29HORAS - março 2021 - ed. 134/08 - Campinas

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Cesar

ESCANEIE E OUÇA A PLAYLIST INSPIRADA NA REGIÃO DE CAMPINAS NO 29HORAS PLAY

M A R Ç O / 2 0 2 1 dist rib uiç ão gr at uita em v ir acopo s

Cielo

Recordista da natação, o atleta segue rotina de treinos e faz a diferença também fora das piscinas


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MAR Ç O 2 02 1

Sumário

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# 1 3 4 /08 MARÇO 2 02 1 WWW.29HORAS.COM.BR

Hora Campinas

@revista29horas

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Viagem pelo Circuito das Águas, no interior paulista

@29horas PUBLISHER Pedro Barbastefano Júnior CONSELHO EDITORIAL Chantal Brissac, Clóvis Cordeiro, Didú Russo, Georges Henri Foz, Kike Martins da Costa, Luiz Toledo, Paula Calçade e Pedro Barbastefano Júnior REDAÇÃO Paula Calçade (editora de redação); Kike Martins da Costa (editor contribuinte); Rose Oseki (editora de arte) COLABORADORES André Hellmeister, Bruno Lemos, Chiara Gadaleta, Greg Estrada, Isadora Otoni, Júlia Storch, Juliana Simões, Karen Suemi Kohatsu, Keale Lemos, Luiz Toledo, Pro Coletivo, Rodrigo Grilo, Sueli Longo, Tecla Music Agency P U BL I CI DADE CO M E RCI AL comercial@29horas.com.br EQUIPE: Rafael Bove (rafael.bove@29horas. com.br), Angela Saito (angela.saito@29horas. com.br) GERENTE REGIONAL Giovanna Barbastefano (giovanna.barbastefano@29horas.com.br) CAMPINAS – Marilia Perez (marilia@ imediataonline.com.br), Mariana Perez (mariana@imediataonline.com.br)

2 9 H OR AS é uma publicação da MPC11 Publicidade Ltda. A revista 29 HOR AS respeita a liberdade de expressão. As matérias, reportagens e artigos são de responsabilidade exclusiva de seus signatários. Av. Nove de Julho, 5966 - cj. 11 — Jd. Paulista, São Paulo — CEP: 01406-200 TEL.: 11.3086.0088 FAX: 11.3086.0676

Cielo

cidade

Os trabalhos sociais e a rotina de treinos do recordista olímpico

Estilistas e marcas da região

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é agro MISTO

A TIRAGEM E DISTRIBUIÇÃO DESTA EDIÇÃO SÃO AUDITADAS PELA BDO.

Boas expectativas para o setor sucroalcoleiro brasileiro

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06 16 Cesar Vozes da

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JORNALISTA RESPONSÁVEL Paula Calçade

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RIO DE JANEIRO – Rogerio Ponce de Leon (rogerio.leon@viccomunicacao.com.br)

Foto da capa: Guto Gonçalves


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CA PA

A disciplina

e o impacto de

Cesar Cielo DETENTOR DE UM FEITO HISTÓRICO NOS JOGOS OLÍMPICOS DE PEQUIM, EM 2008, O NADADOR SEGUE TREINANDO E DEIXA SEU LEGADO EM PROJETOS SOCIAIS

POR

C

RODRIGO GRILO

ESAR AUGUSTO CIELO FILHO é um

cidadão do mundo. De Santa Bárbara d’Oeste, no interior de São Paulo, onde nasceu, mudou-se para a capital paulista aos 16 anos para evoluir dentro do habitat que escolheu para vencer na vida: a piscina. Deu super certo. Ainda hoje, ele é o único da história da natação nacional a conquistar uma medalha de ouro olímpica, feito registrado nos Jogos de Pequim, em 2008. Na competição, o atleta venceu a prova dos 50m livres, a mais rápida da modalidade, ao atravessar a piscina depois de 34 braçadas sem respirar, em 20s30 – recorde olímpico até hoje. Antes dessa conquista, Cielo viveu em Auburn, no estado norte-americano do Alabama, onde passou a estudar e refinar a sua técnica nas raias. Hoje, aos 34 anos, Cesão, como é chamado por amigos principalmente do interior, trocou São Paulo por Itajaí. Na cidade

