+ 27 Roteiros para Pequenos Grupos – Volume 2

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Copyright2008 por Priscila R. Aguiar Laranjeira Todos os direitos reservados por: A. D. Santos Editora Al. Júlia da Costa, 215 80410-070 - Curitiba - Paraná - Brasil +55(41)3207-8585 www.adsantos.com.br editora@adsantos.com.br

Capa: PROC Design Projeto Gráfico e Diagramação: Manoel Menezes Impressão e acabamento: Editora Betânia

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) LARANJEIRA, Priscila R. Aguiar +27 ROTEIROS – Para encontros de grupos pequenos / Priscila R. Aguiar Laranjeira – Curitiba: A. D. SANTOS EDITORA, 2007. 144 p. ISBN – 978-85-7459-157-5 1. Bíblia – Estudo e Ensino CDD – 220.07 1ª Edição: Março / 2009 – 2.000 exemplares Proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios a não ser em citações breves, com indicação da fonte.

Edição e Distribuição:


AGRADECIMENTOS Vejo com certa freqüência pais e líderes se preocupando intensamente com os conceitos morais da nova geração. Nossos jovens têm fugido dos ensinamentos bíblicos com uma facilidade, uma tranqüilidade e uma relatividade preocupantes. Por isso mesmo sou grata a Deus pela vida de meus pais – Maria Jesus Aguiar e Florisvaldo Rodrigues Aguiar que “me ensinaram o caminho que eu devo andar”. Desde os meus primeiros anos de vida vivenciei com eles as maravilhosas verdades contidas na Bíblia – a Palavra de Deus e foi com eles que aprendi que Jesus é real, é Senhor, Conselheiro e Bom Pastor. À todos os irmãos em Cristo Jesus que semanalmente, utilizam e aperfeiçoam os roteiros. Deus os edifique e recompense sempre. Ao meu esposo Milton Laranjeira Pinto Júnior que me apóia e entende e que me permite fazer parte de seu chamado ministerial. À minha filha Kennely Desirée Aguiar Laranjeira, que apesar de ter reclamado muitas vezes do tempo que gasto ao telefone e no computador trabalhando para a obra de Deus, sempre entende e aceita e é minha companheirinha de todas as horas. A Deus o agradecimento maior pela oportunidade e pelo privilégio de servi-lo. A Jesus que me dá sua preciosa amizade e ao doce Espírito Santo, pela companhia em todos os momentos, o meu louvor e gratidão. Que este segundo volume abençoe e edifique sua vida e o encontro de seu grupo pequeno. Priscila R. Aguiar Laranjeira

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ÍNDICE GERAL Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Como Jesus fez a mudança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 Modelo da Igreja Primitiva. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 Os Valores do Reino e os Grupos Pequenos . . . . . . . . . . . . . . . . 8 Grupos de Comunhão ou Grupos Pequenos. . . . . . . . . . . . . . . . 11 Os itens do Roteiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 A presença de Cristo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Os cânticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 O propósito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 A Lista dos 10+ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 A palavra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 O poder . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 Conclusão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Quebra-gelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Instituindo um relógio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Como enriquecer o encontro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 Estratégias para ajudar no Ministério de Grupos Pequenos . . . . . 21 Devocionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 Mais 40 quebra-gelos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123

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ÍNDICE DOS ROTEIROS: 1. Braços erguidos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 2. Dura para sempre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 3. O maior tem que ser o menor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 4. Com Jesus em minha vida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 5. Eu Sou quem Sou . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 6. Arrependei-vos e vivei . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 7. Ambiente de adoração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61 8. Vaso novo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65 9. A futura felicidade de Jerusalém . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 10. O joio e o semeador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 11. O tesouro escondido, a pérola de grande valor e a rede arrasto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 12. O servo infiel e o fermento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 13. Jesus alimenta a multidão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78 14. As preocupações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81 15. Com Jesus presente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84 16. O Salvador chegou . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87 17. Filhos de Deus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90 18. Amem uns aos outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93 19. A corrida para a meta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 20. Jesus – o caminho para o pai . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99 21. Fidelidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102

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22. Relacionamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105 23. Crescimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108 24. A luta interior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 25. O amor de Deus em Cristo Jesus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114 26. Consolo para os que choram . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117 27. O mover das รกguas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138

