29HORAS - maio 2021 - ed. 136 - RJ

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vire e leia a

29H SP

RJ

MAIO/2021

distribu i çã o g ratu ita n o aeroporto santos d u m o n t

Elza Soares Aos 90 anos, ícone da música brasileira segue incansável

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é pra ser


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Sumário

FOTO - ELZA EM 1966 - ARQUIVO UH | FOLHAPRESS | DIVULGAÇÃO LEYA

MAI O 2 02 1

#136 MAIO 2 02 1 WWW.29HORAS.COM.BR

@revista29horas @29horas Publisher Pedro Barbastefano Júnior Conselho editorial Chantal Brissac, Clóvis Cordeiro, Didú Russo, Georges Henri Foz, Kike Martins da Costa, Luiz Toledo, Paula Calçade e Pedro Barbastefano Júnior redação Paula Calçade (editora de redação); Kike Martins da Costa (editor contribuinte); Rose Oseki (editora de arte), Helena Cardoso (estagiária) Colaboradores Adonis Alonso, André Hellmeister, Chantal Brissac, Claudio Elisabetsky, Ensei Neto, Georges Henri Foz, Greg Estrada, Juliana Simões, Luiz Toledo, Natália Costa Silveira, Pro Coletivo, Tecla Music Agency, Thales de Menezes

06 Elza Soares

P U B L I CI DADE

Incansável e sempre ativa, Elza Soares completa 90 anos e lança músicas com jovens cantores

CO M ERCI AL comercial@29horas.com.br equiPe: Rafael Bove (rafael.bove@29horas. com.br), Angela Saito (angela.saito@29horas. com.br) Gerente reGional Giovanna Barbastefano (giovanna.barbastefano@29horas.com.br) CaMPinas – Marilia Perez (marilia@ imediataonline.com.br), Mariana Perez (mariana@imediataonline.com.br) rio de Janeiro – Rogerio Ponce de Leon (rogerio.leon@viccomunicacao.com.br) Jornalista resPonsável Paula Calçade MTB 88.231/SP

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Vozes da cidade Restaurante japonês Naga

Av. Nove de Julho, 5966 - cj. 11 — Jd. Paulista, São Paulo — Cep: 01406-200 Tel.: 11.3086.0088 Fax: 11.3086.0676

16 11 Hora Rio A TIRAGEM E DISTRIBUIÇÃO DESTA EDIÇÃO SÃO AUDITADAS PELA BDO.

O novo BioParque, em São Cristóvão

Dá o Play As trilhas sonoras do Oscar

FOTOS DIVULGAÇÃO

A revista 29 HOR AS respeita a liberdade de expressão. As matérias, reportagens e artigos são de responsabilidade exclusiva de seus signatários.

FOTO DIVULGAÇÃO

2 9 HO R AS é uma publicação da MPC11 Publicidade Ltda.

Foto da capa: Rodolfo Magalhães


MAIO

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NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 14 ANOS

EM CARTAZ

A sanitização do Teatro Casa Grande é realizada pela

Parceiros:

Gastronomia:

Cuidados & Higiene:

Sanitização:

Parceiros de mídia:

Promoção:

Venda de ingressos:


FOTO RODOLFO MAGALHÃES

6 CAPA


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“Somos nós

que movimentamos

o mundo”

ELZA SOARES COMPLETA 90 ANOS EM MEIO À PANDEMIA, COM INTENSA E INQUIETA PRODUÇÃO MUSICAL, QUE É A MARCA DE SEU TRABALHO DESDE A JUVENTUDE

