Six Seconds #2

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40 resenhas de CDs 2 resenhas de Shows 7 entrevistas

magazine

Entrevistas:

Chipset Zero, Eternal Crossing, Manshuria Ponto Nulo no CĂŠu, D.E.R., Sharks at Abyss e muito mais..


www.myspace.com/herecomesthekraken

HUMOR? DEATHCORE?

ON I T P E RC E P R A ! M U A CLE B L A NOVO www.myspace.com/theeyesofatraitor

“BRUTALIDADE, AGRESSIVIDADE, PESO!“ intensidade sem compromisso, puro chaos!

“Origin Of The Storm “ www.myspace.com/thesorrowmetal

CONDUCTING FROM THE GRAVE “WHEN LEGENDS BECOMES LUST“ www.myspace.com/conductingfromthegrave


Six Seconds #2 ÍNDICE 06. NEWS 08. ENTENDENDO

Design e Paginação: Ian Menezes

O GRUNGE

17. 18.

SOUND OF THE UNDERGROUND

brand:new -

VEGAS

20.

O FLUXO DO HEAVY METAL

23. 24.

RIP SESSION / METALLIZED

26. 28. 30. 32.

(entrevista) D.E.R. (entrevista) MANSHURIA (entrevista) ETERNAL CROSSING (entrevista)

34.

AS I LAY DYING

STAY BRUTAL

/ KISS

(ao vivo)

Entrevistas: Almir Macedo, Ian Menezes, Rafael Andrade Colunas: Anayara Fraga, Clown

CHIPSET ZERO

(entrevista)

38. AS I LAY DYING

(ao vivo)

40. SHARKS AT ABYSS (entrevista) 42. PONTO NULO NO CÉU (entrevista) 44.

Editor Chefe: Ian Menezes

RESENHA DE ALBUMS

Resenhas: Alex Sanches, Mailan, Felipe, Julio Cesar, Predisposed, Mario Ribeiro, Glaucio X, Denise D., Lucas Moraes, Edson Rocha, Mateus Potumati, Arthur Dantas, Bruno Thompis, Rafael Fehér. Fotos: Marília Gomes, Rodrigo Ono, Pedro Saad, Luringa, Flavia Borowiec, Clown, Rafael Andrade, Revisão: Rafael Andrade, Marcelo Monaco Contato: contato@sixseconds.com.br (11) 9702 5058 - Pedro (11) 9792 1777 - Anayara (71) 8712 4491 - Ian



10 de Maio de 2009

Sรฃo Paulo/SP @ Citybank Hall Ingressos jรก รก venda: www.ticketmaster.com.br


Six Seconds News Nine Inch Nails

anuncia turnê de despedida ‘Está na hora de desaparecer por um tempo’, diz Trent Reznor. Banda californiana Jane’s Addiction deve acompanhar o grupo. Trent Reznor está cansado. O criador do Nine Inch Nails anunciou nesta terça-feira (17) que fará uma turnê de despedida em 2009. Depois disso, o grupo deve “desaparecer por um tempo”. “No mundo do NIN, 2009 marca o aniversário de 20 anos de nossos primeiros lançamentos. Estive pensando e agora é a hora de desaparecer por um tempo”, escreveu o músico no site da banda. “A turnê ‘Lights in the sky’, do ano passado, é algo de que me orgulho muito, e também algo muito difícil de manter, noite após noite. Nós ficamos um pouco atordoados”, completou. “Depois de pensar um pouco, decidimos agendar uma série de shows pelo mundo este ano. A pegada vai ser bem diferente do ano passado – serão mais crus, espontâneos e sem roteiro. Será divertido para nós e uma maneira diferente de os fãs nos verem e se despedirem.” O Jane’s Addiction, cultuado grupo de Perry Farrell que estava em hiato e voltou a se reunir em 2008, deve viajar com o Nine Inch Nails para as apresentações. “Conversei com eles para saber se eles estavam a fim, e todos acharam que poderia ser ótimo”, finalizou Reznor.

The High End Of Low

novo album do Marilyn Manson

Faith No More

pode voltar aos palcos no meio do ano

The High End Of Low (2009), é o 7º álbum de Mike Patton estaria planejando retorno em turnê euestúdio de Marilyn Manson, sucessor do tão cri- ropéia. Formada no final dos anos 80, banda tem os ticado “Eat me, Drink me” por expor nas letras hits ‘Epic’ e ‘Falling to pieces’. suas experiências amorosas e o divórcio com sua ex-mulher, Marilyn Manson promete que este ál- A banda de rock Faith No More deve voltar aos bum será composto por gritos incessantes, muito palcos para uma mini turnê neste verão euroesperado por alguns fãs, como um possível suces- peu (meio do ano, no Brasil). A informação tesor dos álbuns da trilogia “Antichrist Superstar”, ria sido confirmada pelo empresário da banda “Mechanical Animals” e “Holy Wood”, ao qual re- nesta terça-feira (24), de acordo com o site presenta uma ótima fase para a banda, como a TheTripwire.com. volta do antigo baixista Twiggy Ramirez. Frequentemente lembrada como uma das pio“Meu novo álbum está pronto, cara. É cha- neiras da mistura de rap com heavy metal, a mado ‘The High End of Low’ - é uma auto- banda teve entre seus principais integrantes descrição do estado em que estou”, conta Ma- o vocalista Mike Patton, que participou do disrilyn Manson co “The real thing”, lançado em 1988 com hits como “Epic” e “Falling to pieces”. Após o fim da Faixas Confirmadas: banda, em 1998, Patton se envolveu em outros grupos e projetos solo, como Fantômas, Lovage “Devour” e Tomahawk. “I Want to Kill You Like They Do in the Movies” “Armagoddamnmotherfuckinggeddon”


Vocalista do Rotting Christ no álbum do Of The Archaengel

Sakis Tolis, vocalista e líder da banda de black metal grega Rotting Christ grava participação para o álbum de estréia dos dark metallers paulistas do Of The Archaengel. O álbum intitulado “The Extraphysicallia” teve suas gravações concluídas recentemente e tem data de lançamento prevista para o mês de Abril. Sakis aparecerá como vocalista convidado na faixa “Water Flows through the Slimy Walls”. As gravações ocorreram em São Paulo e maiores detalhes podem ser conferidos através do diário da gravação disponibilizado pela banda. Para conferir o diário de gravações basta o acessar o link no site do grupo www.ofthearchaengel.com

The Showdown

“Achilles: The Backbreaker”

www.youtube.com/watch?v=9nme47m_myI

Major Label Industries assina ThanatoSchizO

A Major Label Industries orgulha-se de anunciar que assinou contrato com uma das mais vanguardistas bandas da cena metal nacional: os ThanatoSchizO. O contrato será válido para um álbum semi-acústico a editar ainda durante o ano de 2009. Este álbum conterá temas de todos os discos da banda: «Schizo Level», «InsomniousNightLift», «Turbulence» e «Zoom Code» e deverá ter um pendor mais vanguardista, progressivo e étnico do que os lançamentos “normais” da banda de Santa Marta de Penaguião. Guilhermino Martins, guitarrista dos ThanatoSchizO, refere que a gravação de um álbum nestes moldes é algo que começou a despertar interesse na banda há já alguns anos. “É curioso, porque a primeira vez que fomos confrontados com a ideia de adaptar os nossos temas a esse formato aconteceu por imposição da FNAC, como única forma de podermos apresentar showcases de promoção ao nosso segundo álbum. Tomámos-lhe o gosto e, desde aí, sempre que editámos novos registos trabalhámos igualmente em remakes acústicos paralelos”. Nunca contentes com os excelentes resultados que obtêm disco após disco e com o novo «Zoom Code» lançado há pouco menos de um ano, o timing para um lançamento desta natureza também não parece ser problema para os ThanatoSchizO: “Nesta fase da nossa carreira, o passo que nos parece mais excitante é precisamente este: gravar um e editar um álbum semi-acústico e adicionar-lhe referências étnicas e de outras abordagens musicais, fruto da maturidade que sentimos ter atingido”.

Project46

“Tomorrow”

www.youtube.com/watch?v=TC0PfIVcjv8

Arkona

“Pokrovi Nebesnogo Startsa”

www.youtube.com/watch?v=w628V9_r-Mk

Deathstars

“Death Dies Hard”

www.youtube.com/watch?v=CWUmw2ITaFA


E

stilo popularizado por bandas como Nirvana e Mudhoney, o período compreende obras lançadas de 1984 a 1996. Nos 20 anos do disco “Superfuzz Bigmuff” e da gravadora Sub Pop, o G1 listou os 15 álbuns essenciais para entender o estilo que trouxe ao mundo bandas como Nirvana, Mudhoney e Soundgarden. Como critério de seleção, foram escolhidas apenas obras lançadas entre 1984 (ano em que as bandas de Seattle começaram a misturar punk com metal, segundo o pesquisador e escritor Michael Azerrad) e 1996 (ano em que o Soundgarden lançou “Down on the upside” e o Screaming Trees lançou “Dust”, seus últimos discos de estúdio).

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Nirvana - “In Utero“ (Geffen, 1993) Quando o mundo ainda digeria a explosão de “Nevermind”, o Nirvana surpreendeu novamente com um disco mais cru, agressivo e pesado. Ao mesmo tempo, porém, “In utero” trazia um Kurt Cobain introspectivo, com baladas inspiradas no rock’n’roll da década de 50 e letras mais incisivas do que nunca. Em “Pennyroyal tea”, ele canta: “Sit and drink pennyroyal tea/ Distill the life that’s inside of me/ I’m anemic royalty”. Ao jogar com a sonoridade das palavras – pennyroyal tea é um tipo de chá abortivo, mas também soa como penny royalty, ou “a realeza miserável” –, Cobain expõe com sensibilidade cortante a contradição fundamental da música dos anos 1990, da qual ele foi vilão e mártir. Em “Very ape”, ele avisa, cheio de auto-ironia: “If you ever need anything please don’t/ Hesitate to ask someone else first/ I’m too busy acting like I’m not naive” (“Se você um dia precisar de algo/ Não hesite em pedir a outro primeiro/ Estou muito ocupado tentando não parecer ingênuo”). Gravado com perfeição pelo herói underground Steve Albini, “In utero” é o resumo exato de tudo que o grunge significou: peso, lentidão, punk, metal, pop, sarcasmo e um senso de humor inteligente, despretensioso e que vivia em constante flerte com o abismo. Ainda não inventaram termo mais adequado para definir algo assim do que “obra-prima”.


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Nirvana - “Nevermind“ (Geffen, 1991) Em 1991, o Nirvana já tinha deixado de ser uma banda obscura – de uma cidade mais obscura ainda – para ser um nome conhecido no circuito universitário dos EUA. Para o segundo disco, Kurt Cobain queria se distanciar da sujeira lo-fi de “Bleach” e partir para refrões mais melódicos, inspirados em seus heróis R.E.M. e Pixies. Quando o trio assinou com a Geffen Records, já se esperava que eles pagassem o investimento de US$ 65 mil. Mas o que veio em seguida não cabia nem nos sonhos mais febris dos executivos da gravadora. Na esteira do sucesso estrondoso de “Smells Like Teen Spirit”, Nevermind vendeu milhões (até hoje, estima-se, foram mais de 26) e desbancou medalhões como Michael Jackson, U2 e Metallica. Com uma coleção irretocável de hits, “Nevermind” era a síntese do melhor do rock nas duas décadas anteriores: estão ali o punk dos Sex Pistols, o pós-punk do Raincoats e do Killing Joke, o sludge metal do Melvins, o college rock dos Replacements. Por causa deste disco, 1991 ficou conhecido como o ano em que o mundo finalmente se rendeu ao ritmo feio, sujo, niilista e de humor implacável que perambulava os subterrâneos desde o final dos anos 1960.

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Mudhoney - “Every Good Boy Deserves Fudge“ (Sub Pop, 1991) Se “Superfuzz Bigmuff” é o disco clássico do Mudhoney, “Every good boy...” é onde o quarteto eleva a riqueza de suas referências underground à máxima potência. Aqui, a podreira herdada dos Sonics e Stooges, que delineou o início da carreira do grupo, se encontra com raízes mais profundas, como a surf music e o blues. À vontade sob a batuta do produtor e amigo Conrad Uno, Mark Arm e Steve Turner experimentam com gaita, órgão e violão. Mas o requinte das criações não significa cair no esnobismo ou no vazio experimentalóide: “Let it slide” e “Something so clear” são clássicos dignos da melhor tradição do garage rock do Noroeste dos EUA. Em “Thorn”, Steve Turner injeta gasolina em uma base rockabilly enquanto Mark Arm uiva, entre Iggy Pop e Ozzy Osbourne, “I’ve got a thorn in my side/ About the size of your eye” (“Tem um espinho enfiado no meu corpo/ Do tamanho do seu olho”). O disco segue com o pé no acelerador em “Into the Drink”, um dos melhores refrões do Mudhoney e grunge até o fundo do copo. Arm já declarou que para ele a guitarra de Turner é equivalente a um quadro do pintor expressionista Jackson Pollock. Aqui, as cores adicionadas aos contornos obtusos do Mudhoney dão força especial à analogia.


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Soundgarden - “Superunknown“ (A&M, 1993) O Soundgarden sempre representou a variável metal na equação do grunge. Mas o background punk dos integrantes da banda – especialmente do guitarrista Kim Thayil – evitou que eles ficassem ao lado de Metallica e Guns N’ Roses na história do rock. Desde o lançamento do EP “Screaming life” – um dos primeiros discos do catálogo da Sub Pop –, ficou claro que, além das levadas à Led Zeppelin e dos riffs arrastados à Black Sabbath, a banda agregava idéias gestadas no underground norte-americano dos anos 1980. Em “Superunknown”, essas influências encontram o ápice criativo de um grupo que minimizou, como poucos conseguiram à época, o desgaste do sucesso comercial. As afinações peculiares da guitarra de Thayil produzem momentos memoráveis, como o solo da faixa-título e os acordes mortificantes de “The day I tried to live”. Chris Cornell alterna a agressividade de costume, em faixas como “Let me drown” e “My wave”, com duas baladas surpreendentes, “Fell on black days” e o maior sucesso da banda até hoje, “Black hole sun”.

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L7 - “Bricks Are Heavy“ (Slash, 1992) Quando o grunge parecia irremediavelmente dominado por machos atormentados de Seattle, um quarteto de garotas da Califórnia jogou tempero na mistura. Gravado por Butch Vig, mesmo produtor de “Nevermind”, “Bricks are heavy” era sujo como um disco grunge tinha que ser, mas trazia ironia, engajamento e diversão em doses inéditas entre as 40 mais tocadas nas rádios de então. Em “Wargasm”, Donita Sparks canta contra a guerra no Iraque (a daquela época) bradando “The Pentagon knows how to turn us on” (“O Pentágono sabe nos deixar com tesão”). “Everglade” é um típico hino riot grrrl com espírito hot-rod e levada grunge. O eterno hit “Pretend we’re dead” usa o refrão irresistível para tentar virar o jogo da apatia juvenil dos anos 1990. Defensoras do aborto, banidas da coalizão cristã, nenhuma banda feminina apavorou tanto quanto esta, e nenhum disco de garotas punk chegou tão longe quanto este.


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Screaming Trees - “Sweet Oblivion“ (Epic, 1992) De todas as bandas do grunge, o Screaming Trees talvez seja a que mais tenha dado continuidade à trilha aberta por bandas como Replacements, Pixies e R.E.M. nos anos 1980. Em adição ao college rock desses nomes, porém, Mark Lanegan e os irmãos Gary Lee e Van Conner incorporaram referências da psicodelia, do folk, do country e do hard rock, criando uma obra tão única quanto subestimada. Em “Sweet oblivion”, segundo disco dos Trees por uma grande gravadora, essas influências aparecem por todo o disco, balanceadas pela voz aveludada e inconfundível de Lanegan. Em “Shadow of the season”, “Dollar bill” e na saudosa “Nearly lost you” (incluída na trilha sonora do filme “Singles – vida de solteiro”, que retratava a Seattle dos anos 1990), sua voz e suas letras atingem um nível de refinamento que o coloca entre os grandes nomes daquela geração.

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Melvins - “Stoner Witch“ (Atlantic, 1994) O fato de um disco como “Stoner witch” ter sido lançado por uma grande gravadora é prova do delírio dos anos grunge e do poder da palavra de Kurt Cobain. Idolatrados pelo líder do Nirvana, King Buzzo e cia. lançaram três primores do horror pela Atlantic, dos quais este é o segundo. Sucessor do também clássico “Houdini”, de 93, “Stoner witch” ajudou um número maior de pessoas a entender melhor os motivos por que o Melvins é uma referência tão forte aos grupos do grunge. Estão aqui todos os elementos mais prezados pelos supergrupos da época: guitarras modorrentas, climas febris, baterias tão rudes como complexas, levadas hardcore, humor niilista. Além disso, os fraseados de guitarra de Buzzo e a métrica absurda da bateria de Dale Crover em faixas tão distintas como “Sweet willy crowbar” e “Goose freight train” borram a fronteira do grunge em direção ao free jazz. Esse lado dos Melvins, que atingiu seu auge em “Stoner witch”, é influência direta de uma escola de desajustados que vai de Mike Patton a Mastodon. Bíblia de referência para a memória seqüelada do grunge.


