29HORAS - maio 2023 - ed. 160 - RJ

Bailarino que já se apresentou com as principais companhias de dança do mundo traz para o Rio o espetáculo “Último Ato”, parte de sua derradeira turnê internacional

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Publisher Pedro Barbastefano Júnior

Conselho editorial Chantal Brissac, Clóvis Cordeiro, Didú Russo, Georges Henri Foz, Kike Martins da Costa, Luiz Toledo, Paula Calçade e Pedro Barbastefano Júnior

redação Paula Calçade (editora de redação); Kike Martins da Costa (editor contribuinte); Rose Oseki (editora de arte), Vivian Monicci (repórter)

Colaboradores André Hellmeister, Chantal Brissac, Didú Russo, Felipe Morais, Georges Henri Foz, Greg Estrada, IMS, Juliana Simões, Luiz Toledo, Patricia Palumbo, Pro Coletivo

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equiPe: Eduarda Delacalle (eduarda. delacalle@29horas.com.br), Giulia Barbastefano (giulia.barbastefano@29horas. com.br), Paulo Silva (paulo.silva@29horas. com.br)

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Foto da capa: Lina Nunes

Movimento perpétuo

CONSIDERADO UM DOS MELHORES BAILARINOS DESTE SÉCULO, O CARIOCA THIAGO SOARES TRAZ PARA O RIO A SUA ÚLTIMA TURNÊ INTERNACIONAL, INTITULADA “ÚLTIMO ATO”. O ESPETÁCULO BRINCA COM A DESPEDIDA, COM O ENVELHECIMENTO E ATÉ COM A MORTE, MAS TAMBÉM MOSTRA QUE, NA DANÇA, ‘PRAZO DE VALIDADE’ E ‘LIMITE’ SÃO PALAVRAS QUE NÃO TÊM VEZ

ONSAGRADO ENTRE OS MAIORES bailarinos do mundo, Thiago Soares ocupou por mais de dez anos o cobiçado posto de primeiro bailarino do Royal Ballet de Londres e já se apresentou em mais de 30 países. Nos dias 25, 26, 27 e 28 de maio, ele traz ao palco do Teatro Multiplan (dentro do Village Mall, na Barra) o espetáculo “Último Ato”, sua última turnê internacional. “É uma produção que brinca com a ironia de ser de fato uma despedida. Dizem que o bailarino tem sua primeira morte quando deixa de dançar. O espetáculo mostra que as coisas não são bem assim, que é possível ir além, se desconstruir e se reinventar, com novos formatos e novas linguagens. Hoje apenas apago uma luz para acender tantas outras”, diz.

A estreia mundial foi em Lisboa, no final de abril, e a turnê deve rodar o Brasil nos próximos meses, sempre que a agenda de Thiago permitir – afinal, atualmente ele trabalha como diretor do Ballet de Monterrey e

passa a maior parte de seu tempo no México.

Nascido em São Gonçalo e criado em Vila Isabel, o interesse de Thiago pela arte surgiu aos 9 anos, quando começou a frequentar uma escola de circo. A paixão pela dança foi despertada quando ele tinha 15 anos e integrava um grupo de Street Dance. Depois de passar pelo corpo de baile do Theatro Municipal do Rio, conquistar uma medalha no Concurso Internacional de Dança de Paris e vencer o Concurso Internacional do Ballet Bolshoi, dançou com o Ballet Kirov (de São Petersburgo) e, por fim, chegou ao Royal Ballet britânico.

Agora quarentão, em um universo em que a alta performance da juventude é tão valorizada, ele investe em novos projetos –sempre ligados ao movimento e à dança. Em entrevista à 29HORAS, Thiago fala de sua volta ao Rio, de seus planos para o futuro e do filme que está sendo rodado sobre a sua trajetória. Veja a seguir os principais trechos dessa conversa:

POR KIKE MARTINS DA COSTA

“

Dançar no Rio é sempre especial. É onde me sinto em casa. Foi onde as danças da minha vida começaram. Voltar para cá é como fechar um ciclo, depois de rodar o mundo

O espetáculo “Último Ato” está sendo apresentado como sua derradeira turnê internacional. É a sua despedida dos palcos como bailarino?