POR

Q

THALES DE MENEZES

UANDO UMA PESSOA COMEMORA 90 ANOS, com saúde e dispo-

sição, é hora de festejar muito. No caso de Elza Soares, é conveniente trocar o verbo “festejar” por “trabalhar”. E trabalhar muito. Em 2020, com boa parte do mundo imobilizada pelas

restrições impostas pela pandemia de Covid-19, a cantora chegou às nove décadas de vida e lançou três singles, com direito a fazer videoclipes e divulgar as novidades em suas redes sociais. Neste ano, o ritmo de lançamentos continua. A gravadora Deck acaba de soltar em versão digital cinco ótimos álbuns antigos da cantora: “Elza Soares”, “Nos Braços do Samba”, “Lição de Vida”, “Pilão + Raça = Elza” e “Grandes Sucessos de Elza Soares”, lançados originalmente entre 1974 e 1978. E ela não pensa em parar. Já soltou música nova, “Nós”, com letra na qual dedica um samba a quem a fez sorrir, chorar, sonhar, ser feliz e amar. Uma canção com a cara e o espírito de Elza, que atravessou uma vida de alegrias e sofrimentos, sem que essa gangorra de emoções fizesse esmorecer a vontade de distribuir amor. A música teve seu lançamento em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, no último 8 de março. A associação de sua figura à luta das mulheres é recorrente, porque Elza carrega uma história de enfrentamento constante às adversidades de uma sociedade machista e violenta. Nascida de família pobre, no bairro de Padre Miguel, cresceu em outra localidade desfavorecida do Rio de Janeiro, Água Santa.


CAPA

FOTO JOSÉ CARLOS VIEIRA | EM/D.A.PRESS | DIVULGAÇÃO LEYA

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Quando compara os caminhos possíveis para uma menina pobre e preta nos anos 1930 e 1940 com as condições enfrentadas hoje por uma garota na mesma classe social, a cantora vê dificuldades semelhantes, porém com meios para amplificar sua voz. “Hoje nós temos meio de comunicação, temos que botar a cara, mostrar a cara. As redes sociais vieram para isso, para estarmos unidas. Eu acho que nós, mulheres, não temos que abaixar a cabeça para mais nada, somos nós que movimentamos o mundo.”

FOTO ARQUIVO | AGÊNCIA | DIVULGAÇÃO LEYA

Elza, ainda menina, saía de casa disposta a conseguir mais dinheiro para a família. Trabalhava, pedia ajuda na rua, ia atrás do que precisava, com tenacidade incomum em uma garotinha. Após oito décadas, continua combativa. Nas canções que grava ou no dia a dia com a mídia, segue cutucando feridas, falando de racismo, de violência doméstica, de diferenças sociais. Casada aos 13 anos, por causa de uma tentativa de abuso sexual, foi mãe ainda adolescente. Na vida, teve oito filhos. Dois deles morreram por desnutrição, um foi entregue à adoção, uma menina foi sequestrada com um ano de idade (só reencontrada pela cantora 30 anos depois) e o caçula, filho do jogador Garrincha, morreu em 1986, aos nove anos. Em 2015, Gilson, de 59 anos, foi outra perda para seu coração de mãe. A música veio para levar a vida para a frente, dando a ela uma paixão a seguir. “A música sempre foi meu caminho. Eu cresci com meus pais tocando violão e cantando. Então a música, para mim, é tudo.” A trajetória musical, que não foi suficiente para dar tranquilidade a uma vida pessoal conturbada, não seguiu um desses roteiros de sucesso da noite para o dia. Em 1953, sem que a família soubesse, decidiu tentar a sorte no programa de rádio “Calouros em Desfile”, que era apresentado por Ary Barroso, o lendário compositor de hinos da música brasileira como “Na Baixa do Sapateiro” e “Aquarela do Brasil”, que tratava seus candidatos com humor de implacável ironia. Elza foi se apresentar com uma roupa da mãe, que era muito maior do que ela. A tentativa de ajustá-la com alfinetes deixou

FOTO PAULO LORGUS | EM/D.A. PRESS | DIVULGAÇÃO LEYA

Self-made woman

De cima para baixo, família de Elza e Mané Guarrincha em casa, na Ilha do Governador, em 1963. A cantora se apresenta em Nova York, em 1968. E Elza Soares em show com Caetano Veloso, em 1986