catarinense, ele segue treinando – as competições estão suspensas por causa da pandemia – como atleta da equipe Nadar/ Marcílio Dias. E ainda não decidiu se irá tentar o índice para representar o Brasil nos Jogos de Tóquio, neste ano. Dono de outras duas medalhas de bronze, uma em Pequim-2008 e outra Londres-2012, ele não abandonou o esporte de alto rendimento, mas seu foco, atualmente, é no terceiro setor e no desenvolvimento da natação brasileira. Há onze anos à frente do instituto que leva seu nome, ele estimula, por meio do projeto Novos Cielos, a natação entre crianças e adolescentes. Casado com a modelo Kelly Gisch e pai de Thomas, 5 anos, fala a seguir das suas apostas para a Olimpíada de Tóquio, assume não estar pronto para se aposentar do esporte e confessa não ter apego às medalhas conquistadas.


FOTO GUTO GONÇALVES

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Sem competir desde 2019, o medalhista olímpico Cesar Cielo atualmente dedica a maior parte do seu tempo ao Projeto Novos Cielos, em Itajaí (SC)

Não faz muito tempo que você, a sua esposa Kelly e o filho Thomas se mudaram para Santa Catarina. Como foi? Estamos vivendo em Itajaí há pouco mais de um ano. Vir para cá foi uma das melhores coisas que fiz. Vejo Itajaí como enxergava as cidades norte-americanas. É um lugar pequeno, mas tem tudo. Não há McDonald’s a cada esquina, mas tem uma franquia aqui, além de restaurantes mais sofisticados. E posso levar o meu filho a pé para o colégio, que fica a uma quadra de casa. Nada demora mais do que dez minutos. A gente ganhou tempo para curtir mais a vida. Estou a dez minutos de Balneário Camboriú e moro a cinco minutos da Praia Brava, em um apartamento de frente para o Porto. A geografia nos ajudou a vir para cá. O aeroporto daqui é bom. Estamos a cinquenta minutos de Joinville, que também possui aeroporto. E a um pouco mais de uma hora de Florianópolis, onde fica o aeroporto internacional. Enfim, o custo e a qualidade de vida são melhores. E, pô, eu já morei no Alabama, né?

E como anda o seu trabalho em Itajaí?

Eu sou padrinho do maior projeto social de natação do país, o Nadar, que possui três unidades em Itajaí e uma em Navegantes. Nelas, mais de 4 mil crianças de um ano até jovens adultos já na fase do alto rendimento são atendidos gratuitamente. O Novos Cielos, idealizado pelo Instituto Cesar Cielo, é responsável pelo lado competitivo do Nadar que, ano passado, chegou a 5.600 usuários. Trata-se de um dos maiores projetos aquáticos do mundo. Há, ainda, hidroginástica para a terceira idade e natação para bebês, duas vezes por semana.

Paralelamente a isso, você tem treinado? Quado competiu pela última vez? Sim, treino uma vez por dia. Eu represento o clube do time oficial da cidade, que é o Marcílio Dias, mas com o nome Projeto Nadar. A última competição foi em novembro de 2019. De resto, somente treino, porque os campeonatos foram cancelados. Logicamente, há uma perda de ritmo de competição. Acabei de fazer 34 anos, mas tenho a memória do que sempre fiz. O adiamento da Olimpíada de Tóquio,


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Unidos, cidadãos e entidades privadas se juntam para fazer acontecer. As pessoas pagam para nadar por hora sem precisar ser associadas a um clube e gastar com mensalidade, preso a uma estrutura. Para uma melhora rápida, seria o jeito mais dinâmico de se fazer.