Trabalhando no México e tocando o meu estúdio de dança no Rio, eu não consigo mais me enxergar rodando o mundo com toda a estrutura que um grande espetáculo requer. É por isso que digo que esta é a minha última turnê. Mas vou seguir trabalhando como bailarino, coreógrafo, diretor... Não me vejo sem dançar.

Como foi a estreia em Portugal?

Foi muito emocionante. Nos apresentamos lá no final de abril. O Teatro Tivoli, em Lisboa, é um lugar muito especial para mim. Ele me acolheu desde que eu comecei a desenvolver projetos pessoais. A interação com o público foi linda – os portugueses amam os artistas brasileiros.

E qual a expectativa para a sua temporada carioca? Você já dançou nos principais templos do balé pelo mundo todo, mas se apresentar no Rio é diferente?

Para mim, dançar no Rio é sempre um acontecimento formidável. É o meu lugar no mundo, é onde me sinto em casa. Foi onde as danças da minha vida começaram. Voltar para cá é como fechar um ciclo, depois de rodar o mundo e passar pelo Scala de Milão, pelo Lincoln Center de Nova York, pela Royal Opera House de Covent Garden e tantos outros palcos magníficos. As minhas expectativas são as melhores possíveis. Espero que a interação com a plateia seja plena e que tenhamos noites inesquecíveis.

Neste mês de maio, você completa 42 anos, e o seu corpo é o seu instrumento. Ele ainda está tão afinado como quando você era o primeiro bailarino do The Royal Ballet, de Londres? Quais efeitos do tempo você já percebe em seus movimentos?

Esta celebração do meu aniversário vai ser ainda mais peculiar e feliz, por causa das apresentações de ‘Último Ato’ no Rio. De fato, a maioria das carreiras

na dança tem uma duração curta, e eu não tenho mais o perfil para interpretar jovens príncipes e outros personagens típicos dos balés clássicos. Mas há alguns anos eu mesmo dei início a um processo de transição, abandonando esses papéis e focando em protagonistas de outro tipo, mais apropriados para as minhas habilidades. Acredito que, quanto antes você inicia esse processo,

menos doloroso, agressivo e sofrido ele será. Comigo foi assim, suave e gradual. Me sinto muito bem com o meu corpo hoje, creio estar em ótima forma. Ainda não percebo nenhuma limitação ou fraqueza. Me considero livre e estou me divertindo.

O balé e a dança são cruéis nessa questão da idade e da “vida útil” de suas

FOTO LINA NUNES

FOTO DAVE MORGAN | THE ROYAL BALLET

estrelas. Mas, ao mesmo tempo em que a juventude é tão valorizada, temos também muitos e extraordinários exemplos de artistas que foram longe com a dança, como Martha Graham, Kazuo Ohno, Alicia Alonso, Ismael Ivo, Marcia Haydée… Até quando você pretende dançar? Existe um limite? Sinceramente, eu não acredito em 'limite de idade' para a dança. Todos esses artistas que você citou souberam seguir dançando até quando quiseram, criando novos formatos, novas linguagens e formas muito próprias de se expressar. É um caminho assim que eu quero trilhar. Nos últimos anos, abracei outros projetos – como o filme 'Vermelho Quimera', o trabalho como diretor do Ballet de Monterrey, a coordenação de um estúdio de dança para a formação de bailarinos no Rio – e quero

ainda explorar muitas outras possibilidades. Cada artista traça as suas metas e suas rotas, com sua inteligência, suas motivações, suas particularidades.