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INTRODUÇÃO Quando iniciamos algo, sempre procuramos modelos, exemplos a serem seguidos. Nosso modelo inicial foi o material produzido pelo Ministério Igreja em Células do Brasil, sob a liderança do Pastor Robert Michel Lay. Há cerca de 20 anos este precioso Ministério trabalha visando à estruturação de uma igreja forte e sadia no Brasil. Dois conceitos fundamentais foram incutidos em nossa mente e coração: um grupo pequeno deve estar baseado em relacionamento e evangelismo. Por que estes dois pontos são tão importantes na vida de um grupo cristão, seja um grupo familiar, um grupo de jovens, um grupo de estudo bíblico? Porque as pessoas procuram conhecer a Deus e ao próximo buscando relacionamentos significativos. Tão logo o relacionamento com Deus e o próximo se fortalece, as pessoas se conscientizam que precisam ganhar novas pessoas para Jesus. Este material é adequado para todos os tipos de encontros de grupos pequenos, principalmente para aqueles em que os líderes têm muita boa vontade e pouco conhecimento ou ainda pouco tempo para preparar o encontro. Ao compartilharmos conceitos morais ou princípios, estes devem ser analisados à luz da Palavra de Deus. A Bíblia é nosso código de fé e prática. Por esse motivo, apesar de não nos aprofundarmos no tema bíblico enfocado, é a Bíblia a nossa orientação e palavra final.

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COMO JESUS FEZ A MUDANÇA? “A Igreja do Novo Testamento foi o resultado da transição da instituição do judaísmo centrado num local geográfico (Israel), numa cidade (Jerusalém) num templo (casa de Deus), num sacerdócio limitado a uma tribo (Levi) e num dia específico de adoração (Sábado), com a finalidade exclusiva de preservação da instituição com os seus ritos, preceitos e leis, para um movimento leve, ágil e penetrante, sem centralização num local geográfico”. Como isso aconteceu? Por meio de Jesus que deu a seguinte ordem: “ide por todo mundo e fazei discípulos de todas as nações.” Quando o mundo passou a ser o alvo, todas as cidades passaram a ser importantes. O templo em Jerusalém deixou de ser o único local de adoração e celebração. As casas como as de Lídia, Áquila e Priscila, Filemon, Ninfa, etc. passaram a ser igrejas. Todo cristão faz parte do sacerdócio real. Todos os dias são dias para louvor e adoração e agora somos o templo do Espírito Santo de Deus. Jesus foi o protagonista desta transição. É com Ele que devemos aprender. Foi Jesus quem nos mostrou com se transiciona da instituição para o movimento. O imperador Constantino, no Século IV, devolveu a igreja ao velho molde, abandonando tudo o que havia sido construído no Novo Testamento. O ministério de Jesus levou aproximadamente três anos e meio. Os valores arraigados não são mudados facilmente. Investe-se tempo para a mudança. Cada ser humano é a soma de experiências e é preciso mudança para que novos valores sejam acrescentados à nossa vida. Veja alguns exemplos bem simples: a) Pessoas que trabalharam 20, 25, 30 anos como vendedores, pensam que só sabem ser vendedores. É preciso uma mudança (muitas vezes drástica, como o desemprego) para que eles encarem novas possibili-

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dades. Mesmo assim, o mais comum é a pessoa tentar novamente ser um vendedor. b) Determinadas famílias moraram em uma determinada cidade, em um determinado bairro durante toda a vida. Ali fizeram amigos, conheceram o comércio, os médicos, os dentistas, os filhos se acostumaram com as escolas próximas... Mas aí surge a necessidade de uma mudança. E agora, o que fazer? Programar a mudança. Preparar para a mudança. Nesta preparação, fazemos algumas novas mudanças, tais como: limpeza das estantes, jogar fora o que não serve mais, comprar novos móveis, trocar de carro, etc. O Ministério de Jesus teve resultados significativos. Ele fez discípulos e estes fizeram novos discípulos, até que cento e vinte pessoas estivessem prontas para receber a unção do Espírito Santo no Pentecostes para lançar o movimento chamado de igreja. Todo o judaísmo legalista teve que ser substituído por um estilo de vida demonstrado por Jesus com base na salvação pela graça, mediante a fé (Efésios 2:8 e 9). Hoje existem alguns pastores que estão implantando grupos pequenos (não importa sob que nome) no ato, após um fim-de-semana. Eles decretam: “a partir de agora nosso modelo de igreja é outro, vamos funcionar sem os eventos, sem ministérios de louvor e adoração, de casais, de famílias, de jovens, de adolescentes...”, sem levar em consideração a necessidade da mudança de valores. Infelizmente este sistema, na maioria dos casos, dá errado. Principalmente quando se trata das igrejas chamadas históricas. Precisamos aprender com Jesus. COMO JESUS ENSINOU QUE PASTOREIO MÚTUO E TRABALHO RELACIONAL SÃO MAIS IMPORTANTE QUE O TEMPLO E QUE AS SINAGOGAS? 1. Com trabalho duro e em constante oração – Jesus suou a camisa. No Novo testamento aprendemos que o próximo deve ser amado como amamos a nós mesmos. Jesus pregou e ensinou por meio de seu exemplo pessoal. Ele teve compaixão da multidão; curou os doentes, amou e cuidou das crianças. Jesus orou diariamente, e muito, pedindo ao Pai Celeste força e orientação para fazer a sua vontade. 3


