Amor Total - 2ª versão de Capa

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Copyright2012 por Frances J. Roberts This Portuguese language edition issued by special arrangemente with: Barbour Publishing, Inc., Uhrichsville, Ohio, U.S.A. Publicado no Brasil com a devida autorização e com todos os direitos reservados pela A. D. Santos Editora Al. Júlia da Costa, 215 80410-070 - Curitiba - Paraná - Brasil +55(41)3207-8585 www.adsantos.com.br editora@adsantos.com.br

Capa: PROC Design Diagramação: Manoel Menezes Tradução: Haroldo Janzen e Thomas Neufeld de Lima Impressão e acabamento: Reproset Locução no CD encartado: Adelson Damasceno Santos Acompanhamento Editorial: Priscila R. Aguiar Laranjeira

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Roberts, Frances J. Amor Total – Roberts, Frances J. do original Total Love– Curitiba: A.D. Santos Editora, 2012 – 224 p. ISBN – 1. Meditações CDD – 242 1ª Edição em português: Maio / 2012 – 6.000 exemplares. Proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios a não ser em citações breves, com indicação da fonte.

Edição e Distribuição:


ÍNDICE DAS MEDITAÇÕES Os números indicam as meditações e não as páginas. 1. Amor Total 2. Em busca de sua Pessoa 3. A lei da paciência 4. O olhar de Deus 5. Suportando sofrimentos 6. O amor bate à porta 7. Nenhuma dessas coisas me perturba 8. O Reino de Deus está em você 9. Concentre-se em Cristo 10. Ele ressuscitou 11. Muito bem, servo bom e fiel 12. E Jesus observava 13. Honra-me 14. O irmão que faltava 15. A tranquilidade da adoração 16. A atitude de gratidão 17. Não estranhe 18. O Noivo e a Noiva? 19. Lembretes oportunos 20. O princípio da transcendência 21. A pérola perdida - a humildade 22. O fator de equilíbrio 23. Um salmo de louvor 24. Senhor dos reis 25. Anjos de misericórdia 26. Sem reputação 27. Tenham coragem! 28. O poder criativo do amor de Deus 29. Deus não é culpado 30. Santidade e graça—parceiros inseparáveis 31. Cristo, nossa justiça 32. O grande Médico 33. Aqui está a sua felicidade 34. Libertar os cativos 35. Deus de esperança e paciência


36. Deus de graça 37. Cristo é a nossa vitória 38. A casca ou a semente? 39. O apito 40. A humildade, a graça dos despojados 41. A vitória está assegurada 42. As realidades do Espírito 43. Rebelião, feitiçaria e os falsos profetas 44. O Senhorio de Cristo 45. De Deus não se zomba 46. A armadura completa 47. Herdeiros de Deus 48. De volta aos princípios básicos 49. A “posição do Calvário” 50. Perfeição infinita 51. Gratidão 52. “Estou pronto para morrer” 53. O Homem Espiritual 54. O amor de Deus 55. A supremacia de Cristo 56. Viver em amor 57. Negociai até que eu venha (Lucas 19:13) 58. Na quietude da adoração 59. Ele Me glorificará 60. A força invencível do fluir da vida dele 61. O direito de não ter direitos 62. Viemos adorá-lo 63. As riquezas da sabedoria de Deus 64. Rocha da minha alma 65. A mensagem para Árquipo 66. Ondas de bênçãos 67. Paz e boa vontade para com os homens 68. Nada será impossível 69. Segure a minha mão com mais firmeza 70. Os filhos da promessa 71. A voz dos amados 72. Algo para pensar 73. Guardei-os em meu coração

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AMOR TOTAL – Meditações sobre o amor de Deus Amados, amemos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Foi assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, visto que Deus assim nos amou, nós também devemos amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor está aperfeiçoado em nós. Sabemos que permanecemos nele, e ele em nós, porque ele nos deu do seu Espírito. E vimos e testemunhamos que o Pai enviou seu Filho para ser o Salvador do mundo. Se alguém confessa publicamente que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele em Deus. Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele. 1 João 4:7-16