O que te faria ir a mais uma Olimpíada?

para a geração mais nova, foi muito bom, porque possibilitou mais um ano para ela amadurecer. Chegar com 20 anos e não com 19 anos nos Jogos Olímpicos faz muita diferença. A formação estrutural física é outra. Por outro lado, como não rolaram competições, não houve ganho de experiência. Já para os mais velhos, que não estão querendo treinar muito e tiveram de treinar mais um ano, é ruim. Mas, em um treino, eu consigo ter um feedback próximo do que eu alcançaria em uma competição. Vai ser interessante essa retomada das competições com a geração mais nova melhorando e a mais velha tentando se segurar com a experiência.

Por que a natação se tornou um esporte elitizado? Como reverter esse quadro? A natação, hoje, virou um privilégio e não mais um direito. Nesse sentido, está cada

vez mais próxima do tênis, no Brasil. Tudo é muito caro, difícil. O sistema clubístico restringe muito o acesso das pessoas à prática da natação no clube ao cobrar mensalidade dos sócios. Itajaí é vizinha de cidades ótimas e com poder aquisitivo, mas não há nenhuma equipe de natação. Se não houvesse o Projeto Nadar, que é social, gratuito, não teria onde treinar aqui na região. No Instituto, fiz questão de prever competições, porque é a partir delas que conseguimos bolsa em colégio e universidade para a garotada. Precisamos olhar para o esporte como uma ferramenta de ascensão social. E, antes de tudo, parar de falar que só o Brasil não tem estrutura. Temos piscinas em tudo quanto é canto, mas muitas estão abandonadas, com água verde, ociosas. Precisamos fazer uma gestão melhor ao invés de somente sair construindo piscinas. Lá nos Estados

Eu estou passando pelo momento mais difícil da minha carreira. E assim acontece porque é uma decisão minha. Em 2008 ou em outros ciclos mundiais, pelo contrário, eu tinha de encarar tudo, competir, honrar o incentivo que recebia da família e o tamanho que eu era. Eu seria muito burro se perdesse aquela oportunidade. Hoje, olho e penso que, se eu não encarar a Olimpíada, nada de mal irá acontecer. Eu tenho de ir se quiser fazer isso tudo de novo. E é uma decisão difícil para caramba. Tenho um lado competitivo ainda pulsando forte. Fico todo arrepiado, no sofá, quando assisto a uma competição. E, por outro lado, quando vou para a piscina, penso: o que tenho de ganhar agora para me servir de motivação? Olho para a minha trajetória e vejo que é muito difícil chegar aonde cheguei e sou muito agradecido. A minha ideia era ser medalhista olímpico e recordista dos 50m livres nem que fosse por uma série apenas. Eu só queria ser o nadador mais rápido do mundo por uma prova que fosse. Difícil encontrar o que me motiva, então, quando a escolha é consciente, como hoje. Não há mais aquela coisa inconsequente da juventude. Hoje, eu sei exatamente o que tenho de fazer. E esse é o problema (risos).

Quais são suas apostas na natação brasileira nos Jogos de Tóquio? Pensando em pódio, creio que no 4x100 livre, no 4x200 livre masculinos e nos 50m livres o Bruno Fratus (carioca ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2019) pode se destacar. Faz três campeonatos mundiais que o Bruno vem chegando entre os três primeiros. E, hoje, temos o melhor revezamento 4x100 medley da história, porque


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mim e querer pagar esse preço do que o meu corpo aguentar o processo. A natação, hoje, é muito mais uma escolha minha do que o ambiente e o tempo dizendo que não dá mais para eu aguentar o tranco. Há atletas com 35, 36 anos, que estão voando na piscina. É a disciplina – e não o físico – que faz a diferença.