A mudança começa de cima para baixo. Acredite, a mudança começa na vida do pastor, pois se o líder maior e todos os demais pastores não tiverem a visão de uma igreja onde pastoreio mútuo é essencial para um crescimento espiritual e numérico, provavelmente a implantação dos grupos pequenos não irá adiante. 2. Ele escolheu, treinou e capacitou seus líderes – Jesus escolheu seus doze mais próximos para discipular, ensinar pessoalmente. Depois ampliou o número para setenta ao enviá-los de dois em dois e, finalmente, os cento e vinte no cenáculo. 3. Jesus viveu com seus discípulos uma fase de protótipo – Antes de recrutar mais gente, Jesus trabalhou apenas com um grupo pequeno: seus discípulos. E aqui vale ressaltar que não há mágica no número 12. Um grupo pequeno pode ser iniciado com 3, 5, 7 ou mais pessoas. Pode ser iniciado por interesse em comum, por afinidade ou por proximidade geográfica. Antes de implantar uma nova metodologia de trabalho, faça um teste. Escolha alguns líderes e durante alguns meses trabalhe com eles a nova estratégia. Não imponha, deixe o Espírito Santo de Deus agir livremente. Sempre que possível acate sugestões, mude o que for necessário, estabeleça um modelo que atenda a necessidade de seu grupo. 4. A visão é fundamental, mas os valores devem ser ensinados em primeiro lugar – Jesus ensinou valores. E que valores! Amor, bondade, humildade, mansidão, serviço, fidelidade. Não adianta ficarmos falando da visão de uma igreja com grupos pequenos sem antes firmarmos e reafirmamos os seus valores. Muitos ouvem falar que a igreja do Novo Testamento funcionava nas casas e “torcem o nariz”. Não queremos este modelo, não queremos que nossa privacidade seja invadida. “Mas por que encontros nas casas? Por que encontros de grupos pequenos? É tão bom ser mais um na multidão... Assim não me comprometo.” Falar muito da visão antes de viver os valores cria uma expectativa que leva à frustração. Não prometa antes de poder cumprir. 5. Não mudando as estruturas antes da hora – Jesus ensinou, demonstrou, viveu. Depois fez a mudança. Ele pregou em casas (quando curou o aleijado levado pelos quatro amigos), pregou nos montes, dentro de um barco. 4


Muitos pastores entusiasmam-se com algo novo e saem correndo para mudar tudo. Acabam com os programas na igreja e frustram crianças, adolescentes, jovens, adultos e terceira idade. Na maioria das igrejas o maior medo é: os ministérios vão acabar? Os coros vão acabar? Com a estrutura dos grupos pequenos, delineada e implantada, esse medo passará. Algumas estruturas serão fortalecidas e, sim, outras deixarão de existir. “Como alguém tira um osso seco de um cachorro? Mostrando a ele um suculento bife.” O exemplo pode ser forte, mas deixa claro que apesar de existir algo melhor em vista não queremos abrir mão do que já conquistamos. “Seguro morreu de velho.” “Mas quem não arrisca não petisca.” 6. Não despreze e nem descarte quem ainda não entendeu e nem se comprometeu com pastoreio mútuo e evangelismo por amizade – Jesus não menosprezou e nem desprezou a ninguém. Desde doutores da lei até os mais humildes ele ensinou com amor, com respeito, aceitando-os apesar e por suas limitações. Alguns líderes não conseguem passar a visão e quando seus liderados não a entendem eles os menosprezam, os deixam de lado. Alguns fazem com que os liderados se sintam como se fossem de segunda categoria; isso não é justo, nem bíblico. “Não por força, nem por violência.” O Espírito Santo convence por meio do amor, da tolerância e serviço e não por meio da arrogância presunçosa. 7. Antes de começar, planeje – Nada de mudanças radicais sem planejamento estratégico.