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1. A CHAMADA DO AMOR João 3.16

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ontinue firme, meu filhinho, e um dia saberá por que tantas provas e sofrimento foram enviados para prová-lo dessa forma. Nunca houve um dia mais glorioso que este que você pode ver agora, nunca houve uma canção mais doce que essa que você canta para mim. Amei-o no meio da escuridão e amei-o na luz; Sempre que precisou de mim, estive ao seu alcance. Nunca o deixei sozinho para batalhar por conta própria. Dei-lhe suas alegrias mais doces quando fez a minha vontade. Não o chamo de servo, não o chamo de amigo; o chamo de meu amado, E o amarei até o fim. Vou amá-lo quando o caminho for difícil, e quando a noite for longa; Vou lhe dar forças e esperança,e cantarei uma canção para você. Direi que o amo, direi que me importo com você. Caminharei ao seu lado e levarei todos os seus fardos. Darei a você esperança e coragem quando as suas forças chegarem ao fim. Andaremos juntos até o dia em que nos tornaremos um... O dia em que o chamarei para o além, para o céu aberto. Quando o recolher para mim mesmo eE secar os seus olhos cheios de lágrimas. Eliminarei toda dor do seu coração e sararei cada uma de suas perdas. Darei a você alegria, paz e vida em vez do sofrimento. E o que hoje parece um caminho árduo será esquecido ali, pois em minha presença tudo é novo, e tudo é bom e justo.


Então, levante a cabeça e sorria novamente, e deixe sua angústia ir; ela só me causa aflição e dor, porque o amo tanto assim. O amo com amor afável que não muda ao longo do tempo, e não é menor por causa de todos os seus pecados, nem poderia ser mais sublime, mesmo que você assumisse a forma de anjo, ou pudesse ser um santo; o amo, não por quem você é, mas por quem você é para mim. O vejo através da luz sagrada da minha própria divindade. O amo com o amor total Por toda eternidade!

Oração Nosso Deus e Pai, em nome de Jesus, chegamos a ti com mãos vazias e coração aberto. Nada temos a te oferecer senão nosso amor e nossa gratidão. Somos gratos por cada graça divina derramada sobre nós e te louvamos por quem tu és, à parte das tuas dádivas. Em ti nosso coração encontra paz, descanso e consolação. Tu és a nossa fonte de força, vida e poder sustentador. Tu és a nossa alegria. Em um mundo de mudanças, perda e decadência, somos renovados diariamente pelo teu Espírito, porque tu és o Imutável, e em ti a vida é sempre vibrante. Salva-nos da monotonia que nos mata aos poucos. Eleva-nos acima das cenas vis do mundo ao nosso redor, e faça-nos sempre lembrar que Deus “nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus”. Permite que nossos olhos espirituais vejam as belezas do reino dos céus. Ministra o teu toque confortador a cada alma necessitada e apressa-te em realizar a tua vontade na terra, pois teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém.

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2. EM BUSCA DE SUA PESSOA Filipenses 8

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esus sabia que veio a este mundo para morrer. Amados, nós também estamos aqui para morrer—morrer para a nossa natureza pecaminosa, nossos desejos insatisfeitos, nosso egoísmo e teimosia, sim, nossa rebelião e ressentimentos. Estamos aqui para morrer para os nossos direitos, as nossas exigências de satisfação, para a autopiedade e a atitude farisaica. Durante a vida toda, estamos sempre morrendo, mas estamos morrendo com o intuito de aperfeiçoar o nosso viver. Pois a verdadeira vida é Cristo. Encontrar vida e viver a vida é encontrar Cristo e viver Cristo. Vivemos de verdade na medida em que estamos identificados com Cristo. Estamos sempre em busca da clareza de visão que colocará Cristo em foco em nossa sensibilidade pessoal. Estamos em busca da sua pessoa em todas as dimensões do seu ser. Estamos engajados na busca de conhecê-lo como ele é e de nos tornarmos mais parecidos com ele; e a essência de nos tornarmos semelhantes a Cristo não vem tanto de nossa devoção quanto de sua pureza. Não se trata tanto do que somos em nós mesmos, mas daquilo que nos tornamos nele. Vemo-nos lutando com gigantes do mal, mas ele está enviando anjos de luz para nos proteger. Sentimos que estamos presos no tempo. Ele habita na eternidade e nos vê nele mesmo—irrestritos e ilimitados. Não precisamos rastejar no pó da derrota. O Vencedor mora no interior e nele não há limitações físicas. Nossa liberação é de acordo com a medida de nossa identificação consciente com Cristo. É o nosso amor por ele que vai nos unir, e nosso amor por ele é apenas a resposta ao amor que ele derramou sobre nós. Deus está continuamente usando o poder da redenção. Esse é um processo contínuo, operando em cada filho de Deus—operando de acordo com a sua vontade e, em última análise, trazen3


