Copyright©2009 por Grady S. McMURTRY
Tradução: Ozeas e Claudia Rossin
Dados Técnicos: A.D. SANTOS EDITORA Al. Júlia da Costa, 215 80.410-070 - Curitiba - Paraná - Brasil + 55 (41) 3207-8585 www. adsantos.com.br editora@adsantos.com.br
Capa: Adilson Proc Projeto Gráfico e Editoração: Manoel Menezes Impressão e acabamento: Editora Betânia
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação. McMURTRY, Grady S. Título original – Criação, nossa cosmovisão – Criação X Evolução - Onde está a verdade científica? / Grady S. McMurtry – Curitiba: A.D. Santos Editora, 2009 – 184 páginas. ISBN: 978.85.7459-175-9 CDD – 113 1. Cosmologia – Origem do Universo 2. Origem da vida CDD – 261 1. Teologia Social Cristã (Atitudes do Cristianismo frente aos assuntos seculares e às outras religiões) 2. Teocracia 1ª edição – Do autor 2ª edição – Junho/2009 – 2.000 exemplares Proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios a não ser em citações breves, com indicação da fonte.
Edição e Distribuição:
Dedicatória
A minha filha, Holly, uma bênção do Pai e uma das melhores jovens cristãs que eu tive o privilégio de conhecer.
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Descrição do Conteúdo e Análise Racional
Apesar da complexidade do tema, este conteúdo foi programado para ser de fácil e simples compreensão, em um nível popular, explorando ensinamentos bíblicos sobre o criacionismo, suas implicações, problemas e formas de interpretações; a visão cristã X o humanismo secular, etc. Os principais textos bíblicos envolvendo o tópico da criação estão incluídos. Servirá como uma introdução aos métodos científicos e uma pesquisa dos conceitos básicos das ciências biológicas, natural e física, levando em consideração as questões relacionadas que confrontam a visão cristã bíblica. 1. Um ponto de vista bíblico das origens (criação por Fiat Ex Nihilo do nada) será estudado em sua narrativa histórica e aplicação educacional. O livro de Gênesis, de fato, transmite a contagem da origem do universo em seis dias literais, de 24 horas. Teorias alternativas de interpretação serão consideradas e seus méritos relativos serão verificados. 2. Um modelo bíblico das origens será comparado com a crença culturalmente aceita hoje no desenvolvimento evolucionário. As provas principais da evolução serão consideradas. Será demonstrado que eles empregam uma ciência pobre e uma lógica defeituosa. 3. Será feita uma tentativa de organizar uma visão cristã bíblica solidamente baseada na criação bíblica. Esta visão será colocada contra
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outras visões mundiais, tais como, o humanismo secular, marxismo, nova era, panteísmo oriental, etc. 4. A narrativa histórica do dilúvio de Noé será considerada sob ambas perspectivas: bíblica e geológica. A coluna geológica, tipicamente apresentada dentro de um modelo da evolução será reexaminada de acordo com a geologia histórica. Ao completar este texto, você entenderá que os milhões de anos de um “período geológico” e o dilúvio com proporções mundiais nos dias de Noé, não podem ser ambos verdade ao mesmo tempo..., e que no mínimo, uma perspectiva bíblica do tempo geológico é pelo menos fácil, para não dizer mais fácil de defender, do que um ponto de vista comprometido. Na verdade nenhum comprometimento é necessário referente a uma afirmação cientifica e bíblica verdadeiramente.
Objetivos do texto Cognitivos O que você deveria saber e entender: • A Bíblia apresenta um modelo claro e defensável das origens. • A Bíblia se refere à idade da Terra através de sua narrativa histórica. • A narrativa bíblica é cientificamente verificável. • A evolução fornece a apologética primária para muitas, talvez para a maioria das religiões sem um Deus e dos sistemas políticos (incluindo o cristianismo liberal).
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Afetivo O que você deveria sentir e apreciar: • A Bíblia é realmente verdadeira, absolutamente confiável e honesta. • O cristão tem que ter confiança na visão bíblica como base efetiva e legítima para cada disciplina. • A evolução não é nada mais do que uma mitologia popular, um conto de fadas para adultos, implantado e armado contra o conhecimento de Deus e que se rende à luz da verdade como qualquer mentira (veja Romanos 1:25). • Os evolucionistas são frequentemente enganados por seus próprios esquemas e precisam de libertação como qualquer outra pessoa que está perdida.
Sintéticos Quais são os problemas que você seria capaz de resolver e o que deveria fazer depois de entender e absorver o que tratamos aqui: • Ler qualquer passagem da Bíblia como parte de um Evangelho Eterno coerente, centrado na mensagem da criação: sua perfeição, queda e restauração pelo Criador (Apocalipse 14:6-7). • Expor os enganos inerentes a qualquer “prova” estratégica da evolução. • Reconhecer quando, problemas de comportamento, doutrinas ou crenças podem ser ligados ao evolucionismo e que requer uma instrução criacionista como um pré-requisito para que outro tipo de ministração seja mais efetivo.
