Antropologia Teológica estudo e análise do homem

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Copyright©2011 por Mauricio Ferreira Brito Todos os direitos em Língua Portuguesa reservados por: A.D. SANTOS EDITORA Al. Júlia da Costa, 215 80410-070 – Curitiba – Paraná – Brasil + 55 (41) 3207-8585 www.adsantos.com.br editora@adsantos.com.br

Capa: IGOR BRAGA Diagramação: MANOEL MENEZES Impressão e acabamento: GRÁFICA REPROSET

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Brito, Mauricio Ferreira. ANTROPOLOGIA TEOLÓGICA – Estudo e análise do homem / Mauricio Ferreira Brito. Curitiba: A.D. Santos Editora, 2011. 320 páginas. ISBN – 978.85.7459-268-8 1. Antropologia Teológica – Cristianismo 2. Criação 3. Deus 4. Homem – Habitat 5. Paraíso CDD 233 1ª edição: Dezembro / 2011 – 1.500 exemplares. Proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios a não ser em citações breves, com indicação da fonte.

Edição e Distribuição:


Dedicatória

Antes de todos, quero dedicar este livro ao meu soberano Deus, que tem me habilitado com a sua imensurável graça. Ele deu-me sabedoria para passar para a linguagem escrita meu raciocínio, e as minhas inspirações para poder compartilhar com a sua vida. Dedico esta obra a minha querida e amável esposa CINÉIA BRITO, companheira fiel e amiga de todos os momentos, e simultaneamente dedico a o Gabriel, presente de Deus para nós. A CEMADERON – Convenção Estadual dos Ministros das Assembléia de Deus no Estado de Rondônia; na pessoa do presidente Pastor Nelson Luchemberg, pelo apoio, amor e carinho para comigo e toda a minha família. Professor, Pastor Mauricio Brito.

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Apresentação

O pastor e companheiro Mauricio Brito é um educador e pesquisador dedicado ao que faz. Obreiro atuante tem contribuído com uma vida de bom testemunho e com um ensino bíblico ortodoxo. Antropologia Teológica expressa esta dedicação e ortodoxia, quando resolve tratar de questões que agregarão conhecimentos e provocarão reflexões sobre o homem, sua origem, natureza, vida em sociedade, relação com a cultura e destino, tudo numa perceptiva cristã que confronta outras cosmovisões. Recomendo. Pr. Altair Germano – Vice-Presidente do Conselho de Educação e Cultura da CGADB, Escritor e Conferencista

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Prefácio

O Pastor Mauricio Brito apresenta um conteúdo riquíssimo sobre a Antropologia Teológica, fundamentado nos princípios bíblicos e na cosmovisão cristã do que significa Antropologia. O seu estudo, bastante vasto, fornece informações e subsídios valiosos, em termos de cultura, visão de mundo, de diversos povos e religiões. Traz também análise, ainda que sucinta, de alguns tipos de manifestações culturais e folclóricas, tais como o carnaval, festas juninas, dentre outras, e enfatiza o caráter místico dessas festas, como verdadeira maldição sobre quem as valoriza. O autor traz informações sobre ícones da idolatria romana, no país, com sua quantidade inumerável de santos que destoam da orientação bíblica quanto à adoração exclusiva para Deus, por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo, que é o “Único Mediador entre Deus e os homens”. A abordagem sobre a Antropologia Teológica, propriamente dita, é bem fundamentada na Palavra de Deus. Enfatiza a constituição tricotômica do ser humano, e bem ilustrada com gráficos, que dão ao leitor ou ao estudante de teologia, uma visão mais clara da estrutura do ser, criado à imagem, conforme a semelhança do Criador. Sua abordagem sobre a falsa teoria da evolução ajuda a entender a falácia dessa filosofia teórica, que não tem qualv


quer fundamento científico sério, e defende o criacionismo bíblico como explicação séria e convincente para a origem e desenvolvimento do ser humano sobre a Terra. Elinaldo Renovato de Lima – Pastor Presidente da Igreja Assembleia de Deus em Parnamirim/RN