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MODELO DA IGREJA PRIMITIVA Sabemos que hoje, muitas igrejas estão preocupadas com mega templos e não temos absolutamente nada contra isso, desde que estas igrejas também estejam investindo em pessoas, em vidas. A igreja de Atos 2 era capaz de “vencer a perseguição, penetrar o mundo, preparar os santos, mudar a sociedade, adorar a Deus, edificar a si mesma, treinar líderes”. Mas como isso era possível? Com a presença de Cristo. Atos 2:17-21 e Atos 2: 25-28 A idéia de encontros nas casas não é nada nova. Foi assim que a igreja primitiva começou. A Bíblia relata algumas casas que foram usadas para encontros de cristãos:

• A casa de Jason em Tessalônica foi usada com este propósito. Atos 17:5 • A casa de Tício, o Justo, situada estrategicamente do outro lado da sinagoga (com a qual Paulo rompeu) em Corinto era um local de encontro. Atos 18:7 • A casa de Felipe em Cesaréia era um lugar onde Paulo e seus companheiros e peregrinos como Ágabo eram bem-vindos. Atos 21:8 • A casa de Lídia em Filipos era tanto um local de encontro como um local para hospedar Paulo. Atos 16:40 • Áquila e Priscila mantiveram uma igreja em sua casa onde quer que eles morassem, seja em Corinto, seja em Roma. Romanos 16:3-5, Atos 18:3 • A casa do carcereiro de Filipos era usada como um centro evangelístico depois de sua conversão dramática. Atos 16 • Toda a família de Estéfanes foi batizada pelo próprio Paulo e ele usava essa casa para o serviço dos santos. 1Coríntios 1:16, 16:15 • A sala superior de uma casa pertencente à mãe de Marcos em Jerusalém foi o primeiro local de encontros da igreja. Atos 12:12 6


• A casa de Filemon também foi citada como local de encontro de cristãos. Filemon 1:2 Não deveria causar surpresa, em nossos dias, que a “igreja nas casas” torne-se um fator fundamental no crescimento da fé cristã. Relação das casas sugerida por Michael Green, Evangelism in the Early Crurch – Hodder & Stoughton: London, 1970.

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OS VALORES DO REINO E OS GRUPOS PEQUENOS Jesus disse: “Eu sou a videira, vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim, vocês não podem fazer coisa alguma” João 15:5. O que são valores? São prioridades internas que se expressam consistentemente em ações concretas. TODOS têm valores! A pergunta não é se você tem valores, mas quais são os seus valores? Os valores declarados freqüentemente não são os valores reais. Exemplo: “Nós valorizamos evangelismo, missões e oração”. A pergunta é: você está fazendo evangelismo? Missões? Quanto tempo investe em oração? As pessoas fazem o que elas valorizam e valorizam o que fazem! Quais são os valores chaves no reino? Em Mateus 22:35-39 temos a resposta: “Jesus respondeu: Amarás o senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.” Os valores do reino são baseados em relacionamentos:

• Amar o Senhor teu Deus • Amar o teu próximo como a ti mesmo: expresso na vida de corpo e em evangelismo e missões. Como você pode discernir os valores? Não por meio de perguntas! Observando onde as pessoas gastam seu tempo, energia e dinheiro.

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A necessidade de mudança de valores A prática cristã tem que ser direcionada para a presença de Deus! A base é Deus. Depois estão os seus princípios, seus valores, suas prioridades e finalmente a prática. 1. Institucionalismo e legalismo estão no nível das práticas. 2. Os princípios cristãos estão debaixo de camadas de práticas, prioridades e valores. Na história, Deus tem rompido periodicamente estas camadas, levando a sua igreja à Rocha para refazer valores, prioridades e práticas (A rocha é JESUS). 3. Cristianismo é viver na presença e da presença de Deus e não de práticas. Na igreja institucional vive-se na prática como se estivesse vivendo na teologia. As práticas devem refletir os ensinamentos bíblicos.