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Pearl Jam - “Ten“ (Epic, 1992) Ainda que muitos torçam o nariz para os trejeitos hard-rock deste disco – que a banda tentou escamotear a todo custo no decorrer da carreira –, é inegável que “Ten” teve um papel central na explosão não só do grunge mas de todo o chamado rock alternativo. Fruto da dissolução do Green River – banda seminal de Seattle, mas mal resolvida musicalmente –, o Pearl Jam já nasceu como candidato assumido ao posto de banda grande. Puxado pelo sucesso do grupo na edição do Lollapalooza daquele ano, “Ten” foi reproduzido incessantemente nas rádios college e estourou para as FMs. Incorporando um groove funkeado – algo entre Red Hot Chili Peppers e Fugazi – a riffs vindos do hard-rock e do heavy metal, a guitarra de Stone Gossard foi o veículo perfeito para a voz potente e grave de Eddie Vedder, que fugia de todos os padrões desse estilo na época. Retratando de forma incisiva a distopia da Geração X, músicas como “Why go” e a épica “Jeremy” se tornaram hinos instantâneos. Atormentado, paranóico e com um talento único para refrões, Eddie Vedder ocupou nos anos 1990 um posto semelhante ao que havia sido de Pete Townshend nos 1970.

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Alice In Chains - “Jar Of Flies“ (Columbia, 1994) Depois da detonação desenfreada de “Dirt”, “Jar of flies” soou como o primeiro passo de sensatez depois da ressaca. Aqui, o guitarrista Jerry Cantrell assume mais intensamente a parte criativa e explora como nunca suas influências de blues e country. O resultado são músicas como a excepcional “No excuses”, em que as camadas de violão e guitarra dialogam categoricamente com os vocais, trabalhados à perfeição. Em “I stay away”, os arranjos de cordas suavizam e amplificam a dramaticidade do vocal de Layne Staley. Fruto de um trabalho cuidadoso de arranjos e de uma maturidade lírica única na carreira do AIC, “Jar of flies” é o saudoso sinal de um rumo interessante que a carreira da banda poderia ter tomado, caso não houvesse sido aniquilada pelas drogas.


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Mudhoney - “Superfuzz Bigmuff Plus Early Singles“ (Sub Pop, 1990) Para bom entendedor, o título desse disco diz muito. Juntos, os pedais de efeitos Superfuzz e Bigmuff criaram o drive que delimitou a fronteira entre o garage punk do Nordeste americano – símbolo da vizinha Bellingham, lar da Estrus e dos Mono Men – e o grunge de Seattle. Se o grunge existe, disse Mark Arm, ele é um estilo de guitarra. Se levarmos isso como verdade absoluta, este disco é o grunge. Com esta reedição de 1990, a Sub Pop tentou capitalizar com a atenção que o Mudhoney tinha recém-despertado no mundo. Bruce Pavitt e Jonathan Poneman, donos do selo, aproveitaram o momento e adicionaram às seis faixas do clássico de 1988 os singles do começo da carreira do Mudhoney e dois covers, “Hate the police”, do Dicks, e “Halloween”, do Sonic Youth. Assim, pela primeira vez, os fãs puderam finalmente ouvir “Touch me I’m sick”, “Sweet young thing (ain’t sweet no more)” e “In ‘n’ out of grace” de uma tacada só. O resto é história.

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Nirvana - “Incesticide“ (Geffen, 1992) Apesar de sofrer com a falta de unidade, esta compilação traz um retrato fundamental do processo de transição da banda barulhenta e indigesta de “Bleach” para a plenitude barulhenta e pop de “Nevermind”. Fruto de gravações feitas entre 1988 e 1991, estão aqui desde o cover indie-punk de “Molly’s lips”, dos Vaselines, a “Aneurysm”, épico que antecipa os melhores momentos de “Nevermind” e “In utero”. O tom displicente da coletânea é ideal para que se possam apreciar outros elementos do quebra-cabeça do Nirvana, seja a arte da capa, desenhada por Kurt Cobain, seja o trocadilho do título – que joga com as palavras “incesto”, “homicídio/suicídio” e “inseticida”. Sem o peso dos discos oficiais, “Insesticide” mostra um Cobain relaxado, se divertindo com os parceiros de banda e com as palavras, talento ímpar herdado de Frank Black e John Lennon.


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U-Men - “Solid Action“ (Chuckie Boy, 2000) Apesar de ter sido lançado em 2000, “Solid action” é um ajuste de contas com raízes muito remotas do grunge. Reunindo músicas compostas entre 1984 e 1989, esta coletânea resgata com precisão a carreira errática de um dos pioneiros do som de Seattle. Junto com Melvins, Soundgarden e Green River, os U-Men foram uma das primeiras bandas da região dignas de atenção externa. No comando da voz tensa de John Bigley, o grupo excursionou intensamente e abriu as portas da região para seus colegas. As letras e o ethos emanado das músicas de “Solid action” colaboraram profundamente com o senso de humor e a amplitude musical que fizeram de Seattle uma cidade única no mundo do rock. Essencial para qualquer pessoa que queira conhecer o elo perdido entre o grunge do Nirvana e do Babes In Toyland e o pós-punk do Gang Of Four e do Fall.

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Mono Men - “Wrecker!“ (Estrus, 1992) Vindos da barulhenta Bellingham, vizinha de Seattle no estado de Washington, os Mono Men eram os principais expoentes do selo Estrus, que revelou bandas como Man or Astro-man? e Mummies. Fortemente influenciado pelo proto-punk de bandas como The Sonics, Wrecker! traz uma coleção irretocável e irresistível de hits garage-punk, que rivalizam com os melhores momentos de Mudhoney e Monkeywrench.

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Soundgarden - “Down On The Upside“ (A&M, 1996) Em 1996, o mundo do rock já vivia a decadência do grunge comercial. A morte de Kurt Cobain, dois anos antes, e a ascensão do britpop e da música eletrônica aceleravam o final do prazo de validade dos últimos remanescentes. Em seu último disco, o Soundgarden refinou ainda mais o lado progressivo e psicodélico de “Superunknown” e levou o grunge à inevitável singularidade, ao limite em que ele deixou de ser o que era para se tornar outra coisa. Analisadas nos dias de hoje, músicas como a catártica “Pretty noose”, “Blow up the outside world” e “Burden in my hand” têm a melancolia de um aceno de adeus, como de alguém que não tem certeza se gostou ou não da viagem, mas que sabe não ter saído dela como entrou. Um adeus digno a uma carreira que se confunde com os próprios anos 90.


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Babes In Toyland - “Fontanelle“ (Reprise, 1992) Aos olhos do mercado, o Babes in Toyland sempre foi “a banda de meninas número dois” do grunge. Por isso, suas músicas elegantes e inteligentes nunca tiveram o impacto que poderiam ter tido. “Fontanelle” é um marco na história do movimento riot-grrrl, por sua crueza, pela ferocidade das letras e pelo auge interpretativo de Kat Bjelland. Mais do que isso, porém, este disco traz uma riqueza de referências invejavelmente equilibradas, que vão de Melvins à fusão de noise, jazz e punk. Influência direta de bandas como Elastica e Metric.

T

Nirvana, uma das bandas símbolo do grunge

odos os grupos e discos selecionados já foram classificados como grunge por mais de uma fonte escrita ou apresentam elementos musicais tidos por pesquisadores, jornalistas e nomes essenciais do grunge como pontos comuns aos grupos do gênero: na música, o uso de distorção difusa nas guitarras, alternância entre levadas arrastadas e rápidas, divisão rítmica stop-start (quando a música seca abruptamente, para voltar com força em seguida) e influências de rockabilly, garage rock, punk, pós-punk, metal, hardcore e indie rock; nas letras, ironia, sarcasmo, auto-humor, crítica social, revolta, desespero, sentimento de inferioridade e referências ao uso de drogas.



ROCK BRASILEIRO (PARTE ii)

Olá, meus queridos leitores. Hoje trago para vocês mais uma parte do rock brasileiro, passando rapidamente pela magnífica Jovem Guarda e a Tropicália. Vai ser difícil resumir sobre uma época que tanto marcou na história, não somente do rock, como os nossos pais, nossos avós. Ainda o rock brasileiro com influências do rock internacional da década de 50, lançou um novo estilo com musicas próprias ou até mesmo originais conhecido como iê-iê-iê. O nome Jovem Guarda, apareceu de um programa de TV, apresentado por Roberto Carlos, Wanderléia e Éramos Carlos, em 1965. O programa de TV ocupava o horário vago aos domingos, por causa da proibição da transmissão dos jogos de futebol. No embalo do sucesso do programa, atingindo três milhões de espectadores somente em São Paulo, chegou a ser vendido calças, brinquedos e blusas. O novo estilo musical com guitarras elétricas (sendo mais presente na Tropicália), lançando novos padrões de comportamento, idéia de musica jovem com signos jovens. Com participações de: Wanderley Cardoso, Jerry Adriani, Waldirene, Leno & Lílian, Deny e Dino, Bobby Di Carlo e grupos como Golden Boys, Renato & Seus Blue Caps, Os Incríveis, Os Vips, The Jordans, entre outros. Em 1969, o programa Jovem Guarda chegava ao fim. Entre os sucessos da Jovem Guarda estão: Parei na contramão, É proibido fumar e Festa de Arromba, Quero que vá tudo pro inferno da dupla Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Segundo Erasmo Carlos, foi por causa da Tropicália – movimento de Caetano Veloso e Gilberto Gil – que a Jovem Guarda entrou em sua decadência, se extinguindo em 1969. A Tropicália nasceu em meio a Jovem Guarda, artista como Gal Costa, Tom Zé, Os Mutantes e Nara Leão. O som era uma mistura de rock, guitarras elétricas, psicodelia, rumba, bolero, bossa nova e baião. Utilizando o mesmo instrumento que a Jovem Guarda, a televisão, participavam de festivais de música brasileira. Tendo grande influência no vestuário, no comportamento, assimilando contra a cultura hippie. Sucessos como Tropicália de Caetano Veloso e Geléia Geral de Gilberto Gil. O movimento chegou ao fim, quando ouve a repreensão do Governo, na época da Ditadura Militar, quando Caetano e Gilberto foram presos em dezembro de 1968. Mesmo com tanta censura, nada foi capaz de tirar isso da nossa história musical. Sugestões para YOUTUBE: Roberto Carlos e Erasmo Carlos - Eu sou terrível: http://www.youtube.com/watch?v=ElVqO3SUILo Roberto Carlos - Quero que vá tudo pro inferno: http://www.youtube.com/watch?v=SGYZv9Ntljc Gilberto Gil e Os Mutantes – Domingo no Parque: http://www.youtube.com/watch?v=Zbv3M-AdxC0 Caetano Veloso - Tropicalia (Live): http://www.youtube.com/watch?v=9754NizSyIA


Numa certa conversa entre três integrantes, decidiram que iríam montar um novo projeto, e definiram esse projeto com o nome VEGAS. Por ser um nome de fácil pronúncia, simples e também um nome forte. A procura de um baterista, havíamos escutado falar no Bill, mas nunca tivemos contato com ele até então. Vimos seus videos, fizemos o convite e ele aceitou de primeira. Chamamos também um antigo amigo da banda, Artur Bianchini, para assumir a outra guitarra. A banda estava completa. Durante três longos meses eles ensaiaram, compondo, produzindo, dando opiniões... até irem ao estúdio para começar gravar. Todo o CD “Baseado em Fatos Reais” foi produzido, editado e pago pelos integrantes da VEGAS. http://www.myspace.com/bandavegas

Se Stabbing the Drama for considerado um álbum de Non-Metal, então é um dos melhores trabalhos do gênero que eu já ouvi. Dentre inúmeros lançamentos enfadonhos já produzidos por representantes do estilo, se alguém ousa chamar esse álbum do Soilwork de Non-Metal, então ele é um dos melhores já lançados, senão o melhor. Stabbing the Drama é porrada do início ao fim. Lógico que com isso não estou me referindo a ele como um álbum do Krisiun ou qualquer banda de Death,

Banda: Soilwork Album: Stabbing The Drama Gravadora: Nuclear Blast Faixas: 01. Stabbing The Drama 02. One With The Flies 03. Weapon Of Vanity 04. The Crestfallen 05. Nerve 06. Stalemate 07. Distance 08. Observation Slave 09. Fate In Motion 10. Blind Eye Halo 11. If Possible

Pra não dizerem que estou mentido e que você vai mesmo bangear bastante, comece ouvindo a faixa “Stalemate”. Após essa, passe para “Blind Eye Halo”. Essas são as mais fantásticas músicas de Stabbing the Drama. Nelas você vai ouvir vocais urrados/ limpo/guturais, um trabalho ou qualquer banda de Death, pois tal CD se en- estupendo de bateria - checaixa mais na linha do Death Melódic/Heavy/ gando até a conter algumas blasting beats -, e riffs extreNon-Metal. mamente pesados e nervoQuem ouviu o Soundtrack to Your Escape do sos. In Flames vai ter uma idéia melhor sobre ele, embora não seja uma cópia desse. StD é bem Os sintetizadores bem mais mais pesado, tem uma mixagem bem melhor e presentes no Figure Number menos “melodicismos”. Na verdade seria mais Five foram deixados meio cômodo falar que esse é um trabalho de Metal de background em relação à Moderno e pronto! Tu vai bater cabeça várias massa sonora feita por guitarvezes ao longo do CD, e é isso que importa. ras-baixo-bateria. E quando O rótulo aqui utilizado para descrevê-lo é mais dão o ar da graça, são no espara efeito de “explicação sonora”, e não de dis- tilo atmosférico, só que bem modernos; meio eletrônicos. puta sonora.



ANGEL WITCH BURNING WITCH THE CONJURING WHITE ZOMBIE THE CULT

BLACK WOODS BLOODY WALL OF FORE GORE HEARSE GOREFEST BURNING TOMB

THE DARKNESS DARK ANGEL DARK THRONE DARK TRANQUILITTY

ESPANTO GERAL

OCULTISMO

ANTHRAX NAPALM DEATH VENOM POISON SKID ROW ANAL APOCALYPSE OVERDOSE

SEPULCHIRAL DOOM GRIM REAPER SOMBRIO

METAFÓRICO

MORT

SICK OF IT ALL SUICIDAL TENDENCIES DISTURBED PARANOID PIT OF ANGER

CRADLE OF FILTH SYSTEM OF A DOWN BLESS THE FALL ALL THAT REMAINS THINE EYES BLEED

MORTE AJUDA

POESIA

ERROS

FAULKNER

ORTOGRÁFICOS

REFERENCIAS

DIMMU BORGIR BORKNAGAR PANTERA SEPULTURA VOIVOD

ESTRANGEIRO TOTALMENTE ESTRANGEIRO

QUEENSRŸCHE

TREMA HELLOWEEN HELLBILLY HELLELUAH

FISICAMENTE IMPOSSÍVEL

INFERNO

TREMA TRIPLA

KORN LED ZEPPELIN DETH EYEHATEGOD

MÖTLEY CRÜE

SEM SE

TREMA DUPLA

MOTÖRHEAD BLUE ÖSTER CULT DËTHKLØK FETÜS


DROWNING POOL DEATH FROM ABOVE DEATH BY CHOCOLATE IRON MAIDEN SODOMY SLAYER BIOHAZARD

DRAGONFORCE THE SWORD FLESH CASTLE AGATHODAIMON WIZARD

HELLHAMMER LOKI ODIN’S BEARD VIKING CROWN

VIKING

MEDIEVAL LAMB OF GOD EXODUS TESTAMENT BABYLON EAKY STIGMATA SODOM

RAGNAROK ARMAGEDDON SIGN OF THE BEAST MEXICAN SANTA

REVELAÇÕES

BIBLÍCO FAITH NO MORE MINISTRY BLACK SABBATH JUDAS PRIEST CATHEDRAL SHOTGUN MESSIAH BLACK MASS

RTAL

RELIGIÃO

CRIPPLED LUCIFER SATAN’S LONELINESS SATAN’S BLIND DATE

SATANICO

MORBID ANGEL DEATH ANGEL DARK ANGEL ANGEL QUEEF

ANJOS

SATAN’S AWKWARD GROPINGS SATAN’S CHILD

BAAL’S BALLS WICCAN GUIDANCE COUNSELOR HEATHEN TOMB

PAGÃ

METAL

ANIMAL

METALLICA METAL FORCE METAL CHURCH

REAL

IMAGINÁRIO

ENTIDO

MERCYFUL FATE DEF LEPPARD LAWNMOWER DETH ALCATRAZZ

RATT BUDGIE MANOWAR SCORPIONS BLACK WIDOW WOLFMOTHER

GOAT SNAKE THE CANCER BATS BEHEMOTH IRON BUTTERFLY WHITESNAKE WHITE LION

INSTINTO

FESTA ANIMAL

OZZT ANDREW W.K.

MASTODON

QUEENS OF THE STONE AGE



L

ight This City é uma banda de São Francisco, Califónia e foi formada em 2002. Depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 foi lançado seu primeiro albúm entitulado The Hero Circle, em reflexão a tais atentados. A banda assinou com o selo Prosthetic Records, que lançou seu segundo album Remains Of The Gods, em 2005, depois de muito trabalho e dedicação eles lançam seu debut album Facing the Thousand destacando as faixas Exile e The Unwelcome Savior . No ano de 2008 eles lançam seu último album entitulado Stormchaser. www.myspace.com/lightthiscity

O

Viking Metal é um sub-gênero do Black Metal com influências de Mitologia Nórdica. Muitos confundem o Viking Metal com o Folk Metal, porém nota-se que no Viking Metal normalmente o vocal é gutural e a música mais rápida e pesada. Ja no Folk Metal as músicas são mais agitadas e mais alegres. A maior influência musical do Viking Metal é o Black metal, ja que muitas exaltam o paganismo e desprezam o cristianismo em suas letras, o que é muito comum no Viking Metal. O que foi diferenciando foi o fato do Viking Metal usar constantemente essa temática, fatos históricos da cultura Escandinava e instrumentos folclóricos Europeus (como a Gaita-de-Foles por exemplo). Exemplos de bandas de Viking Metal: Thyrfing, Myrkgrav, Finsterforst, Enslaved, Mithotyn.