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Índice

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Capítulo 2 – O Homem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 Capítulo 2 – O Homem em Três Partes . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 Capítulo 3 – O Corpo Humano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91 Capítulo 4 – O Homem Possui Alma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181 Capítulo 5 – O Espírito Humano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 231 Capítulo 6 – Remova as Dúvidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 285 Considerações Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 307 Fundamentação Teórica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 309

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Introdução

Durante alguns anos de pesquisas, fundamentadas em eméritos escritores busquei habilitar-me para escrever este ANTROPOLOGIA TEOLÓGICA – Estudo e análise do homem. Após ler, reler, escrever, anotar, refletir, examinar e pesquisar minuciosamente, me propus dar uma interpretação mais simples, objetiva, e coerente em questões envolvendo o homem em uma composição tríplice. Trata-se de um estudo antropológico no sentido teológico prático nas comparações tricotômica do ser humano em sua essência e aplica-se na vida atual das sociedades. Antropologia Teológica é uma abordagem dos principais ensinos inerentes ao comportamento humano dentro de uma visão exegética bíblica. São reflexões sobre alma, espírito, corpo. Jesus tratou de forma muito especial a Antropologia Bíblica dando a devida importância a cada questão, e em particular, o fundamento de todo o ensino de Jesus visava a salvação da alma do indivíduo. Jesus foi o maior o melhor e o mais brilhante antropólogo da história da humanidade - sua defesa, metodologia, ações práticas, seu modo de falar impressionou os homens de sua época, e continua impressionando toda humanidade, causando um grande impacto; sendo Ele o divisor da história (antes de Cristo e depois de Cristo). A Bíblia afirma que todo homem procede de Adão: de um só fez toda geração dos homens. Fica evidente que foca1


lizaremos o homem numa visão bíblica completa: corpo, alma e espírito. A antropologia tem um vasto mundo de ideias e especulações, teses, livros e mais livros são escrito focalizando esse tema; porém, minha base é a bíblia sagrada. A Palavra de Deus é insubstituível e apresenta e aponta informações inesgotáveis, se não aproveitamos melhor, a falha está em nós e não nas escrituras.

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CAPÍTULO 1

O H ome m

“Quem cria estabelece o princípio. Ninguém entende mais do homem do que quem o criou: Deus.” Silas Malafaia

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Antropologia Teológica

I. CONCEITO GERAL DE ANTROPOLOGIA SENHOR, que é o homem, para que o conheças, e o filho do homem, para que o estimes? O homem é semelhante à vaidade; os seus dias são como a sombra que passa. Salmo 144.3-4

1. DEFINIÇÃO GERAL DO TERMO ANTROPOLOGIA A Antropologia é o estudo do homem como ser biológico, social e cultural. Sendo cada uma destas dimensões, por si só muito amplas. Portanto, o conhecimento antropológico geralmente é organizado em áreas que indicam uma escolha prévia de certos aspectos a serem estudados como, por exemplo, a “Antropologia Física ou Biológica” que estuda os aspectos genéticos e biológicos do homem; a Antropologia Social que estuda a organização social e política, parentesco, instituições sociais, pelas quais o homem ocupa. Temos também o ramo da Antropologia Cultural, que é objeto de estudo dos sistemas simbólicos, religião, comportamento e a cultura do indivíduo. Porém, os ramos não param por aí. A Arqueologia também faz parte, pois estuda as condições de existência dos grupos de seres humanos desaparecidos, e os que foram adaptados a outra cultura e, por fim desapareceram. Além disso, podemos utilizar termos que envolvem Antropologia como: Etnografia e Etnologia para distinguir diferentes níveis de análise ou tradições dos seres humanos. Segundo o antropólogo Claude Lévi-Strauss (1970) a etnografia corresponde aos primeiros estágios da pesquisa: observação e descrição e trabalho de campo. “A etnologia, com relação à etnografia, seria um primeiro passo em direção 4