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Outras referências A Bíblia Sagrada – Versão KJ, NKJ ou NVI ou NASB (original em Inglês): todas as referências bíblicas em Português, citadas neste livro são da Versão Atualizada.
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Propósito deste texto
Nosso propósito é dar a oportunidade de estudar e aumentar seu conhecimento sobre ciência natural e como ela está relacionada ao nosso Criador. Ele o ajudará a aumentar seu entendimento do mundo natural e auxiliará a estabelecer uma filosofia bíblica da ciência. Ajudará a perceber que não existem duas revelações da verdade, ou seja, uma natural e outra sobrenatural. Não existe uma revelação natural que demonstra que a evolução é verdade e outra que afirma que a criação também é verdade. Nós temos uma revelação unificada na qual o apóstolo Paulo resume quando se refere a Jesus Cristo como a Sofia de Deus, no qual reside à soma de todo o conhecimento e sabedoria espiritual e a soma de todo o conhecimento e sabedoria natural. Ajudará a desenvolver dentro de você um amor por Deus e por Sua criação.
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Prefácio
Por vinte anos fui ensinado a ser um evolucionista. Eu era um evolucionista, acreditava na evolução e ensinava sobre a evolução. Durante estes anos, não fui ensinado com honestidade intelectual e com discrição. Não fui ensinado a pensar criticamente e nem a relacionar informações, as quais poderiam contradizer as filosofias evolucionárias. Não fui ensinado, através de uma boa técnica educacional, quando cada estudante deveria, ao ser confrontado com possibilidade de uma escolha entre as posições filosóficas, ser apresentadas a ele todas as evidências de ambos os lados e então ser permitido por si próprio, qual escolha deveria fazer e acreditar. A questão fundamental referente à aceitação da criação ou evolução é a origem. Você aceita uma razão natural ou uma sobrenatural para sua existência e para todas as outras coisas no universo? Você aceita uma razão natural pura ou o que está além do natural? Esta é uma ajuda importante para que você, por si mesmo, determine qual o ponto de vista que acreditará e apoiará. Dr. Grady S. McMurtry
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Sumário
Honestidade Intelectual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Grandes Questões em Gênesis 1-11 – Parte 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Grandes Questões em Gênesis 1-11 – Parte 2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 A Arca de Noé . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 Jó – Um Grande Livro Sobre as Escrituras e a Ciência . . . . . . . . . . . . . . . 45 A Criação nos Salmos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 As Nove Grandes “Provas” Para A Evolução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65 As Pessoas Chegavam a Viver 900 Anos?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105 As Questões Ambientais e o Cristão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115 A Complexidade do Universo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161
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Honestidade Intelectual Quando se aborda a questão das origens, a Teoria da Criação Especial versus à Teoria da Evolução, é bom perceber o que os evolucionistas dizem sobre as várias teorias e definir pelo menos alguns dos termos usados por ambos os lados. Derek Agar, em um discurso presidencial feito na Associação Geológica Britânica em 1976, disse: Tem que ser significativo o fato de que quase todas as histórias da evolução que eu aprendi quando era estudante... foram desacreditadas. Da mesma forma, minha própria experiência de mais de 20 anos procurando por evolução dentro dos primeiros brachiopodas se provou igualmente ilusória. H.S. Lipson, Professor de Física, Universidade de Manchester, Reino Unido, escreveu um artigo em 1980, intitulado “A Física Olha Para a Evolução”, no qual afirmou: De fato, a evolução se tornou, de uma certa forma, uma religião científica; quase todos os cientistas aceitaram isto e muitos estão preparados para “submeter” suas observações para se encaixar nisto. Na introdução da edição de 1971 do livro “As Origens”, de Charles Darwin, o editor, L. Harrison Matthews, escreveu: O fato que a evolução é a espinha dorsal da biologia, e a biologia está em uma posição peculiar ao ser uma ciência fundamentada em uma teoria não com-
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provada – é então uma ciência ou uma fé? Acreditar na teoria da evolução está exatamente no mesmo paralelo de acreditar na criação especial – ambos são conceitos nos quais os que acreditam, sabem que são verdadeiros, mas que nem uma e nem outra, até este momento, foram capazes de serem comprovadas. Um dos maiores evolucionistas do século 20, George Gaylord Simpson, escreveu em seu livro “A História da Vida na Evolução Depois de Darwin” (1960): Os fósseis são abundantes somente a partir do período pré-cambriano em diante... Darwin estava ciente deste problema, até mesmo mais chocante nos dias dele do que nos nossos... sendo chocante ainda hoje... o caso no presente necessita ficar inexplicável; e pode ser verdadeiramente impulsionado como um argumento válido contra as visões aqui cogitadas. Ernest Mayer, evolucionista ardente e chefe da educação científica, braço da Associação Nacional de Educação, escreveu um livro em 1970 intitulado Population, Species and Evolution (População, Espécies e Evolução). Na página 9, ele diz: O estudo do fenômeno evolucionário em longo prazo é o domínio do paleontologista. Ele investiga taxas e tendências da evolução no tempo e é interessado na origem de novas classes, phyla, e outras taxas mais altas. Evolução significa mudança e ainda assim, é somente o paleontologista, dentre todos os biólogos, que pode estudar apropriadamente a dimensão do tempo. Se o registro fóssil não estivesse disponível, muitos problemas evolucionários não poderiam ser resolvidos; na verdade eles nem seriam aparentes. Finalmente, Charles Darwin escreveu na Origem das Espécies: Muito antes de o leitor ter chegado a esta parte do meu trabalho, uma multidão de dificuldades terá acontecido para ele. Algumas delas são tão sérias que até este dia, eu dificilmente posso refletir nelas sem estar em algum momento atordoado... Por que, se as espécies descendem de outras espécies através de delicada progressão, nós não vemos em todos os lugares inúmeras formas em transição? ...Por que então, cada formação geológica e cada camada não estão cheias de tais elos intermediários? A geologia, com certeza, não revela
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tais cadeias orgânicas excelentemente ordenadas, e isto talvez, seja a objeção mais óbvia e séria que pode acontecer contra esta teoria... Como você pode ver, mesmo os evolucionistas da linha de frente, questionam suas posições, sabendo que é “religiosa” por natureza pelo fato de que a pessoa tem que acreditar na evolução pela fé. Não existem testes científicos à disposição para provar ambas as posições como verdade. O método científico requer que testes sejam feitos no presente, no qual fornece resultados consistentes e então poderá ser usado para aprovar ou não uma posição. Se a evolução aconteceu, aconteceu no passado e não está disponível para testes no presente. Se a criação é verdade, da mesma forma, aconteceu no passado e não está mais disponível para testes. Os evolucionistas propõem que a matéria, espaço e tempo são eternos e que somente as atividades por acaso agindo uniformemente através do tempo, causaram todas as complexidades contidas no universo a se evoluir para uma existência. Esta é uma visão global a qual é baseada sobre uma visão naturalista onde não existe deus, nenhum desenhista de fora ou uma força organizadora. O que é então, esta visão materialista da vida, chamada naturalismo? Vamos começar a olhar o que certas palavras significam e que serão usadas na discussão desta questão.
O que é Naturalismo? Aqui estão duas afirmações concisas e que descrevem adequadamente o que é o naturalismo: Os materiais em estado natural da ciência são observações do fenômeno do universo natural. A ciência - ao contrário da arte, religião e filosofia – é limitada ao que é observável e mensurável e neste sentido, está grosseiramente categorizada como materialismo. (Helena Curtis e N. Sue Barnes: Biology, Worth Publications, Inc., Nova Iorque 1989, p.17). O naturalismo não nega explicitamente a existência de Deus, mas nega que um ser sobrenatural poderia de alguma maneira influenciar os eventos naturais, tais como a evolução, ou se comunicar com criaturas naturais como nós. 3
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O naturalismo científico parte do mesmo ponto ao começar com a suposição que a ciência, que estuda somente o natural, é a nossa única trajetória confiável de conhecimento. Um deus que nunca pode fazer nada que faça diferença, ou no qual não podemos ter conhecimento confiável, não tem importância para nós. (Phillip Johnson: Darwin on Trial, InterVarsity Press, Downers Grove, Illinois 1991, p115) A criação afirma uma criação especial e inicial por Deus, através do qual, todas as leis, processos e entidades da natureza foram trazidos à existência como está descrito no livro de Gênesis (Scott M. Huse: O Colapso da Evolução, Barker Books, Grand Rapids, 1983).
O que é Ciência A palavra “ciência” e “conhecimento” são intercambiáveis. A palavra ciência simplesmente se refere ao corpo inteiro do conhecimento. Elas são usadas desta forma nas diferentes traduções da Bíblia também. É assim em 1 Timóteo 6:20 (as contradições da ciência, como falsamente lhe chamam; as contradições do saber, como falsamente lhe chamam). O esforço científico consiste no que é observável, mensurável, repetido experimentalmente e previsível. A pessoa tem que ser capaz de fazer uma experiência, e usando o mesmo conjunto de circunstâncias, ter o mesmo resultado repetidamente. Os resultados consistentes obtidos deveriam então nos permitir predizer os resultados futuros mesmo antes de conduzir outros experimentos.
O que é uma Hipótese? Uma hipótese é uma teoria não comprovada aceita experimentalmente para explicar certos fatos. A hipótese tem que explicar o que é conhecido sobre o fenômeno naquela época – isto tem que ser consistente com os fatos. A hipótese tem que ser capaz de fazer previsões sobre observações que ainda não foram feitas. Tem que ser capaz de ser testada e tem que ter o potencial de ser provada como falsa. Uma vez que uma hipótese foi formada, tem que ser então testada antes de ser verdadeiramente elevada ao nível de uma teo4
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ria. É por isto que nem a Criação Especial ou as teorias evolucionárias são verdadeiramente teorias; elas não são testáveis e por isto são hipóteses boas para o trabalho. Elas são chamadas de teorias simplesmente por causa do uso comum.
