29HORAS - outubro 2020 - ed. 129/03 - Campinas

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A trajetória consagrada de

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Tony

Ramos HORA CAMPINAS Exposição, spa, restaurantes e a tecnologia no agronegócio

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OUT UB RO 2 02 0

Sumário

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# 1 2 9/03 OU TUB RO 2 02 0 WWW.29HORAS.COM.BR

Hora Campinas

Exposição "Novos Rumos", em Itupeva , propõe novo tipo de interação com a arte na pandemia

@29horas @29horas Publisher Pedro Barbastefano Júnior

Artista Osmar Dalio | Foto Divulgação

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Conselho editorial Chantal Brissac, Clóvis Cordeiro, Didú Russo, Georges Henri Foz, Kike Martins da Costa, Luiz Toledo, Paula Calçade e Pedro Barbastefano Júnior redação Paula Calçade (editora de redação); Kike Martins da Costa (editor contribuinte); Rose Oseki (editora de arte) Colaboradores Adonis Alonso, André Hellmeister, Chantal Brissac, Chiara Gadaleta, Didú Russo, Georges Henri Foz, Juliana Simões, Luiz Toledo, Patricia Palumbo, Pro Coletivo, Rodrigo Grilo, Tecla Music Agency P U BL I CI DADE CO M E RCI AL comercial@29horas.com.br equiPe: Rafael Bove (rafael.bove@29horas.com. br), Angela Saito (angela.saito@29horas.com.br) Gerente reGional Giovanna Barbastefano (giovanna.barbastefano@29horas.com.br) CaMPinas – Marilia Perez (marilia@ imediataonline.com.br), Mariana Perez (mariana@imediataonline.com.br) rio de Janeiro – Rogerio Ponce de Leon (rogerio.leon@viccomunicacao.com.br) assistênCia CoMerCial Hanna Mercaldi (hanna.mercaldi@29horas.com.br)

2 9 H OR AS é uma publicação da MPC11 Publicidade Ltda. A revista 29 HOR AS respeita a liberdade de expressão. As matérias, reportagens e artigos são de responsabilidade exclusiva de seus signatários.

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Lugares para tomar bons drinques em Campinas

Av. Nove de Julho, 5966 - cj. 11 — Jd. Paulista, São Paulo — Cep: 01406-200 Tel.: 11.3086.0088 Fax: 11.3086.0676

17 MISTO

A TIRAGEM E DISTRIBUIÇÃO DESTA EDIÇÃO SÃO AUDITADAS PELA BDO.

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Agora é agro Capa

Tony Ramos fala sobre personagens, isolamento, família e casamento

Queimadas na Amazônia evidenciam modelo arcaico de agricultura

Fotos Divulgação

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA E EXCLUSIVA NAS SALAS DE EMBARQUE E DESEMBARQUE DO AEROPORTO DE VIRACOPOS.

Foto da capa: Globo | Estevam Avellar Foto Globo | Estevam Avellar

Jornalista resPonsável Paula Calçade


SE ESTÁ DIFÍCIL PARA NÓS,

IMAGINE PARA ELES!

O Sertão Nordestino é hoje a região do país com maior vulnerabilidade para enfrentar os efeitos da pandemia. Milhares de pessoas, neste momento, enfrentam a fome, a sede e falta total de estrutura de saúde em povoados isolados.

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CA PA


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A COLEÇÃO DE PERSONAGENS DE

Tony Ramos NO AR COM AS REPRISES DAS NOVELAS “MULHERES APAIXONADAS” E "LAÇOS DE FAMÍLIA", EM BREVE O ATOR VAI TRABALHAR EM UMA MINISSÉRIE SOBRE O COMPOSITOR CAMPINEIRO CARLOS GOMES