1. O Homem

à síntese e a antropologia uma segunda e última etapa da síntese, tomando por base as conclusões da etnografia e da etnologia”. Sabemos que as definições são as mais variadas sobre o termo antropologia, porém, é possível dar uma definição, mais equilibrada e esta é: “Antropologia é uma forma de conhecimento sobre a diversidade cultural do homem”. É uma maneira de se situar na fronteira de vários mundos sociais e culturais, abrindo janelas entre eles, através das quais podemos alargar nossas possibilidades de sentir, agir e refletir sobre o que, afinal de contas, nos torna seres singulares e humanos.

1.1. Evolução do Pensamento Antropológico Durante o século XIX várias escolas surgiram na Europa para dar uma interpretação mais consistente e lógica sobre etnografia, criando ampla literatura sobre a diversidade cultural dos povos, chamada pelos pesquisadores de “Evolucionismo Social”, que foi a sistematização do conhecimento acumulado sobre os “povos primitivos”. A escola francesa se destacou neste período dando uma definição mais abrangente sobre os fenômenos sociais, investigando o meio sócio-cultural antropológico, usando regras e métodos sociológicos. O século XX foi marcado pelo “Funcionalismo” usando o Modelo de etnografia clássica; sistematizando o conhecimento acumulado sobre uma determinada cultura. O Culturalismo Norte-Americano também se desenvolveu no século XX, buscando leis no desenvolvimento das culturas. A Antropologia Interpretativa surgiu no final do mesmo século por volta dos anos 60 e ficou conhecida mundialmente em decorrência da revolução cultural; era a cultura chamada “paz e amor”. Por fim chegamos a Antropologia da Pós-modernidade ou crítica, criada por uma corrente filosófica de pensamen5


Antropologia Teológica

to surgida nos anos 80, logo depois da segunda guerra mundial por volta dos anos quarenta. A palavra Antropologia que significa Estudo do Homem é uma composição grega formada de Antropos (homem) e logos (estudo), portanto é a ciência que estuda o homem. Há várias ciências que se preocupam em estudar o homem, dentre elas a Antropologia Científica que estuda por suas características físicas. A Antropologia Teológica entende que o homem não é apenas um ser vivo (animal, vegetal, biológico), mas, que o homem é um ser espiritual, e, assim sendo, deve ser estudado de forma físico-espiritual.

2. AS QUATRO LINHAS DIVISÓRIAS DA ANTROPOLOGIA 2.1. Antropologia Científica Esse ramo da antropologia estuda o homem do ponto de vista científico em suas características biológicas (antropologia física). O homem é um ser cultural e neste sentido são analisadas as descobertas, as invenções, que ele aprende como um ser integrante do meio social. Esta divisão está subdividida em partes chamadas de: antropologia física, isto é anatômica; fisiológica que estuda a conservação e o crescimento do homem; a patológica, que visa a origem do homem, sintomas e natureza; a zoológica, estuda as relações dos animais com o homem (“este ponto de vista é rejeitado por completo pela igreja cristã”) e a antropologia paleontológica, que se preocupa em estudar os fósseis humanos, animais e vegetais. O cristão deve sempre valorizar a verdadeira ciência, porque ela está de acordo e em harmonia com a Bíblia, mas, deve estar alerta porque existe a falsa ciência como escreveu Paulo. 6