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FOTO RODOLFO MAGALHÃES

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seu visual esquisito, e Ary Barroso não iria deixar passar a chance de fazer graça. “De que planeta você veio, minha filha?”. E a cantora disparou: “Do mesmo planeta que o senhor, seu Ary. Do planeta fome”. Hoje, em meio a uma pandemia que expõe milhares de pessoas passando fome, Elza é incisiva: “A gente tem fome de amor-próprio, por mais humanidade e o fim de toda essa fome que temos. O resto a gente tira de letra. A pandemia veio para nos ensinar. A gente sabe que é difícil, mas a gente tem que abrir espaço para melhorar.” Voltando a 1953, Elza cantou para Ary Barroso a música “Lama”, de Paulo Marques e Aylce Chaves, conquistando a nota máxima do programa. Os versos da canção, que poderiam soar estranhos a uma cantora tão jovem, já se encaixavam como um canto de luta contra os problemas que Elza já tinha enfrentado e ainda enfrentaria: “Se eu quiser fumar, eu fumo/ Se eu quiser beber, eu bebo/ Não me interessa mais ninguém/ Se o meu passado foi lama/ Hoje quem me difama/ Vive na lama também”. O bom desempenho não abriu tantas portas. Pelo resto da década de 1950, ela cantou aqui e ali. As coisas melhoraram quando ganhou lugar na orquestra do professor de música de seu irmão. Com o grupo, passou a se apresentar em festas, bailes e outros eventos. Também sentiu o racismo forte, que a impedia de integrar a orquestra em alguns clubes que não permitiam negros no palco. Elza só viu sua carreira deslanchar com o primeiro álbum, “Se Acaso Você Chegasse”, em 1960, o início de uma discografia com 35 lançamentos. O sucesso dos três primeiros discos foi posteriormente ofuscado quando ela conheceu Garrincha, em 1962. O jogador deixou a mulher e filhas para ficar com ela, e fãs e imprensa não perdoaram a cantora. O casal teve muitos problemas, com Garrincha começando o declínio no futebol e Elza com poucos contratos para cantar, por causa da rejeição popular. Shows bem recebidos nos Estados Unidos e no México mostraram o exterior como caminho mais seguro, já que até a casa da família sofria ataques de vândalos. O casal


CA PA

FOTO RODOLFO MAGALHÃES

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foi morar na Itália, e Elza passou a ter uma carreira internacional, lançando discos e colecionando prêmios. Depois de outros períodos conturbados, ela foi recuperando seu prestígio no Brasil. Foi importante o resgate de Elza pelo amigo Caetano Veloso, nos anos 1980. Novamente estabelecida como estrela na MPB, ela encontrou um pouco de tranquilidade para a dedicação total à arte. “Na música é onde eu expresso o que tenho vontade. Foi e sempre será a música livre, espontânea, uma expressão do que eu quero. A música era tão forte que acalmava nossa fome. A música tem sido para mim o ato de liberdade, o ato de viver.”

Antropofagia e jovialidade

FOTO RODOLFO MAGALHÃES

Ficou sem gravar um disco de músicas inéditas entre 1988 e 1997. A partir de então, sua produção fonográfica é intensa e cada vez mais mostra uma cantora com a cabeça aberta a todos os gêneros. Nos estúdios, teve colaborações de um verdadeiro A a Z de bambas, em uma lista que inclui Caetano, Chico Buarque, Carlinhos Brown, Lenine e muitos outros. Esse ecletismo parece motivado pelo grande interesse dela por samba, jazz, rock, bossa nova e música eletrônica. “Eu acho que cantar é liberdade. Você tem liberdade para cantar o que gosta, o que fique bem na voz. Eu sempre tive liberdade para escolher o meu repertório.

Elza Soares com a cantora Mc Rebecca, no lançamento da música "A Coisa Tá Preta"