FOTO GLOBO | ESTEVAM AVELLAR

POR

RODRIGO GRILO

UMA DAS GRANDES ESTREIAS DE TONY RAMOS se deu aos 19 anos. Na época, o jovem nascido Antonio de Carvalho Barbosa, na paranaense Arapongas, experimentou e se apaixonou pelo vinho nacional servido na casa da família italiana de sua esposa, Lidiane, no paulistano bairro da Vila Mariana. Hoje, Tony é um feliz proprietário de uma adega climatizada com 120 garrafas da melhor qualidade. A meticulosidade do ator com sua bebida preferida – que aprecia somente depois de o vinho ter um momento de respiro – é a mesma que o acompanha por toda a carreira artística, uma extensa e consagrada trajetória. Aos 72 anos, o ator afirma, computa mais de 50 novelas, 30 peças e 30 filmes. “Sem falar de teleteatro e minissérie. Segundo a memória Globo, já interpretei 128 personagens”, completa ele, referindo-se ao Projeto Memória do Grupo Globo, que responde pela história da emissora carioca – onde ele dá expediente há 44 anos. Tony, que começou leituras como preparação para a próxima novela de João Emanuel Carneiro com estreia prevista para o ano que vem, está no ar com dois folhetins em reprise: “Laços de Família”, no canal Viva, e “Mulheres Apaixonadas”, na Globo. Também escalado para viver, em 2023, o músico francano Correia do Lago em “O Selvagem da Ópera”, minissérie sobre o maestro Carlos Gomes, nascido em Campinas, o ator falou por telefone com a reportagem de 29HORAS de sua casa na praia de Geribá, em Búzios (RJ).


CA PA

FOTO GLOBO | DIVULGAÇÃO

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Por outro lado, temos visto episódios que revelam um relaxamento do isolamento social mesmo sem uma vacina contra o vírus. Quem me comanda é a ciência e não quem acha isso ou aquilo. O grande problema em pandemias é o achismo, que só causa desserviço. A vida é muito difícil sem a pandemia. Imagina com ela então. Eu sempre me protegi. Tem gente que se esqueceu de tomar vacina contra a poliomielite. Sabia disso? Outros não tomaram nem a BCG. Voltaram a tubercolose, o sarampo, por ignorância de quem pensa que a vacina é um aperitivo, uma brincadeira. Serei o primeiro a me candidatar a tomar a vacina contra o coronavírus, quando ela for aprovada. Acredita em novo normal? Não existe o novo normal. Normal é eu ser o que sempre fui. Trabalhador, preocupado com o próximo, com a minha família, pagador de impostos, atento ao que está à minha volta. Tenho lido na mesma medida os meus livros. Descobri o autor israelense Yuval Harari, que escreveu “21 Lições para o Século 21” e “Homo Deus – Uma Breve História do Amanhã”. Comecei a ler o lindo

FOTO GLOBO | JOÃO MIGUEL JUNIOR

Em tempos de pandemia, como têm sido os seus dias entre a sua residência, no Rio, e a casa de praia, em Búzios? Ninguém sequer viu o meu rosto fora de casa durante a quarentena. Mantivemos o pessoal que trabalha com a gente – três pessoas na residência e duas na casa de praia. Os funcionários só retornaram às suas funções, em um esquema de rodízio, no fim de julho. Fico na minha residência no Rio de Janeiro praticamente 90% do tempo. Quando vou para Búzios, a rotina segue a mesma. Tenho o meu computador, acesso os e-mails. Como não tenho rede social, vivo da leitura de jornais que assino, dois de São Paulo e um do Rio, passeio com cachorro, caminho e faço exercícios. Agora irão começar as reuniões em home office para discussões sobre a próxima novela do João Emanuel Carneiro que irei fazer. Ficarei, então, ainda mais concentrado e quieto em casa.

livro “Escravidão” do Laurentino Gomes. Sigo assistindo a filmes, séries e novelas. A minha rotina não mudou. Sempre gostei de ficar dentro de casa. Novo é como eu me cuido frente ao vírus.

Qual dos cuidados novos é o mais valioso? Vinte anos atrás, gravando a novela “Laços de Família”, no Japão, quantas vezes eu vi pelas ruas, no saguão do hotel onde ficávamos, japoneses usando máscara. E sabe o porquê? Porque estavam com gripe ou resfriado e não queriam contaminar outra pessoa. Achava aquela prática curiosa. Comentei com a minha esposa,

que também me relatou ver muita gente de máscara nas estações do metrô. Eles se protegem. Mesmo quando a vacina se instalar, o uso da máscara será muito bem vinda. Eu estarei sempre com o meu kit de máscaras no carro, dentro de casa e na emissora para gravar. É simples, como andar para frente e para trás.