Desde 2021, você dirige o Ballet de Monterrey, no México. Como vem sendo esse trabalho, essa nova fase? Quando me desliguei do The Royal Ballet de Londres, recebi vários convites. Escolhi o Ballet de Monterrey porque me identifiquei muito com as propostas e os objetivos apresentados pelo comitê que decide os rumos da companhia. Tenho aprendido muito nessa nova missão. O trabalho do bailarino é algo muito autocentrado, quase solitário. O do diretor é o contrário – é uma ação coletiva. Ele é o maestro de uma grande orquestra, ele tem de gerenciar as propostas, as visões e as expectativas de vários

Na página à esquerda, Thiago com o elenco da turnê “Último Ato” e, abaixo, o bailarino com sua ex-esposa, a argentina Marianela Nuñez, na montagem de 2012 de “Lago dos Cisnes”, no Royal Ballet de Londres. Ao lado, Thiago em uma das cenas mais bonitas do espetáculo que será apresentado este mês no Teatro Multiplan

profissionais envolvidos na produção de um espetáculo.

E como foi a experiência de dirigir e atuar no filme “Vermelho Quimera”, exibido em 2021 no Festival de Cannes? Quando começamos a produzir essa adaptação de 'O Pássaro de Fogo' (de Stravinsky), a ideia era fazer uma coreografia para a web, já que todos os palcos estavam fechados por causa da pandemia. Mas o projeto foi crescendo e acabou virando um filme. Para mim foi uma experiência nova e enriquecedora, pois eu atuei como dançarino, ator, coreógrafo, dramaturgo e diretor. Junto com o Oskar Metsavaht, fiz também a direção de arte, e a atriz Lana Rhodes vestiu como uma luva a sua personagem, meu par romântico na trama. O resultado ficou lindo, com uma narrativa diferente e movimentos pequenos que funcionavam como palavras. Esse trabalho me trouxe muitas alegrias e teve uma ótima receptividade – além da estreia em Cannes, foi exibido em vários outros festivais pelo mundo. Ao final, me deixou com a fome de embarcar em novos projetos audiovisuais.

Com “Último Ato”, você diz que está desligando uma luz para acender outras, que está apagando uma estrela para estimular o nascimento de outras. Quais são os seus projetos e planos para o futuro?

FOTO DIVULGAÇÃO

Thiago em três momentos: feliz em frente ao Theatro Municipal do Rio, onde iniciou sua trajetória no balé clássico; com Lana Rhodes e Oskar Metsavaht durante as filmagens de “Vermelho Quimera”; e na preparação do ator Matheus de Abreu para as filmagens de “Um Lobo entre os Cisnes”

No curto prazo, vamos ficar ainda cerca de um ano e meio rodando com a turnê de 'Último Ato'. No longo prazo, como já falei, eu venho trabalhando em várias novas frentes, ultimamente, e espero que apareçam ainda mais possibilidades. Adoro esse formato de bailarino-ator, gostei muito de rodar 'Vermelho Quimera' e estou muito satisfeito como diretor do Ballet de Monterrey e com o trabalho que estamos realizando com o estúdio TS+Dança aqui no Rio. Gosto de coreografar, de dançar, de criar, de me lançar em novos formatos, em projetos inovadores. Essas portas que estão se abrindo para mim estão me levando por um caminho muito prazeroso. É esse o futuro que eu quero para mim.

Nos últimos anos, a cultura no Brasil foi vítima de um desmanche terrível, e os artistas foram acusados de ser aproveitadores, mercenários e parasitas de verbas públicas. Como sair dessas trevas? Como você gostaria que o povo

enxergasse os artistas e as pessoas que produzem cultura?

As artes passaram por momentos muito difíceis. É inaceitável uma liderança política atacar a cultura de um país. Ninguém ganha com isso, é óbvio que vai dar errado em algum momento. O Brasil tem a cultura como sua maior voz diplomática pelo mundo e como o combustível da nossa identidade. A cultura é tão prioritária quanto a educação e a saúde – e é importante que quem dirige o país entenda isso. Quem produz cultura deve ser tão valorizado quanto um professor ou um médico. O Brasil é riquíssimo em talentos, em criadores, mas essas pessoas precisam de oportunidades. Eu sou a prova viva disso. Se não fosse a cultura, talvez eu não tivesse levado o nome do Brasil ao Royal Ballet de Londres. Se não fosse a cultura, muita gente estaria envolvida na criminalidade.