Chet Baker, Caetano e Chico são meus preferidos. Mas eu escuto todo mundo.” Em 2014, chegou a apresentar o show “A Voz e a Máquina” acompanhada apenas por DJs. Seus álbuns mais recentes têm letras contundentes e uma miscelânea sonora arquitetada por ótimos músicos da nova geração. A entrega de sua voz tão particular a essa MPB moderna tornou clássicos instantâneos os álbuns “A Mulher do Fim do Mundo” (2015), “Deus É Mulher” (2018) e “Planeta Fome” (2019). Elza teve recentemente uma oportunidade de contar sua história e elucidar muitas passagens conturbadas de sua vida, até mesmo o ano correto de seu nascimento. É 1930, mas como trocou de documentos ao se emancipar para se casar ainda adolescente, fontes variadas davam a ela idades diferentes. Esse e outros casos foram contados a Zeca Camargo, que transformou o material em uma completa e carinhosa biografia, “Elza” (editora LeYa, R$ 69), lançada em 2018. Os relatos no livro mostram a jovialidade de Elza, o que acaba se refletindo em seu trabalho,

sempre disposta a gravar com músicos jovens. “A gente sempre busca gente jovem, que está começando uma carreira. Eu os alimento, eles também me alimentam. Isso me mantém viva, acho importante.” Alguns temas já são aceitos no discurso de uma mulher negra e madura, como o racismo e o feminismo, mas algumas questões parecem ainda incomodar, como falar de sexualidade. Ela exalta a liberdade sexual em músicas como “Eu Quero Dar para Você” ou “Pra Fuder”. “Eu me sinto livre. Você tem liberdade para ser e fazer o que bem quiser. Acho que você ser livre é isso aí.” Vacinada, mas ainda confinada para seguir se protegendo, Elza sente saudade do carinho da plateia. Na pandemia, procura a aproximação virtual com os fãs. “Eu me mantenho ativa nas redes sociais. Converso com eles, recebo carinho, é algo recíproco.” E a questão política é o que mais a preocupa a cantora, mas ela é contundente e firme em seu diagnóstico: “O problema depois é votar. É necessário. E, se não souber votar, fica ruim.”


Natureza, gastronomia, passeios, música e arte

hora

O M E L H O R D A C I D A D E M A R AV I L H O S A

O novo lar da bicharada

QUINTA DA BOA VISTA O recém-inaugurado BioParque se sustenta no tripé Educação-Pesquisa-Conservação. É um novo conceito de zoológico, sem jaulas ou grades, em sintonia com as melhores práticas mundiais de bem-estar animal e conservação ambiental. Localizado no coração da Quinta da Boa Vista, possui cerca de 1.100 animais de aproximadamente 140 diferentes espécies, como elefantes, leões, tigres, onças, hipopótamos, macacos, jacarés, cobras e aves, sem falar nos habitantes da Fazendinha, que tem mini vacas, galinhas, pôneis, coelhos e cabras. Cada animal tem um propósito, seja de pesquisa sobre o comportamento, mapeamento genético ou mesmo reprodução para a participação em projetos de refaunação (reinserção de animais à natureza). Ao visitar o local, a garotada aprende se divertindo.

FOTO DIVULGAÇÃO

BIOPARQUE: Parque da Quinta da Boa Vista, s/ nº, São Cristóvão. Diariamente, das 12h às 17h.

Ingressos a partir de R$ 19,87 à venda pelo site www.bioparquedorio.com.br.


HO R A R I O P OR KIKE MA RTIN S DA COSTA

I PA N E M A

Ilhas da boa esperança

VILA ISABEL

É doce o dia a dia lá na Vila Ateliê Diva Confeitaria Festiva e Afetiva alegra e adoça festas de todo tipo com seus bolos clássicos ou feitos sob medida As especialidades do ateliê Diva Confeitaria Festiva e Afetiva são os bolos preparados a partir de receitas que carregam muita história e união familiar. Na seção de criações “afetivas” encontram-se clássicos como o bolo Chocolatudo, o bolo de cenoura com brigadeiro cremoso, o bolo de amêndoas com frutas vermelhas e o bolo de laranja com pedaços de damasco e gotas de chocolate. Na ala dos “festivos” o cliente pode montar seu próprio bolo, sempre com quatro camadas de massa (de baunilha, de chocolate e de leite de coco), três de recheio (disponível em nove sabores, como doce de leite com nozes, cocada cremosa ou brigadeiro de caramelo salgado) e cobertura de buttercream. Diva Oliveira, que trabalhou como confeiteira para a premiada chef Roberta Sudbrack, oferece ainda doces como o quindim, o quindão de maracujá e o pudim de capim limão. FOTO DIVULGAÇÃO