A ESP Guitars acrescentou 2 novas sérias assinaturas ás suas marcas: a DJ-600 de Dan Jacobs e a MT-600 de Travis Miguel, ambos guitarristas da banda Atreyu. A LTD DJ-600 é um modelo de Dan Jacobs. Ela caracteriza uma agressiva forma angular de Mogno com um acabamento Snow White com gotas de sangue.

“Dan e Travis são membros da familia ESP” diz Allen Steelgrave, diretor de Marketing da ESP e Relações Artistica. “Eles adoraram as guitarras e vierem apoiar desde do primeiro dia, nós estamos felizes por ter a oportunidade de criar essas guitarras para eles.”

ESP DJ-600V Os outros atores dessa diferente dança, costumam ao mesmo tempo, simultaneamente pular sobre outras, realizando um tumulto desorganizado chamado de stage dive. Em algumas vezes, os mosheiros andam sobre a cabeça dos outros, realizando o tão clamado head walk. O objetivo se torna simples, tentar alcançar a outra ponta do formigueiro.

Por muitos ainda desconhecido, o mosh pit é uma dança caracterizada por saltos, passos malucos, giradas de braços e chutes no ar seguindo o ritmo da música. Normalmente as grandes rodas de mosh pit acontecem ao som do bom e velho hardcore, mais também estão presentes em todos os tipos de subgêneros musicais, como metalcore, deathcore entre outros. Eles aparecem com mais evidência em momentos específicos da música, como em breakdowns ou partes mais cavalgadas. Nas partes mais rápidas, no lugar do mosh pit fica o circle pit, grande roda formada por pessoas correndo nas bordas do círculo.

Como se não bastasse essa quantia vasta de manobras, ainda são realizadas diferentes formas de pulos, como pular dando cambalhotas, abrindo os braços, se jogando, de costas, e entre outras. Quão mais perfeita a manobra ou o passo é, mais lindamente fica a posição do guerreiro dançarino. Resumindo? É uma dança típica de um típico som pesado, agressiva e rítmica. O que você está esperando? Go to the mosh!


KISS SÃO PAULO (O Lugar? São Paulo - Brasil. O Dia? 07/04/09. A paixão? Rock’n’Roll e a Banda? Kiss.

Dez anos após a última aparição no Brasil, com a turnê Psycho Circus, os cavaleiros mascarados voltam para as terras tupiniquins, dessa vez com a turnê Kiss Alive 35, turnê que comemora o aniversário de lançamento do primeiro registro ao vivo da banda, intitulado “Alive!”. A noite começou com a banda paulistana de Heavy Metal Dr. Sin, e às 21:30 a espera finalmente terminou, e por quase duas horas de puro rock’n’roll e pirotecnias todos ali deixaram de lado suas religiões, classes sociais, idades e etnias, e se uniram a favor de uma única paixão. O show contou com todos os clássicos da banda, como “Rock’n’Roll All Nite”, “Detroit Rock City”, “Deuce”, “Strutter”, “I Was Made For Loving You” etc, e também com a já conhecida performance

de Paul Stanley e Gene Simmons, com direito a cuspir fogo, vomitar sangue, voar sobre o palco e até mesmo para uma plataforma localizada no centro da platéia, para o fã poder sentir de perto a energia de seu ídolo. É certo que depois do show todos voltaram para suas vidas normais, mas também é certo afirmar que todos saíram desse show com algo a mais no coração, com uma energia e uma memória que o tempo jamais poderá apagar.


01. Como a banda se conheceu e quem se influenciou 06. Como foi dividir o palco num show com o Sepultura por qual banda para vocês conseguirem fazer um som tão e o Slipknot? complexo? Nós não podemos negar que todos integrantes sempre A banda foi formada em 97 pelo Shark e eu na calçada de fomos influenciados por eles, tanto o Sepultura quando frente ao Bar Skina 10 em Guarulhos, ele e eu tínhamos o Slipknot sempre foram uma referência pra nós e é semuma “pseudo” rincha entre as duas turmas distintas que pre gratificante estar ao lado dessas bandas e ainda mais andávamos. Um falava mal do outro e as fofocas corriam dividindo um palco com eles de “igual pra igual”. É óbvios entre eles. Então na cabeça dele eu não gostava dele ou que somos nada perto deles mas nos sentimos MUITO não ia com a cara dele e ele vice e versa e numa ocasião pot estarmos ali, hehehe! ele tomou a liberdade de vir me propor que montássemos uma banda juntos eu aceitei e começamos o Chipset 07. Como foi abrir um show internacional para os caras do Mortification? Banda de White Metal totalmente Zero. ‘nada a ver’ com o som de vocês? 02. Por terem influências diversificadas e únicas, vocês fazem um som super original com base de new metal, indus- Cara pra gente foi incrível tocar num evento “gospel” e trial metal, etc. Concordam? com uma banda lendária do estilo, como o Mortification em outro país (Argentina, 2001) foi muito legal a receptiAcho que sim, na verdade todo mundo sempre da seu pi- vidade que tivemos do público em geral. taco na banda! Temos alguma base mas no meio disso, sempre rola muita influências de diversas partes, por isso 08. Acham que o som de vocês é muito influente para talvez acho que parecemos com muitas coisas e ao mes- bandas que pretendem fazer um som polirrítmico? mo tempo não parecemos com nada!!! hehe. Esperamos que sim. Acho que já devemos influenciar a 03. Por que o nome Chipset Zero? Teria algo a ver com galera mais nova na cena, e isso pra gente é muito legal. placas-mãe? 09. Como seria tocar com bandas como Meshuggah, MiNa verdade sim e não. Sim porque chipset é o nome dos nistry ou Deftones que os influenciaram, numa turnê inco-processadores que auxiliam os processadores centrais ternacional? Acham que um dia isso poderia acontecer? dos pc´s. E não porque na verdade o nome Chipset Zero é algo subjetivo, uma junção de idéias pra que vc se sinta Seria só mais uma parte do nosso sonho a ser conquistado, achamos que tudo é possível, basta você querer avontade para decifra-la conforme a sua brisa. e correr atrás daquilo que você faz e gosta!!! Acho que 04. Qual é a abordagem lírica no som de vocês? esse é o segredo. As letras falam sobre diversos assuntos, problemas sociais experiências pessoais, temas atuais, enfim diversos temas. Não somos presos a um padrão. Falamos bastante sobre o homem e a tecnologia.

10. Por vocês disponibilizarem os seus 2 álbuns para download na internet, acham que todas as novas bandas deveriam utilizar do mesmo recurso, e não somente liberarem ‘metade do EP/CD’ em sites como Orkut, Myspace?

05. Como foi o início da banda antes do reconhecimento na cena underground nacional? De qualquer jeito o álbum não acaba caindo na internet? Por que ser idiota e não disponibilizá-lo nós mesmo? Foi Sempre ter banda é complicado, tocar em lugares toscos e isso que pensamos e fizemos! tals. Mas posso dizer que o Chipset Zero teve sempre uma ascensão muito legal. E sempre conseguimos arrastar e conquistar vários fãs da nossa música. Sempre temos um longo caminho a percorrer quando se tem uma banda de rock pesado no país do Samba e Carnaval, é um “remar” contra a maré sempre!



01. Em primeiro lugar, como a banda começou? Onde vocês se conheceram, conte-nos tudo sobre a formação.

Em menos de vinte minutos, um tratdo niilista e apocalíptico que só o grindcore pode oferecer. Vá lá: se voce é minimamente antenado com o tal do novo rock tão em voga por ai, já deve ter sentindo a fedentina de um eterno retorno a bandas de década de 1980 (sempre muito superiores), um oba-oba infinito e frivolo e a divulgação de um estilo de vida e estética no qual a juventude do planeta clama por slogans vazios e rezam segundo a cartilho da moda do momento. Certo? Pois é, o grindcore é desde sempre a resposta desesperançada a tudo isso. Ninguém se orgulha numa festa descolada de ouvir grindcore, ninguém escuta esse tipo de música se quer ser cool. Grindcore é música papo-reto. É violenta, rápida, suja e essimista. “O controle da maioria. A sociedade que não se transforma. A moral e os segmentos. O desfruto da vida contemporanea. A verdade, os padrões... O que eles realmente querem é induzir o modo de pensar o que as instituições querem que elas pensem” (dois pontos uma solução). Precisa ser mais direto? E isso que o D.E.R. oferece: uma visão desapaixonada do que o mundo moderno pode nos oferecer, embalados por leras sagazes, riffs que não devem nada a um Napalm Death, baixo e bateria mantendo o desconfortona melhor tradição Fear Of God, devidamente embalados numa produção esmerada e moderna.

Começamos em 1998 no extremo da zona sul de São Paulo. A primeira formação ocorreu após um projeto social que fazíamos parte, tivemos vontade de montar uma banda para tocar punk rock dai semanas depois comprei uma bateria de lata e começamos a ensaiar na minha casa. Logo quando começamos o Renato (guitarra) entrou e outro guitarrista saiu, fizemos nosso primeiro show em cima de um caminhão no parque santo antonio. Depois tivemos várias mudanças na formação, onde eu (Thiago) passei da bateria para o vocal. A última mudança na formação ocorreu em 2000 quando o Barata entra na bateria. 02. De onde surgiu o nome D.E.R.? Surgiu do nome antigo da banda que era “Desordem e Regresso”... feio demais. 03. O que vocês acham da cena atual do Grindcore e dos outros generos que estão por ai? Cena selvagem né! As melhores bandas de Grind do mundo estão no Brasil. O grindcore aqui ainda é bem marginalizado mas cada dia que passa a coisa melhora. 04. Aqui vai uma pergunta clássica de entrevista: Quais são suas principais influências? Adoro essa pergunta! Basicamente: Napalm Death, Carcass, Rot, Assuck, Discharge, Cannibal Corpse, Brutal Truth, Morbid Angel e Abuso Sonoro. 05. Na cena underground, a aceitação do publico é valorosa para vocês? Sim e não, não tocamos para agradar ninguém, quem gosta, gosta. Fazemos esse tipo de música mais pra gente do que para os outros. Por outro lado é bom ver pessoas com a camiseta da sua banda na rua ou cantando sua música nos shows. 06. O que mais marcou para vocês nos shows? A invasão do palco em show que tocamos no Jabaquara em 2003 (?) quando no mínimo 100 pessoas correram do fundo do galpão até o palco, atropelando todo mundo. E quando eu piso em pessoas sem querer no show.Ahhh sem contar a chuva de sangue quando um cara se cortou no show, tinha sangue até nos pratos da bateria. 07. Qual era o principal objetivo da banda? Fama, dinheiro, lazer? Nos fale um pouco sobre isso. Gravar e tocar, sem essa história de fama e dinheiro, isso não existe aqui. Não tratamos a música como negócio pra isso que temos emprego. 08. Como está a agenda de vocês? Vocês ja tocaram fora do Brasil? Se sim como foi a experiência? Por enquanto estamos finalizando um novo material que será um split com a banda Aberrant dos EUA. Ainda não tocamos fora do Brasil por achar que não é hora da gente ir. 09. O gosto musical de vocês pela música mudou desde a formação da banda? Sim, com certeza mas quanto mais velho você fica mais você volta as origens. Hoje você pode se achar muito extremo ouvindo merdas como


Quando a esperança desaba, D.E.R. rá lá para trazê-la de volta.

esta-

Direto de São Paulo, eles trazem um Grind de altíssima qualidade.

Carnifex mas quando você envelhecer vai ver o que é legal e real mesmo são os Ramones. 10. Como você enxerga a carreira da banda até agora? Quais são suas ambições para o futuro? Apesar de ter começado a tocar em 1998 ainda sentimos que somos novos e temos muitas coisas para aprender. Somos uma banda meia inquieta, gostamos de aprender novas técnicas de criar nossos próprios desafios. O futuro é lançar discos , tocar e acabar com dignidade 11. Qual o tema principal das letras de vocês? Morte e baixa auto-estima. 12. Conte-nos um pouco da trajetória da banda até agora. Até o momento não fizemos merda nenhuma. Vamos ver até quando isso vai durar. 13. Sobre os shows, como o publico vem recebendo as suas músicas ao vivo? Bom, eles saem do show suados e machucados, com cara de acabados e fazem caretas quando estamos cantando... então acho que eles recebem bem.


01. De onde vieram suas influências musicais?

Com certeza! Mas sempre vão rolar aqueles comentários de pessoas que não possuem um conhecimento de musiNossas influencias são bem variadas, mas resumida- ca e só escutam o genérico: a o som de vocês parece tal mente é : Between the Buried and Me, Dream Thea- banda e bla bla bla. ter, Misery Signals, The Human Abstract, Every Time I Die e Pantera. 04. Na faixa “Prelúdio ao Fim” tem um acompanhamento “orquestral” à partir dos 3 minutos (com alguns elemen02. Como vocês se conheceram, e qual era a ide- tos disto). Gostaria de saber quem foi o responsável por ologia que vocês tinham em relação à música para isso. Já que na informação de line-up no Myspace não é informado. poder montar uma banda? Tudo começo quando eu (Meduza), Cesar e o Beto fizemos um ensaio com uns amigos em comum só por lazer, minha antiga banda estava sem baterista ai vi o gordinho tocando e pensei: é esse maluco que falta pra completar a parada. Com o sexteto montado nossa ideologia era fazer um som que nos agrade... e continua assim até hoje.

Agente sempre quis colocar essa “orquestra” na Prelúdio ao Fim, ai durante a gravação nos juntamos na casa do Cesar e o Leo mostro os arranjos que ele fez. Levamos ao estúdio e rolo uns problemas locos de nanotecnologia (risos) ai num rolo. Mostramos a idéia para o Filipe Pampuri do estúdio C4 e ele fez toda parte orquestral em cima da nossa idéia.

03. Vocês acham que por terem pegadas mais pro- 05. O que vocês acham de bandas que buscam um estilo gressivas e melódicas, o som se destaca em relação próprio? à maioria de bandas genéricas que vemos hoje em O BASICO! Se é pra fazer som igual a de outra banda nem dia? comece a tocar (risos).


06. Que tipo de sentimentos vocês expressam e que bem produzido. Vocês já tem novas composições prontas? sentimentos vocês acham que as pessoas sentem Com certeza! Temos musicas novas ai no forno que logo ouvindo o som de vocês? menos vamos gravar! A gente tenta passar uma parada de superação, um 09. Por que as citações satíricas não-musicais em “semepouco de rancor e etc. lhantes” no Myspace? Isso foi algum modo de tirar alguns 07. Por que o nome Manshuria? Tem a ver com algum sorrisos e gargalhadas dos visitantes da página? Ou é apefato ou acontecimento real na vida de vocês ou é nas por que realmente aquelas citações fazem parte de apenas um nome sorteado, ou tirado de alguma das toda uma influência que se desenvolveu desde a infância, adolescência e atualmente sejam nos jogos, cinema, litementes de vocês? ratura, etc. ? O Manshuria veio de um ensaio que fizemos de madrugada, da meia noite as 6 de manhã! Todos cansa- O Manshuria é aquelas citações satíricas (risos). A intenção dos e aditivados com coca-cola, um amigo nosso es- é mostrar que sempre vai ter o feio e o bonito, o fraco e o tava lá acompanhando, e ele estava com problemas forte e sim tirar alguns risos da galera ai da internet. estomacais e solto aquele peido! Daí o Beto falo: caralho maluco o que foi que você comeu? Manshu- 10. Vocês fazem shows com apenas essas 3 músicas de estúdio, ou tocam covers de bandas que os influenciam? Se ria? Chorume? Carniça? sim, quais? Ai um olho pra cara do outro e falamos: Ta ai o nome da banda! Só tocamos musicas próprias e um trecho de I’m Broken do Pantera pra dar uma quebra no show e mostrar que o 08. Apesar do EP ter apenas 3 músicas, foi muito metal continua vivo (risos).



01. Gostaria de saber de onde vieram as suas influências musicais. Olha, eu particularmente curto desde HC a Thash, mas na verdade gosto de música boa assim como todos da banda, em relação aos caras acredito que nosso gosto musical é bem parecido. 02. Por que o nome ‘Eternal Crossing’, vem de alguma experiência da vida de vocês? Não tem nada em especial não, o fato foi que pensamos em várias coisas e entre elas o sonho e pensamento de estarmos um dia quem sabe onde os artistas que a gente gosta estão. Daí o nome o nome Eternal Crossing (Cruzada Eterna). Horizontes a serem alcançados (a idéia era essa) tipo uma alto afirmação mesmo. 03. Qual a abordagem lírica no som de vocês? E se por acaso veio de alguma experiência própria. Falamos muito sobre os problemas que a humanidade causa pro mundo e pra ela mesma, sobre sofrimento e tudo que envolve a situação que nós estamos hoje... É um tema legal de falar e nossa inspiração vem de nossa vivencia no dia-a-dia. 04. Como vai a agenda de shows da banda? Como é a presença de palco na banda nos shows? E como é ter que utilizar um vocalista diferente do que canta no CD? Ótima graças a DEUS, voltamos já com a agenda bem cheia, em relação a presença acho que está muito boa, apesar do pouco tempo que estamos com essa nova formação, mas a cada show a melhora é percebida. O Bob é um menino de muito talento, é praticamente o 1º trabalho dele a frente uma banda, mas o garoto já mostra bastante interatividade. 05. Acham que a cena do Hardcore Brasileiro se sente mais satisfeita, ouvindo o trabalho tão bom de vocês, mesclando Hardcore/Metal com uma extraordinária pegada Hardcore? Hehe, a gente espera que sim, foi um trabalho feito com muito esforço e sacrifícios que só a gente sabe. Acho que com a maior humildade do mundo a gente pode dizer que a cena e a gente nos sentimos satisfeitos sim, assim como o trabalho de muitas bandas fodaças de BH mesmo. Severa, Dilúvio, Colt.45, Lost Insight e por aí vai.