O que é uma crença? Uma crença é a convicção da verdade de algumas afirmações, especialmente quando a afirmação é baseada no exame das evidências. A primeira pergunta que se deve fazer quando confrontado por alguém, dizendo que deseja que você prove que a criação é verdade: “Qual evidência você aceitaria?” Não existe motivo para compartilhar evidências, informações durante quatro horas com alguém, quando o que você estaria falando a respeito não seria aceito por eles. Considere estas informações a respeito da aceitação (por fé) daqueles que acreditam na evolução: Nossa teoria da evolução tornou-se, como Popper descreveu, algo que não pode ser refutado por nenhuma observação possível. Cada observação concebível pode ser ajustada. É “fora da ciência empírica”, mas não necessariamente falsa. Ninguém pode pensar em maneiras de testá-las. Ideias sem base ou baseadas em poucos experimentos completados em sistemas extremamente simplificados, alcançaram circulação muito além de sua validade. Elas se tornaram parte de um dogma evolucionário aceito por muitos de nós como parte do nosso treinamento. (Paul Ehrlich, Professor de Biologia, Stanford University, Evolutionary History and Population Biology. Nature, vol. 214, 22 de abril de 1967, (pág. 352). Neste ponto, é necessário revelar um pouco de informação confidencial de como os cientistas trabalham, algo que os livros normalmente não nos falam. O fato é que os cientistas não são realmente tão objetivos e imparciais em seus trabalhos como eles querem que você pense. A maioria dos cientistas, em primeiro lugar, adota suas ideias de como o mundo funciona, não através de processos lógicos rigorosos, mas por meio de intuições e adivinhações absurdas. Como indivíduos, eles acreditam em algo como verdade, muito tempo antes de reunir as evidências necessárias que convencerão alguém de que aquilo é verdade. Motivados pela fé em suas próprias ideias e um desejo de aceitação pelos 5
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seus colegas, um cientista trabalhará por anos, acreditando em seu coração que sua teoria é correta, mas fazendo experiências atrás de experiências, nas quais ele espera que os resultados apóiem sua posição. (Boyce Rensberger, How the World Works. Willian Morrow, New York, 1986, pág. 1718). Nós ficamos do lado da ciência apesar do absurdo evidente de alguns de seus conceitos, da sua falha para cumprir muitas de suas extravagantes promessas de saúde e vida, da intolerância da comunidade científica por histórias sem substâncias, porque temos um comprometimento anterior, um compromisso com o materialismo. Não é que os métodos e instituições da ciência, de alguma forma, nos levam a aceitar a explicação material do mundo dos fenômenos, mas, ao contrário, somos forçados por nossa aderência anterior às causas materiais a criar um aparato de investigação e um conjunto de conceitos que produz explicações materiais, não importando o quão diferente seja, não importando o quão místico seja para o não iniciado. Além disso, o materialismo é um absoluto, por isso não podemos permitir um “pé divino” na porta. (Richard Lewontin, Billions and Billions of Demons, The New York Review, 9 de janeiro de 1997, pág. 31).
O que define um cientista? Existem quatro crenças comumente aceitas a respeito dos cientistas: Que eles não têm preconceitos, são objetivos, são infalíveis e sempre usam um jaleco branco e fazem experimentos laboratoriais em ratos. Contudo, a verdade sobre os cientistas é que eles são preconceituosos, não são objetivos, são humanos, e, portanto falíveis, e raramente usam um jaleco branco (e somente uma pequena porcentagem deles faz experimentos em ratos). Em primeiro lugar, não existe tal coisa como uma verdadeira neutralidade no comportamento humano. Isto é uma ideia de laboratório, que somente pode ser imposta. Em segundo lugar, as pessoas também são incapazes de ser totalmente objetivas. Terceiro nenhum ser humano é perfeito, portanto, todos são falíveis. Em último, um jaleco branco e ratos são representações de somente uma pequena porção das pesquisas científicas. Pode ser dito que TODOS são 100 % preconceituosos. Veja este quadro abaixo, parcialmente completo, mas serve para mostrar como todos têm preconceitos. 6
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Ateísta Agnóstico
Base
Influência
Preconceito
Não existe Deus
Não pode considerar a Criação
100 %
Não me importo Não consigo saber
Tem que excluir o papel definitivo de Deus
100 %
Sem absolutos
100 %
Pontos absolutos de referência
100 %
Não sei Teísta
Deus concluiu
Revelacionista Deus revelado ao homem
Nunca coloque um cientista em um pedestal e fique olhando para ele lá em cima. Eles cairão do pedestal e se machucarão, e você terminará com um torcicolo. Desde que não há uma maneira na qual o cientista possa provar sua posição relacionada à evolução ou criação, então por acaso existe uma forma pela qual podemos testá-las? Sim; na ciência, quando não podemos testar alguma coisa diretamente, testamos de uma forma indireta. Fazemos isto o tempo todo. Por exemplo, construímos o modelo de aviões e os testamos em túneis de vento antes de gastarmos o dinheiro para construir os aviões no tamanho natural. Quando nos referimos à questão das origens, podemos fazer a mesma coisa. Vamos verificar qual modelo de construção e teste indireto pode ser usado para ensinar cientificamente sobre as origens.