do filhos para a glória. Esse é o seu mandato e seu desejo supremo. Por esse motivo, nós também devemos dar a nossa vida, até que possamos dizer verdadeiramente: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gálatas 2.20).

Oração Estimado Senhor e Salvador, trazemos a ti um coração que tem fome de tua justiça e um espírito que anseia pela tua comunhão. Sem ti a vida é vazia. Longe do teu amor não há conforto. Na tua presença experimentamos plenitude de alegria. Que a tua bondade e misericórdia nos acompanhem todos os dias, e permita que habitemos na tua casa para todo o sempre. No nome precioso de Jesus, amém.

3. A LEI DA PACIÊNCIA Isaías 55.6; Mateus 6.33

Deus

não pode ser intimidado a conceder bênçãos. Quando buscamos o seu reino e a sua justiça, ou seja, seu domínio e sua pureza, percebemos que possuímos a combinação que abre os registros da casa do tesouro celestial. Buscamos isso, então, não com determinação carnal e obstinação teimosa, mas com o apelo persistente dos que são completamente destituídos. É o momento derradeiro do “ou um ou outro”—a crise decisiva.

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Toda obra criativa do Espírito de Deus na alma humana é precedida pela devastação; pois o Espírito se move como um redemoinho, arrancando aquilo que é ofensivo, e então segue como uma brisa agradável em um mar calmo. Pois, à medida que o coração se rende ao desejo por ele, esse desejo não é saciado, mas intensificado. A fome se torna mais profunda e mais forte, pois só pode ser satisfeita com a plenitude dele. Mas, deixe a paciência completar a sua obra, e aceite pacientemente as dores do crescimento à medida que ele alarga o seu coração; pois a sua plenitude não pode ser recebida instantaneamente. O melhor dos céus não é obtido em um salto. “Escalamos a subida íngreme dos céus por meio de paciência, trabalho árduo e sofrimento”. A própria fome que parece ser uma frustração não é nada mais do que o braço dele nos envolvendo, aproximando-nos cada vez mais dele. Não se irrite com as rédeas, porque o puxar do freio é causado pela resistência da carne, porque ele conhece o coração e suas rédeas são testadas. Seu Espírito contende com o nosso espírito até obter domínio. Abra o seu coração! Não tema o bisturi, porque ele só remove a carne orgulhosa. O Senhor fere para poder curar. Não duvide de seu amor nem de sua cura. Ele o mantém sobre a roda do oleiro até formar um vaso que lhe agrada para sua própria habitação; e quando finalmente tirá-lo da roda, ele vai enchê-lo com a sua presença. Não resista, para que seu vaso não seja estragado nas mãos dele. Não o censure pelo seu aparente atraso; pergunte ao seu coração quantas vezes você o impediu de agir pela sua delonga em responder. Mesmo agora, com sua impaciência e tentativa de apressá-lo, você se tornou um entrave. “Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração” (Jeremias 29.13).

Oração Pai nosso, elevamos nossos olhos a ti em adoração e louvor, sabendo que todas as coisas boas procedem de tuas mãos, e que 5


de ti recebemos diariamente nossa vida e força. Descansamos no teu amor, como o filhote de pássaro em seu ninho. Não precisamos de outra fonte de consolo. Não pedimos nada além do dom da graça de amar-te de forma mais perfeita e entender como compartilhar este amor com os outros de tal forma que ambas as partes sejam atraídas para mais perto de ti. Conceda-nos isso, ó Senhor, nós oramos. Em nome de Jesus, amém.