Por fim, a quantas anda o filme “Um

Lobo entre os Cisnes”, sobre a sua vida e sua exitosa trajetória profissional? As filmagens na Europa já terminaram e muitas etapas a serem feitas aqui também estão adiantadas. A equipe envolvida é fantástica: o longa é dirigido por Marcos Schechtman e Helena Varvaki, a produção é uma parceria da TV Zero com a Globo Filmes, e o ator Matheus Abreu é quem interpreta o Thiago –eu – na juventude. O filme retrata um momento muito emocionante da minha história, quando descobri a minha vocação, o meu dom. Esse longa vai ser muito importante para o jovem espectador que ainda busca um norte, que ainda não sabe o que quer e não encontrou o seu propósito. Ele mostra como essa mágica aconteceu para mim. A estreia deve ser apenas em 2024. Tive o prazer de participar de algumas filmagens e da preparação do elenco. É uma grande honra ter inspirado uma obra reveladora, potente, humana e relevante como esse filme!

Marketing e marcas

As melhores ativações nos festivais

Depois de um hiato da pandemia, os grandes eventos da música estão de volta e trazem surpreendentes cases de marketing envolvendo diferentes marcas

No mês de março, tivemos shows e festivais em São Paulo – como as apresentações da maior banda de pop rock do momento, Coldplay, que também se apresentou no Rio de Janeiro e em Curitiba, e um dos maiores festivais de música do mundo, o Lollapalooza.

Esses eventos não apenas reuniram milhares de pessoas, como movimentaram as mídias, em especial, as redes sociais. O patrocínio em um festival é interessante, já que é uma exposição de marca frente a um grande público-alvo. E a experiência é o novo marketing, então é preciso trazer algo que realmente conecte a marca com o público, indo muito além de um banner.

Separei três cases, sendo dois no

Lollapalooza e um no show do Coldplay, para inspirar a sua marca a fazer algo parecido.

MCDONALD’S NO LOLLA

A rede de fast food atende diversos públicos e está presente no país desde 1979. Dificilmente uma pessoa não gosta dos seus lanches. Dentro de um evento, onde se fica horas dançando, a fome é inevitável, por isso a marca esteve dentro do Lollapalooza, levou seus lanches e criou uma experiência que se conectava ao festival.

A empresa que mais vende sanduíches em todo o planeta montou um estande com peças interativas para os visitantes e um restaurante próprio da

marca, e levou alguns produtos gratuitos para matar a fome da galera, enquanto aguardava seus ídolos.

DESCANSO DENTRO DO CHEVROLET

Uma das principais marcas de carros do Brasil chamou a atenção do público do Lollapalooza com a sua linha de carros elétricos. A ideia era apresentar os carros de uma forma que as pessoas pudessem sentir o conforto dentro deles, criando um espaço relaxante, em que os visitantes se sentissem à vontade para descansar entre os shows. Para aprimorar a experiência, o estande também contou com uma balada para quem não queria parar com a curtição durante o festival.

QUINTO ANDAR É A CASA DO COLDPLAY

Um dos unicórnios do Brasil, a marca conseguiu engajar as pessoas a levantar cartazes com informações de imóveis disponíveis na plataforma de moradia na frente do hotel onde a banda Coldplay estava hospedada no Rio de Janeiro. A ideia era oferecer um aluguel grátis, por um ano, para que a banda viesse morar no Brasil. A repercussão nas redes sociais foi imediata e altamente positiva.

FOTO FLASHBANG

Lollapalooza 2023, em São Paulo

Um hub de soluções exclusivas em Santos Dumont

10 milhões de passageiros

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Hotel na serra fluminense, passeios gastronômicos, musical e negócios no Rio

hora

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DA CIDADE MARAVILHOSA

Do fundo do mar para o palco

BARRA “Bob Esponja, O Musical” estreia na Cidade das Artes no dia 12 de maio, levando ao palco a divertida turma do fundo do mar que faz sucesso no canal Nickelodeon desde 1999.

Na trama do espetáculo, Bob, Patrick Estrela, Lula Molusco e Siri Cascudo tentam salvar a Fenda do Biquíni da extinção superando adversidades e mostrando que a união e os sentimentos verdadeiros são capazes de mudar o mundo. O espetáculo traz canções compostas por artistas como David Bowie, Cindy Lauper, John Legend, Steven Tyler e Panic! at the Disco. Na Broadway, a montagem recebeu 12 indicações aos Tony Awards – o Oscar do teatro musical.