Os dois modelos para ensinar as Origens Como podemos começar a ensinar sobre evolução versus criação? O assunto das origens é abordado ao mesmo tempo de duas direções diferentes. Todos nós abordamos o assunto sobre evolução versus criação com nossas ideias formadas e preconceitos. O que nos foi ensinado quando criança tem um papel importante em como vemos estes dois conceitos. O que os nossos pais nos ensinaram ou não ensinaram a respeito de Deus, e o que aprendemos
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ou não na igreja, tem um impacto definitivo em nossas crenças em relação a nossa aceitação da criação. Também o que nos é ensinado na escola ou visto na TV tem influenciado nossas ideias a respeito da evolução. Também tratamos a evolução do ponto de vista dos dados científicos. Temos literalmente, toneladas e toneladas de evidências que apóiam ambos os lados. Muitas pessoas pensam que através do uso de informações científicas, pode ser provado que o homem evoluiu, ao invés de ser criado. Contudo, existem dados científicos muito fortes provando o contrário.
Aparecimento Abrupto versus Aparecimento Gradual Quando falamos sobre a criação e evolução, poderíamos usar facilmente os termos “aparecimento abrupto, repentino” e “aparecimento gradual” para descrever os mesmos conceitos. Podemos começar nossa análise destas duas posições vendo se existe alguma evidência do aparecimento gradual. O que será mencionado a seguir é parte de um artigo que traz a resposta a uma carta escrita ao Dr. Colin Patterson sobre o por que ele não colocou nenhuma fotografia de fósseis transicionais (em transição), aqueles fósseis que claramente mostrariam mudanças de uma forma para a outra, em um dos seus livros. O artigo não está reproduzido por completo.
Existe algum fóssil transicional? Nenhum dos cinco especialistas autorizados de museus, dos quais Luther Sunderland entrevistou, pôde oferecer um simples exemplo da série de organismos fósseis transicionais que documentariam a transformação de uma diferença básica de um tipo para o outro. Dr. Eldridge (Curador em Paleontologia de Invertebrados do Museu Americano) disse que as categorias das famílias e outras categorias superiores não poderiam ser conectadas, enquanto o Dr. Raup (Curador de Geologia do Museu de História Natural de Chicago) disse que uma dúzia ou um grande grupo não poderiam ser conectados um com outro. Mas o Dr. Patterson (Paleontologista sênior e editor de um jornal muito importante do Museu de História Natural da Inglaterra) 8
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falou com mais liberdade a respeito da ausência das formas transicionais. Antes de entrevistar o Dr. Patterson, o autor leu o seu livro “Evolução”, o qual foi escrito para o museu de História Natural. Nele, o Dr. Patterson pediu para que os leitores escrevessem comentários a respeito do conteúdo. Um leitor escreveu uma carta ao Dr. Patterson perguntando por que ele não colocou nenhuma foto de um fóssil transicional em seu livro? Em dez de abril de 1979, ele respondeu ao autor desta carta com outra carta, da forma mais sincera possível, o que está mencionado a seguir: Eu concordo completamente com os seus comentários sobre a falta de ilustração precisa das transições evolucionárias em meu livro. Se eu soubesse de algum, fóssil ou vivente, com certeza o teria incluído. Você sugere que um artista deveria ser usado para visualizar tais transformações, mas de onde conseguiríamos tais informações? Eu não poderia honestamente prover isto, e se eu deixasse isto para a licença artística, isto não seria enganar o leitor? Eu escrevi o texto do meu livro há quatro anos atrás. Se eu o escrevesse agora, penso que o livro seria muito diferente. O gradualismo é um conceito no qual acredito, não somente por causa da autoridade de Darwin, mas porque meu conhecimento de genética parece nos levar a isto. Além disto, é muito difícil se opor ao (Dr. Sthephen J.) Gould e o pessoal do Museu Americano, quando eles dizem que não existem fósseis transicionais. Como paleontologista, estou muito ocupado com os problemas filosóficos na identificação de formas ancestrais no registro fóssil. Você fala que eu deveria pelo menos “mostrar uma foto do fóssil do qual cada organismo foi originado”. Eu vou dizer algo – não existe nem mesmo um único fóssil que pudesse proporcionar um argumento inequívoco, claro. A razão é que as afirmações a respeito de ancestrais e descendentes não são aplicáveis nos registros fósseis. O archaeopteryx é o ancestral de todos os pássaros? Talvez sim, talvez não: Não existe maneira de responder esta questão. É muito fácil construir histórias de como uma forma deu origem à outra, e encontrar razões em porque os estágios deveriam ser favoráveis à seleção natural. Mas tais histórias não fazem parte da ciência, porque não há como colocá-las em teste. Então, talvez porque eu devesse obrigar você a “pular” para o lado da defesa do gradualismo, e acrescentar alguns detalhes na transição entre os maiores tipos de animais e plantas, eu me encontro um pouco limitado na justificativa intelectual necessária para este trabalho... [o negrito foi acrescentado para 9
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enfatizar a citação] (Referência; Patterson, comunicação pessoal. Documented in Darwin’s Enigma, Luter Sunderland, Máster Books, El Cajon, CA 1988, pág. 88-90). Se não existem formas de fósseis transicionais, isto não indica que esta forma de vida veio à existência inteira e completa; que é abrupto e não gradual, e portando deve ter sido criado? Podemos olhar também as premissas básicas da criação e evolução de uma metodologia puramente lógica e matemática. Estas duas visões podem ser sumarizadas em fórmulas, as quais descrevem a essência de cada posição.