“Laços de Família”, novela icônica do Manoel Carlos, na qual você atuou, está de volta ao ar , na sessão Vale a Pena Ver de Novo. Qual foi o grande personagem que você viveu na carreira? Certa vez, vi uma entrevista do Al Pacino


FOTO GLOBO | RENATO ROCHA MIRANDA

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na qual ele responde “me recuso a escolher com a idade que estou, com a carreira que tenho” a uma pergunta idêntica. É impossível eu escolher um personagem da minha vida. “Laços de Família” é uma novela marcante. Teve reexibições em todos os locais onde foi exibida: Itália, América Latina toda, em Portugal houve três reexibições. Com quatro anos de carreira, em 1968, desfrutei de um primeiro protagonismo na novela “Os Amores de Bob”, na TV Tupi. Aí, quando cheguei na Globo, onde estou há 44 anos, a minha história ganhou outra velocidade. Em sentido horário, Tony Ramos ao lado dos atores Flávio Silvino e Júlia Feldens, em "Laços de Família". O ator com Christiane Torloni, em "Mulheres Apaixonadas", e com sua esposa, Lidiane. Tony Ramos como Téo, também em "Mulheres Apaixonadas"

FOTO GLOBO | ESTEVAM AVELLAR

No Instagram existe um perfil seu que se diz oficial. Não sou eu. Nunca criei um perfil. É muito pouco provável que um dia eu venha a ter algo em rede social. O Ary Fontoura e o Antônio Fagundes entraram recentemente no Instagram. Mas não combina com o meu perfil. Não me interesso e não procuro saber da vida dos outros. Imagina eu ficar fotografando o meu dia a dia, isso e aquilo. Não é a minha praia. Qual seria a sua praia, uma grande mania, por exemplo? Fazer o café da manhã. As pessoas que chegavam para trabalhar na minha casa sempre se surpreendiam. Porque, às 6h30, a mesa estava posta. Sempre gostei dessa rotina. O café tem de ser mediano, ter uma certa harmonia e equilíbrio. E a água não pode estar fervendo, borbulhando. Seus pais se separaram quando você era muito pequeno. E acabou sendo criado, principalmente, por sua mãe e por sua avó. O que mais lhe marcou nessa fase? Sim, a vida se descortinou para mim graças às ações da minha querida avó materna, dona Maria das Dores, Dodô, e da dona Maria Antônia, a minha mãe, que está lúcida, discutindo política. Eu era muito criancinha, tinha 3 anos, quando ela se separou de meu pai. Era um tempo, isso foi em 1951, em que desquite e separção eram vistos como palavrões. Quando chegou na hora certa, lá pelos meus 13 anos, a vovó Dodô foi quem me disse que sexo não é pecado, argumentando que era algo normal. Ela quem veio falar comigo sobre o assunto. Pecado seria matar, roubar e não perdoar. E dizia que eu deveria saber me proteger, como fazê-lo e pedia para um tio vir conversar comigo sobre o assunto. Essa era a minha avó e Deus, com certeza, deu a ela um lugar tranquilo.


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CA PA

Como era a batalha da sua mãe para sustentar todos em casa? Lá atrás, a minha mãe, que hoje está com 91 anos, era uma professora primária que lecionava em três turnos. E, em um deles, de forma voluntária para adultos analfabetos, à noite. Narrando aqui a história de força dela e da vovó Dodô, por si só eu exemplifico e explico o meu respeito pelas mulheres e o tanto que elas foram importantes na minha vida. E a partir do meu casamento... Bom, eu sou casado há 51 anos. Não são 51 meses! Nesses 51 anos, essa companheira chamada Lidiane é definitiva na minha vida do ponto de vista do que é uma estrutura familiar, de força em momentos alegres e tristes. E o que mais o emocionou ultimamente? Me emocionei com as homenagens feitas pelo "Jornal Nacional" aos cidadãos mortos pela Covid-19. Para o "Fantástico", eu li três cartas de familiares que escreveram ao programa relatando a perda de seus entes queridos. Eu gravava os depoimentos da minha casa, mas tive de refazê-los várias vezes porque eu ficava muito emocionado. O meu filho (Rodrigo) é cirurgião cardiovascular. Sei bem, então, como é a vida desses profissionais. Me toca profundamente também lembrar que, até o primeiro domingo de setembro, 244 médicos morreram da Covid-19.