FOTO ATHILA BERTONNCINI | PROJETO ILHAS DO RIO

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Monumento Natural das Ilhas Cagarras ganha status de Hope Spot, concedido a ambientes reconhecidos pela riqueza excepcional de sua fauna e sua flora Em 2021, o Projeto Ilhas do Rio completa 10 anos de pesquisas dedicadas ao Monumento Natural das Ilhas Cagarras (MoNa Cagarras), Unidade de Conservação localizada a 5 km da praia de Ipanema. Foram tantas descobertas, tantos tesouros encontrados nessas pequenas porções de terra e seu entorno, que a região passa a integrar agora a seleta lista de Hope Spots, composta por aproximadamente 130 locais em todo o mundo – como as Ilhas Galápagos (no Equador) e a Grande Barreira de Coral (na Austrália). Os “Pontos de Esperança” (como são chamados em português) são ambientes reconhecidos por sua diversidade, importância

e risco em que se encontram e que, por isso, merecem atenção do poder público e da sociedade para que se mantenham conservados. As águas protegidas do MoNa Cagarras ajudam na recuperação de população de peixes, crustáceos e moluscos e se destaca por sua importância cultural – a Ilha redonda abriga um sítio arqueológico tupi-guarani e as ilhas são um cartão-postal da cidade que movimenta a economia local por meio do turismo ecológico. Essa “honraria” é concedida pela Mission Blue, aliança internacional para conservação marinha. Até agora, apenas o Atol de Abrolhos, na Bahia, detinha esse reconhecimento em águas brasileiras.

Diva Confeitaria Festiva e Afetiva Rua Visconde de Santa Isabel, 277, Vila Isabel, tel. 21 97599-3489.


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I PA N E M A

Formas entre o estranho e o familiar

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Exposição reúne a produção recente do escultor Angelo Venosa, que segue criando apesar das restrições impostas desde 2019 pela esclerose lateral amiotrófica A galeria Nara Roesler apresenta até o dia 22 de maio a exposição “Quasi”, com obras de Angelo Venosa, um dos maiores escultores brasileiros. Há quase quatro décadas, ele cria peças usando madeira, tecido, fibra de vidro e outros materiais, com formas orgânicas que remetem a fósseis, fragmentos ou corpos inteiros de criaturas desconhecidas. Os trabalhos exibidos foram elaborados durante a pandemia, mas elas refletem também outro tipo de isolamento: o artista já estava recolhido em casa desde 2019, quando surgiram os primeiros sintomas da esclerose lateral amiotrófica. A doença, que afeta o sistema nervoso, mudou seu processo de criação. Ele sempre fez tudo sozinho, sem assistente, mas agora, em muitos casos, teve peças criadas com a ajuda de assistentes e de um programa de computador. Venosa se adaptou a uma nova maneira de dar vida e movimento às suas obras de arte. Galeria Nara Roesler Rua Redentor, 241, Ipanema, tel. 21 3591-0052.

C O PA C A B A N A

Um pequeno templo para o culto ao café

Lojinha da Café ao Léu vende grãos de pequenos produtores e serve essa bebida estimulante em várias versões, incluindo drinques alcoólicos O Café ao Léu se define como um “boteco chique de café”. As bebidas e os grãos são escolhidos pelo barista e sócio do empreendimento Leonardo Gonçalves, que há mais de 15 anos estuda e trabalha com a rubiácea. Funcionando desde 2017, tem o cardápio que inclui o clássico espresso, o filtrado da casa, o macchiato, o cappuccino, o café com leite e opções geladas como o iced vanilla latte, o cold brew com tônica e o affogato. Para quem se animou com a porção boteco do estabelecimento, a carta de drinques oferece coquetéis básicos como o Cachaça Coffee, o Espresso Martini e Gin Tônica Espresso, além de doses do licor com café produzido artesanalmente no local. Para petiscar, tem pães de queijo da Serra da Canastra, brownies e bolos de cumaru com abacaxi ou de iogurte com maracujá. A loja vende grãos e café torrado e moído de pequenos produtores de Minas e do Espírito Santo.