4. O OLHAR DE DEUS (P. 17) João 16.33; Salmo 34.19

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stas reflexões são sobre o sofrimento e aflições. Lemos em Daniel 6.20: “Será que o seu Deus, a quem você serve continuamente, pode livrá-lo dos leões?”. “Seu Deus!”. A vida de Daniel tinha sido um testemunho vivo diante do rei Dario, rei da Babilônia, que pronunciou as palavras acima. Ele reconheceu que Daniel tinha um relacionamento privilegiado com o seu Deus, e a vida de Daniel deixava claro que ele o servia continuamente. Esse era o seu segredo! Daniel não servia ao rei Dario, muito embora essa atitude ameaçasse sua própria existência. Ele servia o seu Deus continuamente! Que belo exemplo de um testemunho verdadeiro, e ele vem dos lábios de um monarca pagão! Vem da boca daquele que quase o executou. Deus lhe abençoe, Daniel! No ambiente mais desfavorável, você floresceu em saúde espiritual, como uma rosa que cresce em um rochedo. Sim, e o segredo espiritual dessa sobrevivência improvável é pelo fato de o coração que está disposto a servir a Deus ser plantado por ele em um solo rico no seu amor, e nutri6


do pela devoção. Ele não depende de nenhuma ajuda externa. É sustentado pela força interior da união do espírito com o Espírito. Vai sobreviver à fria perseguição e às chamas do ódio. Sairá de cada experiência ileso. Não haverá amargura, nem mancha. Descansar satisfeito na providência de Deus é armar a alma com sua defesa mais poderosa. Habitar em Deus é ser envolvido pela sua presença como uma imagem apreendida pelos olhos. A alma que adora é captada pelos olhos de Deus e mantida em seus braços. Mesmo estando na cova dos leões, ele estava sob o olhar de Deus. Seu amor por Deus o colocou ali, e a resposta de Deus foi trazer o anjo para fechar a boca dos leões, de modo que ele não sofresse dano algum. A devoção a Deus fará com que os poderes dos céus socorram o santo sofredor e cerrem as mandíbulas do devorador. O sofrimento na vida dos filhos de Deus é um problema que sonda os mistérios desta vida e da próxima. Alguns dizem que não sofreríamos não fossem nosso pecado e rebelião. Às vezes isso pode ser verdade, mas nem sempre é o caso. Daniel estava na cova dos leões não por causa dos seus pecados, mas por causa de sua retidão. “O justo passa por muitas adversidades, mas o Senhor o livra de todas” (Salmo 34.19). Como e quando o livramento ocorre é em parte uma questão de soberania divina. Enquanto isso, a alma confiante descansará em seu amor. Às vezes a vida é brutal, mas isso não é o reflexo do caráter de Deus nem indicação de que é inconsciente ou indiferente. Seu amor por nós está totalmente separado de nossas circunstâncias. Quando descobrimos a realidade de seu amor erguendo-se acima de nosso sofrimento podemos ser elevados acima do sofrimento, mesmo quando estamos no meio dele. Se exijo que Deus tire o meu sofrimento para que prove o seu amor, estou no caminho errado. Meu sofrimento não tem nada a ver com o seu amor. Ele não ama mais a pessoa que está bem e feliz do que aquela que está doente e necessitada. Ele ama porque é amor, e nada muda seu caráter. Temos de separar nossas dores do coração dele. 7