Você chegou a ficar nove meses sem competir, em 2017. Parecia o fim, mas não foi. Por quê? Cesão com sua esposa Kelly Gisch e o filho Thomas

contamos com o melhor nadador de 100m costas e o de 100m peito da história, além de um dos melhores do 100m borboleta. Acho que os três revezamentos irão fazer a final olímpica. E o 4x100 e o 4x200 têm possibilidade de morder um bronze e, talvez, em um dia iluminado, uma prata.

Onde fica a sua medalha de ouro dos Jogos de Pequim, em 2008?

Temos um grupo no WhatsApp – nele eu sou o Cesão e não o Cielo. E a cada dois meses, estou em Campinas. Até porque o voo de Navegantes para Viracopos é muito fácil de fazer. E o aeroporto está a vinte minutos da casa dos meus pais. Minha avó e minha tia moram até hoje em Souzas, ali do lado de Campinas. Ainda sou muito ligado a essa região.

Está exposta no meu escritório. É a 1ª vez que faço isso em anos. Ela estava empoeirada lá em casa, em Santa Bárbara d’Oeste. Não tenho muito apego à medalha. Gosto de saber que está segura, bonitinha. Prefiro rever os vídeos das provas que fiz.

Parece que você já perdeu o sotaque...

Quais suas recordações de Santa Bárbara?

O que o Cielo de 2021 não faz mais como o de 2008, ano do ouro, fazia?

O Sol mora em Santa Bárbara! A gente sempre morou próximo dos canaviais e convivia com as queimadas, com a fuligem que encobria a cidade. Interior é aconchego, é reencontrar amigos, marcar café na casa dos outros, combinar um churrasco. Churrasco é bom, porque no interior tem muita casa com piscina. Eu estudava em Americana e treinava em Piracicaba, onde morei por um tempo. Vivia, então, pegando estrada, trafegando pela rodovia Luiz de Queiroz. Em Santa Bárbara, eu gostava da tranquilidade de poder pegar a bicicleta e ir para o treino. Tenho ali amigos até hoje, a maioria da natação.

Quando cheguei a São Paulo fui muito zoado e dei uma amenizada no “erre” puxado que usava para falar porta e porteira (risos). Mas ele segue aqui dentro de mim.

Hoje entendo o que é um dia cansado. Em 2008, tinha dia que eu ia para a academia e não conseguia subir um peso. E ficava chateado, decepcionado comigo. Hoje, se vejo que o peso não sobe, não é porque não quero. Não uso mais aquela psicologia imbecil do “se você quer, você consegue”. Entendo que o corpo está cansado. Respeito muito mais a minha condição física, agora, do que antigamente, quando eu via isso como uma fraqueza. Entendo muito mais a equação estímulo somado a descanso gera rendimento. Tentar o índice para Tóquio está mais condicionado a eu olhar para

Eu me senti pior longe da piscina. Sou um ser meio doido a ser estudado. A rotina solitária de treinos me fez falta. Eu entendi que as coisas na minha vida funcionam melhor quando estou dentro d’água. Em nove semanas de treinamento, depois da pausa, nadei os 50m livres em 21s07. A piscina faz bem para a minha cabeça, quando estou nadando a minha criatividade aflora, eu relaxo e penso melhor. Por exemplo, eu até encontro soluções para os problemas do meu instituto dando braçadas dentro d'água.

Você se sente preparado para uma possível despedida do esporte como competidor? Não. Já pensei em despedida. Uma das coisas que mais me apavoram na carreira... parar de nadar 100%. Difícil colocar um ponto final em algo que se é bem sucedido na vida. Se dependesse da minha vontade, eu anunciaria a minha despedida escrevendo e assinando uma carta aqui de casa, sem evento nenhum. Mas também me pego pensando em algo maior nesse momento como forma de agradecer todo mundo que me ajudou nessa caminhada. Quero que os meus pais, pelo esforço que tiveram principalmente no começo, celebrem o que fizeram. O mesmo penso em relação a todos os meus treinadores, porque não é comum mencionarem os caras, a pessoa que me ensinou a nadar, no meu caso, o Reinaldo, de Piracicaba. Seria, então, um esforço coletivo para dar crédito às pessoas que me prepararam para essa super carreira. Por elas, porém, eu faria esse esforço.