E a sua adega de vinhos, vai bem? Agora, muito comportada. Desde fevereiro, não recebo mais ninguém em casa, para jantares ou qualquer outro encontro. Eu e Lidiane tomamos um tinto de vez em quando. Não estamos bebendo cotidianamente, mas nos finais de semana. Eu sigo preferindo os tintos. Gosto muito dos toscanos, como um Brunello, para comidas mais fortes. Também recorro a um Bordeaux para acompanhar uma carne muito específica. Da Borgonha, prefiro os mais ligeiros (para pratos mais leves) e os alentejanos também têm o seu lugar cativo. Aos domingos, em casa, se vou almoçar às 14h, abro a garrafa às 13h20, deixo ela respirando enquanto faço outra coisa ou antes do banho. E só depois aprecio o vinho. FOTO GLOBO | ESTEVAM AVELLAR

Como podemos ficar melhores com o passar dos anos, como o vinho que você tanto ama? Olha, eu sei a idade que tenho e é o que importa. Amigos

dizem: “Você tem cabelo branco, mas não tanto pela sua idade”. Estou bem e me cuido para estar assim sem seguir receitas. Como carne, massa, arroz, feijão, engordo, emagreço e tomo cuidado para não ficar barrigudo demais. Agora, filosoficamente falando, é possível não transparecer no rosto uma pessoa amargurada, quando se respeita a própria vida e a do próximo, a natureza e saber que acordar é uma dádiva. Muitos poderão achar que sou ateu. Como não sou, digo com sinceridade que a iluminação que eu tenho pela vida está frente à natureza, ao acordar. A vida não é fácil. Cada um tem de descobrir dentro de si onde mora o campo de agradecimento por estar vivo. E, a partir daí, trabalhar suas dores e alegrias.

O ator no escritório em sua casa no Rio de Janeiro, em isolamento social


hora

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Quarentena em família

CAMPINAS

O MELHOR DA REGIÃO

HOSPEDAGEM O Vitória Hotel Convention Indaiatuba oferece às famílias a opção de passar o Dia das Crianças em um ambiente divertido e seguro, com atrações para as crianças e descanso para os pais. Recreação com monitores, brinquedos e lanchinhos da tarde fazem parte da programação de 10 a 12 de outubro com todas as medidas sanitárias. O hotel ainda disponibiliza quartos adaptados para o home office e pacotes de longa permanência durante todo o mês para um isolamento confortável. VITÓRIA HOTEL CONVENTION INDAIATUBA: Av. Presidente Vargas, 3041 - Vila Vitoria I, Indaiatuba.


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HORA CAMP INAS

AEROPORTO

Modelo global FOTO DIVULGAÇÃO

Viracopos registra indicativo de retomada gradual do movimento de passageiros pelo quinto mês consecutivo e amplia ações na pandemia

A RECUPERAÇÃO DA AVIAÇÃO apresenta tendên-

cia de crescimento gradual após uma queda brusca registrada a partir de março por causa da pandemia. Agosto e setembro já são os melhores meses desde o início da crise global, e novas tecnologias se somam às medidas sanitárias aplicadas há meses. Em julho, o movimento diário no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, começou a crescer de forma mais expressiva, chegou a 130 pousos e decolagens por dia. Já em agosto, os movimentos diários chegaram a 165. O aeroporto registrou aumento de quase 18% na comparação entre agosto e julho de 2020. Viracopos ampliou o processo de desinfecção especial de todo o terminal de passageiros nos últimos meses. Foi instalada uma câmera térmica de medição de temperatura no momento em que os passageiros apresentam o bilhete de embarque. É uma combinação de reconhecimento facial com detecção de temperatura por infravermelho. Já a desinfecção especial, que ocorre diariamente, sempre antes dos horários de pico operacional, agora é realizada pelo menos três vezes ao dia. São desinfetados os carrinhos de bagagem, escadas, elevadores e cadeiras. Ações como avisos sonoros, sinalização de distanciamento, instalação de 130 suportes de álcool em gel nos terminais, e desinfecção constante, já adotadas nos últimos meses, se somam a uma série de outras ações para o enfrentamento da crise global, aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e gerenciadas pelo Comitê de Gestão criado pelo aeroporto.