CIDADE DAS ARTES: Av. das Américas, 5.300, Barra, tel. 21 3325-0102. Ingressos de R$ 25 a R$ 180.

GLÓRIA

Barcos e iates em desfile

Dezenas de empresas nacionais e estrangeiras apresentam as novidades e tendências do universo náutico na edição 2023 do Rio Boat Show

Passeio pela gastronomia da Itália

No Ït Ristorante, o cardápio explora a culinária de diferentes regiões do país, como as massas romanas, as polentas do Piemonte e os frutos do mar da Ligúria

O Ït Ristorante, que acaba de ser inaugurado no Shopping Leblon, é o novo empreendimento do Grupo Trema – dono de casas como o Mäska, o Ízäreo Rudä. O cardápio desta nova casa incorpora referências gastronômicas de diversas regiões da Itália. Da cozinha comandada pelo chef Luciano Ramos saem entradinhas como o sarancini de polvo, o crudo de filé mignon com trufas negras e a polenta taragna com cogumelos porcini e queijo taleggio. A seção de massas tem como destaques os gnocchi com fonduta de parmesão, os tortellir recheados com ragu de cupim bovino, os raviolli de camarão e abóbora ou ainda clássicos como o spaghetti Carbonara e a lasanha à bolonhesa. Para quem quiser algo mais substancioso, as sugestões da casa são o polpetone recheado com mozzarela de búfala, o polvo grelhado com purê de banana da terra, o risotto de lulinhas e a barriga de porco assada e servida com purê de mandioquinha e molho de ervas.

A edição 2023 do Rio Boat Show, maior salão náutico outdoor da América Latina, acontece até o dia 7 de maio na Marina da Glória, reunindo fabricantes de barcos nacionais e importados em um encontro repleto de atrações. No total, mais de 80 marcas entre estaleiros, empresas especializadas em motores e equipamentos, fornecedoras de peças e de tecnologia estão presentes no evento. O público tem a oportunidade de conhecer de perto os principais lançamentos e tendências do universo náutico. Seguindo a tradição das edições anteriores, o Desfile de Barcos transformou a Marina da Glória em uma imensa passarela no dia 29, para a exibição das embarcações mais belas e luxuosas da feira.

Foodtrucks espalhados pelo espaço oferecem deliciosas comidinhas e, para os cervejeiros, a Amstel realiza degustações de seus produtos. A expectativa da organização é que o Rio Boat Show receba mais de 35 mil visitantes durante os 9 dias de evento.

Marina da Glória

Avenida Infante Dom Henrique, s/n°, Aterro do Flamengo. Ingressos a R$ 80.

Ït Ristorante

Avenida Afrânio de Melo Franco, 290 (Shopping Leblon, 4° piso), Leblon.

FOTO TOMVEBA@GMAIL.COM

FOTO DIVULGAÇÃO

Bombas que são explosões de sabor

Confeitaria Éclair oferece esse clássico de origem francesa em diversas versões, com deliciosos recheios doces e também salgados

Inaugurada no Barra Shopping no final de 2022, a Éclair é uma confeitaria especializada nessa delícia de origem francesa que, por aqui, nos acostumamos a chamar de “bomba”. O empreendimento é comandado pela chef pâtissier Millena Sá, formada na unidade carioca da renomada escola de culinária Le Cordon Bleu. No cardápio, o quitute é oferecido em várias versões: tem de mousse de brigadeiro branco com Nutella, de creme de pistache, de baunilha e muito mais. Os preços variam, de R$ 9 (mini) a R$ 22 (grande). Nas opções salgadas, tem éclair de camarão, de frango com alho-poró e requeijão,

de damasco com brie e a versão vegetariana, com palmito, tomate-cereja, azeitona e ricota. A loja tem ainda outras delícias, como os bolos Toalha Felpuda (de coco), Red Velvet, Curau (de milho com canela) e cenoura com chocolate, os caprichados Croque Monsieur, uma série de quiches – Lorraine (queijo e bacon), de camarão, de frango com catupiry ou de espinafre com ricota – e doces como o Paris-Brest, feito com massa choux e praliné de amêndoas.