hora

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Universidade do presente

CAMPINAS

O MELHOR DA REGIÃO

BARÃO GERALDO A Unicamp ocupa o terceiro lugar entre as universidades mais sustentáveis do Brasil, segundo o ranking UI GreenMetric World University Ranking, realizado anualmente pela Universidade da Indonésia. A avaliação mostrou que a Universidade de Campinas subiu uma posição em comparação a 2019. Entre as práticas em prol da sustentabilidade, estão as instalações de sistemas fotovoltaicos pelo campus, que resulta na economia de R$ 280 mil por ano na conta de energia da Unicamp, e a implementação de ônibus elétrico no sistema interno de transporte. Nas grades curriculares, há opções de disciplinas eletivas de graduação e pós-graduação em eficiência energética e gestwão de energia. UNICAMP: Cidade Universitária Zeferino Vaz - Barão Geraldo, Campinas


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HORA CAMP INAS

VIAGEM

Água de banhar, água de beber Do turismo de aventura à gastronomia, o Circuito das Águas paulista combina momentos de sossego com adrenalina em meio à Serra da Mantiqueira

POR JÚLIA STORCH DO TUPI, “Mantiqueira” significa “serra que chora”, devido à grande

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FOTO RICARDO BECCARI

quantidade de nascentes na região. Na Serra, que abrange o leste do estado de São Paulo e o sul de Minas Gerais, estão nove cidades do Circuito das Águas: Águas de Lindóia, Amparo, Holambra, Jaguariúna, Lindóia, Monte Alegre do Sul, Pedreira, Serra Negra e Socorro. Cada uma oferece diferentes tipos de ecoturismo aos visitantes, além de gastronomia caprichada e descanso em família. A 130 quilômetros de São Paulo e 110 de Campinas, a cidade de Socorro conta com passeios de aventura pelo céu e pelas águas do Rio do Peixe. O Hotel Fazenda Parque dos Sonhos possibilita, desde 2002, atividades aquáticas como rafting e bóia cross, e rapel e cavalgadas, em mais de 600 mil metros quadrados de natureza. O lugar disponibiliza também seis tirolesas, sendo que a mais longa conecta São Paulo a Minas Gerais. Com um quilômetro de extensão, a descida da Tirolesa do Pânico traz uma incrível visão panorâmica do vale, até chegar à cidade mineira de Bueno Brandão. O Parque dos Sonhos recebe em média 20 mil visitantes por ano nos 20 apartamentos e 10 chalés disponíveis. Na diária do hotel, estão inclusos café da manhã, almoço, café da tarde e jantar. Socorro possui ainda um ponto de parada cafeeiro, a Fazenda


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Na outra página, plantação de café da Fazenda 7 Senhoras, em Socorro; passeio de trator e cavalgada no Hotel Fazenda Parque dos Sonhos. À esquerda, almoço do mesmo hotel

7 Senhoras. Com mais de 100 anos de tradição, a fazenda renasceu em 2011, com o plantio de mais de 70 mil mudas de café. Desde então, são mais de 365 hectares plantados com os tipos Catuaí Vermelho, Amarelo, Mundo Novo e Bourbon. De quinta à sábado, é possível visitar as plantações, a pós-colheita e a cafeteria do local, onde um dos baristas apresenta alguns métodos de preparo do café para degustação. Para finalizar o dia, um dos lugares mais disputados para apreciar o pôr-do-sol na cidade é o Mirante da Pedra Bela Vista. Prepare-se para avistar Socorro e o entorno a mais de 1250 metros de altitude.