06. É verdade que houve a mudança do vocal à partir de depois desse último CD? Como foi o processo de seleção? Sim, sim,houve a mudança de vocal, aliás p/ser bem sincero a banda tinha chegado ao fundo do poço, mesmo após o lançamento do nosso CD que era tão sonhado por nós da banda. Felizmente após pensar muito muito mesmo e literalmente sofrer bastante, eu tentei a última cartada que era correr atrás de novos integrantes e que estivessem dispostos a pegar um trabalho já pronto e continuar a divulgando o mesmo.Graças a Deus consegui, encontrei outros 3 caras que hoje já posso dizer que são irmãos mesmo. Quando ao processo para achar o vocalista, foi igual aos demais membros, pela internet mesmo e indicações de amigos que tenho na cena. 07. Gostei da idéia de vocês liberarem o álbum na internet em HQ. Em relação à isso, achariam que seria uma boa idéia se outras bandas fizessem isso? Olha confesso que é ótimo porquê a galera baixa mesmo e é mais fácil o acesso ao trabalho. Mas que com certeza todos que estão no underground gostariam que o pessoal se interessasse mais pelo material físico é certeza. De qualquer forma é uma ótima divulgação e acho uma boa idéia sim. 08. Vocês planejam compor novas músicas para um possível novo CD ainda esse ano? Ou preferem fazer uma maior divulgação do CD atual? Já estamos até compondo, talvez a gente já grave esse ano sim. Mas lançar esse ano a gente ainda não tem certeza, pois ainda vamos divulgar bastante “Until The Last Drop”. 09. ‘Until The Last Drop’, por que esse nome para o álbum, qual o sentimento que vocês queriam expressar na arte do CD e todo o processo de gravação? Pra gente em especial foi o nome que resumiu tudo, todo o sofrimento, luta e alegria que sentimos ao longo de todo processo para finalizar esse CD. No geral mesmo “até a última gota” pode se dizer de sangue, sofrimento, caos, miséria e tudo que o ser humano vive. Queríamos de uma forma não tão direta, retratar isso também.


Logo após finalizar sua turnê sul-americana, conversamos com o guitarrista Phil Sgrosso sobre o que acharam dos shows no Brasil, a ausência de Jordan nos últimos shows da turnê e até sobre uma possível volta ao Brasil. 01. Esta foi sua primeira visita ao Brasil. O há muito do que os fãs gostam de ver. É sobre a história que vocês acharam do país e do público pre- da banda... o que fazíamos antes de nos juntar à banda, o início dela, e momentos chaves em nossa carreira. Há muita sente nos shows? coisa engraçada durante o caminha também. Eu amei o Brasil logo que desci do avião! Gostei muito da comida local e de conhecer os brasileiros 06. Ainda falando sobre lançamentos, para quando e seus costumes. Os fãs tinham muita energia du- podemos aguardar um novo álbum? rante o show, o que nos fez sentir em casa. Após a turnê com Lamb Of God, nós estaremos dedicando 02. Nos seus últimos shows, vocês trabalha- todo o nosso tempo em escrever e produzir um novo álbum. ram com Juntin Foley, baterista do Killswitch Se tudo der certo, estaremos em estúdio entre Outubro e Novembro desse ano. Engage. Como foi essa experiência? Estamos tão agradecidos de poder contar com o Justin nessa hora de necessidade. Ele aprendeu 15 músicas em 1 dia e tocou como um animal durante todos os outros shows após o Brasil. Foi uma experiência diferente tocar sem o Jordan, o Justin foi a ajuda que precisávamos, ainda mais sob essas circunstâncias. Ele é um ótimo amigo e também super divertido de se ter por perto.

07. Este seguirá o mesmo estilo desenvolvido pela banda em 2007?

03. Agora no mês de abril vocês voltarão a fazer shows, ao lado de bandas como Lamb of God, Children of Bodom, entre outras. Como é a sensação de fazer turnês com bandas tão diferentes e, ao mesmo tempo, tão importantes?

08. Após os recentes shows no Brasil, o público local já está eufórico para um próximo show. Vocês planejam voltar ao país em uma nova turnê?

É difícil de falar no momento qual nosso objetivo será, mas estaremos incorporando várias influências diferentes nas músicas para fazer um som bem eclético. A nossa assinatura sonora estará presente, mas nós evoluímos como músicos ao longo dos anos, então seremos capaz de muito mais.

Assim que lançarmos o novo album, sem dúvida que nós voltaremos. E espero que possamos fazer mais que apenas 2 shows no Brasil.

Estamos muito contentes em tocar com essas bandas! Cada banda traz consigo sua própria energia 09. Já tiveram a oportunidade de tocar com alguma para os shows, e eu sinto que o público não se banda brasileira? Se sim, qual? sentirá desapontado. Nós tivemos algumas bandas de abertura no Brasil, mas não consigo lembrar os nomes agora... Eles eram muito 04. Jordan já estará de volta á banda para simpáticos e sempre tiveram muito respeito com a gente. essa próxima turnê? Sim

10. Como foi a expriência de trabalhar com a Liberation Records?

05. Ainda no mesmo mês vocês lançarão um Nós tivemos muita sorte de ter o Marcos trabalhando com a DVD triplo. Qual foi o envolvimento da banda gente e ele realmente se importa em garantir nosso sucesso na produção desse DVD? na América do Sul. O DVD tem sido feito por mais de 5 anos, então


mais na página seguinte...

Versar sobre As I Lay Dying, hoje em dia, é versar sobre um dos maiores ícones do Metalcore mundial. Juntamente com bandas como Lamb of God, o As I Lay Dying fixou seu nome na cena devido a discos marcantes anteriores como Frail Words Collapse e Shadows are Security.A partir disso, vimos uma seqüência de desenvolvilmento e amadurecimento musical dos integrantes e produtores do AILD, o que se reproduziu bastante com o lançamento do disco An Ocean Between Us (2007). Tendo como base, letras marcantes, como não poderia deixar de ser, envolvendo a questão do livre arbítrio e todos os contextos sociais, “o que fazemos de nós”. O disco se inicia com Seperation, a bela introdução que chega a dar arrepios e segue pra uma pancadaria sem precedentes chamada Nothing Left, onde já se começa a perceber tudo sobre o que eu citei acima de desenvolvimento e amadurecimento dos integrantes: ótimos riffs, bases soladas e uma bateria super empolgante. A faixa que dá nome ao álbum, se torna a melhor música do disco, onde o refrão faz qualquer um cantar ou, no mínimo, cantarolar, por uma semana seguida. O disco têm diversos outros destaques que farão os fãs se deliciarem, como a pegada pesadíssima de Bury Us All, The Sound of Truth e a derradeira This is Who We Are que vêm como uma faixa cheia de melodias e termina com um solo muito bonito de piano, finalizando o álbum muito bem e fazendo com que o ouvinte se sinta no dever de escutar o disco novamente. Em resumo, posso afirmar com convicção que, An Ocean Between Us, é um dos discos que marcarão a história do Metalcore mundial.


11. Há alguma outra banda que vocês adi- 15. O que vocês acham da idéia de gravar um cover para miram e que gostariam de fazer um show o próximo álbum? juntos? Teria que ser a música certa. Eu gostaria de pegar uma músiIron Maiden. ca que não tivesse um elemento heavy, transformá-la e jogar a pegada AILD nela. Como uma música do Pink floyd ou Aeros12. Qual foi o fato mais estranho que já mith. Acho que funcionaria. aconteceu com vocês em uma turnê? Assista nosso DVD!

16. Tem algo que você gostaria dizer para os fãs brasileiros?

13. A banda já chegou a sofrer algum preconceito devido á religão dos integrantes? Obrigado pelo apoio, e nos vemos na próxima! Na verdade não. Assim que as pessoas nos conhecem, elas percebem que somos bem pé-nochão e que realmente nos importamos com os outros e que não nos sentimos superiores a ninguém por causa das diferenças. 14. Vocês já tocaram um cover de alguma banda ao vivo? Não, nenhum.



sua mensagem a todos que estavam lá. Após uma apresentação brutal e destruidora da banda, todos E acredito que não existam outras palavras já estavam preparados para a principal atração do para descrever como foi a apresentação da dia: As I Lay Dying. banda As I Lay Dying no dia 01 de Março, em São Bernardo do Campo/SP. A começar pelo “As I Lay Dying! As I Lay Dying!”… era unânime o lado de fora do Espaço Lux, local onde a banda ânimo de todos os presentes, e então ouve-se um se apresentou, podíamos ver a fila dando vol- playback da faixa de abertura do álbum An Ocean tas e voltas ao redor das ruas... quem chegava Between Us, “Separation”. O primeiro a entrar no um pouco atrasado já se assustava com o ta- palco foi o baterista, Jordan Mancino, em seguida manho da fila que se formava. Quem estava lá os guitarristas Nick Hipa e Phil Sgrosso, e o baixista não se importava com o tamanho da fila, pois a Josh Gilbert. Assim que a abertura acaba, a banda ansiedade para presenciar o show não deixava começa a tocar a música Nothing Left, e então o vocalista Tim Lambesis entra em palco, já agitando espaço para nenhuma outra sensação. a todos com o grito inicial da música. Em seguida, Com o público já dentro do Espaço Lux, anun- tocam mais uma faixa do mesmo álbum, “An Ocean cia-se o próximo show que será trazido pela Between Us”. Liberation: Hatebreed. Muitos gritam como uma comemoração, e, minutos depois, a ban- Tim agradece a todos os presentes por estarem lá, da Jeffrey Dahmer entra em palco para passar e dedica a próxima faixa aos velhos fãs da banda. Histórico. Mágico. Perfeito.


Quando a banda começa a tocar a música “Forever” um enorme Circle Pit se abre no meio do público e todos aproveitam ao máximo todos os breakdowns e agitos da música. Após isso, a banda segue seu show normalmente, mesclando perfeitamente as melhores faixas de todos os álbuns, desde o Frail Worlds Collapse até o mais recente An Ocean Between Us. Ao tocar um playback da música “Departed” a banda se retira do palco, para então voltar com a música “94 Hours”, uma das melhores de toda a apresentação, e encerrar o show com “Confined”. A banda se mostrou extremamente competente ao executar suas músicas com perfeição, e com um som limpo e muito nítido, muito parecido com o que se ouve em albuns de estúdio. Era muito comum ouvir as pessoas falando “o melhor show da minha vida!” na saída do local. Definitivamente um

show difícil de ser superado e impossível de ser esquecido! Setlist: 01. Separation (Sampler) 02. Nothing Left 03. An Ocean Between Us 04. Forever 05. Through Struggle 06. Within Destruction 07. Forsaken 08. The Darkest Nights 09. Distance is Darkness 10. Meaning in Tragedy 11. I Never Wanted 12. The Sound of Truth 13.Departed (Sampler) 14. 94 Hours 15 Confined


Seguido da mais nova geração de Metalcore do estado de São Paulo, a Six Seconds conversa com a banda Sharks At Abyss, sobre a banda e o seu novo disco. Confira!


01. Por serem influenciados por AILD, e alguns de vocês (ou todos) te- Nós fazemos o que temos vontade, não queremos copiar ninrem assistido ao show, acham que conseguiram absorver a presença de guém, nem nos rotular, queremos fazer algo único e nosso. Vocal palco deles? Acham que eles influenciarão a banda mais ainda? E como melódico é muito bom, porém, na música certa. foi a experiência de ter visto o AILD de cara-a-cara? 09. Por que não existe nenhum vestígio em lugar algum sobre o Todos nós fomos ao show,e foi do caralho! nome antigo da banda? É uma forma de esquecer o passado? Os caras tocam demais mesmo,e absorvemos muita coisa sim, podemos dizer que todos shows bons que vemos nós absorvemos ao máximo, des- Não, o passado foi o que fez nós sermos o que somos hoje, não de as caretas até as coisas mais absurdas que fazem no palco. Bem, in- temos vergonha do passado, é que a banda mudou tanto que fluenciaram sim!Saímos de lá mais empolgados do que nunca pra gravar acabamos realmente deixando de lado. nosso cd logo! (risos) Foi o melhor show que já vimos hahaha,os caras são um absurdo no palco,sem comparação com todas as bandas que já 10. Como é a troca de experiências ao fazer shows junto com vimos! Ver eles cara-a-cara e ainda receber os autógrafos e falar algu- bandas semelhantes que também são da mesma região de vomas coisas foi muito foda também, além de grandes músicos são humil- cês? E nas demais regiões, vocês já fizeram algum show fora des, não é apenas no palco que se aprende. de SP? 02. Como vocês se conheceram? Quando? E qual era o objetivo nessa Gostamos muito de tocar com qualquer banda, independente do época? Ainda estão tentando chegar nesse objetivo? estilo de som, queremos conhecer novas pessoas, trocar experiências. Fora do estado de São Paulo ainda não, mas já fizemos Nos conhecemos faz há uns 6 anos atrás, morávamos próximos um do shows em Limeira, um lugar muito especial para nós, o pessoal outro e estudávamos no mesmo colégio, apenas o Caio, que foi o Gabriel de lá é foda, podemos dizer que os shows que fizemos lá foram quem conheceu ele e não faz nem 2 anos ainda! Não tínhamos objeti- MUITO bons. vos, éramos uns “nada” (risos), só queríamos zuar e nada de trabalhar. Hoje as coisas estão bem diferentes, milhares de responsabilidades e 11. Qual reação vocês acham que o público terá em relação ao trabalhos,inclusive mais na banda do que em nossas próprias vidas, claro lançamento de um possível CD ainda nesse ano? que também temos nosso tempo de zuera! haha. Esperamos que seja das melhores, estamos investindo bastante 03. Qual era o nome antigo da banda? E por que mudaram de nome? nesse nosso trabalho, bastante mesmo, se tudo correr bem o CD sairá esse ano. It Arrives Of Lies. Mudamos porque nós odiávamos esse nome. E também porque a pronuncia estava incorreta, nem o google achou uma solução 12. O que vocês acha da explosão atômica-nuclear de bandas para esse nome. (risos). de Deathcore/Metalcore principalmente em SP? 04. Conseguiriam explicar o por que da escolha do nome “Sharks At Bem, quanto mais gente apoiando a cena, mais ela se amplia e Abyss”? dá valor as bandas do gênero, que é uma coisa muito difícil aqui no Brasil. Somos de 2007, essa explosão começou a rolar com Por ser diferente,mas esse nome surgiu do nada! Em uma conversa na mais freqüência no fim de 2008 por ai, e isso tem sido ótimo, é internet em que falávamos nada com nada. muito bom ver bandas novas aparecendo, não achamos isso uma moda muito pelo contrário é bom para a cena e quanto mais 05. Nos shows vocês tocam as músicas atuais com o nome “Sharks At crescer melhor será, só que tem que rolar mais respeito. Abyss” e/ou aquelas com o antigo nome? Ou tocam covers do As I Lay Dying, por exemplo? Só músicas atuais da SHARKS, e tocamos covers de As I Lay Dying, Suicide Silence, Bring Me The Horizon, hahaha muitos. 06. Vocês já tem músicas prontas suficientes para o lançamento de um EP ou CD? Ou ainda estão compondo para chegar à um número de músicas suficientes? Já estamos com todas as músicas prontas para o CD, que inclusive já está sendo gravado. 07. Qual é abordagem lírica no som de vocês? A maioria trata do nosso cotidiano,nossos momentos de raiva,infelicidad e,felicidade,esperança,amor,desprezo e massacre (risos). 08. Por que vocês não investem no vocal melódico simultaneamente com o gutural? Acham que soaria muito melódico para o som de vocês?

Radicados em São Paulo, mostra uma proposta inicial de um metalcore bastante influenciado pelo maravilhoso As I Lay Dying. O lançamento da demo foi feito meio que às pressas, o que não comprometeu em nada o trabalho desse quinteto paulista. A faixa de abertura Bad Souvenirs of a Shady Past é uma completa violência e faz com que imaginemos a música ao vivo. A desenvoltura do baterista Bruno é invejável, alternando momentos mais fortes com passagens mais cadenciadas, fazendo com que a música seja bastante imprevisível e surpreenda quando revelada. De cara é a melhor faixa dessa demo. Nothing Is Like before, vem com riffs bem alternados e palhetadas poderosas, sendo uma ótima faixa para se bangear, o defeito fica por conta da gravação, que não é a mesma de Bad Souvenirs of a Shady Past e deixa um pouco a desejar. O disco se finaliza com a faixa Through My Promisse, que é repleta de breakdowns e passagens mais melodiosas, sem perder o conceito de pancadaria dos paulistas. Sharks At Abyss é um dos nomes promissores do Metalcore nacional. Torçamos por novas composições. E que a seriedade no trabalho seja sempre marca registrada da banda.