Nossa esperança está em viver no Espírito—na presença de Deus—onde há vida abundante, saúde, amor, paz e alegria perfeita. Quando entramos neste lugar e habitamos ali e treinamos nossa visão em tudo que Deus é—toda sua misericórdia, perdão, poder, majestade, autoridade sobre as trevas, sua graça irrestrita e seu amor inefável—a bondade que está em Deus achará o caminho para a nossa consciência e, à medida que isso acontece, começará a transformar nossa escuridão em luz, nossa tristeza em alegria, nossa desolação em esperança e nossa amargura em amor. Seu poder de cura vai começar a se manifestar. As águas amargas serão adoçadas e o louvor substituirá a reclamação. Deus não se esconde quando estamos desesperados. Cada promessa que ele fez é verdadeira. Tudo que ele afirmou ser, ele é. Somos nós que invalidamos o seu amor e poder divino ao desconfiar de suas intenções quando deveríamos nos apegar à sua pessoa e julgá-lo pela sua grandeza, em vez de pelo tamanho do nosso sofrimento pessoal. Deus não está em nosso sofrimento. Deus está em Deus, e em Deus não há sofrimento. Podemos nos aproximar de dele e encontrar nossa força e conforto nele. Quando pararmos de nos lamentar, voltaremos a ouvir o canto dos passarinhos. Quando olhamos para cima em vez de para baixo, veremos que o sol está brilhando. Quando amamos e servimos a ele com a constância de Davi, ele certamente nos livrará dos leões e da cova. E se a cura nunca chegar a nós ou a um ente querido, será que deveríamos reclamar se no seu infinito amor e sabedoria ele nos levar para junto de si, onde a cura não será somente completa, mas eterna? Será que é desapontador entrar na glória e ser liberto da prisão deste corpo de barro? Será que pode ser considerado derrota ser promovido e receber uma recompensa eterna? De forma alguma. Pois, “se for destruída a temporária habitação terrena em que vivemos, temos da parte de Deus um edifício, uma casa eterna nos céus, não construída por mãos humanas” (1 Coríntios 5.1). Em nenhum lugar da Bíblia recebe8


mos a promessa de imunidade de provações e tribulações nesta vida. Nenhum santo na Bíblia escapou de aborrecimentos, nem foram às vicissitudes que eles suportaram resultado da falta de fé. Atraímos consternação e confusão, frustração e desânimo, ressentimento e desespero se retratamos a fé como uma arma mágica que elimina todas as experiências indesejáveis da vida. É nas nossas lutas que Deus constrói em nós confiança em sua integridade e a lealdade de amor que pode exclamar: “Embora ele me mate, ainda assim esperarei nele” (Jó 13.15). O espírito humano não quer ouvir esta mensagem, mas não ousamos distorcer a verdade da Palavra para agradar o espírito rebelde do homem. O Espírito de Cristo em nosso coração é testemunha do fato de que não devemos esperar escapar do sofrimento nesta vida. Mas, em cada dor há uma promessa de graça e em cada batalha contra a adversidade, uma oportunidade de crescer e alcançar um nível mais elevado de persistência. E quem ousará dar ordens ao Todo Poderoso em relação ao nosso destino? Temos, no entanto, a sua promessa: “dure a sua força como os seus dias” (Deuteronômio 33.25). Será que isso não é suficiente? Um compositor sacro escreveu: “Foi o caminho que o Mestre trilhou; não deveria o seu servo trilhá-lo também?”. Podemos virar as costas e entregar-nos à fraqueza e covardia. Podemos considerar o preço alto demais e escolher uma saída que exija menos sacrifício e aceitar uma mensagem popular que, erroneamente promete completa suspensão do sofrimento como recompensa da fé, mas a verdadeira fé bíblica requer confiança em Deus. Não se trata de uma panaceia para todos os problemas. “O Deus a quem prestamos culto pode livrar-nos, e ele nos livrará [...] Mas, se ele não nos livrar [...]” (Deuteronômio 3.17,18), não desertaremos. Mas, se ele não nos livrar, não deixaremos de amá-lo, e desse amor finalmente virá o nosso livramento!