Fórmulas que descrevem Evolução e Criação O evolucionista acredita no estado eterno do universo material, porque acreditar de outra maneira significaria que tudo teve um começo; e se tudo começou abruptamente, alguém ou alguma coisa começou isto. Todo o propósito de se acreditar em evolução é filosófico. A aceitação da evolução permite a pessoa negar a existência de um criador. Se não existe um Deus, então todas as coisas são permitidas, liberadas. A evolução poderia ser definida como uma religião na qual “se isto não é conveniente, isto não serve pra minha religião”. Qual é a formula que descreve este processo de pensamento? Matéria eterna + energia eterna + tempo eterno + chance do acaso = VIDA a. Uma crença que todas as coisas começaram em caos e por acaso. b. Uma crença na qual somente os longos períodos de tempo explicam a complexidade que vemos ao nosso redor. E quanto aos criacionistas? Os criacionistas acreditam que a massa e a energia não são eternas. Um criacionista diz que Deus criou a massa e a energia; e delas fez as pessoas; não precisa de tempo para fazer nada; e nada é por acaso, mas sim por um propósito instantâneo em todas as coisa que Ele faz. Também existe uma fórmula que descreve isto: Matéria (que não é eterna) + energia (que não é eterna) + inteligência (um Deus criador eterno) = VIDA 10
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a. Crença em um designer eterno, criador, Deus. b. Uma crença na qual ninguém cria nada ou ninguém sem um propósito ou significado.
A partir do ponto de vista do tempo, o que é ciência e o que não é? A ciência somente pode trabalhar com o presente, o aqui e agora. A ciência não pode provar nada no passado além do tempo no qual a historia ou pesquisas científicas possam documentar eventos específicos. Qualquer outra afirmação diferente é tolice ao extremo. O método científico de provas não é uma investigação histórica. Não podemos voltar no tempo e testar alguma coisa. Seria pretensioso exigir que o Criador criasse algo em um tubo de ensaio somente para provar a nós que Ele pode fazer isto.
Como podemos saber qual delas é a verdade, cientificamente? Como podemos saber se as Teorias da Evolução ou a Teoria da Criação Especial são verdadeiramente científicas? Não podemos testar nenhuma das duas diretamente. Por quê? Porque nenhum de nós estava vivo no início para ser testemunha sobre qual teoria é verdade e, portanto correta, isto é, um fato. Se não podemos testá-las diretamente, nós só podemos fazê-lo indiretamente. Fazemos isto construindo modelos. Os modelos podem ser feitos de plástico, madeira, equações matemáticas, simulações em computadores, fórmulas químicas ou como neste caso, palavras, um modelo verbal. Vamos dar uma olhada nestes dois modelos verbais e seus respectivos conjuntos de predições. Lembre-se que uma hipótese deve ser capaz de predizer adequadamente como também de explicar eventos.
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Dois Modelos Modelo da evolução
Modelo da criação
Ancestral Comum
Aparecimento Repentino
1. Origem Naturalista Contínua
1. Origem Sobrenatural Completa
2. O conjunto atual aumenta sua 2. O Conjunto atual diminui sua Complexidade Complexidade 3. Crença no Uniformitarianismo: 3. Crença no Catastrofismo: “O passado é a chave para o pre- Uma ou mais catástrofe em pelo sente” – lento e gradual menos uma escala continental Depois que construímos estes dois modelos, podemos então fazer um conjunto de predições e testá-las. Significa que podemos perguntar: “Em qual dos modelos os fatos se encaixam melhor?”. No modelo que os fatos se encaixarem melhor, seria então presumido que este seria o melhor, o modelo mais aceitável.