Café ao Léu - Rua Almirante Gonçalves, 50, Copacabana, tel. 21 99886-9833.


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HO R A R I O P OR KIKE MA RTIN S DA COSTA

I PA N E M A

Mais opções para os fãs de bacalhau Rancho Português está de volta, e retorna lançando novas receitas à base dessa iguaria tipicamente lusitana e adorada também pelos brasileiros O Rancho Português está com novidades! Nessa retomada após as paralisações provocadas pela pandemia, o restaurante introduz seis lançamentos em seu cardápio, sendo cinco à base de bacalhau. Entre elas, o destaque é o Bacalhau Escondido por Frutos do Mar, composto por postas do peixe assadas e cobertas por nacos de polvo, mexilhões, camarões e lulas puxados no azeite com alho, batatas, brócolis, ovo cozido e azeitonas. Outra boa pedida é a Tigela de Bacalhau Verde, com lascas de peixe, espinafre, batata, azeitonas pretas e parmesão ralado. Por fim, tem ainda o Peixe à Moda do Aragão – filé de cherne ou badejo com camarões, polvo, lula e gratinado com um molho bechamel incrementado com caldo de frutos do mar, espinafre e noz-moscada. O prato foi criado pelo maitre Aragão, que já tem mais de 40 anos na gastronomia portuguesa, sendo 31 em São Paulo.

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Rancho Português - Rua Maria Quitéria, 136, Ipanema, tel. 21 2287-0335. Delivery pelo app iFood.

FLAMENGO

Performance para espantar o baixo astral Nando Reis e seu filho Sebastião se apresentam na Vivo Rio neste mês, que deve ser marcado pelo retorno dos shows, ainda que com público reduzido O universo da música não vê a hora do retorno dos shows, e a Vivo Rio já tem uma intensa lista de eventos programados para maio, como as performances de artistas Manu Gavassi, Péricles, Daniel Boaventura e Nando Reis. Torçamos para que todas essas apresentações sejam confirmadas e se realizem com fartas doses de emoção e de segurança – especialmente no que diz respeito à saúde. Neste show de voz & violão, Nando e seu filho Sebastião prometem incandescer os corações da plateia com canções que marcaram época, como “All Star Azul”, “Relicário”, “Por Onde Andei” e “Luz dos Olhos”, entre outros tantos sucessos de seu vasto repertório. Além desses clássicos, o cantor e compositor paulistano interpretará também “Espera a Primavera”, seu mais recente hit. Com 58 anos, o ex-titã preserva a mesma energia que ajudou a torná-lo um dos maiores fenômenos da música brasileira nas últimas décadas. VIVO RIO - Avenida Infante Dom Henrique, 85, Marina da Gloria, tel. 21 2272-2901. Ingressos a R$ 120 no site www.eventim.com.br


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Vozes da cidade

As dicas de quem adora o Rio

POR BRUNO DREUX*

Gastronomia carioca Para comer bem no Rio de Janeiro, mesmo estando em casa, saiba exatamente onde ir e o que pedir

Grado “O Nello Garaventa é um gênio! E o Grado, seu restaurante, é um italiano que faz jus ao seu talento. Tem cavaquinha, vieira, ouriço, camarão, tutano, massa fresca, pães da casa e muito mais. Para você que está lendo e na dúvida se liga agora ou mais tarde, aviso que ainda tem um forno a lenha onde tudo é preparado. A entrega é feita por eles mesmos (21 99435-8386).” Rua Visc. de Carandaí, 31 - Jardim Botânico, Rio de Janeiro

Pabu Izakaya “Dos mestres e amigos Erik Nako, Cristiano Lanna e Petit, o Pabu é um dos melhores japoneses do Rio. É um lugar mais descontraído, que me gera lembranças divertidas e animadas. Meus pratos preferidos: bun de barriga de porco, lagostim trufado e berinjela ao missô. A entrega é pelo iFood.” Rua Humberto de Campos, 827, loja G – Leblon, Rio de Janeiro