BOTAFOGO

Boas brejas com uma vista espetacular

Com ótimas cervejas e petiscos cheios de borogodó, a nova unidade do Brewteco no terraço do Botafogo Praia Shopping ainda tem uma linda paisagem como bônus

A rede Brewteco inaugurou no final de 2022 uma unidade no terraço do Botafogo Praia Shopping. O bar é um point perfeito para quem curte uma cerveja geladinha na medida e bons petiscos em um ambiente com atmosfera informal e genuinamente carioca. De bônus, o local oferece ainda uma vista incrível da Enseada de Botafogo, de frente para os morros da Urca e do Pão de Açúcar. A carta de chopes é eclética e democrática, com brejas em estilos variados. Vale provar a blonde Brewteco + TM Golden Hour, a american pale ale Brewteco Pé Sujo, a IPA Brewteco Traçado ou a New England Session IPA Brewteco-Farra Leblon. No departamento de comidinhas, o carro-chefe da casa é o sanduíche Buraco Quente (pão francês recheado com suculenta costela de boi desfiada e requeijão cremoso), mas outras boas pedidas são os dadinhos de tapioca com geleia de pimenta e o gurjão de frango com aioli de páprica.

Brewteco Praia de Botafogo, 400 (Botafogo Praia Shopping, 9° piso), tel. 21 2143-3124.

BARRA

Éclair Avenida das Américas, 4.666 (Barra Shopping, Nível Lagoa), tel. 21 97151-5212.

Pizzas com super-queijos nacionais

Capricciosa reforça seu menu com novas redondas elaboradas com alguns dos vários queijos artesanais brasileiros recentemente premiados no exterior

GAMBOA

Uma ode à cultura africana

O Festival Back2Black acontece dos dias 25 a 28 de maio e reúne artistas de diversas áreas, inclusive da música, com nomes como Emicida e Iza

Pioneiro na motivação de juntar o mundo para celebrar a cultura negra, o Festival Back2Black, lançado em 2009, chega à sua 11ª edição este ano. Nos dias 25, 26 e 27 de maio, o evento acontece no Armazém da Utopia, e o encerramento é no Parque Madureira, no dia 28. A programação diversa reúne palestras, arte contemporânea, dança, literatura, moda, gastronomia, além, é claro, de muita música e um line-up que inclui nomes como Emicida (com Dino Santiago), Iza, Agnes Nunes, Salif Keïta e o multi-instrumentista Chico Brown – filho de Carlinhos Brown e neto de Chico Buarque –, que convida o cantor nigeriano Mádé Kuti.

Parque Madureira

Rua

A pizzaria Capricciosa, um clássico da cena boêmia e gastronômica de Ipanema, está com novidades em seu menu. Além das pizzas DOC (com denominação de origem controlada), que seguem o padrão das autênticas redondas napolitanas, a casa passa a oferecer coberturas exclusivas, elaboradas com premiados queijos artesanais brasileiros. A Catarina (R$ 65), por exemplo, tem como base o queijo do Vale do Testo, produzido em Pomerode, ganhador de uma medalha num concurso na Espanha. Já a Azzurra (R$ 58) é feita com o gorgonzola de colher produzido pelo laticínio Serra das Antas, em Bueno Brandão (MG), e condecorado num concurso no Reino Unido. Elas se juntam a clássicos do cardápio da casa, como a Margherita Gourmet (com mozzarella de búfala, lascas de parmesão e folhas de manjericão – R$ 62), Carbonara (com

mozzarela, pancetta artesanal, gema de ovo caipira, queijo pecorino ralado e pimenta do reino – R$ 62) e Calabresa Gourmet (de linguiça artesanal com mozzarella de búfala, picles de cebola roxa caramelizada e brotos verdes – R$64), que agora também são servidas numa massa que leva carvão vegetal em sua receita.

Capricciosa

Rua Vinícius de Moraes, 134, Ipanema, tel. 21 2523-3394.