1. O Homem

Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência. 1Tm 6.20

2.2. Antropologia Filosófica É a filosofia procurando através de argumentação e reflexões filosóficas explicar a origem do homem. A filosofia é a ciências das especulações que procura investigar o homem através das ciências metafísica, epistemológica e ética. É a antropologia analisada metafisicamente; é na verdade, aquela parte da filosofia que estuda a estrutura essencial do ser humano; contudo, este ocupa o centro das especulações filosóficas, na medida em que tudo se deduz a partir dele mesmo; torna acessíveis as realidades, que o transcendem, nos modos de seu existir relacionados com essas realidades. A antropologia filosófica é uma antropologia da essência e não das características humanas. Ela se distingue das demais antropoliogias por dar uma interpretação basicamente ontológica do ser humano. É também uma disciplina filosófica. “A reflexão sobre nós próprios, reflexão sempre renovada que o homem faz para chegar a compreender-se” (Bernar Groethuysen) “Explicação conceitual da ideia do homem a partir da concepção que este tem de si mesmo em determinada fase de sua existência.”(Landsberg)

2.2.1. Estudo das Estruturas Fundamentais Do Homem

A filosofia antológica concentra-se no estudo e na medida em que nos conduz à questão do significado do ser humano. O homem torna-se para si mesmo o tema de toda a especulação filosófica: interessa estudar o homem e estudar tudo;

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Antropologia Teológica

mas, apenas em relação a ele. O que é mais significativo é o conhecimento do homem, e não o de nós próprios enquanto individualidade. Estuda, também, o caráter biopsicológico, verifica o que o homem faz com suas disposições bioquímicas dentro de seu ambiente biológico e isto é o que os diferencia dos animais. O cogito é o princípio filosófico que busca explicações sobre a vida através de reflexões filosóficas. Rene Descartes criador do cogito “ergo sun” (penso logo existo) estava dizendo que o homem é fruto dos seus pensamentos racionais. A introspecção se revela como absolutamente necessária como fundamento e ponto de partida de qualquer outro recurso de natureza metodológica. A antropologia filosófica faz uso dos dados proporcionados pelas outras formas de antropologia. Usa, por exemplo, os fornecidos pela antropologia das características humanas, ou seja, dados proporcionados pela biologia, sociologia, psicologia, etnografia, arqueologia e pela história, mas interpreta esses dados à sua maneira, e procura unificá-los numa teoria mais completa e abrangente. 2.2.2. A Origem do Pensamento Antropológico Filosófico

O pensamento antropológico filosófico teve o seu início quando o homem sentiu imensa dificuldade para entender a si mesmo e sua origem, precisamente sobre a concreticidade pessoal e histórica de sua vida. Daí começou a busca pela explicação, e a mente humana procurou produzir os questionamentos, ou seja: Por que sugiram? Como? Onde? Para quê? Como funciona? As explicações mitológicas não mais supriam as nescessidades vitais do ser humano, que estavam descrentes de tais explicações. O nome antropologia filosófica é uma afirmação mais recente. Foi criado para dar uma conotação mais científica ao pensamento questionável do ser humano. 8


1. O Homem

Cresceu, sobretudo a partir dos estudos realizados por Scheler, que considerava a antropologia filosófica a ponte estendida entre as ciências positivas e a metafísica. 2.2.3. Objetivo do Pensamento Filosófico Antropolígico

É mostrar exatamente a estrutura fundamental e funcional do ser humano, e a sua forma de funcionamento: corpo, alma, espírito. Objetiva dar uma explicação lógica de todas as funções, ou seja, da tricotomia humana, além de analisar a linguagem, consciência moral, mito, religião. Mas, seu objetivo principal é refletir sobre a grande questão: Que é o ser humano? Como problema, ela tem seus primórdios mais fecundos nos debates dos filósofos da antiga Grécia como Sócrates e todos os Sofistas. O grande filósofo Immanuel Kant definiu a antropologia como ‘a’ questão filosófica por excelência, uma vez que a filosofia enquanto tal tomaria ao seu encargo quatro grandes problemáticas; que são: a metafísica, a religião, a ética e a antropologia levando em consideração que todas esas divisões seriam parte da antropologia, sabendo que todas elas trabalham os problemas dos seres humanos. Cabe aqui uma observação teológica: a filosofia antrológica não consegue e jamais conseguiu resolver os problemas dos seres humanos; somente o Evangelho cristalino de Cristo é que tira o homem do meio das embaraçadas correntes filosóficas. 2.2.4. Defesa Antropológica Filosófica