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PA S S E I O

Encontro marcado com o silêncio e a paz Templo budista em Cabreúva, próximo à Serra do Japi, é um ótimo lugar para quem busca dar uma pausa na correria para meditar e contemplar a natureza POR KIKE MARTINS DA COSTA

INTERIOR DE SÃO PAULO É ASSIM: uma hora

você está em um aeroporto internacional, com milhares de passageiros se agitando apressadamente, e a poucos quilômetros dali dá para se ver em meio a dezenas de pessoas silenciosamente em paz, meditando em um bonito templo budista. Essa é a realidade que os visitantes encontram no Centro de Meditação Kadampa Brasil, em Cabreúva, a meia-hora do Aeroporto de Viracopos ou a 80 km de São Paulo. Inaugurado em 2010, o templo é o maior da Tradição Kadampa em todo o mundo. A construção principal tem mais de 3,3 mil m² e fica em uma propriedade no sopé da Serra do Japi. Com três estátuas gigantes de Buda no

centro, cada uma medindo 2,5 m de altura por 2 m de largura, e outras 14 menores ao redor, o altar é o grande destaque do templo. Nos jardins do templo, as atrações são os três “pagodes” para meditação e contemplação da natureza da região. A Tradição Kadampa Internacional foi fundada em 1991, pelo venerável Geshe Kelsang Gyatso, que estudou nas universidades monásticas do Tibete, passou 18 anos em retiros de meditação nos Himalaias e, desde 1977, se estabeleceu na Inglaterra. Ano que vem, ele completa 90 anos e, ao longo de sua vida, já lançou 23 livros em que apresenta o Budismo Moderno, uma forma moderna e acessível de compreender as sábias palavras de

Buda. Os budistas kadampas são conhecidos por utilizar os ensinamentos com métodos práticos para transformar suas rotinas diárias em um caminho para a iluminação. O propósito da vertente é divulgar a fé budista em todo o mundo e, para isso, possuem, além do templo em Cabreúva, centros de meditação e retiros nos Estados Unidos (em Glen Spey, no Estado de Nova York, e em Williams, próximo ao Parque Nacional do Grand Canyon, no Arizona), na Espanha (na cidade de Málaga e na ilha de Menorca), no Reino Unido (em Ulverson), na Suíça (em Valais, no meio dos Alpes) e em Portugal (nos arredores de Sintra).


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À direita, obra de Tulio Pinto. Abaixo, trabalhos de Amilcar de Castro, Hugo França e Franz Weissmann, respectivamente

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ARTE

A exposição do novo mundo

Com curadoria da Art Homage e nomes de peso, “Novos Rumos” chega à Fazenda da Grama com a proposta de vivenciar as artes em tempos pandêmicos POR PAULA CALÇADE COM O INTUITO DE PROMOVER A ARTE e a necessidade de inovação

por causa da permanência de muitos museus e galerias fechados, a exposição “Novos Rumos” propõe o contato com a arte a céu aberto, na Fazenda da Grama, em Itupeva, a 60 km de São Paulo. A mostra cria um percurso artístico em um cenário inusitado, que promete virar tendência nos próximos meses, pois permite que os visitantes consigam contemplar as obras com a segurança de um espaço aberto com distanciamento social. Onze esculturas de dez artistas consagrados foram selecionados: Amilcar de Castro, Franz Weissmann, Iole de Freitas, Sérvulo Esmeraldo, Elisa Bracher, Túlio Pinto, Osmar Dalio, Geòrgia Kyriakakis, Hugo França e Julio Villani. “A cultura tem sido a tábua de salvação nesse período de quarentena e por mais que a tecnologia tenha nos ajudado muito, algumas experiências, como visitar ao vivo uma mostra de arte, são insubstituíveis e nos trazem um respiro no meio desses tempos que estamos atravessando”, conta Graziela Martine, produtora executiva da “Novos Rumos”. As obras em destaque são as de Amilcar de Castro, que esse ano completa seu centenário, e Franz Weissmann, que juntos fizeram parte do grupo neoconcretista “Frente” e marcaram a história da arte no Brasil. A exposição conta ainda com o apoio das galerias Raquel Arnaud, Leme, Millan, do Instituto Amilcar de Castro e do Atelier Hugo França. A visitação é aberta ao público e gratuita até 25 de outubro. Basta solicitar a inclusão do nome na lista por meio do e-mail contato@arthomage.com.br.