Armazém da Utopia

Boulevard Olímpico. Av. Rodrigues Alves 1.7944 (Armazém 6), Gamboa.

Soares Caldeira 115, Concha Acústica Madureira.

Um lugar para comer e beber o Mediterrâneo

No Salí, o novo restaurante do chef Ricardo Lapeyre, os sabores do mar estão presentes não só nas comidas, mas também nos drinques do bar

O nome do restaurante Salí, recém-inaugurado no Leblon, é uma referência à salicórnia, uma espécie de alga que também é conhecida como “aspargo marítimo”. O cardápio da casa comandada pelo chef Ricardo Lepeyre também é uma ode aos frutos do mar e aos sabores do Mediterrâneo, como se convidasse os comensais a um tour que passeia pelo sul da França, pelo Líbano, pela Espanha, pelo Marrocos, pela Itália e pela Turquia. Tem croqueta de lagostim com aioli de limão siciliano, polvo grelhado e servido com purê de grão-de-bico, spaghetti com vôngoles e lambretas, peixe do dia grelhado e acompanhado de compota de tomate e pesto de pistache, o tamboril envolto em presunto ibérico e muito mais. O mar está presente até nos drinques, como o Bloody Salí – versão cheia de umami do clássico coquetel, aqui elaborado com vodca, suco de tomate, limão siciliano e tinta de lula.

Boteco com alma carioca

A descontração no novo bar é tamanha que o médico Antônio Dias Ferreira, que empresta seu nome à badalada rua da Zona Sul, já virou "Ferreirinha"

O recém-inaugurado Ferreirinha é um típico bar de rua, com alma bem carioca – que fica evidente pela trindade formada pelo chope bem geladinho, um cardápio repleto de beliscos bem apetitosos e um ambiente onde a palavra de ordem é a descontração.

No menu, os destaques são as croquetas de costela desfiada (servidas com aioli de mostarda Dijon), os pastéis de camarão com catupiry, os coraçõezinhos de galinha grelhados, o torresminho de porco, o steak tartare e o ceviche de peixe branco com manga. Na hora do almoço, de terça a sexta-feira, a casa serve um menu executivo por R$ 59,90 e, nos sábados e domingos, é servida aquela feijoada completíssima (com arroz branco soltinho, couve, banana frita, farofa crocante e rodelas de laranja), que custa R$ 119,90 e serve 2 a 3 pessoas.

Na carta de bebidas, além do chope Brahma e das cervejas Corona, Stella Artois, Becks, Michelob e Colorado, a carta oferece drinques autorais, como o Errejota (à base de vodca, suco de uva, purê de framboesa e espuma de gengibre) e o Ferreirinha, feito com gim, sucos de morango e maracujá e mix cítrico.

Ferreirinha

Rua Dias Ferreira, 521, Leblon.

Salí

Rua Dias Ferreira, 78, Leblon, tel. 21 2512-6526.

Banheira dos chalés do Embaúba Boutique Hotel e, à direita, piscina do hotel em Teresópolis

TERESÓPOLIS

Novo refúgio em meio à natureza da Serra Fluminense

Embaúba Boutique Hotel possui apenas 24 chalés espalhados por uma área de 480 mil m2 – além de um bem equipado spa e um aconchegante restaurante

Inaugurado na última primavera, o Embaúba Boutique Hotel é um local perfeito para quem busca acolhimento, conforto e tranquilidade em meio à exuberante natureza da região de Teresópolis. O empreendimento ocupa uma área de 480 mil m², totalmente recuperada cinco anos após o início de um plano de manejo para reverter a degradação da mata nativa, de suas nascentes e da fauna local. O nome escolhido homenageia a Embaúba – árvore que é a “casa natural” dos bichos-preguiça e que produz frutinhos que servem de alimento para aves como tucanos, pica-paus e trinca-ferros. A propósito, graças a esse trabalho de regeneração da natureza, hoje os hóspedes têm a possibilidade de contemplar no local esses animais e outros, como saguis, pacas, lontras, lebres e cachorros-do-mato.