01. Quais as suas principais influências musicais?

03. Como acham que o som de vocês pode influenciar outras bandas na cena New Metal / 05. Vocês acham que em me Ouvimos de tudo um pouco e procuramos mesclar o que gos- Alternativo aos seus conterrâneos e no resto ses após o lançamento do EP, “sucesso” na cena undergro tamos, transformando todas as nossas influências num som do país? gravadora teria interesse em homogêneo. Ficaria difícil citar nomes de bandas que nos influenciaram porque seriam muitas, mas temos raízes nas Seria um privilégio saber que alguém se inspi- contrato com a banda? mais variadas vertentes do Rock, até mesmo o Pop/MPB. rou em nossas composições. Dessa forma, a cena alternativa tomaria cada vez mais forma, Ainda não fomos contactados 02. Nas letras das suas músicas, vocês expressam todo um fortalecendo a identidade nacional. Somos um gravadora ou selo. Caso sejam mos a possibilidade de trabalh sentimento de insatisfação com o mundo atual. O que vo- exemplo de banda com influências daqui. para a gravação do nosso próx cês acham que as pessoas e o sistema deveria fazer para melhorá-lo? 04. Por quê o nome “Ponto Nulo No Céu”? Foi um nome tirado assim... do céu? Ou vocês ti- 06. Como vocês se conhecera Primeiramente cada pessoa deveria começar a mudança nham outras opções de nomes para a banda? vocês tiraram uma conclusão riam formar uma banda? por si mesma, renovando-se e buscando sempre o aprimoramento do seu “eu”. Essa “pequena” mudança poderia re- O nome “Ponto Nulo no Céu” foi criado pela banfletir em todo o seu redor, fazendo uma enorme diferença a da de uma forma pensada, com todo um sentido Vinícius: Eu, Henrique (irmão situação atual. por trás dele. “Ponto Nulo” passa a idéia de um mos juntos desde que tínham lugar utópico e incomum na mente de cada um damente 12 anos. Desde en de nós, e “no Céu”, remete a nós, um lugar bom, algumas outras bandas, assim de harmonia. É bom lembrar que deixamos isso Nós quatro sempre fomos gr livre para cada pessoa poder interpretar da for- até que um dia percebemos u ção enorme tratando-se de g ma que mais lhe convém.


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Assim, a vontade de fazer um som próprio nos uniu e formamos a Ponto Nulo no Céu. 07. Por ser uma banda com letras em português, acham que poderiam desencadear um número maior de bandas brasileiras que cantem nesse nosso idioma tão rico em palavras? Com certeza. Como já falamos na entrevista, essa é uma forma de estar valorizando o nosso idioma, e consequentemente, fortalecendo a cena underground nacional. 08. Como foi o processo de gravação do EP? Quero dizer... foi difícil de ser produzido, ou vocês já tinham toda uma estrutura preparada desde a composição das letras? Foi gravado em um estúdio independente ou em um estúdio pago? As composições já estavam finalizadas, no entanto, algumas pequenas mudanças foram feitas no decorrer das gravações. O E.P. foi gravado no Estúdio Daufembach, situado na cidade de Criciúma – SC. 09. Vocês acharam bom que o EP só foi divulgado completamente na internet à partir de Fevereiro, enquanto o lançamento à venda foi em Dezembro? Acham que essa pessoa respeitou a banda e deixou o EP de “molho” por 3 ou 4 meses para a banda arrecadar fundos das vendas das encomendas e esperou um tempo premeditado para a divulgação grátis? Já tínhamos a idéia de liberar para download o EP, de qualquer maneira seria inevitável que isso acontecesse. Hoje, disponibilizamos o E.P. para download, pois essa é também uma forma de divulgar o material da banda com maior facilidade. 10. Além da própria banda, existe um apoio moral familiar ou de qualquer outra espécie desde o início da banda? Quero dizer, o apoio moral é muito importante para a idealização e concretização de um projeto. É o mesmo que “dar uma mão”. Vocês tiveram um apoio assim e/ou continuam tendo ao longo da carreira? Desde o início sempre tivemos um forte apoio da família e principalmente dos amigos. Existem pessoas que acompanham todos os shows e ficamos muito gratos a isso. Eles nos deram muita força que nos levou a ir em busca dos nossos sonhos.

Ponto Nulo No Céu Ciclo Interminável

Com uma sensibilidade musical incrível e digna de ser aclamada pela crítica nacional não só em momentos obscuros como o atual em que a plasticidade se encontra no auge dos grandes centros e cenas de modas não parecem ter mais fim, PONTO NULO NO CÉU vem para trazer esperança. Talvez não com novas tendências, mas com uma plausível originalidade em seu primeiro registro oficial intitulado CICLO INTERMINÁVEL. Seria injusto por minha parte dizer que o play que conta com seis faixas embora a sua abertura seja apenas um tema mais experimental executado na guitarra não emociona, as linhas de voz cantadas divinamente por Dijjy elevam o ser em níveis de sublimidade conhecidos apenas por aqueles que realmente se deixam envolver pelo ensino fundamental da arte, assim também não menos se mostram Vinícius (Guitarra), Henrique (Baixo) e Júlio (Bateria) que tendo em mãos uma gravação extremamente consistente esbanjam alto domínio técnico em seus respectivos instrumentos e mostram que esse projeto recém-nascido ainda tem muito para mostrar. O E.P. conta com pouco mais de 22 min de um som que fará você questionar sua consciência sobre rótulos que conheça... Arriscaria em um new metal um pouco mais agressivo, mas minha opinião neste caso seria de mera importância, pois onde há música de qualidade, meus tímpanos estarão vibrando. Excelente!

12. O que vocês acham da cena underground nacional?

11. Gostaria de saber qual é o álbum preferido de cada integrante da banda, e qual é o valor sentimen- Acreditamos que ainda há muita coisa errada como a insuficiente valorização das bandas de som próprio nacionais, cota de ingressos, falta tal do mesmo. de apoio (...) entre outras coisas. É claro que nem tudo está perdido, Fica realmente impossível citar o álbum preferido de existem muitas bandas e pessoas envolvidas com música que, assim cada integrante porque são muitos, mas vamos citar como nós, querem ver o underground ser mais valorizado. Nota-se em vários festivais de hoje a mistura entra as bandas de som próprio e alguns que gostamos bastante. cover. É “interessante” ver que tem muita gente abandonando o cover e valorizando o que é nosso. A Ponto Nulo no Céu nasceu também Dijjy: Sunk Loto - Between Birth And Death (2003) com o objetivo de contribuir para o fortalecimento da cena underHenrique: Tool - Lateralus (2001) ground e assim, não esperamos apenas mudança, esperamos fazer Vinícius: Nonpoint - To the pain (2005) parte dessa mudança. Júlio: The Butterfly Effect - Begins Here (2003)


Jeffrey Dahmer

Eternal Crossing

Brutal. Visceral. Extremo. Sou franco em dizer que nem com todos os adjetivos, até apelando para os que muitos classificariam como de “baixo escalão”, eu conseguiria expressar o que os inúmeros compassos quinários e contra-tempos me fazem sentir e pensar a respeito do som desta banda formada entre 2004 e 2005 por integrantes e ex-integrantes de bandas como Are You God?, Hutt e Presto?. O seu nome? Jeffrey Dahmer. O tal quinteto paulista formado por Nelson Junior (vocal), Hélio Siqueira (vocal), Rodrigo Hiro (bateria), Rodrigo Buitoni (baixo) e Sergio Hernandes (guitarra), acaba de lançar neste dia 06/10 seu primeiro registro oficial, o EP AURORA que com 5 faixas destruidoras ao ponto de ser um dos discos mais pesados e audaciosos do ano contendo em seus 17 min elementos que irão incomodar com muito carinho e competência ouvidos despreparados e conformados, posso afirmar: o trabalho não segue regras ou títulos reflexos de quaisquer gêneros que possam ser levados em consideração na discussão de maneira leviana, é algo profundo que beira muitas praias e cria oceanos de novas sensações distantes do pop e próximas das náuseas. Recheado de estruturas rítmicas não convencionais e trítonos com muito bom gosto, no geral, o play flutua entre o Grind/Death/ Math, que de tão bem executados farão você rever seus conceitos sobre o “8 ou o 80”. Destaque para o timbre e técnica de Sergio Hernandes nas 7 cordas.

Um dos plays mais diversificados do metal underground nacional que já tive a chance de ouvir, Until The Last Drop da banda mineira Eternal Crossing que desde 2004 vem buscando o seu espaço no meio, deve ser degustado sem pressa. Para aqueles que buscam bandas modernas que não sigam rótulos fechados em subgêneros e sim que mesclem suas inúmeras influências apenas contando com a intenção geral do grupo de fazer, por exemplo, um som pesado, o registro é a pedida certa. Com faixas como Wings, que aos 2 min 13s transformam uma máquina moedora na mais profunda elevação do ser, beirando até o experimental inglês Placebo, em uma linda linha melódica vocal apoiada em texturas que somente Stratos são capazes de criar, ou mesmo em When I Crawl, algo em torno de The Darkest Nights e tantas outras aparências e sabores que possam existir no trabalho como o metalcore, o New Metal (Destaque para as belas frases de vocal cantando), e o Hard Rock, Alex (Voz), Peter (Guitarra), Hugo (Baixo) e Sergio (Bateria) mostram que sabem onde querem chegar, mas creio que muitos que ouvirem o 1º álbum da equipe irão querer ouvir um 2º registro para formar realmente uma opinião sobre a “personalidade” da mesma. Em termos técnicos, o título peca em algumas partes de complexas mudanças de andamentos que acabam realmente exigindo maior concentração do tutti e em timbragens específicos.

Aurora

Ivoryline

“There Came A Lion“ www.myspace.com/ivoryline

Exilia

“My Own Army“ www.myspace.com/exilia

Until The Last Drop


Judas O Outro Judas O Outro

O conhecido ex-baterista e fundador do Oficina G3, Walter Lopes, junto com Anselmo Santos (vocal), Dalte (baixo), Felipe Machado e Ivan Alatxeve (guitarras) formam o Judas O Outro. Uma banda de qualidade na cena new metal nacional, que se difere das demais por ter um ar gospel. Judas o Outro é uma banda que tem uma base new metaleira que combina com outras tendências modernas do rock alternativo. No seu CD homônimo mostra um som pesado, mas traz melodias limpas, bem compostas e que grudam na cabeça. O par de guitarras traz riffs com pegada e alguns solos curtos. As letras chamam a atenção por focar nos problemas sociais que envolvem nosso cotidiano e buscar uma salvação para eles na fé, embora não haja uma direção religiosa específica. O peso da banda muitas vezes me faz esquecer que há uma mensagem de fé por trás das músicas, diferentemente do que fazia o Rodox. E isso pode agradar aqueles que não gostam de músicas com esse tipo de mensagem. Nada de discurso religioso, a música impera. O trabalho é coeso e todas as músicas estão num mesmo nível. Se destacam um pouco mais: Fobia, que tem uma letra criativa; Paz, que combina versos em rap e crítica social; e Lembranças. Esta é a melhor música do álbum. Fala de recordações e remete ao passado (em especial à infância) e combina perfeitamente a melodia que ecoa na mente. Ótima música.

S.T.A.B.

Corréra

Quando renomados e experientes músicos decidem se reunir para desenvolver um trabalho dentro de uma proposta, não é de se esperar que o trabalho fique a desejar para com quaisquer parâmetros existentes que possam ser levados em consideração, sejam eles nacionais ou internacionais. O S.T.A.B. (Synthetic Thought Analogous Brain), formado em 2003 no ABC paulista, sendo está região um dos maiores berços metaleiros do país, não fica fora das citações positivas acima. Intitulado S.T.A.B. também o primeiro registro oficial da banda lançado em março de 2007, e sendo produzido pelo influente e próprio guitarrista do grupo, Silas Fernandes (Professor do IGT), em um período de 5 meses (de Abril até agosto de 2006) no Dead Rabbit’s Studios, o álbum début contém 11 faixas executadas com incrível destreza e personalidade por todos, que na ocasião eram: Paulo Matheus (Voz), Marisa Fernandes (Voz), Silas Fernandes (Guitarra e backing vocal), Luciano Lafusa (Guitarra), Erika Müller (Baixo) e Marcelo Camarero (Bateria). Com claras influências de trash e metal industrial como um todo, o trabalho que de ótima qualidade (Pré/Produção/ Pós) dispensa comentários, e é obra obrigatória para fãs de Fear Factory e afins. Em meio a afinações que beiram os 240Hz para as guitarras, destaque para as sublimes linhas de voz e perceptíveis grooves de Black Music em Through My Eyes. Direto e Admirável.

A cena hardcore parece estão tão saturada e cheia de clichês, entretanto, este cd do Córrera, “Mutilações e Mortes”, consegue ser bastante sincero. Todas as músicas são cantadas em português, o que cria uma maior proximidade com seu público e a realidade que é cantada. As músicas protestam contra a injustiça, a alienação, a desigualdade social e o capitalismo. O som é bastante pesado mas tem qualidade. Tem claras influências do hardcore NY, em especial do Agnostic Front e do Madball (sim, tem breakdowns, pula-pula, bate-cabeça...). Além disso tem incluências do thrash metal e do crossover. O vocal é bastante furioso, mas bem compreensível. As guitarras têm um timbre grave, rasgado. Essa sonoridade mais grave torna o trabalho bem agressivo e cheio de energia. Baixo e bateria fazem uma cozinha direta, sem frescuras. As músicas que mais se destacam: Filhos da Pátria, Capitalista América, Estilo HC e Animal Humano. A melhor de todas é Faculplayba. Impossível não lembrar os tempos de faculdade com essa letra cheia de crítica. “Mutilações e Mortes” foi produzido pelo conhecido produtor Ciero, que já trabalhou em gravaçoes para Hatebreed, Claustrofobia, e outros. É um atestado de qualidade.

S.T.A.B.

Mutilações e Mortes

INtra

Mutilações e Mortes A banda baiana Intra, formada em 2005, teve uma boa estréia com o CD Introspectivo. Contando com a mão do produtor Jera Cravo e seu estúdio Vértice, a banda pôde gravar um trabalho que mostra identidade e representa o rock baiano, sem nada de axé. As letras diretas e carregadas de emoção podem fazer alguns desavisados rotularem o som como


Eminence

The God Of All Mistakes Agressivo. Talvez seja esse o melhor adjetivo para descrever “The God of All Mistakes”, o novo petardo musical dos mineiros do Eminence. Além da competência de uma das melhores bandas do metal nacional, esse trabalho com certeza teve o plus de uma produção de alto nível, que ficou a cargo do dinamarquês Tue Madsen (Mnemic, Dagoba, The Haunted, Ektomorf e etc).É um dos melhores lançamentos do metal pós-Sepultura no Brasil. Devido ao pouco reconhecimento da mídia para o metal brazuca, a banda poderá ter melhor reconhecimento fora do país. O álbum se caracteriza por riffs agressivos ao melhor estilo thrash metal porradão, temperada com um pouco de death metal e hardcore. Os solos além de serem pouco utilizados são curtos. A cozinha traz uma base pesada e grooveada. Se percebem influências como Pantera, Machine Head, Devil Driver, e obviamente dos seus conterrâneos do Sepultura, quem influenciam 11 em cada 10 bandas no estilo. O vocalista Wallace tem uma técnica vocal com muitas variações. Predominam os guturais ao extremo (como em Snake Beat), mas há trechos melódicos (como no primeiro single Day 7). A faixa-título “The god of all mistakes” traz essa combinação no vocal dentro do próprio refrão.

emocore. Na verdade algumas delas falam de amor e outras representam situações do cotidiano que envolvem todos os sentimentos com os quais estamos acostumados a viver: “O terror a se aproximar diante do que ouvia. Sentia o meu coração descompassar”, trecho de “O terror se aproxima”. A musicalidade da banda é mesclada, com toques de poprock, hardcore, post-harcore e newmetal. Influências como Deftones, Silverchair, The Offspring e The Used reforçam o som da Intra. As guitarras de Flávio Hughes são pesadas e contam com várias distorções. O vocal de Sérgio Fernandez combina trechos calmos e nervosos, acompanhados por algumas participações de Flávio que coloca a potência dos berros em algumas músicas. Isso já se percebe na faixa de abertura, “Lembranças”. A cozinha de Paulo Perrone (bateria) e Rafael Milek (baixo) é coesa e firme. A banda conta ainda com o guitarrista Lucas Mascarenhas (ex Meteora) nas apresentações ao vivo. A faixa “Esperança” é a segunda do álbum, e tem guitarras que vão crescendo e evoluindo junto com um vocal até o desfecho. É uma das melhores do cd. Ela é seguinda por “Mundo mágico” e “O terror se aproxima”, que seguem uma linha post-hardcore. A faixa “Poder viver” empolga com seus bons riffs e por ser uma de vocais bem intensos. A instrumental “Introspectivo” é uma jam session curta que serve de introdução a “A lua que me guia”.O cd fecha com “Vejo o céu e as estrelas” que tem uma energia hardcore. Intra é uma boa pedida dentro da cena atual do rock baiano e nacional.

Child ‘O Flames Child ‘O Flames

Pra aqueles que estão acostumados a ouvir somente bandas do RJ e SP, Child O´Flames, banda de Curitiba, deixa bem claro que este circuito também pode ter a presença de Paranaenses que sabem fazer um bom som... sem deixar a desejar. Child O´ Flames, nome que também intitula o EP da banda que está na estrada desde 2004, consegue satisfazer os ouvidos e alimentar a alma dos mais agressivos e famintos por peso. O EP tem um som bem trash com algumas pegadas meio alterna... inclusive, poderia ser denominada somente como banda de metal, mas a variação dos caras não permite uma única classificação... o que deixa a banda mais interessante. Notas abafadas e solos muito bem tocados também ganham espaço neste EP. O vocal é bem gritado e tem uns trechos cantados que funcionam como contraste... A primeira faixa do CD “Game of Kings” é uma porrada total. Tem uma pegada ótima e agitada. Com certeza deve fazer estrago nos shows. “Dead” é a segunda música do EP e é a mais diferente por ter um começo sonoro “destacado” bem bacana, algo meio obscuro. “End of time” é a que possui mais melodias. Possui uns riffs não tão agressivos e que são bem legais. Inclusive dão um toque a mais na música pela diferença. “Worthy of Yourself” também não fica pra trás. Assim como a primeira faixa, tem uns riffs bem marcantes e intensos. No geral é um ótimo EP. Todas as músicas são muito boas, os instrumentais são muito bem trabalhados e tem uma ótima sonoridade. Está bem gravado e com os instrumentais bem mixados e distribuídos, sem deixar nenhum detalhe de fora. Apesar do CD possuir apenas 4 faixas, é possível ter uma idéia das próximas músicas que com certeza, deverão seguir a mesma linha.