Refúgio Outro ponto de parada no Circuito das Águas é a pacata Serra Negra, a 80 quilômetros de Campinas e 150 da capital. Com 30 mil habitantes, o lugar é conhecido pelo comércio de roupas de couro e de malhas, basta uma caminhada pela rua Coronel Penteado para encontrar diversas opções de vestuários e doces típicos. A rua se inicia

na Praça Sesquicentenário, de onde saem os passeios de teleférico até o Cristo Redentor da cidade. Após as compras, uma opção de pausa para o almoço está no alto da serra, o restaurante Shangrilá. O local oferece um cardápio que conta com ceviches, massas, frutos do mar e carnes. Para o friozinho da montanha, as fondues da casa, de queijo artesanal, carne e chocolate são boas pedidas. Àqueles que procuram um tour etílico, a micro destilaria Hof possibilita não só a degustação e compra de licores, vodcas e gins premiados, como também a visitação pelo lugar para uma apresentação da produção e dos processos de fabricação dos rótulos. Martin Braunhloz, fundador da marca, iniciou a fabricação de destilados após o sucesso de um licor de leite de cabra. As bebidas, feitas a partir de uma fonte de água próxima à propriedade, garantem excelência dos produtos, que já ganharam nove medalhas em premiações, como Concours Mondial de Bruxelles 2018 e New York International Spirits Competition 2017. Harmonizando esses deliciosos drinques com a vista da Serra da Mantiqueira, o descanso é garantido e as energias são recarregadas para outras aventuras pela região.


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Fazenda Quinta das Amoeiras e café da manhã do hotel

E S C A PA D A

Pedacinho de Paraty no interior paulista Quinta das Amoreiras é o local ideal para casais e famílias que buscam um lugar para curtir a paisagem rural, mas sem abrir mão do conforto e dos prazeres da boa gastronomia

POR KIKE MARTINS DA COSTA

NESSES DIAS DE PANDEMIA e distanciamento

social, as melhores alternativas para quem busca uma fugidinha de fim de semana é encontrar um lugar sem aglomeração e com atividades ao ar livre. A charmosa Quinta das Amoreiras, em Porto Feliz, preenche gloriosamente esses requisitos.

A propriedade, com 65 hectares, pertencia até 2017 a um engenheiro paulistano que era apaixonado por Paraty. Tão apaixonado que ergueu a réplica de uma das ruelas da cidade histórica do litoral fluminense, com casarões em estilo colonial, calçamento de pedras e iluminação provida por luminárias que emulam os lampiões do século XVIII. Com novos proprietários, a fazenda foi toda reformada por Marina Lo Schiavo e Raquel Macedo, que converteram parte da sede em uma exclusiva pousada com apenas 5 suítes e montaram um restaurante em uma área onde a vista da região é não só bonita como também relaxante e inspiradora. A inauguração foi em novembro de 2020. Nas mesas ao ar livre, é possível bebericar uma caipirinha de tangerina com gengibre ou um gim-tônica incrementado com um toque de jambolão – fruta local que possui uma deliciosa nota adstringente. Prefere um bom vinho? Então prepare-se, porque Marina pertence à família que há anos comanda a importadora Metapunto, responsável por trazer ao Brasil grandes rótulos de vinícolas chilenas, italianas, francesas, espanholas e portuguesas.

Para petiscar, aposte nos carnudos torresminhos ou nas croquetas de jamón. Quer pratos mais substanciosos? Então peça um medalhão de filé mignon com molho de jabuticaba ou um risotto de beterraba com queijo de cabra. Para aqueles que buscam uma experiência mais personalizada, a dica é encomendar ostras frescas para serem servidas à beira da piscina. E, se a ideia é realizar uma imersão ainda mais completa no cotidiano rural da fazenda, a sugestão é agendar um passeio a cavalo na hora do pôr do sol ou uma visita ao espaço onde são criadas galinhas poedeiras da raça Araucana, originária do Chile. Esse agradável refúgio fica a pouco mais de 130 km da capital e a 75 km do aeroporto de Viracopos. Todas as cinco suítes, com piso de madeira e grandes janelões, contam com ar-condicionado, frigobar, camas queen e lençóis de 300 fios com toque acetinado. O caprichado café da manhã tem sucos de frutas, ovos mexidos, tapiocas e queijo fresco feito no local. As diárias ficam na faixa dos R$ 750. As reservas são obrigatórias para os almoços, jantares e estadias e podem ser feitas pelo whatsapp 11 98121-3132.