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Oração Amado Pai celestial, nosso coração se volta a ti no início deste dia, primeiramente para santificar o teu nome e louvar-te pela tua contínua fidelidade e misericórdia. Nosso coração confia somente em ti. Nossa alma clama a ti, pois a quem mais podemos nos dirigir? Tu és a única e exclusiva fonte de vida. Por ti somos sustentados. Todas as coisas que temos vêm das tuas mãos. Oferecemos tudo a ti, para que não as tomemos em nossas mãos e avidamente as destruamos. Se tudo fosse tirado de nós, e tivéssemos somente a ti, teríamos tudo. Não permita que sejamos enganados pelas coisas passageiras deste mundo, pois elas não têm valor permanente, e tudo perecerá com o tempo. A tua Palavra permanecerá depois que o mundo e tudo o que nele há tenham desaparecido. Assim, permite que a tenhamos em grande estima e a escondamos em nosso coração, porque ela será a nossa maior fonte de força no dia da adversidade, assim como é a nossa maior fonte de consolo em todos os tempos. Guarda-nos da indolência e concede-nos a cada novo dia a coragem de seguir em frente, sabendo que cada ação da alma concentrada em Deus obtém de ti uma resposta de graça habilitadora. Conforta amado Senhor, os enfermos, os moribundos e todos os que estão de luto. Em nome de Jesus, amém.

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5. SUPORTANDO SOFRIMENTOS Tiago 5.11; 2 Coríntios 1.6

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uporte [...] sofrimentos, como bom soldado de Cristo Jesus” (2Timóteo 2.3). A perseverança é algo admirável. Lemos em Tiago 5.11: “Chamamos de felizes os que suportaram aflições. Ouvistes sobre a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu. Porque o Senhor é cheio de misericórdia e compaixão.”. Em Mateus 24.13 lemos: “Aquele que perseverar até o fim será salvo” (NVI). Lemos acerca de Jesus em Hebreus 12.2-4,7: “Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus. Pensem bem naquele que suportou tal oposição dos pecadores contra si mesmo, para que vocês não se cansem nem desanimem. Na luta contra o pecado, vocês ainda não resistiram até o ponto de derramar o próprio sangue [...]. Suportem as dificuldades, recebendo-as como disciplina; Deus os trata como filhos. Ora, qual o filho que não é disciplinado por seu pai?”. Na verdade, a Palavra de Deus fala tanto em perseverança que faríamos um grande favor a nós mesmos se prestássemos mais atenção nela. Nem todas as circunstâncias desfavoráveis na vida podem ser mudadas com um milagre rápido ou por meio de uma simples oração, qualquer que seja o tamanho de nossa fé. A famosa “oração dos alcoólatras” tem mérito e apresenta uma sabedoria considerável: “Deus, concede-me a serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar; a coragem para mudar as coisas que posso; e a sabedoria para saber a diferença”. Há muitas dificuldades na vida que cedem ante o poder da fé confiante. Há outras que nos saúdam todas as manhãs, apesar das mais fervorosas súplicas para que sejam removidas. Essas são as coisas que requerem perseverança. Se esse for um pensamento inaceitável, certamente podemos ao menos concordar 11


que, até que elas sejam mudadas ou removidas da nossa vida, fazemos bem em preservar nossa paz e serenidade de espírito ao “suportar os sofrimentos, como bom soldado”. Hebreus 6.15 diz que “depois de esperar pacientemente, Abraão alcançou a promessa”. E sobre Moisés, a Bíblia diz: “Pela fé saiu do Egito, não temendo a ira do rei, e perseverou (“ficou firme”), porque via aquele que é invisível” (Hebreus 11.27). Certamente não esgotamos os textos bíblicos acerca deste assunto, mas os que mencionamos acima devem ser suficientes para ressaltar que a fé e a oração têm seus correspondentes na paciência e na perseverança. Lemos em Efésios 6.13: “Por isso, vistam toda a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecer inabaláveis, depois de terem feito tudo”. Depois de terem feito o quê? Depois de orar e crer, de se comprometer e entregar o problema a Deus, se o problema persistir, permaneça inabalável—suporte—espere com paciência e não se abata. Jesus disse: “Feliz é aquele que não se escandaliza por minha causa” (Mateus 11.6). Felizes são aqueles que não se consternam quando as coisas parecem não dar certo. Felizes são aqueles que não ficam amuados quando as respostas de oração demoram. Felizes são aqueles que podem louvar e, de fato louvam mesmo quando parecem estar em desvantagem na batalha. Deus continua no trono. A vitória está assegurada. O certo triunfa sobre o errado. A maldade será vingada. A manhã virá, por mais longa e escura que seja a noite. “A providência pode não parecer amigável, mas por trás dela Deus esconde um rosto sorridente”. Nunca estive mais consciente do cuidado amoroso e proteção de minha mãe e pai do que na noite em que chegamos à Flórida. O céu estava se agitando com as nuvens negras de um furacão que se aproximava. A casa que esperávamos alugar estava ocupada e fomos conduzidos a uma casa vazia no meio de um campo de palmeiras. Quando fomos dormir, mamãe disse que podíamos dormir com as roupas do corpo. Eu tinha oito anos de idade, mas percebi que ela pensava que talvez precisássemos sair de casa antes do amanhecer. 12


