de tomate, Grana Padano, couve marinada em shoyu e gengibre, mel picante e alho confit).
Ferro e Farinha
Rua Maria Quitéria, 107, Ipanema, tel. 21 97214-0460 | Avenida Olegário Maciel, 555, Barra, tel. 21 98022-2790.
CENTRO
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IPANEMA
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Olimpíadas boêmias
Segunda edição dos Jogos de Botequim terá competições de purrinha, de dardo, de sinuca e de beerpong – entre outras 20 modalidades de ‘esportes’ fanfarrões
Depois do sucesso de sua primeira edição, em 2020, os Jogos de Botequim estão de volta! Nos dias 15 e 16 de outubro, a única “olimpíada” de esportes de bar do Brasil vai ocupar uma área dentro do Jockey Club Brasileiro. A competição contará com a participação de 17 dos mais famosos bares da cidade, que disputarão emocionantes provas de mais de 30 modalidades, como purrinha, corrida de bandeja, pit-stop de barril de chope, carteado, sinuca, totó, dardo, gamão e beerpong, entre outras. Os vencedores serão premiados com abridores de garrafa de ouro, de prata e de bronze. Os bares vão participar como delegações de países que comparecem a uma edição dos Jogos Olímpicos. Entre os participantes estão o Bracarense, o Velho Adonis, a Adega Pérola, o Jobi, o Boteco Rainha, o Bafo da Prainha, o Belmonte e o Armazém Cardosão. As competições serão todas concentradas numa arena boêmia,
que será montada no espaço onde funciona o Bosque Bar, que será todo remodelado para sediar os Jogos.
Bosque Bar
Avenida Bartolomeu Mitre, 1.314 (Jockey Club Brasileiro), Gávea. Ingressos de R$ 45 a R$ 70.
COSME VELHO
Velho boticário cede seu espaço aos mochileiros
Com espírito de hostel, unidade carioca da rede Jo&Joe dá nova vida a complexo de construções históricas do século XIX que estavam completamente degradadas
O Rio de Janeiro acaba de ganhar uma unidade da rede Jo&Joe, bandeira do Grupo Accor com conceito “Open House” e operações em Viena (Áustria) e em Paris e Hossegor (França). A filial carioca fica no tradicional Largo do Boticário, um beco com casarões históricos que estava altamente degradado e foi inteiramente revitalizado nos últimos meses, em obras que consumiram R$ 70 milhões. Combinando o melhor dos formatos de hospedagem em hostels e hotéis tradicionais, o Jo&Joe do Rio preservou vários elementos das edificações, como tetos, pisos, escadas caracóis, azulejos e outros elementos. Suas 320 camas se distribuem por 80 quartos e apartamentos, que acomodam até oito pessoas. Cada acomodação é diferente das outras, com intervenções artísticas e design instigante. Na parte gastronômica há um restaurante principal, um pub, um juice bar e uma lanchonete com sandubas e pizzas. O complexo tem ainda três piscinas, uma quadra de basquete e espaço de coworking. Os preços das diárias começam na faixa dos R$ 80 (em dormitório com oito camas).
Jo&Joe
Beco do Boticário, 32 (na altura do nº 820 da Rua Cosme Velho), tel. 21 3235-2600.
GÁVEA
FOTO DHANI ACCIOLY BORGES
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16 HORA RIO POR KIKE MARTINS DA COSTA
Revistando questões e dilemas humanos
Espetáculo em cartaz no Sesc Tijuca narra uma história de afeto entre dois irmãos que precisam se amparar mutuamente para lidar com a proximidade da morte de sua mãe
Com atuação e texto de Rafael Primot, a peça “Baby – Você Precisa Saber de Mim” desenha o retrato de uma família comum e aparentemente perfeita, até que é atravessada por uma doença que vai transformar seus destinos e relações. O espetáculo, que traz ainda Rodrigo Frampton na direção e narração de Marjorie Estiano, fala sobre aprender a seguir adiante, em uma visão otimista sobre o amor, o afeto e a união familiar. Com questões e dilemas universais, a peça solo é capaz de criar profunda identificação com o espectador, que também navega entre os limites da narrativa ficcional e biográfica, já que alguns dos momentos foram inspirados por uma história real vivida por Rafael Primot, em fusão com outras histórias ouvidas e captadas por ele.
Sesc Tijuca
Rua Barão de Mesquita, 539, Tijuca De 5ª a sábado às 19h e domingo às 18h. Ingressos de R$7,50 a R$ 30
Banquetes divinos no alto da serra
Chefs Roland Villar e David Mansault renovam o cardápio da Casa Marambaia, dando status de protagonista aos vegetais e priorizando a produção local
A Casa Marambaia, exclusivo hotel instalado em uma elegante fazenda do início do século passado na Serra Fluminense, acaba de renovar o cardápio de seu restaurante comandado pelos chefs Roland Villard e David Mansaud. Entre as novidades estão a cocotte de escargots com legumes da horta, risoni e manteiga temperada, o foie gras grelhado sobre magret de pato, manga assada e vinagrete com mel de lavanda e ainda a cauda de lagosta com ravioli de queijo de búfala e legumes al dente em molho vermelho. Entre as novas sobremesas, destaque para o pudim de tapioca com caramelo de paçoca, para as frutas vermelhas gratinadas ao sabayon de champanhe e para o crepe recheado com mousse de laranja, calda de Cointreau e sorvete de chocolate. Localizado no coração de uma região reconhecida pela qualidade de seus produtos agrícolas, o restaurante da Casa Marambaia dá
protagonismo aos ingredientes cultivados por produtores locais. Legumes e verduras brilham em pratos coloridos, apetitosos e fartos, enquanto as proteínas se apresentam como coadjuvantes.
Rua Dr. Agostinho Goulão, 2.098, Distrito de Corrêas (Petrópolis), tels. 24 2236-3650 e 24 99974-7608. Diárias a partir de R$ 1.375
FOTO KIM LEEKYUNG
PETRÓPOLIS
Casa Marambaia
TIJUCA
FOTO LEONARDO GUIMARÃES 17
A 29HORAS CONVIDA VOCÊ A GIRAR A REVISTA E VIAJAR PELAS NOVIDADES DO AEROPORTO DE CONGONHAS