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SEO ROSINHA

POR LEONARDO SANCHEZ*

Drinques e sofisticação Bares e restaurantes para harmonizar bons pratos e excelente ambiente com as melhores bebidas em Campinas IKI

Seo Rosinha “Um lugar descontraído, tem almoço com cardápio excepcional e é ideal para um jantar com amigos, sem falar do happy hour. Aos finais de semana, o bar do restaurante vira um verdadeiro point da cidade, com bons drinques, petiscos e ótima música.” Alameda dos Vidoeiros, 455 – Gramado, Campinas

Iki “É comandado pelo chef Satoshi Kaneko e conta com o DNA que agrega sofisticação à inovação na culinária japonesa. Satoshi Kaneko, nascido em Tokyo, chegou no Brasil em 2011 para comandar o estrelado Tenkai e, logo depois, se mudou para São Paulo para liderar a equipe do Kinoshita. Eu faço questão de experimentar suas criações onde quer que esteja. De primeira, minha sugestão é a vieira trufada!”

JANGADA

Avenida José de Souza Campos, 1.321 Dahruj Tower, Térreo - Cambuí, Campinas

Jangada “A grande especialidade do restaurante são os frutos do mar, conta com uma genialidade ímpar e, na minha opinião, traz uma experiência quase poética em seus pratos. Meu prato favorito é o Camarão Noronha. Recomendo!” Avenida José de Souza Campos (Norte - Sul), 575 - Cambuí, Campinas

Sala 575 “Bar com drinques inovadores, nos remete a uma atmosfera nova-iorquina, traz eventos de música ao vivo e é uma ótima escolha para happy hour com amigos. Peça o clássico cosmopolitan, que combina perfeitamente com o lugar!” Rua Gustavo Ambrust, 36 - Cambuí, Campinas *LEORNARDO SANCHEZ é fundador da marca de

cosméticos Under Skin e piloto de Stock Car

SALA 575

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Vozes da cidade

As dicas e os segredos de quem adora a região


HORA CAMP INAS

FOTO GETTY IMAGES

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T EC N O LO G I A

Vale do Silício do agronegócio

Startups brasileiras levam inovação, otimização de custos e sustentabilidade para o agronegócio

POR PAULA CALÇADE

SÃO PAULO É O ESTADO QUE CONCENTRA o maior número

de startups do setor agropecuário, com mais de 400 das 1.125 do país. Os números do Radar AgTech Brasil 2019, mapeamento realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ligada ao Ministério da Agricultura, em parceria com a SP Ventures e o Centro Universitário FEI, ainda mostram Campinas como a terceira colocada no ranking paulista. As novas empresas do agro digital (agritechs) fazem a análise de oportunidades de negócios e buscam maior assertividade nas estratégias do setor. O uso de bioinsumos e de recursos genéticos, o planejamento dos custos de plantio, o mapeamento de áreas e o acesso a consultorias ajudam em uma maior produtividade sem aumentar o desmatamento, unindo desenvolvimento econômico à sustentabilidade.

Para o diretor-executivo de Inovação e Tecnologia da Embrapa, Cleber Soares, os principais pilares desse momento de inserção tecnológica no agronegócio são: inovação aberta, pois ninguém detém todo conhecimento; a sustentabilidade, que seria a moeda do presente e do futuro da agricultura; e a inovação social por meio da inclusão tecnológica, que leva a era digital a todas as atividades da agricultura. “As agritechs fazem tudo isso de forma transversal, conectando todos os pilares, o que moderniza e coloca a agricultura do país em outro patamar". A Embrapa listou algumas dessas startups em seu projeto Pontes para a Inovação. São: Agro Finanças (Ideas for Farm); Eirene Solutions (Startup Open Innovations); Farmly (Avança Café); Izagro (TechStart); Kemia (InovaPork); Neoprospecta (Gado de Corte 4.0); Olho do Dono (Pitch Deck Agtech); ScanFito (Avança Café) e Volutech (Ideas for Milk). Todas essas ideias empreendedoras do setor dialogam com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU. A Eirene criou um sistema de sensores que, instalado na barra de pulverização, enxerga onde está a planta e aplica o defensivo somente nela, gerando economia de até 90% na dose do produto e redução do impacto ambiental. Já a Kemia desenvolveu um modelo compacto de estação de tratamento dos dejetos da suinocultura que permite o reúso da água e resolve um dos gargalos da produção intensiva de suínos.