Retturn

Sounds Of An Empty Gun Está aí um belo exemplo de música boa


e, infelizmente, desconhecida. Apesar de estarem há mais de uma década na estrada, os paulistas da banda Retturn são minusculamente conhecidos pelo menos aqui no Brasil. Mesmo sendo este o terceiro CD da banda.O que eu tenho a dizer: Isso mudará, sem dúvidas, pois a qualidade deste álbum está nas alturas e em todos os quesitos. A começar pelas composições, que só podem ser frutos de mentes que passaram a adolescência curtindo Pantera e Sepultura. Depois, pelas letras que são um exemplo de tapa na cara, na veia do verdadeiro hardcore. Por fim, a produção que deixou tudo com uma sonoridade muito boa, valorizando todos os instrumentos da banda e deixando com muito ênfase as alternâncias vocais, que passam de um limpo agressivo a berros agonizados. Tudo muito acima da média e empolgando em todas as faixas! Fiquei realmente impressionado com esse álbum! É mais uma das provas que temos bandas que não deixam nada a desejar se comparadas às gringas. Vale a pena ressaltar que os rapazes moraram alguns anos na Holanda, vivendo apenas de música.

Sangue Inocente Convicção

Existem aqueles fascinados por sangue, mas quando se trata de sangue de inocentes, a idéia se torna um pouco distorcida e assuntos como respeito e dignidade são sempre questionados. E nada melhor do que uma banda com o nome “Sangue Inocente” para ajudar a reforçar e repensarmos sobre uma vida digna. “Convicção” é o nome do cd que foi lançado

em Dezembro de 2007 e é o segundo da banda de hardcore de Piracicaba/SP, que já está na estrada a mais de 10 anos. As músicas funcionam bem ao estilo oldschool, com riffs pesados, palhetadas rápidas, bateria hora arrastada, hora violenta e vocal bastante expressivo. Todas as músicas possuem segmento e não são muito longas o que não se torna cansativo de ouvir. A primeira faixa, “Traição”, é bem metalzona. Tem uns riffs abafados e um pedal duplo nervoso. Tão nervoso quanto na faixa seguinte, “Sangue nos olhos”. Um pouco mais veloz que “Traição”, possui uma virada de batera no começo que dá gosto de ouvir. A faixa “Repressão” também mantém essa violência na introdução. “Guerra”, terceira faixa do CD é uma sonora com sons de mísseis, tiros e vozes de pessoas em meio a uma guerra, que inclusive serve de intro pra faixa seguinte que também recebe o nome de “Guerra”. “Dignidade, respeito e honra”, faixa que intitula o CD é a sexta do álbum e não foge muito a regra das outras faixas não. É uma pena que seja curta. Quando se chega na oitava faixa do Cd, a impressão que se tem é que os caras deram um upgrade violento nas músicas. O que já era pesado, agora tem inicio com bastante hardcore(isso é muito bom!). “Mistakes” é última faixa e a mais diferente do CD. Além de possuir uma sonoridade individual, ela é cantada em inglês, que de acordo com o vocal da banda, foi uma forma de testar a sonoridade. O Cd é bem centrado e definitivamente, responde a idéia sonora que a banda propôs. O interessante é que apesar do vocal ser bem agressivo, é possível compreender o conteúdo das letras. É um ótimo CD para os mosheiros de plantão e também pra aqueles que gostam de barbarizar nas circles pits violentas. E apesar do som ser pesadão, vale dar uma analisada no conteúdo das letras que também é bem interessante.

Critical Bill

Downtown The World O Criticall Bill é uma banda norte-americana de rapcore fundada em 2002 ainda pouco conhecida por aqui, mas que chega ao seu quarto álbum mostrando boa qualidade e letras críticas. O vocal rap de Powerdise se sustenta nas bases eletrônicas do DJ Tom Sawyer. A banda poderia explorar um pouco mais, investindo mais no peso. Às a banda soa um pouco “clean”, tanto no vocal quanto no instrumental. O som é competente mas falta um algo a mais em termos de criatividade. Bate na mesma tecla e não traz nada de novo para dar um upgrade à banda ou mesmo movimentar uma cena saturada. A faixa de abertura é “This Is Critical”, que mostra a que a banda veio e gruda na cabeça repetindo esse nome incessantemente. Os níveis das músicas mantêm-se no decorrer do CD, sem haver grandes momentos ou grandes abismos. O álbum “Downtown the World” conta com algumas participações especiais da cena do hip hop: Tech N9ne em “Premium”, Big Krizz Kaliko em “Here I Am”, Kutt Calhoun em “What You Came Here For”.

Sub-Versão

Novo Manual do Guerrilheiro Urbano Por mais que o rap-rock pareça ser uma fórmula batida e cheia de clichês, há bandas que o fazem com extrema competência. É o caso da banda Sub-Versão, diretamente do Distrito Federal. O novo trabalho da banda Sub-Versão, “Novo Manual do Guerrilheiro Urbano” é uma crítica político-social direta e sem rodeios. As letras são inteligentes, embora algumas beiram o panfletarismo. Elas foram inspiradas no Manual do Guerrilheiro Urbano, escrito em 1969 pelo guerrilheiro Carlos Marighella. Inspirados em ideais do novo socialismo, o vocalista Brunno SV despeja críticas à sociedade e à política brasileira. Musicalmente, o som é influenciado pelas cenas


pelas cenas do rap e do rock brasiliense. É uma mistura de rap candango de cunho social somado ao rock’n roll cheio de explosão e guitarras pesadas. É um som reto, sem muito espaço para melodias. As influências rock são variadas, do punk ao metal, provocando uma sadia variação nas guitarras. Para quem não conhece a banda, uma primeira audição remete ao Rage Against the Machine. Com o tempo as diferenças aparecem, mas o ideal contestador é esse mesmo. As melhores músicas são “Marcha da Revolução”, “Prece Urbana” e “Fantoches”. Tem espaço para a inusitada e destacada participação do bandolinista Hamilton de Holanda na faixa “Marcha da Revolução”, que combina rap, samples, guitarras distorcidas e samba. Até mesmo a forma de produção do álbum tem seu tom crítico. As cópias foram gravadas no formato SMD (Semi Metalic Disc), que permite baratear o custo da produção de CDs e reduzir seu preço. É uma forma de dizer que a música pode sim ser barata e ter qualidade. “Só o que pode aliviar é pensar que um dia isso tudo vai mudar/eu sei que um outro mundo é possível por isso não vou me acostumar. E continuarei a me indignar”, trecho de “Prece urbana” sintetisa o sentimento desse trabalho.

3AMproject Burned

Depois de 2 anos de lançamento de seu debut-album self-titled, a banda 3AM Project de Peoria, EUA, apresenta seu novo trabalho, “Burned”. Vindo com 9

com 9 faixas com músicas bem alternativas cheias de peso e melodias, uma mistura que não demonstra uma saturação no seu som, seja para o lado do peso, ou para a melodia. “Burned” a primeira faixa, tem a mesma pegada da maioria das músicas do cd anterior, com uma característica bem interessante, também vista nas músicas restantes: O ritmo dentro de cada música muda diversas vezes em seu decorrer, dando a impressão que já mudou de trilha, mas na verdade estamos na mesma música. Esta é uma marca visível no estilo da banda em ambos álbuns, só que em menor grau no último, visto que as músicas estão mais sucintas que o anterior, que tinham por volta de 5 a 6 minutos, e agora com no máximo 4 minutos, ou como os críticos dizem: “mais comerciais”. E por falar em músicas comerciais, ou de grande potencial radiofônico, “Questions “ é uma grande candidata a rolar pelas rádios norte-americanas, com refrões bem marcados, e melodicamente mais “aceitável” para os ouvidos dos simples mortais. Destaco a faixa “The Funeral“, a mais pesada, a típica “pula-pula” conhecida entre os fãs de New Metal. Resumindo, “Burned” mesmo sendo um álbum consideravelmente menos pesado que o outro, pode agradar quem curte Chevelle, Unloco, Nonpoint, ou mesmo outras bandas de Metal /Alternativo não tão gritados, mas pode gerar descontentamento e monotonia para quem ta acostumado com uma “violência”. 3AM Project é uma ótima banda, não muito conhecida, e ainda tem muito a crescer e acrescentar ao cenário musical.

Darma Khaos Marionettes

O Darma Khaos está colocando a nossa disposição um ótimo álbum. A mistura de elementos é tão insana e veloz que torna a primeira audição imprevisível.O Darma Khaos traz um seu primeiro CD uma miscelânea de influências que torna o som da banda híbrido, se destacando das demais da cena new metal. As influências não são meramente musicais, mas também filosóficas. Formada em 2001, a banda traz mensagens subjetivas enraizadas nas filosofias orientais, confrontando com o caos humano. O próprio nome da banda representa essa conflito. Musicalmente, o álbum traz uma mescla do metal moderno com ritmos orientais e brasileiros. O som é pesado e oxigenado pelas influencias exóticas. As músicas têm uma uma base com riffs pesados e consistentes, complementados com um vocal gutural e de tom grave. Esse peso se mescla com trechos mais “clean”, com vocal mais suave e afinações baixas. O som tem várias quebras e muda de direção constantemente, somando-se aí influências de rap. É um som consistente e com potencial para alcançar públicos fora do Brasil, mostrando a força do new metal nacional. As influências de Korn, Sepultura, Faith no More, Fear Factory, Soulfly são as mais perceptíveis. O álbum “Marionettes” traz algumas músicas que a banda já tocava a algum tempo, como “Die Happy” e “Lótus Carnage”, que foi regravada. A faixa de abertura “Vazana” é a primeira porrada. Tem um ritmo pesado e envolvente, cheio de quebras e fúria. As primeiras faixas são as mais pesadas. Com o decorrer do álbum, as músicas ficam mais experimentais, ganhando toques orientais. “Tattwa hall” se encaixa bem nesse estilo.

Maguerbes Modelo de prova

Dois anos depois do lançamento de seu debut “2”, e agora como um quarteto, o Magüerbes, de Americana/SP, volta com “Modelo de Prova”. Diferente do trabalho anterior, “Modelo de Prova” é um trabalho com uma identidade muito maior, trazendo 18 músicas extremamente tensas que misturam atmosferas de sonho e pesadelo. O instrumental é carregado de influências de Post-Hardcore, guitarras pesadas, Hardcore e Grind, deixando o lado mais Rap do


do disco anterior totalmente de lado. Haroldo canta suas letras sufocantes com um vocal um pouco mais agudo, porém muito mais entendível do que sempre, mesclando com uma berreira do inferno que assola todas as músicas do disco. Em alguns momentos o álbum soa um pouco mais “bonitinho” como em “Cindy Lauper” (Que lembra um pouco os novos trabalhos do “Hopesfall”), na ótima “Formidável” (Conta com a participação do vocalista do “Polara”) e na enganadora “Qual seu real Valor?”, que começa leve e suave mas despenca em um abismo. O cd também conta com as porradeiras de sempre como as curtíssimas “Vergonha” e “Ódio na Terra” (Prole), flerta com o Grind em “Nada Comparado”, ou sufoca com a gritaria absoluta de “Cavaleiros”. Em todo o cd as músicas não ultrapassam a faixa de 3 minutos (Exceto na última música, “6:07” que é uma viagem instrumental) e fazem ligação direta uma com a outra, mostrando um cd único, viciante, dotado de identidade, extremamente berrado e forte e com uma gravação extremamente melhor do que a do álbum anterior. Se você já conhece o “Magüerbes” aqui está a chance de ouvir a evolução, caso não conheça, corra atrás, pois se trata de uma das melhores bandas da cena pesada brasileira que faz um som único, difícil de comparar com qualquer outra banda. “Modelo de Prova” é angustiante, profundo, pesado e feito aos moldes do inferno. Indico aos fãs de Deftones, Poison the Well, Hopesfall, Glassjaw e qualquer outro ouvinte de música intensa. Melhor cd nacional de 2007.

Lesto

Para Todos Aqueles Quando falamos de Brasília imediatamente pensamos em políticos, manifestações e caos... mas neste caso, o caos é o que nos aproxima do quintal do nosso querido presidente. O caos da banda Lesto que em seu segundo CD “Para todos Aqueles”, não fica de braços cruzados e muito menos deixa a cena de Brasília terminar em pizza. Produzido pela própria banda no primeiro semestre de 2007 e lançado em 23 de Setembro com a ajuda dos selos One Voice, 53HC e Alea Recs, “Para Todos Aqueles” é um CD bem maduro com 12 faixas pesadonas, e conforme o nome, é literalmente direcionado Para todos aqueles. Com influências de Hardcore e Metal, a banda desenvolveu seu trabalho de forma um pouco diferente das gravações normais. Gravaram o vocal dentro do estúdio e o instrumental fora do estúdio (na casa do guitarra) buscando um resultado próximo da energia dos shows. O Cd em si foi bem trabalhado. Possui segmento e tem as faixas bem desenvolvidas. Os riffs da guitarra são bem desenhados e as pegadas de metal deixam o som bem malvado. O baixo bem pesado faz a marcação enquanto a bateria é quase direta e objetiva (é possível ouvir o uso do pedal duplo em alguns trechos). O vocal é bem agressivo (típico de bandas de hardcore), e apesar de ser berrado é possível compreender o conteúdo das letras (na maioria das vezes) que retratam o existencialismo, reflexão e comportamento humano. “Hysteria” e “Thanatos”, primeira e última faixa do CD. Apesar de serem somente instrumentais, funcionam como introdução e término do CD. São duas faixas semelhantes quanto a sonoridade. Funcionam como uma transição. A segunda faixa “Divida” dá início a uma séria de pancadaria que se sucedem até o fim do CD. “Paralisia” faz um pouco

fim do CD. “Paralisia” faz um pouco a linha “pula pula” e tem uma ótima pegada. “Descaminhos” também não foge a regra. Pegadas de hardcore quebradas com metal. “Obrigado” é a última faixa do CD e a mais longa. Ela termina dando continuidade a faixa “Thanatos”. Uma sequência bem bacana que quebra um pouco o ritmo violento do CD. Com trechos rápidos e bem dosados, todas as músicas passam energia e deixam o CD bem interessante, sem ser cansativo . Também é ótimo pra galera que curte uma violência na circle pit. “Para todos aqueles” consegue alcançar todo o ideal proposto pela banda, tanto sonoricamente quanto na gravação, e apesar das músicas serem bem parecidas, não deixa a desejar em nada

Last Sigh

Your Worst Fears A banda curitibana Last Sigh formou-se em 2005 e desde então vem fazendo um som com o peso do death/metalcore e a vontade de fazer uma música com espírito underground. A demo Your Worst Fears foi lançada com 3 músicas: “Before We Die”, “Advice For The End” e “When It Collapses”. Elas trazem duas guitarras com um bom peso, uma cozinha bem feita e um vocal melódico com algumas variações. Há momentos em que ganha mais força e muitos berros, com algumas influências de death metal. As letras tratan do cotidiano da realidade de nosso pais. Influências de As I Lay Dying, Killswitch Engage, In Flames e Devildriver são perceptíveis. Das 3 músicas a que mais se destaca é “Before we die”. É a faixa que combina mais peso e velocidade. Mas de uma forma geral, não há grandes variações entre uma música e outra. Não é um som inovador, ainda mais se olharmos para a realidade do cenário musical, com tantas bandas apontando para essa direção, mas representa bem o metalcore nacional. Um trabalho contendo mais músicas poderá dar ao Last Sigh a oportunidade de usar e combinar mais elementos, a fim de se destacar dos demais.


em inglês. Fica a dica pra quem quer ouvir um som agressivo, com boa referência melódica, gritos e (poucos) momentos de tranquilidade.

Lunatic Scale Chipset Zero Red O-Matic

Quando o Chipset Zero apresentou o seu álbum “Deep Blue”, em 2003, a banda já nos trouxe um new metal livre de modismos e frases feitas. Era um som com cara e identidades própria. Com essa cena musical tão alterada os fãs estavam ansiosos por um novo trabalho do Chipset Zero. O segundo cd é sempre tão aguardado pelo público e pela crítica. Aquele velho clichê da “maturidade” muitas vezes é preocupante, muitas bandas perdem-se na busca de mudanças ou na manutenção de um estilo já batido. O Chipset Zero responde a tudo isso com um álbum potente New Metal? Sim, e daí? É injusto classificar as bandas em grupos A, B, C... ainda mais para bandas que buscam a inovação ou fugir de fórmulas prontas, mas o rótulo acaba sendo de uma certa um “mal necessário”. O Chipset Zero, new ou não, faz do seu som um mix de riffs pesados e distorcidos, elementos eletrônicos, hip hop, percussão. Nesse novo trabalho o Chipset Zero aposta nesses elementos, mas acima de tudo investe mais em samples e ritmos regionais brasileiros, como samba e maracatu.

Walls (EP)

O que esperar de uma banda vinda de um lugar onde a temperatura média anual beira o Zero Grau? Pois o Lunatic Scale prova que mesmo vindo da fria Russia é capaz de fazer um som QUENTE! Com uma proposta de rock forte, com bases de muito peso, belas melodias e gritos em background, a banda se expressa em seu próprio idioma suas influências de Slipknot, e o que me lembrou algumas coisas do Finch e Saosin. Bons grooves da cozinha e a combinaçao de melodia e gritos culminando em um disco que tem a dose certa de peso ditado pelo baixo grave de som “estalado”, com distorçoes nervosas de guitarra e uma bateria espancadora. Vale ressaltar que os timbres foram muito bem cuidados e a gravaçao está impecável. O som vem em uma dose quase “homeopática”; 6 músicas, em um total de apenas 24 minutos. Sao músicas que vao direto ao ponto, nao se alongando muito com experimentalismos e viagens musicais. Talvez a única que se propoe a esse tipo de coisa, é a faixa 4 -de nome impronunciável, como as outras, com seus caracteres russos bizarros-, que vai mais ao lado melódico e tranquilo da banda, abusando de efeitos de guitarra em boa parte do tempo. Falta talvez uma marca, algo que a identifique no meio da multidao de bandas que fazem um som parecido com este. Lunatic Scale tem qualidade e se mostra competente no que faz, mas falta experimentar mais, colocar um toque original que dê a ele uma CARA além, é claro, do fato de nao cantar em inglês.