Tempestades podem ser assustadoras, mas a graça de Deus é sempre dada segundo as exigências do momento, e o Senhor nunca é mais precioso do que nos momentos de terrível aflição humana. Quão belo é o seu toque amoroso na hora de grande necessidade. Quão reconfortante é a sua voz no meio da tempestade. Acaso não creio em fé e milagres? Sim, é claro que sim. A Bíblia e a história humana estão repletas de fé e milagres. Testemunhos abundam acerca de curas e livramentos de todo tipo de enfermidade e escravidão. Louvado seja Deus! Ele é especialista em realizar milagres. Ele é o mesmo ontem, hoje e para sempre. Ele está do nosso lado. Ele é aquele que dividiu o mar Vermelho, curou leprosos, deu vista aos cegos, ressuscitou mortos e continua realizando milagres poderosos em resposta à fé. Mas, ele também é aquele que aceitou e suportou a cruz, com todo o sofrimento e vergonha que ela trazia. Foi o apóstolo Paulo que escreveu: “a vocês foi dado o privilégio de não apenas crer em Cristo, mas também de sofrer por ele” (Filipenses 1.29). Amados, toda “meia-verdade” não é verdade; ela é falsa. Toda verdade precisa do equilíbrio da sua contraparte. Deus não visa regalar nossas preferências. Certamente preferiríamos receber a libertação instantânea de uma situação desagradável do que esperar até que... Preferiríamos experimentar uma cura miraculosa a sofrer dor. Deus nos dará aquilo que ele sabe que necessitamos, não o que declaramos preferir. Quando estamos em dificuldade, deveríamos orar o seguinte: “Querido Deus, aquilo que preciso aprender por meio desta experiência, permita-me que eu aprenda depressa, para que eu possa ser liberto o quanto antes”. Então descanse na certeza de que, em cada circunstância, há uma lição que pretende nos ensinar uma porção preciosa de sabedoria, ou fortalecer a nossa fibra moral. José nunca teria alcançado uma posição de poder, em que pode ser usado para salvar o seu povo, se tivesse perdido sua fé e permitido que seu espírito se degenerasse durante os longos anos que passou na prisão. Se tivesse mantido um diário dos pensamentos que teve em comunhão com Deus quando esteve 13


na prisão, poderíamos ler a história não contada da formação de um líder espiritual. Líderes espirituais não surgem de uma caixinha de surpresas. Líderes espirituais são treinados como Moisés no deserto; como Davi nas colinas; como João Batista no deserto; como Paulo na Arábia; e como todo homem ou mulher que foi usado por Deus de uma forma poderosa. Isolamento, tribulação, perseguição e todo tipo de disciplina que a alma humana sofre têm como propósito moldá-la para que ela se submeta à vontade de Deus. Por quê? Porque, de outra forma, somos todos instáveis demais para sermos úteis a Deus ou aos outros. Jesus aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu. Você acha que você ou eu aprenderemos a obediência de qualquer outra forma? Você acha que Deus pode produzir “bons soldados” satisfazendo cada um de nossos caprichos? Talvez a verdadeira questão esteja no âmbito do desejo. Será que esperamos que cada um de nossos desejos seja cumprido e que cada necessidade seja suprida? Ou desejamos de fato exibir a imagem de Cristo custe o que custar? Até cantamos: “Ser como Jesus, ser como Jesus, tudo que peço ser como ele [...]”. Se essa de fato é a nossa oração, então podemos esperar ser podados e disciplinados por Deus, porque temos um longo caminho a trilhar antes que a semelhança seja visível. Podemos nos comparar a outros que parecem ser bem menos “espirituais” do que pensamos ser, mas a disparidade entre o que somos e aquilo que Jesus é torna-se cada vez mais evidente à medida que formamos um conceito mais completo da beleza e da santidade do Filho de Deus. E esse, verdadeiramente, é o alvo que é colocado diante de nós: crescer em estatura espiritual para que nos conformemos com a semelhança de Cristo. A graça de Deus é concedida ao crente para sua perfeição e santificação. “Até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo” (Efésios 4.13).