kikecosta@uol.com.br

COLUNA

Agora é agro

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POR

FOTO REPRODUÇÃO

Kike Martins da Costa

Prosa rápida Ouro branco

Queimadas prejudicam a agropecuária brasileira Produtores rurais serão os mais afetados pelas mudanças climáticas O Pantanal e a Amazônia ardem em chamas, e as autoridades deste país insistem em dizer que está tudo dentro da normalidade. Se esse é o tal do "novo normal", ele não vai durar muito. Seguindo nesse ritmo, em breve os tais “rios” voadores formados na Amazônia e que trazem chuva para o Centro-Oeste, para o Sul e para o Sudeste do país vão minguar e alterar todo o regime de chuvas nas áreas onde vivem 70% dos brasileiros e onde se concentram as plantações e pastagens. O que acontece lá longe se reflete aqui. Negar isso é mais ou menos como acreditar que a Terra é plana ou que o coronavírus pode ser combatido com vermífugo. E os primeiros que vão sofrer com essas mudanças no clima serão os produtores rurais. Sem chuvas, o agronegócio brasileiro vai enfrentar sérias dificuldades. Não é preciso destruir florestas e santuários intocados para ampliar a produção. Muito pelo contrário: a floresta ajuda mais a agricultura se estiver em pé, viva, saudável.

A própria ministra da Agricultura, Tereza Cristina, já disse que o agronegócio brasileiro deve crescer não ampliando as áreas de cultivo, mas sim elevando a produtividade das terras já ocupadas. E, enquanto a boiada do ministro do Meio Ambiente passa e continua a degradação da Floresta, do Cerrado e do Pantanal, grandes empresários e políticos do mundo todo se afastam do Brasil e de seus produtos “radiativos”. Supermercados europeus já estão boicotando alimentos originários do Brasil. Diplomatas da França, da Áustria, da Bélgica, da irlanda e da Alemanha avisam que, se o Brasil não mudar sua política ambiental, eles vão barrar o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. Que consumidor vai querer tomar um copo de leite de soja responsável pela derrubada de árvores da Amazônia ou comer um bife ligado à morte de uma onça por asfixia ou queimadura? O Agro tem de ser “pop”, tem de ser “tech”. Não pode ser “arcaico”, não pode ser “macabro”.

Acusado de ser o vilão da vez na inflação, o arroz teve sua área plantada no país em queda desde a safra 2010/2011, quando atingiu 2,8 milhões de hectares. Na temporada 2020/2021, a estimativa da Conab é que a área ocupada pelo cultivo de arroz no Brasil atinja 1,87 milhão de hectares. Se confirmada essa previsão, será um crescimento de 11,9% ante 2019/2020. Resta saber se isso será suficiente para baixar os preços.

Mobilidade A transportadora JBS lançou em julho o aplicativo Uboi, especializado no transporte de gado e disponível tanto na Apple Store como na Google Play. Logo após o criador se cadastrar e inserir os dados da viagem (partida, destino, prazos, número de cabeças e peso médio), uma central processa as informações e organiza o percurso. Poucas horas depois, já retorna o contato feito pelo pecuarista, com um orçamento completo.

Fruta em alta O Brasil é o 3º maior produtor mundial de abacates. O volume exportado atingiu 980 mil toneladas e cresceu 16% de 2018 para 2019, segundo dados da Associação Abacates do Brasil, que quer estimular também o consumo interno e, para isso, lançou recentemente a campanha “Amo Abacate”. Aqui são produzidas sete variedades: o diminuto Avocado Hass, o adocicado Breda, o grandão Fortuna, o cremoso Quintal, o macio Ouro Verde, o amarelado Margarida e o Geada, com maior teor de água.


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