Julgamento Julgamento

Julgamento seria a condição mais correta para alguns perante o que temos passado atualmente, e por isso, nada melhor do que ouvir uma banda que além de ter um nome forte como este, tem a brutalidade e a violência adequada para compensar todo esse furacão. Lançado pela Pride & Conviction Records em Setembro de 2007, “Julgamento”, nome que também intitula o CD da banda, possui 8 faixas e tem em seus quase 30 minutos total de CD uma bagagem violenta que mistura Trash+HC+Death. Com influências bem pesadas, o CD é bem concreto e apesar de ter alguns solinhos curtos em algumas músicas, está livre de todas aquelas virtuosidades. As músicas são bem tocadas e não fazem a linha simples e clichê do metal. Os vocais agressivos, rasgado e sem exageros variam bastante junto com as paletadas rápidas, causando um impacto sonoro bem malvado e agradável. “Gritarei”, a primeira faixa do CD, começa com a brutalidade a là death/ grind mostrando muito caos. (Isso ao vivo deve ser uma desgraceira bonita!). “Danças das Chamas” é a faixa mais longa e a única diferente por ter um clima meio “viajem” no começo da musica... mas, ao mesmo tempo é uma das mais interessante pela variedade das pegadas (arrastadas e rápidas) que ganham força e ficam mais violentas com o decorrer da música. “Labirinto” tem uns trechos bem metal... inclusive um solinho rápido . Todas as faixas tem um tempo bom e mesmo tendo influências de death, a banda mantém a essência hardcore nas músicas. Apesar do nome Julgamento, a banda retrata além das questões políticas, temas sobre comportamento e cotidiano. As músicas estão bem distribuídas e refletem bastante a idéia da


bem distribuídas e refletem bastante a idéia da banda... inclusive nas letras que foram bem desenvolvidas e são bastante subjetivas. A banda que está na estrada desde 2003, já dividiu palco com alguns nomes gringos como: Napalm Death, Heaven Shall Burn e Terror entre outros. Este CD pode ser o começo de outros que junto a Watcha outras grandes bandas nasci- Falling By The Wayside das de SP, também terão um nome bem forte na cena. Diretamente de Paris - França, Watcha, banda que mistura metal com umas pegadas de alterna consegue provar que os franceses também sabem fazer rock... de boa qualidade. Com letras em Inglês e Francês, o álbum que teve seu lançamento em 22 de Outubro já é o 5º da banda que está na estrada desde 1995. As músicas são bem tocadas e os refrãos são daqueles que grudam na cabeça. O mais inDilúvio teressante é o fato da banda Murderofhobia (EP) não ter um baixista. São duas A banda Dilúvio promete fazer guitarras que se sobrepõem e de 2007 um grande marco na conseguem suprir tal necessicarreira. O grupo iniciou fazendo dade sem perder peso. O vocal um som New Metal, com influên- é bem cantado e dosado, com cias de Papa Roach e Deftones, uns trechos guturais e berrados e hoje com uma formação dife- na maioria do tempo. rente, faz uma música pesada, As guitarras em alguns trechos misturando Metalcore, Screamo “lembram” algumas bandas e Post-Hardcore. Influências já conhecidas. A colocação do de Killswitch Engage, As I Lay vocal também pode soar meio Dying e Underoath estão pre- comercial para alguns (isso desentes nesse novo trabalho. O pende de quem ouvir), mas a Dilúvio investe no peso dos riffs banda tem sua própria identido metal e na agressividade e dade, o que faz o diferencial. intensidade do hardcore, fazem As músicas são bem dosadas e um som com guitarras harmô- distribuídas, o que demonstra a nicas e rápidas, batidas rápidas diversidade da banda. “Bogeye vocal com muitos gritos. In- man”, primeira faixa do CD, é tercalam trechos guturais com a mais interessante. Tem uns levadas mais compassadas com trechos pesados e batera quebrada. O vocal também faz uns bastante competência, especialmente em “Contratem- lances meio rap. “Sam La voie po”, melhor música do EP.As des tenebres” é uma faixa meio letras são em português e fa- viajem que dá um clima a mais lam do cotidiano de uma forma ao CD. Sem contar que é canque faz o ouvinte se identificar: tada em francês. “Sam 5” é a “ Os mesmos padrões sempre mais agressiva vocalmente. Ela a seguir. Como pude acreditar, começa numa disgraceira e vique isso tudo era real.Tento me radas loucas de bateria mas dedespertar, desse sonho surre- pois o instrumental fica arrastado. Esta música faz parte de al”, trecho de Lugar algum. uma sequência dos outros CDs que tem Sam 4, Sam 3, Sam 2 e Sam 1. A faixa “Inside” é uma das mais cantada e pode inclu-

e pode inclusive ser faixa de trabalho. Ela faz a linha chicletona por ser a mais bonitinha. “Falling by the wayside” possui 11 faixas. Algumas músicas possuem uns solinhos simples, e apesar de terem uma pegada alterna, o som é bem mais metal. Também possui faixas que fazem a linha “alegrinha” e outras exploram mais a revolta. Todas as faixas são diferentes e interessantes, sendo que algumas faixas deva ser preciso ouvir mais de uma vez para se gostar de verdade. “Falling by the wayside” é um CD que você pode ouvir, em casa, no carro, na rua, na balada, durante o sexo e em todo lugar possível. Muitos podem achar que Watcha fez um apanhado de algumas das melhores bandas de alterna, adicionou pegadas de metal e as uniu em um CD, só que Watcha fez essa união da própria maneira... não ficando nada repetitivo. Inclusive é até um erro tentar achar um estilo pra essa banda que mistura bastante riffs e batidas.

Alto Teor de Revolta

Compartilhando A Miséria..Usufruindo O Nada Após a chuva, eis que surge “Compartilhando a miséria...Usufruindo o nada”. Pois é, foram mais de 2 anos de pura correria com shows e divulgação de som e finalmente, Alto Teor de Revolta lança seu primeiro CD, dando muita porrada na cara das “autoridades”. Resgatando a essência do HC político, “Compartilhando a miséria...Usufruindo o nada” foi gravado entre abril e julho de 2006 no estúdio Pucci e produzido por Henrique Pucci (Paura). Um som hardcore com pegadas violentas de metal somam as críticas (nas letras) a boa sonoridade do CD. Os 3 vocais agressivos que gritam, berram, urram e falam se distinguem e expressam toda a revolta da banda. Todas as faixas são porradas e seguem um padrão... excelente para a galera que curte o mosh pit. Os instrumentais são objetivos e as composições são o prato principal da banda, retratando assuntos diversos de degradação humana. A primeira faixa, “Intro”, é um áudio que retrata a questão do consumismo e da ilusão criada por ele. “Lágrimas” é a segunda faixa do CD e expressa logo de cara o propósito da banda. As demais músicas também seguem esta fórmula e são bem agressivas. A ultima faixa é a mais longa com 12:30. Ela inicia com um som que dá um clima meio “relax”, mas logo é interrompida pelo peso. Trechos de informações sociais


informações sociais a pró do desenvolvimento e informações sobre o governo, inclusive trechos que caracterizam a região nordeste, são reproduzidos após 5:30 desta faixa. De acordo com a banda, as letras foram elaboradas e divididas em capítulos “desenvolvemos um contexto para cada letra e demos um caráter de livro dividindo cada tema por capítulo”. Apesar de ter somente três anos de estrada, a banda Paulista de Ferraz de Vasconcelos, São Paulo, mostra que não brinca em serviço, e que com certeza, quer ser ouvida e ouvida. O CD foi bem desenvolvido, contém trechos de áudio documentários entre as músicas (servindo inclusive como reforço para as mensagens da banda) e não é cansativo. Sem dúvida, este CD será bastante ouvido e terá uma boa repercursão. “Compartilhando a miséria...Usufruindo o nada” ainda conta com o apoio dos selos One Voice e Seven Eight Life, e possui três vídeos bônus: “Lágrimas” gravado no lendário Black Jack em São Paulo, “Sangue, suor e pedra” gravado na Terror House e o vídeo da música “Guerra”.

Dillinger Escape Plan Ire Works

Produzido por Esteve Eventts, o novo disco da banda The Dillinger Escape Plan, “Ire Works”, chegou as lojas no dia 13/11 pela Relapse Records. Para os fãs que esperam por destruição ou alguma barbaridade a là Dillinger, podem esquecer. Muitos irão gostar e outros odiar. Os amantes de grind sem dúvida tomarão um susto ao ouvir “Ire Works”. O novo trabalho da banda de math/grind possui 13 faixas e cotinua com peso e

e cotinua com peso e aquelas doideras, misturando jazz e eletrônico, mas o interessante mesmo são algumas músicas bem pop (com coro e tudo). O álbum está bem balanceado e possui faixas bem experimentais. Músicas pesadas são interrompidas por faixas leves. Mas se tratando de sonoridade e inovação, o que esperar de uma banda tão experimental? A primeira faixa “Fix your face” é a cara do DEP... bem math. A faixa “Mouth of ghosts” é bem simples, sem toda aquela doidera. “Sick on Monday” também tem uma viagem no começo e uns trechos de desespero. “When acting as a particle” e “When Acting as a Wave” são instrumentais seguidas e bem diferentes. Utilizam alguns recursos eletrônicos, mas nada que não contenha nos outros cds. Tem até um momento meio Fantomas. “82588” é a faixa mais quebrada. “Black Bubblegum” e “Dead as history” são duas faixas bem pop com bastante melodias. Com os instrumentais e o vocal bem límpidos (devem utilizar estas faixas para divulgação de algum clipe mais relax). Alguns podem reclamar das duas últimas faixas por não serem porradas e doideras, mas se tratando desta banda, fazer duas faixas como esta deve ser doidera de mais pra eles. Ire Works é um ótimo CD. Possui harmonia e distribuição sonora, apesar de possuir as canções mais simples já gravadas pela banda. Provavelmente, esta pode ser uma nova fase da banda e talvez, eles estejam querendo demonstrar que também sabem fazer algo menos violento. Ire Works terá uma repercussão muito grande por ter sido um dos mais CDs mais esperados pela galera, e dependendo do resultado (se forem negativos), os caras retomem a idéia inicial da brutalidade e insanidade grind do começo da carreira. Mas se tratando de DEP, o mais simples também pode ser visto como “absurdo”.

Optical Faze

Riots In The Iris Sea A banda Optical Faze, de Brasília, é uma destas bandas que busca espaço na cena do metal moderno com competência e criatividade. O cd “Riots in the Iris Sea”, gravado em 2006 e lançado no começo de 2007 demonstra a capacidade da banda em fazer um som pesado e consistente.. Os riffs de guitarra são marcantes, e acrescentando um conjunto baixo-bateria competente formam uma base pesada. Os teclados completam com um toque harmonioso e industrial, junto com o vocal cheio de agressividade. As letras, todas em inglês, são inteligentes e não caem na mesmice. Mostram a realidade apática e calculista do mundo e apontam para a busca incessante de cada indivíduo por mudanças de atitude: “Emptiness of inertia pain reflected in the eyes.Grey is a color of a dead mind/O vazio da dor da inércia refletida nos olhos. Cinza é a cor de uma mente morta”, trecho de “ElectroShock Therapy”. Esta é a faixa de abertura, que tem introdução cadenciada de bateria e teclado, criando uma atmosfera favorável para a porradaria que vem logo em seguida. “Open sore” é uma música mais veloz que as anteriores e entre um verso e outro abre espaços para os teclados ganharem vez. É uma das melhores faixas do álbum. No geral, todas as músicas são consistentes e se completam. É um álbum para se ouvir no talo do início ao fim.

Skindred

Roots, Rock, Riot Depois de 4 anos de espera pelo próximo cd ficava difícil prever o que o Skindred iria apresentar em “Roots Rock Riot”. Desde o ótimo “Babylon” a cena New Netal mudou bastante, e muitas bandas buscaram inovar seu som, fazer experiências que muitas vezes desegradaram aos fãs. Mas depois de ouvir o novo álbum da


banda cheguei a conclusão de que esse não é o caso do Skindred. A banda atinge nesse álbum mais maturidade e qualidade, sem perder a sua identidade híbrida reggae-rappunk-metal. Os riffs do guitarrista Mikeydemus estão mais pesados, tornando este álbum mais agressivo que o anterior. A “cozinha” da banda (Daniel Pugsley no baixo, Dirty Arya na bateria) seguem o padrão do álbum anterior, conferindo uma cadência new metal, mas um pouco mais veloz. Benji Webbe continua sendo responsável pela grande variação no vocal, passa pelo melódico e pelo gutural, além daquele ritmo característico do reggae. Algumas músicas estão com refrões melódicos e simples, bons para tocar na rádio, como “Trouble”, “Rude boy for life” e “Ease Up”. Já o primeiro single, “Ratrace”, tem a base e vocal com ritmo acelerado, ótima música. “State of emergency” é a música que mais lembra o álbum antecessor. Outras faixas apresentam alguns efeitos eletrônicos, como em “Destroy the dancefloor”, com pequenas distorções no vocal, desnecessárias a meu ver, mas que não comprometem a música. Já em “Killing me” a batida eletrônica faz a música se destacar das demais do álbum.

Marilyn Manson Eat Me, Drink Me

Quem ouviu dizer que o dono das palavras mais bizarras da terra seria capaz de fazer um trabalho unicamente obscuro? Sem alusões nem mesmo insatisfações? É o que esse disco faz, um trabalho totalmente voltado à obscuridade dos tons e ligado diretamente ao medo

ao medo reservado para seus fãs. O velho Marilyn Manson, aquele que dizia coisas positivas sobre o satã, aquele que comia e rasgava a bíblia, que xingava e se despia na frente de crianças e quem fosse, ainda existe? Essa resposta é vista claramente no disco que contém onze músicas muito menos agitadas e agressivas, mas não por isso piores que qualquer trabalho. Começamos degustando algo de extrema qualidade e bom gosto, tanto em letras quanto em melodia, a voz do Sr. Manson passada umas quatro vezes na gravação, dá a sensação de que muitas pessoas cantam juntamente com ele num lugar pequeno, abafando todas as vozes. “If I was Your Vampire” é uma música que mostra de maneira crua todo o conteúdo do disco, letra dramática e irreal, quase um jogo dentro da sua cabeça com muitas vozes e sons graves intermináveis... Nada característico nas músicas do rapaz, “Putting Holes in Happiness”, além de conter uma melodia muito bem arranjada, letra e refrão sonoramente encaixados, traz um “solo” de guitarra que por alguns instantes me fez lembrar “Dope Show” do disco Mechanical Animals. “I gave my soul to someone else...” Algo ridículo me fez ouvir essas músicas por 13, 14, 15 vezes seguidas...é tão imponente e fria, sem dúvida, uma das que mais gosto do disco... Mas Indiscutivelmente, “Just a car crash away” cantada da forma mais agonizante possível, engana quem acha que é repetição, nada tão bem interpretado foi feito até então. “Heart-Shaped Glasses (When the Heart Guides the Hand)” tentativa furada de implantar um hit, furada, furada. Uma das piores do disco. “Mutilation is the Most Sincere Form of Flattery” enjoativa e massacrante, essa sim é a totalmente descartável, tão sem graça quanto todos as outras incessantes tentativas de formar um novo sucesso, falha tantas e tantas vezes...Substituível.

Substituível. Por fim, a música que dá título ao disco, “Eat Me, Drink Me”. Um sonho inimaginável, acorrentado ao pudor que se empunha, ao redor se recompunha em qualificadas distorções. A música é repleta de desejos, completa, sem bocejos, mas, ainda contradiz o fim, obrigando os envolvidos que não queiram se deixar levar, a ficar por mais alguns segundos, até que a apresentação acabe, de forma nada repentina.

Pagedown

Minutos de Silêncio O Pagedown é uma banda que se destaca na cena alternativa de São Paulo. O recém lançado EP “Minutos de Silêncio” tem 4 músicas, todas em português, e apresenta todas as influências que a banda sempre mostrou desde meados de 2001 quando se formou. As músicas misturam vocais guturais e melódicos com riffs pesados e cadenciados, por vezes numa levada thrash metal. A base tem um ritmo tribal “tupiniquim”, influenciado pelo Sepultura e pelo Soulfly, que caracteriza a banda. A primeira faixa, “Você”, é a mais representativa da banda no EP. Há trechos com cadência tribal da bateria e outros com riffs pesados e vocal gritado. A segunda faixa, “Coagir”, tem um vocal mais melódico, com influencias de Deftones. A faixa-titulo “Minutos de Silêncio” segue a mesma linha das anteriores. O EP se encerra com “Lorem”, uma música de 47 segundos de peso e intensidade no vocal e no instrumental. O EP “Minutos de Silêncio” foi produzido por João (Are you god?) e masterizado por Bernardo Pacheco (Are you god? / Elma), e tem as participações de Vina (costanza) e Cléber (E>D>C).