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Este é o desejo de Cristo para nós: que cresçamos rumo à sua semelhança, ou seja, ao seu caráter e personalidade. Não atrapalhemos a obra do Espírito Santo em nossa vida à medida que ele propõe efetuar a perfeição de nosso homem espiritual. E como podemos atrapalhar seu Espírito em nossa vida? Por meio de desejos e interesses carnais. Chame isso de “fé e prosperidade”, se desejar. Deus chama isso de carnalidade e interesse próprio. Se for da sua maneira, ele estará mais propenso a dar-nos o que não queremos do que o que queremos. Se o que realmente queremos é crescer na graça e no conhecimento de Cristo, ele vai mover os céus e a terra, se necessário, para que isso se cumpra. A Bíblia diz: “Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus [...], e todas essas coisas lhes serão acrescentadas”. Não nos é dito para buscarmos a prosperidade como um fim em si mesmo, mas, antes, que devemos buscar a ele; e ele, por sua vez, acrescentará as outras bênçãos como lhe aprouver. Salomão foi o homem mais rico do mundo, mas ele não orou por riquezas, mas por sabedoria. Somos lembrados que “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (ou seja, a sabedoria começa com reverência e devoção a Deus). Todo egocentrismo é uma negação de Cristo, e o materialismo moderno é o espírito do anticristo. No Antigo Testamento isso tomou a forma de adoração a Baal. O mundo e tudo o que nele há estão perecendo. A Palavra de Deus é eterna. O Espírito de Deus em nós é nutrido com o maná celestial. Que Deus nos liberte e proteja nossa alma dos desejos ardentes pelo Egito. Não trouxemos nada a este mundo, e nada levaremos dele. Deus veste os lírios do campo, e vestirá os seus filhos. Ele alimenta as aves, e alimentará os seus filhos. Não é necessária muita fé para acumular os bens deste mundo, mas precisamos de muita graça para buscar a justiça.

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Oração Senhor Deus concede-nos de tua visão para que saibamos buscar com sabedoria aquilo que verdadeiramente nos levará mais perto de ti. Que o teu Reino seja sempre prioritário para a minha vida, para que as demais coisas realmente necessárias me sejam acrescentadas.

6. O AMOR BATE À PORTA 1Co 13.1-13

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icamos irritados com Deus e com os outros quando nossas exigências egoístas não são satisfeitas. Raramente somos objetivos o bastante para saber ou mesmo considerar se essas exigências são razoáveis ou não, ou se aquilo que exigimos é para o nosso bem ou não. Provavelmente ficaremos desapontados se fizermos exigências irresponsáveis para Deus, e podemos esperar o mesmo quando exigimos coisas uns dos outros. Deus não é obrigado a responder às exigências egoístas que fazemos a ele; da mesma forma, também não somos obrigados a satisfazer exigências semelhantes feitas a nós. A coerção não tem lugar em um relacionamento de amor, e somos chamados a amar a Deus e uns aos outros. O amor não reclama seus direitos, nem fica amuado quando lhe é negado um grande desejo. O amor sabe esperar pacientemente por uma resposta e consegue aceitar um não tão graciosamente quanto um sim. O amor vai bater à porta, mas não vai forçá-la. O amor nunca é desapontado quando um desejo não é concedido, por-

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