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Os Dois Conjuntos de Predições O Modelo da evolução
O Modelo da criação
As galáxias continuam se alterando As galáxias são constantes Em aumento: A vida evolui de seres não viventes. Continuação dos organismos
Em decomposição: A Vida somente deriva de seres viventes. Tipos distintos de organismos
Novos tipos aparecendo
Sem aparecimento de novos tipos
Benéfico
Prejudicial
Processo criativo
Processo Conservativo
A terra tem bilhões de anos
Maior parte dos dados indicam uma terra jovem
Transições inumeráveis
Vácuos sistemáticos
O homem macaco serve como elo
Não existe o elo homem macaco
Quantitativamente superior aos animais
Qualitativamente distinto dos animais
Lento e gradual
Contemporâneo com o homem
Qual o modelo no qual os fatos se encaixam melhor? Os dois usam as mesmas evidências, mas eles definitivamente apresentam interpretações diferentes sobre essa evidência. Ao analisá-los de perto, vemos que o Modelo da Criação se encaixa melhor nos fatos conhecidos. Cada lei da ciência, cada processo conhecido da natureza e todas as evidências físicas são explicados ou preditos pelo modelo da Criação. Nenhuma lei da ciência, ou processo conhecido da natureza, ou evidências físicas - exceto quando inventam bonitas histórias - podem ser explicados ou preditos pelo modelo da evolução. Então, do ponto de vista estritamente científico, poderíamos dizer que a Teoria Criação Especial é a melhor e mais aceitável. Reciprocamente, as várias teorias da evolução são na verdade refutadas pelas evidências conhecidas – fatos, leis e processos. Como estas duas interpretações influenciam a socie13
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dade como um todo? Estas interpretações influenciam de fato a sociedade como um todo? Com certeza elas influenciam. A próxima tabela nos mostra fortes exemplos em como estas visões mundiais, baseadas na aceitação da criação ou evolução influenciam nossa sociedade. Evolução
Criação
Aborto e eutanásia
Significado e valor da vida
Pornografia e ética circunstancial
Absolutos e padrão de conduta
Homossexualidade e perversão
Casamento e Família
Ausência de lei, Anarquia, Socialismo
Leis, regras, função e propósito
Naturalismo e Nova Era
Conservadorismo Cristão
Como isto está ligado ao Evangelho? Existem muitos versículos que se referem àqueles que questionarão a Criação, e àqueles cujas mentes estarão corrompidas e estarão desviados da verdade. Embora eu nunca negaria a verdade da batalha espiritual acontecendo nos lugares celestiais(simplesmente leia o Livro de Daniel), eu também diria que a maior parte da batalha espiritual, que é 51% ou mais, aconteceria entre os nossos ouvidos. Com cuidado, leia alguns dos versículos que são mais usados para descrever a batalha espiritual e você verá o que eu quero dizer. Em 2 Coríntios 11:3, encontramos “mas receio que, assim como a serpente enganou à Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo”. Em 2 Coríntios 10:3-6, lemos “Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos (especulações), e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativos todos os pensamentos à obediência de Cristo; e estando prontos para punir toda a desobediência, quando então a vossa obediência estará completa”. 14
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Quando lemos “destruição das fortalezas” poderíamos facilmente inserir o termo “fortalezas de Satanás” como os lugares que aprisionam a mente do homem. A palavra traduzida como “sofisma” é a palavra no grego “logismous”, a qual significa “arrazoar” ou “imaginações”. Nos é dito então, que existem coisas que se levantam em oposição ao conhecimento, o gnoseos de Deus. Mais à frente, somos exortados a levar cada pensamento, cada noema, cativo em obediência a Cristo. Esta palavra significa “instrumento da mente”. Devemos concluir então, que muito da batalha espiritual se desenvolve na mente. Tudo o que pensamos, caminha em obediência ou em desobediência a Deus. Estes versículos nos permitem ver a importância da mente e nossas decisões relacionadas à batalha espiritual. Castigamos nossa desobediência quando recusamos ter pensamentos satânicos, quando recusamos pensamentos de desobediência a Deus, quando pensamos os pensamentos de Deus. Fazemos isto quando, como descrito por Paulo, nossa obediência é completa. Jesus fala que a crença na criação não é uma opção para os crentes maduros. Em João 5:45-57, Jesus estava falando aos membros do Sinédrio, o grupo que governava a nação. Ele disse: “Não penseis que eu vos acusarei perante o Pai; quem vos acusa é Moisés, em quem tendes firmado a vossa confiança. Porque, se, de fato, crêsseis em Moisés, também creríeis em mim; porquanto ele escreveu a meu respeito. Se, porém, não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?” Jesus usou uma forma antiga de argumento, que eles entenderiam. Qualquer menção sobre Moisés era uma referência ao seu livro mais famoso, o Livro de Gênesis. Qualquer referência a Gênesis era uma referência à história da Criação citada nele. O que Jesus falou naquele dia era que se você não acredita na Criação, você não tem necessidade de Jesus. Se acredita que sua origem vem do barro e que este se transformou em homem a supostos milhões de anos atrás durante os quais a morte era comum, então a morte de um homem na cruz não teve significado. Mas, em contrapartida, se você acredita que a morte entrou no universo por causa do pecado do ser humano, então a morte de um homem sem pecado na cruz pode ser a expiação para os pecados do mundo. Finalmente, como isto se liga ao Evangelho? No livro de Apocalipse 14:7, nos é mostrado o que é o evangelho eterno: “Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a 15
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terra, e o mar, e as fontes das águas”. Podemos então resumir o evangelho eterno inteiro em três palavras: “Adore o Criador”. Temos um relacionamento de criatura/criador com Deus”.