Entendendo a mudança de valores A mudança de valores é possível. Tenha em mente o grupo eclético com que Jesus trabalhou! Pessoas distintas, com suas personalidades e características próprias. É importante saber que a mudança leva tempo e que a mudança de valores da igreja deve começar com você! O poder de ser modelo. “Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz.” João 13:15 “Irmãos, unam-se em seguir o meu exemplo.” Filipenses 3:17 “Tornem-se meus imitadores, como eu sou de Cristo.” 1 Coríntios 11:1

Recursos para a mudança Lembre-se:

• Trabalhe o material primeiro com seus líderes. • Muitos deles podem ser usados nas classes existentes na igreja. • Informações muito raramente causam mudança de valores. • Oração – Ore sempre. Ore muito. 9


• Evangelismo por amizade. • Vida de Corpo. • Treinamento continuado e atualizado. • Leitura diária da Palavra de Deus. • Enriquecimento espiritual por meio de leituras que edificam.

Mudando os valores da Igreja Neil Anderson em Setting Your Church Free (Libertando a Sua Igreja) esboça um processo para ajudar a igreja. Consiste em sete passos que requerem tempo para serem executados e vivenciados, e sete estratégias para integrar novos valores na visão de uma igreja com grupos pequenos. Os sete passos são: 1. Descubra os pontos fortes da igreja 2. Encare as fraquezas da igreja 3. Valorize as memórias 4. Trate os conflitos e os pecados 5. Não menospreze inimigos espirituais 6. Tenha um plano de ação para oração 7. Descubra estratégias para a liderança As sete estratégias são: 1. Oração pessoal. 2. Oração em grupo. 3. Mensagens que ajudem as pessoas a se sentirem bem-vindas à família de Deus. 4. Envolvimento de líderes. 5. Debate da execução prática. 6. Relatório para os membros. 7. Oração de intercessão. Lembre-se de sempre ouvir e, sempre que possível, acatar e colocar em prática boas sugestões.

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GRUPOS PEQUENOS OU GRUPOS DE COMUNHÃO Os grupos pequenos, são instrumentos eficientes para evangelização, comunhão, adoração, discipulado e serviço. NOSSA VISÃO – de forma gradativa e segura queremos ampliar nossos grupos, proporcionando alternativas diferenciadas para integração dos membros. TREINAMENTO – para liderar um grupo é necessário receber treinamento apropriado, que é ministrado num grupo especial de formação de líderes. Deverão ser estudados, dentre outros, os seguintes temas: objetivos dos grupos, estrutura geral, como desenvolver uma reunião de grupo, evangelizando através dos grupos, grupos de oração, grupos de ensino, etapas na vida de um grupo, etc. Mas quais as vantagens de uma igreja estruturada em Grupos pequenos? É FLEXÍVEL Como o grupo é pequeno, ele pode facilmente mudar seus procedimentos ou funções para ir ao encontro de situações de mudanças ou ainda atingir objetivos diferentes. É MOVEL Um grupo pequeno pode se encontrar numa casa, num escritório, numa loja ou em qualquer outro lugar. É INCLUSIVA Um grupo pequeno pode mostrar uma abertura cativante a todos os tipos de pessoas. É PESSOAL Num grupo pequeno uma pessoa se encontra com outras pessoas.

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PODE CRESCER AO SE DIVIDIR (MULTIPLICAR) Pode multiplicar-se em dois, quatro, oito ou mais, dependendo da vitalidade de cada grupo. PODE TORNAR-SE UM MEIO EFICIENTE DE EVANGELISMO O grupo pequeno é o melhor ambiente em que pecadores podem ouvir o Evangelho e crer em Jesus. EXIGE LIDERANÇA PREPARADA O sucesso dos grupos depende da competência dos líderes. É ADAPTÁVEL À IGREJA INSTITUCIONAL Grupos pequenos podem ser introduzidos na Igreja sem dissolvê-la. (Síntese de texto elaborada por Howard Snyder).