QUINTA DAS AMOREIRAS - Estrada Porto Feliz-Rafard, Bairro Tanquinho, Porto Feliz.


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H O S P E DAG E M

Casa de campo dos novos tempos Hotel Toriba, na Serra da Mantiqueira, inova e oferece serviço completo de long stay

O VELHO SONHO de morar junto à natureza

Acima, quarto do Hotel Toriba. Ao lado e abaixo, spa, chalé e restaurante do local

FOTO RODRIGO COLOMBO

ganhou força no último ano, com a pandemia. Em tempos de confinamento, a possibilidade de trabalhar remotamente, sem a constante necessidade de reuniões presenciais, levou muita gente a pensar em trocar os centros urbanos por locais mais charmosos e bucólicos, buscando maior qualidade de vida. Deixar a cidade grande, porém, não precisa ser uma decisão permanente. Ótima alternativa para quem quer viver a experiência de morar no campo, saindo da rotina e ganhando muito em bem-estar, é o long stay. Atento à essa demanda, o Hotel Toriba, em Campos do Jordão, passou a oferecer estadias de longa duração para famílias e casais, e para apenas uma pessoa. O hotel dispõe de infraestrutura às exigências do trabalho remoto. A potente cobertura Wi-Fi alcança toda a área do local, e chega até o mirante, permitindo que os hóspedes possam estar sempre conectados. O Toriba oferece também espaços para a realização de teleconferências e aulas online com privacidade e tranquilidade. As acomodações para hóspedes incluem confortáveis apartamentos externos e chalés. A gama de serviços inclui restaurantes, academia, personal trainer, piscina aquecida, spa, lavanderia, governança, programas de lazer, a possibilidade de personalização de cardápios e concierge 24 horas por dia – tudo isso cercado por 2 milhões de metros quadrados de Mata Atlântica preservada. O Hotel Toriba ainda disponiliza opções de programação para crianças e é pet-friendly.


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Vozes da cidade

As dicas e os segredos de quem adora a região

POR KARINE RODRIGUES*

Looks certos Quatro marcas e estilistas versáteis de Campinas

Renata Tenca “Estilista da marca que leva o seu nome, Renata Tenca é proprietária da loja Excllusivo Cambuí. Seus produtos inspiram mulheres descomplicadas e modernas. Trazendo sempre novidades em pequenas coleções quinzenais, a marca carrega muita identidade e conceito único. Um estilo leve e alegre. São estampas, malharia e conjuntos que mostram as muitas formas de se usar peças do dia a dia.” Rua Antônio Lapa, 205 - Cambuí, Campinas

Bléque “Uma marca conceitual de sapatos e acessórios com um propósito muito bacana, a sustentabilidade. A Bléque utiliza matérias primas com baixo impacto ambiental, como a fibra de banana. Com sapatos funcionais para qualquer ocasião, a marca também apresenta uma numeração diferenciada, atende um público de mulheres que possuem um pé menor, tamanho 33, por exemplo.” Rua Comendador Tórlogo Dauntre, 150 - Cambuí, Campinas

Eloisa Fummero “Beachwear elegante, para mulheres autênticas que gostam de conhecer lugares novos e prezam pela qualidade. Com modelagens e estampas exclusivas, a marca possui coleções únicas e versáteis, em que as cores e as estampas conversam entre si. Eloisa Fummero ainda possui a linha not so basic, uma coleção de bodys confortáveis para o dia a dia.” Avenida 9 de Julho, 3575 - Anhangabaú, Jundiaí

Veux Acessórios “Acessórios que atendem estilos diferentes. Um mix de semi joias e peças com designers exclusivos. A marca atende diferentes conceitos e ocasiões, pensando sempre na versatilidade e na funcionalidade, além de ter algumas peças masculinas.” Av. Monsenhor Jerônimo Baggio, 451 - Jardim Nossa Sra. Auxiliadora, Campinas

*KARINE RODRIGUES é professora da ESAMC Campinas

e proprietária da empresa Mais Estilo


kikecosta@uol.com.br

COLUNA

Agora é agro

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POR

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Kike Martins da Costa

Prosa rápida Dá-lhe porco!