O que fazemos com esta informação? Permita-me introduzir a você um dos princípios universais mais aceitos em toda a ciência, que é o Princípio da Certeza, da convicção. Todos nós gostamos de estar certos, não é? Todos queremos ter certeza de que casamos com a pessoa certa. Queremos ter certeza de que nos vestimos de maneira apropriada. Mas, qual é o problema? O problema é que nenhuma pessoa pode ter absoluta certeza de alguma coisa. Por quê? Porque para termos certeza de alguma coisa, teríamos que ter conhecimento completo, total, 100% sobre isto. Não poderia existir nada que você não conhecesse sobre o assunto. Se houvesse algo que não conhecesse e então você descobrisse, isto poderia mudar completamente a sua decisão sobre algo. Agora então, aplique o Princípio da Certeza para aceitar a evolução e a criação. Os evolucionistas aceitam a evolução pela fé. Isto é uma religião. Os evolucionistas acreditam que a evolução é a verdade, mas eles não podem ter certeza de que estão certos. Eles acreditam que é verdade, mas existem muitas informações que eles não conhecem. Então, eles acreditam na evolução pela fé e negam a existência de alguém que pode saber tudo que necessita ser conhecido. E os criacionistas? Os criacionistas acreditam na criação pela fé. O criacionista tem muitas e muitas evidências para apoiar sua posição, mas ele ainda não conhece tudo que precisa ser conhecido. Entretanto, ele acredita pela fé. Qual a diferença entre eles? A diferença é que o criacionista conhece Aquele que conhece todas as coisas. O criacionista tem um relacionamento pessoal com o Criador do universo. Veja o que acontece. O Criador conhece todas as coisas, então, ele é infalível. A fé de um criacionista é baseada na infalibilidade Daquele que ele conhece, então sua fé é certa. O que é melhor: uma fé baseada na incerteza e que sempre será; ou uma fé baseada na certeza e que sempre será? Obviamente a fé baseada na certeza é superior.
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Qual é o nosso propósito? Existem três afirmações que servirão muito bem a quem usá-las. Primeiro ninguém pode criar nada maior do que a si mesmo. Segundo, ninguém cria algo sem propósito. E em terceiro, somente aquele que cria um objeto é capaz de definir qual é o propósito deste objeto. Mesmo que eu criasse algo que pudesse fazer tudo que eu faço e soubesse tudo que eu sei, essa coisa criada seria maior do que eu? Não. O melhor que chegaria é ser igual a mim. Não posso ensinar algo que não saiba. Esta é a razão pela qual o homem não pode fazer a si próprio melhor. Alguma vez você já foi à uma loja de antiguidades e escolheu uma ferramenta que foi usada há 200 anos atrás e perguntou a si mesmo: “O que eles faziam com isto?” A verdade é que há 200 anos alguém inventou este instrumento menor do que eles mesmos. Eles os fizeram com um propósito, que, com certeza deve ter sido bem cumprido. O fato de fazermos isto diferente ou mais rápido hoje é irrelevante. Porque eles, que construíram a ferramenta, eram os únicos que podiam definir qual era o propósito. Uma das grandes questões da vida é: “Qual é o meu propósito?” A Bíblia fala que Deus fez o homem e mulher para ter relacionamento com Ele. Não podemos definir a palavra relacionamento como uma rua de mão única. O relacionamento é, por definição, uma rua de mão dupla. Quando você finalmente percebe que o Criador do Universo existe, você percebe que Ele tem esperado para conversar com você, amá-lo e abraçar por toda sua vida. Qual será a sua resposta? Se cumprir o seu propósito, então falara com Ele, o amará e o abraçará também. As coisas ficarão cada vez melhores a partir de então. Porque, uma vez que você fala com Ele, o abraça e o ama, perceberá cada vez mais o quanto Ele esperou para falar, amar e abraçar você, e o ciclo se torna cada vez melhor. O que acontece com as pessoas quando elas se recusam a cumprir seu propósito? Elas se jogam nessa filosofia inventada por homens, chamada evolução.
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Isto faz Diferença? Com certeza faz! Leia estas citações dos ateístas: Assim como muitas pessoas em Alabama, eu era um cristão nascido de novo. Quando eu estava com quinze anos, eu comecei a frequentar a Igreja Batista do Sul com grande fervor e interesse na religião fundamentalista. Eu parei de ir aos dezessete anos quando entrei para a Universidade do Alabama e ouvi a respeito da teoria da evolução. (E. O. Wilson, O Humanista, setembro de 1982. Página 40). Eu estou convencido que a batalha para o futuro da humanidade deve ser travada e vencida na sala de aula da escola pública, pelos professores, os quais percebem corretamente seus papéis como prosélitos de uma nova fé: uma religião humanista que reconhece e respeita a faísca, que os teólogos chamam de divindade em cada ser humano. Esses professores têm que incorporar a mesma dedicação altruísta, como a maioria desses pregadores fundamentalistas fervorosos, porque eles serão outros tipos de ministros, utilizando a sala de aula ao invés do púlpito, para transmitir valores humanos em qualquer assunto que ensinem, não importando o nível educacional – jardim de infância ou uma grande universidade estadual. A sala de aula deve e se tornará a arena de conflito entre o novo e o velho – o cadáver podre do cristianismo, junto com todas suas maldades adjacentes e misérias e a nova fé do humanismo... Será uma luta longa, dolorosa e árdua, repleta de muitas tristezas e lágrimas, mas o humanismo emergirá triunfante. Isto tem que acontecer para a família da humanidade sobreviver. (J. Dunphy, “A Religion for a New Age”, The Humanist, Janeiro – Fevereiro, 1983, página 23 e 26).
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