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OS ITENS DO ROTEIRO • Tempo de reconhecer a PRESENÇA de Cristo • Tempo para orar e refletir no PROPÓSITO do encontro • Tempo da PALAVRA de Deus • Tempo de vivenciar o PODER edificador de Cristo

A Presença de Cristo Com a melhor das intenções, há o perigo de que um grupo se torne o grupo-de quem-resolve-problemas-espirituais em vez de ser um grupo edificado por Cristo. A Bíblia claramente diz: “Onde estiver dois ou três reunidos em meu nome, ali estarei eu”. No primeiro grupo, todos querem apresentar suas habilidades, querem sobressair, falar mais, saber mais, conhecer mais da Bíblia ou do assunto abordado. No segundo grupo a preocupação é diferente: busca-se a presença de Cristo, Sua orientação, Sua sabedoria e os recursos de Deus. Jesus quer abençoar e edificar a vida do grupo e a vida de cada um. Alguns pontos importantes a serem considerados: 1. Como Jesus vai resolver o problema? 2. Qual é o problema? 3. Aonde Jesus vai resolvê-lo? 4. Quando Ele vai resolver? 5. Será que o problema é realmente tão grande quanto achamos? Como Deus vê o nosso problema? Confiar na Presença de Cristo em nosso encontro é:

• Submissão a Cristo, mesmo que as minhas feridas e necessidades pareçam enormes. • Ouvir o que Deus está falando por meio de sua Palavra.

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• Ser submisso às orientações das autoridades constituídas por Deus em nossa comunidade de fé. • Permitir o agir de Deus em nossa vida. Permitir que Ele nos molde de acordo com a Sua vontade.

Os Cânticos, os Salmos, as expressões de gratidão e louvor Jesus está presente e quer nos edificar. Podemos entrar em Sua Presença, porque quando Jesus morreu na cruz o véu foi rasgado e Ele nos deu livre acesso ao Pai. Os cânticos, os Salmos, as expressões de gratidão e louvor, “abrem as portas” dos nossos corações para permitir a ação de Deus. Sabemos que o louvor liberta e por meio de cânticos e de expressões de gratidão podemos elevar nossa mente e coração ao Pai, deixando de lado os problemas. Deixando de lado, ainda que momentaneamente nossas ansiedades, angústias e preocupações.

O Propósito Ray Stedman em seu livro “Igreja Corpo Vivo de Cristo”, diz: “A igreja primitiva se valia de um duplo testemunho como meio de alcançar e impressionar um mundo cínico e incrédulo: Kerigma (proclamação, anúncio) e Koinonia (comunhão). Era a combinação destes dois testemunhos que tornou o testemunho da igreja tão poderoso e eficiente. A igreja atual tem conseguido se livrar da Koinonia quase que por completo, reduzindo o testemunho a kerigma (proclamação)”. Você deve pensar: “Mas o evangelismo é o mais importante para o crescimento da igreja!” É fato que o evangelismo é importante, mas é preciso que haja também comunhão, relacionamento. O ser humano carece de relacionamentos e muitos se aproximam de uma comunidade de fé em busca de relacionamentos – com Deus, com o próximo. O propósito da vida em comunhão é desenvolver relacionamentos e anunciar a salvação àqueles que ainda não conhecem a Jesus (evangelismo). Por isso mesmo, ao encontrar esse item em um roteiro ele não deve ser menosprezado. O item diz que devemos orar em favor

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dos amigos, parentes, colegas de trabalho,de escola, vizinhos afim de que eles venham a conhecer e aceitar a salvação que só é encontrada em Cristo Jesus.

A Lista dos 10+ Você sabe o que é a Lista dos 10+? É uma lista onde você relaciona os 10+ chegados ou os 10+ queridos que ainda não conhecem a Jesus e investe tempo orando em seu favor. Você pode até aprimorar esta lista, fazendo a sua lista dos 100+, dos 1000+. A idéia é que você liste aquelas pessoas de seu relacionamento (sejam familiares, amigos, vizinhos, colegas de trabalho...) que ainda não aceitaram a Jesus Cristo como Senhor e Salvador e esteja intercedendo diariamente por elas. Não deve ser apenas mais uma lista, mas deve ser A lista. Ande com ela na carteira ,na agenda, na Bíblia ou no local que diariamente você tem contato para que ela não seja esquecida. Verifique a atuação de Deus e acrescente novos nomes. Nunca desista de orar em favor das pessoas que você quer ver rendidas aos pés de Jesus.