Every Time I Die The Big Dirty

O Every Time I Die é uma banda que não decepciona seus fãs. O estilo metalcore com influências


cias de southern rock e grindcore presente nos álbuns anteriores ainda é marcante no quarto álbum de estúdio lançado, The Big Dirty. Os guitarristas Jordan Buckley e Andy Williams abrem a faixa de abertura “No son of mine” com riffs pesados. A faixa seguinte, “Pigs is pigs”, tem o vocal de Keith Buckley bem rápido e sujo. Na faixa seguinte,”Leatherneck” o vocal se torna mais versátil, com grandes variações entre um estilo mais melódico e outro mais gritado. Os breakdowns são abundantes nas músicas do Every Time I Die. Neste trabalho, se destacam “Pigs Is Pigs”, “Cities And Years”, e “Rebel Without Applause”. “Imitation Is The Sincerest Form Of Battery” fecha o álbum com a mesma intensidade em que ele começou. Com uma ótima melodia acaba sendo a melhor faixa do álbum.

no lugar de David Silveira, que está “de férias”. Para ser melhor, o álbum poderia ter Joey Jordison (do Slipknot) nas baquetas. Ele está arrebentando nos shows e poderia ter sido um gás novo ao Korn no estúdio. “Starting over” é uma música que resume bem os altos e baixos do cd. No início tem muita guitarra, mas no decorrer da música o tecladista convidado Zac Baird se destaca. “Evolution” é um single consistente, que fala da evolução ou não-evolução da raça humana. “Kiss” é uma balada de refrão grudento que seria um perigo ser transformada em single. Sinceramente uma música para pular quando for ouvir. “Love and Luxury” é umas das melhores do álbum, ironiza do exmembro Head. “Innocent Bystander” é uma homenagem aos fãs do antigo Korn. Grande música. “I will protect you” revela Jonathan Davis como um pai de família preocupado e protetor. Não se pode negar que o Korn é uma banda que tenta se reinventar e trazer novidades aos fãs. Para os que ainda esperam ouvir uma reedição do “Blind” é melhor não esperar. Isso não vai acontecer.

Korn

Untitled O velho e bom Korn está enterrado desde o álbum Issues, isso não se pode negar. Para os fãs resta acostumar-se ou não a um novo Korn. Um Korn menos raivoso e mais melancólico. Como consolo, Untitled é melhor que Take a look in the mirror e See you on the other side. Não há grandes mudanças. O novo Korn é sombrio, gótico e industrial. Os sentimentos pesados impregnados em cada música são transformados em melodias ao estilo The Cure e Depeche Mode (ótimas influências por sinal). O diferencial está nos teclados e toques eletrônicos mais consistentes e na execução de bateria do Terry Bozzio, no lugar de David Sil-

Huaska

E Chá de Erva Doce Lançado no ano de 2006 pelo selo paulistano Misturada, “e chá de erva doce” da banda Huaska contraria todas as tendências musicais hoje já vistas, pois mescla algo envolvente e inovador, a partir das influências que vão desde riffs pesados à la Deftones, como a brasileirissima bossa-nova, e o hardcore americano. As 14 faixas, cantadas em portguês, tem como temática dor, sofri-

mento, ilusões e paz. Destaque para as faixas “Ayahuaska”, a mais pesada, e “Cansei de Errar”, mais melódica e com um amplo potencial radiofônico. A gravação é um ponto forte de “e chá de erva doce”, tratando-se de uma produção independente, é muito bem produzido masterizado, valorizando os vocais, tanto melódico quanto gritado, um grande salto de qualidade em relação ao trabalho antecessor, a demo “mimosa hostilis”, lançado em 2003. O que podemos perceber , é que no decorrer do album, as músicas vão gradativamente ficando mais calmas, vindo das mais furiosas para as mais serenas. Se essa é uma forma de simular o efeito do chá Huaska não sei, mas de fato é um album muito interessante de se ouvir, e sentir toda sinestesia dessa bela mistura musical, que os garotos do Huaska conseguiram formar.

Cyius

Onde Quer Que Esteja O primeiro álbum da banda Cyius, de Petrópolis/ RJ, apresenta uma sonoridade madura influenciada principalmente pelo Deftones. As guitarras são pesadas e distorcidas. Elas se completam com uma bateria sólida e melodias densas. O vocal varia do melódico aos gritos na mesma música. Outras influências nas músicas são A Perfect Circle, Incubus, Queens Of The Stone Age, Pulse Ultra, Tool. Rótulos podem parecer um pouco injustos para quem procura fazer um som diferente do que estamos acostumados a ouvir, mas para quem tem interesse em conhecer o trabalho da banda, eles fazem um som new metal/indie de boa qualidade. A boa produção não deve em nada para bandas mais conhecidas, sejam nacionais ou internacionais. As letras são maduras e positivas: “E de agora em diante não vamos nos abater com o que nos aflige a alma” (Lótus). Todas as músicas são cantadas em português. Bruno, vocalista do Itsari, faz participação especial na música Cegueira, que é um dos pontos altos do cd, combinando melodia e explosão. Outras músicas que se destacam são Amnésia, Sinais de Bagdad, Um motivo a mais, Mar aberto.


Will Haven The Hierophant

A banda sofreu muito com a saída do vocalista Grady Avenell, mas Jeff Jaworski mostra que não veio pra brincar, fez do último trabalho dos caras (Hierophant), um completamente potente e muito diferente dos demais, sem deixar de lado o que já foi lançado. Jeff Jaworski buscou não alterar muito o estilo de berrar pra não “assustar” os fãs e com toda razão, fez desse álbum o mais bem trabalhado e sonoramente mais palpável. O álbum começa com a introdução Grey Sky At Night, é só a prévia e a forma de assegurar que o ouvinte espera por algo forte. Ai então, aparece King’s Cross, uma música que agrega força e talento, e uma leve influência de uma mente de fora, Jeff teve muito a ver com a produção das letras e das músicas. Hierophant, a música que dá nome ao álbum é a 4ª, mostra todo esse novo Will Haven, e mostra também que a união está ótima. A banda perdeu um membro chave mas, ganhou um cara que pelo que mostrou, veio pra superar... O álbum deveria começar com a música 7, Skinner, um “monólogo” produzido pra camuflar o clima, e enquanto o ouvinte espera a continuação, eis que surge um berro lá de longe e se torna muito claro. Fica nessa brincadeira. Muito criativa, meio assustadora. Handlebars To Freedom, mostra uma facilidade em brincar de mudar que não existe em todas as que tentam. Essa música muda o ambiente 2 vezes antes de retornar ao começo e ir ao fim. Talvez seja a música de maior trabalho e satisfação da banda,

pouquíssimos erros. Sammy Davis Jr’s One Good Eye, começa rápida e muito pesada. É a música que vai te levando ao final, acelera e vai caindo, até mostrar que acabou. Clássico da banda. Dark Sun Sets é a introdução ao fim, repetindo muitas e muitas vezes a base, só o suficiente pra surpreender quando muda e é acrescentado um “sopro” de sons e ruídos totalmente anestesiantes, repetidamente instalados, da mesma maneira feita anteriormente. Absurdo. Repentino e tolerável, o final do disco não foi nada aguardado por mim. Com certeza a banda fez muitíssimo bem ao escolher o senhor Jeff Jaworski como seu novo membro.

16volt

FullBlackHabit

Nine Inch Nails Year Zero

Rotular uma banda como o Nine Inch Nails não é uma tarefa fácil, mesmo depois de tantos álbuns lançados. O metal industrial/eletrônico flerta com um rock de clima pesado, sombrio e gótico. Year Zero, sucessor de With Teeth (de 2005) também apresenta esses elementos, mas é mais eletrônico. Trent Reznor, vocalista, compositor, produtor e manda-chuva do NIN compôs um álbum pesado e pouco comercial, de difícil compreensão mesmo para os fãs da banda. Ao contrário do álbum anterior, Year Zero tem na sua maioria elementos eletrônicos que Reznor criou em seu laptop. As guitarras praticamente desaparecem no meio das fortes batidas eletrônicas criadas por softwares de criação e edição de som. O toque eletrônico sempre esteve presente no som da banda, mas nesse álbum está com mais intensidade. Como temática, o conceitual Year Zero aponta para uma teoria da conspiração, baseada na invasão norte-americana no Iraque, na ascensão da Igreja sobre o Estado, no autoritarismo. É uma visão negativa e pessimista do futuro, onde todos terão que buscar o sobrevivêncialismo (tema do primeiro single, “Survivalism”). É um álbum maduro e coeso, mas menos agressivo e empolgante que os anteriores. A produção está impecável, marca registrada da banda, mas o álbum não empolga. Os fãs precisarão de muitas audições para compreendê-lo e digerilo. Para quem está interessado em conhecer a banda é melhor ouvir os álbuns anteriores.

O novo álbum de estúdio do 16 Volt não traz nada de novo, mas traz o mesmo som de qualidade que a banda sempre teve. FullBlackHabit foi produzido por Bill Keneddy ( NIN, Sepultura, Megadeth ), que já havia produzido o ótimo SuperCoolNothing . Os músicos contratados para a gravação foram: Steve Pig (guitarra, do KMFDM); Paul Raven (baixo, já trabalhou com Killing Joke, Ministry, Prong), Kraig Tyler (baixo); Jason Bazinet (percussão); Bildeaux (programação). No vocais, o frontman Eric Powell. O som do album é cru e pesado. As guitarras vêm com baixa afinação. O clima denso e sombrio das músicas é completado por baixo e bateria eletrônica fundidos a uma bem Ponto Nulo No Céu produzida música eletrônica. O Ciclo Interminável vocal de Eric Powell é arrastado e envolvente. Com uma sensibilidade musical incrível e digna de ser aclamada pela crítica nacional não só em momentos obscuros como o atual em que a plasticidade se encontra no auge dos gran-


des centros e cenas de modas não parecem ter mais fim, PONTO NULO NO CÉU vem para trazer esperança. Talvez não com novas tendências, mas com uma plausível originalidade em seu primeiro registro oficial intitulado CICLO INTERMINÁVEL. Seria injusto por minha parte dizer que o play que conta com seis faixas embora a sua abertura seja apenas um tema mais experimental executado na guitarra não emociona, as linhas de voz cantadas divinamente por Dijjy elevam o ser em níveis de sublimidade conhecidos apenas por aqueles que realmente se deixam envolver pelo ensino fundamental da arte, assim também não menos se mostram Vinícius (Guitarra), Henrique (Baixo) e Júlio (Bateria) que tendo em mãos uma gravação extremamente consistente esbanjam alto domínio técnico em seus respectivos instrumentos e mostram que esse projeto recém-nascido ainda tem muito para mostrar. O E.P. conta com pouco mais de 22 min de um som que fará você questionar sua consciência sobre rótulos que conheça... Arriscaria em um new metal um pouco mais agressivo, mas minha opinião neste caso seria de mera importância, pois onde há música de qualidade, meus tímpanos estarão vibrando.

pela própria banda e gravado no estúdio “audioplace” , a arte foi assinada por OGA e consiste em um encarte simples com algumas fotos da banda e todas as letras das músicas , simples porém muito bem feito. Impossível falar deste EP sem citar o conteúdo das letras , são letras fortes que tratam em sua maioria de ódio , raiva e Deus . Dá pra ter uma boa noção da ideologia da banda a partir de suas letras , com relação ao som , diria que é uma mescla de hardcore nova yorquino, thrash e metal moderno tudo isso cantado em português . Dificil destacar os melhores sons mas pra mim ficam por conta do primeiro chamado “Deus criou o ódio” que possuí um ótimo refrão cheio de peso na base e no vocal , do quarto som “Deus” e de “Ódio apenas ódio” a sexta música , com uma letra cheia de raiva e uma base extremamente brutal que pra mim é a melhor do EP . Se você curte um som pesado , direto e o melhor “em português” corra atrás deste EP pois valerá muito a pena , caso tenha a oportunidade de comparecer a um show da banda aproveite , pois a apresentação faz jus a suas letras .

The Used

Lies For The Liars

DL.36

Perturbem-se Todos os Meus Inimigos DL36 é uma banda de São Paulo que recentemente se apresentou na quinta edição do festival HATE FEST , gravaram este EP no ano de 2005 com o nome de “Perturbem-se todos os meus inimigos” que possuí 6 faixas. Este Ep foi produzido

The Used, a mesma banda que abriu as portas para bandas como Underoath e Funeral For a Friend, veio a ser conhecido pelo mundo a alguns anos atrás, com o sucesso de músicas como “A box full of sharp objects” e “Taste of Ink”. Após 2 álbuns, o The Used lança Lies For The Liars. Novos experimentos que fazem o som fugir do velho estilo da banda, em alguns mo-

em alguns momentos. Introdução de várias bases eletrônicas nesse album, que no meu ponto de vista, não foram bem colocadas. Mais uma tentativa, frustada de inovação, de alguma banda. O single “The Bird And The Worm”, foi a única faixa que veio e chegou mais perto do meu agrado, mesmo que possua uns elementos em sua musicalidade que lembrem muito Panic! At the Disco. Escute “The Ripper”(repare nos efeitos eletrônicos sem necessidade empregados nessa faixa), e se pergunte: “Esta é a mesma banda que compôs “A Box full of sharp objects?”. Está meio longe de parecer ser.

Black Light Burns Cruel Melody

Projeitos paralelos sempre são bem-vindos, e com esse não poderia ser diferente. A vez agora é do Wes Borland, e logo de início: não, não parece com Limp Bizkit. Nessa banda Wes assume os vocais, e não faz nem um pouco feio. A banda conta também com Danny Lohner, exNine Inch Nails, que puxou sim o som da banda mais para esse lado que era acustumado a tocar, ouça “Lie” e saberá o que estou dizendo. Assim como o próprio o Wes, que se diz satisfeitíssimo com o álbum de sua banda, o som deles me agradou.“4 walls” nos apresenta esse som novo feito pelo ex-guitarrista do Limp Bizkit, uma pegada foda, diferente do que ele vinha fazendo, sim ele canta realmente bem, e sobre as guitarras, não comento, já sabemos do que se trata. No myspace da banda eles se classificam como Gothic / Electro, em “Animal” me lembra algo mais alterna, e na seqüência com “Cruel Melody”, título do álbum também, não deixam nem um pouco a desejar o até agora. “Iodine Sky”, soa um pouco como um “intervalo” no álbum, uma longa e envolvente faixa sem vocal, são 8 minutos que eu já ouvi pacientemente varias vezes. Logo na seqüência “Lie”, que eu já mencionei aqui, “Now I’m burning alive, just like you”, simples assim no refrão, muito boa, mesmo, 1ª escolha dos caras para um single. Segue então, o álbum com mais 4 faixas, e a forte e intensa “The Mark” para fechar.Muito boa estréia do Wes com o Black Light Burns. No geral, um ótimo álbum, daqueles que vc escuta tranquilamente sem cansar, faixa por faixa, e com certeza, de pelo menos 3 musicas vc sai gostando. Está longe do tipo de álbum que nenhuma faixa presta.


Norma Jean Redeemer

Depois de um ótimo trabalho com O’ God the Aftermath, os caras do Norma Jean deixaram de lado o que fez da banda uma das mais criativas, e incluiu no novo álbum “Redeemer”, hits, músicas mais fáceis, sem aquela característica aparente de horror e alucinações em meio a músicas desesperadoras, mesmo tendo ligações realmente fortes com o cristianismo (o que não muda nada em relação a banda, nem faz com que os caras tenham que fazer um som menos agressivo). Inicialmente, achei esse disco uma bosta. Mas, fui ouvindo de forma forçada, e acabei vendo uma qualidade estranha, que, não deixa de ser a cara do Norma Jean. Qualidade essa que é saliente, e quem procura aquele caos dos primeiros discos, encontra sim, mas, encontra numa forma mais degastada, infelizmente.O álbum tem 11 músicas, pouquíssimas são ruins de verdade. É bem diferente sim, mas é muito loco também.A primeira faixa é a The Longest Last Statement, é melhor “numero 1” dos discos do Norma Jean, gritaria e uma atmosfera arriscada, aparentemente calma e surpreendente! Amnesty Please, é o som mais corrosivo, o refrão surpreende, chega a ser anestésico. É o começo mais arrepiante de todo o álbum. Gritaria e um fundo de arremessos de surto, são nítidos na faixa. O que me intriga é saber como eles conseguem mudar tanto, de música pra música em um álbum só. Uma das que mais gostei no álbum foi A Tempermental Widower, por ser simples, e pequena, começa estourando, e termina repentinamente, o teor de caos da música é o maior.

e termina repentinamente, o teor de caos da música é o maior. Rápida e intensa, mostra a capacidade e talento da banda, e que ainda sobra. Songs Sound Much Sadder, é esse o som INSANO, a música mais perdida, mais confusa, mais brilhante do álbum todo, busca altas e intermináveis reações do ouvinte, com certeza, a melhor reação será mutua entre todos que ouvirem. É um algo inexplicável ouvir essa faixa, com certeza o que há de melhor no álbum. Cemetery Like Stage, faltou tudo nessa música, agressão, distorção, grito, um vocal de verdade. Ou seja, tudo mesmo. É a fraca do álbum, deixa a desejar em tudo. The End Of All Things Will Be Televised, é a faixa com cara de medo, não é extrema nem suave, mas, traz, entre desespero e gritos infinitos, algo semelhante a frustração, um ar de perda, uma sensação de liberdade, mas, entre gritos de quem se faz preso em uma jaula. É surpreendente. Blue Prints For Future Homes é a cara de Single do álbum, começo diversificado, o melhor refrão, viciante, é aquela música que fica na cabeça por horas e você nem percebe. E que, por fim, era bem o intuito da banda. Quem ouvir o álbum e não se impressionar com A Small Spark Vs. A Great Forest, não entendeu nada do que foi feito no álbum todo, explosão máxima, distorções destruidoras, grande satisfação, uma das melhores mesmo, e sem duvida, a perfeita pra finalizar. Norma Jean é uma das bandas mais caóticas que conheço, e afirmo, esse álbum é muito bom, só não traz o mesmo nível de insanidade e explosões tão continuas, como nos anteriores, mas, é cheio de surpresa. Indiscutível a qualidade da banda.



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