São, sem dúvida, os problemas de caráter moral e metafísico que colocam o problema do homem no próprio homem, e questionam o lugar ocupado pela função racional do homem em comparação com outras funções. Portanto, neste sentido 9


Antropologia Teológica

o filósofo Emanuel Kant propôs quatro problemas filosóficos: “O que posso conhecer?” “O que devo fazer?” “A que posso aspirar?” “O que é o homem?”. Ao dar as respostas a estas indagações; dizendo que posso conhecer perfeitamente através da razão o mundo espiritual e material criados por Deus; isto é, posso conhecer as mansões celestiais preparadas para o homem. O que devo fazer para apossar delas é aceitar a Cristo como único Salvador, aspirando pela fé em Cristo Jesus; e por fim respondo a última pergunta dizendo que o homem é a Coroa da Criação de Deus; obra prima das mãos de Deus. 2.2.5. Principal Filósofo da Antropologia Filosófica

Max Scheler é o pinoneiro nas questões relativas à natureza da história e a seu sentido emergem da reflexão referente à conduta humana e ao seu valor moral. A essência espiritual do ser humano também é levada em consideração. A experiência humana faz parte da evolução do espírito nesta relação, ao conhecimento e às formas de saber, assim como às relações do homem com Deus. Seu pensamento está vinculado à sua concepção da essência espiritual do ser humano. A produção filosófica de Scheler está basicamente dividida em três períodos: 1) Pré-fenomenológico: escritos produzidos a partir de 1.899 e que se estendeu até o ano de 1.905. 2) Período fenomenológico: que são as obras produzidas a partir de 1.906 até 1.920, foi considerado como sendo a primeira fase de maturidade do filósofo. 3) Terceiro período: vai de 1.921 até 1.928, ano em que Scheler faleceu, interrompendo-se, a fase de maturidade do destacado pensador filosófico. Este período inclui uma etapa de transição, centrada na temática da antropologia e metafísica que, marca predominantemente o período. De acordo com o pensamento metafisico o absoluto deve passar pela antropologia filosófica, ou 10


1. O Homem

seja, pelo conhecimento essencial do homem, já que não se pode esperar que, partindo do mundo objetivo, se consiga obter qualquer determinação do absoluto. A metafísica, enquanto conhecimento da natureza do ser absoluto a partir da essência do homem, não é cosmologia, nem metafísica do objeto, é uma metafísica do ato e meta-antropologia. 2.2.6. Sínteses da Evolução do Pensamento Filosófico Através Dos Séculos

A filosofia antropológica na antiguidade centrava-se em torno do “cosmos” do mundo fisico ou da natureza em si estática e o homem era visto em conexão direta com a natureza cósmica. Na Idade Média, período que estava sobre o domínio da Igreja Católica Romana; era membro da ordem emanada de Deus. Na Idade moderna, o estudo é voltado para a razão como sujeito trasncedental ou razão universal panteísticamente absoluta, acabou por subjugar e volatilizar exageradamente a razão humana; o homem, convertendo-o em momento fugaz do curso evolutivo do absoluto. No pensamento filosófico hodierno, o homem tomou consciência da inanidade de tais construções e verificou haver perdido tudo, incluindo o próprio caráter e que principalmente, depois de haver sacrificado a vida do conceito abstrato ilusório, se encontrava agora perante o nada. Percebe-se que o pensamento antropológico filosófico coloca o homem em uma dimensão distante de Deus e de forma ilusória; pois, sabemos pela teologia bíblica e pela Palavra de Deus, que o homem pode perfeitamente ser resgatado e restabelecido a sua comunhão plena com o Criador que o fez.

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