A Palavra “O Novo Testamento coloca uma ênfase substancial sobre as necessidades que os cristãos têm de conhecer uns aos outros, confessar pecados uns aos outros, repreender, exortar, admoestar uns aos outros, ministrar uns aos outros com a palavra, pelos cânticos e pela oração, afim de compreender com todos os santos, como diz Paulo, qual é a largura, comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo o conhecimento”. (Efésios 3:18,19) Ray Stedman Compartilhar a Palavra de Deus traz conforto, respostas, paz, orientação. O apóstolo Paulo nunca escondeu seu pensamento de como uma igreja deveria funcionar e ele jamais se desviou de sua opinião de que a igreja é uma grande família – a família de Deus, muito além de uma instituição religiosa ou pessoal. Deus tem nos feito integrantes de sua família, enviando-nos “O Espírito de Seu Filho aos nossos corações, 15


que clama Abba, Pai!” Ele nos chama para entrarmos num relacionamento real uns com os outros para que amemos “uns aos outros com amor fraternal ” (Romanos 12:10). A verdade contida na morte de Jesus na cruz do Calvário nos mostra de forma dramática até que ponto Deus chegou para nos libertar. “Deus nos amou de tal maneira que deu seu Filho Unigênito, para que todo aquele que Nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna.”. (João 3:16) Deus derramou Seu Espírito (Romanos 12:10) porque nos ama e Jesus prometeu o consolador. A Palavra de Deus diz: “Deus tomou aqueles que eram de pouca importância e os transformou em algo majestoso (1 Coríntios 1:26-30)”. O momento da Palavra no encontro é para enriquecimento e crescimento na graça e no conhecimento. Não é um tempo reservado para estudo bíblico (este devem ser realizados na Escola Bíblica, nos grupos de estudinhos, etc.), mas compartilhar e aperfeiçoar a palavra em nossas vidas. E os visitantes? O que fazer com eles? Quando em seu encontro o número de visitantes não crentes for grande, ou o visitante demonstrar total falta de conhecimento do assunto, explique e demonstre na prática que mesmo sem conhecer a Bíblia é possível conversar sobre um texto bíblico e ser edificado pela mensagem da Palavra de Deus. Sem “achismos” o visitante pode contribuir com sua opinião e com sua maneira de encarar a vida. “Meditar na Palavra de Deus é um ótimo antídoto contra a fofoca santa, que pode acontecer quando nos reunimos, quando visitamos socialmente um irmão ou quando conversamos pelos corredores do templo. A Bíblia nos aconselha claramente a fugirmos destas situações. Não use a desculpa da oração para contar algo que lhe foi confidenciado”.

O Poder • No roteiro este item é o momento de orar em favor uns dos outros; apresentar a Deus necessidades, ansiedades, dificuldades; motivos

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de gratidão; de louvor e de adoração. Muitos transformam o momento do PODER em momento de PEDIR. Nada errado, mas não podemos deixar de AGRADECER, LOUVAR e EXALTAR ao nosso Deus.

• No encontro do grupo este deve ser o momento para: – Integração e Comunhão: somos diferentes, mas juntos em nossa diversidade somos mais fortes e agregamos valores. – Confissão: Nossos pecados devem ser confessados a Deus. Declarar e assumir “sou um pecador e confesso os pecados” só deve acontecer no grupo se a confissão for para edificação do grupo. Exemplo: alguém se indispôs com um dos membros do grupo, confessa, se arrepende e pede perdão. – Unidade: “decisões” na comunidade são alcançadas por consenso, todos são líderes em potencial. Exemplo: passeio em dia de feriado. Todos podem ir? Onde? Todos têm condições de chegar até o local? Podem levar o que foi solicitado? – Comunidade: é uma realidade divina. Deus nos transformou em uma família. Podemos compartilhar nossas necessidades, anseios, nossas alegrias, etc. – Cura: Deus pode curar nossas emoções físicas e espirituais. – Segurança: temos em nosso grupo responsabilidade ilimitada uns para com os outros. O sentimento que deve imperar é: “nunca me senti tão desnudado, mas também nunca me senti tão seguro”. Esta segurança advém da confiança de que nossa família ao compartilhar problemas e dificuldades tratará o assunto com o devido respeito e sigilo. Poderíamos falar horas a respeito deste item, mas cremos que já deu para se ter uma noção do quanto é importante estarmos, não apenas orando uns em favor dos outros, mas nos colocando como verdadeiros intercessores (sofrendo com quem sofre e alegrando com quem se alegra). Uma frase muita conhecida deixa bem clara a necessidade de oração e busca do poder de Deus: “Nenhuma oração, nenhum poder. Pouca oração, pouco poder. Muita oração, muito poder”. Quando oramos estamos nos comunicando com Deus e Ele gosta de falar conosco e

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