Boas energias que vêm do campo Em alta em algumas das mais populosas nações do planeta, a demanda pelo etanol projeta excelentes perspectivas não só para o setor sucroalcoleiro brasileiro, mas também para os produtores nacionais de grãos - principalmente o milho A mudança na política de biocombustíveis da China, da Índia e dos Estados Unidos é uma grande oportunidade para o agronegócio brasileiro. Nesses três países, a demanda por etanol deve disparar nos próximos anos. Sob o comando de Joe Biden, os EUA devem elevar a proporção de etanol na gasolina de 10% para 15%. Com isso, ou os nossos brothers terão de importar etanol daqui do Brasil ou terão de direcionar mais milho cultivado por lá para a produção de biocombustível – e isso pode elevar a cotação internacional do milho. De toda forma, vamos ser beneficiados. Ou ganha o pessoal da cana ou ganham os produtores brasileiros de grãos. Na China, onde também será aumentada a dose de etanol no combustível, o país precisa decidir se vai importar do Brasil ou produzir o etanol internamente, a partir do milho, como fazem os Estados Unidos. Se a opção for pela importação, o setor sucroalcoleiro do

Brasil vai aumentar suas vendas para a superpotência asiática. Se os chineses usarem seus grãos para produzir etanol, o Brasil pode ser convocado para fornecer grãos para alimentar os enormes rebanhos suínos e bovinos de lá. Já a Índia pretende misturar 20% de etanol na mistura da gasolina vendida no país em 2030, mas está antecipando cada vez mais essa meta. Com isso, se abre mais um mercado para o Brasil. A Índia é uma grande produtora de cana e uma das maiores exportadoras mundiais de açúcar – a um custo muito baixo. Se os indianos passarem a deslocar parte de sua cana para suprir a demanda local por etanol, a cotação internacional do açúcar vai subir e os produtores brasileiros vão se dar bem. Hoje o Brasil produz algo entre 32 e 33 bilhões de litros de etanol de cana por ano. A meta é produzir, até 2030, 50 bilhões de litros. Ao que parece, não terá problemas para escoar todo esse volume. Comprador não vai faltar!

Nas projeções do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), em 2021 a carne suína voltará a ser a carne mais produzida no mundo, superando a carne de frango que ocupou o topo do pódio em 2020. Do total de 258 milhões de toneladas produzidas no ano passado, a de frango respondeu por cerca de 39% do total, enquanto a suína somou 38% e a bovina representou 23%. A retomada da carne de porco é reflexo da recuperação de produção na China, dizimada por uma devastadora peste suína.

Mel para todos Em 2020, os apicultores do Brasil venderam para o exterior mais de 45.600 toneladas, um aumento de 50% em relação a 2019, quando o volume ficou na faixa das 30 mil toneladas. Segundo a Associação Brasileira dos Exportadores de Mel, os Estados Unidos são os maiores compradores do mel brasileiro, sendo responsáveis por cerca de 80% do mel exportado pelo país. O Paraná é o estado de onde vem a maior parte da produção.

Água garantida Levantamento realizado pela Câmara Setorial de Equipamentos de Irrigação da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) aponta que, ao final de 2020, a área irrigada no Brasil era de 6.481.812 milhões de hectares. Em 2019, era de 6.232.587. O crescimento foi de 4%, mas tem muito mais a evoluir: a China irriga 70 milhões de hectares, e a Índia tem 76 milhões de hectares de plantações irrigadas.


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