Naga “Me apaixonei pelo Naga há muitos anos, em São Paulo, por causa de um grande amigo chamado Vinicius Reis. Durante anos, sempre que pegava a ponte aérea, sabia que faria dois rituais: ler a 29HORAS no voo e almoçar no Naga. Virou uma tradição, quase superstição. Os meus preferidos são: bluefin, centolla, baterá e foie gras. O delivery é pelo Rappi e pelo WhatsApp (21) 99994-5649.” Av. das Américas, 3900 - Loja 302 - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro

Ella “Voltando ao universo da farinha, o Ella é daqueles restaurantes que fazem os paulistas queimarem a boca ao reclamarem que no Rio de Janeiro não tem pizza boa. Temos, sim, e é uma “verace pizza napolitana”. Minhas preferidas são Margherita, Verdi e Marinara. A entrega é pelo Rappi.” Rua Pacheco Leão, 102 - Jardim Botânico, Rio de Janeiro *BRUNO DREUX é sócio fundador da agência Amo, sócio da Buriti Creative Capital e é o atual presidente da Associação Brasileira de Propaganda (ABP)


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www.teclamusic.com.br | contato@teclamusic.com

COLUNA

Dá o play

POR

Tecla Music Agency

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A VOZ SUPREMA DO BLUES Netflix

O longa marcou uma triste indicação póstuma de melhor ator ao incrível Chadwick Bosman, em seu último trabalho, em que dá vida ao trompetista Levee, contracenando com a potente Viola Davis, que interpreta Ma Rainey, a “mãe do Blues” neste drama musical ambientado nos anos 1920. Imperdível!

O SOM DO SILÊNCIO Amazon Prime

Não, não é sobre a clássica canção de Simon & Garfunkel. Neste caso, o som do Heavy Metal permeia o filme indicado à categoria principal que conta a história de um baterista (o incrível Riz Ahmed, também indicado por sua brilhante atuação), que perde a audição e, por sua vez, sua grande paixão: poder tocar. Apenas assista.

SOUL Disney +

Todo aquele jazz (e muito mais) Para os amantes das trilhas sonoras, o Oscar vai além da experiência visual do cinema, e leva a um universo de sons a serem explorados

O primeiro impulso dos cinéfilos-musicais é ficar de olho nos indicados do ano à melhor soundtrack, é claro, mas para quem curte muito som e cinema, o que vale mesmo é maratonar as produções de todas as categorias e aproveitar as pérolas sonoras que irão aparecer. Neste ano, filmes muito ligados à música e, principalmente, ao jazz e blues, brilharam nas indicações e nos prêmios, por isso, juntamos aqui algumas dicas dos nossos favoritos à estatueta "tem-que-ver-tem-que-ouvir".

Na animação da Disney que mexe com o coração de todos os adultos (o filme não é para crianças, estamos certos disso), a música é a protagonista. Além do multiartista Jamie Foxx emprestar sua voz para Joe Gardner, um professor que tem o jazz como seu maior amor, a produção conta com composições e arranjos do renomado músico Jon Batiste. Um carinho para a alma e os ouvidos!

THE UNITED STATES VS BILLIE HOLIDAY Hulu

Dirigido por Lee Daniels, do impressionante “Preciosa” (2009), o longa mostra um recorte da vida intensa e turbulenta de uma das maiores vozes da música, interpretada pela cantora Andra Day (foto), também indicada ao Oscar por sua atuação. Por muitos motivos, é um filme necessário e, destacamos aqui a canção “Strange Fruit”, uma forte marca do pioneirismo de Billie na luta pelos direitos civis nos anos 1960. Para não sermos injustos com as tantas obras presentes e elogiadas nesta edição da maior premiação do cinema, montamos uma playlist especial com as músicas das produções das diversas categorias. É só dar o play (no filme e no som) e curtir! ESCANEIE E OUÇA A PLAYLIST BY TECLA NO 29HORAS PLAY

TECLA MUSIC AGENCY é uma agência de music branding especializada em curadoria e gestão sonora para marcas.



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