O Embaúba Boutique Hotel possui 24 chalés com design contemporâneo e decorados com móveis e revestimentos de fibras naturais, como bambu, vime e palha. 14 das unidades contam com banheiras de hidromassagem e cromoterapia. Todos foram desenhados para receber casais de hóspedes. Mas um deles acomoda confortavelmente até seis pessoas. A construção dessa unidade tem dois pisos, três quartos, duas salas de estar, dois banheiros e sala de jantar.

No restaurante Ymbu, o cardápio privilegia ingredientes da região. Exemplos disso são o risoto negro de cogumelos, servido com nacos de polvo e tapenade de pimentão vermelho, o filé de peixe com bisque de moqueca e arroz negro e legumes da horta ou ainda a korma de vegetais (aromático cozido de

origem indiana).

Outra atração do hotel é o Matahari Spa, onde são oferecidos tratamentos estéticos e terapias relaxantes, rejuvenescedoras e revigorantes para quem busca o equilíbrio entre o corpo e a mente. Todos os óleos, fragrâncias e cremes utilizados no local são da grife Avatim. Não deixe de experimentar a banheira de pedra vulcânica trazida diretamente de Bali, na Indonésia.

As diárias começam na faixa dos R$ 1.700, e o hotel é um estabelecimento pet friendly, que se abre para animais de pequeno porte, com até 12 kg. É permitido apenas um por aposento, pelo qual é cobrada uma taxa adicional de R$ 350 por dia.

Embaúba Boutique Hotel De Estrada de Andradas, 1.300, Teresópolis, tel. 21 99244-0320.

FOTOS DIVULGAÇÃO

16 HORA RIO POR KIKE MARTINS DA COSTA

Vozes da cidade

Entre Paris, Itália, Barra e Leblon

Restaurantes que trazem influências mediterrâneas e parisienses a endereços conhecidos do Rio de Janeiro

Itacoa Paris-Rio

“É o lugar que marcou a minha volta ao Brasil depois de muitos anos vivendo e trabalhando no exterior. O restaurante apresenta uma comida fresca, com produtos orgânicos e de altíssima qualidade.

O Itacoa tem uma unidade no Village Mall e outra no Leblon.”

Avenida das Américas, 3900, Barra da Tijuca.

Avenida Ataulfo de Paiva, 270, Loja 105, SSL, Leblon.

Bar do Zeca

“Para mim, é umas das melhores comidas de boteco que existe no Rio de Janeiro, e o Toninho faz tudo com maestria! O local apresenta um ambiente super descontraído com drinques e uma música autenticamente brasileira. Eu curto bastante!

O Bar do Zeca tem algumas unidades no Rio de Janeiro e agora atravessou a ponte-aérea e está em São Paulo."

Avenida das Américas, 8585, Barra da Tijuca.

Rocka Beach Lounge

“Esse tesouro fica escondido na praia Brava, em Búzios, com uma culinária espetacular e drinques super refrescantes em um ambiente paradisíaco. O chef Gustavo Rinkevich escolhe os produtos locais a dedo, tem uma horta orgânica em sua casa e conta com barcos de pescadores que entregam peixes fresquíssimos diariamente. Sou muito fã do trabalho que fazem por lá.”

Rua Praia Brava, 13, Búzios.

Olivo Cucina Italiana

“No Jardim Oceânico na Barra, esse restaurante talvez tenha a melhor pizza que já comi no Rio de Janeiro e conta com matéria-prima de qualidade e uma decoração bem à moda italiana. O lugar apresenta uma carta de vinhos da Grand Cru, que surpreende, e os frutos do mar são o carro-chefe do cardápio. O chef Erison sabe muito sobre a cozinha mediterrânea.”

Avenida Érico Veríssimo, 690, Barra da Tijuca

As dicas de quem adora o Rio

ITACOA PARIS-RIO

OLIVO CUCINA ITALIANA

ROCKA BEACH LOUNGE

BAR DO ZECA

POR *RAFA GOMES

*RAFA GOMES comanda o recém-inaugurado Tiara, no Leblon, e o restaurante Itacoa, com unidades em Paris e no Rio de Janeiro.

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